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INTEGRAIS

4.1 ANTIDERIVADA DE UMA FUNÇÃO


4.1.1 Definição
4.1.2 Notação
4.1.3 Interpretação Geométrica
4.1.4 Propriedade da Integral Definida

4.2 MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO


4.2.1 Integrais Imediatas
4.2.2 Substituição ou Mudança De Variável
4.2.3 Integração por Partes

4.3 CÁLCULO DE ÁREA


4.3.1 Definição
4.3.2 Integral definida

4.4 INTEGRAL DEFINIDA


4.4.1 Definição
4.4.2 Propriedades
4.4.3 Área exata
4.4.4 Volume de sólidos de revolução

4.5 OUTROS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO


4.5.1 Integração de Funções Racionais por Funções Parciais
4.5.2 Integração de Funções Racionais de Seno e Cosseno
CAPÍTULO 4: Integrais

4.1 ANTIDERIVADA DE UMA FUNÇÃO

Em Cálculo diferencial estudamos uma série de situações que envolveram o estudo de certo
fenômeno por meio de suas taxas de variação ao longo de diferentes pontos do seu domínio. Em
especial, vimos como calcular a velocidade de certo objeto em movimento como a taxa de variação
instantânea de sua posição em função do tempo. Nesse momento, o problema que se coloca é como
reconstruir a distância percorrida (variação de posição) a partir de informações a respeito de sua
velocidade. Em linhas gerais, queremos reconstruir uma função a partir de sua derivada.
Um físico que conhece a velocidade de uma partícula pode desejar saber sua posição em um
dado instante. Um engenheiro que pode medir a taxa de variação segundo a qual a água está escoando
de um tanque quer saber a quantidade escoada durante um certo período de tempo. Um biólogo que
conhece a taxa segundo a qual uma população de bactérias está crescendo pode querer deduzir qual o
tamanho da população em certo momento do futuro. Em cada caso, o problema é encontrar uma função
F cuja derivada é uma função conhecida f. Se a função F existir, ela é chamada uma antiderivada de f.
Se v é a velocidade desse objeto em movimento em certo instante t e s é a posição nesse
ds
instante. A velocidade é definida assim: v  . Se tivermos, por exemplo, v  2t , como expressar a
dt
função s ? Ou seja, qual é a função que, quando derivada em relação a t , resulta em 2t ? Uma
2 2
resposta possível é s(t )  t . Mas não é a única. Há uma infinidade de possibilidades: s(t )  t  1 ,

13
s(t )  t 2  2 , s(t )  t 2  1 , s(t )  t 2  , ( )= +
2
2
Dizemos que s(t )  t  C é uma antiderivada da função v  2t para qualquer constante C .

Em termos do carro, somar C significa simplesmente medir a distância a partir de um ponto inicial
diferente, o que não altera a velocidade do objeto.

Antidiferenciação ou integração é a operação inversa da diferenciação.

4.1.1 Definição:

DEFINIÇÃO:

Uma função F  x  é uma antiderivada (ou primitiva) de uma função f  x  , se para todo x no domínio
de f , a expressão F  x   C é chamada integral indefinida da função f  x  e é denotada por

 f  x  dx  F  x   C

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Exemplo 1: Seja f  x   2 x , encontre a antiderivada de F  x  :


 Se F1  x   x 2 F '  x   f  x  2x
 Se F2  x   x 2  1 F '  x   f  x  2x
 Se F3  x   x 2  5 F '  x   f  x  2x

CONCLUSÃO: As funções F1  x  , F2  x  e F3  x  são antiderivadas de f  x   2 x . Isto significa que


F  x  é uma antiderivada de f  x  , então F  x   C , onde C é uma constante. Assim o processo de
antidiferenciação não define uma função, mas sim uma família que diferem entre si por uma constante.

4.1.2 Notação:

Notação de integral para antiderivadas:

Em que  é chamado sinal de integração, f  x  função integrando e C a constante de


integração. A diferencial dx na integral definida identifica a variável de integração. Ou seja, o símbolo
dy
 f  x  dx denota a “integral de f em relação a x ”, da mesma forma que o símbolo
dx
a “derivada de
y em relação a x ”.
Utilizaremos a notação  f ( x)dx  F ( x)  C para indicar que todas as antiderivadas de uma
função f são iguais a F adicionada a constantes. Ela é chamada integral indefinida.

4.1.3 Interpretação Geométrica:

A antiderivada de uma função é representada por uma família de curvas que em pontos de
mesma abscissa possuem retas tangentes paralelas.
2
Exemplo 2: As funções F1  x   x 2  2 x  2 , F2  x   x 2  2 x e F3  x   x  2 x  2 são antiderivadas
de f  x   2 x  2 . Graficamente temos:

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4.1.4 Propriedades da Integral Indefinida

Uma vez que o processo de encontrar antiderivadas de uma função é o “inverso” do processo de
derivar uma função, é natural pensar que duas propriedades similares de antiderivadas serão similares
às propriedades das derivadas. De um modo formal, temos o seguinte:

Se f e g são funções definidas em um intervalo I , valem as seguintes propriedades:


1.  cf ( x)  dx  c  f ( x) dx , para alguma constante real c .
2.   f ( x)  g ( x)  dx   f ( x) dx   g ( x) dx .
Assim como acontecia com derivadas, note que não valem propriedades semelhantes para
divisão e produto. Em breve veremos como encontrar a antiderivada de funções desse tipo e também
como relacionar a ideia de antiderivada com o cálculo de áreas. Nesse momento, ficará claro o porquê

estamos utilizando o símbolo  ...dx para representar a antiderivada de uma função.

4.2 MÉTODO DA INTEGRAÇÃO

4.2.1 Integrais Imediatas

O processo de integração exige muita intuição, pois conhecendo apenas a derivada de uma
função nós queremos descobrir a função. Podemos obter uma tabela de integrais, chamadas de
integrais “imediatas”, que são aquelas que surgem diretamente da “inversão” do processo de derivação,
mostradas a seguir:

1.  dx  x  C 6.  cos  x  dx  sen  x   C
x n1 2
 sec  x  dx  tg  x   C
n
2.  x dx  n  1  C , n  1 7.

