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Agradecer a todas as pessoas que fizeram esse momento possível para mim
provavelmente preencheria muitas vezes a quantidade de folhas desse trabalho. Portanto
não será possível nomear a todos, mas mesmo assim desde já deixo meu agradecimento.
Ao professor Dr. André Luiz Mota por me ensinar e me orientar mesmo que, às vezes,
tenha sido tão difícil a conciliação com seu cargo como pró-reitor. Agradeço de coração a
paciência e a compreensão.
Ao professor Dr. Edson Wander Dias por todas as nossas conversas e pela monstruosa
carga de conhecimento e paciência em me ensinar e me colocar no caminho certo. Sem
sua ajuda esse trabalho não seria possível.
Aos amigos do LATEC pela ótima convivência em especial ao meu amigo Filipe Batista
pelas longas conversas e pelas horas de trabalho conjunto desvendando todos os mistérios
intrigantes ao longo do trabalho.
Aos meus pais Regina e Alfredo e à minha irmã Letícia pela formação humana e pelo
apoio durante toda a vida. Vocês são a grande razão do meu sucesso pessoal e profissional.
Ao meu grande amor Helsinara Piassi pelo carinho e amor. Obrigado por segurar as
pontas em todos os momentos da minha vida, me afagar nas aflições e compartilhar das
conquistas e realizações. Sem você minha jornada não seria possível!
A todos os amigos de São João del Rei que proporcionaram tantos momentos bons e
me ajudaram a amenizar toda dificuldade de se completar esse grande passo. Em especial
aos amigos do Grupo Mutirão por proporcionarem tantos bons momentos musicais e
humanos!
This work presents a study of Nambu-Jona-Lasínio model at SU(3) sector for the
calculation of light mesons proprieties, more specifically, for the meson π and the meson
K. We present a revision of the model and the achievement of the effective action terms,
wich correspond to the calculated observables.
We calculate the GAP equation wich give us the constituint mass to the quarks, the
self-energy of the mesons that provide their masses and the eletromagnetic form factor,
related to the fact that mesons are not punctual particles.
The calculations were made using a completely arbitrary routing, wich providede the
appearence of non-physical terms in the loops moments. These terms were eliminated by
the transformation provided by Chan, giving us the possibility of maintaining the surface
terms, wich are of sume importance for better results.
As conclusion we built the form factor’s graphs for the meson π and meson K, with and
without surface terms. We observed that the surface terms are essential for obtaining of
the right theoretical values in accordance with the experimantal ones. Hence, we conclude
that the Chan transformation is of big importance, as it keeps the surface terms of the
model.
Sumário
Lista de Figuras
1 Introdução 8
2 Modelo de Nambu-Jona-Lasínio 13
5 Resultados 50
6 Conclusão 54
Referências Bibliográficas 56
Lista de Figuras
Capítulo 1
Introdução
O Modelo Padrão é utilizado para explicar toda física das partículas elementares e de
três forças da natureza(eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca), que juntas, formam
toda a matéria. Foi desenvolvido no início da década de 70 e é uma teoria quântica de
campos, consistente com a Mecânica Quântica e com a Teoria da Relatividade Especial e,
até o presente momento, não obteve-se êxito em incorporar a quarta força (gravitacional)
no modelo. O modelo consegue descrever todos os fenômenos microscópicos conhecidos
com grande precisão e foi considerado uma das grandes conquistas do último século.
Uma teoria efetiva para a QCD deve possuir as seguintes características [3, 4]
• A teoria deve ser formulada a partir de quarks, com ou sem a presença de glúons;
Por ser um modelo onde as interações são tomadas como de caráter pontual, em
(3 + 1) dimensões, o modelo de NJL não é renormalizável, portanto para usá-lo como um
modelo efetivo, um esquema de regularização deve ser adotado. No presente trabalho
1 Introdução 11
No entanto o modelo é de grande valia para o estudo de transições de fase quirais pois
possui o processo da quebra dessa simetria, que é feito adicionando um termo de massa
à lagrangiana. O modelo de NJL é, assim, um modelo fenomenológico de interações
fermiônicas e que preserva várias características da QCD, porém possui a vantagem de
podermos tratá-lo perturbativamente no regime de baixas energias, ao contrário da QCD.
