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e o Panteão Afro-brasileiro
Deuses Gregos
e o Panteão Afro-brasileiro
As culturas humanas são únicas. Há, no entanto, elementos que se repetem entre todos os povos: a necessidade de se organizar socialmente ou
a diferenciação dos papéis entre as esferas feminina e masculina são duas das principais características humanas, que independem de qualquer
particularidade cultural para existir. Isso vale também para a relação do homem com o seu meio ambiente. Os diferentes elementos da natureza
que se imprimem no dia-a-dia do homem, sempre incentivaram a crença em um mundo transcendental que permeia a vida religiosa, motivada pela
necessidade fundamentalmente humana de se entender a própria existência.
A religiosidade grega caracterizada pelo panteão dos deuses encontra semelhanças em outras partes do globo, mesmo que distantes
geograficamente e em culturas aparentemente diversas.
eficaz, da mesma forma que o faz Xangô, orixá justiceiro e dono das
montanhas rochosas.
Deuses Gregos e o Panteão Afro-brasileiro
Iemanjá
Mãe de todos, Senhora de todas as
águas e de todas as cabeças.
Ferramenta
O Abebé (leque metálico, típíco dos
orixás femininos).
Poseidon
Oxalá
Criou o mundo e o homem.
O maior e mais respeitado de todos os Orixás
do Panteão Africano. Calmo, sereno,
pacificador, é o criador, portanto respeitado por
todos os Orixás e todas as nações, a ele
pertencendo os olhos que vêem tudo.
Ferramenta
A idá (espada) e o paxorô (uma espécie de
cajado em metal). Temos também deuses gregos e
orixás, cujas ferramentas são
idênticas: Ártemis, a deusa da
caça, e Oxossi, orixá caçador,
Oxossi utilizam ambos o instrumeto do arco
Grande caçador, orixá provedor.Senhor
das matas e florestas.
e flechas. Os atributos dos deuses
Ferrametas são tão importantes, que só estes Artemis
O ofá (arco-e-flecha) e o irukeré
(espanta-mosca feito de pêlos de
objetos já bastam para identificar o
búfalo ou cavalo). seu portador.
Deuses Gregos e o Panteão Afro-brasileiro
Ambas as grandes famílias divinas, dos gregos e a dos orixás, esperam que os seres
humanos ofereçam regularmente sacrifícios, muitas vezes, em forma de alimentos
especialmente preparados. O meio ambiente natural e os santuários estão intimamente
ligados pois é através da natureza que o homem mais se aproxima das divindades,
extraindo-lhe as oferendas e organizando espaços apropriados de culto às divindades.
Oferendas a Iemanjá.
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As duas grandes famílias divinas, não só são unidas através de laços de parentesco, mas seus membros
se relacionam, brigam, amam, sentem ciúmes uns dos outros, e aliam-se ou se combatem.
Oxumaré
Deuses Gregos e o Panteão Afro-brasileiro
Iansá
Senhora do ar e do
movimento, patrona dos
ventos, das tempestades e dos
raios. Senhora dos mortos.
Ferramentas
O irueshin (espanta-mosca de
Oiá)
e a idá (espada ou alfange). Atena
Ogum
Omulu Senhor que forja do metal,
Senhor da Terra, do interior da terra, senhor da comandante da guerras e senhor das
saúde e das doenças, da varíola e das doenças estradas, dos caminhos, das viagens,
contagiosas em geral. da agricultura, da caça, caminhos.
Ferramenta Ferramenta
Cruz foice, corrente, vassoura e búzio. O obé (faca).
Asclépio Ares
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Heros
Demeter
Oxumaré
Senhor dos ciclos, do arco-íris, da chuva que faz a
terra fértil e traz riqueza.
Ferramenta
Duas serpentes de ferro ou o arco-íris, a grande
cobra colorida.
Logunede
Sendo filho de Oxósse e Oxum,
Ossain assume características de ambos,
Senhor da folhas e ervas, manipulador do vivendo metade do ano nas matas - domínio do pai,
poder da natureza. e a outra metade nas águas doces - domínio da mãe.
Ferramenta Ferramentas
Ferro com sete pontos com um pássaro, que é O ofá, (arco-e-flecha),
a árvore com sete ramos, e a ave pousada no o abebé (leque metálico, típíco dos orixás femininos)
topo. e a balança, símbolo de equilíbrio e versatilidade.
Panteão Afro-brasileiro. Museu Casa do Pontal MUSEU CASA DO PONTAL
O Museu de Arte Popular Brasileira Casa do Pontal situa-se na cidde do Rio de Janeiro. É considerado o maior e mais significativo
museu de arte popular do país. Está localizado no Recreio dos Bandeirantes, próximo à Barra da Tijuca.
O acervo em exposição permanente conta com cerca de 5mil esculturas de 200 artistas de 24 estados diferentes.
A casa do Pontal não é apenas um museu completo de Arte Popular Brasielria...pode ser considerado como um verdadeiro
museu antropológico, único no país a permitir uma visão abrangente da vida e da cultura do homem brasileiro.
