Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - CFP


CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II
PROF. CAIO FABIO TEIXEIRA CORREIA

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO – A LEI DE COULOMB

ÊNIO QUEIROZ DE ARAUJO


CICERO MARCOS MENEZES DA SILVA
WALIFF ARRUDA FERREIRA

CAJAZEIRAS – PB
2021
1. Introdução/Desenvolvimento Teórico

A lei de Coulomb é uma lei da Física que estabelece que a força eletrostática entre duas
cargas elétricas é proporcional ao módulo das cargas elétricas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa. A lei foi determinada pelo físico francês Charles Augustin
de Coulomb (1736-1806), esta lei descreve a força de interação entre cargas elétricas. Para
tanto, Charles Coulomb fez uso de uma balança de torção, similar à balança que fora usada por
Henry Cavendish para a determinação da constante da gravitação universal.
Coulomb utilizou a balança de torção para medir forças de atração e repulsão muito
pequenas entre duas esferas eletricamente carregadas. O aparato experimental utilizado
consistia de uma haste metálica capaz de girar, que, quando carregada, era repelida por uma
pequena esfera metálica carregada com cargas elétricas de mesmo sinal. A imagem abaixo
mostra um esquema de como era a balança de torção utilizada pelo físico para determinar a lei.

Figura 1: Balança de torção de Coulomb e seu esquema

FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm (2021)

Com o descobrimento da lei, vamos conhecer agora como ela funciona. A Lei de
Coulomb enfoca nos estudos sobre as interações eletrostáticas entre partículas eletricamente
carregadas, as quais possuem a propriedade de atração ou de repulsão, e ela é descrita
matematicamente da seguinte forma:
𝑄. 𝑞
|𝐹| = 𝑘 2
𝑟
Onde os símbolos representados pelas letras significam:
F — força eletrostática (N);
𝑘 — constante de Coulomb com módulo de aproximadamente de 9,0. 109 𝑁. 𝑚²/𝐶 2 ;
Q — carga elétrica (C);
q — carga elétrica de prova (C);
d — distância entre as cargas (m).

De acordo com essa lei, a força entre duas partículas eletricamente carregadas é
diretamente proporcional ao módulo de suas cargas e é inversamente proporcional ao quadrado
da distância entre elas. Desta forma, há a força de atração entre as cargas de sinais opostos,
ocorrendo também, a força de repulsão entre cargas de mesmo sinal, e pode ser representada da
seguinte forma:

Figura 2: Cargas de sinal igual e cargas de sinais opostos.

FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm (2021)


2. Objetivo do experimento.

O presente relatório tem como principal objetivo investigar, quantitativamente, a força de


interação entre cargas elétricas e procurar estabelecer sua relação com as cargas envolvidas e
com a distância entre elas.

3. Material Utilizado

Programa Phet Colorado;


Excel.
O programa do Phet Colorado foi fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, e
ele cria simulações interativas gratuitas de Matemática e Ciências, as simulações baseiam-se
em um ambiente intuitivo com estilo de jogos, onde os alunos aprendem através da exploração.

4. Procedimento Experimental

A Lei de Coulomb foi a proposta de estudo deste experimento. Para tanto, utilizou-se
um dos simuladores do PhET Interactive Simulations, cujo foi elaborado pela Universidade do
Colorado (EUA), que oferece simulações em várias áreas do conhecimento científico e para os
diferentes níveis de ensino. Parafraseado a Universidade do Colorado (2015), todas as
simulações passam por testes e avaliações para garantir uma maior eficácia educacional, as
simulações podem ser realizadas de forma on-line ou baixadas e executadas em computadores,
pois todos os programas de simulação possuem código aberto. Assim, utilizou-se o simulador
disponível em: <https://phet.colorado.edu/sims/html/coulombs-law/latest/coulombs-
law_pt_BR.html> para observarmos os conceitos físicos apresentados pela Lei de Coulomb.

Parte I – Relação entre a força e a distância das cargas

Inicialmente foi realocada uma carga 1 (-4µC) para a posição 0 cm e uma carga 2
(+4µC), que fará a vez da carga teste, variando sua posição em relação a carga 1, conforme a
figura 1 abaixo, de maneira que os centros das cargas ficassem o mais alinhados possível com
as marcas da régua em centímetros, conforme valores escolhidos aleatoriamente.
Figura 3: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+4µC) na posição 7,0 cm.

