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1-A mensagem dos líderes para o povo (vv. 1-4). Josué costumava acordar cedo (Js
6:12; 7:16; 8:10) e passava as primeiras horas do dia em comunhão com Deus (Js 1:8).
Nesse sentido, era parecido com Moisés (Êx 24:4; 34:4), com Davi (Sl 57:8; ver
119:147), com Ezequias (2 Cr 29:20) e com Jesus Cristo (Mc 1:35; ver Is 50:4). É
impossível viver pela fé e ignorar a Palavra de Deus e a oração (At 6:4), pois a fé é
alimentada pela adoração e pela Palavra. As pessoas que Deus usa e abençoa sabem
disciplinar seu corpo de modo a dedicar-se ao Senhor nas primeiras horas da manhã.
2-A mensagem de Josué para o povo (v. 5). Essa mensagem foi, ao mesmo tempo,
uma ordem e uma promessa, e o cumprimento da promessa dependia da obediência à
ordem. Algumas promessas de Deus são incondicionais, e tudo o que precisamos fazer é
crer, enquanto outras exigem que preenchamos certos requisitos. Ao satisfazer essas
condições, não estamos trabalhando para merecer a bênção, mas sim nos certificando de
que nosso coração está preparado para a bênção de Deus.
3-A mensagem de Josué aos sacerdotes (v. 6). Era responsabilidade dos sacerdotes
carregar a arca da aliança e ir adiante do povo quando marchavam. Foi preciso fé e
coragem para fazer seu trabalho, mas eles creram em Deus e confiaram na fidelidade da
Palavra do Senhor.
4-A mensagem do Senhor para Josué (vv. 7, 8). Quando Moisés liderou a nação na
travessia do mar Vermelho, esse milagre engrandeceu Moisés diante do povo, e os
israelitas reconheceram que ele era, de fato, servo do Senhor (Êx 14:31). Deus faria a
mesma coisa por Josué no Jordão e, ao fazê-lo, lembraria o povo de que o Senhor estava
com Josué assim como havia estado com Moisés (Js 4:14; ver 1:5, 9). Moisés e Josué,
porém, haviam recebido autoridade do Senhor antes dos milagres, mas os milagres
conferiram-lhes grandeza diante do povo. A liderança eficaz requer tanto autoridade
quanto grandeza.
5-A mensagem de Josué para o povo (vv. 9-13). Depois de instruir os sacerdotes que
estavam carregando a arca, Josué compartilhou as palavras do Senhor com o povo. Não
engrandeceu a si mesmo, mas sim ao Senhor e às bênçãos de sua graça concedidas à
nação Josué não fez um discurso para “levantar o moral” do povo. Simplesmente
lembrou os israelitas das promessas de Deus – a “palavra da fé” – e os incentivou a crer
e a obedecer.
Ao recapitular essas cinco mensagens, vê-se que o Senhor deu aos israelitas toda a
informação de que precisavam para realizarem a tarefa que lhes atribuía. SÃO
ENCONTRADAS AS CONDIÇÕES QUE DEVERIAM PREENCHER, AS ORDENS
A QUE DEVERIAM OBEDECER E AS PROMESSAS NAS QUAIS DEVERIAM
CRER. Deus sempre dá sua “palavra da fé” a seu povo quando pede que o siga até
novas regiões de conflito e de conquista. Com seus mandamentos, Deus concede a
capacitação, e as promessas de Deus não falham. Séculos depois da conquista, o rei
Josafá deu um conselho que ainda se aplica aos dias de hoje: “Crede no Senhor, vosso
Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Cr 20:20). “Nem
uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas” (1 Rs 8:56).
b- O monumento no fundo do rio lembrava o povo de que sua vida antiga havia
sido sepultada e de que, daquele momento em diante, deveriam andar em
“novidade de vida” (Rm 6:1-4). Assim, sempre que uma criança israelita
passasse pelas doze pedras em Gilgal, os pais lhe explicariam o milagre da
travessia do rio. Diriam também: “Há outro monumento no meio do rio, onde os
sacerdotes ficaram com a arca. Não dá para vê-lo, mas está lá. Ele nos lembra de
que nossa vida antiga foi sepultada e de que agora devemos viver uma nova vida
em obediência ao Senhor”.
