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Leones Gerdrum

Caput Annexus
V

Criaturas Mágicas
Grão-Mestre Leones Gerdrum

Ordem Brasileira de Taumaturgia

Criaturas Mágicas

Escrito e editado por


Grão-Mestre Leones Gerdrum

Primeira Edição em Dezembro de 2020

Para os membros da Ordem Brasileira de Taumaturgia

Todos os Direitos Reservados a Ordem Brasileira de Taumaturgia.


Criaturas Mitológicas

Nós sempre fomos fascinados pelos monstruosos e assombrosos seres que


circulam pela noite. Os humanos nunca foram noturnos, mas nossos inimigos e
predadores caminham durante a noite desde antes de sairmos das árvores.
Nossa primeira magia, tecnologia fundamental que nos transformou em seres
humanos, foi a manipulação do fogo. E através das longas horas de escuridão,
nós nos reunimos ao redor da minúscula fogueira para nos proteger do que
espreitava na noite.

Assim enchemos o desconhecido com monstros, como observado nos


espaços em branco em todos aqueles mapas antigos. Muitos deles eram muito
reais e muito perigosos, e outros foram puramente fruto de imaginação fértil. E
durante milhares de anos não tínhamos como saber qual era qual.

Embora os escritores antigos como Ctésias, Aristóteles, e Plínio, o velho


tenham descrito vários animais, incluindo muitos que eram puramente
imaginários, o primeiro a compilar uma enciclopédia intencional de todo o
mundo é conhecido de criaturas foi um escritor anônimo, conhecido como o
Physiologus ("naturalista"), que viveu em Alexandria no início do século II.
Embora fosse provavelmente egípcio, ele escreveu em grego, e seu livro foi tão
popular que, dentro de dois séculos, foi traduzido para várias línguas da Europa.
Eventualmente, o nome “fsiólogo” tornou-se identifcado com o livro em si.

A compilação inicial incluía descrições de talvez 50 animais, árvores e


minerais. Ao longo dos séculos, viajantes trouxeram contos e relatos de terras
cada vez mais distantes, cada tradutor do bestiário acrescentou algo
anonimamente, preenchendo os espaços em branco e aumentando o número de
criaturas da terra, do mar e do ar.
Embora muitas vezes distorcida em descrições e representações, estima-se
que 90 por cento das criaturas listadas são baseados em animais reais. Mas os
escritores da época não tinham como dizer o que era real ou imaginário, afnal
de contas, o unicórnio não é mais estranho que o hipopótamo, morsa, elefante,
avestruz, canguru, pinguim ou girafa (para não falar do ornitorrinco), e algumas
criaturas pré-históricas foram muito mais bizarras do que a imaginação mais
fértil da época, e as reconstruções imaginativas de seus restos fossilizados
também contribuíram para os bestiários.

Enquanto o “Physiologus” original e seus antecessores consistiam


inteiramente de descrições textuais, os bestiários mais recentes vieram a ser
ricamente e imaginativamente ilustrados. Durante séculos, monges
laboriosamente copiaram e recopiaram manuscritos antigos, embelezando-os
como sua única saída para a criatividade artística, e adicionando a eles valores
cristãos dentro de profunda simbologia.

Escrito por Zell Oberon Ravenhearth


Traduzido e Adaptado por Leones Gerdrum
A

AFRIT ou IFRIT:

É muito visto na literatura do Oriente Médio. Alma


perdida, por não mostrar utilidade nos planos astrais nem
desejar seguir um rumo no “pós-morte”. Podem ser
presos e transformados em servidores. Para criá-los, o
ritual envolve o uso de areia e do sangue derramado em
um assassinato. A alma fca escravizada como um gênio,
com a diferença de possuir menos poder e tendência a ser
trapaceiro. Podem ser considerados elementais do Fogo.

ANJO:

Anteriores ao judaísmo, os “Angeolos” possuem a capacidade de vagar entre os


planos, e por serem tão “puros” em sua estrutura, compreendem qualquer
linguagem, inclusive a dos Deuses, sendo muitas vezes
considerados Deuses “menores”. Anjos e Demônios
possuem a mesma natureza, eles não entendem bem ou
mal, fazem o que precisa ser feito, não importando como os
homens aceitam suas ações. Os hebreus deturparam a
terminologia, transformando os Angeolos em Elohim
(Mensageiros de El – Deus do Céu da mitologia cananeia,
sincretizado a Zeus). Eram normalmente relatados com asas
e desde suas primeiras referências os Anjos são espíritos
guardiões da raça humana. Podem ser considerados
elementais do Ar.

