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04/11/2014

FUNDAMENTOS DA PERÍCIA PAPILOSCÓPICA


E
REPRESENTAÇÃO FACIAL HUMANA

BRASILIO CALDEIRA BRANT


Papiloscopista Policial Federal
(62) 9611 1835
Brasiliobrant@hotmail.com

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
1 – Adquirir ou ampliar conhecimentos para:

a) Distinguir diferentes métodos de identificação;


b) Distinguir os tipos fundamentais de impressões digitais;
c) Conhecer os métodos utilizados para revelação de fragmentos de
impressões papilares;
d) Conhecer alguns recursos tecnológicos e bancos de dados, na área de
identificação, disponíveis no Brasil;
e) Conhecer a representação facial humana e seus desdobramentos.

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IDENTIFICAR
“ IDENTIFICAR é o ato mais freqüente e elementar da vida social”
AGUILERA

IDENTIDADE (Do latim-idem) - Caracteres próprios e exclusivos das


pessoas que permitem individualizá-las. (D.P.F)

IDENTIFICAÇÃO - São os processos destinados a estabelecer a


identidade de uma pessoa.

IDENTIFICAÇÃO
OBJETIVA – (identificação física)
Características físicas e biológicas - marcas particulares,
cicatrizes, tatuagens, peso, altura, impressões digitais e outros
dados biométricos

SUBJETIVA – (identificação pessoal)


Valores, consciência, temperamento, preferências, religião...

IDENTIFICAR E RECONHECER
Identificar – Procedimento técnico-científico pelo qual se determina, de maneira
indubitável, a personalidade de um indivíduo (Perez, p. 19);
No âmbito da polícia técnica, identificar é o processo ou conjunto de processos
realizados por especialistas, destinados a estabelecer a identidade de uma pessoa.
Reconhecer – processo empírico, realizado por testemunhas, sem o emprego de
técnicas específicas.
“reconhecimento é uma identificação empírica e identificação é o reconhecimento
cientifico “ -
Odon Ramos Maranhão

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INDIVÍDUO E PESSOA
Indivíduo - características únicas e individualizadoras
Pessoa – do grego “persona”
As sociedades são grupos de pessoas que se organizam para obtenção de
objetivos comuns. A organização da nossa sociedade está fundamentada no estado
de direito - ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude
de lei.
A lei só poderá ser aplicada se o indivíduo existir não apenas
biologicamente, mas também juridicamente, isto é, se ele for uma pessoa.
A personalização é o meio de responsabilizar cada um pelos seus atos na
sociedade

• Certidão de nascimento - estabelece a personalidade

NÃO BASTA

• documento de identidade. Para cumprir sua função de identificar, deve


conter, nome, dados físicos do indivíduo como foto, assinatura e impressão digital
. O confronto do indivíduo com os seus dados no documento possibilita o seu
pronto reconhecimento e identificação, em caso positivo. Em caso negativo,
refuta-se o documento de identidade

NECESSIDADE SOCIAL DA IDENTIFICAÇÃO


No meio social há necessidade da identificação
individual das pessoas, tanto para assegurar direitos
como para exigir cumprimento dos deveres.

Evitar erro sobre a pessoa.

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IDENTIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS


PRÉ-HISTÓRIA: Caçadores pré-históricos unidos sob o objetivo comum de
sobrevivência num ambiente hostil encontraram os atributos de identidade que os
fez ficar juntos (tribos);

NECESSIDADE DE INDIVIDUALIZAR: Determinar propriedade sobre animais,


escravos e objetos pessoais. Posteriormente, o homem sentiu a necessidade de
identificar as pessoas nocivas ao convívio social, como forma de segregação dos
proscritos do meio social (marcar)

CONHECIMENTO CIENTIFICO: tornou-se possível a identificação das pessoas,


passando a ter aplicações em todos os atos da vida civil

TATUAGEM

FERRETE

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MUTILAÇÃO

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PROCESSO ANTROPOMÉTRICO
do grego ánthropos = homem; metria = estudo

Criado pelo francês Alphonse Bertillon, baseado em três princípios científicos:


a)a fixidez quase absoluta do esqueleto humano,
a partir dos vinte e um anos de idade até,
aproximadamente os 60 anos;
b) a variação das dimensões do esqueleto de
um para outro indivíduo;
c) a relativa facilidade e precisão com que se
pode tomar determinado número de medidas ósseas.

PROCESSO ANTROPOMETRICO
Tipos de assinalamentos que, combinados, chegava à identificação da pessoa

a) assinalamento descritivo ou retrato falado - cor da pele, olhos e cabelos,


rosto, formato de nariz, orelhas, tique nervoso, sotaque, gírias, expressões,
forma de vestir, etc.

b) assinalamento de marcas particulares - cicatrizes, manchas da pele,


tatuagens, deformidades, amputações, etc.

c) assinalamento antropométrico - tomada de medidas do corpo:

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LIMITAÇÕES DO PROCESSO ANTROPOMÉTRICO

a)aplicável somente às pessoas adultas;

b) difícil utilização em mulheres, devido aos padrões morais da época;

c) medidas tomadas tinham fortes componentes pessoais e, por isso,


passíveis de erros;

d) falta de uniformidade na nomenclatura entre os países usuários do


método;

e) possibilidade de que dois indivíduos apresentassem valores


antropométricos muito próximos.

