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Rio de Janeiro
Setembro de 2012
SIMULAÇÃO EULERIANA DA GASEIFICAÇÃO DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR
EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Albino José Kalab Leiroz, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Manuel Ernani de Carvalho Cruz, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Victor Luis dos Santos Teixeira da Silva, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Paulo Smith Schneider, D.Sc.
iii
“A ciência nunca resolve um
problema sem criar pelo menos outros
dez”.
iv
AGRADECIMENTOS
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Setembro/2012
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
September/2012
In the present work a numerical study on the sugar cane bagasse gasification
process within a bubbling fluidized bed reactor is presented. An Eulerian description is
used in the reactive multiphase flow analysis. The disperse phase stress tensor is
described using concepts from Granular Flow Kinetic Theory. Results are obtained
using the open code MFIX (Multiphase Flow with Interphase eXchange). Results using
two different pyrolysis models are obtained and compared. The effects of the
stoichiometric ratio on the syngas composition and caloric value are analyzed. Results
are also used to access the relevancy of the methane reform reaction. The comparison
of obtained results with other model data show that the proposed pyrolysis models lead
to appropriate results and that the methane reform reaction has an significant influence
on the syngas composition
vii
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
viii
5.1.2 Técnica de Solução ........................................................................................... 84
5.2 Utilização do Código MFIX ....................................................................................... 85
ix
Lista de Figuras
Figura 2.1 - Classificação dos combustíveis sólidos pelas razões hidrogênio/carbono,
H/C, e oxigênio/carbono, O/C (adaptada de JONES et al., 2006). ................................ 7
Figura 2.2 - Processo de gaseificação de uma partícula de biomassa (GÓMEZ-BAREA
e LECKNER, 2010). .................................................................................................... 10
Figura 2.3 - Pirólise de uma partícula de biomassa (adaptado de NEVES et al., 2011).
................................................................................................................................... 12
Figura 2.4 - Gases liberados na pirólise na devolatilização da madeira (BASU, 2010).
................................................................................................................................... 17
Figura 2.5 - Faixa de aplicabilidade para cada tipo de gaseificador (BASU, 2010)...... 20
Figura 2.6 - Gaseificador de leito fixo contracorrente (BASU, 2010). .......................... 22
Figura 2.7 - Gaseificador de leito fixo co-corrente (BASU, 2010). ............................... 23
Figura 2.8 - Perda de pressão em função da velocidade superficial (Souza-Santos,
2004). ......................................................................................................................... 25
Figura 2.9 - Regimes de operação (KUNII e LEVENSPIEL, 1991). ............................. 27
Figura 2.10 - Gaseificador de leito fluidizado borbulhante (GÓMEZ-BAREA e
LECKNER, 2010)........................................................................................................ 28
Figura 2.11 - Gaseificador de leito fluidizado recirculante (GÓMEZ-BAREA e
LECKNER, 2010)........................................................................................................ 28
Figura 2.12 - Regiões e fases do leito borbulhante (SOUZA-SANTOS, 2004). ........... 29
Figura 2.13 - Gaseificador de leito de arraste de escoamento de gás ascendente
(BASU, 2010).............................................................................................................. 31
Figura 2.14 - Gaseificador de leito de arraste de escoamento de gás descendente
(BASU, 2010).............................................................................................................. 31
Figura 3.1 - Três fases do escoamento multifásico (SYAMLAL et al., 1993). .............. 36
Figura 3.2 - (a) Escoamento granular viscoso. (b) Escoamento granular plástico
(SYAMLAL et al., 1993). ............................................................................................. 42
Figura 4.1 - Decomposição dos constituintes da biomassa (DI BLASI, 2008). ............ 58
Figura 4.2 - Esquema de decomposição primária proposto pelo modelo RODRIGUEZ-
MILLER....................................................................................................................... 60
Figura 4.3 - Modelos de partícula. (a) Núcleo não exposto; (b) núcleo exposto.
(SOUZA-SANTOS, 2004). .......................................................................................... 74
Figura 5.1 - Início da etapa de compilação do código MFIX. ....................................... 86
Figura 5.2 - Fim da etapa de compilação do código MFIX. ......................................... 87
Figura 5.3 - Esquema da forma de interação entre o usuário e o código MFIX. .......... 88
Figura 5.4 – Reator simulado no Trabalho de GERBER et al. (2010) ......................... 94
x
Figura 5.5 - Esquemas de como se processa a pirólise da madeira: a) Pirólise primária;
b) Pirólise secundária. ................................................................................................ 95
Figura 5.6 - Evolução das bolhas para o para o processo de gaseificação de madeira.
................................................................................................................................. 103
Figura 5.7 - Evolução temporal das propriedades do gás na saída do reator; a)
Temperatura; b) Fração mássica de tara. .................................................................. 104
Figura 5.8 - Evolução temporal das frações mássicas da mistura gasosa na saída do
reator ........................................................................................................................ 105
Figura 6.1 - Diagrama de tubulação e instrumentação da planta piloto (PID Eng&Tech,
2012) ........................................................................................................................ 108
Figura 6.2 - Desenho do reator de leito fluidizado borbulhante (PID Eng&Tech)....... 109
Figura 6.3 - Distribuidor de gás (PID Eng&Tech, 2012)............................................. 110
Figura 6.4 - Sistema de aquecimento externo (PID Eng&Tech, 2012). ..................... 111
Figura 6.5 - Sistema de alimentação de biomassa (PID Eng&Tech, 2012). .............. 112
Figura 6.6 - Taxa de Alimentação de bagaço em função da velocidade angular do fuso
(PID Eng&Tech, 2012). ............................................................................................. 113
Figura 6.7 - Desenhos esquemáticos do reator PID Eng&Tech modelado no MFIX.. 115
Figura 6.8 - Resistências térmicas à perda de calor pelo reator. ............................... 118
Figura 7.1 - Detalhe da Malha 1. ............................................................................... 129
Figura 7.2 - Detalhe da Malha 2. ............................................................................... 130
Figura 7.3 – Evolução da fração molar de H2 para as duas malhas .......................... 130
Figura 7.4 - Evolução da fração molar de CO para as duas malhas ......................... 131
Figura 7.5 - Evolução da fração molar de CH4 para as duas malhas........................ 131
Figura 7.6 - Evolução da temperatura do gás na saída para as duas malhas ........... 132
Figura 7.7 - Formação e coalescência das bolhas para o caso RM-1. ...................... 133
Figura 7.8 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-1.
................................................................................................................................. 135
Figura 7.9 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-1.
................................................................................................................................. 136
Figura 7.10 - Temperaturas médias do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso RM-1. ............................................................................................................ 136
Figura 7.11 - Massa de char dentro do reator para o caso RM-1. ............................. 137
Figura 7.12 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-2.
................................................................................................................................. 138
Figura 7.13 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-2.
................................................................................................................................. 139
xi
Figura 7.14 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso RM-2. ............................................................................................................ 140
Figura 7.15 - Massa de char dentro do reator para o caso RM-2. ............................. 140
Figura 7.16 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-3.
................................................................................................................................. 142
Figura 7.17 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-3
................................................................................................................................. 142
Figura 7.18 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o Caso RM-3............................................................................................................. 143
Figura 7.19 - Massa de char dentro do reator para o Caso RM-3. ............................ 144
Figura 7.20 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-1.
................................................................................................................................. 146
Figura 7.21 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
1. .............................................................................................................................. 146
Figura 7.22 - Temperaturas médias do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso PR-1. ............................................................................................................. 147
Figura 7.23 - Massa de char dentro do reator para o caso PR-1. .............................. 148
Figura 7.24 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-2.
................................................................................................................................. 150
Figura 7.25 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
2. .............................................................................................................................. 150
Figura 7.26 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso B2.................................................................................................................. 151
Figura 7.27 - Massa de char dentro do reator para o caso PR-2. .............................. 151
Figura 7.28 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-3.
................................................................................................................................. 153
Figura 7.29 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
3. .............................................................................................................................. 154
Figura 7.30 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso 3. ................................................................................................................... 154
Figura 7.31 - Massa de char dentro do reator para o caso 3. .................................... 155
Figura 7.32 – Comportamento da composição do gás para diferentes razões
estequiométricas; a) previsto pelo CSFMB; b) previsto pelo MFIX (RODRIGUEZ-
MILLER) ................................................................................................................... 158
Figura 7.33 - Comportamento da composição do gás para diferentes razões
estequiométricas; a) previsto pelo CSFMB; b) previsto pelo MFIX (PETERSEN-
RODRIGUEZ) ........................................................................................................... 161
xii
Lista de Tabelas
Tabela 2.1 - Poder calorífico do gás produto baseado no agente gaseificador (BASU,
2010). ........................................................................................................................... 8
Tabela 2.2 - Composição do char do bagaço de cana-de-açúcar (GARCÌA-PÈREZ et
al., 2002)..................................................................................................................... 13
Tabela 4.1 - Produtos da pirólise primária do bagaço de cana-de-açúcar (RODRIGUEZ
et al, 1987).................................................................................................................. 61
Tabela 4.2 - Composição do gás produzido na pirólise primária do bagaço de cana-de-
açúcar (RODRIGUEZ et al., 1987). ............................................................................. 62
Tabela 4.3 - Composição do gás1 utilizada no modelo de pirólise. .............................. 63
Tabela 4.4 - Composição da mistura gás2................................................................... 64
Tabela 4.5 - Análise elementar do combustível utilizado no modelo RODRIGUEZ-
MILLER....................................................................................................................... 65
Tabela 4.6 - Análise elementar do bagaço (livre de água e de cinzas)........................ 66
Tabela 4.7 - Análise imediata do bagaço .................................................................... 66
Tabela 4.8 - Coeficientes da molécula equivalente de biomassa. ............................... 67
Tabela 4.9 - Coeficientes da molécula equivalente dos voláteis.................................. 68
Tabela 4.10 - Distribuição dos produtos da pirólise primária de RODRIGUEZ et al.
(1987), para temperatura de 650 °C, livre de água. .................................................... 70
Tabela 4.11 - Composição do gás1 de RODRIGUEZ-MILLER em base seca. ............ 70
Tabela 4.12 - Composição do gás2 de RODRIGUEZ-MILLER modificada. ................. 70
Tabela 4.13 - Composição dos voláteis utilizada para determinar os coeficientes de
divisão. ....................................................................................................................... 71
Tabela 4.14 - Composição dos voláteis calculada para a biomassa de interesse. ...... 72
Tabela 4.15 - Reações de gaseificação implementadas no modelo. ........................... 73
Tabela 4.16 - Taxas das reações de gaseificação heterogêneas. ............................... 76
Tabela 4.17 - Taxas das reações de gaseificação homogêneas. ................................ 77
Tabela 4.18 - Reações de oxidação implementadas. ................................................. 78
Tabela 4.19 - Taxas das reações de oxidação homogêneas. ..................................... 81
Tabela 5.1 - Grandezas armazenadas nos arquivos .SPX. ......................................... 92
Tabela 5.2 - Resumo dos submodelos selecionados para descrever o comportamento
das fases sólidas. ....................................................................................................... 95
Tabela 5.3 Parâmetros cinéticos para a pirólise primária da madeira. ........................ 96
Tabela 5.4 Composição dos gases derivados da pirólise primária da madeira. .......... 97
Tabela 5.5 Composição dos gases derivados do craqueamento do tara. .................... 97
Tabela 5.6 - Reações heterogêneas e seus respectivos parâmetros cinéticos. .......... 98
xiii
Tabela 5.7 – Reações homogêneas e seus respectivos parâmetros cinéticos. ........... 99
Tabela 5.8 - Tabela das condições de contorno, iniciais e propriedades das partículas
sólidas. ..................................................................................................................... 102
Tabela 5.9 - Parâmetros adimensionais relativos ao comportamento das fases sólidas.
................................................................................................................................. 103
Tabela 5.10 - Comparação entre os resultados obtidos e os resultados do trabalho de
referência.................................................................................................................. 105
Tabela 6.1 - Resumo dos submodelos selecionados para descrever o comportamento
das fases sólidas. ..................................................................................................... 118
Tabela 6.2 - Frações mássicas da corrente gasosa na entrada de biomassa para o
modelo RODRIGUEZ-MILLER. ................................................................................. 120
Tabela 6.3- Frações mássicas da corrente gasosa na entrada de biomassa para o
modelo PETERSEN-RODRIGUEZ. .......................................................................... 120
Tabela 7.1 - Vazão de agente gaseificador para os casos utilizando o modelo de
pirólise RODRIGUEZ-MILLER. ................................................................................. 123
Tabela 7.2 - Vazão de agente gaseificador para os casos utilizando o modelo de
pirólise PETERSEN-RODRIGUEZ. ........................................................................... 123
Tabela 7.3 – Taxas mássicas especificadas na região de alimentação de biomassa 123
Tabela 7.4 - Parâmetros e propriedades inseridos no mfix.dat.................................. 125
Tabela 7.5 - Composição do gás produzido no caso RM-1 ....................................... 137
Tabela 7.6 - Composição do gás produzido no caso RM-2 ....................................... 141
Tabela 7.7 - Composição do gás produzido no caso RM-3 ....................................... 144
Tabela 7.8 - Composição do gás produzido no caso PR-1........................................ 149
Tabela 7.9 - Composição do gás produzido no caso PR-2........................................ 152
Tabela 7.10 - Composição do gás produzido no caso PR-3...................................... 155
Tabela 7.11 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(RODRIGUEZ-MILLER) para Rest.=0,25 .................................................................... 157
Tabela 7.12 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(RODRIGUEZ-MILLER) para Rest.=0,30 .................................................................... 157
Tabela 7.13 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(RODRIGUEZ-MILLER) para Rest.=0,35 .................................................................... 158
Tabela 7.14 - Comparação entre o poder calorífico do gás obitdo das simulações do
CSFMB e MFIX – modelo de pirólise RODRIGUEZ-MILLER . .................................. 158
Tabela 7.15 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(PETERSEN-RODRIGUEZ) para Rest. =0,25.............................................................. 160
Tabela 7.16 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(PETERSEN-RODRIGUEZ) para Rest. =0,30.............................................................. 160
xiv
Tabela 7.17 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(PETERSEN-RODRIGUEZ) para Rest. =0,35.............................................................. 160
Tabela 7.18 - Comparação entre o poder calorífico do gás obitdo das simulações do
CSFMB e MFIX – modelo de pirólise PETERSEN-RODRIGUEZ. ............................. 161
Tabela 7.19 – Comparação dos gás produzido para =0,25. ............................... 163
Tabela 7.20 – Comparação dos gás produzido para =0,30. ............................... 163
Tabela 7.21 – Comparação dos gás produzido para =0,35. ............................... 164
Tabela 7.22 – Comparação entre o poder calorífico do gás produzido...................... 164
xv
Lista de símbolos
xvi
Coeficiente de transporte de massa através do filme de gás que envolve
a partícula.
