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ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

CIVIS DA UNIÃO, AUTARQUIAS E


FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS.
LEI Nº 8.112 DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
COM ADAPTAÇÕES E OBSERVAÇÕES RELATIVAS A SUA APLICABILIDADE
NO ÂMBITO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO DISTRITO FEDERAL.
ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO,
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS.
LEI 8.112 DE 11 DE DEZEMBRO DE 19901.

1. AGENTES PÚBLICOS

Agente público é pessoa com ou sem vínculo com a Administração que – a título oneroso ou gratuito – exerce
atividade de Estado em caráter permanente ou transitório. Os agentes públicos são categorizados da seguinte maneira:
a) Agentes políticos: são aqueles cujas funções são definidas pela Constituição Federal. Podem exercer suas
funções em caráter transitório (mandato) ou permanente, em caráter vitalício. São os ocupantes dos mais altos
cargos nos três poderes, como os juízes, parlamentares e chefes do Poder Executivo.
b) Agentes honoríficos: são particulares convocados pela Administração para o exercício de atividade em caráter
transitório e, em regra, gratuito. Exercem apenas função, jamais ocupando cargo público, embora sejam
equiparados aos funcionários públicos para efeitos penais (art. 327 do Código Penal Brasileiro).
c) Agentes delegados: também são particulares a quem o Estado delega o exercício de uma atividade, seja a
execução de uma obra ou a prestação de um serviço. O agente delegado executa a atividade em nome próprio,
mas sob responsabilidade do Estado. Em regra, o processo de delegação se inicia com um certame licitatório
que seleciona o agente delegado. A delegação é normalmente feita mediante concessão, permissão ou
autorização.
d) Agentes credenciados: são representantes da Administração em atividades específicas, mediante remuneração.
e) Agentes administrativos: são aquelas pessoas que possuem vínculo profissional com a Administração. A
doutrina os divide em três categorias, de acordo com o vínculo jurídico entre eles e a Administração:
 Empregados públicos: o vínculo é contratual e o regime jurídico é trabalhista. Os empregados públicos
são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, conforme o disposto na Lei 9.962/2000. A
contratação de empregados públicos é feita por meio de concurso público, de acordo com a complexidade
e a natureza do emprego.
 Servidores temporários: são previstos pela Constituição Federal (art. 37, IX), cuja regulamentação
ocorreu com a Lei 8.745/93. Não são ocupantes de cargo nem possuem emprego público. A natureza do
vínculo é diferenciado. A seleção é feita não por concurso, mas por processo seletivo simplificado. Os
servidores temporários são vinculados ao Regime Geral de Previdência Social (Lei 8.213/91).
 Servidores públicos: são os ocupantes de cargo público. O regime jurídico dos servidores públicos
federais é estabelecido pela Lei 8.112/90 e aplica-se aos ocupantes de cargos públicos na Administração
Direta dos três poderes e na Administração indireta (fundações e autarquias). A Constituição estabeleceu
as regras gerais de ingresso nas carreiras do serviço público, bem como as regras fundamentais relativas à
remuneração, ao regime de aposentadoria e à acumulação de cargos.
A Lei 8.112/90 é, portanto, o estatuto dos servidores públicos federais da União e abrange tanto aqueles que
atuam na Administração direta (órgãos públicos) quanto nas autarquias e fundações públicas. Resta claro, portanto,
que as empresas públicas e sociedades de economia mista – por não possuírem em seus quadros servidores públicos,
mas apenas empregados públicos – não se utilizam do diploma legal em tela, mas de dispositivos diversos 2.
2. SERVIDORES PÚBLICOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

a) Acesso: Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros e aos estrangeiros na forma da lei (art. 37, I, da
Constituição Federal). Resta claro que tanto brasileiros natos quanto naturalizados podem ocupar cargos
públicos. As restrições aos estrangeiros e aos brasileiros naturalizados dizem respeito apenas a alguns cargos
de natureza especial (art. 12, parágrafo 3ª, da Constituição Federal). Esses cargos, no entanto, não são
ocupados por servidores públicos, mas por agentes políticos, conforme já dito antes.
b) Investidura: A investidura é determinada pela natureza do provimento do cargo. A prévia aprovação em
concurso público é exigência para investidura em cargos de provimento efetivo. Os cargos em comissão são
de livre nomeação e destituição.
c) Acumulação: Em regra, é proibida (art. 37, XVI, da Constituição Federal). As exceções são dois cargos de
professor, um de professor com outro técnico ou científico de nível superior, dois cargos na área de saúde. Em
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Inclui observações relativas à aplicação desta lei no âmbito do serviço público do Distrito Federal.
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Vide a Lei nº 9962/2000. Sobre servidores temporários, vide a Lei nº 8745/93.
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qualquer caso, deve haver compatibilidade de horários. Os cargos inacumuláveis na atividade são também
inacumuláveis na inatividade.
A proibição de acumular cargos estende-se a empregos públicos e funções nas autarquias e fundações públicas
em qualquer nível federativo. Se a acumulação for lícita, a compatibilidade de horários deverá ser comprovada pelo
servidor.
Também é considerada acumulação ilícita a percepção simultânea de remuneração e de proventos oriundos de
cargos inacumuláveis.
Se for constatada a acumulação ilícita e esta tiver ocorrido de boa-fé, o servidor deverá optar – no prazo
improrrogável de dez dias a contar da data da ciência do fato pelo servidor – por um dos cargos. Caso não faça a
opção, será instaurado processo administrativo, de rito sumário, para regularização da situação. O prazo para a defesa
perante essa comissão é de cinco dias a contar da citação. Este é também o prazo para que seja feita a opção, o que
ainda caracteriza a boa-fé. O prazo para conclusão do processo é de 30 dias.
d) Estabilidade: A estabilidade é alcançada após três anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público (art. 41 da Constituição Federal). O servidor estável só poderá perder o cargo
após trânsito em julgado de sentença judicial ou mediante processo administrativo disciplinar ou, ainda, em
virtude de procedimento de avaliação de desempenho periódica. Em qualquer caso, será sempre assegurada a
ampla defesa.
3. DO CONCURSO À ESTABILIDADE

CANDIDATO  Concurso  Homologação do resultado  Nomeação  POSSE. A partir daqui o candidato


transforma-se em servidor.
SERVIDOR  Exercício no cargo  Decurso de prazo do estágio probatório (24 meses – art. 20 da Lei nº
8.112/90)  Decurso de prazo para aquisição da estabilidade  ESTABILIDADE NO CARGO.
4. SERVIDORES PÚBLICOS E CARGOS PÚBLICOS

