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Os Lusíadas

CANTO I
Consílio dos Deuses
Deuses intervenientes

O pai dos Deuses, filho de


Saturno e de Reia. Como
Saturno devorava os filhos à
medida que Reia os ia dando à
luz, quando foi a vez de Júpiter,
Reia substituiu-o por uma pedra
embrulhada, a qual Saturno
imediatamente devorou. Júpiter
foi levado para Creta e, já
adulto, expulsou o pai do
Olimpo e casou com Juno.
Reservou para si esta
soberania. Deu o império das
águas a Neptuno e o dos
JÚPITER infernos a Plutão.
ou Zeus
Deuses intervenientes

Filho de Júpiter e de Maia.


Deus da eloquência, do
comércio e dos ladrões.
Era o mensageiro dos
deuses, particularmente de
Júpiter, que lhe fixara asas
na cabeça e nos
calcanhares, para as suas
ordens serem executadas
com uma maior rapidez.
MERCÚRIO
ou Hermes
Deuses intervenientes

Atlante foi um dos titãs


gregos (seres
desproporcionados e
monstruosos, resultantes
dos cataclismas iniciais
da terra para poder
receber os humanos).
Foi condenado por
Júpiter a sustentar os
céus para sempre.

Atlante
ou Atlas
Deuses intervenientes

BACO
ou Dionísio

Filho de Júpiter e de Sémele, foi pai de Luso. Sua


mãe, morreu antes da gestação, mas Júpiter
conseguiu salvar o filho, recolhendo-o na barriga da
perna, onde se completou a gestação.
Conquistou a Índia e o Egipto. Foi pacífico e
benéfico o seu domínio: ensinou a agricultura aos
homens e foi o primeiro que plantou a vinha, tendo
sido adorado como o deus do vinho.
Deuses intervenientes

VÉNUS
ou Afrodite

Filha do Céu e da Terra. É a Deusa do Amor e da


beleza. Após o nascimento foi levada pelas Honras
ao Céu, onde os deuses ficaram extasiados de
tanta formosura. Vulcano recebeu-a por esposa,
como prémio de haver fabricado os raios de Júpiter.
A deusa, porém, procurou a companhia de outros
deuses, entre os quais Marte, de quem teve Cúpido.
Amou também Adónis e Anquises, do qual nasceu
Eneias.
Deuses intervenientes

PARCAS
ou Moiras

As Parcas eram três deusas: Nona (Cloto), Décima


(Láquesis) e Morta (Átropos).
Estas determinavam o curso da vida, decidindo
questões como vida e morte, e nem Júpiter (Zeus)
podia contestar suas decisões. Nona tecia o fio da
vida, Décima cuidava de sua extensão e caminho e
Morta cortava o fio.
Deuses intervenientes

Filho de Júpiter e de Juno,


era o deus da guerra. Nutria
uma grande ternura por
Vénus.
Era representado na figura
de um guerreiro,
completamente armado.

MARTE
ou Ares
Deuses intervenientes

Filho de Júpiter e Latona, irmão de


Diana. Conduzia o carro do sol.
Tinha-se como o Deus da
medicina, da poesia, da música,
das artes; era o chefe das nove
musas, com quem habitava os
montes Parnaso, Hélicon, Piério,
as margens do Hipocrene e do
Permesso, onde ordinariamente
pastava o cavalo alado Pégaso,
do qual se servia para montar.
Apolo era geralmente
representado com uma lira na
Apolo mão.
ou Febo
Deuses intervenientes

Filho de Saturno e de
Reia, irmão de Júpiter e
de Plutão. Deus do Mar,
casou com Anfitrite.
Era representado com
um tridente na mão
sobre um coche puxado
por cavalos-marinhos.

NEPTUNO
ou Poseidon
Deuses intervenientes

Filho de Júpiter e de
Juno. Foi casado com
Vénus, deusa da beleza.
Era venerado como deus
do fogo e fabricava os
raios de Júpiter. Forjou as
armas de Aquiles e de
Eneias, seu enteado.

VULCANO
ou Hefesto
Consílio dos deuses
19
Oceano Índico
Já no largo Oceano navegavam, Narração in medias res (no
meio da ação): a viagem dos
As inquietas ondas apartando; portugueses já ia a meio.
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteu são cortadas. Deus marinho, guardador do
gado de Neptuno
peixes

Plano da viagem
Consílio dos deuses
20
Morada dos deuses
Quando os Deuses no Olimpo luminoso,
Onde o governo está da humana gente,
Se ajuntam em consílio glorioso,
Sobre as cousas futuras do Oriente.
Pisando o cristalino Céu fermoso,
Vem pela Via Láctea juntamente,
Júpiter (deus dos trovões e
Convocados, da parte do Tonante, dos raios)
Pelo neto gentil do velho Atlante. Mercúrio

