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Arquipelago de Origem: Ajuda

Data da Peça: 1866-00-00

Data de Publicação: 15/02/2021

Autor: José da Costa e Silva

Chegada ao Arquipélago: 2021-02-15

Proprietário da Peça: Jornal da Associação dos Architectos Civis Portugueses

Proprietário da Imagem: Jornal da Associação dos Architectos Civis Portugueses

Autor da Imagem: Jornal da Associação dos Architectos Civis Portugueses

Planta do Palácio da Ajuda do arquiteto José da


Costa e Silva, 1802 (c.) e 1866, Palácio Nacional da
Ajuda, Lisboa, Portugal

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Descrição
Planta Geral do Premitivo Projecto do Real Palácio de Ajuda delineado pelo
arquiteto civil José da Costa e Silva em 1802
(1747-1819).
Desenho publicado no Jornal da Associação dos Architectos Civis Portugueses,
1 de janeiro de 1866.
Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa, Portugal

O conjunto do Palácio Nacional da Ajuda é o paradigma do Neoclássico em


Portugal sendo um conjunto de obras ainda hoje inacabadas. A família real
perdera o Palácio da Ribeira, totalmente destruído pelo Terramoto de 1755 e
pelo posterior incêndio, ficando totalmente inabitável. Para mais, o rei D. José
passou, com o susto, a nunca mais dormir sob um teto de pedra, passando,
quase sempre, a utilizar tendas para dormir. A residência real foi, entretanto,
improvisada no Alto da Ajuda, em madeira, passando o conjunto improvisado a
ter a designação de Real Barraca, assim se mantendo até que um novo
incêndio, em 1794, a destruiu novamente, salvando-se a torre da Capela Real,
dada a demolição do passadiço que a ligava à Real Barraca. Foi então decidido
construir de raiz um novo palácio real, assunto que o príncipe regente D. João
entregou ao arquiteto Manuel Caetano de Sousa (1742-1802), que apresenta
um projeto perfeitamente Barroco, mas sendo o lançamento da primeira pedra
celebrado a 9 de Novembro de 1795. Ainda no início da construção, chegaram
a Portugal dois arquitetos vindos da escola de Bolonha e seguidores da nova
corrente de inspiração neoclássica, que exerceram influência junto do Príncipe
conseguindo colocar de parte o projeto barroco e propor um outro mais ao
gosto da época. Estes dois arquitetos, o italiano Francisco Xavier Fabri (1761-
1817) e o português José da Costa e Silva (1747-1819) vieram a ser
encarregados, em 1802, de modificar o anterior projeto, tendo José da Costa e
Silva defendido o aproveitamento da estrutura já construída adaptando-a ao
novo projeto. As obras do Palácio Nacional da Ajuda, até pela saída,
entretanto, da Família Real para o Brasil, arrastaram-se ao longo da primeira
metade do séc. XIX, tendo ali trabalhando os mais importantes artistas
nacionais, ou ao serviço de Portugal, como Domingos Sequeira (1768; 1837),
Arcangelo Foschini (1771; 1834), Cirilo Wolkmar Machado (1748; 1823),
Machado de Castro (1731; 1822) e João José de Aguiar (1769-1834), que se
dedicaram à decoração dos tetos e fachadas.

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