Servidor público é pessoa investida em cargo público, que é um conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional da Administração Pública.
A criação de cargos depende de lei que estabeleça a denominação, o caráter (se de provimento efetivo ou em
comissão) e o vencimento a ser pago a título de contraprestação. É vedado o exercício de cargo em caráter gratuito
(art. 4º da Lei nº 8.112/90). A iniciativa da lei de criação dos cargos no serviço público federal obedece ao
seguinte:
 Poder Executivo: a iniciativa da lei é do chefe do Poder Executivo (Presidente da República) que, para tanto,
pode-se utilizar de Medida Provisória (não há vedação constitucional quanto a isso).
 Poder Legislativo: os cargos são criados por resolução (norma interna corporis) cuja iniciativa é da Mesa
Diretora da Casa Legislativa correspondente.
 Poder Judiciário: a iniciativa da lei é do Presidente do Tribunal correspondente e está sujeita à sanção
presidencial (o que não acontece nas demais hipóteses). O mesmo vale para o Tribunal de Contas da União.
Os cargos podem ser extintos por lei. Caso o cargo esteja vago, no entanto, existe a possibilidade de ele ser
extinto ou transformado por meio de decreto do chefe do Poder Executivo.
4.1. Provimento e vacância de cargos públicos
a) Tipos de provimento de cargos públicos
1. Provimento efetivo: A investidura acontece por nomeação e está condicionada à prévia aprovação em concurso
público. O servidor adquire estabilidade após o cumprimento do estágio probatório e após o transcurso do prazo
previsto na Constituição Federal. O período de duração do estágio probatório é de 24 meses e a estabilidade é
adquirida após três anos de efetivo exercício no cargo público. Tratam-se, pois, de institutos distintos. A
estabilidade acontece no serviço público e o estágio probatório é algo característico do cargo. Pode ocorrer de o
servidor ser estável no serviço público, mas estar cumprindo estágio probatório em outro cargo.
2. Provimento não efetivo: São os chamados cargos em comissão. O ingresso não está condicionado à prévia
aprovação em concurso público. A nomeação é livre, feita pela autoridade competente. A exoneração, igualmente,
é livre e prescinde de processo administrativo e de motivação expressa. Cabe observar, no entanto, que se houver
motivação expressa no ato de exoneração, restará vinculada esta ao motivo exposto. Caso o motivo seja declarado
inconsistente, resultará em anulação do ato de exoneração.
b) Formas de provimento de cargos públicos
1. Provimento originário: Não há vínculo anterior com a Administração. O provimento originário ocorre por meio
de nomeação.

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A nomeação para cargo público de provimento efetivo ocorre após a aprovação em concurso público.
Existem alguns critérios de observância obrigatória para a seleção de candidatos para ingresso no serviço público
por meio desse instrumento, previstos tanto na Lei nº 8.112/90 quanto na Constituição Federal:
 Pré-requisitos: Nacionalidade brasileira, gozo dos direitos políticos, quitação com as obrigações militares,
idade mínima de 18 anos e escolaridade compatível com o nível exigido para o exercício do cargo. Não há
previsão expressa de idade máxima, mas as regras de aposentadoria do serviço público inviabilizam o
ingresso nas carreiras dos maiores de 65 anos, conforme será visto mais adiante.
 Deficientes: A Constituição assegura a reserva de vagas aos portadores de deficiência, mas deixou o
percentual a ser definido pela lei. A Lei nº 8.112/90 definiu este percentual em, no máximo, 20% (art. 5º,
parágrafo 2º), desde que as atividades a serem desempenhadas sejam compatíveis com a deficiência. Pode,
portanto, ocorrer situações em que não será possível a abertura de vagas aos portadores de deficiência em
razão das características do cargo.
 Regulamento: O edital de convocação é a “lei” do concurso. É o instrumento que vincula candidatos e
Administração no âmbito do certame seletivo. O edital fixa o prazo de validade do concurso, as fases, o
tipo de seleção a ser realizado, dentre outras regras indispensáveis à seleção. O edital deve,
necessariamente, observar os princípios da publicidade e da razoabilidade.
 Validade e homologação: O prazo máximo de validade de um concurso público é de dois anos (art. 37, III,
da Constituição Federal e art. 12, parágrafo 1º, da Lei nº 8.112/90), sendo permitida uma prorrogação por
igual período. Há uma controvérsia caso o edital silencie quanto à possibilidade de prorrogação.
Majoritariamente, entende a doutrina e a jurisprudência ser possível prorrogar o prazo de validade do
concurso, ainda que o edital não mencione esta hipótese, não havendo, no entanto, obrigatoriedade quanto
a esta prorrogação3. A homologação consiste na verificação da adequação dos atos administrativos ligados
à realização do concurso. Deve ser feita pela autoridade competente e dentro do prazo fixado no edital.
 Abertura de novo concurso: A Lei nº 8.112/90 diz que na vigência de um concurso com prazo inicial (ou
seja, ainda não prorrogado) não expirado, não poderá ocorrer abertura de outro concurso. A Constituição
estabelece que, na vigência do prazo improrrogável do concurso, poderá haver abertura de novo certame,
desde que sejam observadas as normas quanto à convocação dos aprovados no concurso anterior.
 Nomeação e posse: Nomeação é ato administrativo unilateral e discricionário, que determina a
investidura em cargo público. O prazo para a nomeação é o da validade do concurso. Esse ato é parte de
um ato de investidura completado com a posse. Entende-se por posse o ato solene e formal que completa a
nomeação. Deverá ser realizado pessoalmente ou, em casos excepcionais, por meio de procuração
específica, cujo aceite ficará condicionado à aprovação da Administração. No ato da posse, o candidato
declara aceitar os termos do estatuto dos servidores e assume, oficialmente, o status de servidor público.
No ato da posse, o candidato assina um termo, no qual constam as atribuições, deveres, responsabilidades
e direitos inerentes ao cargo ocupado. O prazo para a posse é de trinta dias4 a contar da data de
publicação do ato de provimento, sob pena de perda do efeito do ato de nomeação.
O prazo para a posse é suspenso nas seguintes hipóteses:
- Licenças: por motivo de doença em pessoa da família; para serviço militar; para capacitação; gestante,
adotante ou paternidade; para tratamento da própria saúde e por acidente de serviço ou doença
profissional.
- Afastamentos: férias; participação em programa de capacitação; júri e outros serviços obrigatórios por
lei.
- Documentos exigidos para a posse: No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores
que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
função pública.
 Exercício: Deve se iniciar em, no máximo quinze dias5 a contar da data da posse, sob pena de
exoneração ex officio. É a partir do exercício que se inicia a contagem do tempo de serviço, do estágio
probatório e do decurso de prazo para a aquisição da estabilidade. Também é a partir do exercício que o
servidor passa a fazer jus às vantagens e aos direitos decorrentes do exercício do cargo.

