Você está na página 1de 9

Sobretensões transitórias devido a descargas atmosféricas

em estruturas com dois circuitos de tensões diferentes


Marco Polo Pereira Departamento de Planejamento de Transmissão
Furnas Centrais Elétricas S.A. Rua Real Grandeza, 219, Rio de Janeiro, Brasil
e-mail : mpolo@furnas.gov.br

Sumário

Este artigo tem por finalidade apresentar alguns aspectos relacionados com a modelagem de
circuitos de diferentes tensões na mesma estrutura do ponto de vista da incidência de descargas
atmosféricas. No caso específico foi analisado um circuito de 138 kV, disposição vertical, e um de
13.8 kV, disposição horizontal. São apresentados os modelos e alguns resultados das sobretensões
resultantes em cada um dos circuitos.

1. Introdução

A incidência de descargas atmosféricas diretamente nas torres ou nos cabos das linhas de
transmissão pode provocar desligamentos dependendo das características da descarga atmosférica
incidente (magnitude e frente de onda), do ponto de incidência (cabos pára-raios, estruturas ou
cabos das fases) e das características da linha de transmissão (tipo de terreno, isolamento,
aterramento e blindagem).

A incidência de uma descarga atmosférica diretamente nos cabos das fases geralmente está
associada a correntes de baixa magnitude, sendo muito dependente da blindagem e do tipo de
terreno por onde a linha de transmissão passa. A quantidade de desligamentos depende basicamente
do nível de tensão, da quantidade e posicionamento dos cabos pára-raios e do tipo de terreno onde a
linha de transmissão encontra-se situada. Teoricamente seria possível posicionar os cabos pára-raios
para evitar a incidência de descargas atmosféricas diretamente nos cabos condutores, mas na prática
a quantidade de desligamentos é muito dependente do tipo de terreno, sendo muito difícil aplicar
uma blindagem eficiente em terrenos montanhosos. Em terrenos planos ocorre o contrário.

As sobretensões causadas pela incidência direta nos cabos condutores pode ser facilmente calculada
pelo produto da corrente incidente dividida por dois pela impedância de surto do cabo condutor.
Quando a sobretensão é superior ao isolamento da linha de transmissão ocorre o desligamento.

A incidência de descargas atmosféricas nos cabos pára-raios ou nas estruturas de uma linha de
transmissão gera ondas de tensão que se propagam pelos cabos pára-raios e pelas estruturas. Por
indução também há propagação de ondas de tensão também nos cabos condutores. O cálculo da
tensão resultante é melhor realizado através de simulações em ferramentas específicas para esta
finalidade, sendo uma delas o ATP (Alternative Transients Program) que dispõe dos modelos
apropriados a esta finalidade. A tensão transitória resultante através dos isoladores da linha de
transmissão deve ser comparada com o seu isolamento a descargas atmosféricas para saber se
haverá o desligamento ou não. Os fatores que mais influenciam a possibilidade de haver
desligamento são o aterramento das estruturas e o acoplamento entre os cabos, além das
características das descargas atmosféricas. As linhas de transmissão de maior nível de tensão tem
mais facilidade em suportar a incidência de descargas atmosféricas, mantendo-se a ocorrência de
desligamentos em níveis aceitáveis.

1
Nos casos de incidência de raios nas estruturas ou nos cabos pára-raios a blindagem praticamente
não tem influência na quantidade de desligamentos, ao contrário do sistema de aterramento que tem
importância fundamental. Quanto mais baixa for a impedância do sistema de aterramento menor é a
chance de uma descarga atmosférica provocar uma sobretensão mais alta do que o isolamento da
linha de transmissão, causando o seu desligamento. Nestes casos geralmente é necessário conjugar
correntes de alta intensidade e frentes de onda curtas com altas impedâncias dos sistema de
aterramento para o ocorrência de desligamentos.

