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E é nesse ponto que entra em cena uma figura odiada, desprezada, apontada,
escarnecida, acusada; a mulher pecadora.
Ela, sem se importar com a reprovação dos olhares dos convidados, teve
grande coragem e se aproxima de Jesus, na frente da multidão que conhecia
as suas ofensas. E quando se prostra se depara com os pés do Salvador
Jesus, pés descalços, pés empoeirados, cheios de marcas dos caminhos que
passara. Quanta simplicidade! Ela não resistiu ver o Rei dos Reis, Senhor
dos Senhores, na apresentação de tão humilde servo.
Um servo obediente, que estava ali sem reclamar da frieza com que fora
recebido.
A pecadora imediatamente, tomada de grande emoção, não pôde se conter,
derrama lágrimas sobre os pés do mestre, começa a lava-los e os enxuga com
seus cabelos.
e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas
lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e
os ungia com o unguento. Lucas 7:38
Este choro é muito profundo! Há muita reflexão aqui. Há arrependimento de
pecados. A Pecadora chorava e refletia suas ações passadas. Seu coração
estava totalmente arrependido, quebrantado.
Pensava em uma mudança interior. Estava disposta a uma nova prática de
vida.
Assim a pecadora, beijava e ungia os pés do Mestre, em uma atitude de amor,
na confissão da sua incapacidade de se auto-justificar, mas crendo na
justificação pela fé.
Ela foi até lá com algo no coração que a fazia se sentir impura, mas Jesus a
entendia. Ninguém sabe exatamente que tipo de pecado ela cometia,
provavelmente, práticas sexuais ilícitas. O mais importante é que foi tocada
pelo arrependimento e buscou sua cura; de maneira vergonhosa para uns e
ridícula para outros, mas apropriada para ela e aceitável para Jesus. O fato é
que ela teve a oportunidade de ser curada e não abriu mão disso. Além disso,
ela teve a humildade de realizar uma atividade que normalmente era feita pelos
escravos mais baixos como uma demonstração de que se rendia
verdadeiramente ao Senhor. Ela teve também a coragem de demonstrar o seu
amor por Ele em público. Ela reconheceu seu erro e o choro demonstrava a
angústia do seu coração.
Sem dúvida, até mesmo o Fariseu, orgulhoso, religioso extremista sabia que a
quem mais é perdoado, maior amor é despertado. Jesus frequentemente
comparava o pecado a uma dívida. Na oração do pai nosso, Ele ensinou a
pedirmos, “e perdoa as nossas dívidas…”.
Mas quando não reconhecemos os nossos erros, de que poderemos
nos arrepender? E se não nos arrependemos, de que seremos perdoados?
Essa era a natureza da pergunta do Mestre, para Simão. Era um aviso para
aquele religioso autossuficiente, de que ele só seria perdoado, na medida que
também se arrependesse. Porém o Fariseu não reconheceu, que necessitava
do perdão de Deus.
Por outro lado, a mulher pecadora, que ungiu os pés de Jesus, estava
demonstrando arrependimento, tanto por ela, quanto por Simão. Ela buscava
perdão pela vida pecaminosa que teve, e fazia o papel de anfitriã, que Simão
não fez.
Jesus aniquilou os pecados da mulher pecadora, pela fé, pois Ele veio para
isto, para terminar, aniquilar, desfazer o pecado, pagando o preço do Seu
precioso sangue, pois somente o sangue de Jesus pode nos perdoar dos
nossos pecados.
Então meus queridos qual dos dois te representa? Aquele cristão cheio de si
mesmo, prepotente, orgulhoso que acha que é o melhor de tudo e de todos?
Ou aquela mulher que reconheceu seu pecado, a sua pobreza espiritual, sua
vergonha, o seu desprezo ou como a desprezavam? Porem deu tudo que
possuía, provavelmente anos de trabalho naquele vaso de alabastro. Entrou
numa casa sem ser convidada para chegar mais perto do Senhor.
Com que nos identificamos? Pois quem mais foi perdoado é quem mais amou.