Constante de equilíbrio da reação j.
Constante da reação.
Constante da reação de craqueamento do alcatrão.
Número de fases sólidas.
̇ Vazão mássica de ar utilizada no processo de gaseificação.
̇ ó Vazão mássica de ar necessária para oxidar completamente o
combustível.
Massa molecular da mistura fase gás.
N Número de espécies químicas da fase i.
n⃗ Vetor normal a superfície do contorno.
n Número de partículas da fase i por unidade de volume.
P Pressão da fase i.
q⃗ Vetor fluxo de energia de calor para fase i.
⃗ Vetor fluxo de energia granular.
Constante universal dos gases
Número de Reynolds para o escoamento em torno da partícula da fase i.
Razão estequiométrica.
Taxa de geração ou consumo de massa da espécie n da fase i.
Número de Schmidt.
ℎ Número de Sherwood em torno da partícula da fase i.
̿ Tensor de tensões relativo a fase i.
Temperatura da fase i
Velocidade superficial.
Velocidade de mínima fluidização.
⃗ Vetor velocidade média da fase i.
V Valor absoluto da diferença de velocidade entre a velocidade da fase gás
e a velocidade da fase i.
W Termo de transferência de calor entre as fases i e l.
Fração mássica da espécie n da fase i.
Fração mássica da espécie n da fase i no contorno.
Fração molar da espécie n
Fração mássica da espécie n
xvii
Letras Gregas
Subscrito
xviii
Sobrescrito
Refere-se ao escoamento granular plástico.
Refere-se ao escoamento granular viscoso.
xix
1 INTRODUÇÃO
econômicas e políticas têm incentivado a busca por fontes de energia que possam vir
ambientais que vem ocorrendo, bem como a intensificação do efeito estufa, torna-se
(NOx).
química.
apresenta uma certa tradição para produção de gás combustível. Entretanto, ainda
1
reações de gaseificação e a fluidodinâmica dos reatores de leito fluidizado. A carência
., 2010).
disponíveis na literatura.
do reator foi descrito como um material poroso estático e isotrópico. Dentro do meio
poroso, foram consideradas regiões esféricas vazias para levar em conta o surgimento
2
e crescimento da fase das bolhas. A fase gasosa é modelada através de uma
lagrangeana.
assim como um modelo adequado para o processo de pirólise, são fundamentais para
laboratorial. A simulação foi feita utilizando o software comercial FLUENTE 6.1 e seus
processo.
3
como contínua, enquanto a fase das partículas é aproximada por uma descrição
modelo descrito foi feita no código aberto OpenFOAM (Open Field Operation and
reator estudado por OEVERMANN et al. (2009). Os autores realizaram uma simulação
eXchanges). Foram consideradas três fases sólidas, uma composta somente por
estudados.
4
simulação do modelo foi feita no código aberto MFIX em um sistema computacional de
alto desempenho.
foram razoáveis. Apesar de ter sido detectado um desvio grande com relação a
um modelo euleriano.
bagaço.
5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Biomassa
após a cana de açúcar ser moída e esmagada para a produção do caldo de cana
pelas espécies vivas, como plantas e animais, e elementos materiais que faziam parte
lignina. Esse tipo de biomassa não é digerido pelo organismo humano e é utilizada
BASU (2010) apresenta uma boa descrição de cada um dos três constituintes
constituída por uma longa cadeia de polímeros com alto grau de polimerização,
possuindo uma estrutura cristalina com milhares de unidades, o que lhe confere
Ao contrário da celulose, ela possui uma estrutura amorfa, o que resulta em uma baixa
6
propano altamente ramificado. Ela atua como uma matriz polimérica, sendo
na Fig. 2.1. Nesta ilustração pode ser observado que a biomassa possui elevadas
com alta razão H/C possuírem, em geral, alto poder calorífico, esse não é o caso da
biomassa, visto que ela também possui elevado teor de oxigênio. O oxigênio não
gás com poder calorífico útil que serve como combustível ou como matéria prima para
7
A finalidade da gaseificação é converter um combustível potencial de uma
forma para outra. Para que as reações responsáveis pela conversão ocorram é
molecular do combustível sólido, ou líquido, para que ele possa tornar-se gasoso,
combustível produzido.
utilizado. A Tab. 2.1 mostra a faixa típica de poder calorífico do gás produzido
Tabela 2.1 - Poder calorífico do gás produto baseado no agente gaseificador (BASU,
2010).
Ar 4–7
Vapor de água 10 – 18
Oxigênio 12 – 28
sólida ou liquida em matéria gasosa. No entanto, há uma diferença chave entre os dois
energia.
8
em condições sub-estequiométricas. De acordo com REZAIYAN e CHEREMISINOFF
mesmo, visto que oxigênio não contribui para o aumento do poder calorífico do
combustível. É válido observar que uma biomassa típica possui em torno de 30 a 50%
Normalmente, essas etapas são modeladas em série, mesmo não havendo uma
necessário para que os processos endotérmicos ocorram é obtido a partir das reações
reator, de modo que a energia necessária requerida pelo processo é fornecida por
autotérmico.
9
Figura 2.2 - Processo de gaseificação de uma partícula de biomassa (GÓMEZ-BAREA
e LECKNER, 2010).
2.2.1 Secagem
relevante, visto que, em geral, a biomassa in natura possui altos teores de umidade. A
umidade típica para o bagaço de cana de açúcar, por exemplo, encontra-se em torno
de 50% (ERLICH et al., 2005), para a madeira recém cortada essa faixa varia de 30 a
60% e para algumas variedades de biomassa pode exceder 90% (BASU, 2010).
também chamada de umidade inerente (BASU, 2010), não pode ser eliminada durante
exige que certa quantidade da energia seja utilizada para evaporar a água. Para
10
necessários cerca de 2260 kJ, que não são recuperáveis. Trata-se, portanto, de um
dentro do reator.
2.2.2 Pirólise
gás, líquida e sólida, os quais podem ser utilizados para sintetizar produtos químicos
11
hidrocarbonetos são quebradas em hidrocarbonetos menores. O processo pode ser
Pode ser observado na Fig. 2.3 que, depois da partícula estar seca, o processo
secundária. Tem-se que os produtos da pirólise primária são água, alcatrão, gases
permanentes e char.
Figura 2.3 - Pirólise de uma partícula de biomassa (adaptado de NEVES et al., 2011).
Os gases permanentes são compostos principalmente por CO2, CO, H2, CH4,
dentre outros hidrocarbonetos (CxHn) leves não condensáveis (NEVES et al., 2011).
Para efeito de modelagem do processo, alguns autores (e.g., GERBER et al., 2010;
12
Durante a pirólise, a água e o alcatrão (tar) são liberados sob a forma de vapor,
ou gases condensáveis. Esse vapor após ser condensado constitui uma mistura
que contém cerca de 20% de água, sendo constituído por uma complexa mistura de
da pirólise composto por matéria orgânica e inorgânica. De acordo com BASU (2010)
e NEVES et al. (2011) o teor de carbono do char é algo em torno de 85% e pode
Carbono 85,6
Hidrogênio 2,9
Nitrogênio 1,3
gaseificação, abordados na Seç. 1.1, não têm sido considerado no char, a presença
de elementos reativos, como o oxigênio e o hidrogênio. O char tem sido tratado como
exemplo, tratam o char como sendo composto principalmente por cinzas inertes e
13
segunda etapa da pirólise se processa em uma faixa de temperatura que varia de 300
térmica do alcatrão são gases não condensáveis de baixo peso molecular, char e um
alcatrão residual não craqueado, nomeado na literatura como alcatrão inerte (DI
BLASI, 2008).
alcatrão podem ocorrer com o dióxido de carbono ou com o vapor de água presente
x
C H + nH O → n + H + nCO R.3
2
e
x
C H + nCO → H + 2nCO R.4
2
14
pirólise, a pressão e a taxa de aquecimento (DI BLASI, 2008). Conforme BASU (2010),
tempo de aquecimento das partículas é muito maior que o tempo que ocorrem as
reações químicas que participam desta etapa. Os autores ainda sugerem uma
reação.
NEVES et al. (2011) e DI BLASI (2009) têm adotado um critério mais prático
para avaliar o tipo de pirólise que está ocorrendo. De acordo com esses autores, a
pirólise que ocorre em reatores de leito fixo é uma pirólise lenta, enquanto que a
pirólise que se dá em reatores de leito fluidizado é uma pirólise rápida. Esse critério foi
destes equipamentos.
(ZHANG et al., 2010). A biomassa é aquecida a uma taxa moderada até uma
ordem de minutos. Por outro lado a pirólise rápida tem como produto apenas uma
ocorre até a temperatura de 650 ºC para máxima produção de bio-óleo e de até 1000
ºC. Para esses valores de temperatura as taxas das reações de gaseificação são
15
rapidamente de modo que a gaseificação acaba ocorrendo após a pirólise primária se
portanto, é produzido um gás mais limpo, com menores teores de alcatrão que os
produzidos em uma pirólise lenta, na qual uma grande quantidade de voláteis sem
que permitem altas taxas de transferência de calor produzem gases mais limpos.
tamanho das partículas o tempo de residência dos voláteis dentro das mesmas é
gases liberados durante o processo (BASU, 2010). A Fig. 2.4 mostra um gráfico em
BLASI (2009) contemplam uma boa discussão acerca dos parâmetros que influenciam
a pirólise da biomassa.
16
Figura 2.4 - Gases liberados na pirólise na devolatilização da madeira (BASU, 2010).
2.2.3 Gaseificação
elas as que limitam a taxa do processo. Nesse sentido DI BLASI (2009) afirma que o
controle das condições nas quais a pirólise se processa é fundamental. O autor sugere
ainda que condicionar a pirólise para que ela resulte em grandes quantidades de
capacidade do gaseificador.
17
São apresentadas a seguir as principais reações que ocorrem na etapa da
– Reação de Bouduard
– Reação de metanação
de água é mais rápida que a reação de Bouduard. A de metanação é mais lenta que
18
2.2.4 Combustão
importante. Ocorrem reações de oxidação do char e até mesmo dos gases voláteis
exemplo, BASU (2010) e HIGMAN e van der BURGT (2008), como sendo uma reação
19
CO + 0.5O ↔ CO -283 kJ/mol R.12
– Oxidação do metano
– Oxidação do hidrogênio
acordo com sua forma construtiva, as etapas descritas anteriormente podem ter sua
leito, sendo eles: reatores de leito fixo ou móvel, reatores de leito fluidizado e reatores
Figura 2.5 - Faixa de aplicabilidade para cada tipo de gaseificador (BASU, 2010).
20
2.3.1 Reatores de Leito Fixo
de leito fixo são adequados para plantas de pequeno e médio portes, pois existem
dificuldades de ser mantida uma conversão regular ao longo de um leito fixo de grande
Dentro dessa classe de gaseificadores, existem dois projetos básicos que são
pela sua parte superior enquanto ar é injetado pela parte inferior, conforme indicado na
Fig. 2.6. Portanto, a matéria sólida desloca-se verticalmente em direção à parte inferior
inferior do gaseificador saem apenas as cinzas, enquanto da região superior sai o gás
produzido no processo.
ilustradas na Fig. 2.6. Devido à ordem e à região que cada processo ocorre, esse
até 60%. Como desvantagem verifica-se que o gás produzido apresenta altos teores
21
das regiões de gaseificação e combustão, necessárias para o seu craqueamento ou
reforma.
para a gaseificação em leito fixo (ZHANG et al., 2010). Da mesma forma que os
superior, conforme ilustra a Fig. 2.7. A diferença é que as injeções de ar são feitas
pela parte lateral ou superior e não pela parte inferior do reator. Ocorre que tanto a
saída de cinzas quanto do gás produzido se dão pela parte inferior do equipamento,
22
Figura 2.7 - Gaseificador de leito fixo co-corrente (BASU, 2010).
oxidados ou craqueados. Esse fato faz com que os porcentuais de alcatrão nos gases
biomassa. Comparados aos reatores de leito fixo, eles apresentam uma série de
23
proporciona altas taxas de transferência de calor e de massa. Estas características
possibilitam que sejam construídos em tamanhos maiores que os de leito fixo, para
leito, o que resulta, por sua vez, na remoção de carbono não convertido junto com as
cinzas, o que reduz a taxa de conversão. Outra característica decorrente da alta taxa
24
Figura 2.8 - Perda de pressão em função da velocidade superficial (Souza-Santos,
2004).
Reatores que operam com baixa velocidade superficial possuem uma perda de
pressão através do leito que aumenta de forma linear com a velocidade do fluido. O
nessas condições são chamados de leito fixo ou de leito móvel. No leito fixo as
provoca uma expansão do leito, ou seja, uma separação entre as partículas que
ilustrado na Fig. 2.8, a partir deste valor de velocidade superficial começa a região de
25
carga que as partículas conferem ao escoamento é equivalente ao peso das partículas
incrementada, até chegar a um ponto no qual a bolha ocupa quase toda a área do
partículas no seu interior, de modo que possuem uma fronteira bem definida. Quando
fronteira das bolhas passando a não haver distinção entre a região ocupada somente
turbulenta.
26
operação são os de fluidização borbulhante e o de transporte pneumático. As Figs.
27
Figura 2.10 - Gaseificador de leito fluidizado borbulhante (GÓMEZ-BAREA e
LECKNER, 2010).
