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Aula 01:

Astrologia
Mitologia
História da Astronomia

Daniele
DanieleBenicio
Benicio
Das observações sobre o céu, o homem notou algumas regularidades no
mesmo, tais como os dias, estações e as fases da Lua. Dessas, surgiram
reflexões que levaram à busca de leis naturais, imutáveis; e também a

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“tentação” de colocar lá seres sobrenaturais e todo poderosos.

Homens primitivos pintavam suas caçadas nas


paredes de cavernas (pintura rupestre).

Acredita-se que, para esses homens, as pinturas


evocariam uma divindade que lhes daria maior sorte
e proteção para a próxima caçada.

Na África, estatuetas de mulheres de corpo exagerado.

Representavam a Mãe Terra, deusa da fertilidade, e


considerada, em muitas culturas, a força que deu origem ao
mundo.
O que é um mito?

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s.m. (Do gr. mythos, do latim mythus : palavra expressa, discurso, fábula)
1. Relato ou narrativa de origem remota e significação simbólica, que tem como
personagens deuses, seres sobrenaturais, fantasmas coletivos, etc.
2. Narrativa de tempos fabulosos ou heroicos; lenda.

s.f. (Do gr. mythologia)


1. Estudo sistemático dos mitos.
2. Conjunto de mitos de uma determinada cultura transmitido pela tradição (oral
ou escrita).
Mitologia

Tentativa de entender o mundo, o homem e os fenômenos que os regem. Mitos

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encarnam fenômenos fundamentais à vida .

- Deuses representando elementos naturais;


- Tempestades e outras catástrofes naturais representavam a fúria dos deuses.

Ligada intimamente à religião:

- Crença em santos e em um Deus maior;


- Amor – Cupido, Afrodite/Vênus.

Estudos astronômicos sofriam influências da mitologia.

Nomenclatura de astros, estrelas e constelações estão relacionados a elementos da


mitologia, especialmente a grega.
Mitologia

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Sol era uma deusa da mitologia nórdica que fora perseguida e morta
pelo lobo Skoll.

Na mitologia grega esse astro é associado ao deus


Hélio.

Na mitologia egípcia o deus do Sol é Rá.


Mitologia
Na mitologia nórdica Lua, era a deusa da lua.

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Na mitologia egípcia temos Lah

Na mitologia grega temos


Artêmis (a luz da lua), Selene
(as fases da lua) e Hécate (a
lua nova)
Constelações

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A orientação foi outra necessidade que motivou o estudo do céu, pois o homem
deixara de ser nômade, tinha agora um lugar fixo para onde retornava após o
período de caça. Nesse momento, a de reunir as estrelas em grupos para facilitar o
seu reconhecimento, dando origem, assim, às constelações.
Constelações

Na Mitologia grega representa o herói Órion, grande caçador e amado por

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Ártemis. Apolo, irmão de Ártemis, por não aprovar o romance entre os dois envia
um escorpião para matá-lo. Apolo, então, desafia a pontaria de Ártemis, outra
grande caçadora, que atinge em cheio seu amado que fugia do escorpião.
Percebendo o engano que havia cometido, Ártemis, em meio às lágrimas, pediu
para Zeus colocar Órion e o Escorpião entre as estrelas.
Mitologia

Deus: Rom. – Mercúrio

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Gr. – Hermes

Deus mensageiro responsável por levar mensagens de Júpiter.

Seus atributos são: uma bolsa, sandálias e um capacete com asas e


um caduceu, rapidez .

Justificativa: planeta que apresenta maior velocidade .

Deus: Rom. – Vênus


Gr. – Afrodite

Deusa do Amor e da Beleza .

Justificativa: objeto mais brilhante no céu noturno depois


da Lua – bela imagem no céu
Mitologia: Vênus
“A estrela matutina parece um homem todo pintado

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de vermelho; essa é a cor da vida. […] Estrela
matutina, traz-nos força e renovação... O dia vem no
seu encalço”.

Indígenas de planícies da América do Norte.

Chamada de Estrela Matutina, ou Estrela D'alva mas é


um planeta.

- Antigos mexicanos temiam-no e fechavam portas e janelas de manhã para se


protegerem de seus raios. Acreditavam que estes disparavam moléstias.

