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Os Lusíadas, de Luís de Camões

Os Lusíadas, publicados em 1572 de Luís de Camões, é um texto épico que celebra em


estilo nobre e grandiloquente, uma ação heroica com personagens e feitos
excecionais, na qual há intervenção do sobrenatural ou do maravilhoso. Tem por
finalidade enaltecer o espirito de um povo e preservar a memórias de ato valorosos.

Os Lusíadas canta o povo intrépido, historia a viagem de Vasco da Gama e as


descobertas, exaltando o espirito do povo português que foi capaz da formação de
Portugal e da expansão imperial. Tomando o povo como herói coletivo, Camões
reelabora a história, celebra o apogeu e pressente a decadência do império.

Estrutura de Os Lusíadas

Preposição
(apresentação do assunto)

Invocação
(súplica da inspiração para escrever o poema)

Estrutura Interna
(partes de Os Lusíadas) Dedicatória
(oferecimento da obra a D. Sebastião)

Narração
(desenvolvimento do assunto, já a meio da ação - in media res)

 Forma narrativa.
 Versos decassílabos
 Rimas com esquema abababcc (rima cruzada nos primeiros
Estrutura Externa
seis versos e emparelhada nos dois últimos);
 Estâncias – oitavas
 Poema dividido em dez cantos (1102 estâncias).
Os Planos

Durante a viagem realizada entre Lisboa e Calecut:


 Partida em 8 de Julho de 1497.
Encontra-se
 Peripécias da viagem.
sobretudo nos
Plano da Viagem  Paragem em Melinde durante dez dias.
cantos
(plano central)  Chegada a Calecut (Índia) a 18 de Maio de 1498.
I,II,IV,V,VI,VII e
 Regresso a 29 de Agosto de 1498
VIII.
 Chegada da Nau de Vasco da Gama a lisboa, em 29
de Agosto de 1499
 Em Melinde, Vasco da Gama narra ao rei os
acontecimentos de toda a nossa História, desde
Viriato até ao reinado de D. Manuel I, enaltecendo
os feitos dos portugueses; a batalha de Ourique; a Aparece,
Plano da História de
batalha de Aljubarrota; os doze de Inglaterra… nomeadamente,
Portugal
 Em Calecut, Paulo da Gama, apresenta ao Catual nos cantos III,
(plano encaixado)
episódios e personagens representados nas IV, VIII
bandeiras.
 A história posterior à viagem do Gama é-nos
narrada, em prolepse, através de profecias.
Ocorre
Os deuses apoiam os portugueses: Consílio dos Deuses
Plano da Mitologia sobretudo nos
no Olimpo; Consílio dos Deuses Marinhos; A Ilha dos
(plano paralelo) cantos I, II, VI,
Amores; etc…
IX, X.
Surge,
especialmente,
Plano do Poeta Considerações e opiniões do autor expressas, no canto III e no
(plano ocasional) nomeadamente, no início e no fim dos Cantos. fim dos cantos I,
V, VI, VII (início
e fim), VIII, IX, X.
As reflexões do Poeta: críticas e conselhos aos Portugueses

O poeta tece diversas considerações, no início e no fim dos cantos, criticando


e aconselhando os Portugueses:

 Destaca a enfermidade e s circunstâncias da vida em que necessitamos de


proteção, dados o limites da nossa condição humana.

 Proporcionam a reflexão acerca do poder do amor qua a todos nos toca e


a todos transforma.

 A reflexão sobre a procura insensata da fama, sobre a ambição


desmedida.

 Põe em destaque a importância das Letras o desprezo pelas Artes e pelas


Letras.

 O poeta realça o valor das honras e da glória.

 Apologia da expansão territorial para divulgar a Fé cristã.

 O lamento do Poeta pelos infortúnios sofridos e pelo não reconhecimento


do seu mérito.

 Lamenta a importância atribuída ao dinheiro.

 Explica o significado da ilha dos Amores

 Pretendem atingir a imortalidade, dizendo-lhes qua a cobiça, a ambição e


a tirania são honras vãs que não dão verdadeiro valor ao homem.

 Confessa manifestar o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar


continuidade à obra grandiosa do Povo Português.
A Simbologia n’Os Lusíadas

Simbologia dos navegadores e do seu comandante:

São símbolo do heroísmo lusíada, do seu espirito de aventura e da capacidade de vivencia


cosmopolita.

Simbologia do sonho profético de D. Manuel

Estes apresentam-se como sendo os rios Ganges e Indo. O sonho prenuncia os êxitos, a
fama, o poder e a glória de que se cobrirá o rei por ter conseguido descobrir o Oriente.

Simbologia do Velho do Restelo

O Velho do Restelo não só é uma personagem histórica mas um símbolo. Símbolo da


posição política dos que pretendem apenas a confirmação e fixação dos territórios
conquistados, surge, por outro lado, como símbolo do bom senso, do tradicional medo do
desconhecido e da habitual hesitação perante a novidade.

Simbologia da Ilha dos Amores

Simboliza a necessidade de uma união ou a comunhão dos homens com o divino.

Simbologia dos Deuses

Vénus, as Nereidas ou Marte simbolizam as forças que levaram os portugueses à


realização desta expedição. Baco, ou mesmo Éolo, são símbolo das dificuldades
oferecidas pela navegação.

Simbologia do Adamastor

O adamastor surge como símbolo dos perigos e das dificuldade que se aparentam ao ser
humano que quer conhecer novos mundos, símbolo dos problemas a enfrentar quando se
pretende explorar o desconhecido.

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