2. Provimento derivado: Acontece quando já existe vínculo anterior com a Administração.

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Vide decisão proferida pelo Conselho Nacional de Justiça proferida no julgamento do PCA 73/2006 contra a Resolução nº
1111/2005 do TST. A doutrina, majoritariamente, entende que a prorrogação do prazo de validade do concurso público é ato
discricionário.
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No caso dos servidores públicos do Distrito Federal, este prazo é de vinte e cinco dias (Lei nº 197/91).
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Cinco dias úteis, no caso dos servidores públicos do Distrito Federal.
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 Readaptação: É o ingresso em cargo compatível com a limitação física ou mental superveniente. Deve ser
feita em cargo com escolaridade e vencimentos compatíveis ao anteriormente ocupado. Caso não haja
cargo vago que atenda aos requisitos da readaptação, o servidor exercerá a função como excedente.
 Reversão: Trata-se do retorno às atividades do servidor aposentado, quando junta médica oficial declarar
insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez ou, ainda, caso exista interesse por parte da
Administração e haja solicitação de retorno por parte do servidor, que, obrigatoriamente, deveria ser
estável quando em atividade. O cargo a ser ocupado deverá estar vago e a aposentadoria tenha ocorrido
nos cinco anos anteriores à solicitação de reversão. Deverá ocorrer no mesmo cargo que, caso esteja
ocupado, também resultará em exercício da função como excedente. A reversão é motivada pela
declaração feita por junta médica oficial de insubsistência dos motivos da aposentadoria. O servidor que já
tiver completado 70 anos de idade não poderá ser submetido à reversão.
 Reintegração: É o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado. Se o cargo estiver
ocupado, o ocupante será reconduzido ou posto em disponibilidade, conforme a sua situação. O servidor
reintegrado sempre ocupará preferencialmente o cargo que ocupava antes da demissão.
 Recondução: Outra hipótese de retorno ao cargo anteriormente ocupado pelo servidor. Neste caso, ocorre
em virtude de inabilitação em estágio probatório ou de reintegração do ocupante anterior do cargo. Se o
cargo anteriormente ocupado pelo reconduzido estiver ocupado, ele será aproveitado em outro cargo.
 Aproveitamento: Retorno do servidor posto em disponibilidade. Neste caso, o cargo a ser provido deverá
estar vago e os vencimentos, atribuições e nível de escolaridade deverão ser compatíveis com o cargo
ocupado antes da disponibilidade.
 Promoção: Trata-se, simultaneamente, de forma de provimento e de vacância de cargo. O servidor deixa
de ocupar um cargo e passa a ocupar outro, dentro da mesma carreira. As regras para promoção são
definidas por leis e regulamentos próprios de cada carreira 6.

3. Vacância de cargos públicos: A lei prevê as hipóteses que permitem a declaração de vacância do cargo público.
Vale lembrar que algumas formas de provimento derivado vistas anteriormente – readaptação, promoção e
recondução – também são hipóteses de vacância de cargo. São formas exclusivamente de vacância de cargo:
 Aposentadoria
 Posse em outro cargo inacumulável. Neste caso, é feita declaração de vacância, para garantir ao
servidor o direito à recondução.
 Falecimento
 Exoneração. A exoneração do cargo efetivo pode ocorrer a pedido do servidor ou de ofício. Neste
último caso, as hipóteses são as seguintes:
- Não satisfeitas as condições do estágio probatório
- Não houver o servidor entrado em exercício dentro do prazo legal
- Comprometimento dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar nº 101/2002).
Também existe a possibilidade de exoneração dos servidores ocupantes de cargos em comissão, o que
poderá ocorrer a pedido do servidor ou a juízo da autoridade que o tenha nomeado.
 Demissão, cassação da disponibilidade e da aposentadoria. Todas essas hipóteses dependem de prévio
processo administrativo disciplinar.
 Destituição do cargo em comissão. A destituição tem caráter punitivo.
5. ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE

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Além dessas, aos servidores do Distrito Federal aplica-se ainda a transferência como forma de provimento derivado. A
transferência foi revogada no âmbito federal pela Lei nº 9.527/97. Vale dizer que o Supremo Tribunal Federal considera a
transferência inconstitucional (ADIN nº 837-MC/DF, de 23/4/1993). Essa é a letra do artigo que trata deste tema no âmbito do
Distrito Federal:
Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a
quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder.
§ 1º A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço, mediante o preenchimento de
vaga.
§ 2º Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de outro
órgão ou entidade. (grifos acrescentados).
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 Estágio probatório7: É um instrumento que tem por objetivo avaliar o servidor. Os critérios de avaliação
estão elencados no art. 20: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e
responsabilidade. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à
homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados.
O estágio probatório tem caráter eliminatório e é obrigatório para todos os servidores que ingressem
em uma carreira, sejam eles estáveis (caso de vacância) ou não.
Durante o período de estágio probatório, o servidor pode exercer quaisquer cargos de provimento em
comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de
provimento em comissão do Grupo - Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
equivalentes.
Durante o estágio probatório, o servidor faz jus a todas as licenças e afastamentos previstos pela lei,
exceto a licença para tratar de interesses particulares (art. 81, VI) e para desempenho de mandato classista
(art. 81, VII).
 Estabilidade: A estabilidade é uma garantia dada ao servidor de que este só perderá o cargo em virtude de
decisão judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo disciplinar, assegurada ampla
defesa. Há ainda a possibilidade de perda do cargo por insuficiência de desempenho, também assegurada
ampla defesa. A estabilidade é adquirida após três anos de efetivo exercício e ocorre no serviço público,
independentemente do cargo ocupado.
A perda do cargo para os servidores estáveis pode se dar por exoneração (sem caráter punitivo) ou
por demissão (com caráter punitivo). A exoneração ocorrerá na hipótese de sentença judicial transitada
em julgado ou por insuficiência de desempenho. A demissão é pena resultante de processo administrativo
disciplinar
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) prevê limitações aos gastos com o
pagamento dos servidores. Caso ocorra o comprometimento acima dos percentuais fixados, os entes
federativos precisam cortar gastos e, para isso, poderão exonerar servidores efetivos. Os limites
estabelecidos pela lei são os seguintes: 50% da receita corrente líquida para a União e 60% da receita
corrente líquida para os Estados, Distrito Federal e Municípios. Os cortes de pessoal devem ser feitos,
observando-se a regra estabelecida no art. 169, parágrafos 3º e 4º da Constituição Federal (corte dos
cargos em comissão, em pelo menos 20%, exoneração dos servidores não estáveis e, por fim, exoneração
de servidores estáveis).
 Disponibilidade: A estabilidade também protege o servidor com relação à extinção ou declaração de
desnecessidade do cargo no curso do exercício das suas atividades. Caso o cargo seja extinto, o servidor
estável será posto em disponibilidade (o servidor permanece sem exercer atividade, recebendo
remuneração proporcional ao tempo de serviço, enquanto não for aproveitado em outro cargo). Não há
limite de tempo para a disponibilidade e o servidor permanecerá vinculado à Administração, inclusive no
que diz respeito às vedações relativas ao acúmulo de cargos. Em caso de aproveitamento, isto é, retorno
do servidor estável colocado em disponibilidade para ocupar um cargo vago e de natureza compatível com
o que ele ocupava anteriormente. Trata-se de retorno obrigatório, a ser realizado no prazo máximo de
quinze dias, sob pena de cassação da disponibilidade.