1 2
3.  x dx  ln x  C 8.  cossec  x  dx  cotg  x   C
4. e
x
dx  e x  C
9.  cossec  x  . cotg  x  dx   cossec  x   C
5.  sen  x  dx   cos  x   C
10.  sec  x  .tg  x  dx  sec  x   C
Combinado essas antiderivadas com as propriedades apresentadas anteriormente, calculamos
diversas integrais.
Exemplo 1: Calcular as integrais indefinidas:

 3x  5 dx   3 x 2 dx   5 dx
2
a)

x3
3  5x  C
3
 x3  5 x  C
x x
b)  4e dx  4 e dx
 4e x  C

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  cossec  x   2 sec  x  tg  x   dx   cossec  x  dx  2  sec  x  tg  x  dx


2 2
c)

 cotg  x   2sec  x   C

2 2
d)   x  1  x  1 dx

x 5
 2 x 2  1
dx
e)  x4

Lista 1: Integrais Imediatas

1. Calcule as integrais: 2 x3 4

a)  3dx (Resp. 3x  C )
i)  5 dx (Resp. x 10  C )
2 2 j)  2 cos  x  dx (Resp. 2sen  x   C )
b)  3 dx (Resp. 3 x  C )
x2
k)  3sen  x  dx (Resp. 3cos  x   C )
3
c)  x dx (Resp. C ) 2x
  2 x  4 x  5  dx (Resp. 3  2 x  5x  C )
2
2 l) 2

d)  2x dx (Resp. x 2  C ) dx 1
m) x 3
(Resp. C )
3x 2 2 x2
e)  3x dx (Resp.  2  C )  1  2
n) 2
  dx (Resp. 3x 
3
C )
  9x 3
x  x
f)   dx (Resp.  x  C ) o)  sec2  x   cos3  x   1 dx (Resp. sen  x   tg  x   C )
5 x6
g)  x dx (Resp. C )
6
1
h)  x 2 dx (Resp.   C )
x

2. Suponha que um ponto movimenta-se ao longo de uma curva desconhecida = ( ) no plano ,


de tal forma que, em cada ponto ( , ) da curva, a reta tangente tem inclinação . Ache a equação da
curva sabendo-se que ela passa pelo ponto (2,1). Resp: = −

3. Em qualquer ponto (x,y) de uma determinada curva, a reta tangente tem uma inclinação igual 4x − 5.
Se a curva contém o ponto (3, 7), ache sua equação. Resp: = 2 − 5 + 4

( )
4. Estima-se que daqui a meses a população de certa cidade esteja aumentando à taxa de = 4+
/
5 habitantes por mês. Se a população atual é de 10 000 habitantes, qual será a população daqui a 8
meses? Resp. (8) = 10128 ℎ

5. Um corpo está em repouso quando começa a se movimentar de tal forma que sua velocidade após
minutos é ( ) = 1 + 4 + 3 m/min.
a) Que distância o corpo percorre nos 3 primeiros minutos? . (3) = 48
b) Que distância o corpo percorre no 3º minuto? . (3) − (2) = 30

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6. Uma partícula move-se em uma reta e tem aceleração dada por ( ) = 6 + 4. Sua velocidade
inicial é (0) = −6 / , e seu deslocamento inicial é (0) = 9 . Encontre sua função posição s(t).
Resp: ( ) = + 2 − 6 + 9

7. Uma pedra é arremessada para cima a partir do solo com uma velocidade inicial de 20 m/s.
Considere a pedra como um corpo em queda livre e responda:
a) Qual é a altura máxima alcançada pela pedra? Resp. = 15,9
b) Onde está a pedra 3 segundos após o lançamento? . (2,04) = 20,41
c) Quando e com que velocidade ela atingirá o solo? . (4,08) = 19,98 ≈ 20 /

8. Uma equação da reta tangente t à curva C no ponto (1, 3) é t: y = x + 2. Se em qualquer ponto (x,y)
da curva y = f(x) se tem y ′′ = 6x, encontrar uma equação para esta curva. Resp. = − 2 + 4.

9. A velocidade do som no ar a 0℃ (273K, na escala kelvin) é 1087pés/s, mas a velocidade aumenta


à medida que a temperatura sobe. Experimentos mostraram que a taxa de variação de em relação a
/
é = onde está em pés/s e está em Kelvin (K). Ache a fórmula que expressa como

uma função de . Resp: ( ) = 1087 +1 é /

10. Um botânico descobre que certo tipo de árvore cresce de tal forma que sua altura ℎ( ), após
anos, está variando a uma taxa de 0,06 / + 0,3 / metros/ano. Se a árvore tinha 60 cm de altura
quando foi plantada, qual altura estimada para daqui a 27 anos? Resp. ℎ(27) = 37,4

11. Uma pedra é deixada cair do posto de observação de uma torre, 450 m acima do solo.
a) Determine quanto tempo leva para a pedra atingir o solo? . ≈ 9,6
b) Com que velocidade ela atinge o solo? ( )
. 9,6 ≈ 93,91 /
12. O número de atendimentos atual de uma central de telemarketing é de 3000 chamadas por
semana. O gerente de operações da central estima uma taxa de crescimento para esse número de
atendimentos dada pela função: = 4 + 5 ⁄ . Baseado nessa projeção, calcule quantas chamadas
estarão sendo atendidas daqui a 125 semanas. Resp: 12875 atendimentos

13. Uma bola é lançada de um edifício de 60m de altura com uma velocidade inicial de -15 m/s.
Encontre uma expressão algébrica para representar a altura da bola em função do tempo após o
lançamento, considerando a bola como um objeto em queda livre. Resp: ( ) = −4,9 − 15 + 60

14. Um foguete atravessa o firmamento numa jornada diretamente além da Terra. Num certo dia à
tarde o navegador lê o velocímetro do foguete como função do tempo, e conclui que ele é dado por:
f(t) = 100t 3 – 400t 2 + 800t, onde t é o tempo em horas. Se a função f fornece a velocidade em km/h,
encontre a distância percorrida pelo foguete:
a) Entre o início da tarde e as duas horas; . = 933,33
b) Entre uma e 4 horas da tarde. . = 3975

15. Um tanque tem o seu volume de água V, em m3, dado em função da altura h da água no mesmo.
Sendo conhecido que a taxa de variação de V em relação a h é (3ℎ − 2), e sabendo que quando a
altura da água é 1 m, existe no tanque 3 m3 de água, determine o volume de água no tanque quando a
altura for de 3 m. Resp: 11

16. A produtividade P de um operário durante o trabalho pode ser dada em porcentagem. Por
exemplo, a produtividade de um trabalhador num dado intervalo de tempo pode ser de 90%, então ele
está rendendo 90 por cento de seu potencial naquele instante do dia. Suponha que P por cento seja a
sua capacidade de produzir t horas após começar a trabalhar e que a taxa segundo a qual P varia
temporariamente é (35 − 8 ) por cento, a cada hora. Se a produtividade após 3 horas de trabalho é de
80%, ache o potencial de produtividade após trabalhar 7 horas. : 60%