Por ser não-renormalizável vimos que o tratamento para o modelo de NJL deve ser
acompanhado de um cut-off. Isso faz com que, ao realizarmos um shift na variável
de integração apareçam termos de superfície que em alguns esquemas de regularização
são zero. No nosso trabalho faremos uso da transformação proposta por Chan [8] e
preservaremos esses termos e realizaremos os cálculos com e sem os termos de superfície
para que possamos determinar como modificam os resultados finais.
Capítulo 2
Modelo de Nambu-Jona-Lasínio
a
Fµν = ∂µ Aaν − ∂ν Aaµ + g fabc Abµ Acν
g
/ = ∂/ − i λ a A/a
D
2
são o tensor do campo de Glúons e a derivada covariante, respectivamente, g é a constante
de acoplamento da QCD e fabc são as constantes de estrutura do grupo SU(3) no espaço
2.1 Cromodinamica Quantica 14
onde u, d e s são os campos fermiônicos relacionados aos quarks up, down e strange,
respectivamente. As matrizes λ a com a = 1, 2, 3, · · · , 8 são as Matrizes de Gell-Mann
dadas por:
0 1 0 0 −i 0 1 0 0
λ1 =
1 0 0
λ2 =
i 0 0
λ3 =
0 −1 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 −i 0 0 0
λ4 =
0 0 0
λ5 =
0 0 0
λ6 =
0 0 1
(2.2)
1 0 0 −i 0 0 0 1 0
0 0 0 1 0 0 1 0 0
λ8 = √1 0 1 0
λ7 = 0 0 −i λ0 = 0 1 0
3
0 i 0 0 0 −2 0 0 1
Existem, porém, alguns problemas com o modelo que fazem com que tenhamos que
considera-lo um modelo efetivo. Vimos que, como as interações são puntuais, em (3 + 1)
dimensões o modelo é não renormalizável, o que faz com que os resultados não dependam
somente dos parâmetros físicos, mas também do esquema de regularização empregado.
Outra adversidade do modelo é que o mesmo não apresenta confinamento de quarks.
Assim abre-se a possibilidade do aparecimento de fenômenos não físicos como a presença
de quarks livres, ainda não observada experimentalmente. E como não apresenta graus de
liberdade gluônicos obtemos problemas para descrições de fenômenos em altas energias.
Apesar disso o modelo apresenta grande utilidade para o estudo de propriedades de
simetria e para fenômenos relacionados a transições de fase quirais.
onde m̂ é a matriz de massa do modelo com as massas dos quarks up, down e strange
dada por
mu 0 0
m̂ =
0 md 0 . (2.6)
0 0 ms
2.2 Modelo de NJL 16
A simetria quiral UL (1) ⊗ UR (1) se caracteriza pelo fato de partículas sem massa de
spin 1/2, tem uma helicidade bem definida, ou seja, seu spin está alinhado ou anti-alinhado
com o seu momento [10]
e pela invariância da lagrangiana do modelo sobre o grupo SUA (3), que como vimos
acima é dada pela transformação
−iλ a θ a γ 5
ψ →e 2 ψ
−iλ a θ a γ 5
ψ̄ → ψ̄e 2 . (2.7)
2 2 2
ψ̄λa γ 5 ψ → ψ̄λa γ 5 ψ + sin2 (−λ a θ a ) (ψ̄λa ψ)2 + sin2 (−λ a θ a ) ψ̄γ 5 λa ψ −
5
2i (ψ̄λa ψ) ψ̄λa γ ψ cos (−λ a θ a ) sin (−λ a θ a ) (2.10)
a a a a
2 −λ θ 2 −λ θ
2 2
2 5 2 5
(ψ̄λa ψ) + ψ̄λa γ ψ → (ψ̄λa ψ) cos − ψ̄λa γ ψ sin +
2 2
+ 2i (ψ̄λa ψ) ψ̄λa γ 5 ψ cos (−λ a θ a ) sin (−λ a θ a ) +
2 2
+ ψ̄λa γ 5 ψ + sin2 (−λ a θ a ) (ψ̄λa ψ)2 + sin2 (−λ a θ a ) ψ̄γ 5 λa ψ −
5
− 2i (ψ̄λa ψ) ψ̄λa γ ψ cos (−λ a θ a ) sin (−λ a θ a )
2
2 5
= (ψ̄λa ψ) + ψ̄λa γ ψ (2.11)
← − ←−
ψ̄ iγ µ ∂µ − m = 0 → ψ̄γ µ ∂µ = imψ̄. (2.12)
= 2imψ̄γ 5 ψ. (2.14)
dinâmica.