ANTITEU:

Duendes malfeitores que, na antiga Grécia, enganavam os homens.


AVATAR:

Deus que encarna conscientemente em um plano físico para viver uma vida
comum.

BAHAMUTH:

Dragão aquático, com poder de caminhar livremente pelas diferentes dimensões.


Bahamut é conhecido na mitologia da Mesopotâmia como rei dos dragões, onde
relata-se que ele tem tamanho e força imensuráveis e por isso foi considerado o
Deus dos Dragões. No mito ele suporta Kujata.

BANSHEE ou FADA DA MORTE:

A forma mais obscura das Fadas. Encontrar um Banshee é


saber que seu fm está próximo: seus dias restantes podem
ser contados pelos gritos, cada um equivalendo a um dia de
vida e, se apenas um grito for ouvido, naquela mesma noite
estará morto. Aqueles que possuem o dom da música e do
canto, bem como os que possuem sangue irlandês, são
protegidos pela Fada da Vida, que os traz profecia e
sabedoria, e pela Banshee, que revela os segredos da má sorte e da morte.

BASILISCO:

Uma serpente de grandes proporções, com uma coroa dourada e, no macho,


uma pluma vermelha ou negra. O basilisco é capaz de
matar com um simples olhar. O único jeito de matá-lo é
fazendo-o ver seu próprio refexo em um espelho,
considerando-se que alguém chegue perto o bastante.
Os basiliscos são inimigos mortais dos Grifos. O parente
mais próximo do basilisco é a Cocatriz.
BEHEMOTH:

Retratado como um leão monstruoso,


com características saurópodes e três
chifres de touro. Segundo os judeus
ortodoxos, sua missão é esperar pelo
dia em que Javé lhe pedirá para matar
o Leviatã, uma criatura marinha tida
por alguns como uma serpente
marinha. As duas criaturas morrerão no combate, mas o Behemoth será
glorifcado por cumprir a sua missão. Behemoth é o monstro da terra por
excelência, em oposição a Leviatã, o monstro do mar, e Ziz, o monstro do ar.

CENTAURO:

São uma raça de seres com o dorso e cabeça


humanos e o corpo de cavalo. Repartiam-se em
duas famílias: Os flhos de Íxion e Nefele, que
simbolizavam a força bruta e os flhos de Filira e
Cronos, que representavam, a força aliada à
bondade, os bons combates.

CERBERUS:

É um cão com várias cabeças e cauda de dragão que guarda


as portas do Tártaro sob os cuidados de Hades, impedindo
a entrada de vivos e saída de quaisquer criaturas. Os únicos
que conseguiram passar por Cérbero, saindo vivos do
submundo, foram Herácles, Orfeu, Enéias e Psiquê.
CICLOPE:

Gigantes imortais com um só olho no meio da testa. Trabalham com Hefesto


como ferreiros dos Deuses, forjando suas armaduras, armas e especialmente os
raios usados por Zeus.

COCATRIZ:

É um animal com corpo de um réptil alado com pernas


e crista-de-galo e uma cobra na cauda. Seu nascimento
ocorre de um ovo de galinha chocado por um sapo e
possui, assim como as Górgonas, a característica de
transformar outros seres em pedra.

DAIMON ou DEMÔNIO:

São “pseudodeuses” de determinadas forças da natureza, principalmente


caracterizando a personalidade humana, como a Loucura, a Ira, a Tristeza, etc.
Seu temperamento liga-se ao elemento natural ou vontade divina que o origina.
Um daimon pode apresentar-se “bom” ou “mau” conforme o relacionamento
que estabelece com aquilo que está sob sua infuência. Aqueles que trabalham
energias positivas são ainda chamados eudaimones, e os que trabalham energias
negativas são chamados kakodaimones. O conceito original entre os gregos
ainda os conecta aos elementos da natureza, surgidos em seguida aos deuses
primordiais, a espíritos que regem ou protegem um lugar, como uma cidade,
fonte, estrada, etc. as afetações humanas, de corpo e de espírito, tendo sido estes
daimones criados depois (Sono, Amor, Alegria, Discórdia, Medo, Morte, Força,
Velhice, etc.). Jinns ou Gênios para os árabes, Devatas ou Devas para os
Indianos, Tchin para os chineses, esses seres às vezes comportavam-se como
demônios tentadores ou como anjos da guarda.
DEVA DA MONTANHA:

Elementais da Terra. Os elementais mais evoluídos, entidades que permeiam e


trabalham com uma montanha ou uma cadeia inteira de montanhas, com sua
consciência tão profundamente imersa na Terra que mal tomam conhecimento
da existência de criaturas de vida breve, como os homens.