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4.2.2 Substituição ou Mudança De Variável

Este método consiste em transformar uma dada integral a ser calculada pronta para a aplicação
de uma das fórmulas básicas de integração após aplicação de uma troca de variável. Este processo se
comporta como uma espécie de Regra da Cadeia, só que para integração.
1 5
Quando diferenciamos a função f  x  
5
1  x 2  usamos a regra da cadeia para obter a

df 4 4
solução:  1  x 2  2 x . Agora, se estamos querendo antidiferenciar a função g  x   1  x 2  2 x ,
dx
temos que usar a operação inversa do que foi realizado anteriormente, ou seja:
2 4 4
 1  x  2 x dx    g  x   g '  x  dx
2
Fazendo a substituição de g  x   1  x por u temos:

u  1  x 2
 derivando u
 du  2 x dx

Substituindo 1  x 2 por u e 2x dx por du temos:

2 4
 1  x  2 x dx   u 4 du
1
 u5  C
5
Substituindo u temos:
1 5

5
1  x2   C

Podemos justificar o procedimento aplicado para obter o resultado obtido pelo teorema
apresentado, que é análogo à regra da cadeia para diferenciação, sendo denominado de regra
da cadeia para antidiferenciação.

TEOREMA:

Seja g uma função diferenciável e seja o intervalo I a imagem de g. Suponha que f seja uma função
definida em I e que F seja uma antiderivada de f em I. Então,

 f  g  x   g   x  dx  F  g  x    C
Se u  g  x  e du  g   x  dx , então

 f  u  du  F  u   C
Exemplo 2: Calcule:
2
a)   5 x  1 dx

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CAPÍTULO 4: Integrais

Fazendo a substituição de g  x   5 x  1 por u temos:

u  5 x  1

 du derivando u
du  5 dx ou 5  dx

du
Substituindo 5 x  1 por u e dx por temos:
5
2 du 1 2
  5x  1 dx   u 2  u du
5 5
1 u3
  C
5 3
Substituindo u temos:
1 3
 5 x  1  C
15

x4  2
b) e x3 dx
u  x 4  2

 3 du
du  4 x dx ou  x3dx
 4
du
Substituindo x 4  2 por u e x3 por temos:
4
x 4
2 du 1 u
e x 3 dx   eu  e du
4 4
1
 eu  C
4
Logo:
1 x4  2
e C
4

8
9 x  3x  5   2 x  3dx
2
c)

3 2
d)  tan  x  sec  x  dx

e)  sen  x  cos  x  dx

2 2 7 4 5 2 3
f) x 1  x dx Resp. 1  x  2  1  x  2  1  x  2  C
7 5 3

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Lista 2: Integrais por Substituição ou Mudança de Variável

1. Calcule as integrais:
a) 3x  4 dx 2 3
 3x  4  2  C
9
3 8 1
 x  5  2 x  dx
2 9
b)  5  2 x3   C
54
 x cos  x  dx 1
2
c) sen  x 2   C
2
4x2 1
d) C
 4
dx
18 1  8 x 3 3
1  8 x3 
sen x 2 cos x  C
e)  dx
x
f) 1  4x dx 1 3
  1  4 x  2  C
6
g) 3
6  2xdx 3 4
  6  2x 3  C
8
h) 0 x x  9 dx
2 1 2 3
 3
 x  9 2  C
10
1 3
 x x  1 dx
2 3 11
i)  x  1  C
33
2 2 3 5
j)  5 x  9  4 x  dx
3  9  4 x2  3  C
8
x3 1
k) C
 4 5
dx
32 1  2 x 4 
4
1  2 x 
 6x sen  x  dx 2 cos  x3   C
2 3
l)

3x 2 ln 1  x 3  c
m)  dx
1  x3
2
n)  xsen (3 x ) dx 1
 cos(3x 2 )  C
6
2
(7  4 x 3 )8 dx (7  4 x 3 )9
o) x  C
108

4.2.3 Integração por Partes

Esse tipo de integral é obtida a partir da fórmula de derivada para o produto de funções. A
derivada de produto de funções é dada por:
[ f ( x) g ( x)]'  f '( x) g ( x)  f ( x) g '( x ) .
Que podemos organizar da seguinte forma:
f ( x) g '( x )   f ( x ) g ( x )  ' f '( x ) g ( x )
Agora vamos integrar em ambos os lados da igualdade:

 f ( x) g '( x)dx    f ( x) g ( x) 'dx   f '( x) g ( x)dx


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Assim, obtemos a Regra da Integração por Partes:

 f ( x) g '( x)dx  f ( x) g ( x)   g ( x) f '( x)dx (1)

Para facilitar o uso dessa regra, na prática, costumamos fazer o seguinte:


u  f ( x)  du  f '( x)dx
v  g ( x)  dv  g '( x)dx
E reescrevemos a expressão (1) da seguinte forma:

 udv  uv   vdu
que é a fórmula que representa o método de integração por partes.

Exemplo 3: Resolva as integrais:


x
a)  xe dx
Seja:
u  x  du  dx
dv  e x dx   dv   e x dx  v  e x

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu
x x x
 xe dx  xe   e dx
x x x
 xe dx  xe  e  C
x x
 xe dx  e  x  1  C
x
Logo a integral de  xe dx é:
e x  x  1  C

Observamos que se tivéssemos escolhido u  e x e dv  xdx , o processo nos levaria a uma


integral mais complicada.

b)  x cos  x  dx
Seja:
u  x  du  dx
dv  cos  x  dx   dv   cos  x  dx  v  sen  x 

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu

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 x cos  x dx  xsen  x    sen  x dx


 x cos  x dx  xsen  x     cos  x    C
 x cos  x dx  xsen  x   cos  x   C
Logo a integral de  x cos  x dx é:
xsen  x   cos  x   C

2 x
c)  x e dx
Neste caso vamos aplicar o método por partes duas vezes. Seja:
u  x 2  du  2 xdx
dv  e x dx   dv   e x dx  v  e x

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu
x 2 x x
 xe dx  x e   2 xe dx
x 2 x x
 xe dx  x e  2 xe dx
x
A integral  xe dx deve ser resolvida também por partes. Assim temos:
u  x  du  dx
dv  e x dx   dv   e x dx  v  e x