6. DIREITOS E VANTAGENS

a) Vencimento e remuneração: Vencimento é a retribuição pela prestação de serviço devida pela Administração
ao servidor. Seu valor é fixado em lei. Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas pela lei. O vencimento, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes é
irredutível e não é permitido nenhum desconto, salvo por imposição legal ou mandado judicial.
A remuneração do servidor não pode ser inferior ao salário mínimo (art. 41, parágrafo 5º). Nenhum servidor
poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como
remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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No âmbito do Distrito Federal, o estágio probatório é regulamentado pela Lei nº 3.648/2005. Dentre outras peculiaridades,
esta lei estabelece o prazo de três anos de duração do estágio probatório (Art. 2º).
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b) Vantagens: As vantagens percebidas pelo servidor público podem ser de três tipos: indenizações, gratificações
e adicionais.

 Indenizações: Decorrem de uma situação que resulta em aumento de despesa por parte do servidor em
razão do desempenho das suas funções. Os valores são fixados em legislação específica e em
regulamentos. As indenizações são as seguintes:
- Indenização de transporte: É devida quando o servidor utiliza meio próprio de locomoção para o
desempenho de suas funções. O pagamento é regulamentado por normatização interna de cada órgão ou entidade.
- Ajuda de custo: Paga ao servidor que terá que exercer suas funções em nova sede (outro município). Tem
por objetivo custear as despesas de instalação em caráter permanente. É vedado o pagamento de ajuda de custo caso o
cônjuge ou companheiro do servidor tenha exercício na mesma sede. O limite para pagamento é de três remunerações.
O transporte do servidor para a nova sede corre por conta da Administração.
- Diárias: São pagas em razão do afastamento eventual do servidor para exercício de suas funções em outro
ponto do país ou no exterior. Se o afastamento for característico do cargo, não haverá pagamento de diárias (poderá
haver outro tipo de indenização, como, por exemplo, a indenização de transporte). Se não houver pernoite, a diária é
devida pela metade.
- Auxílio moradia: Criado pela Lei nº 11.355/2006, é devido ao servidor que passe a ocupar cargo em
comissão ou função de confiança DAS 4, 5 ou 6, de natureza especial ou Ministro de Estado e equivalentes. Caso o
cônjuge ou companheiro ocupe imóvel funcional ou alguém que more com o servidor já receba o auxílio moradia, não
será permitido o pagamento.

 Gratificações e adicionais: São devidas em função de características próprias do cargo ocupado ou das
funções desempenhadas.
- Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento: É devida ao servidor ocupante de
cargo em comissão ou função de confiança. Não pode ser incorporada à remuneração de maneira definitiva.
- Gratificação natalina8: Devida à ordem de 1/12 da remuneração a que fizer jus o servidor no mês de
dezembro por mês trabalhado. Para efeito de pagamento dessa gratificação, considera-se mês integral a fração superior
a 15 dias.
- Adicional por tempo de serviço: Devido na ordem de 5% para cada cinco anos de efetivo exercício. Esse
percentual incide sobre o vencimento.
- Adicional por serviço extraordinário: O acréscimo é calculado em 50% sobre o valor da hora normal,
limitado o pagamento a duas horas diárias.
- Adicional noturno: Acréscimo de 25% em relação à hora normal. Por período noturno, compreende-se
aquele entre as 22 horas e as 5 horas do dia seguinte. Para efeito de cálculo, a hora noturna tem duração de 52 minutos
e 30 segundos.
- Adicional de férias: Acréscimo de 1/3 na remuneração devida ao servidor no gozo das férias. Para o cálculo
do adicional de férias, leva-se em conta as vantagens referentes ao desempenho de função de confiança. A data limite
para o pagamento do adicional é de dois dias antes do início do período de gozo de férias. Em caso de fracionamento
das férias, o adicional será pago antes do gozo do primeiro período.
- Adicional de insalubridade: É devido quando a atividade do servidor envolve risco à saúde. O percentual
varia entre 10 e 20% sobre o vencimento, conforme o grau de insalubridade.
- Adicional de periculosidade: Neste caso, a atividade desenvolvida envolve riscos à segurança do servidor. O
percentual devido é de 15% sobre o vencimento.
- Adicional de atividade penosa: A atividade desempenhada em zona de fronteira ou em localidades cujas
condições justifiquem o pagamento de adicional. O percentual devido é de 15% do vencimento e a regulamentação
varia de acordo com a categoria profissional.
- Gratificação por encargo de curso ou concurso: Esta gratificação foi criada pela Lei nº 11.314/2006. É
devida ao servidor que atuar como instrutor em curso de formação, desenvolvimento ou treinamento instituído no
âmbito da Administração Pública federal. É devida ainda àqueles servidores que participarem de banca examinadora
ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de
questões de provas ou para julgamento de recursos interpostos por candidatos. Quem, ainda, participar de atividades
de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultados, quando tais atividades não estiverem
incluídas entre as atribuições permanentes do servidor, também fará jus a essa gratificação.