28
Os agentes gaseificadores são inseridos no reator pela parte inferior, tanto para
na faixa de 700 a 900 ºC, abaixo do ponto de fusão das cinzas. A fusão das cinzas
deve ser evitada, pois pode promover a aglomeração de partículas, levando o leito ao
hidrodinâmica bastante distintas, conforme a Fig. 2.12. Há uma região com alta
partículas, chamada de freeboard. Ainda na zona do leito podem ser distinguidas duas
sólidas e gás, ela incorpora a grande maioria das partículas do leito, as quais são
percoladas pelo gás. Portanto, na emulsão ocorre a maior parte das reações
29
Acima do leito, na parte superior do reator, é a região freeboard, a qual é
mais leves carregadas pelo gás. No freeboard ocorrem também muitas reações
gás atingem o topo do reator e podem ser arrastadas para fora do gaseificador.
conhecido como regime turbulento, obtido com velocidades na faixa de 3,5 a 5,5 m/s.
partículas são então reinseridas no reator, tal que essa realimentação é a origem do
são uma opção de reator de gaseificação para plantas de grande escala. Tal fato se
Nesses reatores o combustível sólido, sob a forma de pó, é inserido junto com
operação deste tipo de sistema é 1400 ºC, enquanto a pressão está na faixa de 20 a
escoamento descendente.
30
Figura 2.13 - Gaseificador de leito de arraste de escoamento de gás ascendente
(BASU, 2010).
biomassa nesse tipo de reator possui desvantagens, tal como a dificuldade econômica
31
2.4 Modelos de Gaseificação em Reatores de Leito Fluidizado
mudança de carga e parada poderão ser previstas, tal que durante a etapa de projeto
indesejadas.
rota para fornecer dados de projeto. Entretanto, como os efeitos de escala influenciam
caros e complexos.
muitos dos elementos da modelagem da combustão possam ser usados nos modelos
de gaseificação de biomassa.
fluidizado borbulhante:
32
– Modelos de Equilíbrio Termodinâmico ou Modelos Caixa Preta;
– Modelos de Fluidização;
CFD a dinâmica dos fluidos dentro do reator é tratada de forma detalhada, visto que os
termos fontes das equações de conservação são semelhantes aos presentes nos
energia são resolvidas de forma acoplada. Estes modelos são capazes, portanto, de
a fase gás como para a fase sólida. A fase gasosa é tradada como contínua,
utilizando-se uma descrição euleriana. Com relação à forma de tratar a fase das
partículas, tem-se a divisão entre os dois tipos de modelos CFD, os modelos Euler-
gasosa é considerada contínua, tratada com a descrição euleriana, enquanto que para
33
conservação de quantidade de movimento, de energia e de espécies para cada
partícula do sistema.
elevado, sendo este tão grande quanto maior for o número de partículas presentes no
de dinâmica dos fluidos computacional euleriano que será utilizado neste estudo.
34
3 DESCRIÇÃO DO MODELO CFD
EULER-EULER
Uma das metodologias para modelar a gaseificação da biomassa no reator de
computacional utilizando a descrição euleriana. Assim, tanto a fase dos gases como
a(s) fase(s) das partículas são modeladas como contínuas no espaço. Os resultados
uso de malhas menos refinadas e passos de tempo maiores (ENWALD et al., 1996).
reatores de leito fluidizado (e.g., YU et al., 2007; GERBER et al., 2010; XUE et al.
como ilustrado na Fig. 3.1. Das três fases, uma fase é gás e as outras duas são
35
sólidas. Dessas, uma é constituída por partículas de inertes, tipo 1, e a outra é
ser feita mediante duas técnicas diferentes, por média ou por teoria de mistura. As
compreensão dos fenômenos físicos contemplados pelo modelo assim como as suas
limitações. Uma exposição detalhada acerca da derivação dessas equações pode ser
outras. No entanto, o volume de uma determinada fase não pode ser ocupado pelas
36
demais fases em um mesmo instante de tempo. A partir dessa observação, pode ser
(GIDASPOW, 1994). Aqui se adota a notação de SYAMLAL et al. (1993), tal que a
espaço e no tempo. Por definição, a soma das frações de volume de todas as fases
+ =1 (1)
em que é o número de total de fases sólidas. Das frações volumétricas das fases
= (2)
= (3)
37
+∇∙ ⃗ = (4)
A fase gás é modelada como um gás ideal, de modo que a equação de estado
= (5)
da fase gás.
( )+∇∙ ⃗ = (6)
convectivos de massa por unidade de volume das fases presentes. Os termos nos
gás, respectivamente.
38
⃗ +∇∙ ⃗ ⃗ =∇∙ ̿ + ⃗− ⃗ (7)
segundo representa as forças de corpo que atuam na fase gás; e o terceiro termo
pela equação
em que os termos do lado esquerdo da equação têm o mesmo significado dos termos
entre a fase sólida e a fase gasosa; e o último termo representa a interação entre as
fases sólidas. O tensor de tensões presente nas fases sólidas é representado por ̿ .
empuxo causada por gradientes de pressão na fase fluido; iii) aqueles devidos à
39
⃗ =− − ⃗ − ⃗ + [ ⃗ + ̅ ⃗] (9)
1 para <0
= (10)
0 para ≥0
̅ = 1 − (11)
teoria cinética dos gases densos para quantificar a força de arraste entre as partículas.
⃗ =− ⃗ − ⃗ + [ ⃗ + ̅ ⃗ ] (12)
40
O primeiro termo se refere aos efeitos da força de arraste e o segundo aos efeitos de
para a fase , e
1 para <0
= (13)
0 para ≥0
̅ = 1 − (14)
SYAMLAL (1987).
̿ = − ̿ + ̿ (15)
O primeiro termo do lado direito da Eq. (15) é o tensor isotrópico, que representa um
̿ = 2 + ̿ (16)
1
= ∇⃗ + ∇⃗ (17)
2
41
O tensor de tensões de uma fase sólida é modelado em função do tipo de
granular plástico o aumento das tensões ocorre devido ao atrito entre as partículas. A
Fig. 3.2 ilustra os dois tipos de escoamento granular. No presente modelo, o tensor de
(a) (b)
Figura 3.2 - (a) Escoamento granular viscoso. (b) Escoamento granular plástico
(SYAMLAL et al., 1993).
de tensões para a fase sólida é escrito de forma semelhante àquela para a fase gás,
42
− ̿+ ̿ se ≤ ε∗
̿ =− (18)
− ̿+ ̿ se > ε∗
Para contemplar o efeito das colisões inelásticas, pode-se ainda utilizar uma correção
Uma boa revisão acerca da TCEG pode ser encontrada em GIDASPOW (1994).
da teoria cinética dos gases. A temperatura granular é uma medida das flutuações
al., 1993), uma vez que a energia granular é definida como a energia cinética
1
= (19)
2
43
3
= (20)
2
⃗ = ⃗ + ⃗ (21)
3 3
( ) + ∇ ∙ ⃗
2 2
(22)
= ̿ : ∇ ⃗ −∇∙ ⃗ − + +
tensões da fase sólida; o segundo representa o fluxo de energia granular devido aos
granular entre a fase gás e a fase sólida . Por fim, o último termo representa a
cálculo da temperatura granular, a qual foi utilizada em XUE et al. (2011). No presente
44
=
⎧− + ( ) + 4 ( ) + 2 ⎫ (23)
⎨ 2 ⎬
⎩ ⎭
em que
= 2 (1 + ) (24)
(1 + )
=4 (25)
2
3√ −
3
√
= [0,5(3 + 1) + 0,4(1 + )(3 − 1) ]
2 3 (3 − )
(26)
8 (1 + )
+
5√
12 1 − 2
0
= (27)
√
et al., 1993).
45
= (28)
= 2 + ( ) ̿ (29)
= (30)
= (31)
e o tensor simétrico
1
= ∇ ⃗ + ∇ ⃗ (32)
2
adotando teorias advindas de estudos de Mecânica dos Solos (e.g., CRAIG, 2007). O
aumento das tensões se deve ao atrito entre as partículas, e é descrito por modelos
acordo com SCHAEFFER (1987), somente para a fase sólida 1. Tem-se, portanto,
∗
= ∗ (33)
em que
46
∗
= ε∗ − (34)
Tem-se ainda
= 2 (35)
onde
∗
sen ∅
= (36)
2
1
= [( − ) +( − ) +( − ) ]+ + + (37)
6
efeitos de:
expansão;
47
trabalho de fronteira (segundo SYAMLAL et al. (1993), nas aplicações
erros significativos).
A equação resulta em
+ ⃗ ∙ =− ∙⃗ + − −∆ + ( − ) (38)
direito, o primeiro termo representa o fluxo de calor difusivo dentro da fase gás e o
segundo termo representa a transferência de calor entre a fase gás e as fases sólidas.
O terceiro termo representa o calor das reações que ocorrem na fase gás. O último
+ ⃗ ∙ = − ∙ ⃗ +W −∆ + ( − ) (39)
W =− ( − ) (40)
sólida. Os fluxos de calor por condução no interior da fase gás assim como no interior
da fase sólida são modelados conforme a lei de Fourier para cada fase,
⃗ =− ∇ (41)
48
⃗ =− ∇ (42)
∆ =∆ çã +∆ í (43)
das fases é igual ao numero de espécies monitoradas nas respectivas fases. Para as
+∇∙ ⃗ = ∙⃗ + (44)
( )+∇∙ ⃗ = ∙⃗ + (45)
49
A avaliação dos termos fonte correspondentes à geração de espécies é feita de
de leitos fluidizados, é comum definir a velocidade inicial das fases sólidas com sendo
zero.
diferencial cuja solução é desejada, visto que a solução em regime permanente não
complexos distintos. Assim como para as condições iniciais, devem ser definidas
50
do reator. As condições de contorno em todas as fronteiras do domínio podem ser
⃗
+ℎ⃗ ⃗− ⃗ = ⃗
(46)
⃗
pela expressão
+ℎ ( − )= (47)
⃗
+ℎ ( − )= (48)
⃗
indicada.
51
4 CINÉTICA QUÍMICA
massa para a descrição dos termos fonte de cada uma das equações de conservação
de espécies.
água, 100 °C no nível do mar, para reatores atmosféricos. Essa grande diferença de
fluidos computacional (YU et al., 2007; OEVERMANN et al., 2009; GERBER et al.,
processo instantâneo, sem descrever sua cinética, SOUZA-SANTOS (2004) relata que
52
de dinâmica dos fluidos computacional aqui empregado, a etapa de secagem do
a umidade, independentes.
modelos básicos;
modelos estruturais.
como modelos cinéticos e relata que estes modelos associados à descrição detalhada
53
seguir são abordados alguns dos trabalhos importantes que foram revisados na busca
se também a quantidade de gás obtida por quilograma de matéria prima seca. Essa
constatação mostra o quão importante a água é nas reações dos produtos da pirólise
taxa de decomposição.
54
das partículas. Assim como RODRIGUEZ et al. (1987) os autores também estudaram
ocorre fora das partículas, visto que, para partículas de bagaço secas, o
observaram ainda que, quando se trata de partículas de bagaço úmidas, ocorre uma
do gás produzido.
autores este efeito é mais relevante na formação de char para a biomassa do que para
térmica deste constituinte. O autor explica que em temperaturas abaixo de 300 °C,
55
mais estável, a anidro celulose, a qual tem um alto rendimento de char durante a
voláteis.
partículas com diâmetro maior do que 1 mm, chamadas de macropartículas, têm sua
descritos em termos de char, gás e alcatrão. Os autores ainda sugerem uma cinética
carvão FG-DVC, que combina o modelo dos grupos funcionais para avaliar a
Estes autores apontam um problema nos modelos de pirólise que tratam a biomassa
eles, as quantidade de cada um dos três componentes nem sempre são determinadas
Assim como grande parte dos trabalhos presentes na literatura, eles estudaram o
56
uma planta de escala laboratorial apresentou uma maior produção de bio-óleo e menor
produção de char. O trabalho conclui também que as reações que ocorrem ao longo
no estudo.
bagaço de cana-de-açúcar. O bagaço foi descrito a partir dos três constituintes básicos
de gases produzida.
rendimentos de voláteis foram atribuídos aos vários teores de minerais presentes nas
diferentes amostras.
57
Ainda em 2008, RANZI et al. (2008) realizaram um estudo da pirólise da
relatado em DI BLASI (2008) e ilustrado na Fig. 4.1. Os autores relatam ainda que os
biomassa.
ocorre por meio de múltiplas taxas de reações. Essa constatação foi feita a partir da
58
observação de picos em diferentes temperaturas para a decomposição dos
constituintes da biomassa.
ainda não foi encontrado na literatura um modelo cinético que descreva a pirólise
mesma forma que foi proposto por WEIMER E CLOUGH (1981), SOUZA SANTOS
E FARIAS (2011).
59
idealizado diretamente a partir das informações relativas à pirólise do bagaço
enquanto que a pirólise secundária foi descrita de acordo com MILLER e BELLAN
BELLAN, 1997; GERBER et al., 2010), propõe que na pirólise primária são produzidos
char, gás1 e tar1 e que o produto tar1 é decomposto em uma mistura de gás2, que
60
A distribuição dos produtos da primeira etapa da pirólise, para o modelo
(1987), os produtos da pirólise primária do bagaço são agrupados em char, gás, H2O e
tar1 (também chamado de alcatrão ativo). Foram tomados os valores dos produtos da
pirólise admitindo que a mesma ocorre à temperatura de 650 °C. Para esta
Char 17,52
Gás 39,62
H2O 18,74
Tar1 24,12
na pirólise primária também foi obtida do trabalho de RODRIGUEZ et al. (1987) para a
frações mássicas de C2H6, C2H4 e C2H2 sejam adicionadas à fração mássica de CH4.
mistura a água retida nas ligações químicas liberada na pirólise (NEVES et al., 2011),
61
Tabela 4.2 - Composição do gás produzido na pirólise primária do bagaço de cana-de-
açúcar (RODRIGUEZ et al., 1987).