- Por aparecer ora a leste, ora a oeste (direção das “trevas”), Vênus se tornou para
maias e astecas um símbolo de morte e renascimento.
Mitologia

Deus: Rom. - Telo

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Gr. – Gaia

O nome tem mais de mil anos e significa "solo". Gregos chamavam


o planeta de Gaia, entidade titânica que representa a terra.

Justificativa: Terra é vista como um organismo vivo, fecundo, como


uma deusa.

Deus: Rom. – Marte


Gr. – Ares

Deus da guerra.

Justificativa: sua cor vermelha era associada ao sangue


derramado em batalhas.
Mitologia

Deus: Rom. – Júpiter

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Gr. – Zeus

Rei dos deuses.

Justificativa: homenagem ao maior de todos os deuses.

Já os orientais o chamavam de Estrela da Madeira.

Deus: Rom. – Saturno


Gr. – Cronos

Deus do cultivo e da agricultura; pai de Júpiter

Justificativa: É um dos titãs e pai de Júpiter. Como o planeta está


mais longe que Júpiter em relação à Terra, acredita-se que isso
tenha determinado seu nome, como uma representação de pai e
filho
Mitologia

Deus: Rom. – Urano

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Gr. – Urano

Deus dos céus, das alturas; pai de Saturno.

Justificativa: adjacente a Saturno.

Deus: Rom. – Netuno


Gr. – Poseidon

Deus dos oceanos.

Justificativa: apresenta coloração azulada, como nos


mares.

Deus: Rom. – Plutão


Gr. – Hades

Deus do Submundo; capacidade de se tornar invisível

Justificativa: ‘planeta’ mais distante do Sol, encontra-se em constante


escuridão.
Mitologia: Manchas da Lua

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A Lua é muitas vezes tida em lendas como um Sol decaído, mas
ainda assim são atribuídas a ela muitas influências e poderes.
Sempre existem histórias da Lua ser habitada (coelho ou lebre) e de
um homem levado para a Lua para pagar um erro cometido na
Terra.
Mitologia: Via Láctea

Lenda: Para se tornar imortal, Hércules deveria mamar no seio da esposa de Zeus,

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Hera. Para isso, Hermes, filho de Zeus, colocara a criança no seio da deusa
adormecida. Mal abriu os olhos, Hera desvencilhou-se do pequeno, embora tarde
demais. O leite que escorreu do seu seio deixo um rastro pelo céu: a Via Láctea.

Para os esquimós, eram rastros


nevados do Grande Corvo.

Na Estônia e Lapônia, eram trilha dos


pássaros.

Finlândia: Caminho dos gansos


Selvagens.
Mitologia – Nórdica

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Também chamada de mitologia germânica, mitologia viking ou mitologia
escandinava, é o nome dado ao conjunto de religiões, crenças e lendas pré-
cristãs dos povos escandinavos (norte da Europa).
Mitologia – Nórdica
No início havia o Nada (remete à noção grega do "Caos“). Um

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imenso vazio, que se estendia até o Norte, a Terra do Gelo
(Niflheim), e o Sul, a Terra do Fogo (Musphelhein).

Separadas pelo Nada, essas forças de frio e calor, estavam inertes.


Até que Deus, o Criador de todas as coisas, respira, e suas
baforadas unem frio e calor, compondo flocos de neve que foram
se aglutinando até formar o primeiro ser: um gigante de gelo
chamado Ymer, que deu origem a vários outros gigantes.

Essas criaturas alimentavam-se do leite da vaca


primordial Audumbla que, por sua vez, alimentava-se lambendo o
sal dos blocos de gelo. Numa dessas lambidas revelou-se a forma
de uma nova criatura, cuja raça ficou conhecida como Aesir. Esse
primeiro Aesir se chamava Buri, que teve um filho, Bor, que se casou Enquanto Ymer bebe na teta de
com a filha de um dos gigantes e assim tiveram três filhos: Odin, Vili Audumbla, Buri é formado do gelo
e Vé. lambido pela vaca.

Esses três são a Santíssima Trindade Nórdica, detêm o poder de


trazer ordem ao Caos. Eles matam o gigante Ymer, dilaceram suas
formas e com seus restos ajudam a compor o Universo.
Mitologia – Nórdica

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Há a existência de nove mundos, conhecidos
como os Nove Mundos da Mitologia Nórdica,
que podem ser considerados os principais:

Asgard
Midgard
Jotunheim
Vanaheim
Alfheim
Musphelhein
Svartalfheim
Nidavellir
Niflheim
Mitologia – Nórdica

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No centro do Nada está uma gigantesca árvore chamada Yggdrasil, o eixo
dos nove mundos.