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Essa relação entre as cargas 1 e 2, com a distância de 7,0 centímetros entre elas, expos
uma força de 29,347 N atuando na carga 2, como também na carga 1, conforme exposto pela
figura 3 acima.

Figura 4: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+4µC) na posição 4,0 cm.

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.
Num segundo momento, moveu-se a carga 2 (+4µC) até a posição de 4,0 cm em relação
a carga 1, conforme a figura 4 acima, ao realizar essa diminuição na distância entre as cargas,
vislumbrou-se um aumento na intensidade de interação das forças presentes nas cargas 1 e 2 de
89,876 N.
A essa distância observa-se também que surge na imagem do simulador pontas de setas
que indicam o sentido e a direção em que a força elétrica se pré-dispõe em interagir. Na carga
2 a seta está voltada para a direção da carga 1 e na carga 1 a seta volta-se para a carga 2. Isso
acontece, porque as cargas são de naturezas opostas. A primeira é negativa e a segundo positiva,
com módulos iguais |-4µC|=|+4µC|, essas encontram-se na mesma direção, porém, em sentidos
opostos. Porém, atentemos para o fato de que se as cargas tivessem módulos diferentes, a força
de atração entre elas dever ser também igual, para estar de acordo com a 3ª Lei de Newton (ação
e reação), por isso que a força de interação entre as cargas deve ser igual em módulo.
Dando continuidade à realização do experimento on-line, num terceiro movimento,
amplificou-se a distância entre as cargas 1 e 2, movendo a carga 2 (+4µC) de volta até a posição
de 6,0 cm em relação a carga 1, conforme a figura 3 abaixo. Ao passar o valor da distância r de
4,0 para 6,0 centímetros, a força elétrica atuante na carga 2 foi de 39,945 N exatamente igual a
que atua também na carga 1.

Figura 5: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+4µC) na posição 6,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.
Neste momento da observação ficou evidente que a relação entre a força elétrica e a
distância entre as cargas são inversamente proporcionais, pois ao aumentar a distância a força
elétrica diminui sua intensidade e ao diminuir a distância entre as cargas a força aumenta sua
intensidade, como é revelado na figura 6 abaixo, ao reduzir a distância entre as cargas 1 e 2,
para apenas r = 2,0 cm, a força de interação entre as cargas elétricas foi para 359,502 N.
Devido esses fatos é que o roteiro do experimento, traz no seu item 6 que: “Uma forma
de testar a proporcionalidade das variáveis é multiplicar os dados. Por exemplo, se 𝐹 ~ 𝐶/𝑟
então 𝐹. 𝑟 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒, onde C é uma constante, pois você só alterou a distância entre as
cargas. Se 𝐹~ 𝐶/r2 então 𝐹. 𝑟2 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.”

Figura 6: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+4µC) na posição 2,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Logo, quando Coulomb apresentou sua teoria de que “A força de ação mútua entre dois
corpos carregados (cargas elétricas puntiformes) tem a direção da linha que une os corpos e
sua intensidade é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa”; ele deixou evidente essa relação de
proporcionalidade inversa entre o produto das cargas e o quadrado da distância.
Parte II – Relação entre a força elétrica e as cargas elétricas

Na parte II do experimento, manteve-se a carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2


(+4µC) na posição 8,0 cm, conforme mostra a figura 7 abaixo.

Figura 7: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+4µC) na posição 8,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Ao atribuirmos a carga 1 um valor de -4µC e para a carga 2 de +4µC, separados por


uma distância de 8,0 cm, obteve-se uma força que atua tanto na carga 1 como na carga 2, com
intensidade de 21,918 N, conforme exposto pela figura 5. Pelos conhecimentos de interação
entre forças advindos da 3ª Lei de Newton (Lei da ação e reação), não poderia dar outro
resultado, se não o apresentado pela figura, validando, portanto, o resultado obtido.
Em seguida alterou-se apenas o valor de 𝑞2 para +2,0µC que equivale à metade do seu
valor inicial (+4 µC), obtendo-se os valores visíveis na figura 6 abaixo.
Figura 8: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+2µC) na posição 8,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Dessa redução no valor da carga q2, observou-se o surgimento de uma força elétrica,
tanto em q1 como em q2 de 10,959 N.
Por último, elevou-se o valor de q2 para o dobro (+8µC) da carga original (+4µC), que
apresentou uma força elétrica de 44,938 N, conforme a figura 9 abaixo.