H2 17,64
CO 44,87
CH4 15,38
CO2 16,74
C2H6 3,03
C2H4 1,90
C2H2 0,44
[ ]
=− [ ] (49)
2002)
= exp − (50)
reação ocorre. Para o caso da reação de craqueamento, tem-se = 4,25 x 106 s-1 e
62
(2010), no presente trabalho, tanto a pirólise primária quanto a secundária foram
H2 10,49
CO 26,67
CH4 14,93
H2O 37,96
CO2 9,95
Não foi encontrada na literatura uma composição típica para o gás derivado do
composição para a mistura gás2 foi considerada a partir da mistura gás1. De acordo
certa quantidade de alcatrão inerte. Este alcatrão inerte será tratado como tar2,
também chamado de alcatrão refratário por DI BLASI (2008), que indica que a
ainda a hipótese de que a mistura gás2 é livre de H2O, em analogia ao gás produzido
bagaço, fornecida por BOROSON et al. (1989). Analisando a composição do gás pode
ser observado que este não contém H2O e que a fração mássica de tar2 é de 22% –
trabalho foi, portanto, tomar a composição da mistura gás1, remover H2O de sua
63
composição e introduzir na mistura o tar2, de modo que sua fração mássica seja 22%,
como sugerido por BOROSON et al. (1989). O peso molecular utilizados para espécies
tar1 e tar2 foi de 128 g/mol, mesmo utilizado por GERBER et al. (2010)
H2 1,13 16,08
CO 40,33 40,9
(1987) teve que ser calculada. A determinação da análise do combustível foi feita a
partir dos produtos de sua decomposição térmica, das quantidades de char, gás1 e tar1
produzidas para a temperatura de pirólise de 650 °C. Foi considerado ainda que todo
tar1 foi craqueado, produzindo uma mistura de gases contendo tar2, considerado inerte.
64
Tabela 4.5 - Análise elementar do combustível utilizado no modelo RODRIGUEZ-
MILLER.
Elemento wt (%)
C 42,54
H 5,35
O 46,81
Tar2 5,30
Essa característica do modelo não permite a sua utilização para biomassas com
outras composição.
65
CENPES/PETROBRAS. O bagaço de cana que será utilizado neste processo é
respectivamente.
C 51,22
H 6,63
O 41,36
N 0,45
S 0,34
Umidade 4,26
Voláteis 77,99
Cinzas 6,72
como descrito na Seç. 4.1; e livre de cinzas por estas não estarem sendo
66
Tabela 4.8 - Coeficientes da molécula equivalente de biomassa.
B 1,00000
B 1,55263
B 0,60559
B 0,00752
B 0,00247
C H O N S → ν ∗C+ν ∗ C H O N S R.15
á
No escopo deste trabalho o char está sendo modelado com sendo constituído por
carbono puro, como tem sido usualmente encontrado na literatura relativa a simulação
de gaseificadores.
massa, a molécula equivalente para os voláteis pode ser conhecida, sendo seus
67
Tabela 4.9 - Coeficientes da molécula equivalente dos voláteis.
V 0,75180
V 1,55263
V 0,60559
V 0,00752
V 0,00247
estequiometricamente consistente,
C H O N S á
1 1
→ V ∗H S+ V ∗N + V ∗ CO + V ∗ CO
2 2
1
+ V (1 − )− + V ∗ CH
2 R.16
1
+ V − 2V − 4 V (1 − )− + V − V ∗H
2
V
+ ∗C H
6
Todo o enxofre é liberado sob a forma de H2S, visto que a atmosfera do reator
68
O carbono não consumido no CO e no CO é dividido entre CH4 e C6H6,
utilizando o coeficiente ;
a forma de H2.
representar o alcatrão se deu com base no estudo de SIMELL et al. (1993) apud
de estudos experimentais para outros bagaços para estimá-los. Para tanto foi
Deve ser notado que PETERSEN E WERTHER (2005) não prevê a formação
69
Tabela 4.10 - Distribuição dos produtos da pirólise primária de RODRIGUEZ et al.
(1987), para temperatura de 650 °C, livre de água.
Char 21,56
Gás1 48,76
Tar1 29,68
H2 16,90
CO 42,99
CH4 24,07
CO2 16,04
H2 15,59
CO 39,65
CH4 22,2
CO2 14,79
C6H6 7,77
70
Utilizando as composições para o gás1 e gás2 das Tabs. 4.11-4.12, e as
frações mássicas de cada produto da decomposição primária da Tab. 4.10, pode ser
calculada a composição final da mistura de gás dos voláteis, dada pela Tab. 4.13.
e .
H2 16,45
CO 41,86
CH4 23,43
CO2 15,62
C6H6 2,64
= 0,5727 (51)
= 0,4273 (52)
= 0,1637 (53)
de interesse pode ser calculada. Utilizando as voláteis cuja molécula é expressa pelos
71
coeficientes Tab. 4.9 pode ser calculada a composição dos voláteis para a biomassa
N2 0,3554
H2S 0,2332
H2 37,6001
CO 32,7833
CH4 14,8755
CO2 12,2302
C6H6 1,9524
partículas.
presença de cinzas nas partículas, que como mostra o trabalho de Köpsel e Zabawski
(1990) tem importante efeito catalizador nas reações de gaseificação. Ocorre também,
72
a implementação de modelos de partícula sofisticados torna-se complexa. O modelo
de partícula de núcleo exposto, ilustrado na Fig. 4.3 (b),é fácil de ser implementado,
enquanto as reações se processa. O que ocorre é que, à medida que as reações que
Reação de Gaseificação
C + H O → CO + H com Vapor de Água
Reações
heterogêneas
C + CO → 2 CO Reação de Bouduard
Reação de
C + 2 H → CH Metanação
Reação de Deslocamento
CO + H O ⇄ H + CO Gás-Água
Reações
homogêneas
Reação de Reforma
CH + H O → CO + 3 H do Metano
leito fluidizado. De fato, o atrito entre as partículas é intenso de modo que as partículas
camada de cinza que se formaria em seu entorno, mantendo, dessa forma, o núcleo
da partícula exposto à atmosfera reativa. Segundo este modelo, a taxa de reação deve
73
Este modelo, portanto, considera efeitos de natureza química e de difusão gasosa no
GERBER et al. (2010) serão abordados na Seç. 5.3, e também podem ser
(a) (b)
Figura 4.3 - Modelos de partícula. (a) Núcleo não exposto; (b) núcleo exposto.
(SOUZA-SANTOS, 2004).
funcionalidade havia sido verificada. Diante dessa situação optou-se por apenas
74
Portanto, apesar da possibilidade da utilização do modelo de partículas de
de uma partícula que utilizam modelos de reação mais simples que os mencionados.
GERBER et al. (2010) e LI et al. (2010) utilizam modelos de cinética simples de passo
avaliadas de acordo com HOBBS et al. (1992), portanto, considerando cinética simples
custo computacional.
75
Tabela 4.16 - Taxas das reações de gaseificação heterogêneas.
[ ]
C + H O → CO + H =− ∗ ∗ ∗[ ] 3,42
[ ]
C + CO → 2 CO =− ∗ ∗ ∗[ ] 3,42
[ ]
C + 2 H → CH =− ∗ ∗ ∗[ ] 3,42 ∗ 10
∗
= (54)
4
1−
=2 (55)
∗
Esses coeficientes são utilizados para transformar a taxa de reação de taxa superficial,
unidade fornecida pelas referências, para taxa volumétrica, como devem ser
reator. Nesse sentido, o cálculo de algumas taxas de reação fazem uso, além do
76
constante de equilíbrio para cálculo da taxa tem-se a reação de deslocamento da água
composição final do gás produzidor. Como mostrado na Tab. 4.15, o presente modelo
reversível, de acordo com SOUZA-SANTOS (1989). Para tanto, no cálculo de sua taxa
-1
Reação Taxa de Reação [s ]
[kJ/mol]
[ ] [ ]∗[ ]
=− ∗ [ ]∗[ ]+
CO + H O
2,78 ∗ 10 12,554
⇄ H + CO
/
= 0,0265 ∗
CH + H O [ ]
=− [ ][ ] 3 ∗ 10 125
→ CO + 3 H
A taxa de reação para a reforma do metano é mais lenta do que aquela para o
muitos modelos para gaseificação de biomassa não têm considerado essa reação. No
77
4.4 Modelagem da Combustão
autotérmica, já que são elas as responsáveis por fornecer energia para as reações
char como a oxidação dos gases liberados durante a pirólise. Observa-se que essas
reações estão sujeitas a ocorrer na parte inferior do leito, pois, devido à gaseificação
ROSS E DAVIDSON (1981) e WEN et al. (1982), de que para partículas de char com
carbono. De modo que, para tal situação, não é considerada a formação de monóxido
Oxidação do monóxido
CO + 0,5O → CO
de carbono
Oxidação parcial
C H + 3O → 6CO + 3H
do benzeno
78
A reação implementada no presente modelo, no entanto, contempla a formação
de CO através da oxidação das partículas de carbono, visto que o reator opera com
acordo com os trabalhos de DESAI E WEN (1978), HOBBS (1990) e HOBBS et al.
ARTHUR (1951),
2+ ∗
= (56)
2 ∗ +1
gaseificação do char (DI BLASI, 2009). Para o cálculo de sua taxa de reação
coerente com a descrição euleriana, que não acompanha o histórico das partículas.
(ANSYS, 2009) para avaliar a combustão das partículas de carbono. Este modelo foi
inicialmente desenvolvido por FIELD (1969) e BAUM E STREET (1971) para calcular a
79
O cálculo da constante da taxa de reação da combustão do char foi feito de
acordo com a expressão fornecida em GERBER et al. (2010), semelhante ao que foi
[ ] ∗
=− ∗ ∗ ∗[ ] (57)
ℎ ∗
= (58)
,
1
= 4,26 ∗ (59)
1800
, /
ℎ = 7 − 10 + 5 ∗ 1 + 0,7 ∗ ∗
, / (60)
+ 1,33 − 2,4 + 1,2
= (61)
∗
80
e o número de Reynolds para o escoamento em torno da partícula da fase i é
V
= (62)
ocorrem dentro do reator, sendo a reação de oxidação do metano a mais lenta dentre
combustão que ocorrem na fase gás são apresentadas na Tab. 4.19. As taxas de
-1
Taxa de Reação [s ] [kJ/mol]
[ ]
=− ∗[ ]∗[ ] ,
∗[ ] , 3,98 ∗ 10 167,269
[ ]
=− ∗[ ]∗[ ] 2,196 ∗ 10 109,138
[ ] , ,
=− ∗[ ] ∗[ ] 1,58 ∗ 10 202,387
[ ]
=− ∗[ ]∗[ ] 1,58 ∗ 10 202,641
81
5 ESTUDO DO MFIX
O código fonte MFIX (Multiphase Flow with Interphase eXchanges) foi
resultados gerados pelo MFIX fornecem informações locais e instantâneas acerca dos
do reator.
BENYAHIA et al., 2007; BENYAHIA, 2008; GERBER et al., 2010; XUE et al., 2011; LI
82
selecionadas da própria documentação do código, onde maiores detalhes podem ser
5.1.1 Discretização
cálculos.
fração volumétrica da fase sólida (ao invés de uma equação para a correção da
variável para assegurar uma progressão mais rápida. De acordo com SYAMLAL
armazenadas nas faces dos volumes. Desse modo, as equações para pressão, fração
83
quantidade de movimento são diferenciados explicitamente, enquanto que os termos
equações de conservação.
pressão para as fases sólidas são ajustadas de modo que a fração de vazio e a fração
84
as velocidades. Em seguida as equações de conservação de massa para as fases
sólidas são resolvidas, para as frações volumétricas das respectivas fases e a fração
tempo para cada volume de controle. As iterações para cada célula ocorrem até que
(somente nas regiões que existem sólidos) sejam satisfeitas ou o número máximo de
das fases sólidas convergirem é feita uma verificação para averiguar se a solução
usuário tem em mãos um conjunto de arquivos de texto com extensão .f, que são as
computacional utilizada.
85
distribuída utilizando bibliotecas OpenMPI ou MPICH2. A Fig. 5.2 é uma imagem do
a ser resolvido assim como a saída de resultados são feitas por arquivos de entrada e
86
Figura 5.2 - Fim da etapa de compilação do código MFIX.
87
Figura 5.3 - Esquema da forma de interação entre o usuário e o código MFIX.
arquivo de entrada chamado mfix.dat. A descrição dos termos fonte das equações de
sub-rotinas específicas.
atribuir valor a uma variável utiliza-se sintaxe do tipo “Nome da Variável = Valor”.
88
da corrida, o tipo de corrida (nova ou de recuperação), o nome dos arquivos gerados,
simulações.
químicas assim como o diâmetro e a massa específica real das partículas de cada
fase.
abordado na Seç. 3.1.5, devem ser especificadas condições iniciais para todas as as
leito assim como a fração de vazios inicial, que resulta na especificação da quantidade
que há a entrada e a saída de gás e de sólidos. Nesta seção podem ser definidos
89
um artifício caro do ponto de vista computacional, o bloqueio de regiões do domínio é
frequência com que cada grandeza será escrita nos arquivos de saída, assim como a
frequência com que é gerado o arquivo utilizado para as rodadas de recuperação, com
simulados.
rrates.f.
químicas. Sendo uma sub-rotina, é necessário recompilar o código toda vez que forem
feitas alterações neste arquivo. Assim como o arquivo mfix.dat, o rrates.f também é
dividido em seções.
as taxas das reações envolvidas no processo de pirólise também são calculadas nesta
seção.
devido cuidado deve ser tomado com as unidades utilizadas nos balanços de massa,
visto que muitas vezes as taxas de reação são calculadas em base molar.
90
Na quarta, e última, seção do rrates.f são calculadas as quantidades de energia
devidas aos processos químicos. Na última versão do código MFIX esta seção foi
automático do calor liberado ou consumido pelas reações químicas não pode ser
Existem ainda outras sub-rotinas a serem utilizadas pelo usuário, tais como
quando e como usar estas sub-rotinas podem ser encontradas em SYAMLAL (1994) e
aos arquivos binários eles tem as seguintes extensões: .SP1, .SP2, .SP3, .SP4, .SP5,
visualizado a partir de qualquer editor de texto. Neste arquivo são escritas mensagens
relativas aos outros arquivos de saída. Já no arquivo .OUT são escritas todas as
91
são escritos os dados de entrada definidos em mfix.dat, além de outros definidos por
default. Se for definido um valor para a variável OUT_DT em mfix.dat, o arquivo .OUT
ainda conterá dados dos campos das variáveis escritas a cada intervalo OUT_DT.
necessárias para recomeçar uma corrida. Este arquivo é atualizado a cada intervalo
Os arquivos com extensão .SPX são binários de precisão simples. Eles contêm
92
O pós processamento dos arquivos binários de saída pode ser feito conforme
desenvolvidos pelo NETL. Informações sobre o uso destes programas podem ser
A validação do uso apropriado do código MFIX foi feita por meio da reprodução
reprodução deste estudo também seja apresentada em PINHO et al. (2012), uma
Uma peculiaridade deste processo sob análise é que seu leito é formado
93
al. (2010). Uma vez que a simulação que foi realizada neste estudo calcula a energia
(23), enquanto que no trabalho original foi utilizada a equação de transporte de energia
granular Eq.(22).