Os galhos mais altos serviam de moradia ao Galo de Ouro, que tem a


responsabilidade de guardar os horizontes e denunciar aos deuses a aproximação
de seus eternos inimigos, os gigantes.

Logo abaixo, mas ainda no topo, há uma águia (Hraesvelg) que, ao bater de suas
asas, produz o vento que sopra por todos os mundos.

Abaixo na árvore temos Asgard (Terra dos Aesir), governado por Odin e sua esposa,
Frigga.

É lá que fica o Valhala (Salão dos assassinados), local onde os guerreiros vikings eram
recebidos após terem morrido com honra, em batalha.
Mitologia – Nórdica

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Vanaheim (Lar dos Vanir), que são uma outra categoria de deuses, ligados à
fertilidade, prosperidade, sabedoria e capacidade de ver o futuro (enquanto os Aesir
são mais guerreiros e ligados à magia).

Álfheim, o Lar dos Elfos. É onde vivem os elfos luminosos, criaturas de beleza
inenarrável. Brilhantes como o Sol, vestem-se de forma delicada e transparente. São
amigos de homens e deuses.
Mitologia – Nórdica
Odin e seus irmãos usaram o corpo do gigante Ymir para criar Midgard (Terra Média),

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o mundo dos homens, situado em volta do tronco de Yggdrasil. A carne de Ymir se
tornou a terra. O sangue formou lagos e oceanos. Dos ossos, formaram-se as
montanhas. Seus dentes e fragmentos de ossos são as pedras. Os cabelos formaram
árvores. O crânio de Ymer formou o céu, e foi sustentado no alto por 4 anões,
chamados Norðri (Norte), Suðri (Sul), Austri (Leste) e Vestri (Oeste).

Midgard está unida a Asgard por uma ponte em forma de arco-íris, chamada Bifröst.
Construída pelos Aesir, era guardada pelo deus Heimdall, que nunca dormia.

Jötunheim é a Terra dos gigantes.

Muspelheim (Terra do fogo) é o lar dos demônios de fogo.


Mitologia – Nórdica

Svartalfheim (Lar dos elfos escuros). Eles são a contraparte decadente dos elfos

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luminosos, e vivem no subterrâneo, pois o Sol pode transformá-los em pedra. Assim
como os anões, os elfos escuros cresceram a partir das larvas da carne de Ymir.

Os elfos escuros são, frequentemente, apontados como responsáveis por muitas das
maldades que ocorrem à humanidade. Daí a palavra alemã para
pesadelo: Albtraum (sonho de elfo).

Niflheim (Terra das névoas) é um mundo de gelo eterno, onde vivem os anões e o
reino dos Nibelungos. É nas suas profundezas onde fica a coisa mais próxima do inferno
na mitologia nórdica: Helheimr (Lar de Hel).

Mergulhado em perpetua escuridão, e guardado pelo gigantesco cão Garm,


Helheimr é governado por Hel, deusa da morte, e é para lá que as pessoas vão
quando morrem sem glória, doentes ou com idade avançada, além de crianças e
mulheres.
Mitologia - grega

No começo, tudo era uma desordem, o universo estava imerso em uma treva sem fim,

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pois o Caos, o único deus que existia desde sempre, reinava sobre o nada,

Um dia, Caos decidiu dar início ao mundo.

Então, ele começou criando Gaia, que pode ser considerada como a Mãe Terra e é
cheia de força vital. Após ela, foi criado Eros para ser a divindade do amor. Por fim, o
deus Caos decidiu criar o Tártaro, o inferno grego.

O reino do Tártaro localizava-se bem perto do centro da Terra, ele ficava muito longe
da superfície, assim como a Terra é distante do céu. No coração tartárico, existe o
palácio da Noite que é envolvido por nuvens negras e é onde a Noite fica durante o
dia.
Mitologia - grega

Depois de algum tempo, Gaia criou Urano, que viria a ser a representação do céu e

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que seria também o amante de Gaia. Urano, então, tem diversos filhos com Gaia,
as mulheres eram as Titânidas e os homens os Titãs, juntamente a eles, nasceram três
Ciclopes que eram iguais aos titãs, que possuíam domínios sobre os elementos que
seriam a origem dos poderes de Zeus: o raio, o relâmpago e o trovão.

