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Tecnologias e instrumentos

territoriais para a gestão


ambiental e a prevenção da
degradação

Dinâmicas sócio ecológicas no entorno do


Parque Estadual do Rio Doce (PERD):
cenários e governança para futuros
sociobiodiversos
Sónia Carvalho Ribeiro
soniacarvalhoribeiro@ufmg.br

Centro de Sensoriamento
Remoto
Estrutura Apresentação:

INTRODUÇÃO - Quem somos?

1-Priorização áreas para restauração florestal no


Rio Doce
2- Dinâmicas sócio ecológicas no entorno PERD
GOVERNANÇA

POLÍTICAS PÚBLICAS &


PLANEJAMENTO TERRITORIAL

Análise de Gestão da
Modelagem
recursos
de Sistema Paisagem
ambientais
Por quê análises espaciais e modelos são
importantes para a gestão da paisagem?
• …para ir além do modo reativo de implementar políticas

• A sociedade responde com ações isoladas e descoordenadas sem


fazer avaliações ex-ante…

• Planejamento implica proatividade antecipação de modo que


a sociedade antecipa as mudanças e tenta minimizar impactos
adversos capitalizando oportunidades…

O desenho de políticas publicas e implementação


raramente, se é que alguma vez, usam exclusivamente os
modelos e as análises …
Dinamica EGO
Soares et al. 2013
Folke et al 2006
Como priorizar áreas para restauração no contexto do
rompimento da Barragem do Fundão no Rio Doce?

Sónia Carvalho Ribeiro, Raoni Rajão, Felipe Nunes, Débora Couto, Leticia Lima, Thomas Rickard,
Thomas Rickard, Camilla Marcolino, William Leles, Ambrósio Neto, Britaldo Soares Filho
Introdução

 TTAC:
 CLÁUSULA 161: Recuperação a título compensatório de 40 mil ha de
APPs (e áreas de recarga) degradadas em 10 anos

• 30 mil ha condução da
regeneração natural
• 10 mil ha de
reflorestamento
• TR Definição de Critério de
Priorização :
Introdução
Parametros da UFMG/UFV Validação de pesos Participação local

Componente
1 Critério Oficina
bacia
Pesos Vulnerabilidade
Componente Ambiental
n

Componente P4:
1 Critério
Vulnerabilidade P3: Prioridade Escalonamento
Pesos Pesos
Socioeconômica Município dentro dos
Componente
n municípios

Componente
1 Critério
Pesos Vocação:
Reg. Natural, Área:
Componente
Plantio, SAF regeneração
n
natural e plantio
Equipe UFMG
• Prof. Raoni Rajão (Escola de Engenharia)
• Prof. Britaldo Soares-Filho (Instituto de Geociências)
• Profa Sónia Ribeiro (Instituto de Geociências)
• Dr. Felipe Nunes (Escola de Engenharia)
• Profa Adriana Monteiro (Instituto de Geociências)
• Prof Marcelo Costa (Escola de Engenharia)
• Dra Camilla Marcolino (Escola de Engenharia)
• Profa Leticia de Lima Santos
• Jose Mario Lobo Ferreira (EMPAER, consultor externo)
• 3 Mestres e doutorandos
• Total: 12 profissionais
Equipe UFV
• Prof. Silvio Bueno Pereira
• Prof. Demetrius David da Silva
• Prof. José Ambrósio Ferreira Neto
• Prof. Sebastião Venâncio Martins
• Dra Natália Aragão de Figueredo
• Dr. Gleison Augusto dos Santos
• 3x Mestrando/Doutorando
• 2x Estudantes de Graduação
• Total: 11 profissionais
Definição da Bacia do Rio Doce

• Adotada definição
do CBH-Doce:
– 228 municípios
Mananciais Alternativos
CT-SHQA CT-Flor
• Mananciais
alternativos
identificados:
– CT-Flor: Área Recorte
P1
– CT-SHQA: duas
melhores
alternativas por
localidade
– Sobreposição 93%
entre os estudos
Identificação de Áreas para Recuperação

• Áreas de preservação permanente


antropizadas:
– APP ripária
– APP de topo e morro
• Zonas de Recarga:
– Terço superior: parcialmente coincidente com APP
de topo de morro
– Possíveis alvos de restauração para regularização
de Reserva legal
Código Florestal
Código Florestal – Conservação
• APP Ripária:
– Malha hidrográfica FBDS
(mais detalhada que ANA
e IGAM)
– Mapa de cobertura da
terra: FBDS 5m