DOPPELGÄNGER:

Gêmeo espiritual ou cópia astral de um indivíduo.

DRAGÃO:
Ser Iluminado, guardião dos magos. São criaturas presentes na mitologia dos
mais diversos povos e civilizações. São seres de grandes dimensões,
normalmente de aspecto reptiliano, com asas, poderes mágicos e hálito de fogo.
Apesar de serem presença comum
no folclore de povos tão distantes
como chineses ou europeus, os
dragões assumem, em cada
cultura, uma função e uma
simbologia diferentes, podendo ser
fontes sobrenaturais de sabedoria e
força, ou simplesmente feras
destruidoras.

DUENDE:

Espírito da natureza. Costuma proteger o local onde vive, como praias, clareiras,
etc. Costuma pregar peças nos que entrarem, com más intenções, nos locais por
eles protegidos. Um exemplo clássico de duende da mitologia brasileira é o Saci.
E

ELEMENTAL:

Nome genérico dado a entidades pertencentes a outras dimensões que, em nossa


realidade, se manifestam utilizando um dos elementos da natureza.

ELFO:

Gênios do ar, seres luminosos, aéreos e quase que invisíveis. A mitologia


escandinava distingue duas espécies de elfos: os brancos ou Jusalfer (que são
gênios de luz e moram em Alfeim) e os negros ou Dunekalfar (que são os
gênios das trevas que se escondem da luz no seu mundo subterrâneo,
Svartalfaheim, pois o sol os transformaria em pedra).

ESFINGE:

Um leão com cabeça de mulher, cauda de serpente e asas de águia. Vistas como
criaturas de destruição e má sorte (não é uma regra). É o símbolo dos enigmas e
quebra-cabeças. Apareceram principalmente na cultura grega, egípcia e
babilônica. Na história grega, Hera mandou a Esfnge para Tebas e lá,
perguntava a todos que passavam o enigma: Que criatura pela manhã tem quatro
pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três? Decifra-me ou Devoro-te. Édipo
resolveu: O homem - engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta,
e usa um arrimo de apoio quando é ancião. Furiosa com tal resposta, a esfnge
teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício.
F

FADA:
Ser puro capaz de fazer justiça com suas próprias mãos,
auxiliando ou punindo os homens. São elementais do Ar,
não possuem tamanho determinado, e, na maioria das
vezes, não revelam sua forma física, podendo ser
confundidas com fogos-fátuos por suas formas etéreas e
brilhantes. Podem ser divididas em vários grupos.

FAMILIAR:
Entidade espiritual não humana, geralmente animal, que possui laços com um
mago.

FANTASMA ou ESPECTRO:

Uma aparição de uma entidade do “outro lado do véu”, manifestação do espírito


de um defunto, seja de um defunto que não se consegue libertar e fca
condenado a vaguear pela terra, seja um espírito que volta do outro lado para se
vingar, para ajudar seus entes queridos, ou para passar diversas mensagens.

FÊNIX:

Um fantástico pássaro que, quando morre, entra


em autocombustão e, passado algum tempo,
renasce das cinzas. Sua força faz transportar em
voo cargas muito pesadas. Pode se transformar
em uma ave de fogo. As lágrimas de uma fênix
tem poder curativo e uma pena, dada de bom
grado, é capaz de reanimar um corpo morto em
batalha ou vítima de feitiço. Segundo os gregos,
uma fênix vive exatamente quinhentos anos.
FENRIR:

É um lobo monstruoso da mitologia nórdica. Acorrentado pelos deuses até o


advento do Ragnarok, Fenrir se soltará e causará grande devastação, antes de
devorar o próprio Odin. Ao fnal será morto com um punhal em seu coração.

FOGO FÁTUO:

Espíritos que se divertem em atrapalhar viajantes pela noite. Ao


avistar um andarilho, o fogo-fátuo acende sua tocha. O viajante,
cansado, fca feliz em ver a tocha acesa e corre em direção à luz,
atraído para um penhasco, areia movediça ou uma vala.

