O tema "Abóbada Celeste", sem dúvida, é um estudo dos
mais fascinantes quando se pesquisa a ornamentação de uma Loja Maçônica. Nele, observa-se, uma série de conceitos herdados dos povos primitivos, desde o seu alvorecer, passando pelas diversas culturas no tocante a sua religiosidade e busca do entendimento do desconhecido. Desde o início dos tempos, o homem buscou o seu Deus. E o fez da maneira possível para a época. O estudo, hoje, da religiosidade desses povos dá-se o nome de mitologia.
Os astros sempre exerceram influência predominante no
espírito do homem. A Astrologia é uma das ciências mais antigas da humanidade e, através delas, os magos procuraram, sempre, entrever os destinos da humanidade. É importante, ainda, deixar claro que a humanidade desde os primórdios, sempre correu em busca da verdade e, em qualquer época, o homem considera os conceitos antigos como ridículos e ingênuos. A Maçonaria, entretanto, não faz troça destes conceitos; muito pelo contrário, busca neles, a inspiração para uma evolução da moral, da ética e do convívio fraterno entre os homens e, por conseguinte, entre as raças.
O homem maçom procura aplicar a Tolerância entre os
homens. Assim, por mais que discorde das ideias de outro homem, entende que é o semelhante daquele e, só poderá viver em harmonia com aquele se ambos aprenderem a respeitarem-se mutuamente. No estudo da Abóbada Celeste, se faz necessário, antes, entender o conceito de Precessão dos Equinócios.
A Terra, ao realizar o movimento de translação,
percorre uma órbita elíptica, isto é, oval. Durante este percurso, que dura 365 dias, 6 horas, 15 minutos e 20 segundos, uma série de constelações vão se sucedendo, no céu estrelado, na mesma ordem, mais ou menos de 30 em 30 dias. São as chamadas Constelações do Zodíaco. O homem, no alvorecer da cultura, guiava-se pelo ciclo anual das estações e considerava o início de um novo ano a volta da Primavera, superando o frio do inverno e fazendo brotar a vida vegetal. Logo, ele relacionou a chegada desta estação com o aparecimento de determinadas estrelas e constelações na abóbada celeste.
Quando foram feitos os primeiros registros sobre este
fenômeno, o início da primavera coincidia com o aparecimento da Constelação do Touro e, mais precisamente, no momento em que a estrela Aldebaran, o Olho do Touro, entre os árabes, ou o Olho de Deus, entre os judeus, ocupava o Zenith. Neste tempo, a humanidade encontrava-se na chamada Era do Touro.
Com o passar dos tempos, a constelação do Touro foi se
atrasando em relação ao início da primavera e, seu lugar acabou sendo ocupado pela Constelação de Aries, o Carneiro. Foi nessa era de Aries que a humanidade idealizou os primeiros calendários. O maçônico a ela está vinculado.
Anos se passaram e foi a vez de Aries retardar a sua
chegada anual e uma nova constelação ocupou o Zenith na Primavera. A Constelação de Peixes, marca a época do cristianismo, na qual estamos. Dentro de pouco tempo, a Constelação de Aquário indicará a Primavera. Esta mudança se dá a cada 2150 anos. Este retardo é fenômeno astronômico denominado Precessão dos Equinócios. E, a cada 25.800 anos, o ciclo se completa.
É interessante relacionar estas constelações com o
pensamento religioso da época. Observemos na "Era de Touro", o culto aos deuses touros: o bezerro de ouro, o boi Apis, o Minotauro. Na era de Áries, surge o culto ao carneiro, personificado por Júpiter-Amon.
A tradição de decorar o teto dos Templos tem a sua
origem no antigo Egito, atingindo o seu esplendor no Templo de Carnac (hoje, Luxor) com a administração do faraó Ramsés II. Este Templo seguindo os padrões da época, possuia formas arquitetônicas nas quais buscava principalmente o valor simbólico em detrimento da estética. Procurava-se naquele tempo, assim como hoje, representar o firmamento no teto e a terra no piso do Templo.