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PROCESSOS DERIVADOS DO ANTROPOMÉTRICO

• OTOMÉTRICO: medida das orelhas com um aparelho chamado


otômetro. Sua difícil aplicação resultou em desuso;
• PROCESSO CRANIOGRÁFICO: baseado na medida e comparação
dos perfis cranianos, por meio do aparelho chamado “craniógrafo”,
criado para este fim. Tornou-se obsoleto, principalmente pela falta de
exatidão nas medidas;
• PROCESSO VENOSO: baseia-se nas ramificações venosas das
mãos;
• PROCESSO ODONTOLÓGICO: registro da arcada dentária e da
disposição dos dentes, para posterior confronto com as dos
suspeitos;

PAPILOSCOPIA

•PAPILOSCOPIA
Ciência que trata da identificação
humana por meio das papilas
dérmicas

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PROCESSO PAPILOSCÓPICO
Aproveitamento das impressões papilares para fins de identificação.
• EXATIDÃO- é possível afirmar categoricamente a identidade de uma pessoa;
• BAIXO CUSTO - com apenas uma ficha de papel e tinta é possível obter
impressões papilares;
• CLASSIFICABILIDADE - a classificação das impressões digitais, cria uma
sequência numérica ou alfanumérica, que possibilita buscas em arquivos com
milhões de fichas;
• AUXÍLIO NA SOLUÇÃO DE CRIMES - as impressões papilares podem ser
encontradas em locais de crime e identificadas. Tais impressões, em conjunto
com outras evidências, se constituem em um importante elemento de prova.

caso Will West e William West (1901/1904)

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-Penitenciaria de Leavenworth, Kansas adotava o sistema de Bertillon para identificar


seus prisioneiros;

-Em 1903 Will West é preso e são coletados os dados antropométricos. O diretor
afirma que ele já havia estado naquela prisão, porém recebe a negativa deste;

-O arquivo de medidas antropométricas trás medidas semelhantes entre Will e


William, que estava preso, cumprindo pena de assassinato, desde 1901;

-Para desfazer a dúvida foram coletadas as impressões digitais de Will e as


comparadas com os datilogramas arquivados em nome de William, chegando a
conclusão que são diferentes;

-O Diretor da penitenciaria instala o sistema datiloscópico em 1904;

HISTÓRIA DA PAPILOSCOPIA
Há registro de placas de cerâmica antiga retiradas de uma cidade soterrada no
Turquestão, com os seguintes dizeres: "Ambas as partes concordam com estes
termos que são justos e claros e afixam as impressões dos dedos que são marcas
inconfundíveis“;

Na China no século II a.C., governantes chineses usavam as impressões digitais


para lacrar documentos importantes. No sec. VII, nos casos de divórcio, o marido
tinha que dar um documento para a divorciada, autenticado com suas impressões.
Foram também os chineses que primeiro as empregaram para fins criminais;

Em 1858 William James iniciou a tomada das impressões digitais dos indianos no
lugar das assinaturas nos contratos que firmavam com o governo Inglês. O sistema
foi depois aplicado também nos registros de falecimento e nas prisões.

PAPILOSCOPIA COMO CIÊNCIA

1664 - O italiano Marcello Malpighi - publicou um trabalho intitulado


"Epístola sobre o órgão do tato", no qual estudava os desenhos digitais e
palmares;

1788 - Johann Christoph Andreas Mayer (anatomista Alemão) reconheceu


que as impressões digitais são únicas para cada indivíduo;

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1880 - Dr. Henry Faulds, cirurgião em um hospital de Tóquio, publicou seu


primeiro trabalho sobre o assunto, discutindo a utilidade de impressões
digitais para identificação e propôs um método para gravá-las com tinta de
impressão. Foi o primeiro a identificar impressões digitais deixadas em um
frasco, oferecendo o conceito para a Polícia de Londres, mas foi rejeitado.
Então escreveu a Charles Darwin com uma descrição de seu método, mas,
muito velho e doente para trabalhar sobre ele, Darwin deu o método para
seu primo, Francis Galton.

1892 - Francis Galton estudou as impressões digitais durante dez anos,


publicando um modelo detalhado de análise estatística de impressões
digitais e de identificação e em seu livro Impressões Digitais, encorajou o
seu uso na ciência forense. Ele calculou que a chance de um "falso
positivo" (duas pessoas diferentes com as mesmas impressões digitais)
poderia ser de cerca de 1 em 64 bilhões.

1891 - Juan Vucetich, chefe de polícia da Argentina, criou o primeiro


arquivo de impressões digitais, associando as impressões digitais ao
sistema antropométrico de Bertillon.

JUAN VUCETICH

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A primeira identificação criminal


Argentina, 1892, na pequena cidade costeira de Necochea, província de
Buenos Aires, um homicídio brutal alvoroçou os moradores. Duas crianças haviam
sido assassinadas. Entre os principais suspeitos estavam a mãe das vítimas,
Francisca Rojas, e seu amante, um sujeito conhecido como Velazquez. Para
resolver o caso, o chefe de polícia Juan Vucetich comparou uma impressão digital
encontrada no local do crime com as impressões digitais dos possíveis assassinos.
Conclui-se que Francisca havia matado seus filhos. Como o uso da impressão
digital em investigações ainda era uma novidade, Vucetich resolveu não levar a
prova para o tribunal, pois poderia não ser levado a sério. Mas foi astuto, usando
este argumento para pressionar e obter a confissão de Francisca.