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu
x x x
 xe dx  xe   e dx
Logo:
 x e dx  x e  2  xe   e dx 
2 x 2 x x x

2 x 2 x x x
 x e dx  x e  2  xe  e   C
2 x 2 x x x
 x e dx  x e  2 xe  2e  C
 x e dx  e  x  2 x  2   C
2 x x 2

2 x
Logo a integral de  x e dx é:
e x  x2  2 x  2   C

x
d)  e sen  x  dx
Neste caso vamos aplicar o método por partes duas vezes. Seja:
u  e x  du  e x dx
dv  sen  x  dx   dv   sen  x  dx  v   cos  x 

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu
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CAPÍTULO 4: Integrais

 e sen  x dx  e   cos  x     e   cos  x  dx (1)


x x x

x x x
 e sen  x dx  e cos  x    e cos  x  dx
x
A integral e cos  x  dx deve ser resolvida também por partes. Assim temos:
u  e x  du  e x dx
dv  cos  x  dx   dv   cos  x  dx  v  sen  x 

Integrando por partes temos:


 udv  uv   vdu
x x x
 e cos  x  dx  e sen  x    e sen  x  dx
Substituindo em (1) temos:
x x
 e sen  x  dx  e cos  x    e x s en  x    e x sen  x  dx 
Se continuarmos calculando a integral por partes retornaremos sempre em uma integral de seno
ou cosseno. Porém, observamos que a integral do segundo membro é exatamente igual a que nós
queremos calcular. Assim podemos somar a integral do primeiro membro com e x sen  x  dx . Temos: 
 e sen  x  dx   e sen  x  dx  e cos  x   e s en  x 
x x x x

x x x
2 e sen  x  dx  e cos  x   e s en  x 
1
 e sen  x  dx  2 e  s en  x   cos  x    C
x x

Logo a integral de e x sen  x  dx é: 


1 x
e  s en  x   cos  x    C
2

Lista 3: Integrais por Partes

 Calcule as integrais:

a)  xe dx
x
e x  x  1  C
b)  xe dx
2x
e2 x 1
x C
2  2
c)  x e dx
2 x
e  x  2x  2  C
x 2

x 1 x
d)  e sen  2 x  dx e  2 cos  2 x   sen  2 x    C
5
2 2x
e) x e dx 1 2x  2 1
e x  x C
2  2
1 x
f)  x cos  5 x  dx cos  5 x   sen  5 x   C
25 5
x2 
g)  x ln  x  dx 1
 ln  x     C
2 2

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CAPÍTULO 4: Integrais

4.3 CÁLCULO DE ÁREA

4.3.1 Definição

A área de certas figuras geométricas, é a medida que, de alguma forma, indica o tamanho da
região limitada pela figura.

4.3.2 Área aproximada

Consideremos uma região R no plano limitada pelo eixo x , as retas x  a e x  b e a curva


definida pela função x  f  x  como mostram as figuras.

A3 A3 A3

A2 A2 A2

A1 A1 A1

Soma Superior Soma Inferior Soma Média

Podemos perceber que as figuras formadas são retângulos cuja área é dada pelo produto da
base pela altura. Neste caso temos:

Aretângulo  b  h
A1  x  f  x1 
A2  x  f  x2 
A3  x  f  x3 
A área aproximada é dada por:
AT  A1  A2  A3
AT  x  f  x1   x  f  x2   x  f  x3 
Área aproximada pelo Método de Riemann
AT  x  f  x1   f  x2   f  x3  

Podemos verificar que quando mais partições fizermos no intervalo  a, b  a área calculada será
mais aproximada da área exata, ou seja, quando x  0 (tende a zero) área calculada será muito
próxima da área exata.

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CAPÍTULO 4: Integrais

2
Exemplo 1: Calcular a área aproximada da região limitada pela curva definida por f  x   x  1 o eixo
x e pelas retas x  2 e x  4 . Utilize x  0, 5 .

4.4 INTEGRAL DEFINIDA

4.4.1 Definição

Seja f uma função definida no intervalo  a, b e seja P uma partição qualquer de  a, b . A Integral
Definida de f de a até , denotada por:
b
 f  x  dx
a
é dada por:
b n

 f  x  dx  lim  f  c x i i
a máx x 0
i 1
desde que o limite do 2o membro exista.

b
Se  f  x  dx existe, dizemos que f é integrável no intervalo  a, b .
a

4.4.2 Propriedades

b
Se F é qualquer antiderivada de f  x  em  a, b , então  f  x  dx  F  b   F  a 
a

4
 x  2 x  3 dx .
2
Exemplo 1: Calcular a integral definida
2
4
4 x3 2 x2
2  x 2
 2 x  3  dx 
3

2
 3x
2

Primeiramente substituímos na integral o valo de x  4 e subtraímos do valor para x  2 .


43 23
  42  3  4   22  3  2
3 3
74

3

4.4.3 Área Exata

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CAPÍTULO 4: Integrais

A integral definida de uma função f  x  , num intervalo  a, b é igual à área entre a curva de
f  x  é o eixo x .

A representação gráfica da integral definida em um intervalo pode ser verificada na figura a


seguir:

Área sob a curva!

Exemplo 2: Calcule à área da região limitada pala curva determinada pela função:
a) f x  x2 1 e as retas y  0 , x  2 e x  4 .
Graficamente temos a área representada na figura a seguir.

4
 x  1  dx
2
A
2
4
x3
A x
3 2

43 23
A 4  2
3 3
50
A  16, 67 u .a .
3

A área a ser calculada no intervalo dado, está toda a cima do eixo x , assim basta calcularmos a
integral definida no intervalo  2, 4 .

b) f x   x2  1 e as retas y  0 , x  0 e x  3 .
Graficamente temos:

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CAPÍTULO 4: Integrais

A2

A1

A integral definida representa a área, num intervalo dado, entre a função e o eixo x . Para esse
exemplo temos uma região acima do eixo e um a abaixo, sendo assim precisamos calcular uma integral
para cada região, ou seja, a área total é dada pela soma de A1 com A2.

 Para Área 1 temos um intervalo de integração de  0,1 :


1
1 x3
A    x  1  dx 
2
x
0 3 0

13 03
 1  0
3 3
2

3
O sinal de negativo da integral indica que a área calculada está abaixo do eixo x , assim a área 1 é 2 .
3

 Para Área 2 temos um intervalo de integração de 1,3 :


3
3 x3
A 1
 x  1  dx  3  x
2

33 13
 3  1
3 3
20

3
A área total é dada por:
4 1
AT  A1  A2 AT   f  x  dx   f  x  dx
1 0

2 20 20  2 
AT   AT   
3 3 ou 3  3
20 22
AT   7, 33 u .a . AT  u .a .
3 3

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CAPÍTULO 4: Integrais

2
Exemplo 3: Determine a área limitada por y  x e y  x  2 .

As curvas interceptam-se nos pontos de abscissa -1 e 2, como mostra a figura.