Os vários astros representados na Abóbada Celeste não
devem ser dispostos de forma aleatória. Busca-se na disposição deles toda uma simbologia, uma harmonia viva e ritualística. A iluminação representada no teto do Templo provoca a sensação gradual de uma jornada de trabalho maçônico. Do Sol, no Oriente à Lua, em quarto-crescente, no Ocidente, percorre a Luz - símbolo do conhecimento e elevação espiritual.
Na decoração do teto do Templo Maçônico é obrigatória
a representação do Sol e da Lua, inseridos no teto pintado de azul, com tonalidades alaranjadas no Oriente, onde reina o Sol e, gradativamente, tons escuros no Ocidente, onde se encontra a Lua, com a sua face iluminada voltada para o Sol. Porém, para maior simbolismo e beleza, a Abóbada Celeste dos nossos Templos, é disposta como se segue:
a. O Sol, cor de ouro, tem o seu lugar no Oriente, sobre
o Trono do Venerável Mestre, fonte irradiadora de luz e sabedoria. É luz maior do céu e da Loja. Em nosso mundo, a luz e o calor do Sol são essenciais 'a vida. Para os gregos, representava o deus Hélio. Ele pertencia a geração dos "Titãs", anterior aos desuse olímpicos. Era filho dos Titãs Hiperião e Teia, irmão de Eros, a Aurora e de Selene, a Lua. Tinha por mulher Perseida, uma das filhas do Oceano. Consta que se uniu a várias outras mulheres tendo filhos com muitas delas. Hélio era representado como um jovem de grande beleza, com a cabeça cercada de raios à maneira de uma grande cabeleira. Percorria os céus num carro de fogo arrastado por quatro cavalos: Pirois, Eoo, Éton e Flégon, dotados de grande rapidez. Os quatro nomes originaram-se de chama, fogo e luz. A cada manhã, precedido pelo carro da Aurora, sua irmã, Hélio se atirava por um caminho que passava no centro do céu. À tarde, chegava ao mar, onde banhava seus cavalos fatigados. Hélio então repousava num castelo de ouro, de onde partia no outro dia de manhã. Hélio é considerado o olho do mundo, aquele que tudo vê. Representa ainda a fonte da vida, o deus maior da época. Em loja representa o Ven.'. Mestre.
b. A Lua, cor de prata, descansa por sobre o Altar do
1°Vigilante, o Pilar da Força. Na mitologia grega, é personificada por Selene, irmã de Hélio. Representam-na como uma bela jovem que percorre o céu no seu carro de prata puxados por dois cavalos brancos. Teve de Zeus uma filha; foi amante de Pã, deus dos pastores e de Endimião, de quem teve cinqüenta filhos. Consta que ela não era a Lua, mas sabendo que seu irmão se afogara, precipitou-se do alto de uma torre, despedaçando-se. Os deuses, compadecidos, transformaram os dois irmãos em "Sol" e "Lua". A Lua é a segunda maior fonte de luz do céu e por isso rege o 1º Vig.
c. A Estrela Fomalhaut, cor branca azulada, situa-se
sobre o Altar do 2°Vigilante, um pouco a frente e a esquerda do 2°Experto. Ela indica a boca da constelação do Peixe Austral.
d. Os quatro planetas representados na Abóbada tomando-
se como referência a direção Oriente para o Ocidente, são:
1) Mercúrio, da cor do mercúrio, na mitologia grega era
representado por Hermes, filho de Zeus (Júpiter) e de Maia. Era o deus dos comerciantes e dos ladrões. Seus inúmeros atos heroicos fazem dele a imagem de arguto, inteligente e sempre disposto a aprender. Também protegia os pastores e freqüentemente o representavam com um cordeiro sobre os ombros. Outra de suas funções era conduzir as almas dos defuntos ao inferno. As imagens de Hermes o mostravam calçado de sandálias com asas, com um chapéu de formato especial, o Étaso e levando na mão o Caduceu, símbolo de suas funções de arauto (mensageiro). Era o mensageiro dos deuses. O Caduceu era uma vara com duas serpentes enroscadas e com asas na sua extremidade. Hermes é principalmente o intérprete da vontade divina. Depois do dilúvio, foi o portador da palavra dos deuses a Descalião (o mesmo que Noé no cristianismo). É o planeta mais próximo do Sol e, por isso, representa o 1°Diácono. Localiza-se a sudoeste do Sol e a frente do 1°Diácono.