Juan Vucetich e Félix Pacheco trabalhando em um Gabinete de Identificacão do Río de Janeiro - 1904

PAPILOSCOPIA NO BRASIL
1891- Começa em São Paulo a identificação por meio da fotografia, empregado
como método exclusivo de identificação;
1901- O Gabinete Antropométrico do Distrito Federal (RJ), passou a ser dirigido
por José Félix Alves Pacheco, que ali permaneceu até o ano de 1906;
1902- É instituída em São Paulo a identificação Antropométrica;
1903- Governo do então Presidente Rodrigues Alves, por insistência de Félix
Pacheco - Decreto 4.764
1907- Instituída em São Paulo, por força do Decreto 1533-A, de 30 de novembro,
a identificação datiloscópica;

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• DATILOSCOPIA
identificação por meio das impressões digitais, isto é, produzidas pelos dedos das mãos.

QUIROSCOPIA
identificação por meio das impressões palmares, isto é, das palmas das mãos.

PODOSCOPIA:
identificação por meio das impressões plantares, isto é, das plantas dos pés.

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

VARIABILIDADE: propriedade que têm os desenhos papilares de não se repetirem,


variando, portanto, de região para região papilar e de pessoa para pessoa.

PERENIDADE: propriedade que têm os desenhos papilares de estarem presentes e


serem observáveis desde a vida intra uterina até a putrefação cadavérica.

IMUTABILIDADE: propriedade que têm os desenhos papilares de não mudarem a


sua forma original, desde o seu surgimento ate a putrefação cadavérica

ESTRUTURA DA PELE
A pele é constituída pelas camadas: epiderme, derme e hipoderme,
firmemente unidas entre si.
A epiderme, camada mais
externa, é formada por células
sobrepostas e achatadas, chamadas
queratinócitos. Ela é rica em
queratina, proteína responsável por
evitar a desidratação do organismo.
Sua espessura varia de acordo com a
região do corpo, chegando a 1,5mm
na região plantar.
Nas pálpebras, por exemplo, sua
espessura é de apenas 0,3mm.

EPIDERME - Parte superficial da pele. A face externa é lisa e nela


encontramos pelos, poros e unhas. A face interna é delgada e recobre
as papilas, provocando altos e baixos relevos, o que resulta na
visualização de vários desenhos papilares na sua parte externa.
DERME - É a camada mais profunda da pele, onde encontramos as
papilas dérmicas, que são responsáveis pela formação dos desenhos
papilares.
POROS - Pequenos orifícios situados na superfície das papilas, na
abertura das glândulas sudoríparas.

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GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
Eliminam o suor, muito abundante na palmas das mãos e planta dos pés

Na composição do suor, encontramos principalmente água, alguns


sais minerais como o cloreto de sódio e algumas substâncias
tóxicas em pequena quantidade, como a uréia.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS -
Eliminam as substâncias gordurosas

- Cortes, queimaduras e outras lesões de pequena profundidade


desaparecem completamente, quando não atingem a derme.

- Na coleta de impressões digitais utilizando tinta, o suor e a gordura


produzidos pelas glândulas devem ser removidos para obtenção de qualidade;

- Nos locais de crime, o contato das pessoas com determinadas superfícies


produzem impressões latentes (invisíveis) e essas impressões, uma vez
localizadas e reveladas, são provas de que uma determinada pessoa tocou
naquele local.

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DATILOSCOPIA
• daktilos = dedos skopêin = examinar.
Identificação humana por meio das impressões digitais.

As impressões digitais produzidas pela terceira falange são as


que mais interessam à datiloscopia, pois:
- apresentam desenhos que são mais fáceis de classificar;
- em geral, oferecem maior facilidade de coleta das impressões;
- deixam mais vestígios em locais de crime.
- As impressões digitais produzidas pelas demais partes do dedo,
primeira e segunda falanges, também são importantes no confronto. Os
princípios da papiloscopia também são aplicados a elas.

NASCIMENTO DAS IMPRESSÕES DIGITAIS

FORMAÇÃO DO DESENHO DIGITAL

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O crescimento da mão começa de uma formação similar a um remo


(A), continua com os dedos tomando forma (B), os coxins volares formam-se
(C) e continuam a amadurecer (D).

A vida de um
coxim volar desde sua
formação até a
completa evolução.
São apenas
incluídos como
aproximações neste
esquema geral de
desenvolvimento.

Os desenhos foram formados em cima de coxins volares completamente simétricos. A


fila superior mostra as condições fetais dos coxins volares, enquanto que a fila inferior,
as impressões resultantes. Da esquerda para a direita as imagens mostram o tempo da
proliferação das linhas versus a regressão do coxim volar. À esquerda, a proliferação
das linhas foi prematura e, portanto, ocorreu sobre um grande coxim volar. À direita, a
proliferação das cristas foi tardia e, portanto, ocorreu sobre um pequeno ou não
existente coxim volar.

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A SÍNDROME DE DOWN

As mãos são curtas e largas, frequentemente


com uma única prega palmar transversa (“prega
simiesca”) e quintos dedos curvados para baixo.

Desenho digital

Desenho natural existente na pele humana, de formato tridimensional, que serve


de matriz para formação da impressão digital. Pode ser observada diretamente nos dedos.

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Datilograma ou impressão digital


Reprodução do desenho digital

COMPOSIÇÃO
CRISTAS PAPILARES
São as linhas impressas do
datilograma;
SULCOS INTERPAPILARES
Intervalos que separam as linhas
impressas;
POROS
Pequenos orifícios que aparecem
nas linhas impressas;
PONTOS CARACTERISTICOS
Particularidades morfológicas que
permitem distinguir as impressões
digitais entre si.

PONTOS CARACTERISTICOS:
Pontos característicos são as particularidades morfológicas provocados pelas
interrupções das linhas.

