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Maio de 2023
Palácio Nacional da Ajuda
Índice
Índice .................................................................................................................................................... iii
Introdução ............................................................................................................................................. 7
Conclusão ............................................................................................................................................ 29
Bibliografia .......................................................................................................................................... 31
Índice de Ilustrações
Figura 1- Intensidade Sísmica em Lisboa .......................................................................... 8
Figura 2- Zona da Ajuda no início do reinado de D. José I ............................................... 9
Figura 3- Planta da Real Barraca da Ajuda ..................................................................... 12
Figura 4 - Sobreposição da planta da Real Barraca ........................................................ 13
Figura 5 - Alçado do Palácio da Ajuda (lado Nascente), por de Manuel Caetano de
Sousa............................................................................................................................... 16
Figura 6 - Planta do projeto do arquiteto José da Costa e Silva ..................................... 18
Figura 7 - Alçado da fachada principal ........................................................................... 19
Figura 8 - Fachada lateral ............................................................................................... 19
Figura 9 - Sala do Trono .................................................................................................. 20
Figura 10 - Sala do Trono 2 ............................................................................................. 21
Figura 11 - Sala do Trono 3 ............................................................................................. 21
Figura 12 - Projetos de Raul Lino para o remate Poente do Palácio da Ajuda, com as
referidas diferenças ........................................................................................................ 23
Figura 13 - Fachada inacabada ....................................................................................... 24
Figura 14 - Projeto de João Carlos Santos ...................................................................... 25
Figura 15 - Projeto de João Carlos Santos ...................................................................... 26
Introdução
A Real Barraca, que mais tarde deu lugar ao Palácio Nacional da Ajuda, foi a
residência oficial dos reis portugueses após a destruição do Paço da Ribeira durante o
Terramoto de 1755, até a Implantação da Républica 1910.
O Palácio Nacional da Ajuda é um edifício histórico localizado na cidade de
Lisboa, em Portugal. Sua construção começou em 1795, durante o reinado de D. João
VI e sofreu inúmeras alterações até aos dias de hoje.
Inicialmente, o palácio foi planejado para ser a residência oficial da família real
portuguesa, mas nunca foi completamente habitado por estes. Em vez disso, o edifício
foi usado para receber eventos oficiais e como uma galeria de arte para a coleção real.
Durante a Guerra Civil Portuguesa de 1828-1834, o palácio foi utilizado como
quartel-general do exército liberal liderado por D. Pedro IV, que mais tarde se tornaria o
Imperador do Brasil.
Em 1910, a monarquia portuguesa foi abolida e o Palácio foi transformado num
museu, aberto ao público em geral. A coleção de arte do Palácio inclui muitos objetos
que pertenceram à família real, incluindo móveis, tapeçarias, joias e pinturas. Destacam-
se as salas do trono, o quarto de D. João VI, o Salão de Baile e a Capela Real.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o palácio foi seriamente danificado num
incêndio, mas foi restaurado e reaberto ao público em 1968.
Atualmente, o Palácio Nacional da Ajuda é um importante destino turístico em
Lisboa, atraindo visitantes de todo o mundo para explorar a sua rica história e coleção de
arte.
Localização Geográfica
A zona circundante ao que é conhecido hoje como o bairro da Ajuda, era um local
despovoado e ermo. Segundo algumas fontes históricas foi descoberta uma gruta neste
local, onde foi descoberta, na fenda de uma rocha, uma imagem da Virgem. Neste
seguimento o local passou a ser visitada por inúmeros crentes, tendo sido construída
neste mesmo local uma ermida. Com o passar dos anos, vários comerciantes
construíram ao redor desta zona as suas casas. A zona da Ajuda começou então a
desenvolver-se e a ser fortemente povoada.
É no reinado de D. João V que são adquiridas três quintas, na zona de Belém,
sendo que as duas primeiras já contavam com edificações. A primeira quinta é
atualmente o Palácio de Belém, a segunda o Palácio das Necessidades, a terceira quinta
situa-se na Ajuda, que seria uma residência de verão da Monarquia.
Enquadramento Histórico
A construção do Palácio da Ajuda, encontra-se associada a um acontecimento
histórico, que ocorreu a 1 de novembro de 1755 - o Terramoto de Lisboa. Este episódio
destruiu praticamente toda a cidade de Lisboa, incluindo a residência do Rei e o velho
Palácio da Ribeira, que se situava no Terreiro do Paço, deixando um medo profundo na
população.
A família Real, no decorrer deste acontecimento encontrava-se do Palácio de
Belém, zona ocidental da cidade de Lisboa, onde o abalo sísmico não se fez sentir tão
intensamente. D. José com receio de novas réplicas sísmicas, refugiou-se nos jardins
destas mesmas instalações, onde mandou erguer, no ponto mais alto, a “Barraca Real”
ou “Paço de Madeira” que terminou a sua construção no ano de 1761.
A projeto da “Barraca Real” foi fruto do arquiteto e cenógrafo Bibiena, construindo
assim um enorme barracão retangular que integrava espaços habitacionais, pequenos
pátios e zonas de lazer, sendo acompanhado ainda por um jardim – Jardim Novo das
Senhoras – conhecido hoje como o “Jardim das Damas”.