Urano não gostava de nenhum de seus filhos, temendo traição por parte deles e de
Gaia, os lacra nas profundezas do Tártaro, no ventre de Gaia. A partir de um plano,
Cronos corta a genitália do pai, o sangue se espalha pelo mundo e dá origem a
diversas divindades. As primeiras foram Aleto, Tisífone e Megera, que representam o
ódio, a vingança e a discórdia. Depois, nasceu a deusa Afrodite, personificação da
beleza e do amor, e os gigantes.
Mitologia - grega

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É por causa do crime cometido e da dor sentida,
Urano separa-se de Gaia e dá lugar ao espaço e,
com isso, seus filhos podem crescer e se
desenvolver, fato que faz o tempo começar a
rodar.

Depois de tomar o lugar do pai Urano, Cronos


liberta todos os titãs e acaba se casando com
uma de suas irmãs, Reia, entretanto, para cada
filho que têm, Cronos imediatamente o engole
completamente para evitar que o “pai tome o
lugar do filho”.

Reia , quando o último filho está para nascer –


Zeus – consegue enganar Cronos, Zeus liberta os
Ciclopes a pedido de Gaia e seus irmãos. Assim
tem inicio a Guerra dos Titãs.
Mitologia - grega
Tífon era o ser mais temido de todos. Durante a guerra, o cosmos

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inteiro serviu como campo de batalha, e isso fez com que vários
astros saíssem de seu lugar, sem falar que acabou
desestruturando a própria Terra. Após Zeus vencer a guerra,
portanto, ele reconstrói tudo o que foi destruído e ainda inclui o
caos nessa nova harmonia, que agora se torna perfeita.

Tífon, enfraquecido e derrotado, tem poderes que só conseguem


afetar o mundo dos mortais através das tempestades, em terra, e
dos tufões, em mar.
12 deuses do Olimpo

Zeus (Júpiter): rei dos deuses e homens


Hera (Juno): deusa do matrimônio
Poseidon (Netuno): deus dos mares
Atena (Minerva): deusa da sabedoria
Ares (Marte): deus da guerra
Deméter (Ceres): deusa das plantas
Apolo (Febo): deus da luz e do sol
Ártemis (Diana): deusa da vida selvagem e caça Árvore interativa dos deuses gregos:
Hefesto (Vulcano): deus dos ferreiros
Afrodite (Vênus): deusa do amor
Hermes (Mercúrio): deus dos ladrões http://www.webexhibits.org/greekgods/index.html
Dionísio (Baco): deus do vinho
Mitologia - egípcia

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O universo começou quando um ser primordial cria suas próprias características e dá origem a uma espécie de
liquido cósmico que recebe o nome de Nun, que é o ser subjetivo.

Quando Nun torna-se mais material e concreto, ele se torna Áton – o ser objetivo.

Atón, então, originou dois seres divinos: Tefnut – a deusa da água – e Shu – o deus do ar.

A partir daí, Shu e Tefnut, deram origem a outros dois deuses: Nut – representada pelo céu – e Geb – o deus da
terra.

Shu acaba separando Nut e Geb, que antes estavam grudados, e isso dá forma ao céu, à terra e à atmosfera
do jeito que conhecemos.

Mas antes de se separarem, os dois deram a luz a quatro deuses: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris cria a vida após
a morte; Ísis toma conta de tudo que tem vida; Seth representa o mal em geral; e Néfitis o ato da morte e a
orientação.
Astrologia

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J. Mitton: a astrologia é "a prática da tradição que pretende
conectar as características humanas e o curso dos
acontecimentos com as posições do Sol, Lua e planetas em
relação às estrelas“.
Início dos estudos astrológicos

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Sua origem ainda é discutida, mas os primeiros registros
documentados que se tem noticia atualmente foram
feitos em escrita cuneiforme sumeriana na Mesopotamia
sobre tabuinhas de argila, e são originários da região de
Lagash, governada por Gudea (aproximadamente 2122-
2102 a.C.).
Astrologia - Egípcia
Era extremamente ligada a religião, os signos eram deuses egípcios. Acredita-se que os

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estudos começaram por volta de 3000 A.C, mas como não ha dados concretos, não e
considerado o primeiro estudo astrológico.

Como saber seu Deus egípcio?