A introdução desses campos que serão associados aos mésons nos fazem trocar as
interações quárticas entre os férmions por interações mesônicas intermediadas por quarks.
Dessa maneira vemos que os termos ψ̄λa ψ 2 e ψ̄iγ 5 λa ψ 2 da lagrangiana inicial podem ser
2.3 Bosonização do Modelo de NJL 20
1
L = ψ̄ i∂/ − m̂ + Sa λa + Pa iγ 5 λa ψ − Sa 2 + Pa 2 .
(2.24)
2G
Podemos observar em (2.24) que trocamos as interações quárticas de (2.5) por iterações
triplas entre férmions e bósons contando ainda com os termos quadráticos nesses campos.
O valor esperado de Sa no vácuo não é zero portanto temos que h0|Sa |0i = ca . Desse
modo podemos introduzir um novo campo S0a que tem valor esperado nulo no vácuo,
portanto podemos fazer Sa = S0a + ca . Logo ficamos com
1 0
L = ψ̄ i∂/ − m̂ + S0a + ca λa + Pa iγ 5 λa ψ − Sa + ca + Pa 2
2G
1 h 02 i
L = ψ̄ i∂/ − m̂ + S0a λa + ca λa + Pa iγ 5 λa ψ − Sa − 2S0a ca + c2a + Pa 2
2G
1 h i S0 c
0 02 a
L = ψ̄ i∂ − M̂ + Sa λa + Pa iγ λa ψ −
/ 5
Sa + ca + Pa + a ,
2 2
(2.25)
2G G
onde M̂ = m̂ − ca λa é uma redefinição do termo de massa do campo fermiônico. Essa nova
massa é chamada de massa constituinte dos quarks e é consequência da quebra de simetria
quiral, portanto, ao calcularmos o valor esperado dos campos Sa , chegaremos a Equação
de GAP para esses quarks.
Podemos ver no funcional (2.26) que temos duas partes distintas: um termo bosônico
e um termo fermiônico. Dessa maneira podemos separar o funcional em dois termos,
Z
1 1 1
Z Z
Z [η,η̄] = DPa DSa exp i d x 4 2 2
Sa + Pa − Sa ca + sa Sa + pa Pa ZF
N G G
(2.27)
2.3 Bosonização do Modelo de NJL 21
(2.28)
Agora temos que resolver a integral do funcional gerador (2.26). Como vimos em (2.27)
temos um termo fermiônico onde as integrais são feitas somente com relação aos espinores
ψ e ψ̄. Dessa maneira utilizaremos a Algebra de Grassman para resolvermos as integrais.
E de acordo com [16] temos a seguinte relação
Z
∗ ∗ ∗ ∗ ∗ −1
dθ
∏ i j dθ exp − θi M θ
ij j + θ C
i i + θ C
i i = N det Mij exp C M
i ij C j (2.31)
i, j
Z Z
−1
ZF = N det D 4 4
exp −i d x d y [η̄D (x, y) η] , (2.32)
det D −1 = exp Tr ln D −1
−1
Z 4 Z 4
ZF = N exp Tr ln D
− i d x d y [η̄D (x, y) η] (2.35)
onde
δ 4 (x − y)
D= . (2.36)
i∂/ − M̂ + Sa λa + Pa iγ 5 λa
Temos agora um funcional gerador que é escrito em termos de uma ação efetiva Se f .
Realizando a integral em d 4 y ficaremos com:
1
Z Z Z
Z = N DPa DSa exp iSe f + i d 4 xη̄ η (2.37)
i∂/ − M̂ + Sa λa + Pa iγ 5 λa
onde
1 1
Z h i
4
Se f =− d x Sa + Pa + Sa ca − i Tr ln i∂/ − M̂ + Sa λa + Pa iγ 5 λa
2 2
2G G
Sa λa + iPa λa γ 5
1 1
Z
4 2 2
=− d x Sa + Pa + Sa ca + i Tr ln i∂/ − M̂ − i Tr ln 1 + .
