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CASA BRANCA
2019
FACULDADE CASA BRANCA- FACAB
JULIANA PASTRANA LUNARDELLO
CASA BRANCA
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
LUNARDELLO, Juliana Pastrana
O jogo como fator de desenvolvimento da aprendizagem na escola inclusiva
Prof(a). Ms. Orientador(a): Marlene de F.T. Colabardini
Faculdade Casa Branca: Casa Branca, 2019.
Curso: Pós Graduação em Neuropsicopedagogia
40 páginas
Palavras-chave: Brincar, prazer, jogos, desenvolvimento
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JULIANA PASTRANA LUNARDELLO
BANCA EXAMINADORA
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Professor (a)
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Professor (a)
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Professor (a) Orientador (a)
DEDICATÓRIA
This work has the interest of research to show educators, parents and people in the
educational environment is as important to the relationship of the games with school
life, and that may allow various forms of relationship with the environment, with
others and with himself. Students live in situations of game experiences with social
and cultural characteristics, causing the decentration, the acquisition of rules, the
expression of imagination and ownership of knowledge. In the first chapter the work
will address the history of the games included in situations of learning, moreover, the
importance that the games have to enable the development of strategies, plans and
the establishment of evaluation of the effectiveness of moves in line with the results.
In the second chapter the research will address the intention of the games and their
goals in life and school curriculum through games that can work, so fun, major
contents in education in various disciplines. Playing, students living situations which,
if compared to repetitive activities, require real solutions, thoughtful, original and fast.
For its playful character, the games allow students to learn with pleasure and the
third chapter in the search portray the benefits of a motivated learning and integrated
with social development, emotional and intellectual.
Diferente dos jogos lúdicos dos animais as brincadeiras das crianças não é
instintiva, mas sim, precisamente humana.
Essa atividade objetiva, ao se constituir na base da percepção que a criança
tem do mundo dos objetos humanos, determina o conteúdo de suas brincadeiras.
Esse mundo dos objetos não se limita aos objetos que constituem o mundo
ambiental próximo da criança, dos objetos com os quais ela pode operar, e de fato
opera, mas também os objetos, com os quais, os adultos operam, mas a criança não
é capaz de operar, por estarem ainda além de sua capacidade física.
Para a criança inclusiva, não há ainda atividade teórica abstrata, e a
consciência das coisas, por conseguinte, emerge nela, primeiramente, sob forma de
ação. Donde, podemos concluir que, uma criança que domina o mundo que a cerca
é a criança que se esforça para agir neste mundo.
O mundo dos objetos humanos revela-se ainda à criança de uma maneira
extremamente ingênua. O aspecto humano aqui aparece para a criança na forma da
ação humana com essas coisas, e o próprio homem surge para ela como o
dominador das coisas que age nesse mundo objetivo.
Até agora viemos numa linha que aponta o papel dos objetos no
aprendizado dos novos indivíduos, as crianças. Esse aprendizado ocorre num dado
espaço, o qual é rodeado por sujeitos culturais, os adultos.
Para tanto, não falamos aqui de uma relação mecânica e linear de
aprendizado e desenvolvimento, onde baste que apresentemos, ou deixemos as
crianças junto aos objetos da cultura, seja, abstratos, ou materiais.
Chamamos essas atividades, de brincadeira, e, de jogo, atividades
principais, tomando essa caracterização não por dados estatístico, mas sim, por
uma defesa da importância dessas atividades na mudança no desenvolvimento
psíquico da criança e dentro da qual se desenvolvem processos psíquicos que
preparam o caminho da transição da criança inclusiva para um novo e mais elevado
nível de desenvolvimento.
A Escola não é um local como outro qualquer; ela é uma instituição que tem
como objetivo possibilitar ao educando a aquisição do conhecimento formal e o
desenvolvimento dos processos do pensamento. É nela que a criança aprende a
forma dê-se relacionar com o próprio conhecimento.
Brincar na Escola não é exatamente iguala brincar em outras ocasiões,
porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das
pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes,
também, na atividade da criança. Assim, as brincadeiras e os jogos têm uma
especificidade quando ocorrem na Escola, pois são mediadas pelas normas
institucionais.
A utilização do brincar como recurso pedagógico inclusivo tem de ser vista,
primeiramente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente
lúdica; se deixar de sê-lo, descaracterizar-se-á como jogo ou brincadeira. Corra
forma de atividade infantil, na qual há construção de conceitos, eles podem e devem
ser utilizados na Escola neste sentido.
Não se pode, todavia, restringir o brincar a esta função, uma vez que ele
também promove a constituição do próprio indivíduo.