Como já haviam feito o calendário egípcio de 365 dias e a


divisão do ano em 12 meses, simplesmente iniciaram a
distribuição dos Deuses começando por Rá, a partir do dia
16 de julho, que é quando a estrela Sothis (Sirius) surgia no
horizonte de Mênfis, cidade do Faraó.
Astrologia - Chinesa

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Também os chineses tinham sua própria astrologia.
Eles iniciaram seus estudos astrológicos por volta de
2000 a.C.

O signo do horóscopo chinês se descobre através


do ano em que nascemos. Só que o ano chinês vira
em meados de janeiro para fevereiro. No restante
dos meses, obedece o ano do nascimento. A cada
11 anos retorna o primeiro signo.
Astrologia - Chinesa

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Segundo uma antiga lenda chinesa, Buda convidou todos os animais da criação
para uma festa de Ano Novo, prometendo uma surpresa a cada um dos animais.
Apenas doze animais compareceram e ganharam um ano de acordo com a ordem
de chegada.

De acordo com um antigo texto budista, quando os animais terminam suas meritórias
tarefas, fazem um juramento solene perante Buda de que um deles estará sempre,
por um dia e por uma noite, pelo mundo, pregando e convertendo, enquanto os
outros onze ficam praticando o bem em silêncio.
Astrologia

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Incas, Astecas e Maias

Possuíam a mesma visão astrológica que os egípcios, além de ter o calendário, a


mitologia e a astrologia integrados em um mesmo sistema de crença.

Os Astecas aperfeiçoaram os conhecimentos astrológicos incas e maias, e criaram


um horóscopo com 20 signos.

Grega

Por volta de 500 A.C. os gregos incorporaram em sua cultura a astrologia vinda dos
mesopotâmios.

Assim, a astrologia se espalhou gradualmente pelo ocidente, e desenvolveram a


tradição de que os astros influenciavam na vida de todas as pessoas.
Astrologia - Ptolomeu

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Ptolomeu acreditava não só que os
padrões de comportamento eram
influenciados pelos planetas e pelas
estrelas, mas também que as
questões de estatura, tez,
nacionalidade e até as deformações
físicas congênitas eram determinadas
pelas estrelas.
Seu trabalho de astrologia chamado
Tetrabiblos (estudo da astrologia
baseado nos conhecimentos
egípcios, babilônicos e gregos),é
utilizado até hoje como base na
astrologia.
Astrologia – Os 12 signos ocidentais atuais

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Possuem sua origem nas doze constelações o zodíaco visíveis na Via Solis (Caminho
do Sol). O horóscopo ocidental começa por Áries, devido a marca do início da
primavera do hemisfério norte ser assinalada pelo “ingresso” do Sol na constelação
de Áries.

O Sol, em seu movimento em torno da Terra,


desenha, tendo as constelações ao fundo um
círculo denominado eclíptica. Os 5 planetas
visíveis a olho nu circulavam no interior de
uma faixa estreita, que a eclíptica divide em
2. Os 5 planetas, junto à Lua e ao Sol,
percorrendo esta faixa, atravessam 12
constelações.
Astrologia
Pela precessão do eixo rotacional da Terra (mudança do eixo de rotação), hoje em
dia (mais que 2.200 anos depois do estabelecimento dos signos), todos os signos do

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zodíaco são "decalados", tal que o Sol está nos seguintes signos nas seguintes datas:

Capricórnio - Jan 20 a Fev 16


Aquário - Fev 16 a Mar 11
Peixes - Mar 11 a Abr 18
Áries ou Carneiro - Abr 18 Maio 14
Touro - Maio 14 a Jun 21
Gêmeos - Jun 21 a Jul 20
Câncer ou Caranguejo - Jul 20 a Ago 10
Leão - Ago 10 a Set 16
Virgem - Set 16 a Out 30
Libra ou Balança - Out 30 a Nov 23
Escorpião - Nov 23 a Nov 29
Ophiuchus - Nov 29 a Dez 17 < Este signo não existe na astrologia!
Sagitário - Dez 17 a Jan 20
...e não nas datas preditas pela astrologia.

http://www.youtube.com/watch?v=DAEdMe2GfAk
Astrologia

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Da modernidade, em diante, pode-se dizer que o mundo começa a ser
desencantado, pois com o renascimento cultural e científico, retomam-se algumas
ideias originadas no mundo antigo, as quais buscam explicar o universo a partir das
leis físicas e matemáticas.
Astrologia

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Uma pseudociência é qualquer tipo de informação que se diz ser baseada em fatos
científicos, ou mesmo como tendo um alto padrão de conhecimento, mas que não
resulta da aplicação de métodos científicos.

