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DE LÍNGUA PORTUGUESA
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verificamos que os professores de língua portuguesa dessa instituição de ensino, fazem uso
das tecnologias digitais com frequência, apesar de não terem sido bem preparados em sua
formação docente. A entrevista com os alunos possibilitou comprovar esse uso e afirmar que
as aulas tornam-se mais atrativas com a didática das tecnologias digitais e que o professor de
língua portuguesa apresenta o domínio necessário para o uso das tecnologias em sala de aula.
Palavras-chave: Tecnologias digitais. Educação. Prática docente. Língua portuguesa.
A forma que a educação é encarada no Brasil atual é reflexo das evoluções sociais,
históricas e sociais. Atualmente, não tem como se pensar em ensino sem relacionar o uso das
tecnologias digitais, as tecnologias estão presentes desde o momento em que o professor
realiza estudos e planejamentos para sua aula até o momento de interatividade em sala de
aula. Novos olhares à prática docente, título deste texto, refere-se à visão que os professores
de língua portuguesa têm sobre o uso dessas ferramentas e a autorreflexão visando à melhoria
de suas práticas, mesmo com tantas regalias que infelizmente a escola pública ainda
apresenta. As regalias como: a falta de estrutura, salas superlotadas, falta de acesso à internet
e principalmente a falta de preparação para realizar atividades com o auxílio de/das
tecnologias, não foram motivos suficientes para os professores permanecerem presos ao
método tradicional de ensino, que não é mais capaz de sanar as dificuldades e exigências do
novo contexto social.
O advento das tecnologias digitais ocorreu no século XX, resultando em profundas
transformações, principalmente, nos âmbitos econômico e social. A troca de informações
mais ágeis e a interação que esses meios digitais propiciam são algumas das inúmeras
vantagens adquiridas se essas ferramentas forem utilizadas de maneira adequada.
As pessoas estão cada vez mais antenadas ao mundo virtual, que assim como o mundo
real, acaba criando suas próprias regras e seu próprio espaço constitutivo. A busca pelo novo
e pelo moderno é cada vez mais latente e as entidades ou pessoas que não seguirem as
transformações ou evoluções da modernidade ficarão pra traz. Para melhor compreender
esses aspectos, apresentamos aqui dois conceitos fundamentais, apresentados pelo autor
Pierre Lévy, quando se fala em tecnologias digitais, o primeiro é ciberespaço que pode ser
denominado como o conjunto de várias comunidades ligadas à comunicação via internet; o
segundo é o conceito de cibercultura que se apresenta como o conjunto de características
culturais relacionadas ao ambiente virtual, de forma grotesca, seria a ‘cultura virtual’
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construída a partir de relações pessoais que compartilham de crenças, experiências e valores,
aprimorando regras para esse determinado espaço virtual que interagem. Entretanto essa
cultura é instável, pois está imersa em um ambiente de evoluções constantes.
A educação tende a acompanhar essas transformações, em busca de um acesso rápido
às informações e na melhoria do processo educacional. Essas tecnologias estão sendo
introduzidas aos poucos no ambiente de ensino, visto que, ainda podem ser entendidas como
novidades que necessitam de muitas pesquisas, principalmente sobre os processos
metodológicos de emprego desses meios.
No Brasil, de modo geral, as TICS tiveram maior expansão a partir da década de 1990,
e até os dias atuais vêm se transformando e inovando de maneira relativamente satisfatória.
Dentro de menos de 30 anos de tecnologias, no contexto brasileiro, são notório os benefícios
ofertados e a troca de conhecimentos provenientes deles. Mas, afinal, o que são TICS?
TICS consistem em TI bem como quaisquer formas de transmissão de
informações e correspondem a todas as tecnologias que interferem e
mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda,
podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos
integrados entre si, que proporcionam por meio das funções de software e
telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios,
da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem. (OLIVEIRA; MOURA,
2015, p. 40).
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Portuguesa, para que os professores e alunos consigam compreender melhor como essas
novas experiências podem colaborar para suas práticas.
Nosso estudo parte de um levantamento de literatura sobre o objeto de estudo ora
trabalhado, logo em seguida, realizamos um estudo de campo, na Escola de Referência em
Ensino Médio Frei Caetano de Messina (EREM), localizada na cidade de Bom Conselho –
PE.