2. Objetivo

As simulações efetuadas tiveram por finalidade determinar as sobretensões transitórias em linhas de


transmissão com mais de um circuito na mesma estrutura, tomando-se como base uma configuração
básica de estrutura com um circuito de 138 kV em disposição vertical e outro de baixa tensão de
13.8 kV.
Para a configuração em questão, com dois circuitos na mesma estrutura, pode acontecer que o
circuito de baixa tensão seja mais solicitado, do que o que ocorreria caso os circuitos fossem em
estruturas diferentes, porque a estrutura mais alta faz com que a incidência de raios seja mais
elevada. Com um nível de isolamento mais baixo a ocorrência de desligamentos tende a ser mais
alta do que o usual. Por outro lado um circuito pode oferecer blindagem adicional ao outro,
principalmente como no caso em questão, onde o circuito de 138 kV está localizado fisicamente
acima do de 13.8 kV.

As sobretensões transitórias através do isolamento do circuito de baixa tensão, para a configuração


acima citada, além do processo de ondas trafegantes já citado anteriormente, também dependem das
tensões induzidas nos cabos deste circuito. A solicitação ao isolamento do circuito de baixa tensão
será, então, a diferença de tensão entre a tensão resultante no ponto de sustentação dos cabos de
baixa tensão e a tensão induzida nestes cabos.

3. Cálculo das sobretensões

Para calcular as solicitações de tensão através do isolamento do circuito de baixa tensão foi
utilizado o programa ATP, sendo considerada uma configuração equivalente à mostrada na Figura
1, com a representação de todos os elementos correspondentes a 5 estruturas e seus respectivos vãos
de linha.

Figura 1 - Configuração física dos cabos

2
O circuito equivalente à representação esquemática da Figura 1 está mostrado na Figura 2, onde
estão indicados os modelos para os vãos de linha (com todos os cabos condutores e pára-raios), os
modelos para as estruturas e as resistências de pé-de-torre equivalentes. A descarga atmosférica foi
representada por uma fonte de corrente do tipo dupla rampa, com a representação da frente de onda
e sua magnitude. Para verificar a influência de alguns dos parâmetros de maior importância foram
realizadas análises de sensibilidade variando-se o valor da resistência equivalente do sistema de
aterramento e a frente de onda da corrente correspondente à descarga atmosférica. Como as tensões
transitórias são diretamente proporcionais à magnitude da descarga atmosférica esta foi mantida
constante e igual a 1 kA.

Figura 2 – Circuito equivalente


3.1 Modelos utilizados no ATP

A descarga atmosférica foi modelada por uma fonte de corrente do tipo 13 (dupla rampa) injetada
diretamente no topo da estrutura central do conjunto de 5 estruturas, tal como mostrado na Figura 2.
Com este modelo é possível representar a frente de onda e a magnitude da corrente da descarga
atmosférica.

As estruturas foram representadas como se fossem linhas de transmissão com tempos de


propagação associados aos seus comprimentos e impedâncias de surto com os valores
recomendados pela literatura sobre o assunto, no caso 180 ohms.

Para determinar a solicitação através do isolamento do circuito de baixa tensão, a estrutura foi
dividida em duas partes, sendo uma equivalente ao ponto de fixação deste circuito, que no caso
corresponde a 9 metros. Por simplificação considerou-se que o circuito de alta tensão e o cabo pára-
raios encontram-se no mesmo ponto elétrico, tendo em vista que a proximidade entre eles não
justificaria fazer esta distinção, principalmente porque o objetivo básico é verificar as solicitações
no 13.8 kV e não no 138 kV.

As resistências equivalentes ao sistema de aterramento das estruturas foram consideradas como


sendo iguais à impedância de surto de cabos contrapesos dividida pela quantidade de cabos em
paralelo. No caso específico a impedância de cada cabo contrapeso foi considerada igual a 150
ohms, tal como recomendado pela literatura sobre o assunto, e a resistência equivalente igual à
quinta parte deste valor, devido a haver 5 cabos em paralelo. Portanto, considerou-se o valor de 30
ohms como sendo o valor básico representativo para esta situação.

3
Na prática o sistema de aterramento comporta-se como uma impedância de surto associada a um
tempo de propagação. Como os comprimentos envolvidos são muito curtos a transição entre a
impedância de surto e a resistência equivalente é realizada em espaço de tempo muito curto,
praticamente não havendo uma diferença sensível entre um tipo de representação e outra
(impedância de surto e tempo de propagação ou resistência equivalente). Como já citado
anteriormente o valor da resistência de pé-de-torre foi variado para quantificar a sua influência na
tensão transitória resultante através do isolamento da linha de transmissão.