Uso e Cobertura da Terra em APP ripária Área em Hectares %


Área antropizada 765.742,6 69,7
Área edificada 7.096,1 0,6
Área de vegetaçãa 304.534,1 27,7
Silvicultura em APP 20.701,0 1,8
Total em AP 1.098.070,0 100%
Código Florestal – Conservação
 Considera-se APPs:
 IX - no topo de morros, montes,
montanhas e serras, com altura
mínima de 100 (cem) metros e
inclinação média maior que 25°, as
áreas delimitadas a partir da curva
de nível correspondente a 2/3
(dois terços) da altura mínima da
elevação sempre em relação à
base, sendo esta definida pelo
plano horizontal determinado por
planície ou espelho d’água
adjacente ou, nos relevos
ondulados, pela cota do ponto de
sela mais próximo da elevação;

• Calculo baseado em Modelo Digital de Elevação (MDE) com resolução de 30


metros (Soares-Filho, Rajão et al., 2014, implementação de Leandro Lima).
Cobertura do Solo e Código Florestal

 Modelagem com
Dinamica EGO:
 Nível do CAR
 Mapeamento FBDS
RapidEye (5 metros)
 APP com regra da
escadinha
 Reserva legal com
anistias para área
consolidada

Soares-Filho, B., Rajão, R., et al. (2014a). Cracking Brazil’s Forest Code. Science, 344(6182), 363-364.
Restauração passiva ou ativa?
Holl and Aide; 2011

Resiliência do
Uso histórico da terra Contexto da paisagem
ecossistema
(nível de degradação) (matriz de fragmentos)
(capacidade íntrinseca)

Estratégia de restauração
Passiva..................................................................................................Ativa

Objetivos
(biodiversidade, Recursos
serviços (orçamento, mão de
ecossistêmicos, bem obra, prazos)
estar social
Calculo favorabilidade reg. natural
Calculo favorabilidade reg. natural

Em alta resolução
encontramos áreas
favoráveis em municípios
degradados

Nunes et al
Análise Multicriterio
Processo Analítico Hierárquico (AHP)

– O processo analítico hierárquico (AHP) (Saaty 1980)


• é um dos métodos mais comumente utilizados (Li et al., 2007;
Xiong et al., 2007)

 Envolve três etapas:

 Desenvolver uma matriz de comparação em cada nível da hierarquia;

 Computar os pesos para cada elemento da hierarquia;

 Estimar o índice de vulnerabilidade ambiental (Boroushaki e Malczewski,


2008).
Vocação para
Ambiental Social
a restauração

Stakeholder
engagement Modelo de priorização

Áreas Áreas
Áreas
prioritárias prioritárias
prioritárias
para para plantio
para plantio
condução da total com fins
total sem fins
regeneração econômicos
econômicos
natural (SAFs)
Vocação para Restauração

% muni com favorabilidade reg natural Nunes et al., 2017


Regeneração Favorabilidade a reg natural Scale: 30 meters
Natural
Prioridade Conservação % muni coberto por áreas protegidas MMA, 2006
(TODAS) NA

Área Média Fragmentos FBDS,2017


Uso solo: floresta
1:20.000

Conectividade estrutural Área e numero de projetos restauração, P2 , 2017


viveiros, etc NA
Capacidade institucional para
restaurar UFV, 2018; FBDS,2017
Conservação APP e zonas de recarga
APP e zonas recarga degradadas 1:20.000

% muni coberto por áreas protegidas MMA, 2006


Prioridade conservação
(TODAS) NA

Capacidade institucional para SAFs Nr NGOs, N. Cooperativas, EMATER UFV, 2018


NA
Tipo de sistema produtivo fruta e
café PAM - IBGE, 2016
Sistemas Sistemas produtivos locais
NA
Agroflorestais Tipo sistema produtivo Milho e feijão
(SAFs)
População rural em pequena
% de população rural em pequena IBGE, 2016
propriedde
proprioedade NA
Transições uso da terra
OTIMIZAGRO CSR, 2012
Transições 2012-2030 NA
Vocação Condução Regeneração Natural
Vocação Plantio para conservação
Vocação SAFs
Condução da Regeneração Natural

• Promover ações em áreas degradadas


utilizando-se de plantio total e condução da
regeneração natural (restauração olhando
para a paisagem).
Componente Pesos finais

Vulnerabilidade ambiental 45%

Vocação para restauração


45%
(regeneração natural)

Vulnerabilidade social 10%


Priorização para regeneração natural
Plantio Total Sem Fins Econômicos

• Intervenção em áreas de maior vulnerabilidade


ambiental que requerem maior magnitude de
intervenção e podem ser beneficiar economicamente
da restauração.