2G G i∂/ − M̂
(2.38)
O termo i Tr ln i∂/ − M̂ é independente dos campos bosônicos portanto podemos
engloba-lo na constante de normalização do funcional gerador. Sendo assim ficamos com
Sa λa + iPa λa γ 5
1 1
Z
4 2 2
Se f = − d x Sa + Pa + Sa ca − i Tr ln 1 + . (2.39)
2G G i∂/ − M̂
x2 x3
ln(1 + x) = x − + −··· (2.40)
2 3
onde definiremos
Sa λa + iPa λa γ 5
x= , (2.41)
i∂/ − M̂
portanto teremos a ação efetiva escrita como uma série infinita
Se f = S1 + S2 + S3 + S4 + · · · (2.42)
onde cada termo será interpretado como uma amplitude de probabilidade de transição e
serão constituintes da lagrangiana efetiva para o modelo. Dessa forma podemos separar
2.3 Bosonização do Modelo de NJL 23
os 4 primeiros termos que são os que apresentarão algum tipo de divergência nas integrais.
Sa λa + iPa λa γ 5
Façamos então a expansão do termo Tr ln 1 + :
i∂/ − M̂
" 2
Sa λa + iPa λa γ 5 Sa λa + iPa λa γ 5 1 Sa λa + iPa λa γ 5
Tr ln 1 + = Tr −
i∂/ − M̂ i∂/ − M̂ 2 i∂/ − M̂
3 4 #
1 Sa λa + iPa λa γ 5 1 Sa λa + iPa λa γ 5
+ − + · · · . (2.43)
3 i∂/ − M̂ 4 i∂/ − M̂
Vamos agora substituir (2.43) na ação efetiva e separar os termos ordem por ordem:
• Termo linear:
Sa λa + iPa λa γ 5
Sa ca
Z
4
S1 = − d x − i Tr . (2.44)
G i∂/ − M̂
• Termo quadrático:
2
Sa 2 Pa 2 i Sa λa + iPa λa γ 5
Z
4
S2 = − d x + Tr . (2.45)
2G 2 i∂/ − M̂
• Termo cúbico: 3
Sa λa + iPa λa γ 5
i
S3 = − Tr . (2.46)
3 i∂/ − M̂
• Termo quártico
4
Sa λa + iPa λa γ 5
i
S4 = Tr . (2.47)
4 i∂/ − M̂
Capítulo 3
A Equação de GAP nos fornece as massas constituintes dos quarks que, no limite
quiral são zero portanto ela nos fornece o valor esperado do modelo no vácuo. Se
estivéssemos em um mundo quiralmente simétrico os quarks teriam massa zero e assim
também seriam as massas dos mésons. Convém observarmos que a massa constituinte dos
quarks é um elemento dinâmico, fruto das interações entre quarks vizinhos. Essa ideia
pode ser pensada como tentarmos empurrar um elétron contra outro, assim, sua massa
pareceria maior do que seu valor real. No vácuo a massa do quark seria o valor de massa
corrente.
Para obtermos a equação devemos extremizar a ação efetiva com relação ao campo
escalar, e tomar como zero os outros campos. A ação efetiva é dada por
Sa λa + iPa λa γ 5
1 1
Z
4 2 2
Se f = − d x Sa + Pa + Sa ca − i Tr ln 1 + . (3.1)
2G G i∂/ − M̂
Para extremizarmos o funcional acima com relação a Sa devemos fazer a seguinte derivada:
∂ Se f
= 0, (3.2)
∂ Sa
O resultado da derivada é:
∂ Se f 1
Z
4 λa
=− d x ca − i Tr = 0. (3.3)
∂ Sa G i∂/ − M̂
Para que a integral seja zero e como estamos integrando em todo o espaço o integrando
deve ser zero, logo:
1 λa 1
ca − i Tr = 0 ⇒ ca = −Gi Tr . (3.4)
G i∂/ − M̂ i∂/ − M̂
Observe que em (3.4), λa transformou-se em uma matriz identidade. Isso ocorre pois a
matriz λa relacionada ao campo escalar é, na verdade, a matriz identidade. Portanto já
fizemos a substituição.