Para coleta de dados, utilizamos a técnica da entrevista individual, com a coordenação
da escola, com o intuito de saber o que se tem de tecnologia, com três docentes de línguas
portuguesa da instituição, para entender como utilizam as tecnologias em suas aulas e com
três discentes, para compreender se eles se mostram interessados pelas aulas realizadas com
essas ferramentas.
Os aportes teóricos utilizados foram Jacqueline Oliveira e Cleide Jane Costa (2017)
com a obra “Educação e tecnologias digitais da informação e comunicação: inovações e
experimentos”, abordando a importância das TICS para a educação; Eder de Oliveira,
Marcelo Bolfe e Luiz da Silva (2017) com o texto “A tecnologia como ferramenta facilitadora
do ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa”, neste texto os autores tratam das influências
das TICS para o ensino de Língua Portuguesa e como essas ferramentas podem facilitar esse
processo de aprendizagem; José Manoel Moran (2004) com a obra “Novas tecnologias e
mediação pedagógica”, colocando em questão como as novas tecnologias podem direcionar
a mediação do professor, tornando as aulas mais dinâmicas e interativas; Antônio Carlos Gil
(2008) com a obra “Como elaborar projetos de pesquisa”, que apresenta reflexões sobre as
diversas formas de pesquisa, entre outros autores.
A partir da análise das entrevistas coletadas, verificamos que á uma tendência para
que os professores de língua portuguesa dessa instituição de ensino, façam uso das
tecnologias digitais com frequência apesar de não terem sido bem preparados em sua
formação docente. A entrevista com os alunos possibilitou comprovar esse uso e afirmar que
as aulas tornam-se mais atrativas com a didática das tecnologias digitais.
Esta pesquisa está estruturada da seguinte maneira: na seção 1, discutiremos um
pouco mais sobre a utilização das TICS nas aulas de Língua Portuguesa. Na seção 2,
apresentaremos uma breve descrição sobre os procedimentos metodológicos utilizados para
a realização do estudo. Na seção 3, nos ocuparemos em situar o nosso corpus e na quarta e
última seção descrevemos os dados da pesquisa e os respectivos resultados. Boa leitura!
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2. TICS nas aulas de língua portuguesa
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para realização de uma avaliação e esquecidos posteriormente, ou seja, os alunos não
conseguiam adquirir conhecimentos e quando estes eram exigidos essas lacunas ficavam
bastante visíveis. O que é perceptível é o desinteresse por grande parte dos alunos, de
realmente apreender, visto que, já estão acostumados com repetição e memorização.
O uso das TICS pode favorecer uma nova visão de ensino, tornando as aulas mais
dinâmicas para que o aluno absorva os conhecimentos a partir da interação. Entretanto,
utilizar as tecnologias em sala de aula não é algo fácil, muitos professores estão acostumados
a desenvolver um processo metodológico tradicional e na maioria das vezes não tiveram a
preparação adequada para realizar essas práticas em sala de aula. Certamente, é um grande
desafio a ser enfrentado pelo corpo docente, mas os frutos colhidos dessas práticas mostram-
se bastante relevantes. Segundo Oliveira e Costa (2017, p.22):
Este é sem dúvida o maior desafio do uso das mídias sociais no ambiente
formal de ensino: usá-las de forma a ser realmente uma ferramenta de
ensino, com espaço para interação e questionamentos, e não apenas um
depósito de informações e textos diversos.
3. Procedimentos metodológicos
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Utilizamos como ferramenta de análise, suportes como: entrevistas com a
coordenação da escola escolhida, professores e alunos, e ainda serão realizadas observações
do corpus analisado. Foi utilizado as variáveis: idade e tempo de conclusão do curso de
graduação, na coleta de dados, no caso das professoras. A primeira professora tem 27 anos e
quatro anos de conclusão da graduação, a segunda tem 40 anos e vinte anos de conclusão, e
a terceira tem 54 anos e concluiu há vinte e seis anos. As entrevistas foram individuais, ou
seja, nenhum participante teve acesso à fala dos outras participantes da entrevista.
