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Nomes:

Leonardo Amorim de Araújo


Enchente
Eduardo Magri

Jefferson Gomes Marciel

Alife Alves

Uma enchente ocorrida em 1914 em Fredericia.

Ilustração da enchente de 1717 ocorrida na costa da Alemanha, Holanda e


parte da Escandinávia em 25 de dezembro de 1717.

Enchente ou cheia é, geralmente, uma situação natural de transbordamento


de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, mares e
oceanos provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas. A ocorrência
de enchentes é mais frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas
de drenagem passam a ter menor eficiência.

Existem cheias artificiais provocadas por erros de operações de comportas de


vertedouro de barragens ou por erros de projetos de obras hidráulicas como
bueiros, pontes, diques, etc.

Como todo fenômeno natural pode-se sempre calcular o período de retorno ou


tempo de recorrência de uma enchente.

Quando este transbordamento ocorre em regiões sem ocupação humana, a


própria natureza pode se encarregar de absorver os excessos de água
gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo gerar
grandes danos à agricultura.

Quando o transbordamento dá-se em áreas habitadas de pequena, média ou


grande densidade populacional, os danos podem ser pequenos, médios,
grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do
leito normal e de acordo com a densidade populacional.

A ciência que estuda os fenômenos das enchentes é a Hidrologia que é


normalmente ensinada nos cursos de Geografia, Engenharia Hidráulica,
Engenharia sanitária, Engenharia Ambiental e outros.
Algumas obras podem ser realizadas para controle das enchentes tais como
bueiros, diques, barragens de defesa contra inundações ou mesmo obras de
Revitalização de Rios, muito utilizadas na Holanda e na Alemanha.

Enchente X Inundação

Existe uma distinção conceitual entre os termos enchente e inundação: a


diferença fundamental é que o primeiro termo refere-se a uma ocorrência
natural, que normalmente não afeta diretamente a população, tendo em vista
sua ciclicidade. Já as inundações são decorrentes de modificações no uso do
solo e podem provocar danos de grandes proporções mundiais.

Referências

.Rios, J.L.P. et al. - Revitalização de Rios - GTZ-SEMADS . RIO DE JANEIRO,


2002.

.Enchentes no Rio de Janeiro - SEMADS-GTZ - Rio de Janeiro, 2002.

.Inundações no município de Santa Bárbara d’Oeste, SP: condicionantes e


impactos. Universidade Estadual de Campinas (Agosto de 2007)

Enchentes e Inundações

O problema das inundações em áreas urbanas existe em muitas cidades


brasileiras e suas causas são tão variadas como assoreamento do leito
dos rios, impermeabilização das áreas de infiltração na bacia de
drenagem ou fatores climáticos.

A atividade antrópica vem provocando alterações e impactos no ambiente há


muito tempo, existindo uma crescente necessidade de se apresentar soluções
e estratégias que minimizem e revertam os efeitos da degradação ambiental e
do esgotamento dos recursos naturais que se observam cada vez com mais
freqüência.

O problema das inundações em áreas urbanas existe em muitas cidades


brasileiras e suas causas são tão variadas como assoreamento do leito dos
rios, impermeabilização das áreas de infiltração na bacia de drenagem ou
fatores climáticos. O homem por sua vez procura combater os efeitos de uma
cheia nos rios, construindo represas, diques, desviando o curso natural dos
rios, etc. Mesmo com todo esse esforço, as inundações continuam
acontecendo, causando prejuízos de vários tipos.

O melhor meio para se evitar grandes transtornos por ocasião de uma


inundação é regulamentar o uso do solo, limitando a ocupação de áreas
inundáveis a usos que não impeçam o armazenamento natural da água pelo
solo e que sofram pequenos danos em caso de inundação. Esse zoneamento
pode ser utilizado para promover usos produtivos e menos sujeitos a danos,
permitindo a manutenção de áreas de uso social, como áreas livres no centro
das cidades, reflorestamento, e certos tipos de uso recreacional. 

Inundações de áreas ribeirinhas: os rios geralmente possuem dois leitos, o leito


menor onde a água escoa na maioria do tempo e o leito maior, que é inundado
em média a cada dois anos. O impacto devido à inundação ocorre quando a
população ocupa o leito maior do rio, ficando sujeita a inundação;

Inundações devido à urbanização: as enchentes aumentam a sua freqüência e


magnitude devido a ocupação do solo com superfícies impermeáveis e rede de
condutos de escoamentos. O desenvolvimento urbano pode também produzir
obstruções ao escoamento como aterros e pontes, drenagens inadequadas e
obstruções ao escoamento junto a condutos e assoreamentos; Estas
enchentes ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o
seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em média com
tempo de retorno superior a dois anos.

Este tipo de enchente, normalmente, ocorre em bacias grandes (> 500 km2),
sendo decorrência de processo natural do ciclo hidrológico. Os impactos sobre
a população são causados, principalmente, pela ocupação inadequada do
espaço urbano. Essas condições ocorrem, em geral, devido às seguintes
ações: como, no Plano Diretor Urbano da quase totalidade das cidades
brasileiras, não existe nenhuma restrição quanto ao loteamento de áreas de
risco de inundação, a seqüência de anos sem enchentes é razão suficiente
para que empresários loteiem áreas inadequadas; invasão de áreas ribeirinhas,
que pertencem ao poder público, pela população de baixa renda; ocupação de
áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, mas que
quando o são, sofrem prejuízos significativos. 

Os principais impactos sobre a população são:

 Prejuízos de perdas materiais e humanas


 Interrupção da atividade econômica das áreas inundadas
 Contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose,
cólera, entre outros
 Contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico,
estações de tratamentos entre outros

O gerenciamento atual não incentiva a prevenção destes problemas, já que a


medida que ocorre a inundação o município declara calamidade pública e
recebe recursos a fundo perdido e não necessita realizar concorrência pública
para gastar. Como as maiorias das soluções sustentáveis passam por medidas
não-estruturais que envolvem restrições a população, dificilmente um prefeito
buscará este tipo de solução porque geralmente a população espera por uma
obra.