94
biomassa, Fig. 5.4, é considerado um fluxo de biomassa seca e um fluxo de uma
Modelo escolhido
Opção de Modelo
Gerber et al, 2010 Presente trabalho
Modelo de Princeton
Relação constitutiva Modelo de Schaeffer
modificado
∗
Empacotamento crítico( ) 0,35 0,35
∗
> → Modelo de
∗
> → Modelo de Schaeffer
Schaeffer
Modelo de tensões de atrito ∗ ∗
≤ → Modelo de ≤ → Modelo viscoso
Princeton (eq. algébrica)
Modelo de Syamlal e
Correlação de arraste Modelo de Syamlal e O´Brien
O´Brien
gases não condensáveis, alcatrão e água. Sendo este alcatrão liberado na pirólise
primária um alcatrão ativo, que foi tratado como tara. A primeira etapa da pirólise da
(a) (b)
95
O submodelo sugerido por GRØNLI (2000) permite que ocorram diferentes
taxas para a formação de char, gás1 e tara. Para tanto a decomposição térmica da
espécie ou fase indicada, sendo que a madeira será referida como BM; k é a
Taxa de reação -1
Produto [s ] [kJ/mol]
[mol/m³s]
[ á ]
gás1 = [ ] 1,43 ∗ 10 88,6
[ ℎ ]
char = [ ] 7,43 ∗ 10 106,5
[ ]
tara = [ ] 4,13 ∗ 10 112,7
composição do gás derivado da pirólise primária foi admitida como sendo constante,
como apresentada na Tab. 5.4. O char foi modelado como carbono puro. A quantidade
de char produzida durante a pirólise primária é dividida por igual entre as duas fases
96
descreve a decomposição térmica do tara através de uma reação de primeira ordem,
[ ]
=− [ ] (63)
Na Eq. (63), é a constante da reação, avaliada pela equação Eq. (50), com
esquematizada na Fig. 5.5 (b), sendo as frações mássicas de gás2 e tari produzidos,
molecular para a madeira, para o tara e para o tari foi admitido como sendo 128 g/mol,
H2 30,5
CO 18,5
CH4 6,7
H2O 27,4
CO2 16,9
H2 23,5
CO 54,6
CH4 15,0
H2O 0,0
CO2 6,9
97
Quanto as espécies gasosas consideradas no modelo, foi seguida a orientação
presente trabalho são N2, O2, H2, CH4, CO, CO2, H2O, tara e tari. A descrição da
4.2.
parâmetros cinéticos utilizados para o cálculo de suas taxas são apresentados na Tab.
5.6.
-1
Reação Taxa de Reação [s ] [kJ/mol]
[ ]
= −[( + )/( ∗ )] ∗ [ ]
C + O → CO = ℎ∗ / 1,04 ∗ 10 93,117
/ /
ℎ = 2 + 0,6 ∗ ∗
[ ]
C + CO → 2 CO =− ∗[ ] 3,42 129,698
[ ]
C + H O → CO + H =− ∗[ ] 3,42 129,698
[ ]
C + 2H → CH =− ∗[ ] 3,42 ∗ 10 129,698
98
com as sugestões dos trabalhos de ROSS E DAVIDSON, 1981 e WEN et al. (1982),
para partículas de carbono com diâmetro maior do que 1 mm. Os coeficientes das
taxas de reação, ki, são avaliados conforme a equação de Arrhenius, Eq. (50),
DAVIDSON, 1981).
juntamente com os seus respectivos coeficientes cinéticos, são apresentados Tab. 5.7,
onde pode ser observado que a única reação que foi modelada como sendo reversível
(50)
-1
Reação Taxa de Reação [s ]
[kJ/mol]
[ ] [ ]∗[ ]
=− ∗ [ ]∗[ ]+
+ ⇄ + 2,78 ∗ 10 12,554
/
= 0,0265 ∗
[ ] , ,
+ 0,5 → =− ∗[ ]∗[ ] ∗[ ] 3,98 ∗ 10 167,269
[ ]
+ 0,5 → =− ∗[ ]∗[ ] 2,19 ∗ 10 109,138
[ ]
+2 → +2 =− ∗[ ] ,
∗[ ] , 1,58 ∗ 10 202,387
99
As expressões para a taxa da reação de deslocamento da água foi obtida de
variações de temperatura, porém tal efeito não foi considerado em GERBER et al.
(2010).
Fig. 5.6 ilustra a dinâmica de formação das bolhas no interior do reator em um regime
vermelho da Fig. 5.6 indicam que a fração de vazio assume valor unitário, não
mínimo da fração de vazio de 0,43. Podem também ser visualizadas regiões com
100
Nas Figuras 5.7-5.8, são apresentados os comportamentos transientes de
A simulação do reator foi feita até que fosse atingido o tempo real de operação
de 200 segundos, da mesma forma que em GERBER et al. (2010). Para simular este
tempo de operação do reator foram necessário 7 dias utilizando dois núcleos de INTEL
3.1 GHz. Analisando o comportamento das grandezas mostradas nas Figs. 5.7-5.8
pode ser observado que até o tempo real simulado, o regime estatisticamente
101
Tabela 5.8 - Tabela das condições de contorno, iniciais e propriedades das partículas sólidas.
423,15 K 1020 K 4 mm
1 35 cm 2380 J/kg K
102
670 K 0
1 atm
Paredes
970 K
570 K
Condição de deslizamento
Tabela 5.9 - Parâmetros adimensionais relativos ao comportamento das fases sólidas.
Figura 5.6 - Evolução das bolhas para o para o processo de gaseificação de madeira.
Uma análise das Figura 5.7 (b) e Figura 5.8 permite que seja observado o
103
reator. Pode ser notado que à medida que a fração de alcatrão aproxima-se de um
temperatura na saída do reator ainda não ter atingido seu valor de regime permanente.
(a) (b)
Figura 5.7 - Evolução temporal das propriedades do gás na saída do reator; a)
Temperatura; b) Fração mássica de tara.
resultados de GERBER et al. (2010) para o caso base. Os valores médios foram
104
Figura 5.8 - Evolução temporal das frações mássicas da mistura gasosa na saída do
reator
reproduzida com sucesso. O desvio máximo obtido foi para a H2O (~8%) e a fração de
hidrogênio calculada apresentou desvio nulo. Os desvios ocorridos podem ser devido
105
energia utilizada por GERBER et al. (2010), que pode produzir um diferente
madeira em reator de leito fluidizado borbulhante foi considerado que o código MFIX
está sendo usado corretamente. E como o trabalho de GERBER et al. (2010) foi
106
6 MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO
PROCESSO
operação deste. A seguir é feita uma descrição desses parâmetros com o objetivo de
6.1 Equipamento
de leito fluidizado borbulhante que forma parte de uma planta piloto em escala de
laboratório desenvolvida pela empresa espanhola PID Eng&Tech. A Fig. 6.1 mostra o
PETROBRAS.
Dentro do escopo deste estudo estes três sistemas são os mais importantes. Para
107
Figura 6.1 - Diagrama de tubulação e instrumentação da planta piloto (PID Eng&Tech,
2012)
108
6.1.1 Reator de Leito Fluidizado Brobulhante
fabricação.
109
O reator tem uma altura total igual que 1515 mm e está dividido em duas zonas, o leito
material de aço inoxidável. Na parte superior desse cilindro há uma malha de 150
micrometros, através da qual o gás entra no leito do reator, como mostrado na Fig.6.3.
Eng&Tech (2012), uma resistência elétrica é usada para aquecer o leito e a outra
aquece o freeboard. A primeira tem um comprimento igual que 782 mm e entrega uma
descrito.
110
6.1.2 Sistemas de Alimentação de Agente Gaseificador e de Sólidos
Segundo PID Eng&Tech (2012), a planta piloto foi projetada para desenvolver
operação do gaseificador.
água ou misturas destes. Neste sentido o reator tem dois sistemas de alimentação
outro sistema para fornecer os demais gases que podem ser utilizados como agente
111
gaseificador. Este segundo sistema possui um pré-aquecedor que eleva a temperatura
outro que efetivamente realiza a alimentação de biomassa no reator. A Fig. 6.5 ilustra
de alimentação, Fig. 6.6, apresentar taxas de alimentação de bagaço somente até 800
g/h, segundo o manual da planta (PID Eng&Tech, 2012), será alimentado com taxas
112
Figura 6.6 - Taxa de Alimentação de bagaço em função da velocidade angular do fuso
(PID Eng&Tech, 2012).
transiente. Os modelos CFD, como aqueles no MFIX, têm como proposta reduzir a
SANTOS, 2004).
113
No Capítulo 5, foi explicado o tipo de sistema que o MFIX é capaz de simular.
Na mesma seção é descrito ainda que o código não possui qualquer modelo de
do reator são aqui admitidas com o objetivo de reduzir esse custo sem, no entanto,
computacional é representado por uma malha constituída por Imax e J max intervalos nas
unidades utilizado.
Fig. 6.7 (a) podem ser vistos os pontos de entrada do agente gaseificador, na região
inerte e as regiões que possuem isolamento térmico. Nota-se ainda, na Fig. 6.7 (b),
114
O sistema de unidades utilizado nas simulações é o CGS (centímetro-grama-
segundo), embora a unidade das cotas da Fig. 6.7 (a) seja o milímetro. A
se notar que a utilização das unidades no sistema SI métrico não é adequada, pois o
coordenadas retangulares.
(a) (b)
Figura 6.7 - Desenhos esquemáticos do reator PID Eng&Tech modelado no MFIX.
115
alimentação do agente gaseificador e de biomassa são menores do que as do reator
real. Portanto, as taxas mássicas nessas duas regiões de alimentação devem ser
hipótese de simetria axial, a qual não é adequada para simular o reator, devido a
tridimensional também não foi utilizado, pois demandaria uma malha com número
isolamento do reator.
trabalhos que simulam gaseificadores com modelos CFD são, em geral, simples. Nos
116
energia implementada no modelo, Eq. (47), é de terceiro tipo. Na Eq. (47), é a
acordo com BENYAHIA (2010), esse procedimento aproximado para calcular o fluxo
cálcio), conforme a Fig. 6.8. Para avaliar a resistência térmica devida à convecção
Para tanto é utilizada uma correlação para convecção natural sobre uma placa plana
vertical, já que para uma velocidade de 0,2 m/s do escoamento externo ascendente
padrão do MFIX. Para calcular o termo da força de arraste devida às interações gás-
sólidos, é usado o modelo BVK de BEETSTRA et al. (2007). A Tab. 6.1 apresenta as
sólidas.
paredes do reator, tanto para a fase gás como para as partículas. No entanto, ao se
117
Figura 6.8 - Resistências térmicas à perda de calor pelo reator.
118
velocidades do escoamento, ou seja, as condições de contorno são de primeiro tipo.
biomassa é descrita como um processo instantâneo, que ocorre logo que a biomassa
entra no reator. Fazendo essa hipótese, na região de entrada de biomassa devem ser
secagem da biomassa.
A Seç. 4.2 detalhou os dois diferentes modelos de pirólise que serãou tilizados
distribuição dos produtos e composição do gás liberado, para cada modelo de pirólise
nestas duas tabelas são apresentadas em termos de frações mássicas devido a ser
carbono, tal que a corrente de char tem fração mássica 1 para esse elemento.
119
Tabela 6.2 - Frações mássicas da corrente gasosa na entrada de biomassa para o
modelo RODRIGUEZ-MILLER.
O2 0,00
N2 0,00
H2 0,66
CO 23,56
CH4 7,53
H2O 26,69
CO2 13,82
Tar1 27,74
O2 0,00
N2 0,48
H2 3,68
CO 44,89
CH4 11,62
H2O 5,18
CO2 26,32
C6H6 7,45
H2S 0,38
120
7 RESULTADOS E ANÁLISE
qualidade do gás produzido, quanto a sua composição e seu poder calorífico, quando
simulações para cada modelo de pirólise descrito, sendo que para cada simulação
̇
= (64)
̇ ó
que seja feita uma análise das propriedades do gás produzido em função deste
121
de 1000 g/h, foram calculadas as vazões de agente gaseificador necessárias para
Como já foi observado, para configurar as três simulações realizadas para cada
mássicas das correntes de char e de gás na entrada de biomassa também não variam
resultados será feita utilizando as letras “RM” para relacionar o modelo RODRIGUEZ-
7.2 apresentam as vazões de agente gaseificador para os casos em que são usados
122
Tabela 7.1 - Vazão de agente gaseificador para os casos utilizando o modelo de
pirólise RODRIGUEZ-MILLER.
Pode ser notado que para as mesmas razões estequiométricas foram calculadas
123
Os demais parâmetros e propriedades inseridas no mfix.dat são comuns para as
simulações utilizando os dois modelos de pirólise e para os três casos estudados são
124
Tabela 7.4 - Parâmetros e propriedades inseridos no mfix.dat.
Propriedades das
Condições de Contorno Condição Inicial
partículas sólidas
ε á 1,00 Yá 1 Φ 30,0
tanto para a fase gás quanto para as fases sólidas, conforme GERBER et al. (2010).
No tocante as equações de espécies químicas, foi admitido, para a fase gás que o
reator inicialmente é totalmente preenchido por nitrogênio, como feito por YU et al.
(2007).
biomassa utilizando leito de inertes que nos permitisse fazer uma estimativa da
inicial de char foi definida como nula, no entanto para essa condição o código não
implementado.
126
Ocorre que para as condições iniciais que estão sendo utilizadas, para os
reator não foi atingido para nenhuma das simulações realizadas. Embora a
pirólise que foram utilizados, uma comparação entre os resultados obtidos utilizando
(2012). Por fim, será ainda feita uma análise da importância de inserir no modelo de
temperatura de 298 K. Obter o poder calorífico do gás nas nessas condições referidas
(2012).
127
malha a ser utilizada na solução do problema se deu em função de recomendações da
independentes para malhas em que o tamanho dos volumes de controle seja até 10
vezes o diâmetro das partículas das fases sólidas. No presente estudo foram
realizados diversos testes com diferentes malhas, de modo que se conclui que para as
extrapolada.