M̂ − m̂ = −G hψ̄ψi . (3.7)
Podemos agora inserir reações de completeza com auto estados do operador ∂/:
d4k
Z
I= |k ih k| . (3.10)
(2π)4
d4k d 4 k0 1 0
0
Z Z Z
hψ̄ψi = −i TrD d4x hx|ki hk| k k |x
(2π)4 (2π)4 i∂/ − M̂
d4k d 4 k0 ikx 1 0 ik0 x
Z Z Z
= −i TrD d 4 x 4 4
e hk| k e
(2π) (2π) i∂/ − M̂
d4k d 4 k0 ix(k−k0 ) 1 0
Z Z Z
4
= −i TrD d x 4 4
e hk| k
(2π) (2π) i∂/ − M̂
d4k d 4 k0 1 0
Z Z
δ k − k0 hk|
= −i TrD 4 4
k
(2π) (2π) i∂/ − M̂
d4k 1
Z
= −i TrD 4
hk| |ki
(2π) i∂/ − M̂
d4k 1
Z
= −i TrD 4
hk|ki
(2π) /k − M
d4k 1
Z
= −i TrD 4
. (3.11)
(2π) /k − M
Tomando o traço no espaço de cor e sabor ficamos com a expressão onde ainda devemos
tirar o traço no espaço de Dirac [2].
d4k 1
Z
hψ̄ψi = −iNs Nc TrD 4
. (3.12)
(2π) k − M
/
1 1 /k + M /k + M
= = 2 , (3.13)
/k − M /k − M /k + M k − M 2
onde temos que
/k + M = kµ γ µ + IM. (3.14)
d4k 1
Z
hψ̄ψi = −iNc Ns 4M 4 k2 − M 2
. (3.15)
(2π)
método é implementado realizando uma rotação do eixo temporal para o plano complexo,
dessa maneira, mudamos o contorno de inegração sendo possivel realizar a integral [3,15]:
−Nc Ns M k3
Z Λ
hψ̄ψi = dk. (3.21)
2π 2 0 k2 + M 2
Vemos então que o condensado de quarks possui valor esperado diferente de zero que
advém da quebra da simetria quiral. Percebe-se que podemos calcular o valor de massa
constituinte dos quarks através da equação (3.7).
3.2 Auto-energia dos mésons 28
A auto-energia nos dá a correção para o termo de massa dos mésons. Portanto devemos
calcula-lá a partir da lagrangeana efetiva do modelo que é dada por:
Sa λa + iPa λa γ 5
1 1
Le f f = − 2 2
Sa + Pa + Sa ca − i Tr ln 1 + . (3.22)
2G G i∂/ − M̂
Podemos expandi-la como fizemos anteriormente porém dessa vez iremos agrupa-la de
maneira diferente:
" 2 !# " 2 !#
γ5
1 1 1 1
Le f f = Sa ca − −1 + G i Tr 2
Sa − −1 + G i Tr Pa 2 +· · · .
G 2G i∂/ − M̂ 2G i∂/ − M̂
(3.23)
Vemos porém que os traços na equação acima, quando passados para o espaço
de momentos, nos dão o cálculo das amplitudes de probabilidade dos diagramas de
auto-energia para os mésons escalares e pseudo-escalares, portanto vamos chamá-los de:
2 2
iγ 5
2
1 2
ΣS p = i Tr e ΠPS p = i Tr . (3.24)
i∂/ − M̂ i∂/ − M̂
Para encontrarmos uma relação para os campos físicos, gostaríamos de obter uma
lagrangiana efetiva para o campo Pa que seja da forma de uma lagrangiana efetiva livre:
Le f f = p2 − m2 P̃2a + · · · .
(3.25)
!
