A família é o agrupamento de pessoas mais antigo que existe,
o modelo de família consistia em pai-mãe-prole, o que era considerado ideal, fazendo com que os outros tipos de família fossem considerados desestruturados e incongruentes. Porem há inúmeras estruturas familiares, dentre elas podemos destacar: família monogâmica (apenas um parceiro), família consanguínea (casamento entre irmãos carnais), família punaluana (casamento com os maridos ou esposas dos irmãos ou irmãs), família sindiásmica (casamento sem obrigação de morar junto) e família patriarcal (casamento de um só homem com diversas mulheres). É na família que ocorrem os primeiros aprendizados dos hábitos e costumes da cultura. Exemplo: o aprendizado da língua, marca da identidade cultural e ferramenta imprescindível para que a criança se aproprie do mundo à sua volta. É importante ressaltar que as funções da família são repartidas com agencias educacionais, exemplo: as creches. As crianças estão entrando nas instituições de educação cada vez mais cedo. A importância da primeira educação é tão grande na formação da pessoa que podemos compará-la ao alicerce da construção de uma casa. A relação entre família e sociedade precisa ser saudável e contínua. Os tabus precisam ser deixados de lado para haver um bom dialogo dos pais para com os filhos. Logo nos primeiros anos de vida, a criança depende da família tanto física quanto psiquicamente, passa a ter uma noção da cultura do meio em que se encontra, as ligações afetivas são internalizadas e a necessidade de atenção, amor e carinho deve ser suprida. Ao nascer a criança sente algo relacionado a indiferença em relação ao mundo. Nesta fase seu único mundo é a mãe e de forma gradual começa a entender suas necessidades e o mundo externo. A relação da linguagem e mundo está inteiramente ligado ao desenvolvimento humano. A linguagem é a condição básica para que a criança seja inserida no mundo externo, para que entenda o significado das coisas, dos objetos, das situações, entre outros. Ter noção das coisas faz com que a criança tenha noção do que é permitido ou não, o que possibilita a compreensão da realidade. A convivência familiar serve como aprendizado para vivencias futuras em diferentes grupos humanos, funciona como treino para a convivência externa. Não existe família perfeita. Se o termo família fosse resumido em uma frase, seria: ``relação de amor e ódio ´´. A família, como lugar de proteção e cuidados, é, em muitos casos, um mito. Muitas crianças e adolescentes sofrem ali suas primeiras experiências de violência: a negligência, os maus-tratos, a violência psicológica, a agressão física, o abuso sexual. As pesquisas demonstram que, no interior da família, a principal vítima da violência física é o menino e, do abuso sexual, a menina. O pai biológico constitui-se no principal agressor. A violência doméstica também é um problema inserido nas famílias de todas as classes sociais. 90% dos agressores foram vítimas de algum trauma ou violência na infância ou adolescência, de acordo com pesquisas nacionais. Esses fatores mostram a necessidade do acompanhamento psicológico no desenvolvimento do ser humano, desde a infância até a fase adulta. A família, que deveria proteger, amar e cuidar de seus integrantes (filhos, sobrinhos, etc) acaba falhando neste papel, pelo menos na maioria dos casos. O que impulsiona traumas, falhas no desenvolvimento, possíveis colapsos, dentre outros fatores. A sociedade por sua vez, desempenha um papel de integração e interação na vida da criança. Com isso é necessária uma parceria da família para com a sociedade e seus meios, afinal o que está em jogo é o benefício geral para o indivíduo. Dialogar é importante, deixar os tabus de lado é essencial.