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Os primeiros neumas, apenas como marcas junto das palavras. Fragmento de Laon,
Metz, meados do século X
Transcrição de tablatura para órgão, século XVI. Abaixo, o equivalente em notação
moderna
O conhecimento deste tipo de notação foi perdido juntamente com grande parte da
cultura grega após a invasão romana.
O sistema moderno teve suas origens nas neumas (do latim: sinal ou curvado), símbolos
que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano, por volta do
século VIII. Inicialmente, as neumas , pontos e traços que representavam intervalos e
regras de expressão, eram posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam como um
lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. No entanto este
sistema não permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem cantá-la, pois
não era possível representar com precisão as alturas e durações das notas.
Para resolver este problema as notas passaram a ser representadas com distâncias
variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este
sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de claves que
permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o sistema não
continha símbolos de durações das notas pois elas eram facilmente inferidas pelo texto a
ser cantado. Por volta do século X, quatro figuras diferentes foram introduzidas para
representar durações relativas entre as notas.
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas
de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até
os dias de hoje. O sistema padrão pode ser utilizado para representar música vocal ou
instrumental, desde que seja utilizada a escala cromática de 12 semitons ou qualquer de
seus subconjuntos, como as escalas diatônicas e pentatônicas. Com a utilização de
alguns acidentes adicionais, notas em afinações microtonais também podem ser
utilizadas.
Notação padrão
A notação musical padrão é escrita sobre uma pauta de cinco linhas. Por isso também é
chamada de pentagrama. O conjunto da pauta e dos demais símbolos musicais,
representando uma peça musical é chamado de partitura. Seguem-se alguns dos
elementos que podemos encontrar numa partitura.
Figuras musicais - Valores ou figuras musicais são símbolos que representam o tempo
de duração das notas musicais. São também chamados de valores positivos.
Os símbolos das figuras são usados para representar a duração do som a ser executado.
As notas são mostradas na figura abaixo, por ordem decrescente de duração. Elas são:
semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
Antigamente existia ainda a breve, com o dobro da duração da semibreve, a longa, com
o dobro da duração da breve e a máxima, com o dobro da duração da longa, mas essas
notas não são mais usadas na notação atual. Cada nota tem metade da duração da
anterior. Se pretendermos representar uma nota de um tempo e meio (por exemplo, o
tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um ponto a seguir à
nota.
Nota pontuada é uma nota musical que é seguida com um ponto logo a sua frente. Este
ponto adiciona metade do valor da nota que o precede.
Pausas - representam o silêncio, isto é, o tempo em que o instrumento não produz som
nenhum, sendo chamados valores negativos. As pausas se subdividem também como as
notas em termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota
correspondente, ou seja, a pausa mais longa corresponde exatamente à duração de uma
semibreve. A correspondência é feita na seguinte ordem:
Representação das alturas
Clave - clave de Sol, clave de Fá, clave de Dó. Propõe toda a representação musical a
uma que mais se adeque ao instrumento que a irá reproduzir. Por exemplo, as vozes
graves usam geralmente a clave de Fá, enquanto que as mais agudas usam a clave de
Sol. Costuma dizer-se que a clave de Fá começa onde acaba a clave de Sol. De um
modo geral, é a clave que define qual a nota que ocupará cada linha ou espaço na pauta.
Alturas - a altura de cada nota é representada pela sua posição na pauta em referência à
nota definida pela clave utilizada, como mostrado abaixo:
Uma vez que um sustenido ou bemol tenha sido aplicado a uma nota, todas as notas de
mesma altura manterão a alteração até o fim do compasso. No compasso seguinte, todos
os acidentes perdem o efeito e, se necessário, deverão ser aplicados novamente. Se
desejarmos anular o efeito de um acidente aplicado imediatamente antes ou na chave de
tonalidade, devemos usar um bequadro, que faz a nota retornar à sua condição natural.
No exemplo visto acima podemos notar que a terceira nota do primeiro compasso
também é sustenida, pois o acidente aplicado à nota anterior permanece válido e só é
anulado pelo bequadro que faz a quarta nota voltar a ser um Lá natural. O segundo
compasso é semelhante a não ser pelo acidente aplicado que é um bemol. No terceiro
compasso, uma nota Sol, um Lá dobrado bemol e um Fá dobrado sustenido. Embora
tenham nome diferente e ocupem posições diferentes na clave, os acidentes aplicados
fazem com que as três notas soem exatamente iguais.
Expressão
Dinâmica musical
A intensidade das notas pode variar ao longo de uma música. Isso é chamado de
dinâmica. A intensidade é indicada em forma de siglas que indicam expressões em
italiano sob a pauta.
pp - pianissimo. a intensidade é mais baixa que no piano
p - piano. o som é executado com intensidade baixa
mp - mezzo piano. a intensidade é moderada, não tão fraca quanto o piano.
mf - mezzo forte. a intensidade é moderadamente forte
f - forte. A intensidade é forte.
ff - fortissimo. A intensidade é muito forte.
Cinética musical