No intervalo  1, 2 temos que x  2  x 2 , por esse motivo a área é dada por x  2 subtraído de
x 2 , ou seja:

2
2 x2 x3
A    x  2  x  dx   2x  2
1 2 3 1
2 3
 22 23    1  1 
   22     2   1  
 2 3   2 3 
9
 u.a.
2

Lista 4: Integrais definidas – cálculo de áreas

1. Calcule a área aproximada das figuras pela soma de Riemann com uma partição constate de
x  0,5 e a área exata com a integral definida.
2
a) y  4x  x , o eixo x , x  1 e x  3 (Resp. 7,375 u.a. e 7,33 u.a.)
2
b) y  x  2 x  3 , o eixo x , x  2 e x  1 (Resp. 14,93u.a. e 14,99 u.a.)

2
2. Calcule a área da região limitada pela curva y  x  4 x , o eixo x e as retas x  1 e x  3 (Resp.
7,33 u.a.)
2
3. Calcule a área da região limitada pela curva y  4  x , o eixo x e as reta x  1 e x  2 (Resp. 5/3
u.a.)
4. Calcule a área da região limitada pela reta 2 x  y  8 , o eixo x e as retas x  1 e x  3 (Resp. 8
u.a.)
3 2
5. Calcule a área da região limitada pela curva y   x  x  6 x , o eixo x e as retas x  1 e x  3
(Resp. 38/3 u.a.)
3 2
6. Calcule a área da região limitada pela curva y  x  2 x  5x  6 , o eixo x e as retas x  1 e x  2
(Resp.13,33 u.a.)
2 2
7. Calcule a área da região limitada pelas curvas y   x e y  x  4 x (Resp. 2,66 u.a.)
2
8. Calcule a área da região limitada pela curva x  y  y  12 , o eixo y e as retas y  3 e y  4
(Resp. 57,16 u.a.)
2
9. Calcule a área da região limitada pelas curvas y  2 x  2 e y  x  5 (Resp. 18 u.a.)

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CAPÍTULO 4: Integrais

4.4.4 Volume de Sólidos de Revolução

Um sólido de revolução é gerado pela rotação de uma região do plano, em torno de uma reta
chamada eixo de revolução, contida no plano.

Um sólido de revolução se forma da seguinte maneira:


 Dada uma região limitada pela função y  f  x  , o eixo x no intervalos  a, b  .

Região plana

 Girando-se essa região em torno do eixo x , forma-se uma região chamada de sólido de
revolução.

Sólido Gerado

Uma região pode ser girada em torno do eixo Ox ou Oy .

 Volume de um sólido de revolução, obtido pela rotação em torno dos eixos Ox ou Oy


Seja y  f  x  uma função contínua num intervalo  a, b  , sendo f  x   0 para todo x , tal que
a  x  b , girando a função em torno do eixo Ox temos:

Podemos dividir o sólido gerado em inúmeros cilindros onde o raio e dado pela f  x  e sua altura é x ,
assim temos:

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CAPÍTULO 4: Integrais

Vci l i n d r o   r 2 h
2 2 2
V   f  x1  x   f  x2  x  ...   f  xn  x
Podemos assim escrever o volume como sendo o somatório do volume dos cilindros gerados:
n n
2 2 2
 f  xi  x  lim  f  xi  x    f  xi  dx
i 1
x 0
i 1

Assim o volume é dado por:


2
V    f  xi  dx

Essa fórmula é válida quando temos:


 Função y  f  x  e a função gira entorno do eixo Ox .
 Função x  f  y  e a função gira entorno do eixo Oy .

 Volume de um sólido pelo método dos invólucros cilíndricos


Seja y  f  x  uma função contínua num intervalo  a, b  , sendo f  x   0 para todo x , tal que a  x  b ,
girando a função em torno do eixo Oy temos:

Por esse motivo o solido gerado pode ser composto por cascas cilíndricas.

O volume das cascas cilíndricas é dado por:


VCASCA  Vexterno  Vint erno
  re2 h   ri 2 h   h  re2  ri 2    h  re  ri  r
e  ri 
r r 
 2 h  re  ri   e i 
 2 
Ou ainda
r r 
r   e i  e r  re  ri
 2 
Assim temos o volume da casca como:
VCASCA  2 hrr

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CAPÍTULO 4: Integrais

Podemos assim realizar o somatório de todas as cascas cilíndricas:


 
V  lim  2 xi f xi x   2 xf  x dx
n 

Assim o volume é dado por:


V  2  xf  x dx

Essa fórmula é válida quando temos:


 Função y  f  x  e a função gira entorno do eixo Oy .
 Função x  f  y  e a função gira entorno do eixo Ox .

Lista 5: Integrais definidas – volume de sólidos de revolução

1. Calcular o volume do sólido que se obtém por rotação da figura dada e torno do eixo indicado.
a) y  1  x , o eixo x , x  0 em torno do eixo y e x  0 (Resp. 
2
u.v)
2
b) y  1  x , o eixo x , x  0 em torno do eixo x e x  0 (Resp. 8 u.v)
2
15
c) y  2x  x , o eixo x , x  0 em torno do eixo y Resp. 8 u.v)
2
3
3x
d) y , o eixo x , x  0 , x  2 em torno do eixo y (Resp. 8 u.v)
2
e) y  x3 , y  0 , y  1 , o eixo y , e m torno do eixo y (Resp. 3 u.v)
5
f) y  x3 , y  0 , y  1 , o eixo y , e m torno do eixo x (Resp. 6 u.v)
7
x
g) y  e , x  0 , x  1 , o eixo x , e m torno do eixo y (Resp. 2 u.v)

h) y  x , y  0 , y  1, o eixo y , e m torno do eixo y (Resp.  u.v)


5
2 3
i) y  x , x  0 , x  2 , o eixo x , e m torno do eixo x (Resp. 4 u.v)

j) y  x , x  0 , x  2 , o eixo x , e m torno do eixo x (Resp. 128


3
u.v)
7

4.5 OUTROS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO

4.5.1 Integração de Funções Racionais por Funções Parciais

Definição

Uma função racional é definida como uma função que pode ser expressa como o quociente de duas
Q  x
funções polinomiais, isto é, na forma de , onde P  x  e Q  x  são polinomiais.
P  x

Para esse tipo de funções temos dois casos:


1º. Grau do numerador é maior que o grau do denominador;
2º. Grau do numerador é menor que o grau do denominador.

