Você está na página 1de 5

A PECADORA QUE UNGIU OS PÉS DO SENHOR

Vimos quarta feira passada sobre João Batista o precursor o que preparou o
caminho para a chegada do Messias João pregava arrependimento e remissão de
pecados, "O rei está por chegar, corrijam não seus caminhos, e sim suas vidas."
Lucas 7:28 Jesus disse: “E eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é
maior do que João;”. Vimos que João pregava em um lugar estranho, se vestia
estranho, comia comida estranha, está registrado no Evangelho de Mateus 3:4-5, e
Jerusalém e toda Judéia e toda circunvizinhança ia até a João no deserto, multidões.
Vimos que o deserto da Judeia são montanhas altas íngremes e o deserto de muitas
pedras lugar de difícil acesso, e as multidões estavam indo saindo das suas cidades
para ouvi-lo, porque a Palavra de Deus veio a ele.

Vimos que João Batista foi preso na fortaleza de Maquero fica na Jordânia nas
proximidades do mar morto. Qual foi o motivo da prisão? João Batista era um
destemido pregador da justiça, e repreendeu Herodes, o tetrarca (governador) por
ter-se casado com a esposa do seu irmão, João então foi preso por Herodes.
Herodes Antipas persuadiu (iludiu, seduziu) Herodias a deixar seu marido e casar-se
com ele, embora isto envolvesse que ele se divorciasse da sua própria esposa. João
Batista confrontou o pecado do casamento deles e por esse motivo ele acabou
sendo aprisionado na fortaleza de Herodes na Transjordânia em Marcos 6.17.

João Batista recebe a primeira visita de seus discípulos na prisão de Maquero onde
seus discípulos passaram as notícias sobre os milagres que estava sendo operado
por Jesus. Foi quando João perguntou em Lucas 7.19 “Você é aquele que estava
para vir ou devemos esperar outro?

LIVRO

Os discípulos de João voltaram a Fortaleza de Maquero, João ainda estava preso. e


Jesus continuou seu ministério em Carfanaum.

Em Lucas 7.36 “Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus,
entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. Não são indicados o lugar nem o
tempo, nem tão pouco o que motivou um fariseu a fazer tal convite. Porque um
fariseu fez tal convite? Os versículos 44-46 claramente indicam, que ele não agiu
assim motivado pelo amor, nem mesmo por nutrir elevada consideração por Jesus.
Talvez tenha sido motivado pela curiosidade. Tendo ouvido que muitas pessoas
estavam chamando o Senhor de “grande profeta” (7.16), ou não se pode excluir
completamente a possibilidade de que ele quisesse ter uma oportunidade de
encontrar base para formular alguma acusação contra Jesus. Ou o fariseu era um
admirador de Jesus pouco, provável diante como o recebeu. Porque pouco
provável? Porque havia um ritual para receber um convidado importante:

Primeiro: O anfitrião colocava-se a mão no ombro de seu hospede e lhe dava um


beijo da paz veja o vers. 45 de Lucas 7 “Não me deste o ósculo um beijo da paz,
isso era sinal de respeito, Segundo: os caminhos eram de terra e as sandálias era
de tiras com os pés expostos a poeira , sujeira, os pés se encontravam sempre
sujos, por esse motivo sempre se colocava água fresca sobre os pés do hóspede
para limpa-los olhe o vers. 44 de Lucas 7, Terceiro: colocava-se um pingo de
incenso aromático sobre a cabeça ou gotas de água de rosas. Porque desse ritual?
Isso era as boas maneiras para se cumprirem quando recebessem um rabino (um
líder religioso, um mestre).

Esse ritual não foi cumprido por Simão no jantar oferecido a Jesus. Mas olhe o vers.
37 de Lucas 7: “E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava
à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; Vaso de
alabastro era um tipo de recipiente onde se colocava óleos ou essências.
(unguento perfume).

Abra um parêntese “Esse Simão não deve ser confundido com “Simão Pedro”, nem
com “Simão o Zelote”, com “Simão, pai de Judas Iscariotes”, com “Simão de Cirene”,
com “Simão o curtidor”, nem mesmo com “Simão o leproso” - convidou a Jesus para
uma ceia, ele é um fariseu chamado Simão vemos isso claramente no vers. 40.”

É importante esse início de frase “E eis”, do vers. 37, Lucas quer chamar nossa
atenção de forma especial para o estranho incidente que agora ocorreu. Nesse
povoado havia uma mulher bem conhecida por sua má reputação. Dizer que
provavelmente era uma meretriz seria fazer-lhe injustiça. Uma mulher podia ser
“pecadora” sem ser uma meretriz, (prostituta).

