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1º Parte - “Brasão”;
2ª Parte - “Mar Português”;
3ª Parte - “O encoberto”;
Fernando Pessoa usa este poema para glorificar as ações dos portugueses no passado
esperando com que estes se inspirassem nesta tal gloria perdida e usassem-na como base para
poderem mudar o português apático.
Poema:
“Mar Português”
Estruturaaaa internaaa
O poema Mar Portugues fala-nos do sofrimento e da dor dos portugueses e das suas conquistas no
mar.
Neste poema retratam-se heróis. Os heróis deste poema são os navegadores portugueses, pois
apesar de tantos sacrifícios e de tanta dor, continuaram e “conquistaram” o mar.
Dividido a primeira estrofe em duas partes (1ªparte- Dois primeiros versos e a 2ªparte –
últimos quatro versos)
1ªParte
O poeta dirige-se ao mar, um mar responsável pelas desgraças causadas aos Lusitanos “Ó mar
salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!”
- O poeta exclama, sintetizando as desgraças que o mar causou aos Lusitanos: “Ó mar salgado,
quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!”
2ªParte
Nesta segunda parte o poeta refere que o mar foi o responsável pelas maiores angustias dos
portugueses, pelo sofrimento das mães, dos filhos, das noivas, de todos aqueles que ousaram
cruzar as suas águas com o objetivo de o dominarem, como podemos ver no verso 6, “Para
que fosses nosso, ó mar!”.
3ªParte – 2ª estrofe
Nesta terceira parte do poema o poeta faz uma pergunta retorica com o objetivo de deixar o
leitor a refletir, dando de seguida a resposta a esta, dizendo que “quando a alma não é
pequena”, ou seja, se houver ambição, coragem e garra todo o possível sacrifício vale a pena.
Nos últimos quatro versos do poema, o poeta dá a entender que para conseguir atingir o seu objetivo de
descobrir o caminho marítimo para a Índia, o povo português teve de se sacrificar e de ultrapassar
muitos obstáculos.
Podemos interpretar nas palavras do sujeito poético a existência de 2 mares. O mau que é
expresso na dor, sofrimento, medo e perigo causado nos portugueses vindo este a ser
espelhado pelo abismo, mas que, ao ser ultrapassado, irá levar-nos à parte boa do mar, a que
nos atribui gloria, reconhecimento, recompensa e honra, sendo esta o céu espelhado.
A existência destes dois planos justifica-se pelo misto de epopeia (poema heróico narrativo) e
de lirismo (poesia em que se abordam os sentimentos pessoais).
Se analisarmos a relação entre mar, sal e lágrimas, podemos chegar à conclusão de que o sal
das lágrimas dos portugueses está contido no mar. Logo, o mar pertence ao povo português.
O título, constituído por duas palavras, há a destacar o adjectivo "português", que remete para
a conquista e o domínio dos mares pelos Portugueses. Essa união foi o resultado do sofrimento
e da coragem dos lusitanos, daí o mar ser "português".
1 e 2 verso – “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal” – Apostrofe e tem
como objetivo realçar o responsável pelo drama e pelo sofrimento dos portugueses nos
descobrimentos
Metonímia – (substituição de uma palavra por outra que designa algo parecido) - neste caso
Portugal = povo português
Imagem – (associação de realidades que têm características em comum, que representado por
um encadeamento de metáforas) – deve-se ao facto de se sugerir que o sal do mar provem das
lagrimas vertidas pelos portugueses, que, por sua vez simbolizam o sofrimento e a dor
provocadas pelos descobrimentos
Antítese – (ideias contrarias) – tem como objectivo mostrar os dois lados contrários do mar,
conforme referimos anteriormente, existe o mar bom e o mar mau.
PERGUNTASSSSSSSSSS