Afirmações que não permitem elaboração de testes e experimentos para falsificá-


las constituem-se no que Popper denomina por Pseudociência. A astrologia se
enquadra nessa definição.
Astronomia e Astrologia

A separação da astronomia e da astrologia ocorreu muito mais tarde, já nos séculos

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XVI e XVII. Apesar de muitos pensadores gregos rejeitarem a astrologia, o certo é que
a crença nos astros como condicionantes do futuro humano persistiu ao longo de
toda a antiguidade clássica.
Astronomia e Astrologia

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A Astronomia é uma ciência natural que estuda corpos celestes (como estrelas,
planetas, cometas, nebulosas, aglomerados de estrelas, galáxias) e fenômenos
que se originam fora da atmosfera da Terra (como a radiação cósmica de fundo
em micro-ondas).

Ela está preocupada com a evolução, a física, a química, e o movimento de


objetos celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do universo.
Astronomia e Astrologia

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“Astronomia e astrologia possuem, portanto, uma origem em
comum, movidas pelo mesmo fascínio que uma simples noite
estrelada desperta em nós. Ambas coexistem hoje em relativa
harmonia, mas seus praticantes têm formações diferentes e
objetivos muito distintos que não convém confundir”.
José Roberto Costa.
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Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=3KUyiitoynw
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Um pouco mais sobre a História da
Astronomia
Por que analisar o comportamento dos corpos celestes?

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- Fascinação natural;

- Necessidade: marcação do tempo.


Contagem do Tempo

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Dia: período que o Sol demorava para percorrer o céu.

Semana: período entre as fases da Lua.


Contagem do Tempo

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Mês: período entre duas luas novas.

Ano: A variação da altura do sol no horizonte permitiu uma nova descoberta, os


equinócios, duração do dia igual à da noite, esta periodicidade foi calculada em
365 dias, aproximadamente doze vezes a duração do mês lunar. Este cálculo
levaria mais tarde à divisão do ano em doze meses.
Astronomia Antiga

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Desde os primórdios o ser humano olha para o céu e vê corpos celestes
com seus movimentos e tenta entendê-los, por motivos religiosos ou
práticos (prever as estações do ano, agricultura, orientação,
navegação) ou por curiosidade.

Os conhecimentos astronômicos dos povos antigos se manifestaram na


maioria dos casos nos seus calendários e em alinhamentos das suas
construções com corpos celestes, direções especiais na rosa de ventos,
entre outros.
Astronomia Babilônica

É notada pelos seus registros de fenômenos astronômicos

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tais como eclipses, posições dos planetas e nascimento e o
caso da Lua. Alguns destes registros foram feitos em 800
a.C. e são os mais antigos documentos científicos
existentes.
O proposito desta atividade era claramente astrológico
com o objetivo de predizer a prosperidade do pais assim
como a do seu rei.
Os babilônios acreditavam em um universo de seis níveis
com três firmamentos e três terras: dois firmamentos acima
do céu, o firmamento das estrelas, a terra, o submundo do
Apsu, e o submundo dos mortos.
A Terra repousava sobre uma câmara de água, um rio que
a circunda totalmente. Em volta da Terra havia uma
parede que sustentava uma cúpula onde todos os corpos
celestes estavam localizados.
A Terra foi criada pelo deus Marduk como uma jangada O Universo visto pelos babilônios.
que flutua sobre o Apsu. Os deuses estavam divididos em
dois panteons, um ocupando os firmamentos e o outro no
submundo.
Egito – desde 5º milênio a. C.

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Corredores das pirâmides de Gizé, alinhados com estrelas.
Astronomia no Egito

Os egípcios tinham pouca ideia da extensão e estrutura do universo. Sua cosmologia, tal como

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a dos babilônios, refletia crenças religiosas .

Os conceitos sobre o céu noturno foram formulados em vários mitos que mais tarde se
tornaram parte central da religião.