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Ponto
é uma linha pequena que forma figura similar a um ponto;

Ponta de linha
princípio ou interrupção de linha;

Bifurcação:
configuração formada pelo encontro de duas linhas;

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Ilhota:
um pouco mais longa que um ponto, de comprimento mais ou menos duas
a quatro vezes a sua própria largura, similar a uma ilha

Encerro: configuração similar a um círculo ou elipse muito pequenos.

SISTEMA DE LINHAS
São grupos de linhas cujo sentido e formato geral do
datilograma serve para a classificação dos tipos fundamentais.
Normalmente, podemos visualizar três sistemas de linhas:
SISTEMA MARGINAL

SISTEMA NUCLEAR
SISTEMA BASILAR

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ESTRUTURA DAS IMPRESSÕES DIGITAIS


DELTAS: Ponto no qual as linhas dos três sistemas convergem no canto da figura,
formando um triângulo mais ou menos regular, semelhante à letra grega do mesmo
nome (José Falco, cit. Perez, pl 34)

TIPOS FUNDAMENTAIS:
Arco
Datilograma, em geral adéltico (sem delta), constituído de linhas mais ou menos
paralelas e abauladas que atravessam ou tendem a atravessar o campo digital;

PRESILHA INTERNA
É o datilograma que apresenta delta somente à direita do núcleo. Este núcleo é
constituído de uma ou mais linhas que partem da esquerda, vão ao centro do
desenho, curvam-se e voltam, ou tendem a voltar, para lado de origem, formando
uma ou mais laçadas.

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PRESILHA EXTERNA
É o datilograma que apresenta delta somente à esquerda do núcleo. Este núcleo é
constituído de uma ou mais linhas que partem da direita, vão ao centro do desenho, curvam-
se e voltam, ou tendem a voltar, para lado de origem, formando uma ou mais laçadas.

VERTICILO
Caracteriza-se pela presença de, no mínimo, um delta à direita e outro à
esquerda do núcleo. Este núcleo tem forma variada e apresenta pelo menos uma
linha curva à frente de cada delta

TIPO ANÔMALO
Não se enquadra dentro de nenhum dos tipos anteriores

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CICATRIZ
Quando apresenta corte, pústula, queimadura etc que impossibilitam
a classificação original e que seja permanentes.

AMPUTAÇÃO
Quando existe perda, total ou parcial, da falange distal, de modo a
impedir a classificação original.

CONSEQUÊNCIA DA MÁ ROLAGEM DOS DEDOS

Ex. Ausência do Delta

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CONSEQUÊNCIA DA MÁ ROLAGEM DOS DEDOS

Ex.mudança no tipo primário

ANQUILOSE
Anomalia congênita ou adquirida que consiste na falta de articulação parcial
ou total dos dedos, de modo a prejudicar as impressões ou a sua coleta

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SINDACTILIA
Anomalia congênita que consiste na presença de dedos ligados entre si,
parcial ou totalmente.

ECTRODACTILIA
Anomalia congênita que se caracteriza pelo número de dedos inferior ao
normal.

POLIDACTILIA
Anomalia congênita que consiste na presença de dedos em número
superior ao normal.

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MACRODACTILIA OU MEGALODACTILIA
Anomalia congênita que consiste na presença de dedo(s) anormalmente
grande(s).

HIPERFALANGIA
Anomalia congênita que consiste na presença de mais de uma falange distal
em um dedo.

BRADIDACTILIA OU BRAQUIDACTILIA
Anomalia congênita que consiste na presença de dedos anormalmente curtos.

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ADATILIA
É a anomalia congênita que consiste na ausência total dos dedos de uma
ou de ambas as mãos.

BIOMETRIA
É a ciência da aplicação de métodos de estatística
quantitativa a fatos biológicos - dicionário Michaelis
Com o aumento das informações no mundo digital se tornou
necessário a criação de maneiras de proteger esses dados.
Dessa forma a utilização de mecanismos tradicionais (usuário
+ senha) já não são suficientes.
Baseado no fato de que algumas características físicas são
exclusivas de cada um e que não podem ser perdidas ou
esquecidas, a biometria transforma isso em padrão.

REQUISITOS DE UM SISTEMA BIOMÉTRICO


Base em característica biométrica singular
Permanência e Imutabilidade
Mensurabilidade
Universalidade
Precisão de identificação
Proteção contra fraudes
Aceitabilidade social

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SEGURANÇA

FASES DOS SISTEMAS BIOMÉTRICO

REGISTRO
por meio de um dispositivo, captura-se as amostras de um dado biométrico

FASES DOS SISTEMAS BIOMÉTRICO

PROCESSAMENTO
extrai as características únicas para criar um padrão de confronto ;

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FASES DOS SISTEMAS BIOMÉTRICO

VERIFICAÇÃO
busca em um arquivo digital, comparando o novo padrão aos já existentes no banco

R.I.C.

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SISTEMA AFIS
Atualmente, é o processo biométrico mais eficiente para identificação
de grande massa populacional.

DINÂMICA

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ALGUMAS FUNÇÕES

Avanços alcançados com a tecnologia AFIS


Antes do AFIS - pesquisa
datiloscópica realizada somente no
INI através de arquivos manuais, e
tendo por referência os dez dedos.

Com o AFIS , possibilidade de verificação


na própria localidade, através da estação
remota. Permite, em situações especiais,
a utilização de um único dedo como
instrumento de pesquisa.

Avanços alcançados com a tecnologia AFIS


Antes de AFIS - confronto de
fragmentos de local de crime só era
realizado quando existiam individuais
de suspeitos.