2) Júpiter, de cor estanho, representado na mitologia
por Zeus, rei dos deuses do Olimpo, deus supremo do panteão helênico. Reunia em si todos os atributos divinos. Era todo poderoso, via tudo, sabia de tudo. Castigava os maus, porém era acessível à piedade. Protegia os fracos, os deprimidos e suplicantes. Presidia as manifestações celestes; provocava as chuvas; lançava os raios e trovões e imperava entre os homens e deuses. Zeus tinha como função primordial manter a ordem, e a harmonia do mundo. Representavam-no como homem de feição madura, robusto, grave, de fronte ampla, cabeleira espessa e ondulada e de longas barbas. Seus atributos eram o cedro na mão esquerda, o raio na mão direita e a águia aos pés. É o astro regente dos Past-Masters. Localiza-se a Noroeste do Sol, à frente e a esquerda do Venerável.
3) Saturno com seus nove satélites, cor plúmbea, pai
de Júpiter, Deus do Tempo. Na mitologia é Crono, filho de Urano, o Céu, e de Geia, a Terra, e, pertence à primeira geração divina. É o Senhor do Tempo e da Eternidade. Pai de Zeus, foi por ele destronado. Possui três anéis e quinze satélites embora na antiguidade, só eram conhecidos nove. É o segundo maior planeta em tamanho e localiza-se no centro geométrico do Ocidente, a frente do Mestre de Cerimônias. Os seus três anéis representam os três graus da Loja Simbólica. Os nove satélites representam os nove graus sefiróticos: Ven. Mest., 1º e 2ºVig., Or., Secr., Tes., Chanc., Mestr. CCer. e Guarda do Templo.
4) Vênus, cor de cobre, é uma estrela matutina que surge
ao nascer do Sol e localiza-se no meio do lado Ocidental do Pavimento de Mosaico. É representada por Afrodite, a deusa da beleza e do amor. A mitologia é rica em descrever casos dessa deusa situando-a sempre como a mais bela e de maior número de amantes. Foi conhecida e venerada por todos os povos da antiguidade. Nos céus, é conhecida ainda hoje como Vêsper, "a Vespertina" - a primeira a aparecer nos céus. Vênus era a mensageira do dia anunciando a hora de começar a encerrar o período dos trabalhos. Surge sempre próxima à Lua e representa, em Loja o 2°Diácono.
e. Vejamos agora as estrelas e as constelações:
1) Spica ou Schibolet - a espiga de milho, de cor
azulada, no Zodíaco pertence ao signo de Virgem e é a 14ª em brilho. Foi pela mudança de posição entre esta estrela e a de Régulus, que Hiparco descobriu o fenômeno da precessão. Os primitivos instrumentos de escrita usados por gregos e romanos não eram penas, mas canetas feitas de caules ocos de um vegetal chamado de "specula". Esta ainda associado a Coluna da Beleza, por isso feminino. Não é considerada estrela real porque o cargo de secretário, a quem representa, não é eletivo mas, de confiança do Venerável. Fica sobre o centro do Pavimento e indicava o tempo das colheitas, para os antigos o tempo.
2) Arcturus, cor laranja, não pertence ao Zodíaco e
compõe a Constelação do Boiadeiro. Localiza-se entre Spica e Ursa Maior do Norte. É a 6ª em brilho e encontra-se a uma distância de 40 anos-luz da Terra. É uma estrela alfa da Constelação de Boótis, que em grego quer dizer "guardião de animais". Por sua posição à frente da Usa Maior, é conhecida como Guardiã do Urso. Por ser o Orador, o guardião das leis e do Oriente, esta estrela o representa e no céu do Templo é exatamente em cima da Balaustrada - grade que separa o Oriente do Ocidente.