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CAPÍTULO 4: Integrais

1º. CASO: Quando o grau do numerador é maior que o grau do numerador dividimos o polinômio do
numerador pelo polinômio do denominador.

2 x 2  16 x  30
Exemplo 1: Calcule  x  5 dx
Dividindo o numerador pelo denominador temos:
2 x 2  16 x  30 x  5
2 x 2  10 x 2x  6
 6 x  30
6 x  30
0
Assim:
2 x 2  16 x  30
 x  5 dx    2 x  6  dx
2 x2
  6x  C
2
 x2  6x  C

2º. CASO: Quando o grau do denominador é menor que o grau do numerador temos 4 possibilidades.

1º. POSSIBILIDADE: Os fatores de Q  x  são todos lineares e nenhum se repete, isto é:


Q  x    a1 x  b1  a2 x  b2  ...  an x  bn 

P  x
Então podemos representar como sendo
Q  x
P  x A B N
   ... 
Q  x  a1 x  b1   a2 x  b2   an x  bn 
onde A, B,..., N são constante a serem determinadas.

x4
Exemplo 2: Resolva x 2
dx
 3x  2
As raízes do denominador são reais e distintas iguais a 1 e 2, assim podemos escrever
x4  A B 
x 2  3 x  2   x  1 x  2  ou x 2
dx      dx :
 3x  2   x  1  x  2  

x4 A B
2
  Aplicando o m.m.c. nos denominadores:
x  3x  2  x  1  x  2 
x4 A  x  2   B  x  1

 x  1 x  2   x  1 x  2 
x4 Ax  2 A  Bx  B
 Simplificando os denominadores temos:
 x  1 x  2   x  1 x  2 
x  4  Ax  2 A  Bx  B
x  4   A  B x  2A  B

Aplicando igualdade de polinômios e determinando os valores de A e B :

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CAPÍTULO 4: Integrais

A B 1 (I )

 2 A  B  4 ( II )
Temos em  I  que B  1  A e substituindo em  II  segue:
2 A  1  A   4
2 A  1  A  4
 A  3
A3
Logo B  2 .

 A B 
Após calcular os valores substituímos A e B em    x  1  x  2   dx .
 
 
x4 3 2
x 2
dx   dx   dx
 3x  2  x  1  x  2
 3ln x  1  2 ln x  2  C
3
 x  1
 ln 2
C
 x  2

x 1 1 x 4  2 x3
Exemplo 3: Resolva  x3  x 2  2 x dx (Resp. ln C )
6  x  1 4

2º. POSSIBILIDADE: Os fatores de Q  x  são todos lineares e alguns se repetem. Admitamos


 x  a1  seja um fator que se repete P vezes. Então correspondendo a esse fator existem a soma P
frações parciais.
P  x P
Então podemos representar  Q  x  onde Q  x    ax  b  em

P  x A B C D
 P
 P 1
 ...  2

Q  x   ai x  bi   ai x  bi   ai x  bi   ai x  bi 
onde A, B,..., C , D são constante a serem determinadas.

x2  2x  3
Exemplo 4: Resolva   x  1  x 2  2 x  1 dx
O denominador possui raízes iguais a  1, 1,1 e a fração no integrando pode ser escrita como soma
de frações parciais da seguinte forma:
x2  2x  3 A B C
  
 x  1  x  2 x  1  x  1  x  1  x  1
2 2

Multiplicando ambos os membros pelo mínimo múltiplo comum, teremos:

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CAPÍTULO 4: Integrais

2
x2  2 x  3 A  x  1  B  x  1  C  x  1 x  1
2
 2
 x  1 x  1  x  1 x  1
x 2  2 x  3  A  x 2  2 x  1  B  x  1  C  x 2  1
x 2  2 x  3  Ax 2  2 Ax  A  Bx  B  Cx 2  C
x2  2x  3   A  C  x2  2 A  B x  A  B  C

Aplicando a igualdade de polinômios temos:


 AC 1  A  1
 
 2 A  B  2 Resolvendo o sistema temos: B  0 `
 A  B  C  3 C  2
 
x2  2x  3 A B C
Substituindo os valores de A, B e C em    temos:
 x  1  x  2 x  1  x  1  x  1  x  1
2 2

x2  2x  3 1 0 2
  
 x  1  x  2 x  1  x  1  x  1  x  1
2 2

Assim,
x2  2 x  3  1 0 2 

  x  1  x 2  2 x  1    x  1  x  12  x  1  dx
dx   
 
1 2
 dx   dx
 x  1  x  1
  ln x  1  2 ln x  1  C
2

 ln
 x  1 C
x 1
x3  1 11x 2  17 x  4 3 x
Exemplo 5: Resolva  x  x  2 3
dx (Resp. Resolva 2
 ln C )
2
8x  x  2  16 x  2

3º. POSSIBILIDADE: Os fatores de Q  x  são lineares e quadráticos e os quadráticos não se


2
repetem. A fração parcial correspondente ao fator quadrático Q  x   x  px  p podemos escrever no
Ax  B P  x
denominador é da forma 2
;  Q  x onde Q  x   x 2  px  p podemos escrever
x  px  p
P  x AQ '  x   B A 2x  p   B
 
Q  x Q  x Qx

onde A, B,..., N são constante a serem determinadas.

x2  2x  3
Exemplo 5: Resolva   x  1  x 2  2 x  2  dx
A fração do integrando pode ser escrita como a seguinte soma de frações parciais:

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CAPÍTULO 4: Integrais

x2  2x  3 A Bx  C
  2
 x  1  x  2 x  2  x  1 x  2 x  2
2


2   4
x  Raiz Complexa
2

x2  2x  3 A Bx  C
  2
 x  1  x  2 x  2  x  1 x  2 x  2
2

x2  2x  3 A  x 2  2 x  2    Bx  C  x  1

 x  1  x 2  2 x  2   x  1  x 2  2 x  2 
x 2  2 x  3  Ax 2  2 Ax  2 A  Bx 2  Bx  Cx  C
x 2  2 x  3   A  B  x2   2 A  B  C  x  2 A  C

Aplicando a igualdade de polinômios temos:


A   4
A B 1  5
 
2 A  B  C  2 Resolvendo o sistema temos: B  9 5 `
 2 A  C  3 
 C  7 5

2
x  2x  3 A Bx  C
Substituindo os valores de A, B e C em   2 temos:
 x  1  x  2 x  2  x  1 x  2 x  2
2

4 9 x7
x2  2x  3 5
  25 5
 x  1  x  2 x  2  x  1 x  2 x  2
2

Assim,

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CAPÍTULO 4: Integrais

x2  2 x  3 4 9 x7 
5 5 5
  x  1  x 2  2 x  2  dx    x  1  x 2  2 x  2  dx

 
4 9 x7
 5 dx   25 5 dx
x 1 x  2x  2
4 9 x 7
5 dx 

x 1  x 2  2 x  2  x 2  25x  2 dx
5 dx 

4 1 9 x 7 1
  dx   2 dx   2 dx
5 x 1 5 x  2x  2 5 x  2x  2
4 1 9 x 11 7 1
  dx   2 dx   2 dx
5 x 1 5  x  2 x  2 5 x  2x  2
4 1 9 2  x  1 9 1 7 1
 
5 x 1
dx  
5 2  x  2 x  2
2
dx   2
5  x  2 x  2
dx   2
5 x  2x  2
dx

4 1 9 2x  2 9 1 7 1
  dx   2 dx   2 dx   2 dx
5 x 1 10  x  2 x  2  5  x  2 x  2 5 x  2x  2
4 1 9 2x  2 2 1
  dx   2 dx   2 dx
5 x 1 10  x  2 x  2  5  x  2x  2
4 1 9 2x  2 2 1
  dx   2 dx   dx
5 x 1 10  x  2 x  2  5  x  1 2  1
Utilizando as fórmulas:
dx 1 u
u 2 2
 arctg  C
a a a
dx 1 ua
 u 2  a2  2a ln u  a  C
2 1
Para o cálculo da integral   dx temos u  x  1 e a  1 .
5  x  1 2  1
4 1 9 2x  2 2 1
  dx   2 dx   dx
5 x 1 10  x  2 x  2  5  x  12  1
4 9 2
 ln x  1  ln x 2  2 x  2  arctg  x  1  C
5 10 5
1 2
10
 
8ln x  1  9 ln x 2  2 x  2  arctg  x  1  C
5
9
1  x2  2 x  2  2 arctg x  1  C
ln 8  
10  x  1 5

x2  2x  3
Exemplo 6: Resolver o exemplo anterior   x  1  x 2  2 x  2  dx utilizando a integração por frações
x2  2 x  3 A B 2x  2  C
parciais da forma   2 .
 x  1  x  2 x  2  x  1 x  2 x  2
2

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CAPÍTULO 4: Integrais

4º. POSSIBILIDADE: Os fatores de Q  x  são lineares e quadráticos e alguns se repetem. Se


x 2  px  p é um fator de Q  x  que se repetem n vezes. Então correspondendo a esse fator
n
x 2
 px  p  temos a soma das n seguintes frações parciais.
A1 x  B 1 A2 x  B 2 An x  B n
  ... 
x 2
 px  p 
n
x 2
 px  p 
n 1
 x 2  px  p 
ou
A1  2 x  p   B 1 A2  2 x  p   B 2 An  2 x  p   B n
  ... 
x 2
 px  p 
n
x 2
 px  p 
n 1
x 2
 px  p 

4x
Exemplo 7: Resolva  3
dx
 x  1
2

A fração do integrando pode ser escrita como a seguinte soma de frações parciais:
4x A 2x  B C  2x  D E  2x   F
  
x 2
 1
3
x 2
 1
3
x 2
 1
2
x 2
 1

4x 2 Ax  B 2Cx  D 2 Ex  F
  
x 2
 1
3
x 2
 1
3
x 2
 1
2
 x2  1
2
4x 2 Ax  B   2Cx  D   x 2  1   2 Ex  F   x 2  1
3
 3
 x 2  1 x 2
 1

4 x  2 Ax  B  2Cx 3  Dx 2  2Cx  D  2 Ex 3 2 Ex 2  2 Ex  Fx 2  2 Fx  F
4 x   2 C  2 E  x 3   D  2 E  F  x 2   2 A  2C  2 E  2 F  x  B  D  F

Aplicando a igualdade de polinômios temos:


A  2
B  0
 2C  2 E  0 
 D  2E  F  0 C  0

 Resolvendo o sistema temos:  `
 2 A  2C  2 E  2 F  4  D  0
 B  D  F  0 E  0

F  0
4x A 2x  B C  2x  D E  2x   F
Substituindo os valores de A, B e C em    temos:
3
 x2  1  x 2  1
3
 x2  1
2
 x 2  1
4x 22x  0 0 2 x  0 0 2x  0
  
x 2
 1
3
x 2 3
 1 x 2
 1
2
x 2
 1
Assim,

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CAPÍTULO 4: Integrais

4x 4x
 3
dx   3
dx
x 2
 1 x 2
 1
3
  4 x  x 2  1 dx
2
2  x 2  1
 C
2
1
 2
C
x 2
 1

Lista 06: Exercícios de Integrais por Frações Parciais

1. Calcule as seguintes integrais:


 x  1 dx
a)  3
3
1 Cx  x  2 
ln
x  x2  2 x 6  x  1
4

b)
x 3
 1 dx 11x 2  17 x  4

3
ln
x
C
 x  x  2
2 3
8x  x  2 
2
16 x  2
1 1 x2
c) x dx 2 ln C
4 4 x2
5x  2 ln C  x  2 
2
 x  2
3
d)  2 dx
x 4
1 x 1 1 1
e)  x  x  1 2
dx 2 ln   C
2
x x x 1

5 x  12 ln  x 
3
 x  4
2
C
f)  x  x  4  dx
37  11x  x  3 x  1  C
4
g)   x  1 x  2 x  3dx ln 5
 x  2
4 x 2  54 x  134  x  1
8
h)   x  1 x  5 x  3dx ln C
3
 x  5   x  3
6 x  11 5
i)   x  1 2
dx  6 ln  x  1  C
x 1
19 x 2  50 x  25 5
j)  7 ln x  C
 x 2  3x  5 dx x
x  16  x  3
3
k)  x 2  2 x  8 dx ln C
2
 x  4
11x  2
l)  2x
2
 5x  3
dx ln  x  3
10
 x  12   C
5 x 2  10 x  8 x2  x  2
4
m)  dx ln C
x3  4 x  x  2