Quem era essa mulher? Não era Maria, irmã de Lázaro, que também ungiu os pés
de Jesus em um jantar na casa de um tal Simão. Isso ocorreu em Betânia 150 Km
de Carfanaum local onde Jesus estava nesse episódio.
Não era Maria Madalena, como alguns insinuam. Antes de conhecer Jesus ela foi
endemoniada e Jesus foi que expulsou sete demônios (Lucas 8.2). Mas em
nenhuma parte do evangelho ela é chamada de “mulher pecadora”

A única coisa que se relata na Bíblia que ela era conhecida como mulher pecadora
vers. 37. Não causa estranheza que, em certo sentido, lhe tenha sido permitido
entrar na casa. Não era de todo incomum que pessoas não convidadas entrassem
numa casa onde se oferecia uma ceia. Geralmente se sentavam ao longo das
paredes a observar tudo o que se passava, e até mesmo trocavam algumas
palavras com alguns dos convidados. Essa mulher em particular, bem conhecida
como “pecadora”, teve coragem de entrar na casa de um fariseu rigoroso, é de fato
algo inusitado. O único modo de explicá-lo é presumir que a urgência que ela tinha
de expressar sua gratidão a Jesus era tão irresistível que nada pôde detê-la de fazer
o que tanto desejava.

Ela tinha vindo com o intuito de ungir Jesus com perfume; note; com perfume, caro,
de uma grande fragrância, não era um azeite de oliva comum. Vers. 38 ela se sente
vencida pela emoção. Seu coração transborda de amor e reverência por aquele
que lhe abriu os olhos e produziu uma transformação tão radical em sua vida.
Resultado: ela explode em lágrimas. Essa “água do coração” (Lutero) cai sobre os
pés de Jesus. Impulsivamente, ela faz o que naqueles dias nenhuma mulher podia
fazer em público: desprende seus cabelos. Então, inclinando-se com os cabelos
soltos, enquanto continua a chorar sem cessar, vai secando os pés de Jesus; beija-
os; e tendo o jarro já quebrado, ela derrama o perfume neles. Para uma mulher
soltar os cabelos em um local público era considerado uma falta grave, uma atitude
obscena e repudiada pois só soltava os cabelos diante de seu marido, na intimidade
de seu quarto.

Olhe o vers. 39 Simão se sentiu ofendido pelo que a mulher está fazendo. Se
tivesse sido, já não era mais. Ele está convencido de que, se Jesus fosse profeta,
imediatamente teria discernimento quanto ao caráter dessa intrusa de baixa
categoria, essa “pecadora”. Simão, com sua autojustiça, não entendia - ou não
queria crer - que Jesus se associasse com os pecadores para que os mesmos se
convertessem e fossem salvos.
Mas Jesus o filho de Deus, embora não tivesse contato anterior com aquela mulher,
como o Messias, o Filho de Deus, ele sabia quem ela era:

Quando Jesus diz a Simão: “Tenho algo a dizer-lhe”, o hospedeiro se sente curioso
em saber do que se trata. Então responde: “Vai em frente, Mestre”. Jesus então no
verso 40-42 conta- se uma parábola dos dois devedores.

Parábola: Certa vez dois homens contraíram dívida com um agiota. A dívida de um
era equivalente ao que um trabalhador comum ganha em quinhentos dias de
trabalho (sem contar os dias de repouso); e outro, o equivalente ao que um
trabalhador ganha por cinquenta dias de trabalho. Mas nenhum pôde pagar. Então,
o que fez o agiota? Em vez de lançar os dois devedores no cárcere,
generosamente perdoou a dívida de ambos.... Provavelmente, olhando fixamente
para Simão, Jesus lhe pergunta: Qual desses dois devedores revelará mais amor
para com o agiota?”

Vers. 43 “Suponho aquele que mais perdoou, Jesus lhe replicou-lhe: julgaste
bem. Preste atenção nas palavras de Jesus vers. 44-47 ler!!

Simão havia omitido todas as costumeiras evidências de hospitalidade, todas as


formalidades que, como todos sabiam, deviam ser realizadas a um convidado de
honra. Simão não havia oferecido água para lavar os pés de Jesus (Gn 18.4; Jz
19.21), não lhe dera as boas-vindas com um ósculo (Gn 29.13; 45.15; Êx 18.7) e
não ungira a cabeça de seu convidado, nem mesmo com azeite de oliva barato (SI
23.5; 141.5). Jesus revela que nos três aspectos, ele recebeu um tratamento bem
diferente por parte da mulher arrependida. Em vez de água para os pés de Jesus,
essa mulher ofereceu lágrimas, indicativas de arrependimento. Em vez de um ósculo
no rosto, ela deu muitos beijos ardentes nos pés, símbolos de gratidão. Em vez de
azeite de oliva barato para a cabeça, ela derramou um precioso e fragrante perfume
em seus pés!

Jesus acrescenta: “Portanto lhe digo, seus pecados, ainda que muitos, lhe são
perdoados”. Para imprimir toda a ênfase do original, a tradução “Portanto eu lhe
digo: Perdoados são os seus pecados, por mais numerosos que tenham sido.

Simão se considerava justo, perdoado (se é que alguma vez sentiu a necessidade
de perdão) ele olhava para a mulher como pecadora sem perdão. Jesus mostra que,
por sua falta de amor, é Simão quem prova não ter sido perdoado. A mulher se
regozija na libertação da culpa que recebera como um dom da graça de Deus. Isso
evidencia o seu arrependimento. E por isso Jesus lhe disse: vai-te em paz, (Lucas
7:48-50). A pecadora arrependida estava perdoada, mas o fariseu arrogante e
inflexível continuava espiritualmente perdido.

Dois versículos para finalizarmos: Romanos 5:1 e o vers. 20.

Você também pode gostar