Perífrase: consiste em exprimir por diversas


palavras o que poderia ser dito por uma única.
Ex.: “Pelo neto gentil do velho Atlante”. (Mercúrio)
Consílio dos deuses
21 As sete órbitras que, segundo Ptolomeu, seriam
percorridas pelos sete planetas: Saturno, Júpiter,
Marte, Sol, Vénus, Mercúrio e Diana.
Deixam dos Sete Céus o regimento,
= governação
Que do poder mais alto lhe foi dado,
Alto Poder, que só co pensamento
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado.
Ali se acharam juntos, num momento,
Os que habitam o Arcturo congelado Estrela de uma constelação,
O Sul no Pólo Norte.
E os que Austro tem e as partes onde
= habitam
A Aurora nasce e o claro Sol de esconde.
Oriente
Ocidente
(nascente)
(poente)
Consílio dos deuses
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Metonímia: figura de estilo que consiste na
substituição de um termo por outro relacionado.
Ex.: “Que vibra os feros raios de Vulcano”
Júpiter
Estava o Padre ali, sublime e dino, = digno
= violentos
Que vibra os feros raios de Vulcano,
Num assento de estrelas cristalino,
Com gesto alto, severo e soberano; Caracterização
Do rosto respirava um ar divino, de Júpiter

Que divino tornara um corpo humano;


Bastão distintivo da autoridade real
Com hua coroa e ceptro rutilante,
De outra pedra mais clara que diamante.
Consílio dos deuses
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Em luzentes assentos, marchetados = adornados


De ouro e de perlas, mais abaixo estavam
Os outros Deuses todos assentados,
Como a razão e a ordem concertavam: = determinavam
Precedem os antíguos mais honrados;
Mais abaixo os menores se assentavam;
Quando Júpiter alto, assim dizendo,
C'um tom de voz começa, grave e horrendo: = que inspira medo,
respeito.
Síntese do Consílio dos deuses
(Canto I – Plano mitológico)

A armada portuguesa navegava no Oceano Índico, com mar


e ventos favoráveis. (19)
Entretanto, convocados por Mercúrio, a mando de Júpiter, os
deuses partem das várias regiões do Céu e chegam ao Olimpo,
“Onde o governo está da humana gente”. (20-21)
Júpiter, “sublime e dino”, senta-se num trono de estrelas,
enquanto os outros deuses ocupam, hierarquicamente, assentos
cravados de ouro e pedras preciosas. (22-23)
Consílio dos deuses
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"Eternos moradores do luzente


= céu estrelado
Estelífero pólo, e claro assento, = morada luminosa
Se do grande valor da forte gente
= Portugueses
De Luso não perdeis o pensamento,
Deveis de ter sabido claramente,
= destinos
Como é dos fados grandes certo intento,
Que por ela se esqueçam os humanos
De Assírios, Persas, Gregos e Romanos.
Os quatro grandes impérios da Antiguidade
Consílio dos deuses
25 Sinédoque: figura de estilo pela qual se toma a parte pelo
todo ou vice-versa, o singular pelo plural ou vice-versa, etc.
Ex.: “Tomar ao Mouro forte e guarnecido
Pois contra o Castelhano tão temido”
Já lhe foi (bem o vistes) concedido,
Cum poder tão singelo e tão pequeno,
Os mouros
Tomar ao Mouro forte e guarnecido
Sinédoque
Toda a terra que rega o tejo ameno;
Os castelhanos
Pois contra o Castelhano tão temido
Sempre alcançou favor do Céu sereno.
Asi que sempre, enfim, com fama e glória,
Teve os troféus pendentes da vitória.
Despojos conquistados ao inimigo que
ficavam pendentes dos ramos das
árvores.
Consílio dos deuses
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"Deixo, Deuses, atrás a fama antiga,


= Romanos
Que co a gente de Rómulo alcançaram,
Pastor da Serra da estrela
Quando com Viriato, na inimiga
responsável pela resistência à
Guerra romana tanto se afamaram; invasão romana

Também deixo a memória, que os obriga


A grande nome, quando alevantaram
Sertório, general romano que
Um por seu capitão, que peregrino combateu, por vingança, o seu
Fingiu na cerva espírito divino. povo, comandando o exército
lusitano.
Corça, fêmea do veado
Consílio dos deuses
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"Agora vedes bem que, cometendo = enfrentando