Os vãos da linha de transmissão foram modelados pelo modelo de linha de transmissão do ATP,
considerando-se parâmetros distribuídos a freqüência constante e linha não transposta. Foi
considerado um vão médio de 70 m na parte central do circuito equivalente para a linha de
transmissão, sendo que nas duas extremidades foi considerado um comprimento de 2 km (aterrado
na extremidade) para simular uma linha de transmissão infinita (neste caso as reflexões não
retornam antes do fim do tempo total de estudo, não afetando os resultados porque só há interesse
nas sobretensões máximas).

Os parâmetros para o modelo foram calculados através de uma rotina específica para tal finalidade
(Line Constants), acessível por intermédio do programa LCC do ATP. Para representar a linha de
transmissão foram representados todos os 7 cabos envolvidos (3 de cada circuito e 1 cabo pára-
raios), sendo o cabo pára-raios conectado ao topo de cada estrutura.

O acoplamento entre todos os cabos é inerente ao modelo. Para o cálculo dos parâmetros os dados
físicos de cada um dos cabos foram levados em consideração (posição física relativa, diâmetro e
resistência ôhmica CC).

3.2 Montagem do caso base

A listagem mostrada no Anexo I corresponde ao caso base montado para realizar as simulações para
a determinação das solicitações através do isolamento do circuito de baixa.

3.3 Resultados para o caso base

As Figuras 3 e 4 mostram os resultados obtidos para as simulações correspondentes ao caso base,


que tem impedância de aterramento igual a 30 ohms e descarga atmosférica do tipo 1.0x50 µs com
valor igual a 1 kA.

3.5
*10 4

3.0

2.5

2.0

1.5

1.0

0.5

0.0 *10 -6
0 2 4 6 8 10
v: PR3 v: T3A v: D3A

Figura 3 – Tensões transitórias no pára-raios, no 138 kV e no 13.8 kV

4
3.4 Influência da variação da freqüência no cálculo das tensões transitórias

Com o intuito de verificar a influência da variação da freqüência no cálculo das tensões transitórias
foram processados alguns casos com os parâmetros dos modelos da linha de transmissão calculados
a partir das freqüências de 60, 600 e 6000 Hz. Os resultados apresentados na Figura 4 mostram que
as sobretensões transitórias praticamente não se alteram.
35
[kV]
30

25

20

15

10

0
0 2 4 6 8 [us] 10
v: PR3 v: PR3- T3A
v: PR3 v: PR3- T3A
v: PR3 v: PR3- T3A

Figura 4 – Variação das tensões com a freqüência utilizada no modelo da LT

3.5 Variação da tensão transitória com a impedância de aterramento

A Figura 5 mostra a variação da tensão através do isolamento do circuito de 13.8 kV para


resistências de pé-de-torre iguais a 10, 30 e 50 ohms, sendo que as sobretensões mais altas ocorrem
para os maiores valores de resistência de pé-de-torre.

30
[kV]
25

20

15

10

-5
0 2 4 6 8 [us] 10
v: D3- D3A
v: D3- D3A
v: D3- D3A

Figura 5 – Variação da tensão com a resistência de pé-de-torre

3.6 Variação da tensão transitória com o tempo da frente da onda

A Figura 6 mostra a variação da tensão através do isolamento do circuito de 13.8 kV para frentes de
onda da corrente injetada iguais a 0.5, 1.0 e 2.0 µs, sendo que as sobretensões mais altas ocorrem
para os menores valores de frente de onda.