GARUDA:

Pássaro solar brilhante como o fogo, inimigo das


serpentes. Possui cabeça humana com bico e três
olhos, asas, braços e pernas. Pertence a família
das Harpias.

GHOUL:

Demônios alados de um só olho e forma animalesca. São mensageiros dos


Senhores do mundo inferior.

GIGANTES:

Elementais da Terra. São entidades enormes que costumam estar ligados a


montanhas, embora também possam viver em forestas antigas. Foram gerados
por Gaia, deusa primordial da terra, para derrotar Zeus, pois Gaia enfureceu-se
quando ele prendeu os titãs no Tártaro.
GNOMOS:

Elementais da Terra. Criaturas de cerca de um metro de altura


que vivem no interior da terra (embora existam gnomos da
foresta, que cuidam basicamente das raízes das plantas).

GOLEM ou HOMÚNCULO:

Uma estátua ou efígie que toma vida logo que o mago que a molda escreva na
sua testa as letras sagradas da vida ‘’Emet’’. Poderoso, o golem pode representar
um risco para o próprio mago que o criou. Para o tornar inerte o mago deve
apagar de sua testa a primeira letra, o que o levaria à morte ,’’Met’’, morto em
hebraico)

GÓRGONAS:

São ferozes, com grandes presas e serpentes no lugar dos


cabelos. Tem o poder de transformar todos que olharem
para ela em pedra, o que faz com que, muitas vezes,
imagens suas sejam utilizadas como uma forma de
amuleto. Na mitologia grega, as górgonas mais citadas
foram as três flhas de Fórcis e Ceto: Medusa, “a
impetuosa”, Esteno, “a que oprime” e Euríale, “a que está ao largo”. A fgura da
górgona precede a Grécia antiga.

GRIFO:

É uma criatura lendária com cabeça e asas de águia e corpo


de leão. Seus ovos são como os de dragão, com aparência de
ouro e pedras preciosas. Babilônios, assírios e persas
representavam o grifo em pinturas e esculturas há quase
quinze mil anos atrás. Na Grécia acreditava-se que pertenciam a Zeus. Os grifos
são inimigos mortais dos basiliscos. Os grifos podem raramente cruzar com
éguas e o fruto desse cruzamento recebe o nome de hipogrifo.
GUARDIÃO:
Entidade criada ou adotada por um mago para proteção de uma criatura, objeto
ou lugar.

HARPIAS:

Representadas como aves de rapina com rosto de mulher e


seios. A elas é atribuída a tarefa de forçar as almas de
pessoas boas que se recusaram a encontrar Caronte para
que não fquem vagando neste mundo e se tornem
espectros ou fantasmas.

HIDRA:

Tem corpo de dragão e diversas cabeças de serpente, cujo hálito era venenoso. Se
alguém chegar perto dela enquanto ela estiver dormindo, apenas de cheirar o
seu hálito a pessoa pode morrer em terrível tormento. Segundo relatos, quando
uma cabeça era cortada, duas nasciam em seu lugar.

HIPOCAMPO:

É um ser com a forma de cavalo na metade anterior e de peixe


na posterior. Serve de companhia e montaria às nereidas.

ÍNCUBBUS:

Vampiro sexual masculino. Os ataques destas entidades correm á noite. A vítima


raramente se lembra ou tem uma vaga memória, como se o ataque lhe parecesse
um sonho, e acorda com uma grande sensação de fraqueza para a qual não há
explicação. Se os ataques foram repetidos, a pessoa fca pálida, geralmente com
problemas sanguíneos ou pulmonares e perde as forças podendo morrer.
K

KRAKEN ou CETUS:

Um polvo gigante com membros


humanoides e couraça
impenetrável que habitava uma
caverna nas águas profundas do
Mar da Noruega, mas migrava por
todo o Norte do Atlântico. O
Kraken tinha fama de destruir
navios. Foi mandado por Poseidon
para matar Andrômeda por sua
mãe ter sido arrogante ao dizer
que era mais bela do que as
Nereidas e até Afrodite.

KOBOLDS:

Elementais da Terra. Menores que os gnomos, são mais amigáveis e prestativos


para os humanos que seus parentes, embora sejam igualmente cautelosos e
cuidem praticamente das mesmas funções.