Enquanto que, para implementar as medidas não-estruturais, ele teria que


interferir em interesses de proprietários de áreas de risco, que politicamente é
complexo a nível local. Além disso, quando ocorre a inundação ele dispõe de
recursos para gastar sem restrições.
Para buscar modificar este cenário é necessário um programa a nível estadual
voltado a educação da população, além de atuação junto aos bancos que
financiam obras em áreas de risco.

Impactos devido à urbanização:

O planejamento urbano, embora envolva fundamentos interdisciplinares, na


prática é realizado dentro de um âmbito mais restrito do conhecimento. O
planejamento da ocupação do espaço urbano no Brasil não tem considerado
aspectos fundamentais que trazem grandes transtornos e custos para a
sociedade e para o ambiente.

O desenvolvimento urbano brasileiro tem produzido um aumento caótico na


freqüência das inundações, na produção de sedimentos e na deterioração da
qualidade da água superficial e subterrânea. À medida que a cidade se
urbaniza, ocorre o aumento das vazões máximas (em até sete vezes) devido a
impermeabilização e canalização. A produção de sedimentos também aumenta
de forma significativa, associada aos resíduos sólidos e a qualidade da água
chega a ter 80% da carga de um esgoto doméstico.

Estes impactos têm produzido um ambiente degradado, que nas condições


atuais da realidade brasileira somente tende a piorar. Este processo
infelizmente não está sendo contido, mas está sendo ampliado à medida que
os limites urbanos aumentam ou a densificação se torna intensa. A gravidade
desse processo ocorre principalmente nas médias e grandes cidades
brasileiras. A importância deste impacto está latente através da imprensa e da
TV, onde se observam, em diferentes pontos do país, cenas de enchentes
associadas a danos materiais e humanos. Considerando ainda, que cerca de
80% da população encontra-se nas cidades, a parcela atingida é significativa.

O potencial impacto de medidas de planejamento das cidades é fundamental


para a minimização desses problemas. No entanto, observa-se hoje que
nenhuma cidade brasileira possui um Plano Diretor de Drenagem Urbana.

As ações públicas atuais estão indevidamente voltadas para medidas


estruturais como a canalização, no entanto esse tipo de obra somente transfere
a enchente para jusante. O prejuízo público é dobrado, já que além de não
resolver o problema os recursos são gastos de forma equivocada. Esta
situação é ainda mais grave quando se soma o aumento de produção de
sedimentos (reduz a capacidade dos condutos e canais) e a qualidade da água
pluvial (associada aos resíduos sólidos).

Esta situação é decorrente, na maioria dos casos, da falta de consideração dos


aspectos hidrológicos quando se formulam os Planos Diretores de
Desenvolvimento Urbano. Deste modo são estabelecidos, por exemplo, índices
de ocupação do solo incompatíveis com a capacidade da macro drenagem
urbana.
 

Redação Ambiente Brasil

Enchentes

Calamidades que provocam prejuízos.

As enchentes são calamidades naturais ou não que ocorrem quando um leito


natural recebe um volume de água superior ao que pode comportar resultando
em transbordamentos. Podem ocorrer em lagos, rios, córregos, mares e
oceanos devido a chuvas fortes e contínuas.

Em áreas rurais ocorre com menos freqüência, pois o solo bem como a
vegetação se compromete a fazer a evacuação da água pela sucção da
mesma provocando menores prejuízos. Normalmente ocorre com menos força
não atingindo consideráveis alturas que provocariam a perda de alimentos
armazenados, de máquinas e outros objetos. Já nas áreas urbanas, ocorre
com maior freqüência e força trazendo grandes prejuízos. Acontece pela
interferência humana deixando assim de ser uma calamidade natural. A
interferência humana ocorre em vários estágios começando pela fundação de
cidades em limites de rios, pelas alterações realizadas em bacias hidrográficas,
pelas construções mal projetadas de diques, bueiros e outros responsáveis
pela evacuação das águas e ainda pelo depósito errôneo de lixo em vias
públicas que com a força das águas são arrastados causando o entupimento
dos locais de saída de água.

Como se percebe, as enchentes na maioria das vezes ocorrem como


conseqüência da ação humana. Das dificuldades que uma enchente provoca
pode-se destacar:

O abandono dos lares inundados,


A perda de materiais, objetos e móveis inundados ou arrastados pela água,
A contaminação da água por produtos tóxicos,
A contaminação da água com agentes patológicos que provocam doenças
como amebíase, cólera, febre amarela, hepatite A, malária, poliomielite,
salmonelose, teníase entre outras.
A contaminação de alimentos pelos mesmos agentes patológicos acima
citados.

Além das atividades já citadas que colaboram com as formações de enchentes


também devemos nos lembrar que as áreas urbanas são mais propícias à
enchentes porque o solo dessas regiões são impedidos pelos asfaltos de
absorver a água e também pela falta de vegetação ou pouca vegetação que
contribui com a sucção da água.

Para impedir a continuação das enchentes e que inúmeras famílias percam


seus patrimônios pode-se construir barragens e reservatórios em áreas de
maior risco, bueiros e diques espalhados pela cidade com sua abertura
protegida para impedir a entrada de lixos e ainda a conscientização da
população para que não deposite lixo nas vias públicas.

Por Gabriela Cabral


Equipe Brasil Escola

Enxurrada no bairro de Campo Grande, em Teresópolis.

Abrigo improvisado em um ginásio, para famílias desabrigadas em Teresópolis.

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