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N-906 REV.

B MAI / 2003

BOMBAS CENTRÍFUGAS
PARA SERVIÇOS MÉDIOS

Especificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação
do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 11 CONTEC - Subcomissão Autora.

Máquinas
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 6 páginas e Índice de Revisões


N-906 REV. B MAI / 2003

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-906 REV. B MAI/2003 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-906 REV. A OUT/81, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para bombas centrífugas horizontais de
entrada axial e sistemas auxiliares, para processos químicos, petroquímicos e outros
serviços de média severidade, e complementa as especificações constantes das respectivas
Requisições de Material (RM). As exigências desta Norma são modificações ou adições à
ASME B73.1, que dela é parte integrante.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-1680 - Documentação Requerida para Fornecimento de


Bombas;
ISO 2858 - End-Suction Centrifugal Pumps (Rating 16 bar) -
Designation Nominal Duty Point and Dimensions;
ASME B1.20.1 - Pipe Threads, General Purpose, Inch;
ASME B16.1 - Cast Iron Pipe Flanges and Flanged Fittings Classes
25, 125 and 250;
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fitting NPS 1/2 Through
NPS 24;
ASME B73.1 - Specification for Horizontal End Suction Centrifugal
Pumps for Chemical Process.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 e 3.2.

3.1 Nominal

Ponto de trabalho para o qual a bomba é selecionada e seu desempenho é garantido.

3.2 Normal

Ponto de operação de maior freqüência.

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4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Projetos alternativos seguindo normas tais como a norma ISO 2858 podem ser
considerados, embora não atendam a padronização dimensional constante da norma
ASME B73.1. Entretanto os demais aspectos de projeto devem estar de acordo com as
especificações constantes desta Norma e da norma ASME B73.1. Eventuais conflitos
decorrentes deste procedimento devem ser alertados pelo fabricante e analisados
individualmente.

4.2 Todas as exceções às especificações constantes desta Norma devem ser claramente
identificadas na proposta e submetidas à aprovação da PETROBRAS. De outra forma, a
proposta deve ser considerada como integralmente de acordo com esta especificação.

5 PROJETO

5.1 Performance

5.1.1 As bombas devem ter altura manométrica total continuamente decrescente com
aumento da vazão. A máxima altura manométrica total (“shutoff”) deve ser
aproximadamente igual a 110 %, mas não superior a 120 %, da altura manométrica total
correspondente à vazão nominal. Caso esta condição conduza à seleção de um
equipamento maior e de baixa eficiência, o fabricante pode apresentar alternativas cuja
aceitação fica a critério da PETROBRAS.

5.1.2 Bombas para operação em paralelo devem ter alturas manométricas totais iguais para
vazão nula.

5.1.3 Bombas acionadas a turbina devem ser projetadas para operação contínua a 105 %
da velocidade de rotação nominal e para operação de curta duração em situação de
emergência a 120 % da velocidade de rotação nominal.

5.1.4 As velocidades de rotação das bombas devem, preferencialmente, corresponder as


velocidades de rotação síncronas dos motores elétricos.

5.1.5 O ponto de máxima eficiência para o impelidor selecionado deve estar entre as
vazões nominal e normal.

5.1.6 As bombas devem ser selecionadas de modo a permitir um acréscimo de 5 % na


altura manométrica total correspondente à vazão nominal através de troca de impelidor.

5.1.7 A máxima pressão de trabalho admissível da bomba na máxima temperatura de


bombeamento deve se igual ou maior que a máxima pressão de descarga. A pressão
máxima de descarga é a soma da máxima pressão de sucção com a máxima pressão
diferencial que o rotor selecionado é capaz de fornecer nas velocidades de rotação e
densidades especificadas.

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5.1.8 Não são aceitáveis bombas para as quais a diferença entre o NPSH disponível e o
NPSH requerido seja inferior a 0,5 m.

5.2 Conexões

5.2.1 As conexões principais de diâmetro igual ou maior que 2” devem ser flangeadas, de
acordo com a norma ASME B16.1 para ferro fundido e norma ASME B16.5 para aço.

5.2.2 As conexões principais de diâmetro inferior a 2”, se roscadas, devem atender a norma
ASME B1.20.1 (NPT).

5.2.3 As conexões auxiliares devem atender a norma ASME B1.20.1 (NPT).

5.3 Eixos

5.3.1 Os eixos devem ser fornecidos com luva de proteção se estendendo além da
sobreposta da caixa de vedação.

5.3.2 A vedação entre o eixo e a luva deve garantir total estanqueidade.

5.4 Base

5.4.1 O projeto da base deve permitir o total enchimento (grauteamento) do espaço sob a
base sem formação de bolsas de ar.