KUJATA:

Um grande touro, representando fgurativamente o Universo na mitologia


islâmica. É dotado de quatro mil olhos, de quatro mil orelhas, de quatro mil
ventas, de quatro mil bocas, de quatro mil línguas e de quatro mil pés. Para ir de
um a outro olho, ou de uma orelha a outra bastam quinhentos anos. Quem
sustenta Kujata é Bahamut. Sobre o lombo do touro há uma rocha de rubi, sobre
a rocha um anjo e o anjo suporta os sete infernos, que suportam a Terra onde por
sua vez sobre ela, se encontram os sete Céus.
L

LARVA:
Servidor pessoal mágico. Criado inconscientemente a partir de fortes emoções.

LEVIATÃ:

Criatura de imenso poder, representada como um


dragão marinho com características de serpente. É
uma besta de proporções imensas e de tamanha
importância que seu nome é citado em diversas
mitologias, até mesmo na cética mitologia judaica.

LOBISOMEN ou LICANTROPO:

Um ser humano condenado a se transformar em lobo em noites de lua cheia,


voltando à forma humana ao amanhecer. Relata-se que não resta nenhuma
memória dos feitos do Lobo ao restaurar a forma humana. Só pode ser afetado,
enquanto em sua forma selvagem, por artefatos de prata.

MANTICORA:

Semelhante às quimeras, porém, com cabeça de homem – por vezes com chifres,
três afadas fleiras de dentes de
ferro e voz trovejante – e corpo de
leão (geralmente, com pelo ruivo) e
cauda de escorpião ou de dragão
com a qual pode disparar espinhos
venenosos e cuja pele repele quase
todos os feitiços conhecidos.
MINOTAURO:

Uma criatura com a cabeça de um touro sobre o


corpo de um homem. Após assumir o trono de
Creta, o Rei Minos passou a combater seus irmãos
pelo direito de governar a ilha. Rogou então ao deus
do mar que lhe enviasse um touro branco como um
sinal de aprovação ao seu reinado. Minos deveria
sacrifcá-lo em homenagem ao deus, porém decidiu
mantê-lo devido a sua imensa beleza. Como
punição, Afrodite fez com que Pasífae, mulher de
Minos, se apaixonasse pelo touro. Pasífae pediu
então ao artesão Dédalo que lhe construísse uma
vaca de madeira dentro da qual ela pudesse copular
com o touro branco. O deste cruzamento veio o
Minotauro. Parsífae cuidou dele na infância, mas ele
cresceu e se tornou feroz e precisava devorar
homens para sobreviver. Minos, após aconselhar-se com o oráculo em Delfos,
pediu a Dédalo que construísse um labirinto para abrigar a criatura, localizado
próximo ao palácio.

NINFAS:

As ninfas são espíritos que podem ser considerados Elementais. Habitam lagos,
riachos, mares, bosques, forestas, prados e montanhas. Apesar de serem
consideradas divindades menores, as ninfas eram divindades cultuadas, com
grande devoção e mesmo temor, em todo o mundo helênico. De acordo com a
mitologia grega, Hérmia era a rainha das fadas e ninfas. Embora não sejam
imortais, as ninfas têm vida muito longa e não envelhecem. Tudo propiciam aos
homens e à natureza e tem ainda o dom de profetizar, curar e nutrir. Entre as
mais populares, cita-se:
 Epigeias - Ninfas da terra ou cultivo.

o Agrónomides - associadas aos campos cultivados

o Alseídes - associadas à natureza toda

o Antríades - associadas às cavernas

o Auloníades - associadas a pastos

o Dríades - associadas a árvores (carvalhos)

o Hamadríades - associadas a outras árvores

o Leimáquides - associadas a campinas e os prados

o Melíades - associadas à árvore do freixo

o Oréades - associadas a montanhas

o Napeias - associadas a vales

 Efidríades - ninfas da água

o Oceânides - flhas de Oceano, qualquer corpo de água, normalmente


água salgada.

o Nereidas - flhas de Nereu, associadas ao Mediterrâneo, mares calmos e


águas litorâneas.

o Híades - flhas de Apolo e Sirene. Responsáveis pelos cuidados de


Dionísio, ninfas do rio.

o Plêiades - flhas de Atlas e Pleione, ninfas da chuva.


o Corícias - ninfas das covas ou cavernas nas montanhas.

o Néfeles - flhas de Hemera, por si só, ou junto a Éter, ninfas das nuvens

o Náiades - associadas à água doce

 Crineias - associadas a nascentes

 Pegeias - associadas a fontes

 Potâmides - associadas a rios

 Limneidas - associadas a lagos perigosos e pântanos

 Musas - flhas de Zeus e Mnemosine, ou de Urano e Gaia.