7. AFASTAMENTOS, LICENÇAS E CONCESSÕES

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No âmbito do Distrito Federal, é denominada gratificação natalícia e é paga no mês de aniversário do servidor (Lei nº
3.279/2003).
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7.1 Afastamentos
Os afastamentos caracterizam-se pela ausência justificada do servidor do exercício diário de suas funções em
razão de uma situação transitória. Existem três hipóteses de afastamento.
- Para servir em outro órgão ou entidade: A cessão de servidor para exercício de cargo ou função de confiança
e nas demais hipóteses previstas em lei ou regulamento. A cessão é feita mediante publicação de portaria no Diário
Oficial. No caso de exercício de função ou cargo de confiança, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade
cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
- Para exercício de mandato eletivo: A regra de afastamento e a opção pela remuneração dependerão do cargo
para o qual o servidor tenha sido eleito:

CARGO REMUNERAÇÃO AFASTAMENTO


Federal, estadual ou
Cargo eletivo Obrigatório
distrital
Prefeito Pode optar pela remuneração Obrigatório
Pode acumular as remunerações, caso haja
Não é obrigado a se afastar do cargo efetivo,
Vereador compatibilidade de horários e não houver
caso haja compatibilidade de horários.
afastamento.

- Para estudo ou missão no exterior: Deve ser autorizado pelo chefe do Poder correspondente, pelo período
máximo de quatro anos. A carência para nova concessão será de quatro anos, período durante o qual não poderá ser
concedida exoneração a pedido do servidor nem licença para tratamento de assunto particular (art. 91).
7.2 Licenças
 Por motivo de doença em pessoa da família 9 (art. 83): Limitada a, no máximo, sessenta dias de
afastamento, consecutivos ou não, podendo ser prorrogada por até 90 dias, neste caso, sem remuneração.
Esses prazos são contabilizados a cada doze meses. Consideram-se pessoas da família: cônjuge ou
companheiro, os pais, os filhos, padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e
conste do assentamento funcional do servidor.
 Por afastamento do cônjuge ou companheiro (art. 84): Concedida quando o cônjuge ou companheiro do
servidor for afastado para exercício de mandato eletivo. Não há remuneração nem limite para o exercício
da licença. Caso haja, na nova sede, cargo público vago compatível com aquele anteriormente ocupado
pelo cônjuge, existe a possibilidade de exercício provisório.
 Para o Serviço Militar (art. 85): Tem a duração da prestação do serviço militar. Findo o período de
prestação, o servidor terá 30 dias improrrogáveis e sem remuneração para retornar ao trabalho.
 Para atividade política (art.86): Licença não remunerada fruída entre a escolha partidária e o registro da
candidatura junto a Justiça Eleitoral. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da

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A lei distrital que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos do Distrito Federal limita esta licença a 24 meses (art.
81, parágrafo 2º).
13
eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período
de três meses. Caso não seja eleito, o servidor deverá retornar ao trabalho em no máximo 10 dias a contar
da data de realização do pleito.
 Para capacitação10 (art.87): É a antiga licença-prêmio por assiduidade. A cada cinco anos, o servidor
pode se afastar do exercício das suas funções por até três meses para participar de curso de capacitação
profissional. A remuneração permanece inalterada. Os períodos de gozo da licença para capacitação são
inacumuláveis.
 Para tratamento da própria saúde: A licença que exceder o prazo de cento e vinte dias no período de
doze meses a contar do primeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica
oficial. A licença para tratamento de saúde inferior a quinze dias, dentro de um ano, poderá ser dispensada
de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
 Por acidente em serviço: Licença decorrente de dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se
relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. Equipara-se ao acidente em
serviço o dano decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo e o
sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa
 Para tratar de interesses particulares (art. 91): O servidor poderá obter essa licença – a critério da
Administração – pelo prazo máximo de 3 anos, podendo ser interrompida a qualquer tempo tanto pelo
servidor quanto pela Administração. A licença de que trata este artigo não é remunerada e só será
concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo e que não esteja em estágio probatório.
 Para exercício de mandato classista (art.92): Concedida para o desempenho de mandato em
confederação, federação ou associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria
ou entidade fiscalizadora da profissão, dentre outros. A concessão é feita sem remuneração e é vedada aos
servidores em estágio probatório.
 Licença gestante ou adotante e paternidade (art.207): Com a modificação introduzida pela Lei nº
11.770/2008, a licença-maternidade passou a ser de 180 dias consecutivos, contados a partir do primeiro
dia do nono mês de gestação, ou a partir do parto, em caso de nascimento prematuro. Em caso de
natimorto, a licença será de 30 dias, sujeitos a prorrogação de acordo com avaliação médica. Também é de
30 dias a licença em caso de aborto.
A servidora que adotar criança até um ano de idade terá direito a licença de 90 dias. Caso a criança seja
maior de um ano, o prazo será de 30 dias.
Pelo nascimento ou adoção, o servidor fará jus a licença-paternidade de cinco dias consecutivos.

7.3 Concessões
 Doação de sangue: um dia.
 Alistamento eleitoral: dois dias.
 Casamento: oito dias
 Falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou
tutela e irmãos: oito dias.

10
No âmbito do Distrito Federal, os servidores ainda fazem jus à licença-prêmio por assiduidade. Esse é o texto vigente, de
acordo com a Lei nº 197/91:
Art. 87. Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença, a título de prêmio por
assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo.
§ 1º (Vetado)
§ 2º Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecer serão convertidos em pecúnia,
em favor de seus beneficiários da pensão. (§ vetado pelo Presidente da República, mas mantido pelo Congresso Nacional).
Art. 88. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;
b) licença para tratar de interesses particulares;
c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1
(um) mês para cada falta.
Art. 89. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da
respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.
13
O servidor estudante ou portador de necessidades especiais terá direito a horário especial. No caso do servidor
estudante, deverá haver compensação de horários.

8. FÉRIAS

A duração para as férias é de 30 dias, podendo haver parcelamento em até três etapas. Diferentemente do que
ocorre no regime dos trabalhadores, para a concessão de férias não podem ser levadas em conta faltas ao serviço.
Os servidores que operam equipamentos de raios-X têm direito a 20 dias de férias por semestre (art. 79).
As férias podem ser interrompidas em caso de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri,
serviço militar ou eleitoral ou, ainda, por necessidade do serviço.
O período aquisitivo é de doze meses de efetivo exercício para o primeiro período de fruição de férias. A
partir de então, as férias podem ser fruídas desde o primeiro dia do ano, conforme quadro abaixo.
DATA DE POSSE PERÍODO AQUISITIVO PERÍODO DE FÉRIAS
23/12/2010 De 23/12/2010 a 22/12/2011 A partir de 22/12/2011
Considere a mesma data anterior e
Não há mais fluência de período
considere também que o primeiro A partir de 1/1/2012
aquisitivo
período de férias já se passou

O pagamento do adicional de férias corresponde a 1/3 da remuneração bruta e deve ser feito até o segundo dia
útil antes do início do período de gozo das férias. O servidor não sofre nenhuma alteração na remuneração no mês
subsequente ao gozo do período de férias.