As principais divindades eram os corpos celestes. Um grande esforço foi feito pelos religiosos
para prever o momento e o local do aparecimento de seus deuses. Foram essas habilidades
que levaram a divisão do dia e da noite em 12 seções cada um, o desenvolvimento de dois
calendários, um lunar e um solar. O solar tinha 12 meses, cada um com 30 dias, além de 5 dias
“especiais”, totalizando 365 dias. O deus Sol, denominado Rá, era o mais importante. Portanto,
o movimento solar anual foi uma observação astronômica fundamental na cosmologia
egípcia.
Astronomia na Índia

Os textos Védicos apresentam uma visão do universo que é visto como três regiões,
terra, espaço e céu, que no ser humano estão espelhadas no corpo físico, a

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respiração (prana) e mente.

Os processos que ocorrem no céu, sobre a terra e dentro da mente são tomados
como estando conectados. O universo também esta conectado com a mente
humana conduzindo a ideia de que a introspecção pode produzir conhecimento.
O universo passa por ciclos de vida e morte.

Visão hindu sobre a criação e destruição do Universo.


Astronomia na China

A chinesa foi uma das

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primeiras a se preocupar
com a astronomia. Já entre
os séculos 3 e 4 antes de
Cristo os astrônomos
chineses Shi Shen, Gan De e
Wu Xian mapearam as
posições das estrelas no
céu e determinaram
algumas constelações
(bem diferentes daquelas
construidas no mundo
ocidental). Segundo alguns
historiadores, esse é o mais
antigo mapa estelar que se
conhece.
Carta celeste feita entre os séculos 3 e 4 a.C.. O mais
antigo mapa estelar que se conhece.
Astronomia Grega

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Os antigos jônicos foram os primeiros pensadores que afirmaram,
sistematicamente, que são as leis e as forças da Natureza, e não os deuses, os
responsáveis pela ordem e ate pela existência do mundo.
Astronomia Grega – Thales de Mileto

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Thales (de Miletus) nasceu em 640 a.C.

Ele foi o primeiro filosofo natural grego importante e,


frequentemente, e considerado o pai da astronomia
grega.

Thales ganhou fama ao prever a ocorrência de um


eclipse solar no ano 585 a.C.

Thales (de Mileto).


Astronomia Grega – Anaximander

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A Anaximander é creditado o fato de ter sido o
primeiro pensador que tentou mapear o mundo e
que ofereceu uma audaciosa explicação sobre a
origem do universo.

Mantinha que a origem de tudo (a substância


fundamental do universo) era uma massa primária,
indefinida e eterna, a qual ele deu o nome de
“ilimitado”. Esse foi o primeiro elemento que surgiu.

Anaximander (de Miletus)


Astronomia Grega – Anaximander

O cosmos resultou de uma luta entre os opostos de

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calor e frio. No vasto começo não limitado do tempo
os dois começaram a se separar, resultando em uma
bola de fogo circundada por neblina. A bola quente
contraiu e endureceu formando uma esfera solida no
centro, que e a Terra.
No entanto, essa separação não foi perfeita. Alguns
anéis mais externos de fogo aprisionaram camadas de
névoa dentro deles. Esta névoa e a nossa atmosfera.
Através de aberturas nela podemos observar
pequenas partes do fogo circundante, na forma do
Sol, Lua e as estrelas.
Anaximander também dizia que a Terra estava
necessariamente em repouso por causa da sua
uniformidade, e portanto não precisava repousar
sobre coisa alguma.

O Universo de Anaximander: uma Terra


cilíndrica e “aberturas” de fogo.
Astronomia Grega – Anaxágoras

Anaxágoras viveu no período entre 500 e 428 a.C. Ele sugeriu que a mente,

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controlava o universo.

- Cometas eram formados por planetas que colidiam.


- O Sol era uma bola de fogo, de ferro derretido.
- A Terra era plana, sólida e estava suspensa no ar.
- A Lua estava mais perto da Terra do que o Sol.
- Os eclipses da Lua eram causados pela sombra da Terra e de outros corpos e os
eclipses do Sol eram causados pela Lua.
- Existiam corpos invisíveis atrás das estrelas.
- Acreditava que os meteoros eram formados pelos mesmos materiais que
encontramos na Terra. Para ele os corpos celestes originalmente faziam parte
da Terra mas foram lançados no espaço devido a rápida rotação do nosso
planeta. A medida que a rotação desses outros corpos diminuía eles eram
puxados de volta pela Terra e caiam sobre ela na forma de meteoros.
Astronomia Grega – Platão

Para Platão o tempo teve um início e surgiu junto

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com o universo em um instante de criação. Para ele
o universo foi criado por um “artesão” usando como
seu modelo o mundo das formas.