3) A Constelação de Touro está representada pelas
Plêiades, pelas Híades e pela estrela Aldebaran. Localiza- se na região compreendida entre o lugar do Tesoureiro e os degraus do Oriente, na frente e a esquerda do Altar dos Juramentos. a) A estrela Aldebaran, o Olho de Deus ou do Touro, outrora, antes do fenômeno da precessão, indicava o início da Primavera; é de cor alaranjada, 30 vezes maior que o Sol, encontra-se a 80 anos-luz do sistema solar e é a 3ª estrela mais brilhante do céu. É uma estrela alfa da constelação de Touro a qual pertence as Plêiades e as Hiades. O nome Aldebarã significa em árabe o "sequaz" ou o "adepto" por causa de sua localização junto àquelas duas. Na Loja, rege o cargo do Tes..
b) As Plêiades são sete estrelas que comungam com o
princípio universal e Maçônico da evolução e do movimento, pois em um passado longíguo, representavam na cauda do Touro, hoje no pescoço. Surgiam em maio, no Ocidente e permaneciam até outubro indicando tempo seguro para viagens e orientando os marinheiros. Na mitologia grega, elas representavam as sete filhas de Atlas e Plêiades: Maia, Electra e Taigetes, amadas por Zeus e consideradas as mais belas; Celeno e Alcione, por Netuno; Esterope, por Marte e Merope que se casou com o rei de Corinto. Durante uma viagem, elas encontraram Orion que por elas se apaixonou quando perseguia as Irmãs Hiádes. Perseguição esta que durou cinco anos. Este, as perseguiu por sete anos. Não conseguindo o seu intento, transformou-as todas em pombas. Foram então, transformadas por Zeus em estrelas, que se compadeceu delas. Nota-se ainda que, a estrela maior que aparece ao centro não pertence a esta constelação e sim, a Ursa Maior.
c) As Hiádes, também são sete estrelas, todas de
primeira grandeza e ocupam a testa do Touro. Indicavam as chuvas da Primavera. Conta, a mitologia, que elas eram todas irmãs.
4) Cinto de Orion, também conhecido por Bordão de Jacó,
Três Marias ou Três Reis Magos. Orion era um gigante caçador, dotado do poder de andar sobre o mar. Era possuidor de grande força e beleza. Possuiu vários filhos e mulheres e uma delas, por ciúmes, enviou um escorpião que lhe picou, matando-o. Por ter prestado tal serviço à deusa, o escorpião foi transformado em constelação tendo Orion a mesma sorte. As constelações de Orion e Escorpião nunca ficam perto uma da outra. Já na tradição árabe, Orion era chamado de "a ovelha de cinto branco". Maçonicamente, podemos associar ao Avental de Aprendiz, que deve ser feito de pele branca de carneiro com um cinto. A constelação de Orion possui a configuração de um retângulo formado de quatro estrelas cruzando o centro, que forma o cinto de Orion. Não pertence ao Zodíaco e torna- se a constelação mais brilhante do firmamento no mês de dezembro. Fica sobre o Altar dos Juramentos. Regem os Aprendizes e lembram os seus passos.
5) A Ursa Maior indica o Norte e não pertence ao
Zodíaco. O grande Urso é considerado a constelação mais antiga. No Teto da Loja, são apresentadas as suas sete estrelas mais significativas. Uma delas, a Alkaid, também é conhecida como Benetnash. Estes nomes fazem parte da frase "Quaid al banat ad Nash", que significa "a chefe das filhas do ataúde maior". Este nome provém da concepção árabe mais antiga que representava a Ursa Maior como um ataúde e três carpideiras. A relação é intrínseca com a nossa iniciação onde morremos para a vida profana. Esta estrela está localizada junto as Plêiades. Fica sobre a bancada dos Aprendizes.
6) Regulus, em latim Alfa Leonis, é uma estrela azulada
que dentro do Zodíaco representa o Coração do Leão, sendo a mais brilhante. Situa-se no ângulo superior esquerdo do Pavimento. Esta estrela Régulus, o Coração do Leão, que na era de Touros indicava o início do verão, para os babilônios. Com o avanço da Precessão, ela passou a marcar o período de maior calor - o mês das chuvas, daí as fontes terem a cabeça de Leão. Na astrologia, Regulus sempre manteve posição de comando. Ela dirige os trabalhos no paraíso. Foi Copérnico que a batizou com este nome, que significa regente. Corresponde ao cargo de Mestr. CCer., cuja jóia também é uma regula ou régua. 7) Antares, em latim, Alfa Scorpi, o Coração do Escorpião, que outrora indicava o equinócio de outono, é uma estrela vermelha 600 vezes maior que o Sol, distando deste, 500 anos-luz. Representa o coração do Escorpião e fica sobre o pavimento, um pouco à frente da bancada dos Companheiros. Foi durante séculos, a maior estrela conhecida. Às vezes, é confundida com Marte. Antares em grego significa "Rival de Marte". Tanto uma como outra são vermelhas e, às vezes, aparecem muito próximas. Antares, mitologicamente, significa a luta pelo bem. É o astro regente do Guarda do Templo.