9. REGIME DE SEGURIDADE SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS

9.1. Aposentadoria
a) Aposentadoria por invalidez: Pode ser integral ou proporcional ao tempo de contribuição. Em todos os
casos de aposentadoria por invalidez, esta será precedida de licença para tratamento de saúde por período
não excedente a vinte e quatro meses (art. 188, parágrafo 1º). Ao fim deste prazo, não estando o servidor
apto ao retorno ao trabalho, nem em condições de ser readaptado, será aposentado. O lapso de tempo entre
o fim da licença e a concessão da aposentadoria será contabilizado como prorrogação da licença.
 Com proventos integrais: Nos casos em que a invalidez permanente decorra de acidente em
serviço, moléstia profissional, doença grave, contagiosas ou incuráveis 11.
 Proporcional ao tempo de contribuição12: Nos demais casos não especificados. A qualquer tempo,
mediante avaliação de junta médica oficial, a aposentadoria.
b) Aposentadoria compulsória: Ao completar 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço13. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia
imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.
c) Aposentadoria voluntária com proventos integrais: A regra em vigor é a seguinte (alterações promovidas
pela Emenda Constitucional nº 20/98):
CRITÉRIO MULHERES HOMENS
IDADE 55 ANOS 60 ANOS
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 30 ANOS 35 ANOS
TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO 10 ANOS 10 ANOS
TEMPO NO CARGO 5 ANOS 5 ANOS
Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos para o professor que comprove exclusivamente
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

11
A lei lista como doenças graves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia
irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte
deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.
(art. 186, parágrafo 1º).
12
A expressão “tempo de contribuição” é extraída do art. 40, parágrafo 1º, I, da Constituição Federal.
13
A Lei nº 8.112/90 fala em “tempo de serviço”, mas a Constituição Federal (art. 40, parágrafo 1º, II, com redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20/98) fala em “tempo de contribuição”.
13
No caso de exercício de atividades consideradas insalubre ou perigosas, bem como nas atividades penosas, o
tempo de aposentadoria será regulamentado por legislação específica. Também fazem jus à contagem diferenciada os
portadores de deficiência.
A aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição é concedida aos homens após 30 anos de
serviço e às mulheres, após 25 anos. Será concedida aposentadoria proporcional ao tempo de serviço aos homens que
completarem 65 anos e às mulheres, aos 60 anos, mas que não tiverem preenchido o requisito de tempo de
contribuição.
9.2. Auxílios
a) Auxílio-natalidade: É pago à servidora parturiente ou ao cônjuge ou companheiro, caso a mãe não seja servidora. O
valor pago é igual ao menor vencimento do serviço público. Em caso de nascimento de múltiplos, o valor é acrescido
em 50% para cada nascimento. O auxílio-natalidade é devido mesmo em caso de natimorto.
b) Salário-família: Pago ao servidor por dependente econômico (cônjuge ou companheiro, filhos ou enteados menores
de 21 anos ou, se estudantes, até 24 anos e, se inválidos, sem limite de idade, pai, mãe, padrasto ou madrasta sem
economia própria). O salário-família não está sujeito a nenhuma espécie de tributação e continua a ser pago, mesmo
em caso de afastamento sem remuneração.
c) Auxílio-funeral: O valor é igual ao da remuneração ou provento a que fazia jus o servidor falecido. Caso haja
acumulação de remuneração ou de proventos, será paga a de maior valor. Será pago em, no máximo, 48 horas após o
funeral à pessoa que o tiver custeado. Se o falecimento ocorrer fora da sede em que o servidor trabalhava ou residia,
inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo serão custeadas pela entidade a qual o servidor estava
vinculado.
d) Auxílio-reclusão: É pago à família do servidor ativo. No caso de prisão em flagrante ou preventiva, o valor a ser
pago é de dois terços da remuneração. No caso de sentença condenatória será de metade da remuneração e só poderá
ser paga caso a sentença não determine a perda do cargo. Em qualquer hipótese, o pagamento cessará quando o
servidor for colocado em liberdade, ainda que em caráter condicional.

9.3. Pensões
São pagas no valor correspondente à remuneração ou provento a partir da data do óbito, observado o limite
remuneratório do respectivo Poder ao qual o servidor estiver vinculado.
A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a
morte de seus beneficiários. São beneficiários da pensão vitalícia o cônjuge, pessoa desquitada, separada
judicialmente ou divorciada com percepção de pensão alimentícia, companheiro, pai ou mãe em situação de
dependência econômica, pessoa designada e maior de 60 anos ou pessoa portadora de deficiência que vivam sob
dependência econômica do servidor falecido.
A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte,
cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário. São beneficiários da pensão temporária os filhos, enteados,
menores sob guarda ou tutela, irmão órfão ou pessoa designada que viva sob dependência econômica do servidor até
completar 21 anos ou 24, se estudante.
Caso haja habilitação de mais de um beneficiário, a divisão será feita por cotas. Se houver habilitados à
pensão vitalícia e temporária, o valor total será dividido em partes iguais, cabendo metade aos beneficiários da pensão
vitalícia e a outra metade, aos da pensão temporária.

10. REGIME DISCIPLINAR

10.1. Responsabilidades
O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas funções. A
responsabilidade subjetiva decorre de ato comissivo – doloso ou culposo – que resulte em prejuízo ao erário ou a
terceiros. Vale lembrar que a responsabilidade do Estado é objetiva, cabendo ação regressiva contra o servidor em
caso de verificação de conduta que enseje responsabilização deste.
A reposição ao erário de valores recebidos indevidamente poderão ser parceladas a pedido do servidor. O
valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.
Caso venha a ser demitido ou exonerado, ou, ainda, tiver cassada a disponibilidade ou a aposentadoria, o servidor terá
60 dias para quitar o débito sob pena de inscrição na dívida ativa.

