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OS LUSÍADAS

Luís de · Camões

PROPOSIÇÃO
1º ESTÂNCIA
➢ Corresponde a uma introdução (propositio = proposta)
➢ Indica qual o objetivo do seu canto, ou seja, a matéria épica, o assunto
➢ Vai falar dos Guerreiros (v1 “armas”) e dos homens ilustres (“barões”) que partiram
de Portugal

2º ESTÂNCIA
➢ Vai falar dos Reis da Reconquista Cristã
➢ Vai falar das pessoas que ficaram conhecidas para sempre pelas suas qualidades
(versos 5 e 6)
SE = faz depender tudo de uma condição, se tiver talento, verso 8 “engenho” e a técnica, ou
seja, se dominar as características próprias de uma epopeia “arte” → a obra tenha uma
dimensão universal, “cantando empalharei…” verso 7

3º ESTÂNCIA APELO
V1 “cessem”; v3 “cale-se”; v7 “cesse” (imperativo)
O poeta quer que deixem de falar dos heróis das epopeias antigas (Ulisses e Eneias), de
pessoas como o Imperador Romano, Alexandre Magno, que Calíope permaneça sossegada
porque (“que” v5) agora chegou a hora dos Portugueses.

RECURSOS EXPRESSIVOS

1º ESTÂNCIA
➢ V1 metonímia = transmite uma realidade através de outra muito próxima
➢ V2 sinédoque = utilizar singular pelo plural, o todo pela parte e vice-versa
➢ V5-6 hipérbole = exagero
➢ V7-8 aliteração em |m| = repetição sucessiva de sons consonânticos

2º ESTÂNCIA
➢ V3 enumeração
➢ V3-4 hipérbato = transposição violenta dos elementos da frase para causar confusão
e obter efeitos sonoros
➢ V7-8 aliteração em |m| = repetição sucessiva de sons consonânticos

3º ESTÂNCIA
➢ V1 antonímia – utilizar um epíteto, uma alcunha em vez de um nome próprio
➢ V1-2 aliteração em |m| e |s| = repetição sucessiva de sons consonânticos
➢ V6 Hipérbole = exagero
➢ V7 metonímia (Calíope) = Consiste na substituição de uma palavra ou expressão por
outra, havendo entre elas algum tipo de ligação
NARRAÇÃO
19º ESTÂNCIA ➢ Os navegadores já vão ao longo de
➢ “in medias res” (no meio do assunto) Moçambique e o poeta descreve o modo
como decorria a viagem (utiliza uma
personificação no v3; uma hipérbole no v4
e 5)
20º A 23º ESTÂNCIA: preparação para o
consílio dos deuses
21º ESTÂNCIA
20º ESTÂNCIA
➢ Indica os diferentes locais donde vêm os
➢ Utiliza-se o presente “se ajuntam” para deuses (versos 5 a 8) e a sua forma de
indicar a simultaneidade da ação e o governo ilimitada (versos 3 e 4)
objetivo da reunião “decidir sobre as
causas futuras do oriente”
22º ESTÂNCIA
→ caracterização direta de júpiter:
➢ Psicológica: ➢ Físicas
1. Sublime e digno 1. Descomunal
2. Alto, severo, soberano 2. Uma coroa e cetro cintilante
3. Tinha poderes sobrenaturais 3. Tom de voz grave e horrendo

ESTÂNCIA 24 A 29: discurso direto de júpiter ➢ Faz-lhes uma advertência (versos 3 a 8) – se


➢ Dirige-se aos deuses (perífrase e estão preocupados com os portugueses,
aliteração) fiquem a saber que o Destino (=fado) quer que
todos os impérios sejam esquecidos pela ação
dos Portugueses
ESTÂNCIA 25 E 26: argumentos
➢ Portugueses sempre venceram os castelhanos
Argumentos: (“temidos”)
➢ Portugueses distinguiram-se na guerra
contra os mouros (através de uma antítese
➢ Valentia de viriato e dos seus homens
“forte” e “guarnecido” ≠ “singelo” e
“pequena”).

ATUALIDADE: presente → navegação


“Lenho leve” → sinédoque (utilizar singular pelo
plural, o todo pela parte e vice-versa)

ESTÂNCIA 27 ➢ Nestas circunstâncias, os marinheiros têm


➢ Valoriza a capacidade dos marinheiros defrontado (passado por) muitos climas,
em detrimento nas embarcações latitudes, agruras

ESTÂNCIA 28
➢ Júpiter serve de porta-voz do “Fado” ➢ Refere a exaustão da tripulação
(destino) e faz uma profecia
ESTÂNCIA 29
➢ Reforça a atitude dos marinheiros face ➢ Decide, ordena que os portugueses sejam
aos muitos perigos passados (através da acolhidos em África, descansem e se
abasteçam de provisões

2
anáfora) e intensifica a ideia de uma
recompensa
ADJUVANTES: Vénus (estância 33- ➢ Gostava dos portugueses (v2, estância 33)
34→discurso indireto de Vénus) porque os achava parecidos com os
➢ Pretende ser venerado pelos romanos guerreiros (bons) e falam uma
portugueses (estância 34) língua semelhante ao latim
OPONENTE: Baco (estância 30-32)
➢ Receia ser esquecido e tem consciência ➢ Receia também a sua morte forçada pelos
da “fortaleza” dos portugueses portugueses (vaso negro “Letes”)

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