2
1 1 1 f m 0
Le f f = Sa ca − −1 + GΣS p2 Sa 2 − 2 2 2
2
+ p − m + · · · f m Pa + · · · ,
G 2G 2 f 0 (m2 )
(3.27)
p
e dessa maneira podemos redefinir o campo pseudo escalar P̃a = f 0 (m2 )Pa e definir :
q
−1
gPSqq ≡ f 0 (m2 ). (3.28)
3.2 Auto-energia dos mésons 29
Temos que na nossa Lagrangiana efetiva redefinimos o nosso termo de massa m2PS , que
será o termo físico de massa
2
f m
m2PS = m2 − 0 2 . (3.30)
f (m )
Como a expansão foi realizada ao redor de um valor arbitrário m2 , que pode assumir
qualquer valor, podemos fazer com que o valor de m2 seja o valor físico da massa do
méson pseudo-escalar, ou seja, m2 = m2PS . Dessa maneira temos que:
2
f m
m2PS = m2PS − 0 PS 2
⇒ f mPS = 0. (3.31)
f m2PS
−1 + GΠPS m2PS
= 0, (3.32)
Vamos agora partir do diagrama bolha para o méson pseudo-escalar e calcular sua
amplitude de probabilidade. Vimos que para calcularmos utilizaremos o fator que
multiplica o campo Pa2 para obtermos o valor de sua auto-energia pois temos um diagrama
com dois vértices pseudo-escalares.
p2 = α̂ p + β̂ (3.37)
p1 = p + P2 ⇒ p1 = (1 + α̂) p + β̂ (3.38)
Dessa maneira ficamos com o seguinte sistema, em que também faremos uma nova
mudança de váriaveis:
(
p1 = (1 + α̂) p + β̂
(3.39)
p2 = α̂ p + β̂ → p2 = ∆ˆ ∴ p1 = p + ∆ˆ
Agora vemos da Figura 3 que podemos construir a integral de Feynman para a amplitude
de probabilidade do diagrama.
Z d4k i i
ΠPS p2 = − Tr
iγ5 iγ 5 . (3.40)
(2π)4
/k + /p1 − m1 /k + /p2 − m2
h i h i
/k + /p1 + m1 /k + /p2 + m2
h i h i , ficaremos com:
/k + /p1 + m1 /k + /p2 + m2
h i h i
Z d4k γ5 /k + /p1 + m1 γ5 /k + /p2 + m2
ΠPS p2 = − Tr
. (3.41)
(2π)4 (k + p1 )2 − m2
h i h i
2 2
1 (k + p 2 ) − m2
Dessa maneira temos que escolher qual termo de (3.41) será A e qual será B. No nosso
caso escolheremos da seguinte forma:
2 2
A = (k + p1 )2 − m21 = k + p + ∆ˆ − m21 e B = (k + p2 )2 − m22 = k + ∆ˆ − m22 . (3.43)
E agora calculamos (A − B) x + B
onde chamamos p2 x (1 − x) − m21 − m22 x − m22 de −M 2 (x) pois esse termo não depende de
Vamos agora resolver o nosso numerador. Isso será feito tirando os traços das matrizes
do numerador. Sabemos que /k = γ µ kµ dessa maneira o numerador N será escrito da
3.2 Auto-energia dos mésons 32
seguinte forma:
n o
0 0
N = Tr γ 5 γ µ P1µ + m1 γ 5 γ ν P2ν + m2 (3.47)
0 e P0 são (k + p ) e (k + p ) respectivamente. Agora inverteremos a posição da
onde P1µ 2ν 1 µ 2 ν
segunda matriz γ 5 e ganharemos um sinal negativo no parênteses e em seguida utilizaremos
a propriedade ciclica do traço para jogarmos a mesma para o inicio da expressão. Então
teremos um produto de duas matrizes γ 5 que é igual à identidade [13]:
n o
0 0
N = Tr γ 5 γ µ P1µ + m1 −γ ν P2ν + m2 γ 5
n o
0 0
= Tr γ 5 γ 5 γ µ P1µ + m1 −γ ν P2ν + m2
n o
µ 0 ν 0
= Tr γ P1µ + m1 −γ P2ν + m2 . (3.48)
0 0
N = − Tr {γ µ γ ν } P1µ P2ν + Tr {γ µ } P1µ m2 − Tr {γ ν } P2ν m1 + Tr {I} m1 m2 . (3.49)
Tr {γ µ γ ν } = 4gµν , (3.50)
0 0
N = −4gµν P1µ P2ν + 4m1 m2
= −4 P10 P20 − m1 m2 .
(3.51)
N = −4 k + ∆ˆ k + p + ∆ˆ − m1 m2 .