5
25
[kV]
20

15

10

-5
0 2 4 6 8 [us] 10
v: D3- D3A
v: D3- D3A
v: D3- D3A

Figura 6 – Variação da tensão com a frente de onda da corrente

Bibliografia

[1] M. Darveniza, F. Popolanski, E.R. Whitehead, “Lightning Protection of Transmission Lines”,


Electra 41.
[2] G. W. Brown, E.R. Whitehead, “ Field and Analytical Studies of Transmission Line Shielding”,
IEEE PAS-80, 1969.
[3] F. Popolansky, “ Frequency Distribution of Amplitudes of Lightning Currents”, Electra 22, May
1972.
[4] M.A.Sargent, M. Darveniza, “ Tower Surge Impedance”, IEEE Trans PAS Vol. 88, Jan 1976.
[5] A.Greenwood, “ Electrical Transients in Power Systems”, Wiley-Interscience, 1971.
[6} ATP Rule Book, June 1984.

6
Anexo I

BEGIN NEW DATA CASE


C Miscellaneous Data Card ....
C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt >
.1E-7 .1E-4
500 1 1 1 1 0 0 1 0
C 1 2 3 4 5 6 7 8
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
/BRANCH
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< L >< C >
C < n 1>< n 2><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0
-1 G2 D2 180. 3.E-8 2 0 0
-1 D2 PR2 180.4.5E-8 2 0 0
-1 G3 D3 180. 3.E-8 2 0 0
-1 D3 PR3 180.4.5E-8 2 0 0
-1 G4 D4 180. 3.E-8 2 0 0
-1 D4 PR4 180.4.5E-8 2 0 0
-1 G5 D5 180. 3.E-8 2 0 0
-1 D5 PR5 180.4.5E-8 2 0 0
-1 G1 D1 180. 3.E-8 2 0 0
-1 D1 PR1 180.4.5E-8 2 0 0
G1 30. 0
G2 30. 0
G3 30. 0
G4 30. 0
G5 30. 0
PR3 T3A 1.E8 2
D3 D3A 1.E8 2
PR3 T3B 1.E8 2
D3 D3B 1.E8 2
PR3 T3C 1.E8 2
D3 D3C 1.E8 2
C <++++++> Cards punched by support routine on 30-Apr-01 15.12.21 <++++++>
C **** UNTRANSPOSED K.C. Lee line calculated at 6.000E+01 HZ. ****
C LINE CONSTANTS
C $ERASE
C METRIC
C 1 .5 .0913 4 2.3317 0 20.3 18.6
C 2 .5 .0913 4 2.3317 0 17.65 15.95
C 3 .5 .0913 4 2.3317 0 15. 13.3
C 4 .5 .1454 4 1.8364 -1.35 9. 8.9
C 5 .5 .1454 4 1.8364 -2.55 9. 8.9
C 6 .5 .1454 4 1.8364 -3.4 9. 8.9
C 7 .5 .3017 4 1.3259 -0.6 22.7 21.2
C BLANK CARD ENDING CONDUCTOR CARDS
C 100. 60. 1 2. 0 1 0
C The transformation matrix was calculated at 6.00000000E+01 Hz.
$VINTAGE, 1
-1 T1A 5.37768E-01 1.61470E+03 1.93765E+05-2.00000E+00 1 7
-2 T1B 2.62812E-01 3.98483E+02 2.93091E+05-2.00000E+00 1 7
-3 T1C 1.15136E-01 5.65422E+02 2.93948E+05-2.00000E+00 1 7
-4 D1A 9.56398E-02 3.77430E+02 2.93843E+05-2.00000E+00 1 7
-5 D1B 9.31171E-02 3.18964E+02 2.92848E+05-2.00000E+00 1 7
-6 D1C 1.46229E-01 2.72385E+02 2.91649E+05-2.00000E+00 1 7
-7 PR1 1.46079E-01 3.32838E+02 2.92978E+05-2.00000E+00 1 7
$VINTAGE, 0
0.31923233 0.37863228 -0.61675586 0.57379981 0.38899068 0.02446578
0.00686703
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.31527361 0.14608826 -0.46967234 -0.24226059 -0.76243122 0.01567304
0.00798817
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000