O Universo foi criado com arquitetura premeditada


por Deus (Dermiugo) a partir de um caos primordial.
Platão acreditava que os corpos celestiais exibiam
formas geométricas perfeitas.

- Mundo sensível e mundo inteligível: Obra Timeu,


Demiurgo e a compreensão adequada sobre as
coisas do mundo sensível deveria abstrair as suas
imperfeições e chegar até a sua essência.
- A "geometrização" da natureza (ruptura com os
padrões de pensamento vigentes nas outras
civilizações da antiguidade)
Astronomia Grega – Eudoxus

Foi na época de Platão, século 4 a.C., que surgiu o

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modelo que descrevia o universo por meio de esferas.
Este modelo tornou-se popular e consistia de uma Terra
esférica colocada no seu centro, circundada por uma
esfera externa formada por estrelas. Entre estas duas
esferas os planetas se moviam de um modo não
determinado.

Um deles era o movimento da esfera de estrelas fixas,


compartilhado por todos os corpos celestes e o outro
eram os movimentos independentes apresentados pelo
Sol, Lua e planetas no céu.

Ele foi o primeiro a propor que o movimento dos corpos


celestes podia ser descrito por meio de uma série de Eudoxus (de Cnidus)
esferas transparentes nos céus, que transportavam os (entre 408 e 355 a.C.).
corpos celestiais a diferentes velocidades em grupos
encadeados, com centros que variavam ligeiramente.
Astronomia Grega – Aristóteles

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No seu texto “Sobre os Céus”, Aristóteles discute a
natureza geral do cosmos e certas propriedades de
corpos individuais.

Segundo Aristóteles a Terra, assim como todos os


corpos, era composta de 4 elementos: terra, água,
ar e fogo. Cada um destes elementos procurava o
seu lugar natural no Universo.

Aristoteles (entre 384 e 322 a.C.).


No sistema cosmológico aristotélico, a Terra esférica e “imperfeita” estava situada no
centro do Universo (visão geocêntrica). Aristóteles adotou o sistema de esferas
concêntricas proposto por Pitágoras para descrever os planetas, mas deduziu que a
Terra devia estar imóvel. A Terra não gira em torno de qualquer outra coisa nem gira

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em torno do seu eixo.
Astronomia Grega – Aristóteles

Aristóteles afirmava que o universo não surgiu em um ponto mas sim que ele tinha

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existido, inalterado, por toda a eternidade. Isso tinha que ser assim porque ele era
“perfeito”.

Deste modo Aristóteles estabelecia um cenário de “estado estacionário” para o


universo. Mais ainda, como ele acreditava que a esfera era a mais perfeita de
todas as formas geométricas, o universo tinha um centro, que era a Terra.

Depois da esfera das estrelas o universo continuava para dentro do domínio


espiritual onde as coisas materiais não podiam estar.
Astronomia Grega – Aristóteles

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Aristóteles propôs 4 provas observacionais de que a Terra era uma esfera:

• Os navios desaparecem lentamente no horizonte;


• Durante os eclipses lunares a sombra lançada sobre a Lua pela Terra parece
circular;
• Estrelas diferentes são visíveis em latitudes mais ao norte e mais ao sul. Ele notou
que, a medida que uma pessoa viaja para o norte, as estrelas polares se colocam
cada vez mais alto no céu e outras estrelas vão se tornando visíveis ao longo do
horizonte. Isto só poderia acontecer se a Terra fosse esférica.
• Elefantes são encontrados tanto na Índia, que estava na sua direção leste, como
no Marrocos, na sua direção oeste. Sua ideia era que ambos as regiões estão a
uma distância razoável na superfície de uma esfera de tamanho moderado.
A física aristotélica

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Mundo sublunar: espaço da corrupção e do
movimento.

Mundo supralunar: perfeito e eterno, acessível


pelo raciocínio.
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Continua na próxima aula...
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Próxima Aula – 28/03 – História da Astronomia II

Mais informações:

- Ensino a distância de Cosmologia: Observatório Nacional.


- GEURRA, A., BRAGA, M. e REIS, J. C. Breve história da ciência moderna. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2003, vol 1.
- http://astro.if.ufrgs.br/

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