(3.52)
k + ∆ˆ p + k + ∆ˆ − m1 m2
d4k
Z Z 1
2
ΠPS p = 4Nc Ns dx h i2 . (3.53)
(2π)4 0 ˆ
2
2
k + ∆ + px − M (x)
Nesse ponto, observamos que nosso resultado é dependente das quantidades arbitrárias
introduzidas na equação (3.33), A, B, α e l, traduzidas, ao final, pela variável ∆. Como a
variável ∆ aparece adicionada sempre à variável de integração k, poderíamos, nesse ponto,
3.2 Auto-energia dos mésons 33
fazer uma mudança de variável do tipo k0 = k + ∆, com a consequente mudança dos limites
de integração em k e o aparecimento dos termos de superfície, como veremos mais adiante.
Os termos de superfície ficariam, portanto, dependentes de ∆.
S = Tr [ln (O(k))]
h i
−ilx ilx
= Tr e e ln (O(k))
h i
= Tr e−ilx ln (O(k)) eilx
Essa transformação nos dá a vantagem de não carregarmos o termo não físico para os
termos de superfície fazendo com que esses dependam somente dos termos físicos. Dessa
maneira podemos utiliza-los para melhorarmos os valores dos cálculos pois, caso contrário,
teríamos que fazer com que fossem zero para não termos um resultado dependente de uma
variável não física. Dessa maneira podemos fazer l = −∆ˆ para retirarmos a dependência
dessa variável não física.
redor de px que nada mais é que uma operação de translação na variável k [19] que é
escrita da seguinte forma:
µ ∂
S (k + l) = el ∂ kµ
∂ 1 ∂ ∂
= S (k) + l µ S (k) + l µ µ l ν ν S (k) + · · · . (3.56)
∂k µ 2 ∂k ∂k
Os termos com derivadas são os chamados termos de superfície [19, 20] e, dependendo
do processo de regularização utilizado, são tomados como zero. Porém utilizando o
procedimento de cut-off poderemos calcular esses termos para que possamos verificar
seus efeitos sobre os observáveis físicos. Podemos, então, fazer o shift k + px → k onde, na
expansão acima temos, l = px. Após esse shift teremos uma nova expressão para ΠPS p2
dada por:
d4k
Z 1
k (k + p) − m1 m2
Z
ΠPS p2 = 4Nc Ns
4
dx h i2
(2π) 0
(k + px)2 − M 2 (x)
d4k
Z 1
(k − px) (k − px + p) − m1 m2
Z
µx ∂
= 4Nc Ns 4
dx e p ∂ kµ
2
(2π) 0 [k2 − M 2 (x)]
(
d4k
Z 1
(k − px) (k − px + p) − m1 m2
Z
= 4Nc Ns 4
dx 2
+
(2π) 0 [k2 − M 2 (x)]
∂ (k − px) (k − px + p) − m1 m2
+pµ x µ 2
+
∂k [k2 − M 2 (x)]
)
1 ∂ ∂ (k − px) (k − px + p) − m1 m2
+ p µ x µ pν x ν 2
+··· . (3.57)
2 ∂k ∂k [k2 − M 2 (x)]
d4k
Z 1
(k − px) (k − px + p) − m1 m2
Z
1
Π = 4Nc Ns 4
dx 2
(2π) 0 [k2 − M 2 (x)]
d4k k2 − k (2px − p) − p2 x (1 − x) − m1 m2
Z Z 1
= 4Nc Ns dx . (3.58)
(2π)4 0 [k2 − M 2 (x)]
2
Como nosso denominador é uma função par, os termos lineares em k na integral Π1 serão
zero, pois são funções ímpares integradas entre um limite simétrico, assim
d4k
Z 1
−k (2px − p)
Z
dx = 0. (3.59)
(2π)4 0
2
[k2 − M 2 (x)]
3.2 Auto-energia dos mésons 35
d4k k2 − p2 x (1 − x) − m1 m2
Z Z 1
1
Π = 4Nc Ns dx . (3.60)
(2π)4 0
2
[k2 − M 2 (x)]
−k5 + k3 p2 x (1 − x) + m1 m2
Z 1
i
Z Λ
1
Π = Nc Ns 2 dx dk 2
2π 0 0 [k2 + M 2 (x)]
( )
−k5 k3
Z 1
i
Z Λ 2 Z Λ
= Nc Ns 2 dx dk 2
+ p x (1 − x) + m1 m2 dk 2
.