7
0.37284560 0.09524964 -0.05156199 -0.75036908 0.50898605 0.02115019
0.04894248
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.45523781 0.08924612 0.33375458 0.09760106 -0.03576236 -0.27596803
-0.78939025
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.38217403 0.03154967 0.38496511 0.13592941 -0.05723973 0.78888552
0.13655128
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.44703446 0.09529761 0.36457070 0.13528045 -0.05687019 -0.54739209
0.59640999
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.32640643 -0.89898912 -0.06212407 0.05202165 0.02298998 -0.02390905
-0.00235934
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
C <++++++> Cards punched by support routine on 30-Apr-01 15.11.51 <++++++>
C **** UNTRANSPOSED K.C. Lee line calculated at 6.000E+01 HZ. ****
C LINE CONSTANTS
C $ERASE
C METRIC
C 1 .5 .0913 4 2.3317 0 20.3 18.6
C 2 .5 .0913 4 2.3317 0 17.65 15.95
C 3 .5 .0913 4 2.3317 0 15. 13.3
C 4 .5 .1454 4 1.8364 -1.35 9. 8.9
C 5 .5 .1454 4 1.8364 -2.55 9. 8.9
C 6 .5 .1454 4 1.8364 -3.4 9. 8.9
C 7 .5 .3017 4 1.3259 -0.6 22.7 21.2
C BLANK CARD ENDING CONDUCTOR CARDS
C 100. 60. 1 .07 0 1 0
C The transformation matrix was calculated at 6.00000000E+01 Hz.
$VINTAGE, 1
-1 T1A T2A 5.37768E-01 1.61470E+03 1.93765E+05-7.00000E-02 1 7
-2 T1B T2B 2.62812E-01 3.98483E+02 2.93091E+05-7.00000E-02 1 7
-3 T1C T2C 1.15136E-01 5.65422E+02 2.93948E+05-7.00000E-02 1 7
-4 D1A D2A 9.56398E-02 3.77430E+02 2.93843E+05-7.00000E-02 1 7
-5 D1B D2B 9.31171E-02 3.18964E+02 2.92848E+05-7.00000E-02 1 7
-6 D1C D2C 1.46229E-01 2.72385E+02 2.91649E+05-7.00000E-02 1 7
-7 PR1 PR2 1.46079E-01 3.32838E+02 2.92978E+05-7.00000E-02 1 7
$VINTAGE, 0
0.31923233 0.37863228 -0.61675586 0.57379981 0.38899068 0.02446578
0.00686703
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.31527361 0.14608826 -0.46967234 -0.24226059 -0.76243122 0.01567304
0.00798817
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.37284560 0.09524964 -0.05156199 -0.75036908 0.50898605 0.02115019
0.04894248
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.45523781 0.08924612 0.33375458 0.09760106 -0.03576236 -0.27596803
-0.78939025
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.38217403 0.03154967 0.38496511 0.13592941 -0.05723973 0.78888552
0.13655128
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000

8
0.44703446 0.09529761 0.36457070 0.13528045 -0.05687019 -0.54739209
0.59640999
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
0.32640643 -0.89898912 -0.06212407 0.05202165 0.02298998 -0.02390905
-0.00235934
0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000
0.00000000
-1 T2A T3A T1A T2A
-2 T2B T3B
-3 T2C T3C
-4 D2A D3A
-5 D2B D3B
-6 D2C D3C
-7 PR2 PR3
-1 T3A T4A T1A T2A
-2 T3B T4B
-3 T3C T4C
-4 D3A D4A
-5 D3B D4B
-6 D3C D4C
-7 PR3 PR4
-1 T4A T5A T1A T2A
-2 T4B T5B
-3 T4C T5C
-4 D4A D5A
-5 D4B D5B
-6 D4C D5C
-7 PR4 PR5
-1 T5A T1A
-2 T5B
-3 T5C
-4 D5A
-5 D5B
-6 D5C
-7 PR5
/SWITCH
C < n 1>< n 2>< Tclose ><Top/Tde >< Ie ><Vf/CLOP >< type >
/SOURCE
C < n 1><>< Ampl. >< Freq. ><Phase/T0>< A1 >< T1 >< TSTART >< TSTOP >
13 PR3-1 1.E3 1.E-6 5.E2 5.E-5 -1. 1.
BLANK BRANCH
BLANK SWITCH
BLANK SOURCE
PR3 D3 D3A D3B D3C T3A T3B T3C
BLANK OUTPUT
BLANK PLOT
BEGIN NEW DATA CASE
BLANK

Você também pode gostar