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CAPÍTULO 4: Integrais

4 x 2  5 x  15 ln x 3  x  1
4
9
 x  5
5
9
C
n)  3 dx
x  4x2  5x
2 x 2  25 x  33 
1
 5 ln x  1  3ln x  5  C
o)  dx
2
 x  1  x  5  x 1

9 x 4  17 x 3  3x 2  8 x  3 
1 3 2 4
 2   ln x 5  x  3  C
p)  dx 3
x5  3x 4 3x 2 x x
5 x 2  30 x  43 1 5
q)  dx 2
 ln  x  3   C
 x  3
3
 x  3
2x2  7 x 3
r) 2x   5 ln x  3  C
 x 2  6 x  9 dx  x  3

4.5.2 Integração de Funções Racionais de Seno e Cosseno

Considerando u e v funções, consideremos 4 casos com bases, nos expoentes pares e


impares.

n
 sen  u  du r  cos  u  du
n
1º. CASO: onde n  Z  é impar.
Nesse caso transformamos a potência em um produto de potências de mesma base no qual
uma das potencias tem expoente 1.

Exemplo 1: Calcule sen3  x  dx



3 2
 sen  x  dx   sen  x  sen  x  dx
  1  cos  x  sen  x  dx
2

   sen  x   cos  x  sen  x   dx


2

u  cos  x 
du   sen  x  dx
du  sen  x  dx
  sen  x  dx   cos 2  x  sen  x dx

  sen  x  dx   u 2 du
u3
  cos  x   C
3
cos 3  x 
  cos  x   C
3
cos  x 

3
 3  cos 2  x    C

Exemplo 2: Calcule sen5  3x  dx .


n m
2º. CASO:  sen  u  cos  u  du onde n e m  Z  e pelo menos um dos dois é ímpar.

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CAPÍTULO 4: Integrais

Nesse caso transformamos a potência ímpar como no caso anterior.

Exemplo 3: Calcule sen3  x  cos 4 


  dx
 sen  x  cos  x  dx   sen  x  sen  x  cos  x  dx
3 4 2 4

  1  cos2  x  sen  x  cos 4  x  dx

   sen  x  cos  x   sen  x  cos  x  dx


4 6

  sen  x  cos 4  x  dx   sen  x  cos 6  x  dx

u  cos  x 
du   sen  x  dx
du  sen  x  dx
   u 4 du   u 6 du
u5 u7
  C
5 7
cos5  x  cos7  x 
  C
5 7

Exemplo 4: Calcule sen 6  x  cos 5  x  dx .



n
 sen  u  du e  cos  u du onde n  Z
n
3º. CASO:  é par.
Nesse caso precisamos reduzir a 1 o expoente do seno ou do cosseno e utilizar as identidades:
1  cos  2 x  1  cos  2 x 
sen 2  x   e cos2  x  
2 2

Exemplo 5: Calcule sen 2  x dx .



2 1  cos  2 x 
 sen  x dx   2 dx
1 cos  2 x 
  dx   dx
2 2
1 1
  dx   cos  2 x  dx
2 2

u  2x
du  2dx
du
 dx
2

1 1 1
 x   sen  2 x   C
2 2 2
1
  2 x  sen  2 x    C
4

Exemplo 6: Calcule cos 2  x  dx .


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CAPÍTULO 4: Integrais

n
4º. CASO: sen   u  cosm  u  du onde n e m  Z e n e m são par.
Nesse caso reduzimos a unidade os 2 expoentes e utilizamos as identidades:
1  cos  2 x  1  cos  2 x 
sen 2  x   e cos2  x  
2 2

Exemplo 7: Calcule sen 2  x  cos 4  x  dx .



2
2 4  1  cos  2 x   1  cos  2 x  
 sen  x  cos  x  dx    2   dx
 2 
1
  1  cos  2 x   1  2cos  2 x   cos 2  2 x   dx
8
1
  1  2 cos  2 x   cos 2  2 x   cos  2 x   2 cos 2  2 x   cos 3  2 x   dx
8
1
  1  cos  2 x   cos 2  2 x   cos3  2 x   dx
8
1
   dx   cos  2 x  dx   cos 2  2 x  dx   cos 3  2 x  dx 
8

1  cos  4 x 
Substituindo cos
2
2x 
2

e cos3  x   cos 2  2 x  cos  2 x   1  sen 2  2 x   cos  2 x  
1 1  cos  4 x  
 sen  x  cos  x  dx  8   dx   cos  2 x  dx   2 dx   1  sen  2 x  cos  2 x   dx 
2 4 2

1 1 1 
   dx   cos  2 x  dx   dx   cos  4 x  dx   cos  2 x  dx   sen 2  2 x  cos  2 x  dx 
8 2 2 

u  sen  2 x 
du  2cos  2 x  dx
du
 cos  2 x  dx
2

2 4 1 1 1 1 1 1 3 
 sen  x  cos  x  dx   x  sen  2 x   x  sen  4 x   sen  2 x   sen  2 x   C
8 2 2 8 2 6 
1 1 1 1 
   x  sen  4 x   sen3  2 x    C
8 2 8 6 

Exemplo 8: Calcule cos 2  x sen 4  x  dx .


Lista 07: Exercícios de Integrais por Potência de Funções Trigonométricas

2. Calcule as seguintes integrais:


3 1
a)  cos  x  dx sen  x   sen 3  x   C
3

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CAPÍTULO 4: Integrais

5 2 1
b)  sen  x  dx  cos  x   cos3  x   cos 5  x   C
3 5
2 1 1
c)  sen  x  dx  x  sen  2 x   C
2 4
3
d) 2 4
 sen  x  cos  x  dx x sen  2 x  sen  4 x 
  C
16 48 64
e) 4 4
 sen  x  cos  x  dx 3 sen  4 x  sen  8 x 
x  C
128 128 1024
4 1
f)  sen  x  cox  x  dx sen 5  x   C
5
3 1
g)  sen  4 x  sen  4 x  dx cos 4  4 x   C
16
3 1
h)  sen  x  dx cos 3  x   cos  x  C
3
4 3 1 1
i)  sen  x  dx x  sen  2 x   sen  4 x  C
8 4 32
1  1 1
j)  cos
2
 x  dx x  sen  x   C
2  2 2
k)  sen 2  x  cox 3  x  dx 1 1
sen3  x   sen5  x   C
3 5
5 2 1 2 1
l)  sen  x  cox  x  dx  cos3  x   cos 5  x   cos 7  x   C
3 5 7
m)  sen 2  3 x  cox 2  3x  dx 1 1
x  sen 12 x   C
8 16

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