Incluir o jogo e a brincadeira na Escola como inclusão tem como pressuposto,
então, o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo,
e a construção do conhecimento, processos estes intimamente interligados.
Não cabe a Escola, contudo, repetir o cotidiano que a criança inclusiva
vivencia fora dela. A reprodução do cotidiano na Escola é equivocada, porque,
conforme afirmamos anteriormente, uma atividade - ou o que nos interessa aqui:
uma brincadeira - não será exatamente a mesma se realizada por um grupo de
crianças na rua ou na Escola, seja ou não proposta e/ou conduzida por um adulto.
Ela é intermediada por outros elementos, como, por exemplo, a disciplina, a
ocupação do espaço, as expressões de afeto e os conflitos. Na Escola, a figura do
adulto, mesmo que ele não esteja fisicamente presente, influencia e regula a
atividade da criança inclusiva e as interações que ela estabelece. As crianças
mantém as regras de comportamento mesmo quando estas não estão sendo
exigidas, chamando continuamente a atenção umas das outras para tais regras,
como falar baixo, ficar sentada etc.
Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando, por sua própria definição, não
apenas deixa de promover a exclusão, mas incentiva a reestruturação das bases
ideológicas e práticas que sustentam o atual sistema de ensino em favor da
inclusão. A escola inclusiva não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou
diferencia em termos de valor perfeitos e não perfeitos, normais e anormais; mas ao
contrário busca repensar o que seja perfeição e normalidade, assim como os
critérios que baseiam tais definições, muitas vezes baseados em premissas
retrógradas, estigmatizadas, eticamente descomprometidas e prejudiciais ao
desenvolvimento do educando
A angústia de não saber como agir com estes alunos leva aos membros da
escola a solicitar métodos, técnicas e à solicitação de laudos como forma,
pensamos, de tamponar a angústia que a inclusão de crianças com sérios distúrbios
de desenvolvimento provoca.
É com a castração de seu objeto de conhecimento que os educadores têm
que se haver obrigando-os a buscar em outro lugar os subsídios necessários para
educar estas crianças. A certeza de como atuar diante da criança advém de um
saber psicológico, mas este saber, encontrado nos manuais, não traz a marca da
arbitrariedade. Desta forma o professor que assim atua não o faz em nome do
desejo e sim em nome do conhecimento adquirido nos manuais; isto tem como
efeito a sua não implicação provocando o aborto do ato educativo.
2.4.1 a creche
2.4.2 A PRÉ-ESCOLA
A partir dos anos 50 surge a pré-escola, nos Estados Unidos. Qual a relação
entre ela e o ensino inclusivo? A contribuição está na origem da pré-escola, criada
para atender a crianças negras que viviam em guetos e tinham dificuldades para
entrarem no sistema de ensino. Alguém teve a ideia de gerar, para essas crianças,
atividades que trabalhassem alguns pré-requisitos capazes de facilitar sua
introdução à escolaridade. Então, era o sistema educacional se modificando e se
ampliando para atender uma minoria, ainda que as mudanças tenham tido um
caráter mais reformista do que revolucionário. Com o passar do tempo, a história se
interessou pela pré-escola todas as crianças foram expostas cada vez mais cedo à
escolarização.
Mais tarde, já na década de 80, o movimento pela inclusão – ainda sem ter
essa denominação e essa consciência – começou a se fortalecer em diversos
pontos do mundo como Europa, Estados Unidos e a parte inglesa do Canadá. Esse
movimento nunca foi um insight isolado da educação. Também atendia a
necessidades de profissionais de várias áreas, da psicologia à reabilitação,
passando pelos especialistas na colocação de adultos com deficiência no mercado
de trabalho. Era uma mobilização mais ampla do que se supunha.
O movimento crescia, ganhava adeptos em progressão geométrica, como
resultados de vários fatores, entre eles o desdobramento de um fenômeno que
caracterizou a fase pós-Segunda Guerra Mundial. Feridos de guerra se tornaram
deficientes. Reabilitados, voltaram a produzir. Ao redor deles, foi surgindo uma
legião multidisciplinar de defensores de seus direitos.
Eram cidadãos que se sentiam de algum modo responsáveis pelos soldados
que tinham ido representar a pátria no front há décadas. Apesar das perdas e danos,
o saldo ficou positivo. O mundo começava a acreditar na capacidade das pessoas
com deficiência.