8) Fomalhaut, em latin Alfa Piscis Austrinis é a estrela
que indica a boca da Constelação do Peixe Austral, onde Aquário despejava as suas águas. Significa ainda, Peixe do Sul. Pode e deve haver correlação com o signo zodíaco de Peixes. É uma palavra árabe que significa "a boca do Peixe Azul". Não pertence ao Zodíaco. Rege o cargo de Chanceler.
9) Descrevemos até agora 35 estrelas e planetas na
abóbada. Como o número perfeito é nove e, três mais cinco, são oito, deveria faltar uma estrela para compor um número perfeito. Na verdade ela existe e não esta representada dentro da loja. É o planeta Marte, que para os gregos é Ares. Como Marte é o deus da guerra e, como tal não poderia formar com aqueles que buscam a paz e harmonia. Assim, foi desterrado para o Átrio, o reino profano dos tumultos e das lutas cobrindo dessa forma o nosso Templo. Simboliza o nosso Cobridor. Convém lembrar que Antares, cujo diâmetro é 390 vezes maior que o Sol, rival de Marte, está após a porta, para garantir o mundo iniciático do mundo profano.
10) Cruzeiro do Sul - constelação pertencente ao
hemisfério sul, não zodiacal. Indica o Polo Sul. Está sobre o início da 1ª bancada de Companheiros. Embora não seja das previstas na Abóbada Celeste, esta constelação aparece no teto de algumas Lojas. Possivelmente, trata-se de uma adaptação visto que nossos rituais (REAA) foram originados das Lojas Francesas, que estão no Hemisfério Norte, donde não se vê o Cruzeiro do Sul. Na verdade, existem dúvidas que persistem até agora sem resposta. Como exemplo, o porquê do desenho da constelação Ursa Maior ser diferente da representação das cartas celestes.
Concluindo, convidamos todos para mirarem a Abóbada
Celeste e a meditarem. Permitam que o pensamento flua e busquem o infinito exterior e interior de cada um. Busque cada um, a sua própria Abóbada e identifique o Grande Arquiteto do Universo.
Percebam como Ele é Onipresente e Onisciente. Busquem
a Paz, o Amor, a Perfeição e o Equilíbrio; e O encontrará. Ele O foi, É, e Será. Os antigos diziam: "Tenha os Céus por testemunha" - invocando a Eternidade e a Onisciência de Deus.
A Abóbada do nosso Templo é apenas simbólica e assim
deve permanecer sem sofrer alterações. Assim como os antigos acreditavam na harmonia que rege o universo e, na simplicidade com que resumiam as leis do cosmo, permitam que pensamentos mais puros teçam nossas obras.
O importante é encontrar a força vital que pulsa em
nossos corações e nela depositar as nossas esperanças.
Buscamos, nesta Peça de Arquitetura, mostrar a riqueza
de simbologia que compõe a nossa Loja. Riqueza esta, que infelizmente, estão distantes da maioria de nossos Irmãos, que se conformam apenas com o conteúdo de nossos rituais. ... Bibliografia: GOB - Ritual de Aprendiz, Brasília, 1998. Loureiro, Antonio José - A Astronomia nos Templos Simbólicos do REAA. Peça de Arquitetura. Manaus, 1995. Brivaldo, - A Abóbada Celeste no REAA. Peça de Arquitetura. Manaus, 1999. Camino, Rizzardo da - Breviário Maçônico. Madras Livraria e Editoras Ltda, São Paulo, 1997. Castellani, José - Consultoria Maçônica. Editora "A Trolha". Londrina, 1990. Castellani, José - O Rito Escocês Antigo e Aceito. Editora "A Trolha". Londrina, 1996. ... (Oriente de Brasília, 12 de setembro de 2000)