10.2. Penalidades
A lei prevê a aplicação de penalidades ao servidor que incorra em conduta apontada como faltosa pela Lei nº
8.112/90. As penalidades variam de acordo com a falta cometida e a natureza do vínculo do servidor com a
Administração. As penalidades são: advertência, suspensão, demissão, cassação da aposentadoria ou
disponibilidade, destituição do cargo em comissão e destituição da função comissionada.
13
a) Advertência (art.129): É aplicada sempre por escrito, ficando registrada nos assentamentos funcionais do
servidor, lá permanecendo pelo período de três anos. A ação disciplinar que pode resultar em advertência prescreve
em 180 dias a contar da data do conhecimento do ilícito. A apuração é feita por sindicância, que deverá ser concluída
no prazo máximo de 30 dias, prorrogável por igual período. A abertura da sindicância suspende a prescrição. A
aplicação da penalidade de sindicância deve ser feita pelo chefe da repartição. São puníveis com advertência as
seguintes condutas:
- Ausentar-se do serviço sem autorização da chefia imediata;
- retirar documento ou objeto da repartição sem autorização;
- recusar fé a documento público;
- opor resistência injustificada ao andamento ou execução de serviço;
- promover manifestação de apreço ou desapreço;
- cometer a pessoa estranha à repartição o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
- coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
- manter sob sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau;
- recusar-se a atualizar os dados cadastrais quando solicitado.
b) Suspensão (art. 130): A suspensão é aplicável nos casos de reincidência nas faltas puníveis com
advertência. Não poderá exceder a 90 dias. Quando for conveniente, a suspensão pode ser convertida em multa, na
base de 50% da remuneração por dia. Aplica-se também a suspensão para o caso de recusa injustificada por parte do
servidor a se submeter à inspeção médica periódica. Neste caso, a suspensão se limita a 15 dias, cessando os seus
efeitos quando a determinação for cumprida.
O registro da suspensão permanece nos assentamentos funcionais do servidor por cinco anos. O prazo de
prescrição é de dois anos. Caso a penalidade imposta seja superior a 30 dias, deverá ser aplicada pela autoridade
imediatamente inferior ao chefe do Poder ao qual o servidor estiver vinculado. Caso seja inferior a 30 dias, caberá ao
chefe da repartição a aplicação da penalidade.
c) Demissão (art.132): Trata-se da destituição do cargo efetivo em caráter punitivo. A demissão será sempre
resultado de processo administrativo disciplinar. A prescrição ocorre depois de 5 anos. Além da demissão, algumas
infrações previstas na Lei nº 8.122/90 podem acarretar, ainda, indisponibilidade de bens, incompatibilização por cinco
anos para o exercício de função pública ou, ainda, a proibição de retorno ao serviço público federal.
Condutas que resultam em demissão e incompatibilização para o exercício de função pública por cinco
anos (art. 137):
 Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
 Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.
Estas condutas, além da demissão, impedem o retorno do servidor ao serviço público federal 14:
 Crime contra a Administração Pública;
 Improbidade administrativa;
 Aplicação irregular de dinheiros públicos;
 Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
 Corrupção.

Demais hipóteses que resultam em demissão:


 Abandono de cargo;
 Inassiduidade habitual;
 Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
 Insubordinação grave em serviço;
 Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
 Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
 Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
 Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
 Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

14
Esse assunto está sendo debatido no Supremo Tribunal Federal, em razão do caráter perpétuo que caracteriza essa
penalidade. A ADI 2975, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, que analisa essa questão, ainda está pendente de julgamento.
13
 Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
 Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
 Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
 Praticar usura sob qualquer de suas formas;
 Proceder de forma desidiosa;
 Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.
A cassação da aposentadoria e da disponibilidade e é aplicável nas mesmas hipóteses de demissão. A destituição
em cargo em comissão será aplicada nos casos das faltas puníveis com suspensão ou demissão, sendo aplicada
pela mesma autoridade responsável pela nomeação.

10.3. Processo administrativo disciplinar


Em caso de ciência de irregularidade cometida no âmbito do serviço público, a autoridade deverá promover
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar. A sindicância poderá resultar em
arquivamento do processo, aplicação de advertência ou de suspensão do servidor por até 30 dias ou em instauração de
processo administrativo disciplinar.
O processo administrativo disciplinar é aplicável para imposição de suspensão superior a 30 dias, de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou para destituição de cargo em comissão. É conduzido por
uma comissão composta por três servidores estáveis, podendo ser permanente ou temporária. A comissão deverá ser
presidida por um servidor que ocupe cargo superior ou de mesmo nível do servidor réu no processo administrativo
disciplinar.
 Fases do processo administrativo disciplinar: Instauração da comissão, inquérito e julgamento.
O prazo para o inquérito é de 60 dias, a contar da publicação do ato constitutivo da comissão. Este prazo pode
ser prorrogado uma vez, por igual período. É possível haver afastamento preventivo do servidor pelo prazo máximo de
60 dias, sem prejuízo da remuneração.
O julgamento será feito após a elaboração do relatório pela comissão e será feito pela autoridade que
determinou a instauração do processo administrativo disciplinar. Em regra, o julgamento segue o relatório.
O servidor que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar não poderá ser exonerado a pedido
nem aposentado voluntariamente, exceto após encerrada a apuração e cumprida a eventual penalidade imposta.
Existe previsão de rito sumário no processo administrativo disciplinar para apuração de acumulação ilícita de
cargos, abandono de cargo ou inassiduidade habitual. O prazo para conclusão, nessas hipóteses, será de 30 dias,
prorrogável por mais 15.
 Revisão do processo administrativo disciplinar: Não há prazo para o pedido de revisão do processo
administrativo disciplinar, desde que haja a apresentação de novos fatos ou novas circunstâncias aptas a
justificar a revisão do processo. Quem possui legitimação ativa para pedir revisão do processo administrativo
disciplinar é o próprio servidor. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento deste, qualquer pessoa
da família poderá requerer a revisão. Caso o servidor seja declarado incapaz, ser-lhe-á nomeado curador.
O ônus probatório recai sobre o requerente. O pedido de revisão deve elencar fatos novos, que possam resultar
em inocência ou em revisão da penalidade imposta. O requerimento deverá ser dirigido ao Ministro de Estado ou à
autoridade hierarquicamente equivalente que, ao deferir o pedido, providenciará a instauração de uma comissao
para revisar o processo. Esta comissão terá prazo de 60 dias para concluir o processo. O julgamento cabe à
autoridade que aplicou a penalidade e o prazo é de 20 dias, contados da data de recebimento dos autos do processo
encaminhados pela comissão responsável pela revisão. Se o pedido de revisão for julgado procedente, o resultado
é o cancelamento imediato da penalidade imposta, com exceção da destituição em cargo em comissão, que será
convertida em exoneração. Em nenhuma hipótese, a revisão poderá resultar em imposição de penalidade mais
grave.
 Direito de petição: O servidor pode requerer aos Poderes Públicos em defesa de interesse legítimo. O
requerimento será encaminhado pela chefia imediata à autoridade competente. O prazo para o despacho é de 5
dias e a decisão deverá ocorrer em, no máximo, 30 dias.
O pedido de reconsideração deverá ser dirigido à autoridade que houver negado deferimento ao primeiro
requerimento. O prazo para apresentação de pedido de reconsideração é de 30 dias contados da ciência da decisão
desfavorável.
Prescreve em cinco anos o direito de pedir revisão de atos que resultem em demissão, cassação da
aposentadoria ou disponibilidade e demais atos que afetem o interesse patrimonial ou créditos resultantes da relação
de trabalho. 120 dias é o prazo prescricional nas demais hipóteses, salvo disposição legal diversa.