Malha 1 são utilizados dois diferentes tamanhos para Δx, 2.35 mm e 2.07 mm, sendo
estes utilizados nas regiões lateral e central, respectivamente, como mostrado na Fig.
7.1 e um único valor para Δy, 2 mm. Com esses tamanhos para os volumes de
128
Figura 7.1 - Detalhe da Malha 1.
volumes de controle. Na direção x, utilizou-se, 4,7 mm e 4,14 mm, nas regiões lateral e
O estudo comparativo foi feito utilizando o caso PR-2. As Fig. 7.3-7.5 apresenta
129
Figura 7.2 - Detalhe da Malha 2.
130
Figura 7.4 - Evolução da fração molar de CO para as duas malhas
enquanto que para simular o mesmo período para a Malha 2 foram necessário 3 dias
131
tempo computacional não seja linear com o aumento do número de threads essa
análise nos permite concluir que o uso da Malha 1 para simular o processo encarece
muito as simulações.
variações temporais.
132
Assim apenas com a finalidade de ilustrar o comportamento fluidodinâmico do
reator na Fig. 7.7 são mostrado os campos da fração de vazios para o caso RM-1. A
Os resultados que serão apresentados para os casos RM-1, RM-2 e RM-3 são
foram utilizadas condições iniciais para a temperatura para o leito de inertes de 1000 K
foram interrompidas devido a ter sido atingido o tempo de simulação do reator definido
para o fim da simulação. Para simular os 440 segundos referidos foram necessários
133
A variações temporais mais fortes observadas na primeira simulação realizada
foram para as temperaturas das fases gás e de partículas e para a quantidade inicial
quantidade de char dentro do reator os valores obtidos ao final dos 440 segundos
reator. A fração de nitrogênio não foi representada por esta espécie ter sido tratado
como inerte e, portanto, o valor de sua fração molar estabiliza rapidamente. O tar1 é
da fase gás na saída do reator e da temperatura média do leito de inertes. Pode ser
temporal após os 450 s de simulação. O que nos indica que para ser atingida a
134
temperatura de regime permanente será demandado um custo computacional
considerável.
Ainda na Figura 7.10, pode ser observado que a diferença entre a temperatura
inicial do leito especificada pode ser o motivo do longo transiente que está sendo
experimentado. Isso porque devido a grande capacidade térmica do leito, uma grande
Figura 7.8 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-1.
135
Figura 7.9 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-1.
Figura 7.10 - Temperaturas médias do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso RM-1.
Outra grandeza que pode ter relação importante com o longo transiente é a
Fig. 7.11, em que pode ser observado que até o tempo simulado apresenta variação, e
136
Figura 7.11 - Massa de char dentro do reator para o caso RM-1.
N2 42,45 36,94
H2 1,44 17,48
CO 20,99 18,27
137
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 4,87 MJ/kg. Portanto, dentro
de 30%, é 13,38 cm/s, que resulta em uma vazão de ar a ser especificada no mfix.dat
de 0,0575 g/s. As Figs. 7.12-7.13 ilustram a evolução temporal das espécies químicas
Verifica-se que a temperatura do leito de inertes é mais elevada no Caso RM-2 do que
para o Caso RM-1 e que a diferença de temperatura entre a saída de gases e o leito
Figura 7.12 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-2.
138
Figura 7.13 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-2.
ser verificado, para o caso RM-2, que o valor ao final dos 450 segundos é menor do
que o alcançado para o caso RM-1. Esse comportamento ocorre devido a maior
quantidade de oxigênio inserida no reator para o caso RM-2, que acaba provocando
139
Figura 7.14 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso RM-2.
140
Tabela 7.6 - Composição do gás produzido no caso RM-2
N2 45,57 40,74
H2 1,21 15,11
CO 18,45 16,49
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 4,17 MJ/kg. Esse valor é
àquele obtido para o Caso RM-1, como já esperado devido as frações dos gases
15,612 cm/s, sendo a vazão de mássica inserida no reator descrito no MFIX de 0,0671
g/s. As Figs. 7.16-7.17 retratam a evolução das frações volumétricas das espécies da
141
Figura 7.16 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso RM-3.
Figura 7.17 - Frações molares de CO, CO2 e tar2 na saída do reator para o caso RM-3
142
3
Figura 7.18 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o Caso RM-3.
inertes para os casos RM-1 e RM-2, pode ser observado que à medida que a razão
diminuiu. Outra observação a ser feita é que para o caso RM-3 a temperatura do leito
sobe mais rápido do que para os demais casos, fato já esperado em função da
agente gaseificador.
retratada na Fig. 7.19. Para o caso RM-3 pode ser observado que a quantidade de
diferentemente do que foi observado para os casos RM-1 e RM-2, em que o consumo
143
Figura 7.19 - Massa de char dentro do reator para o Caso RM-3.
N2 48,30 44,25
H2 1,00 12,83
CO 15,55 14,25
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 3,47 MJ/kg, menor do que
os casos 1 e 2. O poder calorífico para o caso 3 é menor devido a uma maior parte do
144
combustível que é oxidada é responsável pela maior liberação de energia neste caso,
demais casos.
reator.
média da fase gás na saída do reator e da temperatura média do leito de inertes para
o caso PR-1. Analisando a Fig. 7.22 pode ser notada a relação existente entre a
temperatura dos gases com as frações volumétricas na saída. Essa relação é devido
145
Figura 7.20 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-1.
Figura 7.21 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
1.
das concentrações dos reagentes pode até mesmo ter seu sentido alterado. No
146
(2010), sua taxa passa a ser relevante em temperaturas elevadas, justificando assim a
Ainda na Figura 7.22, pode ser observado que a diferença entre a temperatura
média dos gases na saída do reator e a temperatura média do leito apresenta uma
inertes elevada – a qual é uma das principais características dos reatores de leito
transiente que está sendo experimentado. Isso porque devido a grande capacidade
térmica do leito, uma grande quantidade de energia é demandada para aumentar sua
que resulta em um lento aumento da taxa de reforma do metano, qual pode ser
observada pela lenta redução da fração molar do metano, pela Fig. 7.20.
Figura 7.22 - Temperaturas médias do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso PR-1.
147
A massa de char dentro do reator é mostrada na Fig. 7.23, em que pode ser
observado que até o tempo simulado, atingiu seu valor médio de regime permanente.
Sendo este valor menor até mesmo do que a quantidade de char para o caso RM-3.
Essa diferença nos valores de regime permanente decorre do fato de que o modelo
148
Tabela 7.8 - Composição do gás produzido no caso PR-1
N2 47,38 39,93
H2 1,62 19,07
CO 25,93 21,85
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 5,50 MJ/kg.
de 30%, é 16,89 cm/s, que resulta em uma vazão de ar a ser especificada no mfix.dat
de 0,0726 g/s. As Figs. 7.24-7.25 ilustram a evolução temporal das espécies químicas
que participam das reações no interior do reator. Observa-se que as variações das
frações molares ocorrem mais rápido do que para o caso PR-1, principalmente para a
149
Figura 7.24 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-2.
temperatura média do leito de inertes. Com relação ao caso PR-1, verifica-se que a
Figura 7.25 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
2.
150
Figura 7.26 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso B2.
A Figura 7.27 exibe a variação da massa de char dentro do reator. Para caso
151
Para a razão estequiométrica de 30% e utilizando o modelo de pirólise
N2 50,42 43,67
H2 1,37 16,59
CO 22,98 19,90
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 4,69 MJ/kg. Portanto, menor
0,0847 g/s. As Figs. 7.28-7.29 retrata a evolução das frações volumétricas das
espécies da fase gás, com exceção do nitrogênio e do H2S, tratados como inertes.
152
Figura 7.28 - Frações molares de H2, CH4 e H2O na saída do reator para o caso PR-3.
leito de inerte e dos gases na saída do reator. Percebe-se ainda um grande aumento
das temperaturas com o decorrer do tempo, assim como para os demais casos. No
das espécies monitoradas. Essas constatações nos induzem a pensar que o regime
153
Figura 7.29 - Frações molares de CO, CO2 e C6H6 na saída do reator para o caso PR-
3.
Figura 7.30 - Temperaturas média do gás na saída do reator e do leito de inertes para
o caso 3.
154
simulado a quantidade de char atinge um valor próximo do que deve ser o seu valor de
regime permanente.
Para a caso PR-3, a composição média do gás para o gás na saída do reator é
N2 52,88 46,89
H2 1,16 14,40
CO 20,41 18,10
155
Sendo o poder calorífico inferior calculado para esse caso 4,01 MJ/kg, menor do que
os casos 1 e 2.
Portanto, uma comparação entre os resultados obtidos nas simulações realizadas com
dados experimentais não foi possível. Como alternativa para avaliar a qualidade dos
resultados obtidos, estes foram comparados com resultados obtidos por simulações
gaseificação em reatores de leito fixo e de leito fluidizado para uma grande diversidade
de combustíveis sólidos.
e das simulações utilizando o MFIX, para os diferentes modelos de pirólise. Para tanto,
156
somente comparadas as quantidades das espécies químicas mais importantes. Nesse
nas Tabs. 7.11-7.13 e mostradas na Fig. 7.32. A comparação entre o poder calorífico
para o gás produzido em cada uma das situações é apresentada na Tab. 7.14.
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Diferença (%)
(fração molar %)
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Diferença (%)
(fração molar %)
157
Tabela 7.13 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(RODRIGUEZ-MILLER) para Rest.=0,35
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Diferença (%)
(fração molar %)
(a) (b)
Figura 7.32 – Comportamento da composição do gás para diferentes razões
estequiométricas; a) previsto pelo CSFMB; b) previsto pelo MFIX (RODRIGUEZ-
MILLER)
Tabela 7.14 - Comparação entre o poder calorífico do gás obitdo das simulações do
CSFMB e MFIX – modelo de pirólise RODRIGUEZ-MILLER .
158
As frações molares paras as espécies químicas CO e CO2, para as três razões
para H2, CH4 e H2O os valores previstos não são próximos. No entanto, quando
comparados o poder calorífico inferior para o gás produzido pelos diferentes modelos,
previsto pelo modelo do MFIX são compensados, no cálculo do PCI, pelo elevados
teores de CH4. A diferença nos teores das espécies químicas analisadas se devem à
nas Tabs. 7.15-7.17 e ilustrada na Fig. 7.33. A comparação entre o poder calorífico
para o gás produzido em cada uma das situações é apresentada na Tab. 7.18.
159
Tabela 7.15 – Comparação entre frações previstas pelo CSFMB e o MFIX
(PETERSEN-RODRIGUEZ) para Rest.=0,25
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Diferença (%)
(fração molar %)
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Desvio (%)
(fração molar %)
CSFMB
Espécie química xi (%) – fração molar Desvio (%)
(fração molar %)
160
(a) (b)
Figura 7.33 - Comportamento da composição do gás para diferentes razões
estequiométricas; a) previsto pelo CSFMB; b) previsto pelo MFIX (PETERSEN-
RODRIGUEZ)
Tabela 7.18 - Comparação entre o poder calorífico do gás obitdo das simulações do
CSFMB e MFIX – modelo de pirólise PETERSEN-RODRIGUEZ.
os dois modelos.
161
Na Tabela 7.18 verifica-se que os desvios para o PCI calculado é pequeno,
RODRIGUEZ-MILLER.
LECKNER (2010) relata, ainda, que, devido a taxa de reação da reação de reforma do
tal reação.
Diante dessa situação decidiu-se fazer uma análise do efeito dessa reação na
resultados a seguir foi a consideração da reação sobre análise. As Tabs. 7.19 -7.21
que na Tab. 7.22 é apresentada a comparação entre o poder calorífico inferior do gás
produzido pelo modelo de reação que considera a reforma do metano e para o modelo
analisadas.
162
Tabela 7.19 – Comparação dos gás produzido para =0,25.
163
Tabela 7.21 – Comparação dos gás produzido para =0,35.
164
8 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
dos resultados é que o poder calorífico inferior do gás obtido para as razoes
problema exatamente a mesma biomassa que o CSFMB, a não ser pelo diâmetro de
de pirólise que estão sendo utilizados podem vir de algumas diferenças importantes
pirólise estudados, que pode ter efeito relevante, é que ambos consideram a pirólise
165
Como já era esperado, foi observado que à medida foi aumentada a razão
mistura produzida é observado um aumento dos teores de N2, CO2 e H2O e uma
redução de H2, CO, e CH4. Nota-se nas Figs. 7.32-7.33 que, apesar do CH4 ser um
multifásicos com transferência de calor, massa. Sendo que limitação observada foi
configurações e modelos padrão, a não ser pelo modelo de arraste gás-sólido. Nesse
sentido é possível que as simulações realizadas possam ser melhoradas com o uso de
mais próximo possível das condições de operação buscadas. Quando estas não forem
malhas mais grosseiras, que sejam baratas do ponto de vista computacional, para
166
da equação algébrica para avaliação da temperatura granular, a consideração do
essa análise.
Outro estudo interessante para ser feito é fazer uma análise detalhada da
fluidodinâmica do reator que foi simulado. Neste estudo deveria ser realizada uma
energia granular.
do reator.
por uma forma mais sofisticada de descrever o processo de pirólise. Deve ser buscado
para diferentes temperaturas em que a pirólise ocorrer. Este modelo deveria também
167
reações homogêneas também é interessante que seja considerada a combustão
168
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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178
10 ANEXO I – mfix.dat
# UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
# PROGRAMA DE ENGENHARIA MECÂNICA
# JEAN MONTEIRO DE PINHO – 2012
#
# Simulacao da Gaseificacao de bagaco de cana-de-acucar
# MODELO de Pirolise de PETERSEN-RODRIGUEZ
# Razao Estequiometrica Re=0.25
#
#
#----------------------------------------------------------
#
# RUN CONTROL SECTION
#
#----------------------------------------------------------
RUN_NAME = 'MOD01B'
DESCRIPTION = 'Modelo de gaseificador 1'
UNITS = 'CGS'
RUN_TYPE = 'new'! 'restart_1'
TIME = 0.d0
TSTOP = 1500.d0 !30.d0
DT = 1.d-3
DT_MAX = 1.d0
DT_MIN = 1.q-15
!DETECT_STALL = .FALSE.