Figura 9: carga 1 (-4µC) na posição 0 cm e carga 2 (+8µC) na posição 8,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.
Dessa parte II da experimentação, a partir dos dados coletados com as situações já
descritas acima, chegou-se aos dados da tabela 3, que se encontra na seção: “Dados e cálculos.”
Pelos dados apresentados pela tabela 3, é relevante observar a incerteza do utilizador da
régua virtual do simulador, bem como a própria graduação da régua, pois obteve-se dois
resultados iguais (5,4795 N/µC) e um terceiro ligeiramente diferente (5,6173 N/µC). No
entanto, é visível que a razão F/Q2 (N/µC) é uma constante, F/Q2 = constante.
Para se observar a direção e o sentido da força, mudou-se o valor das cargas em três
situações:
I. q1 = -5µC e q2 = +8µC com r = 4,0 cm;

Figura 10: carga 1 (-5µC) na posição 0 cm e carga 2 (+8µC) na posição 4,0 cm

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Pela figura acima, observa-se que as cargas com sinais diferentes proporcionam uma
força de atração entre elas, já que as setas indicativas dos vetores F 1 e F2, demonstra uma atração
entre as cargas, como expostos pelos círculos amarelos da figura 10.
Assim, recorrendo a lei de eletricidade é visível o resultado de que as cargas de sinais
diferentes se atraem. Por isso é que sendo q1 (negativo) e q2 (positivo), acontecerá uma atração
entre essas duas cargas, produzindo uma força atrativa entre as mesmas.

II. q1 = -4µC e q2 = -8µC com r = 4,0 cm ou q1 = +4µC e q2 = +8µC com r = 4,0 cm


Figura 11: Situação II

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Pela figura acima, observa-se que as cargas com sinais iguais geram uma força de
repulsão entre elas, já que as setas indicativas dos vetores F1 e F2, demonstra um afastamento
do ponto central das cargas, como expostos pelos círculos amarelos da figura 11.
Assim, recorrendo mais uma vez a lei de eletricidade é visível o resultado de que as
cargas de sinais iguais se repelem. Por isso é que sendo q1 (negativo) e q2 (negativo) ou q1
(positivo) e q2 (positivo), acontecerá uma repulsão entre essas duas cargas, produzindo uma
força repulsiva entre as mesmas.

III. q1 = 0 µC e q2 = -8µC com r = 4,0 cm ou q1 = 0 µC e q2 = +8µC com r = 4,0 cm


Figura 12: Situação III

FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Pela figura acima, observa-se que sendo uma das cargas neutra, não importando a
intensidade de carga da outra, não haverá interação de força elétrica entre elas.
Assim, recorrendo mais uma vez a lei de eletricidade é visível o resultado de que sendo
neutra uma das cargas, não existirá atração ou repulsão entre ambas. Por isso é que sendo q1
(neutra) e q2 (negativo) ou q1 (neutro) e q2 (positivo), não acontecerá “nada” entre as cargas
experimentadas.
Parte III – A constante de Coulomb

