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Comportamento dos Jovens

Pesquisa 01 – PUC-RS  Projeto 18/34

Objetivo Geral: Investigar as ideias e aspirações dos jovens brasileiros sobre o conceito de
família.
Etapas: 1) Busca de dados em fontes secundárias; 2) Entrevista em profundidade; 3) Abordagens
quantitativas (formulários on-line) e 4) Análise dos resultados
Público-Alvo: Jovens entre 18-34 anos, todos os gêneros, todas as regiões do Brasil
Resultados:
 Conceito ampliado de família – mudança estrutural nos grupos familiares; maior
participação da mulher no mercado de trabalho; baixas taxas de fecundidade;
envelhecimento da população
 Formatos de família
o Díade nuclear – casal sem filhos
o Família nuclear simples – casal com filhos (único casamento)
o Família alargada/extensa – casal com filhos + agregados (parentes ou não)
o Família reconstruída/combinada/recombinada – novo casamento, com filhos de
casamento(s) anterior(es)
o Família monoparental masculina/feminina – apenas pai ou mãe + filhos
o Família unitária – apenas uma pessoa
 Os diferentes formatos são vistos com maior naturalidade pelos jovens
 Sexualidade – maior presença de bissexuais no público feminino e maior presença de
homossexuais no público masculino
 Predominância do vínculo domiciliar à família
 As principais atividades dos jovens estão atreladas à tecnologia (redes sociais, ouvir
música, informações na internet, assistir TV, games)
 Quase 1/3 dos representantes são ateus, agnósticos ou não frequentam nenhuma religião
 A conectividade (internet, wi-fi, computador/notebook, celular) se mostra mais
importante enquanto itens essenciais do que tecnologias básicas relacionadas com
alimentação e transporte
 Familiares e namorados como principais influenciadores nas tomadas de decisões
 É predominante a visão mais prática sobre o que uma família deve fazer, surgindo entre
os três primeiros itens com mais representatividade: compartilhar os problemas, fazer ao
menos uma refeição reunida durante a semana e realizar viagens juntos.
 Quanto aos novos formatos de família, o que apresenta ainda maior resistência é o de
famílias homoafetivas.
 Existe uma maior tendência entre os jovens à tolerância religiosa, onde não há
necessidade de que todos os membros da família precisem seguir necessariamente à
mesma religião, ou mesmo ter uma.
 Necessidade de estabilidade (financeira e emocional) no momento de ter filhos
 Em todas as regiões predomina a ideia de que qualquer pessoa pode representar as duas
figuras, mas o segundo item mais representado é o que afirma que pai e mãe,
respectivamente, devem representar as figuras paterna e materna. Consequentemente, as
tarefas comumente associadas à figura feminina e masculina, foram mantidas como sendo
pertencentes aos seus respectivos papeis
 Existe algum planejamento quanto ao futuro, mas pouca definição
 Aumento de um caráter pragmático acerca das formas de casamento, sendo estes
principalmente econômicos e de garantia de direitos. Mas ainda predomina a forma de
comunhão religiosa e a civil + religiosa.
 Quase 20% dos entrevistados afirmaram não querer ter filhos, apesar da maioria
apresentar a preferência de ter 1 ou 2 filhos. Foi afirmada a necessidade de estabilidade
financeira como fator prévio.
 Preferência por morar em casas (de condomínio ou de rua)
 Quanto aos objetivos de vida, há um padrão de respostas em todas as regiões, porém há
um número maior de respondentes na região norte e nordeste que consideram ser um
sonho/objetivo que ter uma boa formação na faculdade (66,7% e 59,6% respectivamente),
talvez pelo fato desta região ter níveis educacionais e taxas de alfabetização abaixo dos
níveis nacionais.
Em suma, os jovens apresentaram desejos de expandir fronteiras e conhecer culturas, além
de “arrumar a casa sozinho” antes de constituir família. O consumo de internet (especialmente
através de conteúdos de streaming) e atividades relacionadas à tecnologia ganham cada vez mais
espaço, com o declínio das mídias tradicionais, além do compartilhamento das experiências
cotidianas através da internet ser um fenômeno constante (redes sociais). Ainda sobre o consumo,
há evidências também de que o jovem não prioriza ou está saindo menos de sua rotina para
tarefas fora do eixo Estudo/Trabalho-Casa – deixando um pouco de lado atividades como praticar
esportes, sair para festas, ir ao shopping ou ir em restaurantes. Há ainda pouca adesão às práticas
de hábitos sustentáveis, como parte da cultura do jovem brasileiro.
Há uma crescente ausência (parcial ou total) da religião perante os jovens, o que denota um
enfraquecimento das instituições religiosas perante eles. Em paralelo, é percebido um maior
senso de união entre os jovens que já possuem alguma religião, criando assim um conceito maior
de comunidade, com um senso de tolerância maior para a diversidade religiosa no Brasil.
Quanto ao conceito de família, Apesar da família ser o principal alicerce da formação
e presença predominante nessa fase da vida, o jovem possui
uma visão mais prática e pragmática sobre suas
funcionalidades.

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