5.4.2 A base deve ser fornecida com bandeja ou canal coletor de vazamentos. Os
vazamentos devem ser orientados para um dreno localizado à frente da bomba.

5.5 Acionadores

Motores elétricos para acionamento de bombas devem ser selecionados de modo que a
potência nominal multiplicada pelo fator de serviço seja, no mínimo, igual aos seguintes
percentuais da potência no eixo da bomba, no ponto de vazão nominal.

TABELA 1 - SELEÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS EM FUNÇÃO DO


PERCENTUAL DA POTÊNCIA NO EIXO DA BOMBA

Motor Elétrico Percentual da Potência


(Potência Nominal em CV) no Eixo da Bomba
25 e menores 125
30 a 75 115
100 e maiores 110

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Nota A potência no eixo da bomba para a vazão nominal não deve exceder a potência
do motor.

5.6 Materiais

5.6.1 A adequada seleção de materiais para as diversas partes do equipamento é de


responsabilidade do fabricante. Nos casos em que os materiais já estejam especificados na
Folha de Dados cabe ao fabricante comentá-los de acordo com sua experiência.

5.6.2 Os componentes do sistema de injeção de líquido de selagem (“flushing”) devem ser


de materiais iguais ou melhores que o material da carcaça.

5.6.3 Bombas com carcaça de ferro fundido devem ter tubulações auxiliares e respectivos
flanges em aço.

6 TESTES

Devem ser enviados à PETROBRAS relatórios de todos os testes executados na fábrica,


conforme a norma PETROBRAS N-1680.

6.1 Teste Hidrostático

6.1.1 O teste hidrostático é de execução obrigatória em todas as bombas.

6.1.2 Bombas que operem com líquidos inflamáveis, tóxicos ou em temperaturas acima de
100 ºC devem ser testadas com querosene à pressão de teste especificada pela norma
ASME B73.1. As demais bombas devem ser testadas com água.

6.2 Teste de Performance

6.2.1 O teste de performance, quando solicitado na Folha de Dados, deve ser


acompanhado de um teste de funcionamento mecânico. Este teste consiste na verificação
do comportamento mecânico da bomba (temperaturas nos mancais, vibração, ruído,
cavitação) nos pontos utilizados para o teste de performance.

6.2.2 Quando o teste de performance não for especificado, o fabricante deve verificar se os
níveis de vibração da bomba estão de acordo com o especificado pela norma ASME B73.1.

6.3 Teste de NPSH

6.3.1 O teste de NPSH deve ser executado sempre que a diferença entre o NPSH
disponível e o NPSH requerido for inferior a 1,0 m.

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6.3.2 O ponto de cavitação é caracterizado por uma queda de 3 % na altura manométrica


total.

7 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

A placa de identificação deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) número de item da PETROBRAS;


b) modelo da bomba;
c) designação padrão ASME ou ISO;
d) número de série do fabricante;
e) dimensões nominais;
f) diâmetro do impelidor (máximo e instalado);
g) pressão máxima de projeto a 40 ºC;
h) vazão em m3/h;
i) A.M.T. em m;
j) velocidade de rotação em rpm.

8 EMBARQUE

8.1 Todos os itens devem ser convenientemente embalados e protegidos contra eventuais
danos durante o transporte. Cada embalagem deve ser claramente identificada com nome e
endereço do comprador, número da Autorização de Fornecimento de Material (AFM),
número da Requisição de Material (RM) e conter internamente uma relação de todo o
conteúdo.

8.2 Após a inspeção final, as partes suscetíveis a oxidação devem ser protegidas por
agente anticorrosivo.

8.3 Todos os flanges devem ser protegidos por flange cego de aço ou madeira, preso por
pelo menos 2 parafusos. Todas as outras conexões devem ser plugadas ou tamponadas.

9 GARANTIA

9.1 A concordância do fornecedor com as exigências desta Norma não o isenta da


responsabilidade de fornecer equipamentos e acessórios adequados às condições de
serviços especificados.

9.2 Os demais aspectos de garantia encontram-se nas Condições Gerais de Fornecimento


de Material à PETROBRAS.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV.B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

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IR 1/1

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