No âmbito da educação, a busca de uma escola que atendesse a todos foi
documentada pela primeira vez em 1979, no México. Na ocasião, um grupo de
países, por iniciativa da Unesco, assinou o Projeto Principal de Educação. Este
projeto tinha como objetivo definir e adotar algumas medidas capazes de combater a
elitização da escola nos países da América Latina. Outros documentos se
sucederam. O mais famoso deles é a Declaração de Salamanca, assinada em 1994.
foi essa declaração que oficializou o termo inclusão no campo da educação. A
inspiração para o encontro em Salamanca, na Espanha, foi reafirmar o direito de
todas as pessoas à educação, conforme a Declaração Universal de Direitos
Humanos, de 1948, e ainda ratificar o empenho da comunidade internacional em
cumprir o estabelecido na “Conferência Mundial sobre Educação para Todos”. Nesta
conferência, em 1990, as Nações Unidas, representadas pela Unesco, garantiam a
democratização da educação, independentemente das diferenças particulares dos
alunos. A Declaração de Salamanca é conseqüência de todo esse processo, mas a
autentica base do que foi discutido na Espanha estava grifada nas diversas
declarações das Normas Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para as
Pessoas com Deficiência, assinado em 1993 e publicado em 1994. de acordo com
estas normas, os estados são obrigados a garantir que a educação de pessoas com
deficiência seja parte integrante do sistema educativo.
Foi assim, com o objetivo de promover uma educação para todos, que se
reuniram na Espanha, em junho de 1994, a convite do Governo espanhol e da
Unesco, mais de 300 representantes de 92 Governos e de 25 organizações
internacionais. O Brasil, convidado oficialmente com todas as honras – o que incluía
despesas pagas – a participar da conferência de Salamanca pelo Governo espanhol,
não enviou um representante. Apesar do interesse da Secretaria de Educação
Especial do Ministério da Educação e do Desporto, a participação brasileira não se
efetivou.
Dessa conferência mundial saiu a Declaração de Salamanca, um documento
sobre os princípios, a política e a prática da educação para necessidades especiais.
Por ele, firma-se a urgência de ações que transformem em realidade uma educação
capaz de reconhecer as diferenças, promover a aprendizagem e atender às
necessidades de cada criança individualmente.
A Declaração de Salamanca recomenda que as escolas se ajustem às
necessidades dos alunos quaisquer que sejam suas condições físicas, sociais, e
linguísticas, incluindo aquelas que vivem nas ruas, as que trabalham, as nômades,
as de minorias étnicas, culturais e sociais, além das que se desenvolveram à
margem da sociedade.
Essa declaração se utiliza de diversos termos relacionados à inclusão. Entre
eles, educação inclusiva, princípio de inclusão, escolaridade inclusiva, políticas
educacionais inclusivas, provisão inclusiva às necessidades educacionais especiais,
inclusão na educação e no emprego e, também, sociedade inclusiva. A Declaração
de Salamanca ratifica que a origem do conceito de educação inclusiva são as
estratégias estabelecidas, em 1990, na Conferência Mundial sobre Educação para
Todos.
2.5 IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA ESCOLA INCLUSIVA
3.1 O LAZER
Com relação ao jogo, PIAGET acredita ser esse essencial na vida da criança.
Inicialmente temos o jogo de exercício, onde a criança repete uma
determinada situação por ter gostado de seu efeito (por puro prazer); por volta
principalmente dos 2-3 e 5-6 anos temos a ocorrência dos jogos simbólicos, pois
nesta fase a criança sente necessidade de representar o acontecido e não apenas
de relembrar mentalmente. Posteriormente surgem os jogos de regras, que se
transmite socialmente de criança para criança e aumentam, portanto, de importância
com o progresso da vida social da criança.
Diferentemente de PIAGET, VYGOTSKY considera que o desenvolvimento
acontece ao longo da vida; que se constroem as funções psicológicas superiores - a
afetividade, o cognitivo, a criatividade. Para ele, o outro tem um papel fundamental
no desenvolvimento, já que o sujeito constitui suas formas de ação e consciência na
sua relação com as pessoas. Vale ressaltar que o sujeito não é ativo, nem passivo,
ele é interativo.
VYGOTSKY não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como faz
PIAGET. O brinquedo faz com que a criança aja contra a sua vontade, ou seja, ela
deverá agir de acordo com as regras do jogo. Por exemplo: se no jogo é proibido
comer a bala da brincadeira, mesmo que ela adore comer bala ela não comerá.
A criança deve ser estimulada enquanto brinca, deve ser questionada, por
isso é muito importante a presença do adulto em suas brincadeiras. O adulto não
deve impor que a criança brinque com seu coleguinha que está brincando ao seu
lado, não deve impor regras, deve sim fazê-la pensar, estimulá-la a achar soluções
para seus problemas sozinha.
REDIN, E. O espaço e o tempo da criança: Se der tempo a gente brinca. São Paulo,
Mediação, 2001.