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Figurino e adereços 1.

500 €
Cenografia 2.000 €
luz 2.000 €
Desenho de som 1.000 €
Filmagem 1.000 €
Designer gráfico 600 €
Reserva de transporte 2.000€
Caixa da produção 3.225 €

Reserva da produção

Pagamentos:
- Representante legal/atriz 2.225 €
- Produtor 2.225 €
- Artista 2.225 €
Total 20.000 €
Orçamento de criação e produção
do projeto Primeiro Ensaio
Sinopse:
María é uma jovem atriz que deseja se tornar a maior artista do mundo,
numa busca por si mesma e pelo o que lhe motiva a criar, ela decide embarcar
numa jornada de treinamento pelo mundo do teatro, afim de se tornar a melhor
atriz de todos os tempos. Primeiro Ensaio é um monólogo irreverente e
debochado, que leva o espectador através de várias esquetes cômicas e
personagens diversos a acompanhar a jornada da jovem María pelo mundo
real. O espetáculo é uma sátira aos egos exacerbados dos artistas, e como o
ego e a competição levam à desmotivação, é uma tragicomédia sobre transição
da adolescência à vida adulta e os dilemas e inseguranças de uma jovem
artista em seu primeiro passo para dentro do mundo profissional.
Memória Descritiva

Cena 1:
Escuro, foco de luz no centro do palco. Uma mesa e uma cadeira, uma
mala de viagem e um saco de lixo.
O saco de lixo começa a mover-se, saem de lá duas pernas, dois braços
e finalmente a cabeça. Él Pistolero, narrador espanhol da peça que se
apresenta e dá as boas vindas ao público e da início à jornada de María.
Cena 2:
Foco de luz do outro lado do palco.
María limpa o chão com uma esfregona enquanto ouve música, começa
tímida e séria mas com desenrolar da canção vai animando-se e começa a
dançar e a cantar. É interrompida por uma voz autoritária (depreende-se que é
uma figura de poder na vida de María) que começa a criticar a maneira como
ela limpa o chão. A tensão aumenta até María explodir, dizendo querer ser
artista e a voz enraivecida diminuí a escolha de María, até que essa proclama
sua independência.
Cena 3:
Foco de luz ao centro do palco.
Ascende-se a luz, María está no seu primeiro casting ou em sua primeira
prova para ingressar na faculdade de teatro. Muito nervosa a atriz não
consegue apresentar-se mas não desiste e tenta novamente, a partir daí
seguem-se várias tentativas frustradas, por diversos estilos de representação,
até, quase desistente, apresenta uma cena dentro dos estereótipos do
teatro/cinema moderno e é aceita. Desestimulada e perdida María tenta se
enquadrar nos padrões de representação de hollywood ao mesmo tempo que
busca sua estética, até que de repente o mundo à sua volta sofre uma drástica
mudança.
Cena 4:
A atriz vai à sua mala e retira uma máscara preta de diabo feita a partir
de sacos de lixo. Numa cena muda, esse diabo encarna os arquétipos de
extrema direita emergentes no mundo. Através da manipulação de bonecos ele
vai aterrorizando e matando aos poucos os cidadãos do mundo, como um deus
maléfico. Até que, já sem bonecos, essa entidade recorre ao público, quando
sem reparar deixa escapar um barquinho com sobreviventes. Já quase a
alcançar o público, ouve-se uma voz de um marinheiro.
Cena 5:
A atriz retorna à mala, tira de lá de dentro um pequeno mastro com uma
bandeira na ponta. Um velho marinheiro e seu jovem subalterno velejam um
barco em direção ao futuro. Eles rumam ao novo mundo, cheio de
oportunidades, onde a paz reina. Buscam a recompensa de uma vida de
trabalhos árduos e discutem sobre as transições da vida e o futuro.
Cena 6:
Chegada à um novo planeta. Sai do barco uma astronauta que dá os
primeiros passos nessa terra desconhecida, ela vai em busca do maior mestre
da atuação de todos os tempos para dar inicio ao seu treinamento, porém, ele
mora no alto de uma montanha cercada por uma floresta. Ela passa por vários
obstáculos terrestres até finalmente chegar ao topo da montanha.
Cena 7:
Encontro com o mestre. A jovem karatriz-kid dá início ao seu
treinamento. No começo são apenas tarefas físicas de limpeza e concentração
e a jovem dá tudo de si, empenhada em agradar o mestre. Seu empenho e
trabalho são reconhecidos, no entanto o treinamento começa a ficar cada vez
mais puxado e a pressão interna e externa é cada vez maior, errar não é uma
opção. Seu mestre lhe dá grandes ensinamentos a respeito do teatro e a alerta
sobre o meio artístico e sobre como jogar o "Jogo". O estresse e o cansaço
começam a abalar nossa jovem heroína que começa a surtar com a pressão.
Porém, obstinada em acabar com este tal "Jogo" do meio artístico e trazer paz
ao reino dos artistas, ela vai em busca dessa suposta máfia do teatro.
Cena 8:
Foco de luz no centro do palco sob a mesa.
A atriz pega da mala uma gravata, um chapéu e um charuto. Começa
um discurso sobre as artes e suas potências, suas maravilhas, e como somos
seduzidos por ela até sem nos darmos conta que estamos imersos numa teia
de egos. Egos que brigam entre si por esse espaço divino, esses quinze
minutos de fama hollywoodianos, sem se importarem em quem pisam pelo
caminho para conseguirem o que querem. Navegam num mundo de padrões
estéticos impossíveis de se atingir e numa pressão de produção artística a
nível industrial. O mafioso se vangloria por ter criado uma indústria das artes
tão seletiva, complexa e lucrativa, que somente quem joga o Jogo do poder,
consegue ascender. Nossa jovem heroína jura vingança pelos artistas sem
oportunidade.
Cena 9:
María vai de encontro ao mafioso decidida a matá-lo estilo kill bill.
Munida de sua espada ela se prepara para o ataque final, quando aos poucos
segundos de atacar seu maior inimigo para o sucesso, percebe que não pode
matá-lo, que na realidade não adianta matá-lo, ou melhor, matar seu ego. Pois
na realidade só pode mudar a si mesma e não ao outro. Ela decide então matar
a si mesma, ou melhor, o seu próprio ego, que se afeta/sofre com as ações do
outro e com sua impotência em relação a isso. Atira contra o próprio peito.
Cena 10:
Futuro pós-apocalíptico pandêmico, vê-se a atriz sentada no chão com
roupas velhas e rasgadas. Ela está sozinha num bunker em baixo da terra, e
sofrendo de solidão, começa a rememorar-se de sua caminhada, e de uma
jovem María que sempre sonhou ser uma Meryl Streep ou quem sabe uma
Freddy Mercury. Já sem atuar há muito tempo ela percebe que sua prioridade
hoje é estar com as pessoas que ama, fazer coisas simples, se divertir, pois
afinal o teatro é só uma desculpa para estar com as pessoas. Percebe que seu
sonho atual é se divertir fazendo teatro com os outros, pois isso é o sucesso.
Então nossa heroína que nesse momento limpa o chão do bunker com uma
esfregona, apercebe-se estupefata que ela não quer ser a Meryl Streep ou o
Freddy Mercury, pois ela já é!

Cena 11:
Começa a tocar a mesma música da cena 2, só que dessa vez seu show
vai aumentando livremente cada vez mais, o som aumenta, luzes coloridas
invadem o palco e a energia de María cresce. Não é Meryl, não é Freddy, mas
é tão grande quanto eles, é María.

Cena 12:
Epílogo com Él Pistolero.
Proposta 3D Luz

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