O duvidoso mar num lenho leve,
Por vias nunca usadas, não temendo
Ventos do sudoeste e do sul, respetivamente
De Áfrico e Noto a força, a mais se atreve:
Que havendo tanto já que as partes vendo
A costa africana ao Sul do
Onde o dia é comprido e onde breve, Equador, onde os dias
Inclinam seu propósito e perfia grandes correspondem aos
dias pequenos e vice-versa =
A ver os berços onde nasce o dia. Equador
Oriente Perífrase: consiste em exprimir por diversas
palavras o que poderia ser dito por uma única.
Ex.: “Onde o dia é comprido e onde breve”. (Equador)
A ver os berços onde nasce o dia” (Oriente)
Consílio dos deuses
28 Perífrase: consiste em exprimir por diversas
palavras o que poderia ser dito por uma única.
Ex.: “Do mar, que vê do Sol a roxa entrada.”. (Oceano
Índico)
"Prometido lhe está do Fado eterno,
Cuja alta Lei não pode ser quebrada,
Que tenham longos tempos o governo
Do mar, que vê do Sol a roxa entrada. = Oceano Índico
Nas águas têm passado o duro inverno;
A gente vem perdida e trabalhada; = cansada
Já parece bem feito que lhe seja
Mostrada a nova terra, que deseja.
Consílio dos deuses
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"E porque, como vistes, tem passados


Na viagem tão ásperos perigos,
Tantos climas e céus experimentados,
Tanto furor de ventos inimigos,
Que sejam, determino, agasalhados = bem recebidos
Nesta costa africana, como amigos.
= abastecida
E tendo guarnecida a lassa frota, = fatigada, cansada
Tornarão a seguir sua longa rota."
Dirigindo-se aos deuses, Júpiter discursa e determina que os
portugueses sejam protegidos e ajudados na sua viagem, porque:
- São superiores a todos os povos (24, vv. 4 – 8);
- Venceram os mouros, os castelhanos (25) e os romanos (26);
- Agora, que navegam para o Oriente, os portugueses enfrentam,
corajosamente, os perigos do mar desconhecido (27);
- As leis do destino não podem ser contrariadas (28);
- Os marinheiros estão cansados da viagem e precisam de ser
recebidos “como amigos”, na costa africana (28 – 29).
Consílio dos deuses
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Estas palavras Júpiter dizia,


Quando os Deuses, por ordem respondendo,
Na sentença um do outro diferia, opinião
Razões diversas dando e recebendo.
O padre Baco ali não consentia Deus do vinho
No que Júpiter disse, conhecendo
Que esquecerão seus feitos no Oriente,
Se lá passar a Lusitana gente.
Consílio dos deuses
31 Perífrase: consiste em exprimir por diversas
palavras o que poderia ser dito por uma única.
Ex.: “Uma gente fortíssima de Espanha.”. (Os
portugueses)
Ouvido tinha aos Fados que viria
Ua gente fortíssima de Espanha = Península Ibérica
= os portugueses
Pelo mar alto, a qual sujeitaria
Da índia tudo quanto Dóris banha, Divindade marítima
E com novas vitórias venceria
A fama antiga, ou sua ou fosse estranha.
Altamente lhe dói perder a glória,
De que Nisa celebra inda a memória.
= Cidade da Índia, que terá
sido fundada por Baco.
Consílio dos deuses
32 Sinédoque: figura de estilo pela qual se toma a parte
pelo todo ou vice-versa, o singular pelo plural ou vice-
versa, etc.
Grande rio da Ásia (aqui designa a Índia)
Vê que já teve o Indo sojugado,
E nunca lhe tirou Fortuna, ou caso,
Por vencedor da Índia ser cantado
De quantos bebem a água de Parnaso. = Poetas (perífrase)
Teme agora que seja sepultado Monte cujas fontes davam
inspiração aos poetas.
Seu tão célebre nome em negro vaso
D'água do esquecimento, se lá chegam Referência ao rio Lete,
cujas águas provocavam o
Os fortes Portugueses, que navegam. esquecimento.
Apesar da determinação de Júpiter, os deuses não chegam a um
acordo e instala-se a desordem no Olimpo (30, vv. 1-4).
Baco assume-se adversário dos portugueses porque:
- Teme ser esquecido no Oriente, onde era adorado (30, 32);
- Sabia pelos “fados” que o governo do Oriente, que até então ele
dominava, estava destinado aos portugueses, “Ua gente
fortíssima de Espanha” (31).
Consílio dos deuses
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= defendia a opinião contrária
Sustentava contra ele Vénus bela, Deusa do amor e da beleza
Afeiçoada à gente Lusitana,
Por quantas qualidades via nela
Da antiga tão amada sua Romana;
Nos fortes corações, na grande estrela,
Que mostraram na terra Tingitana, Norte de África
E na língua, na qual quando imagina,
Com pouca corrupção crê que é a Latina.
alteração
Consílio dos deuses
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Vénus (o seu culto era mais
intenso na ilha de Citera)