Com o AFIS, qualquer fragmento pode


ser inserido no banco de dados, sendo
confrontado com todo o arquivo,
inclusive com outros fragmentos
existentes. Não há necessidade de
suspeitos

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Avanços alcançados com a tecnologia AFIS


Antes do AFIS, existiam inúmeros
crimes não solucionados, devido à
dificuldade de se localizar as impressões
nos arquivos físicos.

Com o AFIS - possibilidade de resolver crimes


antes insolúveis, (candidatos de todo o
território nacional).
Exemplo: Possibilidade de desarquivamento de
crimes passados, desde que existam
fragmentos de impressão.

COMO O
PAPILOSCOPISTA
ATUA NO SISTEMA
AFIS?

CONTROLE NOS PASSAPORTES

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JUSTIÇA

SAÚDE E
SEGURIDADE
SERVIÇOS SOCIAL
DE MIGRAÇÃO
PORTOS E PROCESSOS
AERPORTOS ELEITORAIS

Potencial de utilização
do AFIS EDUCAÇÃO

HABILITAÇÃO
AUTOMOTIVA

INSTUIÇÕES
SEGURAÇA FINANCEIRAS
PÚBLICA IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Quem está no banco de dados do AFIS ?


1. Estrangeiros
2. Eleitores do TSE
3. Requerentes de passaporte
4. Indiciados criminalmente (principalmente das polícias civis)
5. Vigilantes
6. Desaparecidos/procurados Interpol
7. outros

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OBJETIVO

Criar um banco biométrico de pessoas desaparecidas


dentro da base de dados do AFIS, com o objetivo de
oferecer uma ferramenta que auxilie as investigações
da polícia civil na localização de pessoas
desaparecidas.

ALIMENTAÇÃO DO BANCO BIOMÉTRICO


DE DESAPARECIDOS
 Deverá ser feita pelos Institutos de Identificação,
mediante solicitação das delegacias que recebam
registros de ocorrência de pessoas desaparecidas.
 Para isso, será necessário que a delegacia
responsável pelo registro da ocorrência de
desaparecimento, solicite à pessoa que está fazendo o
registro, informações sobre o órgão emissor do RG da
pessoa desaparecida.

PROCEDIMENTOS
A partir da individual datiloscópica do prontuário civil, as impressões
digitais da pessoa desaparecida deverá ser incluída no AFIS. Dessa
forma, caso a pessoa desaparecida venha um dia a ter as suas
impressões digitais incluída novamente no AFIS, por qualquer
motivo, será possível identificá-la.

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EXEMPLO PRÁTICO
A mãe de um cidadão, de nome FULANO DE TAL, comparece a uma
delegacia de polícia civil do estado do PI, para comunicar o
desaparecimento de seu filho...

...sem saber que seu filho estava envolvido com drogas, FULANO DE
TAL, na verdade saiu de casa por vontade própria e passa a viver nas
ruas cometendo furtos, roubos e outros delitos para sustentar seu
vício.

PREENCHIDO
AUTOMATICAMENTE

DATA DA INCLUSÃO DO
“DESAPARECIDO” NO AFIS.
QUANTO MAIS RÁPIDO, MELHOR !

•DATA DESAPARECIMENTO
•NOME DELEGACIA INSTITUIÇÃO QUE
•CIDADE E ESTADO SOLICITOU INCLUSÃO

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ALGUM TEMPO DEPOIS…(DIAS, MESES OU


ANOS)

IMAGEM IMAGEM QUE JÁ


INSERIDA ESTAVA NO
BANCO DE
“DESAPARECIDO”

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Graças a identificação do corpo, a PC esclarece um


desaparecimento e concentra seus esforços para
esclarecer as causas da morte. A família do morto
receberá o atestado de óbito, podendo buscar auxílios
sociais (previdenciários, por exemplo) se for o caso.

DELEGACIA SOLICITA COMUNICANTE


REGISTRO DE B.O
AO COMUNICANTE FORNECE AS
NA DELEGACIA DE
INFORMAÇÃO SOBRE INFORMAÇÕES
DESAPARECIMENT RG DO SOBRE ÓRGÃO
O DESAPARECIDO EMISSOR DO RG

I.I. INCLUI DECA DO DELEGACIA SOLICITA


AO I.I. QUE INCLUA
PRONTUÁRIO CIVIL DECATACTILAR DO
NO AFIS DESAPARECIDO NO
AFIS

PASSAGEM
CRIMINAL PASSAPORTE TSE
(PF E PC)

DESAPARECIDO

RIC BA E RO CORPO OUTRAS


ENCONTRADO HIPÓTESES

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PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
Conjunto de técnicas utilizadas na busca, revelação, levantamento,
análise e confronto de impressões ou fragmentos de impressões digitais,
com a finalidade de determinar quem as produziu.
Sem o trabalho pericial a investigação policial empobrece, ficando
reduzida aos informantes e depoimentos de vítimas e/ou testemunhas.
Por ser baseada na técnica e ciência, a Perícia dá robustez e
qualidade ao trabalho da polícia.

LEVANTAMENTO DE IMPRESSÕES
CONJUNTO DE TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS

- Localização;
- Revelação;
- Análise qualitativa;
- Registro;
- Coleta de impressões papilares.

TIPOS DE PERÍCIA PAPILOSCÓPICA


DOCUMENTO

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MATERIAIS

VEÍCULO

LOCAL DE CRIME

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04/11/2014

NECROPAPILOSCOPIA

FASES DA PERÍCIA PAPILOSCOPICA


digitais, palmares ou plantares

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LEVANTAMENTO

busca de fragmentos de impressões digitais que relacione o suspeito à cena do crime. Nesta fase, o
Papiloscopistalocaliza,revela(senecessário),analisa,fotografaedecalca(asreveladascompós).