No Brasil, costuma-se chamar de arte-popular a produção de esculturas e modelagens feitas por homens e mulheres que, sem
jamais terem freqüentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Seus autores são gente do povo, o
que, em geral, quer dizer pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes
centros urbanos e para quem “arte” significa, antes de mais nada, trabalho.Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver
das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas.
Apresenta os principais temas da vida social e do imaginário- seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do
cotidiano- numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte
poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação socioeconômica e visão de mundo, interessando a
todos de maneira distinta.
O mundo da arte popular brasileira - ou seja, o mundo dos costumes, das religiões e festas que servem habitualmente de tema- é
bastante complexo e dinâmico. As obras são feitas em todas as regiões do Brasil, e seus autores utilizam os materiais que têm á
mão, como barro ou madeira, e ainda outros, como areia, palha, contas, tecidos e penas de aves. Para muitas pessoas, prestar
atenção nos diversos estilos, cores e materiais que compõem as obras dos artistas populares podem descortinar um mundo de arte
desconhecido. Conhecer essa produção também é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros. E significa, sobretudo, empreender
uma fascinante aventura pelos caminhos da imaginação humana.
Ângela Mascelani
Museu Casa do Pontal
Exu é o orixá da comunicação. Fiscalizador do axé, das coisas que são
feitas e do comportamento humano, conforme tarefa a ela atribuída por
Olodumare ou Olorum. Ele que deve receber as oferendas em primeiro
lugar afim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de
mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja
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plenamente realizada.
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido
com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica
yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado
uma personificação do Mal.
Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas
qualidades: Odara, Akesan, Lalu, Ijelu, Ibarabo, Yangi, Baraketu
(guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Ian (reverenciado
na cerimônia do padê).
Em exposição
Iansã é o orixá dos ventos e das tempestades. É irmã de Oxum. Independente e muito
elegante ela é a mulher de Xangô, mas antes foi casada com Ogum. Sua dança nos faz lembrar os ventos
enfurecidos e as tempestades. Movimenta-se como uma guerreira em combate. Cuida das crianças e
rejuvenesce os velhos. Seu dia é quarta-feira. Usa roupa marrom-escura e vermelha e, algumas vezes
branca.
Seu grito de saudação é Eparrei! (Ó, admirável!).
Iansã
No Brasil, Iemanjá é um orixá dos mais
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, ele é corcunda porque recusou-se a fazer uma oferenda de sal numa cabaça e ÈSÙ
castigou-o pregando a cabaça nas costas , razão pela qual não come sal , comer sal para ele
constitui-se num ato de canibalismo . Ele deu a palavra ao homem e durante suas festas não
se fala , durante três semanas tudo é silêncio , pois a palavra é dele.
Olorum-Olodumare encarregou Obatalá, o Senhor do Pano Branco, de criar o mundo.
Orunmilá, consultado por Oxalá, recomendou que este deveria fazer oferendas para que
fosse bem sucedido em sua missão. Oxalá se pôs a caminho até a fronteira do além, onde
Exu é o guardião. Oxalá, desobedecendo às recomendações de Orunmilá, não fez as
oferendas e Exu decidiu vingar-se de Oxalá. Oxalá aproximou-se de uma palmeira e tocou
seu tronco com seu bastão, da palmeira jorrou vinho em abundância e Oxalá bebeu até ficar
bêbado e adormecer na estrada. Odudua apanhou o saco da criação enquanto Oxalá dormia Oxalá
e levou a Olodumare que confiou a Odudua a criação do mundo. Oxalá ao despertar tomou
conhecimento e foi até Olodumare contar sua história, mas o mundo já estava criado e para
castigar Oxalá, Olodunare o proibiu de beber vinho-de-palma para sempre, e deu outra
dádiva a Oxalá: a criação de todos os seres vivos. E desta maneira Oxalá criou o homem e a
mulher e o sopro de Olodumare os animou.
Oxóssi é irmão de Ogum que o ensinou a defender-se por si próprio.
No Rio de Janeiro, é sincretizado com São Sebastião, patrono da capital carioca e, na Bahia,
com São Jorge.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda e recebendo a cor azul
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clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada . Sendo assim,as roupas, as guias e
contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, elementos que recordem a floresta, tais
como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), e demais objetos de caça. É um caçador tão
habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só". Conta a lenda
que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como outros.E usou sua única flexa
para matar o pássaro .Sua ação foi certeira e ao matar o pássaro salvou sua aldeia.
Ele não errou, e salvou a aldeia.
Em exposição
Oxum
Oxumarê, filho de Oxalá e Nanã. É o orixá que tem o poder de recolher a água que caía sobre a
terra e levava de volta para as nuvens do céu. Transforma-se no arco-íris. Também é uma
serpente que surge das profundezas da terra e morde o próprio rabo. Dizem que quando isso
acontece, torna os seres humanos ricos e felizes.
Deuses Gregos e o Panteão Afro-brasileiro
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (África), tornado Orixá de caráter
violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de
Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e
Obá. Xangô é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos,
Em exposição