Para a realização da entrevista, o corpus escolhido, foi uma escola de ensino médio
de tempo integral localizada na cidade de Bom Conselho no estado de Pernambuco. Foram
selecionados três componentes do corpo docente da escola que regem a disciplina de Língua
Portuguesa e três integrantes do corpo discente, um aluno de cada nível do ensino médio (1º,
2º e 3º anos) e uma entrevista com a coordenação da instituição.
Na entrevista, foram abordadas cerca de 20 questões, tanto para a coordenação e
professores, quanto para os alunos. A comunicação entre entrevistador e entrevistado ocorreu
de modo oral, com a utilização de um gravador para em seguida realizar a transcrição de
forma detalhada. A privacidade do nome de cada entrevistado foi mantida de forma legal.
Os resultados obtidos na entrevista serão abordados no decorrer do artigo. Fazendo a
junção com as respostas da coordenação, corpo docente e discente, de forma que o propósito
da pesquisa fique claro e objetivo para o leitor.
4. A Escola
Primeiro momento - Foi realizada uma entrevista oral com a coordenadora da escola,
com o intuito de saber o que a escola dispõe de tecnologia (computador, projetor de imagens,
equipamentos de multimídia, internet, TVs etc.) para os alunos e professores.
Como resultado, obtemos que a escola dispõe de internet fornecida pelo governo do
estado, como também, de uma rede que foi instalada pelo corpo docente. A conexão à internet
é compartilhada, entre os alunos e professores e como toda rede de internet, tem acesso
limitado. A sua qualidade sempre é atribuída à quantidade de usuários, em alguns momentos
está boa, mas em determinados momentos fica muito lenta e é quase impossível obter
conexão com a rede.
A escola, ainda, fornece acesso a equipamentos tecnológicos como: laboratórios de
informática, computadores, projetores de imagens e TVs. Esses equipamentos possuem uma
qualidade de uso adequado, mas precisam de investimentos do governo para uma melhora,
tanto em quantidade como em qualidade. Os computadores não são de última geração, mas
podem ser utilizados.
A liberação do porte de tecnologias aos alunos em sala de aula é bem aceito, porém
esse uso deve estar associado ao processo de ensino, contribuindo com a aula. Durante as
aulas não é permitido o uso de redes sociais, visto que, pode atrapalhar o rendimento tanto
do aluno que está fazendo uso do aparelho, como também tirando a concentração da turma.
Segundo momento - Entrevista com três professoras de Língua Portuguesa:
Professora A: tem 27 anos e terminou a graduação em 2015.
Faz uso de algumas tecnologias em sala de aula, como: computador, projetor de
imagem, caixas de som e acessórios de multimídia. Faz uso, também, de celular quando a
internet está disponível, caso não esteja disponível utilizam aplicativos off-line. Na sua
formação fez curso de treinamento para a utilização de tecnologias em sala de aula, por esse
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motivo, para ela nunca foi difícil manusear as TICS, pois ela faz parte da nova geração de
“professores digitais”.
Costuma compartilhar com seus alunos, materiais didáticos pelo WhatsApp, e-mail,
etc. Porém, nunca fez a aplicação de atividades por meios on-line. Nas aulas de português
ministradas pela professora a leitura de livros no formato PDF é realizada com frequência.
Segundo a professora: “O processo de ensino com o uso de meios digitais facilita o
aprendizado do aluno, tanto na escrita como na leitura, mas esse uso deve ser feito de forma
correta e mediada, visando o interesse dos alunos”. A professora ainda não fez uso do
laboratório de informática, por conta da internet, e de modo geral, considera que o uso das
TICS torna o seu trabalho em sala de aula facilitado e acredita que a aula passa a ser bem
mais dinâmica.
Professora B: tem 40 anos e terminou a graduação em 1999.
Faz uso de tecnologias em sala de aula como: celular, computador, projetor de
imagem e sites off-line. Permite, em alguns momentos, que os alunos pesquisem com seus
próprios celulares utilizando a internet. Em sua formação não foi preparada para utilizar as
tecnologias com seus alunos, como também, não teve nenhuma disciplina voltada para essa
área.