 Perimélides - ninfas associadas ao gado e rebanho.

 Epimélides - ninfas associadas ao pomar.

 Trías - ninfas associadas às abelhas.

 Lâmpades - associadas ao submundo, compõem o séquito de Hécate.

 Hespérides - guardiãs do Jardim onde cresciam maçãs de ouro da


imortalidade.

 Têmides - flhas de Zeus e Têmis, que viviam em uma caverna do rio


Erídano; Personifcavam as leis divinas e eram as guardiãs de importantes
artefatos dos deuses.

 Quione - talvez a única ninfa da neve, flha de Bóreas


O

ONDINAS:

Elemental da Água. Parecem estar restritas a determinadas localidades, sendo


responsáveis pelas quedas d'água e a vegetação circundante.

PÉGASO:

Cavalo alado, símbolo da imortalidade. Diz-se


só aceitarem ser montados por semideuses ou
mulheres puras (virgens).

POLTERGEIST:

Do alemão “poltern” (ruído), e “geist”


(espírito), é um evento paranormal no qual
existem ocorrências físicas, (chuva de pedras,
movimentação, aparecimento e desaparecimento de objetos, sons, pirogenia,
luzes, etc.). Pode envolver até ataques físicos. Essas manifestações já foram
registradas em muitas culturas e países, incluindo o Brasil, Austrália, Estados
Unidos, Japão e a maioria das nações europeias.

QUIMERA:

Caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a


capacidade de lançar fogo pelas narinas. É uma obra de alquimia.
S

SALAMANDRAS ou ESPÍRITOS DO FOGO:

Elementais do Fogo. Habitam o subsolo vulcânico, os relâmpagos e as fogueiras.


São mais poderosas que as ninfas, mas estão mais distantes da humanidade
também. São responsáveis pela conversão de matéria em decomposição em solo
fértil. Podem agir também como espíritos de inspiração.

SÁTIROS OU FAUNOS:

Entidade com o corpo formado por metade humana e


metade bode. Vivem nos campos e bosques e são parceiros
das ninfas. Podem ser considerados elementais da Terra.

SCHILLA:

Um aterrorizante monstro marinho com o torso de uma bela


mulher, mas em volta da cintura, seis cabeças de serpente
com três fleiras de dentes e um círculo de doze cães
ladradores. Os cães a alertavam quando um navio estava
passando, de forma que ela pudesse capturar os navegantes.

SERPENTE MARINHA:

Segundo as histórias, a criatura ataca navios em alto-mar,


devorando seus tripulantes. Parece-se com uma serpente,
tendo cabeça de cavalo sem orelha, de cor verde e vermelha e repleta de
mariscos agarrados à pele.

SÍLFOS ou FADAS DAS NÚVENS:

Elementais do Ar. Vivem nas nuvens, são dotadas de elevada inteligência e sua
principal atividade é transferir luz para as plantas; interessam-se muito também
por animais e por pessoas, para as quais podem agir como protetoras e guias.
SOMBRA:
Grau evoluído da larva. Suas manifestações podem gerar
tanto efeito de quebranto quanto se personifcar em
atividades muito semelhantes às de um poltergeist. Como
são energias sem muita defnição, um bom mago pode captá-
las para converter em outros tipos de energia e formas úteis.

SÚCUBBUS.
Vampiro sexual feminino, personifcado em uma linda
donzela. Seria a espécie feminina dos Incubbus.

UNICÓRNIO:

Um animal com forma de cavalo, geralmente branco,


com um único chifre em espiral. O único ser capaz de
domar um unicórnio é uma donzela pura.

VALQUÍRIAS:

Deidades menores, servas de Odin. Mensageiras dos


Deuses, elas são também as que escolhem, segundo as
orientações dos seus Senhores, aqueles que
permanecerão com seus corpos materiais no outro
mundo, para participar da Última Batalha (Ragnarok).
Podem ser vistas como uma espécie de harpia.
VAMPIRO:

Ser amaldiçoado que se fortalece e mantém


sua vida absorvendo energia vital de outros
seres vivos. A Lenda conta que os vampiros
são intolerantes à luz solar, que absorvem
energia através do plasma sanguíneo e que
são vulneráveis a alho e água benta. Na
realidade eles absorvem energia através do
toque, são sensíveis, mas não intolerantes, ao
sol e água benta e alho não lhes faz qualquer
efeito. Uma estaca de madeira é a arma utilizada para dar cabo destas criaturas.