Estas causas moviam Citereia,


Três divindades
E mais, porque das Parcas claro entende
responsáveis pelo
Que há de ser celebrada a clara Deia, destino dos homens
Gente guerreira (portugueses)
Onde a gente belígera se estende. Deusa (Vénus)
Perda de fama
Assim que, um pela infâmia, que arreceia,
Baco
E o outro pelas honras, que pretende,
Vénus
Debatem, e na perfia permanecem;
A qualquer seus amigos favorecem.
Consílio dos deuses
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Vento sul Vento norte
Qual Austro fero, ou Bóreas na espessura
De silvestre arvoredo abastecida, = povoada
Rompendo os ramos vão da mata escura,
Com ímpeto e braveza desmedida;
= grita
Brama toda a montanha, o som murmura,
= agita-se
Rompem-se as folhas, ferve a serra erguida:
Tal andava o tumulto levantado,
Entre os Deuses, no Olimpo consagrado.
Vénus manifesta-se contra Baco e mostra-se favorável aos
portugueses porque:
- Gostava do povo Lusitano, no qual via qualidades idênticas às
dos romanos: a coragem, as vitórias no norte de África e a língua
(33);
- Sabia que seria adorada nos locais por onde os portugueses
passassem. (34, vv. 1 – 4)
Consílio dos deuses
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Deus da guerra Vénus
Mas Marte, que da Deusa sustentava
= partido
Entre todos as partes em perfia, = porfia (discussão)
Ou porque o amor antigo o obrigava,
Ou porque a gente forte o merecia,
De entre os Deuses em pé se levantava:
= zangado, aborrecido
Merencório no gesto parecia;
O forte escudo ao colo pendurado
Deitando para trás, medonho e irado,
Consílio dos deuses
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Parte da armadura que protegia a cabeça
A viseira do elmo de diamante
Alevantando um pouco, mui seguro,
Por dar seu parecer, se pôs diante
De Júpiter, armado, forte e duro:
E dando uma pancada penetrante,
Ponta do bastão
Co o conto do bastão no sólio puro,
= chão sagrado
O Céu tremeu, e Apolo, de torvado,
Deus do sol ( = sol)
Um pouco a luz perdeu, como enfiado.
= assustado
Consílio dos deuses
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= Júpiter
E disse assim: "Ó Padre, a cujo império
Tudo aquilo obedece que criaste,
a Índia (metonímia)
Se esta gente que busca outro hemisfério,
Cuja valia, e obras tanto amaste,
Não queres que padeçam vitupério, = afronta, ofensa
Como há já tanto tempo que ordenaste,
Não ouças mais, pois és juiz direito,
Razões de quem parece que é suspeito.
Consílio dos deuses
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"Que, se aqui a razão se não mostrasse


Vencida do temor demasiado,
Bem fora que aqui Baco os sustentasse,
Pois que de Luso vem, seu tão privado; = favorito
= opinião
Mas esta tenção sua agora passe,
Porque enfim vem de estâmago danado; = coração/espírito invejoso
Que nunca tirará alheia inveja
O bem, que outrem merece, e o Céu deseja.
Consílio dos deuses
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= poder
"E tu, Padre de grande fortaleza,
= resolução
Da determinação, que tens tomada,
Não tornes por detrás, pois é fraqueza
Desistir-se da cousa começada.
Mercúrio, pois excede em ligeireza
Ao vento leve, e à seta bem talhada,
Lhe vá mostrar a terra, onde se informe
= se restabeleça /
Da índia, e onde a gente se reforme."
se recomponha
Consílio dos deuses
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Como isto disse, o Padre poderoso,


A cabeça inclinando, consentiu
Marte
No que disse Mavorte valeroso,
E néctar sobre todos esparziu. Bebida dos deuses,
Pelo caminho Lácteo glorioso
Logo cada um dos Deuses se partiu,
Fazendo seus reais acatamentos, = Cortesias, reverências
Para os determinados apousentos.
Marte surge em defesa de Vénus, sem que saibamos as
suas verdadeiras motivações (amor antigo que sente pela deusa ou
reconhecimento dos valores dos portugueses), e é descrito como um
deus tão poderoso que ninguém ousa contestá-lo (36 – 39). Termina
o seu discurso, apelando a Júpiter para que cumpra a sua
determinação inicial de apoiar os portugueses (40).
Júpiter concorda com Marte e o consílio termina com a
decisão de ajudar os portugueses.
Importância da intervenção dos
deuses n’ “Os Lusíadas”
Em “Os Lusíadas”, a intervenção dos deuses não tem
uma função meramente estilística, apesar de o estilo épico
exigir a presença da mitologia.
De facto, o plano da intervenção dos deuses tem uma
função alegórica, servindo para enaltecer os feitos dos
Portugueses. A descoberta do caminho marítimo para a
índia era um objetivo tão extraordinário que até os deuses
se interessaram por esta aventura humana, tomando
diferentes atitudes e desenvolvendo esforços para ajudar ou
contrariar o sucesso da viagem.

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