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CONFRONTO

Exame comparativo entre duas ou mais impressões visíveis (ex. documento) ou tornadas visíveis (reveladas).
Geralmente,asimpressõesquestionadas sãoconfrontadascompadrõesde suspeitosou vítimas.

TERMINOLOGIA UTILIZADA
• Impressão digital padrão
• Impressão digital questionada
• Papilograma
• Fragmento de impressão digital
• Suporte
• Revelação de impressão digital

IMPRESSÃO DIGITAL PADRÃO

É aquela cuja identidade não está sendo questionada. De origem conhecida, serve de base
para comparaçãocomumaimpressão ou fragmentodeimpressão digital sob questionamento.

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IMPRESSÃO DIGITAL QUESTIONADA


De autoria desconhecida.
EX: encontradas em local de crime, apostas em documentos, cuja autenticidade está sob
questionamento.

PAPILOGRAMA
Impressão que apresenta campo de observação suficiente para que sejam
examinados seus elementos classificadores.
Pode ser:

FRAGMENTOS DE IMPRESSÃO DIGITAL


Deixados casualmente nas superfícies dos objetos, não permitem uma exata
classificaçãoou determinaçãoda regiãopapilar.

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SUPORTE
Superfícieonde a impressãopapilar foidepositada.
Suporte primário–Onde aimpressãofoi originariamenteencontrada.

Suporte secundário - Cartões usados para receber o decalque extraído de uma


impressão já revelada.

CONTROLE DE QUALIDADE
Preliminar ao exame de confronto, é a verificação
acerca da qualidade das impressões papilares
examinadas.

Nitidez
Visibilidade de minúcias
Incompatibilidade das regiões confrontadas

PADRÃO DE EXCLUSÃO
Impressões das vítimas ou outras pessoas fora do rol
de suspeitos.

PADRÃO DE CONFIRMAÇÃO
Impressões de suspeitos.

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REVELAÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL


É o processo pelo qual procura tornar visíveis as impressões digitais latentes, usando reagente
químicosde naturezasólida, líquidaou gasosa.

TIPOS DE IMPRESSÕES
VISÍVEIS – facilmente localizadas a olho nu, por estarem impregnadas
de alguma substância corante. (tinta, sangue, óleo etc).

MODELADA – encontrada em superfícies macias (massa de vidraceiro,


argila úmida etc).

LATENTE – Não são claramente visíveis a olho nu e por isso devem ser
reveladas por um reagente específico.

SUPERFÍCIES
A impressão digital latente é composta pelos elementos do suor,
deixados por meio do toque. Para que sejam úteis à investigação, as linhas
destas impressões devem ser nítidas e ter continuidade suficiente para
permitir a visualização de seus elementos individualizadores.
As superfícies ideais para a revelação e levantamento dessas
impressões são os materiais lisos e limpos, como vidro, plástico, metais
polidos etc.
Matérias in natura, não tratadas ou rugosas não oferecem bons
resultados em levantamento de impressões digitais.

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POROSA
Superfície que absorvem o líquido do suor. Quando a parte líquida evapora, os
elementos sólidos do suor ficam retidos em suas fibras. Ex. papel

NÃO POROSA
A superfície não absorve os elementos químicos que compõem o
suor. Ex. vidro

ADESIVA
Superfíciesque retiramlíquido e célulasdescamadasda pele. Ex. fita adesiva.

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REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES LATENTES

Alguns dos reagente são tóxicos, corrosivos ou irritante para os olhos


ou vias aéreas.

CUIDADOS NECESSÁRIOS
Devem ser usados Máscara de proteção, luvas e “capelas” especiais,
para proteção do Papiloscopista.

Revelação com pó preto comum

Revelação com pó magnético

CIANOACRILATO
SUPERFÍCIES NÃO POROSAS
• Reage com os compostos do suor. Quando submetido
ao calor, produz um vapor. Para a utilização, deve ser
usada câmera fechada, por se tratar de material
irritante aos olhos. Depois de revelado, apresenta
uma coloração branco leitosa, que poderá ser
colorida, buscando o contraste necessário para a
análise.

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NINIDRINA
SUPERFÍCIE POROSA: papel, cartão, cartolina etc
• Quando borrifado sobre a superfície examinada,
através de fonte de calor, reage com os
aminoácidos contidos no suor, resultando em
fragmentos de coloração roxa. Deverá ser
imediatamente fotografado ou submetido a um
fixador. Material inflamável e irritante, deve ser
usado em câmera fechada.

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CRISTAIS DE IÔDO
SUPERFÍCIES POROSAS E NÃO POROSAS

• Tóxico e corrosivo, através de fonte de calor,


reage com gorduras e elementos do suor,
revelando fragmento de cor amarelada, que
deverá ser imediatamente fotografado, pois se
dissipa rapidamente. Pela sua característica
necessita de uma câmera reveladora.

REVELADOR DE PEQUENAS PARTÍCULAS


SUPERFÍCIE NÃO POROSA, ITENS MOLHADOS
• Ideal para superfícies lisas que sofreram as ações do
tempo (chuva, sereno). Quando há umidade, a
utilização do pó é inadequada. Adere às substancias
gordurosas da pele. O contraste dependerá da cor do
pó que for utilizado na solução. Deve ser borrifado
sobre a superfície e o resultado, imediatamente
fotografado.

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NITRATO DE PRATA
SUPERFÍCIE POROSA – PAPELÃO, MADEIRA.

Reage com o cloreto de sódio contido no suor.


