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Disciplina: MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

AULA 07
ESTILOS DE LIDERANÇA

Prof. Igor Lucas Reis

Para exercer a função de liderança é preciso compreender as teorias que


as diferem e classificam, além de identificar os possíveis estilos de liderar.

As teorias sobre liderança são classificadas em 3 grupos:

• Teorias dos traços de personalidade;


• Teoria dos estilos de liderança;
• Teoria situacional de liderança.

A teoria dos traços parte da ideia de que certos indivíduos possuem uma
combinação especial de traços de personalidade que podem ser definidos e
utilizados para identificar futuros líderes potenciais, bem como para avaliar a
eficácia da liderança.
Através de traços físicos, como a aparência e disposição, pode-se analisar
a energia que o indivíduo colocar em suas atividades. Os traços intelectuais
permitem perceber as condições de adaptabilidade ao meio, a passividade ou
agressividade no trato com o outro, o entusiasmo frente os projetos e a condição
de autoconfiança existente neste agente.
As habilidades interpessoais ou administrativas, bem como a cooperação,
são fatores presentes nos traços sociais de cada pessoa. Por fim, existem os
impulsos de realização, a persistência e a iniciativa, que são percebidos através
do relacionamento do indivíduo com a tarefa que está envolvido.

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Disciplina: MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

AULA 08
ESTILOS DE LIDERANÇA

Prof. Igor Lucas Reis

A teoria dos estilos estuda a liderança em termos de seus estilos de


comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras
pelas quais o líder orienta sua conduta. São três os estilos de liderança:
autoritário, liberal e democrático.
No estilo autoritário apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer
participação do grupo. Ele determina as providências e as técnicas para a
execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam
necessárias e de modo imprevisível para o grupo.
Quando as diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo
líder, percebe-se o estilo democrático. Neste caso o próprio grupo esboça as
providências e as técnicas para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico
ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas
para o grupo escolher. Desta forma, as tarefas ganham nova perspectivas com os
debates.
O estilo liberal indica que os liderados têm liberdade completa para as
decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. Tanto a divisão
das tarefas como a escolha dos companheiros, fica totalmente a cargo do grupo.
O líder fica à disposição para esclarecer informações, desde que sejam
solicitadas.
A terceira teoria, denominada situacional, surgiu diante da necessidade de
um modelo significativo na área de liderança, onde define-se a maturidade como

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a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir
seu próprio comportamento.
Esta hipótese pode ser aplicada em qualquer tipo de organização:
empresarial, educacional, governamental, militar e na vida familiar.
A teoria situacional indica estilos próprios para a combinação de
comportamentos dos liderados. Desta forma, dependendo da situação, o líder
precisa compreender de que forma agir, se será preciso determinar algo,
persuadir o seu liderado, compartilhar a decisão ou se é possível simplesmente
delegá-la.

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Entende-se que, quando o liderado possui a maturidade baixa, é inseguro,
não tem capacidade ou vontade de assumir algo, o líder precisará determinar as
funções e formas de execução, previamente por ele definidas.
No caso do nível de maturidade do indivíduo se encaixar entre baixo e
moderado, e este se mostrar sem capacidades aprimoradas mas com vontade de
assumir algo, o líder poderá persuadir direcionando as funções e as formas de
execução.
As decisões podem ser compartilhadas quando o liderado possui
maturidade entre moderada e alta. Esta atitude é aplicada com pessoas que
possuem bastante capacidade mas que, talvez por receio, desmotivação ou
insegurança, apresentam-se sem vontade de assumir algo. Aqui o líder e o
liderado podem juntos definirem as funções e formas de execução.
Por fim, quando o líder se depara com indivíduos maduros o suficiente para
não dependerem de comunicação ou apoios extras, mas que demonstram
capacidade e vontade de assumir algo, é possível apenas delegar a tarefa,
permitindo que estes liderados definam as formas de executar o que foi proposto.
Compreendendo estas possíveis atitudes e o perfil de seus liderados, o líder deve
ajudá-los a amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a
seguir de forma mais confiante e preparada.
Através da percepção dos traços de personalidade de cada indivíduo, do
entendimento dos diferentes estilos de liderança ou até mesmo da situação ou
cenário com qual o líder se depara, direcionar atitudes e comportamentos pode se
tornar algo possível. Isso é exercer a capacidade de liderança. Porém, é sabido
que esta não é uma prática fácil, mas sim um grande desafio para os verdadeiros
agentes de transformação de qualquer organização ou grupo.

REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 6. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Ed. Compacta.
2ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11. ed São Paulo:
Prentice-Hall, 2005.

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MARTINS, Luiz. Os 10 atributos de um líder. São Paulo: Commit.

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