WENDIGO:

Uma criatura gerada a partir de um


humano que tenha passado muita fome e
para não morrer tenha se alimentado de
seus próprios companheiros. Possui muitos
atributos como, por exemplo, imitar a voz
humana, escalar árvores, suportar cargas
muito pesadas, e uma inteligência sobre-
humana. Também tem a capacidade de
hibernar por anos, e para suportar os
invernos, estoca suas vítimas em cavernas
subterrâneas onde as devora lentamente.
Para destruir um Wendigo é preciso
queimá-lo.
Y

YOUKAI:

É uma classe de seres sobrenaturais do folclore japonês que inclui o Ogro, a


Raposa e a Mulher das Neves. Alguns são humanos com características de
animais, ou o contrário. Geralmente tem algum tipo de poder sobrenatural ou
espiritual

ZIZ:

Um ser tão grande que


bloqueia a luz do Sol com a
envergadura das suas asas.
É o terceiro grande animal
hebraico, junto a Behemoth
e Leviatã.
Elementais
odos os reinos da natureza são povoados por seres imateriais, que
vivifcam e guardam essas dimensões vibratórias, que constituem seu
habitat. Em princípio, todos os espíritos da natureza podem ser utilizados pelos
homens nas mais variadas tarefas espirituais, para fns úteis. Estes seres,
veladores silenciosos, cuidam da proteção energética de Planetas, Sistemas,
Galáxias e Universos. Devemos a Paracelsus a criação da denominação
classifcatória dos elementais.

Os elementais são naturalmente puros. Não se contaminam com dúvidas,


egoísmo ou inveja, como acontece com os homens, a não ser que sejam
corrompidos. Predominam neles a inocência e ingenuidade. Estão sempre
prontos a servir e solícitos ao nosso chamado. Nunca, porém, devemos utilizá-
los em tarefas menos dignas, ou a serviço de interesses mesquinhos. Aquilo que
fzerem de errado, enganados por nós, refetirá inevitavelmente em prejuízo a
nós.

Além disso, devemos utilizar os seus serviços na justa medida da tarefa a


executar, para que eles não se escravizem aos nossos caprichos e interesses.
Nunca esqueçamos de que eles, como nós, são seres livres, que vivem na
Natureza e nela fazem sua evolução e que nós mesmos, para chegarmos onde
hoje estamos, passamos por esse processo de evolução.

Podemos convocá-los para o bem de nossos semelhantes já que, com isso,


lhes aceleramos a evolução. Mas é preciso respeitá-los e muito. Se deles fzermos
escravos, fcaremos responsáveis por seus destinos, mesmo porque eles não mais
nos abandonam, exigindo amparo e proteção como se fossem animais
domésticos. Com isso, podem nos prejudicar, embora não se deem conta disso.
A história fala sobre os seres elementais desde a mais remota antiguidade.
No início do desenvolvimento do nosso planeta, os seres da natureza,
encarregados de cada elemento, cuidaram para que tudo fosse feito com
exatidão e ordem. A Terra ainda sendo uma massa de gases de matéria
incandescente radioativa, coube naquele momento aos elementais do fogo
executarem seu trabalho transformando a matéria. Na época dos grandes ventos,
os elementais do ar, zelaram pela evolução desses gases de modo a tornar o
ambiente apto a receber formas de vida. Quando esses gases se precipitaram
sobre a água, os elementais da água modifcaram o aspecto denso desse líquido.
Então, iniciou-se a solidifcação, surgindo aos poucos os continentes que foram
fertilizados pelos elementais da terra. A criação representa um todo inseparável,
uma corrente cujos elos não podem ser rompidos. Os Elementais são os
dinamizadores das energias das formas e integram-se aos Elementos da
Natureza.

ELEMENTAIS DA TERRA: GNOMOS, DUENDES E SÁTIROS.

Esse elemento e seus dinamizadores trabalham para que a humanidade tenha


corpos perfeitos, e possam desenvolver suas atividades espirituais a nível
cósmico. A ação qualifcadora destes seres é representada por vulcões e
terremotos. No nosso corpo, este elemento é representado
pelos sais minerais. Livres da ganância, nós nos
aproximamos dos Seres da Terra.

