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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

AMICUS CURIAE
PROF. RICARDO BARBOSA

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➢ Ingresso de terceiro num processo em curso

➢ Intervenção de terceiros

➢ Voluntária
➢ Provocada

➢ Fundamentos para as intervenções de terceiro

➢ Eficiência processual e a duração razoável do processo

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➢ Efeitos da intervenção no processo

➢ Efeito Subjetivo

➢ Efeito Objetivo

➢ Recurso cabível no tema da Intervenção de Terceiros


➢ Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre:
➢ IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

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➢ Cabimento

➢ Procedimento comum do processo de conhecimento

➢ Juizados Especiais Cíveis

➢ Não se admite intervenção de terceiros nos termos do art. 10


da Lei 9.099/95.
➢ Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao
processo de competência dos juizados especiais .

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➢ Intervenções típicas e atípicas

➢ Titulo III do Livro III do CPC


➢ Assistência
➢ Denunciação da Lide
➢ Chamamento ao processo
➢ Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica
➢ Amicus Curiae

➢ Legislação Extravagante

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➢ Intervenções de terceiros atípicas

➢ Intervenção da Lei 9.469/1997

➢ Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem,


como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades
de economia mista e empresas públicas federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão,
nas causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos,
de natureza econômica, intervir, independentemente da
demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de
fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais
reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer,
hipótese em que, para fins de deslocamento de competência,
serão consideradas partes.
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➢ Ação de Alimentos
➢Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua
educação.

➢ Processo de execução e cumprimento de sentença


➢ Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da
avaliação, requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
§ 5 o Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indicados no art. 889,
incisos II a VIII, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo
bem, pelo cônjuge, pelo companheiro, pelos descendentes ou pelos
ascendentes do executado.

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➢ Ação probatória autônoma

➢ Assistência provocada para produção antecipada de


provas

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Amicus Curiae

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➢Tem a função de dar novas informações para instrumentalizar
o julgado na tarefa de interpretar e aplicar o direito ao caso
concreto, servindo para ampliar os horizontes de
conhecimento da matéria que está sendo examinada.

➢Amplia o debate e a dialeticidade do processo.

➢É uma modalidade intervenção de terceiro.

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➢ Amicus Curiae x Perito

➢ Serve para ampliar o conhecimento de questões técnicas.


➢ Não recebe nenhuma remuneração.
➢ Atuação parcial no processo.

➢ Atua para esclarecer fatos no processo.


➢ Recebe os honorários periciais.
➢ Atua com imparcialidade no processo.

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➢ Previsão legal no direito brasileiro
➢ Art. 31 da Lei 6.385/76 (Comissão de Valores Mobiliários);
➢ Art. 118 da Lei 12.529/11 (Regulamenta o CADE);
➢ Art. 7º da Lei 9.869/99 (Lei da ADI e ADC);
➢ Art. 138 do Código de Processo Civil.

➢ Especificamente ainda está previsto no CPC


➢ Art. 950 §§ 1ª a 3ª - Incidente de arguição de inconstitucionalidade em
tribunais;
➢ Art. 983 – Incidente de resolução de demandas repetitivas;
➢ Art. 1.035 § 4ª - Repercussão geral para admissibilidade de recurso
extraordinário;
➢ Art. 1038 - Julgamento de recurso extraordinário e especial repetitivos.

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➢ Requisitos para intervenção do Amicus Curiae

➢ Relevância da matéria – o direito material envolvido possui grande


valor para o sistema jurídico.

➢ Especificidade do tema – a questão discutida envolve tema que vai


além da perspectiva jurídica.

➢ Repercussão social da controvérsia – diz respeito às questões que


envolvem direitos que atingem muitas pessoas ou determinados
grupos ou categorias.

Tais requisitos são alternativos, bastando uma das hipóteses legais


acima para admissão da internação do Amicus Curiae
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➢ Legitimados para requerer a intervenção
➢ Art. 138 – O juiz ou o relator, considerando a relevância da
matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a
repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de
quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo
de 15 (quinze) dias de sua intimação.

➢ O juiz/relator poderá deferir de oficio, podendo ainda a


parte, Ministério Público e quem pretenda manifestar-se
como Amicus Curiae.

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➢ Quem pode ser Amicus Curiae

➢O art. 138 do CPC estabelece:


➢ Pessoa Natural ou Jurídica, órgão ou entidade
especializada que tenham representatividade adequada.
➢ O ingresso do interveniente independe de autorização
ou concordância daqueles que representam.
➢ Interesse jurídico x interesse no sentido lato.

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➢ Poderes do Amicus Curiae
➢ O art. 138 § 2º do CPC define que “Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar
ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.”

➢ O Amicus Curiae não tem os mesmo poderes processuais das partes.

➢ Estatui ainda o art. 138 §§ 1º e 3º que o Amicus Curiae não pode interpor recursos em
geral, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a interposição de recurso
contra decisão que julgar incidente de demandas repetitivas.

➢ Deferida a intervenção o Amicus Curiae terá prazo de 15 dias para se manifestar sobre a
questão que motivou a sua intervenção.

➢ A decisão que admite ou denega a intervenção do Amicus Curiae, deve ser


fundamentada, como qualquer outra decisão, contudo, tal decisão é irrecorrível.

➢ A intervenção de Amicus Curiae não pode gerar a modificação da competência.


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Intervenção de Terceiros
Amicus Curiae
Prof. Ricardo Barbosa

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