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CAPÍTULO 1
Eventos geográficos festivos. A dimensão
temporal nos enlaces de corpos com
lugares (quase) sagrados
Cássio Lopes da Cruz Novo
Universidade do Estado de Rio de Janeiro
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nossos selves anteriores, por mais diferente que tenhamos nos torna-
do (Lowenthal, 1998, p. 83).
Euphoria no encontro entre tempo e lugar em um festival de
música eletrônica
Com o slogan “Muito mais que uma festa!” O festival de música ele-
trônica Euphoria existe desde 2004. Aproximando-se da celebração de
seus treze anos, já reuniu mais de duzentos mil participantes em even-
tos cuja duração superou doze horas ininterruptas de música eletrôni-
ca. Estreou no Armazém 5 do Cais do Porto, área central do município
do Rio de Janeiro, tornando-se, com o passar do tempo, mais uma fes-
tividade itinerante (Chiaverini, 2009). Às vésperas de sua 34ª edição5 já
ocorreu em oito diferentes cidades das regiões sudeste e sul do Brasil.
Neste trabalho apresento as três últimas edições especiais de ani-
versário ocorridas no Haras dos Anjos, Santo Aleixo, localizado no
município de Magé – RJ além de refletir sobre este período, no qual
escrevo o trabalho, que antecede a próxima. A eleição das respectivas
edições decorre, inicialmente, da importância que possuem as edições
comemorativas de aniversário para festivais de música eletrônica em
suas estratégias de: a) manutenção de suas histórias; b) a preservação
de suas identidades; c) fidelização do público; d) atrair mais e novos
participantes. Existe, entretanto, mais uma questão a ser considerada
concernente à seleção das edições 2013, 2014 e 2015: foram os últimos
eventos no local. Como apresento a seguir, a Euphoria possui uma re-
lação histórica com o Haras e isso influencia, profundamente, as inte-
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Conforme sítio eletrônico oficial do evento, acessado em 18/03/2017 em http://www.
euphoriafestival.com.br/13-anos/.
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Idem.
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(para ser mantido, amplificado ou recriado) ou, ainda, para que se possa
impregná-lo de novos significados. Em outras palavras, os festejos asso-
ciam, para a sua existência, aspectos materiais e imateriais do espaço.
Cada festa possui dimensão temporal e temporalidades diversas.
Periodizações temporais cuja função está de acordo com os propósitos
do festejar para os indivíduos ou grupos envolvidos com o evento. As
múltiplas temporalidades de festividades (quase) sagradas se desta-
cam ainda mais pela fundamental importância do tempo nos modos
como os seres humanos antecipam o encontro com o (quase) sagrado
e vivenciam a experiência quando de sua consumação. Tempo e lugar,
em comunhão, relacionam-se com a intenção e o ato de transcender.
Entre a intenção e o ato há trilhas a serem percorridas. Nas festas elas
podem ser sonoras, visuais, táteis, olfativas e/ou imaginativas. Podem
atrair a imaginação e os corpos de pessoas impactadas pelos estímulos
multissensoriais emitidos pelo acontecer festivo assim como alcançam
aquelas pessoas que se encaminham para as festas para vivenciar essa
efervescência. Aspirando satisfazer o desejo pelo extraordinário, cam-
inhos podem ser construídos. E, para isso, dependem da intenção de
quem os percorrem para que os horizontes de transcendência sejam
descortinados e vividos enquanto experiência excepcional.
Deixar-se levar pelo momento de oportunidade que as festas apre-
sentam é aceitar – e ansiar por – se perder no decorrer de um instan-
te de pausa nos movimentos cotidianos. Durante a interrupção extra
cotidiana é possível mirar a fresta vislumbrada na festa, optar por
adentrá-la e ali (re)descobrir algo mágico, sublime. Os enlaces entre
imaginações geográficas e entre corpos conscientes que caminham
até o evento festivo, interrompendo ali, brevemente, suas trajetórias
físicas e entregando-se aos movimentos de transcendência da men-
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Referências bibliográficas
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Ediouro.
- Claval, P. (2014), “A festa religiosa”. In: Ateliê Geográfico, Goiânia: v. 8, N° 1,
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- Corrêa, R. (2016), “O Interesse do Geógrafo pelo Tempo”. Boletim Paulista de
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Vol. 2. Rio de Janeiro: EDUERJ.
- Dardel, E. (2011), O Homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São
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- Ferreira, F. (2002), O lugar do carnaval: espaço e poder na festa carnavalesca
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fia) – Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
- Geertz, C. (2011), A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, LTC – Livros
Técnicos e Científicos.
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