Produzirá uma cor marrom, no fragmento. Não necessita de
câmara especial para a utilização. Irritante para a pele, deve-
se observar o uso de luvas e máscaras para evitar a inalação
dos gases. O método de utilização é por imersão e exposição
à luz controlada, tendo em vista o risco de perder os
fragmentos. Deve ser fotografada imediatamente após a
revelação.

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AMIDO BLACK
produzidas com sangue

O Amido Black é usado somente para impressões


contaminadas com sangue seco contido em superfícies não
porosas.
Reage com as proteínas encontradas no sangue e
resulta em uma cor preta.

SUPERFÍCIES ADESIVAS
Violeta genciana
Utilizado em superfície não porosa, na parte
adesiva do material, é sensível aos lipídios, proteínas e
células epiteliais. A revelação é feita pela imersão na
solução preparada, resultando em cor roxa. Material
tóxico, requer equipamentos de proteção.

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SIDE POWER
SUPERFÍCIES ADESIVAS

Sensível aos componentes sebáceos e lipídios, este reagente é


utilizado como uma pasta e pincelado na parte adesiva da fita. Não
tóxico, apresenta resultado de cor cinza. Se necessário, pode ser
reaplicado sobre o mesmo material para realçar as cristas papilares.

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MODELADORES
MIKROSIL

• Aplicado como decalcador de impressões


reveladas com pó em superfícies rugosas e
não porosas e também na obtenção de
impressões papilares em cadáver.

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ACCUTRANS

• De cor marrom, branca ou incolor

• Funciona bem em superfícies ligeiramente texturizadas

• Material para moldar em polivinilsiloxano

• Não precisa ser misturado

• Aplicar o pó no espécime antes de usar

• Solidifica em 4 minutos a 68° F [20o C]

• Solidifica em 8 minutos a 50° F [10o C]

Levantador Articulado

FLUORESCÊNCIA
Material submetido ao vapor de cianocrilato, que servirá de suporte para o revelador
aplicado em seguida.

Tentiva de contraste usando luz rasante

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Exame de Confronto de
Impressões Papilares

Exame de Confronto
é a análise comparativa de duas ou mais
impressões papilares

tem como finalidade estabelecer a


identidade das impressões confrontadas

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 é precedido de um controle de qualidade


das impressões examinadas

 a qualidade da impressão está baseada


na visibilidade de suas particularidades
morfológicas individualizadoras

Níveis de detalhamento
(independentes e consecutivos):

 tipo fundamental: classificação não


individualizadora das características morfológicas do
conjunto de linhas que forma a impressão papilar

 pontos característicos: particularidades


morfológicas que permitem determinar a identidade da
impressão papilar

 estruturas das cristas e poros: permitem a


análise individualizada das características morfológicas de cada
linha

 A não identificação através de um nível


dispensa a necessidade de confronto
em nível seguinte

 A identificação pelo tipo fundamental


determina a necessidade do exame dos
pontos característicos. Porém, a
identificação pelos pontos
característicos torna desnecessário o
exame da forma das linhas e poros.

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Inicia-se com o exame das impressões quanto à


região a que pertencem e quanto ao
desenvolvimento de suas linhas.

Este procedimento permite a eliminação de


impressões morfologicamente incompatíveis, ou
seja, aquelas sem chances de correspondência
positiva.

Impressões morfologicamente compatíveis são


aquelas que têm desenvolvimento de linhas
semelhantes, independentes de terem ou não a
mesma classificação.

Quando se tratar de fragmentos de


impressão, deve-se ter o cuidado de
examinar as impressões padrões
em partes correspondentes,
morfologicamente semelhantes.

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Especial atenção deve ser dada ao efeito


provocado por cicatrizes.

Identificação de Pontos
Característicos
O confronto de impressões tem
continuidade por meio da análise
comparativa dos pontos característicos ou
figuras características.

Um ponto característico, analisado individualmente, varia quanto:

 formato
 direção
 posição no campo
papilar

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Individualização por meio de Pontos Característicos


Além desses elementos, o relacionamento entre dois ou mais pontos
característicos são baseados:

 na posição relativa que ocupam entre si


 no número de linhas que os separam

A CONVICÇÃO DA IDENTIDADE das impressões examinadas será


determinada pelo confronto dos pontos característicos ou, quando necessário,
pelo confronto do formato das linhas e poros das impressões papilares...

...levando em consideração:
 número de pontos característicos
 sua raridade
 configuração geral
 nitidez das linhas
impressões papilares que não alcançarem nível de visibilidade
suficiente devem ser consideradas sem condições técnicas para uma
afirmativa de identidade

Duas impressões papilares serão


COINCIDENTES/CONVERGENTES se apresentarem pontos
característicos de mesmo formato, direção, sentido, posição
no campo papilar, posição relativa entre si e mesmo número
de linhas separando-os, em número suficiente para tornar-se
inequívoca a mesma origem.

A identidade/individualização é estabelecida com


base na análise destas variáveis em conjunto.

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Toda conclusão de um exame de confronto


deverá sempre ser verificada com outro
especialista. Se necessário, com diversos outros
especialistas.

A identificação só será validada


se todos estiverem convictos e
com a mesma opinião sobre a
identificação realizada.

LAUDO PAPILOSCÓPICO
Um dos instrumentos utilizados para demonstrar o resultado
de uma perícia ou exame pericial.
COMPOSIÇÃO:
- Título
- Preâmbulo
- Material Examinado – Peça questionada e Padrão
- Objetivo
- Tipo de Exames Realizados
- Conclusão
- Encerramento
- Ilustrações e anexos.