Geralmente, costuma compartilhar com seus alunos materiais didáticos por grupos de
WhatsApp, Facebook e Instagram. Não utiliza nenhum aplicativo especifico para a leitura de
livros, somente sites e YouTube. Os alunos utilizam tecnologia em suas aulas,
contextualizadas com o assunto abordado. Considera que o uso de meios digitais facilita o
aprendizado do aluno, tanto na escrita como na leitura, desencadeando o interesse dos alunos
quando tem um professor direcionando de forma didática. Apesar de utilizar bastante às
tecnologias, a professora B não utiliza o laboratório de informática.
Afirma que as tecnologias facilitam e muito a mediação do professor, por isso, sempre
começa suas aulas com um vídeo motivacional. Para ela a educação tem que ser aliada a vida
e não ao ensino purista, metódico e gramatiqueiro. No entanto, com o uso excessivo da
tecnologia entre jovens, se torna necessário uma conversa para tentar mostrar o lado positivo
e o negativo, ou seja, o que é permissível e nocivo. Considera que o livro por si só é isolado,
ele não traz todo o conhecimento e a para isso a tecnologia é brilhante. Para finalizar, acredita
que o que falta é o investimento, a metodologia de uso e a conscientização do professor de
como utiliza-las em sala de aula.
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Professora C: tem 54 anos e terminou a graduação em 1993.
Faz uso de tecnologias em sala de aula, iniciou um projeto de gravar aulas
possibilitando que os alunos tenham acesso ao conteúdo antes de ser mostrado na sala de aula
e que possam revisa-lo. Em sua formação, não foi preparada para utilizar a tecnologia como
metodologia de ensino: tinha o incentivo, mas não tinha uma disciplina específica focada
nessas práticas.
Costuma compartilhar com seus alunos, materiais didáticos por WhatsApp, slide e
sites, nos quais disponibiliza as aulas, assim, percebe que seus alunos se mostram bastante
interessados pela leitura tanto dentro da escola como fora. Incentiva os alunos com os dois
universos, o virtual e o manual, mas prefere o manual onde o aluno toca e sente o cheiro do
livro.
Na fala da entrevistada: “As TICS só vêm acrescentar o conhecimento do aluno, os
estudantes dos 3º anos buscam, frequentemente, temas de redação, notícias, textos de apoio,
artigos, infográficos que falem sobre um determinado tema”. Segundo a entrevistada, existe
sim uma dificuldade no controle, mas, com certeza as vantagens são bem maiores, o que falta
é a preparação para como utilizar esses recursos em sala de aula.
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para compartilhar com seus alunos o melhor possível, até mesmo realizar trocas de
conhecimentos, já que os alunos entendem bastante de tecnologias.
Terceiro momento
Foi feita a realização de uma entrevista individual com três alunos, a fim de confirmar
se os docentes fazem uso das TICs nas aulas. Foram transcritas apenas algumas perguntas.
Primeiramente, apresentamos a seguinte pergunta: sua professora de Língua Portuguesa
utiliza tecnologias digitais em sala de aula e se mostra preparada para essa metodologia?
O aluno A afirma: “A professora utiliza tecnologias em sala de aula e permite
pesquisas em celular, porém o uso dos livros físicos é mais frequente.” E ainda, declara que
a mesma se mostra preparada, tornando a aula mais dinâmica. O aluno B disse: “Ás vezes
ela utiliza tecnologias digitais e deixa fazer pesquisas no celular, se mostra preparada sim”.
O aluno C respondeu: “A professora utiliza tecnologias em sala de aula, dá abertura para
pesquisa em celular e se mostra preparada para essa metodologia”.
A segunda questão levantada foi a seguinte: Você acredita que o uso das tecnologias
facilita o processo de aprendizagem?
O aluno A afirma: “Sim, pois as pessoas conseguem abranger os conhecimentos, tanto
em sala de aula como em casa”. O aluno realiza pesquisas em sites online e busca livros para
ler, sejam eles pedidos ou não. De acordo com Lajolo (1996), “a leitura é a estratégia eficaz
no processo de ensino/aprendizagem, sendo praticada pelos alunos de diversas formas e
métodos. Os alunos mediados de forma correta conseguem desenvolver um bom trabalho”.
(Grifos nossos).
As pesquisas dos alunos não estão voltadas, somente, para o conteúdo do livro
didático e para o que os professores repassam em sala de aula, mas estão diariamente
realizando pesquisas, sejam elas voltadas ao sistema educacional, como também, para
distração em jogos virtuais e em diversas mídias de comunicação.