Foram utilizados pedra e tijolo na construção das paredes-mestras – como as
fachadas ou cozinhas, cuja espessura era de, aproximadamente, 0.70cm – e madeira
ou tijolo – tabique48 – que foram aplicados na construção da maioria das divisórias
interiores – com aproximadamente 0.15cm de espessura.
A Real Barraca da Ajuda passou, pelo menos, por três fases de obras distintas
que alteraram a sua morfologia. A primeira, compreende os anos de 1756 a 1760 e
contribuiu, como vimos, para a criação e propagação da designação “barraca”. A
destacar nesta fase, especulou-se a hipótese de a Real Barraca da Ajuda ser concebida
como uma estrutura perene que visava, sobretudo, servir de albergue à família real, dado
o receio de D. José I em viver em edifícios de pedra. No mesmo sentido, ainda durante
este período, a cobertura do palácio foi armada em lona. A segunda fase decorre do
falecimento do rei D. José I, em 1777, com as obras empregues no mesmo ano, já no
reinado da sua sucessora D. Maria I. A terceira fase dá-se em 1784 com a reabilitação
da antiga sala do Concelho de Estado a Sala dos Serenins e com a construção do Jardim
das Damas.
Fases do Projeto
Primeira fase
Figura 5 - Alçado do Palácio da Ajuda (lado Nascente), por de Manuel Caetano de Sousa
Segunda fase
Terceira fase
Em 1821 o Palácio da Ajuda ainda não estava concluído na sua totalidade e neste
seguimento foi decidido que se iria adotar o projeto reduzido do Palácio, eliminando-se
os corpos centrais e poente. Só em 1833 é que a ala sul foi concluída.
Em meados de 1833 foram suspensos novamente os trabalhos.
Quarta fase
Com a chegada de D. Luís I ao Paço, em 1861, onde faz deste a sua habitação
oficial, foram realizadas obras. D. Maria Pia convocou o arquiteto Joaquim Narciso da
Silva para desenvolver o estilo seguido em França na segunda metade do século XIX,
tornando-se este o Arquiteto da Casa Real entre 1862 e 1865.
Joaquim Narciso da Silva projetou um plano de remodelação seguindo alguns
padrões de privacidade e higiene característicos da mentalidade da burguesia desta
época. É nesta altura que os aposentos do rei e da rainha são separados e são criados
espaços privados e salas de receção. O quarto do Rei ficaria também dividido em três
partes distintas: escritório, quarto de cama e toilette com casa de banho, de forma que o
espaço tivesse um caracter mais privativo.
Quinta fase
O arquiteto Raul Lino foi nomeado pelo Ministro das Obras Públicas, Duarte
Pacheco, durante o Estado Novo, 1934, para elaborar um projeto para terminar o edifício,
no entanto este projeto não teve qualquer prosseguimento.
Figura 12 - Projetos de Raul Lino para o remate Poente do Palácio da Ajuda, com as referidas diferenças
Sexta fase
A carta de Cracóvia, surge +\- 40 anos depois da carta de Veneza, como uma
atualização, impulsionada pelo novo processo de unificação europeu de forma a adaptar
o novo conceito cultural.
Nesta nova carta os novos pontos introduzidos, visam valorizar a diversidade
cultural e patrimónica pela sua identificação e cuidado, mas também os conceitos de
autenticidade e identidade, mantendo o rigor arqueológico salvaguardo todos os pontos
históricos arquitetónicos.
Conclusão
Após uma visita ao Palácio Nacional da Ajuda e a analise de diversos
documentos históricos e plantas arquitetónicas, foi possível a elaboração do presente
trabalho.
Neste seguimento, podemos concluir que a existência do que é hoje o Palácio
Nacional na Ajuda, é fruto de uma necessidade provocada por uma tragédia que ocorreu
no nosso país – Terramoto de 1775.
Este processo construtivo passou por inúmeras intervenções, tragédias e
momentos de impasse. Estes momentos são consequências de diversas conjunturas
políticas e económicas, mudança de regime, e uma grande crise financeira. Podemos
ainda referir que estes fatores levaram a um momento de paragem da construção do
mesmo.
Dentro deste processo destacam-se três momentos construtivos: a construção
da Real Barraca, que após um incendio foi destruída; a construção inacabada do Palácio
Real da Ajuda; e passados dois séculos a sua conclusão através da “fachada
contemporânea e de linhas verticais” do arquiteto João Carlos Santos.
O Palácio Nacional da Ajuda é, desde 2007, um imóvel tutelado pelo Instituto dos
Museus e da Conservação. É, desta forma, uma das instituições museológicas de artes
decorativas mais importantes do país. Nos dias de hoje, o Palácio Nacional da Ajuda, é
palco de cerimónias protocolares de representação e de Estado.
Bibliografia
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https://amusearte.wordpress.com/2014/11/22/o-que-torto-nasce-com-a-real-
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acabado-222-anos-depois-5395801.html
e-cultura. (s.d.). Obtido de https://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/7113
Ibem. (s.d.).
Lemos, D. (Março de 2019). A Real Barraca da Ajuda. MAPEAMENTO E
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Manuscrito Vermelho. (s.d.). Academia das Ciencias de Lisboa.
Palácio Nacional da Ajuda. (s.d.). Obtido de
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Escala.
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Soares, L. F. (Maio de 2016). O PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA E A SUA.
Vaz, J. ( 2015). A Pintura Mural do Real Paço da Ajuda.1796-1833 .