Aqui busca-se calcular, com base nos dados da Parte I e da Parte II, a constante de
Coulomb.
Na parte I do experimento foi construída a tabela 1 com os dados da força observada a
partir da variação da distância. Dessa relação construiu-se o gráfico 1 (Força (N) em função da
Distância (cm) para quatro medidas) e a relação da tabela 2 que apresentou os resultados da
multiplicação das variáveis força e distância para descobrir a proporcionalidade entre as
variáveis, cuja relação F*r² (N.cm²) se mostrou ser uma constante.
Já na parte II do experimento a distância manteve-se fixa (r = 8,0 cm ou r = 4,0 cm) e
foi construído a tabela 3 da relação entre a força elétrica e as cargas elétricas, a qual revelou
também que, numa distância fixa, desde que uma das cargas não seja nula, se partirmos
inicialmente com ambas as cargas com valares iguais e após essa primeira observação,
diminuirmos a valor da carga 2 pela metade, a força de interação elétrica (F) também reduz-se
a metade o mesmo acontece se dobramos o valor da carga 2, mantendo o mesmo inicial na carga
1, a intensidade da força elétrica (F) entre elas (as cargas) também dobrará. Portanto, por esses
𝐹1 𝐹2 𝐹3
resultados pode-se ver que: = = = constante, desde que se mantenha o mesmo
Q2 Q2 /2 2Q2

valor da carga Q1 em todas as medições,


Daí pode-se vislumbrar o porque de Coulomb chegar a relação de que é
uma constante (K), a qual chamamos de constante eletrostática de Coulomb.

5. Dados e Cálculos

A parte I da experimentação, buscou observar a relação entre a força e a distância das


cargas, das qual chegou-se aos dados apresentados pela tabela 1 (abaixo). Nela, observamos
que quanto maior a distância entre as cargas, menor a força elétrica entre elas, logo a força
elétrica é também inversamente proporcional à distância.
Tabela 1. Força (N) e distância (cm) para quatro medidas
Distância - r
Medida Força - F (N)
(cm)
1 359,50 2,0000
2 89,876 4,0000
3 39,945 6,0000
4 29,347 7,0000
FONTE: Dados do experimento – 2021.
Ao realizar as medições constadas nas tabelas de 1 (exposta anteriormente), deu-se a
coleta dos dados necessários para determinarmos um valor experimental para entender a
relação: Força (N) elétrica em função da Distância (cm), conforme tabela 2 abaixo.

Tabela 2. Multiplicando as variáveis força e distância para descobrir a proporcionalidade


entre as variáveis
F*r (N.cm) F*r² (N.cm²) F*r³ (N.cm³)
205,43 1438,0 10066
359,50 1438,0 5752,1
239,67 1438,0 8628,1
719,00 1438,0 2876,0
FONTE: Dados do experimento – 2021.

Pelos dados expostos podemos ver que a relação F*r² (N.cm²) é uma constante
Das medições experimentais realizadas na parte II, construiu-se a tabela 3 abaixo,

Tabela 3. Relação entre a força elétrica e as cargas elétricas aproximada para dois
algarismos significativos
F (N) Q2 (µC) F/Q2 (N/µC)
22 4,0 5,5
11 2,0 5,5
45 8,0 5,6
FONTE: Dados do experimento – 2021.

Pelos resultados a presentados pela 3 coluna (F/Q2 (N/µC)) da tabela pode-se ver que:
𝐹1 𝐹 𝐹
Q2
= Q 2/2 = 2Q3 , realmente apresentou-se como uma constante, quando, em todas as medidas,
2 2

a carga Q1 foi sempre igual a -4µC.

6. Gráficos e Resultados

A partir da tabela 1 pode-se construir o gráfico 1 abaixo:


Gráfico 1: Força (N) em função da Distância (cm) para quatro medidas

Força (F) em função da distância (r)


400,00 359,50
350,00
300,00
Força - F (N)

250,00
200,00
150,00
89,876
100,00
39,945 29,347
50,00
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00
Distância - r (cm)

FONTE: Dados da Tabela 1 do experimento – 2021.

O gráfico revela, quando a carga 1 e carga 2 estão próximas (r = 2,0 cm), a variação da
força em função da distância não é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre
elas. O cálculo é complexo. Mas, à medida que a distância (r) vai aumentando, a
proporcionalidade se faz presente.
Daí, construiu-se a tabela 2 abaixo, onde vemos que a relação Força(N) vezes a o
quadrado da distância (cm) deu um valor constante de, aproximadamente, 1438,0 (N.cm 2).

Tabela 2. Multiplicando as variáveis força e distância para descobrir a proporcionalidade


entre as variáveis
F*r (N.cm) F*r² (N.cm²) F*r³ (N.cm³)
205,43 1438,0 10066
359,50 1438,0 5752,1
239,67 1438,0 8628,1
719,00 1438,0 2876,0
FONTE: Dados do experimento – 2021.