EXERCÍCIOS

13
1 - ( FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de Polícia - Objetiva / Direito Administrativo / Lei nº 8.112-1990 -
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais;  )
A Lei n.° 8.112/1990 define o regime jurídico dos se rvidores civis federais, e a Lei n.° 4.878/1965 dispõe sobre as
peculiaridades do regime jurídico dos funcionários públicos civis da União e do Distrito Federal (DF), ocupantes de
cargos de atividade policial. Se uma lei federal vier a alterar a Lei n.° 8.112/1990, fixando em 40 dias o período de
férias dos servidores públicos federais, tal ampliação
será aplicável aos delegados de polícia do DF porque a legislação brasileira os equipara a servidores públicos federais.
será aplicável aos delegados de polícia do DF em função do princípio constitucional administrativo da igualdade.
será aplicável aos delegados de polícia do DF porque a Lei n.° 4.878/1965 é silente sobre esse assunto e, por isso,
aplica-se subsidiariamente a tais servidores a Lei n.° 8.112/1990.
será inaplicável aos delegados de polícia do DF porque eles são servidores distritais e, portanto, modificações na Lei
n.° 8.112/1990 não alteram diretamente o seu estatuto jurídico.
será inaplicável aos delegados de polícia do DF porque essa alteração dependeria de emenda à Constituição da
República.

2 - ( FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de Polícia - Objetiva / Direito Administrativo / Lei nº 8.112-1990 -
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais;  )
Considere que, na semana passada, André foi investido no cargo de delegado de polícia do Distrito Federal e foi
inicialmente lotado em uma delegacia em Taguatinga-DF. Antes disso, ele exerceu, por quatro anos, cargo público
federal, de natureza técnica, no Supremo Tribunal Federal (STF), motivo pelo qual ele fixou residência no Plano
Piloto, onde está localizado esse Tribunal. Nessa situação hipotética,
a) o tempo de serviço prestado ao STF será contado para fins de aposentadoria e também como período aquisitivo de
férias no cargo de delegado.
b) o fato de André se mudar do Plano Piloto para Taguatinga não lhe dará direito a ajuda de custo.
c) caso André decida continuar residindo no Plano Piloto, ele terá direito à indenização de transporte para compensá-
lo dos gastos com transporte próprio entre a residência e o local de trabalho.
d) caso decida alugar um apartamento para residir em Taguatinga, André fará jus a auxílio-moradia correspondente a
25% de sua remuneração.
e) caso André seja casado com uma professora da rede pública distrital de ensino e ambos decidam mudar-se para
Taguatinga, a esposa de André terá direito a ser removida ex officio para uma das escolas públicas de Taguatinga.

3 -  ( FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de Polícia - Objetiva / Direito Administrativo / Lei nº 8.112-1990 -
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais;  Agentes Públicos - Disposições Constitucionais;  )
Com relação à previdência dos servidores públicos, assinale a alternativa correta.
a) Um delegado de polícia do Distrito Federal aposentado por invalidez permanente, em virtude de ferimentos
sofridos em acidente automobilístico durante viagem de férias, tem direito a aposentadoria com proventos integrais.
b) Aos servidores ocupantes exclusivamente de cargos comissionados, aplica-se o regime geral de previdência social e
não o regime previdenciário dos servidores públicos.
c) Diversamente dos servidores públicos em geral, os servidores que exercem atividade policial são compulsoriamente
aposentados aos 60 anos de idade, com proventos integrais.
d) A idade mínima para a aposentadoria voluntária de mulheres, com direito a proventos integrais, é de 60 anos de
idade.
e) Um delegado de polícia com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição tem direito a aposentar-se voluntariamente,
com proventos proporcionais.

4 - ( FUNIVERSA - 2009 - ADASA - Advogado / Direito Administrativo / Lei nº 8.112-1990 - Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Federais;  )
Pedro e João, servidores efetivos da ADASA, entraram com o pedido de afastamento para participação em programa
de pós-graduação stricto sensu no país. Pedro quer se afastar para cursar o doutorado, e João, o mestrado. Ambos os
servidores já cumpriram o período de estágio probatório, sendo que Pedro tem três anos e meio de serviço na Agência,
e João, três anos. De acordo com disposição da Lei n.º 8.112/1990, assinale a alternativa correta.
a) Pedro e João já têm direito ao afastamento.
b) Somente Pedro tem direito ao afastamento no momento.
c) João terá de trabalhar por mais um ano para adquirir o direito ao afastamento.
d) Nem Pedro nem João têm direito ao afastamento.
e) Pedro terá de trabalhar por mais seis meses para adquirir o direito ao afastamento.

13
5 - ( FUNIVERSA - 2009 - ADASA - Advogado / Direito Administrativo / Lei nº 8.112-1990 - Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Federais;  )
Relativamente à estabilidade dos servidores públicos prevista na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.
a) A estabilidade é adquirida somente após três anos da nomeação pelos ocupantes de cargo efetivo em virtude de
concurso público.
b) O servidor estável pode perder o cargo mediante avaliação periódica de desempenho, na forma de lei ordinária,
assegurada ampla defesa.
c) Em virtude de sentença judicial, o servidor estável perderá o cargo.
d) O servidor estável poderá perder o cargo em razão do excesso de despesa com pessoal, nos termos previstos na
Constituição Federal.
e) Será examinada por comissão específica a necessidade de avaliação especial de desempenho para a aquisição da
estabilidade.
1 - A     2 - B     3 - B     4 - E     5 - D

13

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