Não há nada de errado em erguer memoriais, desde que não se tornem ídolos que
afastam nosso coração de Deus e que não nos amarrem ao passado de tal forma que
deixemos de servir a Deus no presente. A glorificação do passado é uma excelente
forma de petrificar o presente e de privar a igreja de poder. As gerações seguintes
precisam de lembranças daquilo que Deus fez na história, mas essas lembranças
também devem fortalecer sua fé e aproximá-las do Senhor.
Deus nos faz sair da escravidão para nos conduzir à Terra Prometida (Dt 6:23) e nos faz
entrar nessa terra para que possamos vencer e nos apropriar de nossa herança em Cristo
Jesus. Pelo fato de o povo de Deus ser identificado com Cristo em sua morte,
sepultamento e ressurreição (Rm 6; Gl 2:20), os cristãos têm o “poder de vencer”, não
precisam ser derrotados pelo mundo (Gl 6:14), pela carne (Gl 5:24) ou pelo diabo (Jo
12:31). Somos vencedores em Jesus Cristo (1 Jo 5:3).
Se deseja apropriar-se de sua herança espiritual em Cristo, creia na Palavra da fé e
molhe os pés. Dê um passo na jornada de fé, e Deus abrirá caminho para você.
Entregue-se ao Senhor, morra para sua vida do passado (Rm 6), e Deus o conduzirá à
terra e lhe dará “os dias do céu acima da terra” (Dt 11:21).
Nós não precisamos desse memorial, no entanto, porque a história está reservada em um
monumento mais perene, que é a Escritura. As doze pedras e sua história estão no livro
que é a revelação eterna do Todo-Poderoso.
Vejamos o que elas têm a nos ensinar:
O NOSSO DEUS É TODO-PODEROSO – Os milagres dos quais a Bíblia fala
aconteceram; trata-se de fatos históricos, e não de mitos ou lendas. Não foram invenção
da nação de Israel.
Aquelas doze pedras, então, nos fazem lembrar que o nosso Deus é todo-poderoso. Ele
intervém, abre rios e mares e faz o que quer — nada lhe é impossível.
CORREMOS O RISCO DE ESQUECER DE DEUS E DE SEUS ATOS – Se lembrar
fosse fácil e natural, Deus não teria mandado erguer um monumento para que o povo se
lembrasse do que aconteceu. Sabemos, no entanto, a facilidade que temos para nos
esquecer das coisas grandes que Deus fez.
O NOSSO SOCORRO VEM DO SENHOR – A nação de Israel estava diante do
obstáculo intransponível que era o rio Jordão, mas a Arca do Senhor foi à frente, cortou
as águas e o povo passou. A Arca simbolizava a presença de Deus e a sua aliança
conosco.
DEVEMOS ENSINAR AOS NOSSOS FILHOS OS GRANDES ATOS DE DEUS –
Esse era um objetivo declarado do monumento das doze pedras, para contar às futuras
gerações, aproveitando a curiosidade natural das crianças. Com base em uma pergunta
de uma criança, o pai israelita contaria a seus filhos as histórias de Josué, de Raabe, da
destruição de Jericó, do Êxodo ou da Criação. A ideia é justamente que uma geração
ensine a outra sobre os grandes atos de Deus.
Podemos olhar para trás, agradecer a Deus pelo que ele fez e pedir que ele realize hoje a
sua libertação, atuando em nosso favor, nos livrando de todo o mal. E por isso podemos
ter ânimo e olhar para o futuro com esperança.
CONCLUSÃO
Por que nós, cristãos, muitas vezes atravessamos a vida desanimados, desiludidos, sem
perspectivas ou sonhos? A resposta é que esquecemos por que a Bíblia nos foi dada.
Pense no memorial de doze pedras: Deus queria que seus feitos não fossem esquecidos.
Ele queria ser lembrado de geração em geração para que cada uma delas clamasse a
Deus. Ele queria que lembrássemos que ele é o mesmo ontem e hoje, e que será
eternamente o nosso socorro e auxílio.
Não temeremos, no entanto, porque o mesmo Deus que agiu em favor de Israel é o Deus
de hoje. Seu desejo é que nos lembremos disto: ele vai nos segurar, nos sustentar, nos
dar a vitória em lutas e batalhas; ele vai à frente e seu plano haverá de se cumprir. Que
você possa se lembrar disso e ter esperança, alento, coragem e força.