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Relatório da Visita de Estudo ao Palácio de Queluz

No âmbito da disciplina de História, fizemos uma visita ao Palácio Nacional de


Queluz, a chamada “pequena Versalhes Portuguesa”, numa visita guiada.
Começámos por perceber um pouco do surgimento deste palácio, onde o Marquês
que detinha uma pequena cabana de caça juntamente com vastos terrenos
circundantes acabou por ter a sua propriedade apreendida pela Coroa Portuguesa
aquando da Restauração da Independência, pela ligação desse Marquês aos
Espanhóis. Assim, em 1747, com algumas perturbações a meio, como o terramoto de
1755, foi iniciada a construção do Palácio de Queluz, desenvolvendo um grande
edifício a partir da pequena cabana de caça, inicialmente pelo arquiteto Mateus
Vicente de Oliveira. O objetivo era criar um retiro de verão para D.Pedro de
Bragança, mais tarde marido e Rei Consorte da Rainha D.Maria I, que aqui
permaneceu encarcerada depois de ter enlouquecido pela morte do seu marido.
Mais tarde, após a Real Barraca ter ardido em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a
residência oficial do príncipe João VI e sua família, até fugirem para o Brasil
aquando das Invasões Francesas. E foi neste palácio que nasceu e morreu, seu
filho, D.Pedro IV de Portugal e Pedro I, Imperador do Brasil.
Em termos de divisões, podemos destacar a sua ligação ao cerimonial da época
(semelhança a Versalhes mesmo que em menor escala), como na Sala do Trono ou na
Sala dos Embaixadores. Também a ligação às artes, muito valorizadas na época,
como na Sala da Música, o Salão de Baile, as pinturas que decoram todas as divisões,
as esculturas, etc. Além de toda a parte ligada às artes e ao divertimento e
quotidiano, também havia a parte religiosa, com a existência da Capela Real. Nesta
época, as pessoas praticavam muitas atividades, e uma delas, que também o Marquês
ex-dono destes terrenos praticava, era a caça, bastante usual, que fica marcada
também pela sua divisão, a Sala da Caça onde além de observarmos diversas alusões
à caça através da arte, também vemos pintada na sala uma espécie de vista de uma
varanda, uma grande “floresta” verdejante e húmida, que naquela altura era a
paisagem que existia à volta do Palácio, que ainda podemos testemunhar em certa
parte na, ainda existente, Matinha de Queluz.
Com isto, conseguimos perceber as diversas influências/inspirações do Palácio de
Versalhes aqui no Palácio de Queluz, com, por exemplo, os grandes jardins
extremamente e minuciosamente decorados e elaborados, que completam o edifício
do palácio quase como se fossem um bordado, com toda a sua simetria, ou também
por toda a sua vegetação e imensas fontes com diversas esculturas mitológicas
aí presentes. Ou também em termos de materiais usados, como o uso excessivo de
talha dourada e espelhos. Mas curiosamente, aquando das Invasões Francesas,
quando Jean-Andoche Junot, que comandava uma parte do exército de Napoleão,
invadiu Portugal, depois de ter sido Embaixador de França em Portugal, mandou
fazer algumas modificações ao palácio para ficar ainda mais ao estilo francês,
como por exemplo, adicionando mais luz natural ao edifício, de forma a que, quando
o Imperador Napoleão visitasse Portugal, pudesse permanecer no Palácio de
Queluz e sentir-se em França.
Em suma, é um privilégio enorme termos um palácio tão magnífico é incrível como
este no nosso país, principalmente por estar tão perto de nós. Adorei a visita, e
permaneci curioso o tempo todo. O que gostaria de fazer mais seria explorar melhor
os jardins e as estufas do palácio.
Palácio Nacional de Queluz
(Vista Exterior a partir dos jardins)

Morte de D. Pedro IV de Portugal,


D. Pedro I, Imperador do Brasil, na cama
em que nasceu, e, no dia desta foto,
morreu, no Palácio de Queluz

Sala dos Embaixadores

Parte principal dos grandes jardins


do palácio de queluz, onde podemos
observar algumas das fontes
presentes nestes vastos jardins

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