Componente Pesos finais

Vulnerabilidade ambiental 58%

Vocação para restauração


11%
(plantio total sem fins econômico)

Vulnerabilidade social 31%


Priorização para Plantios Com Fins
Econômicos (SAF)
Plantio Total com Fins Econômicos

• Busca pela conciliação de objetivos de conservação


ambiental, desenvolvimento social e incremento econômico
pelo aumento da renda bruta nas propriedades rurais

Componente Pesos finais

Vulnerabilidade ambiental 33%

Vocação para restauração


33%
(plantio total com fins econômicos)

Vulnerabilidade social 33%


Priorização para Plantios Com Fins
Econômicos (SAF)
Subprojeto 4

Dinâmicas sócio ecológicas no entorno do Parque Estadual


do Rio Doce (PERD): cenários e governança para futuros
sociobiodiversos

Sónia Carvalho Ribeiro, Erika Ferreira, Ramón Rodrigues, Bryan Oliveira, Maria Auxiliadora
Drummond, Paulina Barbosa
Parque Estadual Rio Doce (PERD)
Cenários “desejados” (2050)?
Abordagem da
Paisagem
1 “Gestão da paisagem contínua e adaptativa …apreendendo a partir dos resultados
2 Cada parte interessada stakeholder só se juntará ao processo se tiver interesse…
3 Múltiplas escalas: resultados locais necessitam governança multi escala
4 Multifuncionalidade: Compromissos entre os diferentes usos da paisagem
5 Envolver as diferentes partes interessadas: atores têm diferentes prioridades
6 Negociação e transparência: A confiança entre as partes interessadas
7 Os direitos e responsabilidades de diferentes os atores precisam ser claros e aceitos por
todas as partes interessadas.
8 Participação e “fácil” monitoramento.
9 Resiliência: transformar sempre respeitando capital natural e cultural
10 Stakeholders fortalecidos: capacidade de participar de forma eficaz e aceitar vários papéis
e responsabilidades

Carvalho Ribeiro 2021, Sayer et al 2013, Arts et al 2017


Cenários participativos
Presença de Fogo Áreas de
Resultados (Possível Brigada
Voluntária)
Eucalipto da
Acellor

Incentivo a Problemas
preservação com o
das nascentes mau uso
das áreas
de lagoas
(Turismo)
Incentivo as
pequenas
empresas
locais para
evitar o
desemprego
Geração de renda
Oportunidade
Fortalecimento da
de emprego na
Agricultura Familiar
indústria local
Investimento em Sistemas
microempresas agroflorestais
locais

Turismo
Ecológico

Capacitação Conservação
dos Jovens Combate aos
incêndios rurais
e
Melhoria da Educação
Infraestrutura Ambiental Conservação
dos recursos
Saneamento naturais

Resumo dos futuros Recuperação


das áreas
desejados degradas
Análise Multicritério para definição
de áreas potenciais para
determinado uso de solo
Potencialidade para?

Agropecuária Sistemas Agro Conservação Turismo


Florestais (SAFs)
Definindo as variáveis do
modelo
As notas são
Atribuindo Notas atribuídas
conforme o
favorecimento da
variável ao uso
Se menor que
1800 m Nota 9
do solo desejado
Se menor que
Se menor que
Se menor que 1000 m Nota 1
1200m 1500 m Nota 6
Nota 3
Atribuindo Pesos
Pesos
Várias x 0,25
metodologias
são usadas x 0,25
para
determinação x 0,25
dos pesos. x 0,25
Umas das mais
comuns é o
processo
participativo,
conforme o
desejo da
população ou
atores sociais
comunitários.
Tecnologias e instrumentos
territoriais para a gestão
ambiental e a prevenção da
degradação?

• Com base em ciência e análise espacial: método científico,


critérios e indicadores, escolha dos “melhores” dados..
• Integrando as demandas da sociedade,
• Análise e modelagem de sistemas ambientais para
subsidiar gestão da paisagem,
• Futuros “desejados” avaliações ex ante
• Papel academia: formar gestores interdisciplinares da
paisagem

Implicam governança multiescala e integração setorial


(multifuncionalidade: floresta agricultura, turismo)
Tecnologias e instrumentos
territoriais para a gestão
ambiental e a prevenção da
degradação

OBRIGADA!
Sónia Carvalho Ribeiro
soniacarvalhoribeiro@ufmg.br

Centro de Sensoriamento
Remoto

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