ENERGY_EQ = .T.
SPECIES_EQ = .T. .F. .T. .T.!
CALL_USR = .T.
! GRANULAR_ENERGY = .T.
NO_K = .T.
! UR_FAC(1) = 0.5d0
! UR_FAC(3) = 0.3d0
! UR_FAC(4) = 0.3d0
! UR_FAC(6) = 0.1
! UR_FAC(7) = 0.5
NORM_s = 0.0d0
NORM_g = 0.0d0
#----------------------------------------------------------
#
# Numerical Parameters
#
#----------------------------------------------------------
MAX_NIT = 100
179
! TOL_RESID = 1.d-3
! TOL_RESID_Th = 1.d-4
! TOL_RESID_T = 1.d-4
! TOL_RESID_X = 1.d-4
Max_Inlet_Vel_Fac = 1.d0
! DISCRETIZE(1) = 2
! DISCRETIZE(2) = 2
! DISCRETIZE(3) = 2
! DISCRETIZE(4) = 2
! DISCRETIZE(5) = 2
! DISCRETIZE(6) = 2
! DISCRETIZE(7) = 3
! DISCRETIZE(8) = 2
! DISCRETIZE(9) = 2
! CHI_SCHEME = .TRUE.
#----------------------------------------------------------
#
# Physical parameters
#
#----------------------------------------------------------
C_e = 0.9d0
e_w = 0.9d0
Phi = 30.d0
C_f = 0.1d0!
#----------------------------------------------------------
#
# GEOMETRY SECTION
#
#----------------------------------------------------------
COORDINATES = 'CARTESIAN'
IMAX = 32 ! 134.5 mm
DX = 1*.235d0, 5*.47d0, 20*.414d0, 5*.47d0, 1*.235d0
#----------------------------------------------------------
#
# USER DEFINED CONSTANTS
#
#----------------------------------------------------------
#----------------------------------------------------------
#
# GAS SECTION
#
#----------------------------------------------------------
180
NMAX(0) = 9
SPECIES_NAME ='O2' 'N2' 'H2' 'CO' 'CH4' 'H2O' 'CO2' 'C6H6' 'H2S'
#----------------------------------------------------------
#
# PARTICLE SECTION
#
#----------------------------------------------------------
MMAX=2
! Inerte Char
NMAX(1) = 1 1
SPECIES_NAME(10) = 'AREIA' 'CHAR'
D_p0(1) = 0.0233d0
D_p0(2) = 0.0233d0
#
#A massa específica a ser inserida é a massa específica aparente da
#partícula - tomado do mfixlist (RE: solids density)
#
RO_s(1) = 3.563d0 ! ro para areia do CSFMB
RO_s(2) = 0.25d0 ! ro para o char de Rodriguez et al (1987)
EP_star = 0.42d0 !
#----------------------------------------------------------
#
# INITIAL CONDITIONS SECTION
#
#----------------------------------------------------------
! Região (1) Região (2)
! Bed Freeboard
IC_x_w = 0.d0 0.d0
IC_x_e = 13.45d0 13.45d0
IC_y_s = 0.d0 42.6d0
IC_y_n = 42.6d0 112.d0
181
IC_X_g(1,1) = 0.d0 0.d0
IC_X_g(1,2) = 1.d0 1.d0
IC_X_s(1,1,1) = 1.d0 0.d0
IC_X_s(1,2,1) = 1.d0 1.d0
#----------------------------------------------------------
#
# BOUNDARY CONDITIONS SECTION
#
#----------------------------------------------------------
!----------------------------------------------------------
!
! ENTRADA DE AR
!
!----------------------------------------------------------
BC_x_w(1) = 2.585d0
BC_x_e(1) = 10.865d0
BC_y_s(1) = 0.d0
BC_y_n(1) = 0.d0
BC_TYPE(1) = 'MI'
BC_EP_g(1) = 1.d0
BC_P_g(1) = 1.01325q6
BC_T_g(1) = 673.15d0
BC_MASSFLOW_g(1) = 0.0605257d0
BC_U_g(1) = 0.d0
BC_X_g(1,1) = 0.233d0
BC_X_g(1,2) = 0.767d0
BC_X_g(1,3) = 0.d0
BC_X_g(1,4) = 0.d0
BC_X_g(1,5) = 0.d0
BC_X_g(1,6) = 0.d0
BC_X_g(1,7) = 0.d0
BC_X_g(1,8) = 0.d0
BC_X_g(1,9) = 0.d0
BC_X_s(1,1,1) = 1.d0
BC_X_s(1,2,1) = 1.d0
BC_U_s(1,1) = 0.d0
BC_V_s(1,1) = 0.d0
BC_T_s(1,1) = 673.15d0
BC_U_s(1,2) = 0.d0
BC_V_s(1,2) = 0.d0
BC_T_s(1,2) = 673.15d0
!----------------------------------------------------------
!
! ENTRADA DE BIOMASSA
!
!----------------------------------------------------------
182
BC_x_w(2) = 2.585d0
BC_x_e(2) = 2.585d0
BC_y_s(2) = 6.d0
BC_y_n(2) = 7.6d0
BC_TYPE(2) ='MI'
BC_ep_g(2) = 0.42d0
BC_ROP_s(2,1) = @(0.00d0*3.563d0)
BC_ROP_s(2,2) = @(0.58d0*0.25d0)
BC_P_g(2) = 1.01325d6
BC_T_g(2) = 373.15d0
BC_T_s(2,1) = 373.15d0
BC_T_s(2,2) = 373.15d0
BC_MASSFLOW_g(2)= 0.0350724d0
BC_V_g(2) = 0.0d0
BC_U_s(2,1) = 0.0d0
BC_V_s(2,1) = 0.0d0
BC_MASSFLOW_s(2,2)= 4.72379d-3
BC_V_s(2,2) = 0.0d0
BC_X_s(2,1,1) = 1.q0
BC_X_s(2,2,1) = 1.q0
!----------------------------------------------------------
!
! SAÍDA DE GÁS + SÓLIDOS
!
!----------------------------------------------------------
BC_x_w(5) = 13.45d0
BC_x_e(5) = 13.45d0
BC_y_s(5) = 104.d0
BC_y_n(5) = 106.4d0
BC_TYPE(5) = 'Po'
BC_P_g(5) = 1.01325e6
!----------------------------------------------------------
!
! DEFININDO OBSTÁCULOS
!
!----------------------------------------------------------
183
! Região "I" Esquerda - Inferior
! 1 2 3 4 5
BC_X_w(20) = 0.d0 0.705d0 1.175d0 1.645d0 2.115d0
BC_X_e(20) = 0.705d0 1.175d0 1.645d0 2.115d0 2.585d0
BC_Y_s(20) = 0.d0 0.d0 0.d0 0.d0 0.d0
BC_Y_n(20) = 71.2d0 68d0 64.8d0 61.6d0 58.4d0
BC_TYPE(20) = 'NSW' 'NSW' 'NSW' 'NSW' 'NSW'
BC_JJ_PS(20) = 5*0 !
BC_hw_T_g(20) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_g(20) = 5*303.15d0
BC_C_T_g(20) = 5*0.d0
BC_hw_T_s(20,1) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_s(20,1) = 5*303.15d0
BC_C_T_s(20,1) = 5*0.d0
BC_hw_T_s(20,2) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_s(20,2) = 5*303.15d0
BC_C_T_s(20,2) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,1) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,1) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,2) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,2) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,3) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,3) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,4) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,4) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,5) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,5) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,6) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,6) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,7) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,7) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,8) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,8) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(20,9) = 5*0.d0
BC_C_X_g(20,9) = 5*0.d0
BC_hw_X_s(20,1,1) = 5*0.d0
BC_C_X_s(20,1,1) = 5*0.d0
BC_hw_X_s(20,2,1) = 5*0.d0
BC_C_X_s(20,2,1) = 5*0.d0
BC_hw_g(20) = 5*0.d0
BC_hw_s(20,1) = 5*0.d0
BC_hw_s(20,2) = 5*0.d0
184
BC_hw_T_g(25) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_g(25) = 5*303.15d0
BC_C_T_g(25) = 5*0.d0
BC_hw_T_s(25,1) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_s(25,1) = 5*303.15d0
BC_C_T_s(25,1) = 5*0.d0
BC_hw_T_s(25,2) = 5*3.22074d-6
BC_Tw_s(25,2) = 5*303.15d0
BC_C_T_s(25,2) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,1) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,1) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,2) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,2) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,3) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,3) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,4) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,4) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,5) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,5) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,6) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,6) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,7) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,7) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,8) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,8) = 5*0.d0
BC_hw_X_g(25,9) = 5*0.d0
BC_C_X_g(25,9) = 5*0.d0
BC_hw_X_s(25,1,1) = 5*0.d0
BC_C_X_s(25,1,1) = 5*0.d0
BC_hw_X_s(25,2,1) = 5*0.d0
BC_C_X_s(25,2,1) = 5*0.d0
BC_hw_g(25) = 5*0.d0
BC_hw_s(25,1) = 5*0.d0
BC_hw_s(25,2) = 5*0.d0
185
BC_hw_X_g(31,1) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,1) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,2) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,2) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,3) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,3) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,4) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,4) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,5) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,5) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,6) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,6) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,7) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,7) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,8) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,8) = 2*0.d0
BC_hw_X_g(31,9) = 2*0.d0
BC_C_X_g(31,9) = 2*0.d0
BC_hw_X_s(31,1,1)= 2*0.d0
BC_C_X_s(31,1,1) = 2*0.d0
BC_hw_X_s(31,2,1)= 2*0.d0
BC_C_X_s(31,2,1) = 2*0.d0
BC_hw_g(31) = 2*0.d0
BC_hw_s(31,1) = 2*0.d0
BC_hw_s(31,2) = 2*0.d0
BC_JJ_PS(33) = 3*0
BC_hw_T_g(33) = 3*3.856d-3
BC_Tw_g(33) = 3*303.15d0
BC_C_T_g(33) = 3*0.d0
BC_hw_T_s(33,1) = 3*3.856d-3
BC_Tw_s(33,1) = 3*303.15d0
!********************* TESTES
BC_C_T_s(33,1) = 3*0.d0
BC_hw_T_s(33,2) = 3*3.856d-3
BC_Tw_s(33,2) = 3*303.15d0
BC_C_T_s(33,2) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,1) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,1) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,2) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,2) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,3) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,3) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,4) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,4) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,5) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,5) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,6) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,6) = 3*0.d0
186
BC_hw_X_g(33,7) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,7) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,8) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,8) = 3*0.d0
BC_hw_X_g(33,9) = 3*0.d0
BC_C_X_g(33,9) = 3*0.d0
BC_hw_X_s(33,1,1)= 3*0.d0
BC_C_X_s(33,1,1) = 3*0.d0
BC_hw_X_s(33,2,1)= 3*0.d0
BC_C_X_s(33,2,1) = 3*0.d0
BC_hw_g(33) = 3*0.d0
BC_hw_s(33,1) = 3*0.d0
BC_hw_s(33,2) = 3*0.d0
BC_hw_g(36) = 1*0.d0
BC_hw_s(36,1) = 1*0.d0
BC_hw_s(36,2) = 1*0.d0
187
#----------------------------------------------------------
#
# OUTPUT CONTROL SECTION
#
#----------------------------------------------------------
!Report_mass_balance_dt = 0.1
RES_DT = 0.02d0
OUT_DT = 500.d0
NLOG = 25
! FULL_LOG = .TRUE.
188
12 ANEXO II – rrates.f
!vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
!
! Module name: RRATES(IER)
! Purpose: Calculate reaction rates for various reactions in cell ijk
!
! Author: Date:
! Reviewer: Date:
!
! Revision Number:
! Purpose:
! Author: Date: dd-mmm-yy
! Reviewer: Date: dd-mmm-yy
!
! Literature/Document References:
!
! Variables referenced: MMAX, IJK, T_g, T_s1, D_p, X_g, X_s, EP_g,
! P_g, HOR_g,HOR_s
!
!
! Variables modified: M, N, R_gp, R_sp, RoX_gc, RoX_sc, SUM_R_g,
! SUM_R_s
!
! Local variables:
!
!^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
!
!
SUBROUTINE RRATES(IER)
!Translated by Pacific-Sierra Research VAST-90 2.06G5 12:17:31
!12/09/98
!...Switches: -xf
!-----------------------------------------------
! M o d u l e s
!-----------------------------------------------
USE param
USE param1
USE parallel
USE fldvar
189
USE rxns
USE energy
USE geometry
USE run
USE indices
USE physprop
USE constant
USE funits
USE toleranc
USE compar
USE sendrecv
USE usr
IMPLICIT NONE
!-----------------------------------------------
! G l o b a l P a r a m e t e r s
!-----------------------------------------------
!-----------------------------------------------
! D u m m y A r g u m e n t s
!-----------------------------------------------
!
! Error index
INTEGER IER!
! Local phase and species indices
INTEGER L, LM, M, N
! cell index
INTEGER IJK
190
!
! Fase de Gás => Fase 0
! Fase de Inertes => Fase 1
! Fase de CCHAR => Fase 2
INTEGER, PARAMETER:: GAS=0, INERTE=1, CCHAR=2
! No -> 1 2 3 4 5 6 7 8 9
INTEGER, PARAMETER:: O2=1, N2=2, H2=3, CO=4, CH4=5, H2O=6, CO2=7, &
C6H6=8, H2S =9
LOGICAL COMPARE
! Function subroutines
!
! LOGICAL COMPARE
!
! Local Variables
!
! Taxas de Reação, Temperaturas, Pressões, Constantes
191
DOUBLE PRECISION, PARAMETER:: RGAS = 8.31447d0
! RETURN
! ELSE
! IER = 1
! RETURN
! ENDIF
!*********************************************************************
R_tmp = UNDEFINED
A_p1 = (Pi*(D_p0(1)**2.d0))/(4.d0)
A_p2 = (Pi*(D_p0(2)**2.d0))/(4.d0)
! --- Remember to include all the local variables here for parallel
! ---- processing
!$omp parallel do firstprivate(R_tmp), &
!$omp private(ijk, L, LM, M, N)
IF (FLUID_AT(IJK)) THEN
!
! User input is required in sections 1 through 4.
!
!111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
!