O aluno B disse: “Acredito que o uso das tecnologias facilita a minha aprendizagem,
mas vai depender de cada pessoa, porém é necessário saber utilizá-las a seu favor.” O aluno
C respondeu: “As tecnologias facilitam, sem sombra de dúvidas, a minha aprendizagem, pois
está fadado apenas aos livros pode tornar o ensino algo repetitivo, rotineiro, enquanto o
acesso às tecnologias possibilita associar imagens, vídeos, opiniões diversificadas dos
conteúdos, isso facilita de maneira significativa o processo interativo e compreensivo do
estudante”.
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A terceira pergunta: o professor de Língua portuguesa realiza atividades com suporte
de aplicativos em sala de aula? Nessa pergunta, todos os alunos responderam que suas
professoras não têm esse hábito.
Na quarta pergunta: Você acredita que as tecnologias tornam o processo de
aprendizagem mais atrativo?
O aluno A afirma: “no geral considero que as tecnologias tornam a aprendizagem
mais atrativa, pois conseguem abranger os assuntos das disciplinas e associá-los com outras
coisas, facilitam o processo de compreensão e também o interesse pela disciplina.” O aluno
B disse: “as tecnologias facilitam a aprendizagem, pois a partir de seu uso que a compreensão
dos conteúdos ocorre com mais precisão”. O aluno C respondeu: “considero as tecnologias
eficientes para o ensino, pelo fato de poder ter acesso a ilustrações, a outros pontos de vista,
a novas informações, a uma gama bem maior e profunda de conhecimentos, fazendo com
que os alunos possam desenvolver um maior interesse, pois estar fadado ou limitado a um
único livro faz com que o assunto não seja compreendido da maneira eficiente”.
As respostas dos alunos podem ser mais bem compreendidas a partir do pensamento
de Moran (2004, p.23), que afirma:
O professor – tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe
a participação dos alunos – pode utilizar algumas ferramentas simples pela
internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos. A aula se
torna mais atrativa e dinâmica quando o professor sabe mediar fazendo uso
correto desse recurso, trazendo inovações para a sala de aula através da
tecnologia.
Todos consideram que apesar das dificuldades dos professores de Língua Portuguesa
em utilizar as TICS no processo pedagógico, todos se mostram bastantes interessados em
utilizar essas plataformas visando à melhoria de seu alunado, com ênfase na produção escrita
e introdução e amadurecimento no hábito de uma comunidade leitora.
Todo e qualquer procedimento de ensino adotado, tem como foco a melhoria na
relação entre ensino/aprendizagem, e as TICS, em particular nas aulas de Língua Portuguesa,
ocupam um caráter ativo e até o momento têm se mostrado muito eficiente, mas é claro que
muita coisa necessita ser amadurecida.
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Diante dos dados expostos, os alunos consideram o uso das tecnologias favoráveis ao
ensino e dizem que suas professoras usam, de forma didática e planejada as tecnologias
digitais para realizarem suas aulas. Entretanto, relatam a situação da internet da escola, que
por muitas vezes acaba prejudicando o trabalho dos professores, e o desinteresse de seus
colegas que aproveitam a abertura de uso das TICS para acessarem redes sociais nas quais
não irão agregar nada ao momento de ensino. Mas que sem sobra de dúvidas, um ensino
contextualizado, elaborado didaticamente com metodologias sistematizadas, proporciona um
ambiente de ensino mais prazeroso e de maior rendimento.
6. Conclusão
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REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,2008.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: ED. 34, 1999. 264 p.
(Coleção TRANS).
MENEZES, Luis Carlos. Ensinar com ajuda da tecnologia. Revista Nova Escola. N. 235,
2010, p. 122.
OLIVEIRA, Cláudio de; MOURA, Samuel Pedrosa. Tic’s na educação: a utilização das
tecnologias da informação e comunicação na aprendizagem do aluno. Periódicos PUC:
Minas Gerais, 2015.
OLIVEIRA, Eder Diego de; BOLFE, Marcelo; SILVA, Luiz Fernando da. CONTAÍ – A
tecnologia como ferramenta facilitadora do ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa.
EDUCARE. IV Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e
Educação – SIRSSE. ISSN 2176-1396.
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