• Deverá ser emitido depois da realização de um


exame de confronto, de suspeitos apresentados,
bancos de dados mono ou decadactilares,
candidatos do sistema AFIS e a fim de atender
requisição expressa de autoridades legalmente
investida de cargo ou função para apurar fato de
possa configurar delito.

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ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE
SOMENTE EM CASO ESTRITAMENTE NECESSÁRIO, ONDE NÃO FOR
POSSIVEL A PRESENÇA DO PAPILOSCOPISTA e depois de tomadas as devidas
providências e com o preenchimento do auto de arrecadação, observar que:
- Os procedimentos devem ser executados com cuidados especiais, de
maneira a preservar as impressões papilares a fim de manter a integridade
desses vestígios;
- O uso de luvas não protege a superfície, apenas impede a contaminação
do material manuseado;
- A superfície a ser periciada não deve ter atrito com nenhuma outra, a não
ser material de superfície porosa não contaminado por sangue;

SUPERFÍCIE NÃO POROSA

SUPERFÍCIE POROSA

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FORMAS INADEQUADAS DE TRANSPORTE

IMPORTÂNCIA
DA
PRESERVAÇÃO
DO
LOCAL DO CRIME

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• FOTOGRAFIAS RETIRADAS DA INTERNET .

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CENA DE HOMICIDIO

• FONTE DO VIDEO: YOUTUBE

ASSALTO A BANCO

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CASOS REAIS

VEÍCULO - 20ª SR/PRF/SE


Papiloscopistas da SR/DPF/SE
deslocam-se à 20ª
Superintendência Regional da
Polícia Rodoviária Federal de
Sergipe, para efetuarem perícia
em veículo, que havia sido objeto
de roubo.

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04/11/2014

APREENSÃO DE DROGAS

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04/11/2014

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04/11/2014

•RUA 25 DE MARÇO Nº 1071

•DIA 08 DE AGOSTO DE 2005

•FORTALEZA - CEARÁ

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04/11/2014

O MAPA DO CRIME

A VISÃO DO CRIME

OS NUMEROS DO CRIME
• ENTRE 5 E 7 DE AGOSTO DE 2005
• 164 MILHOES DE REAIS
• 3,5 TONELADAS
• 33 KM EM ALTURA DE DINHEIRO
• 1 DO BRASIL
• 2 MAIOR DO MUNDO(Londres-1987 -113 milhoes de dolares)

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Por que tanto dinheiro num banco???

Controle de qualidade para retorno de circulação(HIGIENIZAÇÃO)

UM CONSORCIO
• O3 QUADRILHAS
• 34 ASSALTANTES
• R$ 165 milhões  partes iguais para todos os que participaram do
assalto, desde os planejadores até os que escavaram o túnel
• Quase 5 milhões para cada um

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04/11/2014

O MENTOR

ANTONIO JUSSIVAN ALVES - O ALEMÃO

O FINANCIADOR O ESPECIALISTA

LUIS FERNANDO RIBEIRO – O FÊ Eng. PEDRÃO -

O TUNEL

80m DE COMPRIMENTO, 78cm DE ALTURA, 4m DE PROFUNDIDADE, 3 MESES PARA SER CONSTRUIDO

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O TUNEL

30 toneladas de areia

A EQUIPE DE POLICIAIS FEDERAIS


• 1 DELEGADO

• 10 AGENTES

• 04 PERITOS CRIMINAIS

• 04 PAPILOSCOPISTAS

O INICIO E A TENSAO

RISCOS
DESABAMENTOS, ENTALAMENTOS, ARTEFATOS COM EXPLOSIVOS

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LEILAO
727 ITENS DE VALOR COMERCIAL:
• Entre eles 84 imóveis: casas, apartamentos, sítios, postos de combustível,
salas comerciais, sobrados e uma chopperia localizados em São Paulo, Ceará,
Mato Grosso, Paraíba e Piauí.
• Na lista, ainda há 184 veículos: carros populares, de luxo, caminhonetes,
motos, reboques, furgões, caminhões.
• ainda existiam bens diversos como joias e celulares
• Além de 147 cabeças de gado, cinco cavalos e seis burros, que também vão a
leilão.

LEILAO (CURIOSIDADES)
• ITEM MAIS CARO: casa de luxo no Condominio Alphaville em Barueri, São
Paulo. O imóvel teve lance inicial de R$ 681.733,80 e foi arrematado por R$
716.733,80, em 16 de maio de 2011.
• ITEM MAIS BARATO: um conjunto de 12 celulares e carregadores, vendido
por apenas R$ 3.

• SOMANDO TODOS OS ITENS LEILOADOS:


- O valor recuperado (10 MILHOES) representa 6,1% do total.

•CASO: FURTO AO BACEN


EM FORTALEZA/CE

IMPORTÂNCIA DA
PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE
CRIME

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133 FRAGMENTOS DE IMPRESSÕES DIGITAIS

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ATUALMENTE
• 134 réus  85 condenados(21 penas reduzidas) – 11 absolvidos - 02
morreram como queima de arquivo

• ALEMÃO Antônio Jussivan Alves - 49 anos de cadeia – reduzido para 35


ANOS.

• NETO LAURINDO  47 anos de cadeia – reduzido para 18 anos

• ANTÔNIO ARGEU NUNES VIEIRA condenado em primeira instância a 49


anos de prisão

• GENICLEI ALVES DOS SANTOS mulher de Jussivan Alves.


Condenação de 160 anos de prisão pena caiu para 15 anos
(uma redução de quase 90%).

Estudo de caso

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