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seu amor socialmente aceitável, descreve que “toda moça é mansa, é branca e delicada”
(140). Ser moça para Riobaldo é permanecer num estado sem agressão, de ficar longe de
luta e ferocidade. A mulher não combate, não há força física com mulher. Ele acredita
que a feminidade também não luta com palavra ou ideia. Quando fala de Diadorim,
descreve que “Ele gostava de mandar...Aquela força de opinião dele mais me prazia?
Aposto que não” (112). O ser feminino é a submissão ao poder masculino, à autoridade
do homem. Mesmo que ele seja apaixonado por Diadorim, Riobaldo revolta contra a
ideia de que Diadorim tem opiniões fortes e às vezes contrárias. Por causa deste
conceito, Riobaldo consegue ver a masculinidade dos outros somente por meio de
testemunhar de atos violentos. Por exemplo, quando Diadorim foi humilhado pelos
mão nele, meteu um sopapo... ‘Homem tu é’” (119-120). A afirmação do fato que
Diadorim parece masculino vem somente depois que acaba lutando com os dois
jagunços. Outro momento chave é quando Riobaldo luta contra Zé Bebelo com os
jagunços de Joca Ramiro, “Ao que a gente atirava! Se morria, se matava, matava?...,
Mas aqueles eram homens!” (183). O ato de tirar bem com arma e matar é uma
situação, pensava “...que o que estava fazendo falta era uma mulher. E eu era igual
àqueles homens? Era.” (128). Mulher serve para a satisfação dos desejos masculinos. Ele
vê as mulheres como uma coisa de ser usada e deixada ao lado depois que satisfaz as
Desabafei, disse a ele coisas pesadas. – ‘Não sou o nenhum, não sou frio, não ... Tenho
minha força de homem!’” (142). Ficar sem virilidade é igual não ter identidade. Os
desejos sexuais se tornam não somente componente da mente masculina, mas uma
força para se defender contra os perigos da existência. É o poder pela qual o homem
realiza suas vontades sejam quaisquer forem. O prazer dele de fazer atos sexuais com
mulheres tem que existir na mente social como uma certeza absoluta para provar que
ele ‘é homem’. Até diz ao narratário, “Mas ponho minha fiança: homem muito homem
que fui, e homem por mulheres! – nunca tive inclinação pra aos vícios desencontrados”
(110). Riobaldo nega qualquer indicação que poderia ser homossexual porque pensa
imagem frágil de ser ‘homem que é homem’ porque traz dúvida ao que só pode existir
na vácua da certeza.
Durante o enredo, Riobaldo cria uma masculinidade que é prevalente, mas frágil.
Por meio de violência e virilidade, o homem se acha um certo poder que acaba em força