Trabalhando com a terra temos os Gnomos e os Duendes,


que são entidades que habitam as forestas, vales,
campinas e lugares desertos. Têm a forma semelhante aos
anões e atuam sobre tudo e sobre todos os que habitam
ou transitam nas matas e forestas, dando sinais através de
Bicho de Pau, cobras e aves como a Graúna, Melro e
semelhantes. Altura aproximada de 15 a 20 cm.
ELEMENTAIS DA ÁGUA: ONDINAS, SEREIAS E HIPOCAMPOS.

Este elemento e os seres que fazem parte dele estão


relacionados ao nosso corpo emocional, tendo a
função de depurá-lo. No plano físico, são grandes
agentes de purifcação da atmosfera e
principalmente na agricultura. Sua ação
qualifcadora é demonstrada em enchentes,
maremotos etc. No corpo humano, o elemento
líquido representa 70% do seu volume. Livres das
fraquezas, através da frmeza, nos aproximamos
dos Seres da Água.

Trabalhando com a água temos as Ondinas e as Ninfas das águas, que são
entidades do amor, que vivem nas águas do mar, lagos, lagoas, rios e cachoeiras,
semelhantes a graciosas mocinhas de cabelos longos. Comandam toda a fauna
aquática e podem usar a forma de sereias, dragões, serpentes marinhas, gaivotas,
etc… Altura aproximada de 30 cm.

ELEMENTAIS DO FOGO: SALAMANDRAS E AFRITS.

Esse elemento, e todos os seres que o habitam,


representam a maior força possível, uma vez que são
a expressão do próprio Fogo Sagrado de onde
provém as forças atuantes nos universos. A ação
qualifcadora deste elemento provém das atividades
vulcânicas e grandes queimadas. No corpo humano,
funciona através da temperatura, expressões
emotivas e psíquicas. Dominando nossas paixões, nos
aproximamos desses seres.
Trabalhando com o fogo temos as Salamandras, que são entidades diretas do
fogo, que não possuem forma defnida. Tem-se, quando as vemos, a impressão
de uma forma fundamentalmente humana, o rosto, quando não é velado pelas
chamas, é de aparência humana, mas a maior parte das vezes apresentam-se na
forma de lagartixas, camaleões, dragões ou escorpiões. Altura de 70 a 90 cm.

ELEMENTAIS DO AR: SILFOS.

Esse elemento e seus dinamizadores são de extrema importância, para a


manutenção da vida no plano físico. Sem o Ar, o ser humano não pode
sobreviver. A atividade benéfca dos Seres do Ar é sentida na brisa, no impulso
dos barcos, navios e aviões. Sua atividade
qualifcadora está nos furacões, ciclones,
tempestades. No corpo do homem o ar está
na respiração, no alento divino. Com a
constância, o homem aproxima-se dos seres
do ar.

Trabalhando com o ar temos os Silfos, que


são entidades de pequena estatura que os
diferem dos outros espíritos da natureza por
se manifestarem sem forma defnida, como
uma massa semissólida de substância
etérea, fumaça, nuvens, Aurora Boreal, arco-
íris… Altura aproximada de 10 cm.

ELEMENTAIS GERAIS
Alguns elementais se manifestam em mais de um elemento, por isso é difícil
dizer que pertencem a uma família ou outra. Estes casos de difícil classifcação
são:
DRAGÕES:
Elementais ecléticos. Os dragões podem
cruzar o Ar, podem andar sobre a Terra,
mergulhar em Água profunda e lançar
Fogo de seu hálito. Muitos dragões são
descritos como defensores de rios, lagos,
forestas, moradores de desertos de areia
ou de gelo, ou mesmo de vulcões. Seu
tamanho é indefnido

NINFAS:
Elementais ecléticos. As ninfas (descritas
anteriormente) podem viver em diversas
áreas, protegendo-as e garantindo a vida
em seus habitats.

FADAS:

Elementais ecléticos. São entidades voláteis, que atuam em todos os reinos da


natureza, segundo a necessidade ou ordens recebidas. Apresentam-se muito
belas e esvoaçantes em fascinantes evoluções, interferindo na coloração e matiz
de tudo que existe no planeta. Altura aproximada de 30 cm.

AVISSAIS:

Elementais da Terra. Entidades que entrelaçam os elementos da terra e da água,


e apresentam-se em massa disforme, porém bem densa e atuam na água e na
terra na decomposição de seres e energias negativas.

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