De acordo com a lei de Coulomb, desenvolvida pelo físico francês Charles Augustin de
Coulomb (1736-1806), é possível determinar o módulo da força elétrica entre duas partículas
eletricamente carregadas com as cargas Q 1 e Q2, fixas, localizadas no vácuo e separadas por
uma distância d, por meio da seguinte expressão:
𝑄. 𝑞
|𝐹| = 𝑘 (I)
𝑟2
Onde:
• Q1 e Q2 – cargas elétricas (C)
• K – constante de Coulomb
• r – distância entre as cargas (m)

Para fins dos cálculos realizados pelo experimento, teremos que:

• Q1 e Q2 – cargas elétricas (µC)


• K=?
• r – distância entre as cargas (cm)
Utilizando da relação (I) e isolando K – constante de Coulomb, teremos:

Mas, como é proposto utilizar-se de 3 conjuntos de dados, um da primeira parte e outro


da segunda parte do experimento, nos quais foram anotadas as medidas de carga, distância e
força, para encontrar o valor da Constante de Coulomb a partir da Lei de Coulomb, tem-se que:

Tabela 4. Encontrando o valor de K


F (N) F*r² (N.cm²) |Q1 (µC)| |Q2 (µC)| K (N.cm²/µC²)
21,918 1402,8 4,0000 4,0000 87,7
10,959 701,38 4,0000 2,0000 87,7
44,938 2876,0 4,0000 8,0000 89,9
FONTE: Dados dos autores em prints de tela do experimento on-line via phet.colorado – 2021.

Portanto é perceptível que o valor de K tende a ser o mesmo (≈ 90,0 N.cm²/µC2),


mostrando assim que o resultado encontrado corresponde a constante eletrostática de Coulomb
ao se fazer as transformações necessárias em suas unidades de grandeza, conforme a resolução
abaixo.

𝑁. 𝑐𝑚2 𝜇𝐶 2 𝑚2
𝑘 = 90,0. . .
𝜇𝐶 2 (10−6 𝐶)2 104 . 𝑐𝑚2

𝑚2 1
𝑘 = 90,0. 𝑁. .
(10−6 𝐶)2 104
𝑚2 1
𝑘 = 90,0. 𝑁. −12 2 . 4
10 𝐶 10

𝑘 ≈ 9,0. 109 𝑁𝑚2 𝐶 −2

7. Discussões e Conclusões

Consideramos então que a contribuição de Coulomb para a eletrostática foi de


determina a força de interação elétrica entre materiais portadores de cargas. A chamada lei de
Coulomb mostra que a relação de atração e repulsão das cargas elétricas é semelhante à lei da
gravitação universal proposta por Isaac Newton.
𝑘. 𝑄. 𝑞
|𝐹 | =
𝑑2
Uma importante propriedade da força elétrica é que ela é uma grandeza vetorial, isto é,
pode ser escrita por meio dos vetores. Os vetores são retas orientadas que apresentam módulo,
direção e sentido. Portanto, nos casos em que dois ou mais vetores de força elétrica não forem
paralelos ou opostos, é necessário que se apliquem sobre eles as regras da soma vetorial, a fim.
Com o resultado do gráfico entendemos que ao realizar as medições constadas na tabela de 1,
deu-se a coleta dos dados necessários para determinarmos um valor experimental para entender
a relação entre a Força (N) elétrica em função da Distância (cm), e logo o gráfico mostra,
quando a carga 1 e carga 2 estão próximas, variação da força em função da distância não é
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas, pois a medida que a distância
(r) vai aumentando, a proporcionalidade se faz presente, logo foi possível encontrar valor da
Constante de Coulomb a partir da Lei de Coulomb

8. Pesquisa Bibliográfica Realizada

Halliday, Fundamentos da Física 3, Editora LTA, 6ª edição, 2005.

HELERBROCK, Rafael. Lei de Coulomb; Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm>. Acesso em 26/06/2021

Simulador Phet – disponível em <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/coulombs -law>


acesso em 25/06/2021.

Você também pode gostar