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DADOS GERAIS:

João Pedro, 22 anos.

Acadêmico de Fisioterapia.

Devido às complicações econômicos decorrentes da emergência da pandemia de COVID-19,


precisou iniciar sua jornada laboral como vendedor em uma loja de roupas.

Mesmo cumprindo devidamente o isolamento social, saindo apenas para trabalhar, contraiu
o vírus da COVID-19.

João, na busca de tratamento para esse adoecimento, dirigiu-se à Unidade Básica de Saúde
mais próxima de sua casa.

Psicologia:

Anterior a qualquer sofrimento psíquico promulgado pela infecção do vírus da COVID-19,


João já apresentava quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Estresse frequente decorrente da dificuldade de acompanhamento das aulas virtuais e do


conflito de horários frente os compromissos estudantis e laborais.

Sob condições de isolamento, seus sintomas físicos começaram a se agravar. Batimentos


acelerados, dor de cabeça frequente, falta de ar, aperto no peito e dores musculares.

Unido a todos esses quadros ansiogênicos, João vivia em constante ansiedade frente o
receio de contrair o vírus da COVID-19 no trabalho. Constantemente, vinculava
erroneamente os sintomas decorrentes de seu TAG aos sintomas do Covid, que podem se
assemelhar.

Contraída a doença, para além dos poucos sintomas que manifestou pela infecção de Covid,
seus traços ansiosos potencializaram-se significativamente.

O medo frente à morte, o receio de contaminar outros indivíduos e a situação de completo


isolamento em seu quarto longe de qualquer contato familiar ou laço social, intensificaram
seus sintomas ansiosos.
Após o encaminhamento da enfermaria, João se dirigiu ao Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) também mais próximo de sua residência.

Neste estabelecimento, teceu contato com um profissional do campo da psicologia apto a


acolher suas demandas.

A priori, o psicólogo indagou João acerca de suas condições relacionadas à conectividade


virtual. Ao assentir quanto a possibilidade de mantimento de contato por meio do celular,
João e o psicólogo começaram um acompanhamento remoto, a fim de evitar qualquer
contaminação viral de COVID-19.

No que concerne à atuação do psicólogo na Atenção Básica, então, é importante destacar a


preponderância desse profissional no estudo minucioso do contexto no qual a manifestação
da demanda do paciente transcorre.

Desse modo, “conhecimento sobre epidemiologia, fatores psicossociais de vulnerabilidade


para doenças físicas, habilidades de relacionamento interpessoal, familiaridade com outras
áreas de conhecimento, como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, entre outras,
são importantes e necessárias para a atuação profissional do (a) psicólogo (a) da saúde”
(CASSEB 2011).

“Todo problema de saúde é também – e sempre – de saúde mental, e que toda saúde mental
é também – e sempre-- produção de saúde” (Brasil, 2003, p.3)

Nesse sentido, no que concerne o acompanhamento de João Pedro, o psicólogo poderia


fazer a triagem adequada e, assim, iniciar a intervenção necessária caso o TAG seja também
percebido por este profissional.

Portanto, deve-se repassar ao paciente os encaminhamentos adequados quanto a


imprescindibilidade do autocuidado frente contextos pandêmicos

Poderia partir do psicólogo, para além do processo de acolhimento e escuta terapêutica


individual, outros artifícios que poderiam promover a ratificação de um estado de bem-estar
psíquico ao paciente.

Logo, precisa-se estudar as preferências, gostos e opções de lazer do João, a fim de que
ocorra união dessas questões ao processo terapêutico, fortalecendo o vínculo.
Então, poder-se-ia haver, se acordado pelo paciente, repassagem de atividades assíncronas
como análise de filmes e músicas, jogos terapêuticos, biblioterapia (leitura e comentário de
algum livro) e atividades de pintura, por exemplo. Sendo todo esse processo, se possível,
através de mediação virtual.

Somado a tudo isso, poderia haver, também, a tecitura de contatos com os familiares de
João, a fim de integrá-los no seu processo de acompanhamento.

Por fim, partindo do pressuposto de que a alimentação detém de imensa capacidade


influenciadora no humor, o psicólogo poderia encaminhar o paciente ao nutricionista. A fim
de que, assim, ocorra a repassagem adequada das instruções necessárias ao aprimoramento
dos hábitos alimentares.

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