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Resumo
O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do
Serviço Social, relacionados com o contexto da sociedade contemporânea, em que os
desafios postos à categoria profissional devem ser identificados e enfrentados com novas
perspectivas crítico propositivas de intervenção, para a construção de um projeto societário
mais cidadão e a reafirmação do projeto ético-político da profissão.
1. Introdução
Os processos que vivenciamos na atualidade, decorrentes das mudanças estruturais
advindas das transformações sócio-históricas, nas relações entre o Estado e a sociedade,
submetida à ordem financeira do grande capital, incidem diretamente no ser e fazer
profissional.
Ressaltamos que esse contexto altera a demanda de trabalho do Assistente Social,
modifica o mercado de trabalho, altera os processos de trabalho e as condições em que se
realizam, nos quais os assistentes sociais ingressam enquanto profissionais assalariados.
Embora regulamentado como uma profissão liberal na sociedade, o Serviço Social
não se realiza como tal. O Assistente social não detém todos os meios necessários para a
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Assistente Social da Fundação de Assistência Social e Cidadania/ FASC
3. Considerações
O Assistente Social dispõe de um espaço de autonomia que pode ser ampliado ou
não, conforme a capacidade de vislumbrar estratégias de mediação que substituam velhas
fórmulas assistencialistas e/ou ações em conjunção com propostas que vão ao encontro de
uma lógica excludente.
Portanto, fica evidente que a capacitação permanente dos profissionais, à luz dos
princípios do Código de Ética profissional, como forma de direcionamento do exercício
profissional, reafirma o projeto ético-político, para reafirmar, também, o compromisso
expresso com a qualidade dos serviços prestados e a busca permanente de um projeto com
conteúdo crítico - propositivo para o pensar e o agir do Assistente Social, indo ao encontro
da transformação social desejada pela categoria profissional e sinalizando para a construção
de novos caminhos em busca de uma sociedade mais justa, com universalização dos
direitos e realmente democrática.
Diante deste contexto, outros expedientes como os movimentos sociais, inclusive da
categoria profissional, devem ser novamente pensados e redimensionados de maneira a
tornarem-se alternativas para um trabalho de base, de mobilização, de educação, de
organização popular em contraposição à naturalização do discurso neoliberal.
Aliados a isto se tornam necessário à elaboração e publicação de material sobre a
área, a matéria e a unidade do Serviço Social, em articulação com unidades de ensino e
outras entidades da categoria, de acordo com o projeto ético-político da profissão.
4. Referências Bibliográficas
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. São Paulo: Cortez, 2001.