! 1. Write the rates of various reactions:
!Write the reaction rates for each of the reactions as RXNxF and RXNxB
!(bothquantities >= 0), where x identifies the reaction, F stands for
192
! forward rate, and B stands for the backward rate. The rates can be
! in g-mole/(cm^3.s) or g/(cm^3.s). For the sake of clarity, give the
! reaction scheme and the units in a comment statement above the rate
! expression. The volume (cm^3) is that of the computational cell.
! Therefore, for example, the rate term of a gas phase reaction will
! have a multiplicative factor of !epsilon. Note that X_g and X_s are
! mass fractions
!
PATM = P_g(IJK) / 1013250.d0
TGX = MIN(TMAX,T_g(IJK))
TS1X = MIN(TMAX,T_s(IJK,1))
TS2X = MIN(TMAX,T_s(IJK,2))
TGS1X = HALF * (TGX+TS1X)
TGS2X = HALF * (TGX+TS2X)
EP_s1 = EP_s(IJK,1)
N_esp2 = (3.d0/4.d0)*(EP_s(IJK,2)) &
/(Pi*((D_p0(2)/2.d0)**3.d0))
!#####################################################################
!
! PROCESSO DE GASEIFICAÇÃO
!
!#####################################################################
aa_J = (10.d0**(3.4d0))*DEXP(-12.400d3/(1.987d0*TGS2X))
a_J = (2.d0 + aa_J)/(2.d0 * (aa_J + 1.d0))
193
Re_J = EP_g(IJK) * D_p0(CCHAR) * Vel_J * RO_g(IJK)&
/ MU_g(IJK)
Sc_J = MU_g(IJK)/(RO_g(IJK)*Dif_J)
194
K_qui_C = 3.42d0*TS2X*DEXP(-15.6d3/TS2X)
RXNC2F = A_p2*N_esp2*K_qui_C &
*(X_g(IJK,H2O)*MW_MIX_g(IJK)/MW_g(H2O))&
*P_g(IJK)/(GAS_CONST*TGX)
RXNEF = EP_g(IJK)*K_qui_E*(RO_g(IJK)**2.d0)&
*((X_g(IJK,CO)*X_g(IJK,H2O))/(MW_g(H2O)*MW_g(CO)))
RXNEB = (EP_g(IJK)*K_qui_E*(RO_g(IJK)**2.d0)&
*((X_g(IJK,CO2)*X_g(IJK,H2))/(MW_g(H2)*MW_g(CO2))))&
/K_eq_E
ELSE
RXNEF = ZERO
195
RXNEB = ZERO
END IF
196
*P_g(IJK)/(GAS_CONST*TGX))**0.7d0) &
*(((X_g(IJK,O2)*MW_MIX_g(IJK)/MW_g(O2)) &
*P_g(IJK)/(GAS_CONST*TGX))**0.8d0)
ELSE
RXNHF = ZERO
END IF
197
! .SPA file. The if statements are used so that the user may change
! nRR from 0 to 7 in the datafile. These arrays are not used for any
! calculations or for restart.
!222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222
!
!2. Write the formation and consumption rates of various species:
! Obtain the rates of formation and consumption of various species
! in g/(cm^3.s) from the rate expressions RXNxF and RXNxB obtained
! in the previous section. Pay attention to the units of RXNxF and
! RXNxB. The formation rates for gas species n are added to get
! R_gp (IJK, n).
! All the consumption rates are added and then divided by
! X_g(IJK, n) to get RoX_gc(IJK, n). If X_g(IJK, n) is zero and
! species n is likely to be consumed in a reaction then it is
! recommended that RoX_gc (IJK, n) be initialized to the derivative
! of the consumption rate with respect to X_g at X_g=0.
! If the slope is not known analytically a small value such as
! 1.0e-9 may instead be used. A similar procedure is used for all
! the species in the solids phases also.
!
!----------------------------------------------------------
! GAS SPECIES
!----------------------------------------------------------
!(1) O2
!Geracao
R_gp(IJK, O2) = ZERO
!Consumo
IF(X_g(IJK, O2) .GT. ZERO) THEN
RoX_gc(IJK, O2) = (a_J*RXNA2F + 0.5d0*RXNFF + 0.5d0*RXNGF &
+ 2.d0*RXNHF + 3.d0*RXNJF )&
198
* MW_g(O2) / X_g(IJK, O2)
ELSE
RoX_gc(IJK, O2) = ZERO
ENDIF
!(2) N2
R_gp(IJK,N2) = ZERO
RoX_gc(IJK,N2) = ZERO
!(3) H2
!Geracao
R_gp(IJK,H2) = (RXNC2F + RXNEF + 3.d0*RXNIF + H2PIR &
+ H2TAR + 3.d0*RXNJF )*MW_g(H2)
!Consumo
IF(X_g(IJK, H2) .GT. ZERO) THEN
RoX_gc(IJK, H2)=(2.d0 * (RXND2F) + RXNEB + RXNGF)
* MW_g(H2)/ X_g(IJK,H2)
ELSE
RoX_gc(IJK, H2) = ZERO
ENDIF
!(4) CO
!Geracao
R_gp(IJK, CO) = ( (2.d0 - 2.d0*a_J) * RXNA2F + 2.d0*RXNB2F
+ RXNC2F + RXNEB + RXNIF + COPIR + COTAR
+ 6.d0*RXNJF )* MW_g(CO)
!Consumo
IF(X_g(IJK, CO) .GT. ZERO ) THEN
RoX_gc(IJK, CO) = (RXNEF + RXNFF) * MW_g(CO)/X_g(IJK,CO)
ELSE
RoX_gc(IJK, CO) = ZERO
ENDIF
!(5) CH4
!Geracao
R_gp(IJK,CH4) = (RXND2F + CH4PIR + CH4TAR ) * MW_g(CH4)
!Consumo
IF ( X_g(IJK,CH4) .GT. ZERO) THEN
RoX_gc(IJK,CH4) =(RXNHF + RXNIF ) * MW_g(CH4)/X_g(IJK,CH4)
ELSE
199
RoX_gc(IJK,CH4) = ZERO
END IF
!(6) H2O
!Geracao
R_gp(IJK,H2O) = (RXNEB + RXNGF + 2.d0 * RXNHF + H2OPIR&
+ H2OTAR)* MW_g(H2O)
!Consumo
IF(X_g(IJK,H2O) .GT. ZERO) THEN
RoX_gc(IJK,H2O) = (RXNC2F + RXNEF + RXNIF)&
* MW_g(H2O)/X_g(IJK, H2O)
ELSE
RoX_gc(IJK, H2O) = ZERO
ENDIF
!(7) CO2
!Geracao
R_gp(IJK, CO2) = ((2.d0*a_J - 1.d0)*RXNA2F + RXNEF + RXNFF &
+ RXNHF + CO2PIR + CO2TAR )* MW_g(CO2)
!Consumo
IF(X_g(IJK, CO2) .GT. ZERO) THEN
RoX_gc(IJK, CO2) = (RXNB2F + RXNEB) * MW_g(CO2)/X_g(IJK,CO2)
ELSE
RoX_gc(IJK, CO2) = ZERO
ENDIF
!(8) C6H6
!Geracao
R_gp(IJK,C6H6) = (RXNPIR2c + RXNPIR2h + RXNPIR2l)*MW_g(C6H6)
!Consumo
IF(X_g(IJK,C6H6).GT.ZERO) THEN
RoX_gc(IJK,C6H6) = RXNJF * MW_g(C6H6)/X_g(IJK,C6H6)
ELSE
RoX_gc(IJK,C6H6) = ZERO
END IF
!(9) H2S
200
!Geracao
R_gp(IJK,H2S) =ZERO
RoX_gc(IJK,H2S)= ZERO
!----------------------------------------------------------
! SOLIDS SPECIES
!----------------------------------------------------------
!INERTES
R_sp(IJK, INERTE, AREIA) = 0.d0
! (1) CARBON
!Geração
R_sp(IJK, CCHAR, FC) =0.d0
!Consumo
IF(X_s(IJK,CCHAR,FC) .GT. ZERO) THEN
RoX_sc(IJK,CCHAR,FC) = (RXNA2F + RXNB2F + RXNC2F + RXND2F)&
* MW_s(CCHAR,FC) / X_s(IJK,CCHAR,FC)
ELSE
RoX_sc(IJK,CCHAR,FC) = ZERO
ENDIF
!333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333
! 3. Determine the g/(cm^3.s) transferred from one phase to the other.
! R_tmp(To phase #, From phase #)
! e.g. R_tmp(0,1) - mass generation of gas phase from solids-1,
! R_tmp(0,2) - mass generation of gas phase from solids-2,
! R_tmp(1,0) - mass generation of solid-1 from gas = -R_tmp(0,1)
! R_tmp(1,2) - mass generation of solid-1 from solids-2.
! Note, for example, that if gas is generated from solids-1 then
! R_tmp(0,1) > 0.
! The R-phase matrix is skew-symmetric and diagonal elements are not
! needed. Only one of the two skew-symmetric elements -- e.g.,
! R_tmp(0,1) or R_tmp(1,0) -- needs to be specified.
!
! X_tmp(M,L, N) is the mass fraction of species N in the material
201
! transferred between phase-M and phase-L. If the destination phase
! is M, then N is the index of the species in phase-M, otherwise N is
! the index of
! the species in phase-L; e.g. (1) In the reaction C+1/2O2 --> CO, the
! destination phase is gas phase. Then N will be equal to the index of
! CO in gas phase. (2) If H2O is trasferred between liquid and gas
! phases either evaporation or condensation, then the index must
! change depending upon the direction of mass transfer. For
! condensation, N is the species index of H2O in the liquid phase and
! for evaporation it is the species index of H2O in the gas phase.
! Also Sum_over_N (X_tmp(M,L, N)) should be equal to 1.
!
IF(MMAX > 0) THEN
R_tmp(GAS,INERTE) = 0.d0
R_tmp(CCHAR,INERTE) = 0.d0
END IF
!444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444
!
! 4. Determine the heat of reactions in cal/(cm^3.s) at the
! temperature T_g or T_s1. Note that for exothermic reactions HOR_g
! (or HOR_s) will be negative. The assignment of heat of reaction is
! user defined as it depends upon the microphysics near the interface,
! which is averaged out in the multiphase flow equations. For example,
! heat of Reaction for the C + O2 reaction is split into parts; CO
! formation is assigned to the solid phase and CO2 formation from CO
! to the gas phase.
! *** This section is no longer needed as the heats of reactions are
! calculated below. If you need to override the automatic calculation,
! comment out the calculations below.
!
!=====================================================================
!
! No user input is required below this line
!---------------------------------------------------------------------
! Determine g/(cm^3.s) of mass generation for each of the phases by
202
! adding the reaction rates of all the individual species.
SUM_R_G(IJK) = ZERO
IF (SPECIES_EQ(0)) THEN
IF (NMAX(0) > 0) THEN
SUM_R_G(IJK) = SUM_R_G(IJK) + SUM(R_GP(IJK,:NMAX(0))&
-ROX_GC(IJK,:NMAX(0))*X_G(IJK,:NMAX(0)))
ENDIF
ELSE
DO M = 1, MMAX
IF(R_tmp(0,M) .NE. UNDEFINED)THEN
SUM_R_G(IJK) = SUM_R_G(IJK) + R_tmp(0,M)
ELSEIF(R_tmp(M,0) .NE. UNDEFINED)THEN
SUM_R_G(IJK) = SUM_R_G(IJK) - R_tmp(M,0)
ENDIF
ENDDO
ENDIF
!
DO M = 1, MMAX
SUM_R_S(IJK,M) = ZERO
IF (SPECIES_EQ(M)) THEN
IF (NMAX(M) > 0) THEN
SUM_R_S(IJK,M)=SUM_R_S(IJK,M)&
+SUM(R_SP(IJK,M,:NMAX(M))-ROX_SC(IJK,M,:NMAX(M))&
*X_S(IJK,M,:NMAX(M)))
ENDIF
ELSE
DO L = 0, MMAX
IF(R_tmp(M,L) .NE. UNDEFINED)THEN
SUM_R_s(IJK,M) = SUM_R_s(IJK,M) + R_tmp(M,L)
ELSEIF(R_tmp(L,M) .NE. UNDEFINED)THEN
SUM_R_s(IJK,M) = SUM_R_s(IJK,M) - R_tmp(L,M)
ENDIF
ENDDO
ENDIF
END DO
!---------------------------------------------------------------------
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! CÁCULO DAS ENTALPIAS DE REAÇÃO
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203
! É admitido que o calor liberado pelas reações heterogêneas é
! entregue à fase sólida, enquanto que o calor liberado pelas reações
! homogêneas é entregue por completa à fase gás.
DHRB = (2.d0*CALC_H(IJK,0,CO)*MW_g(CO)-CALC_H(IJK,CCHAR,FC)&
*MW_s(CCHAR,FC)-CALC_H(IJK,0,CO2)*MW_g(CO2))
DHRC = (CALC_H(IJK,0,CO)*MW_g(CO)+CALC_H(IJK,0,H2)*MW_g(H2)&
-CALC_H(IJK,CCHAR,FC)*MW_s(CCHAR,FC)-CALC_H(IJK,0,H2O)&
*MW_g(H2O))
DHRD = (CALC_H(IJK,0,CH4)*MW_g(CH4)-CALC_H(IJK,CCHAR,FC)&
*MW_s(CCHAR,FC)- 2.d0*CALC_H(IJK,0,H2)*MW_g(H2))
DHRE = (CALC_H(IJK,0,H2)*MW_g(H2)+CALC_H(IJK,0,CO2)*MW_g(CO2)&
-CALC_H(IJK,0,CO)*MW_g(CO)-CALC_H(IJK,0,H2O)*MW_g(H2O))&
*RXNEF
DHRG = (CALC_H(IJK,0,H2O)*MW_g(H2O)-CALC_H(IJK,0,H2)*MW_g(H2)&
- 0.5d0*CALC_H(IJK,0,O2)*MW_g(O2))*RXNGF
204
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! Cálculo do termo fonte envolvendo o calor de reação
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HOR_G(IJK) = DHRE+DHRF+DHRG+DHRH+DHRI+DHRJ
HOR_s(IJK,CCHAR)=DHRA*RXNA2F+DHRB*RXNB2F+DHRC*RXNC2F+DHRD*RXND2F
ENDIF
205
END DO
206