2π 0 0 [k2 + M 2 (x)] 0 [k2 + M 2 (x)]
(3.61)
Λ
k3 M 2 (x)
1
Z Λ
2 2
dk 2
= ln k + M (x) +
0 [k2 + M 2 (x)] 2 k2 + M 2 (x) 0
2
Λ + M 2 (x) Λ2
1
= ln − 2 . (3.63)
2 M 2 (x) Λ + M 2 (x)
Voltando com os resultados das integrais para (3.61) e rearranjando os termos chegamos
ao valor final de Π1
2
Λ + M 2 (x)
Z 1
1 i 2 2
Π = Nc Ns 2 dx ln 2M (x) + p x (1 − x) + m 1 m 2 +
4π 0 M 2 (x)
#
Λ2 p2 x (1 − x) + m1 m2 + M 4 (x)
2 2
+ − Λ − M (x) . (3.64)
Λ2 + M 2 (x)
Agora temos que calcular os termos de superfície para analisarmos seus impactos na
auto-energia. Os termos de superfície são
(
d4k ∂ k2 − k (2px − p) − p2 x (1 − x) − m1 m2
Z Z 1
µ
ΠT S = 4Nc Ns dx p x
(2π)4 0 ∂ kµ [k2 − M 2 (x)]
2
)
1 µ ∂ ν ∂ k2 − k (2px − p) − p2 x (1 − x) − m1 m2
+ p x µp x ν 2
+··· . (3.65)
2 ∂k ∂k [k2 − M 2 (x)]
3.2 Auto-energia dos mésons 36
Mas vimos que termos logaritmicamente divergentes dos termos de superfície se anulam,
portanto os termos que apareceram da simplificação serão iguais a zero. Dessa maneira
ficamos com:
d4k
Z 1
1 1 µ ∂ ν ∂ 1
Z
µ ∂
ΠT S = −4iNc Ns dx p x µ 2 + p x µp x ν 2 +··· .
(2π)4 0 ∂ k [k − M 2 (x)] 2 ∂k ∂ k [k − M 2 (x)]
(3.69)
Realizando as derivadas acima chegamos a seguinte expressão:
( !)
d4k
Z 1
−2k µ −g 4k µ kν
Z
µν
ΠT S = −4iNc Ns 4
dx pµ x 2
+pµ pν x2 2
+ 3
.
(2π) 0 2 2
[k − M (x)] [k − M 2 (x)]
2 [k2 − M 2 (x)]
(3.70)
Escrevendo
k2 1 M 2 (x)
3
= 2
+ 3
,
[k2 − M 2 (x)] [k2 − M 2 (x)] [k2 − M 2 (x)]
podemos cancelar os termos com gµν e chegamos a:
( !)
d4k gµν M 2 (x)
Z Z 1
ΠT S = −4iNc Ns dx pµ pν x2 (3.72)
(2π)4 0 [k2 − M 2 (x)]
3
k3 p2 x2 M 2 (x)
Z 1
1
Z Λ
ΠT S = Nc Ns 2 dk dx 3
. (3.73)
2π 0 0 [k2 + M 2 (x)]
M 2 (x)
Z 1
2
1 2 2
ΠPS p = Nc Ns 2 dx ln 2M (x) + p x (1 − x) + m1 m 2
4π 0 Λ2 + M 2 (x)
Λ2 p2 x (1 − x) + m1 m2 − M 4 (x)
+ + Λ2 + M 2 (x)
Λ2 + M 2 (x)
!)
1 2Λ 2 + M 2 (x) 1
+p2 x2 − . (3.75)
2 (Λ2 + M 2 (x))2 M 2 (x)
Capítulo 4
com Pi e Pf sendo deus momentos inicial e final. Portanto vemos que a partir de (4.1)
teremos Z
F(ki ,k f ) = ei(ki −k f )V (r)d 3 r (4.3)
Ze2 ρe (r0 )d 3 r0
Z
v(r) = − (4.4)
4πε0 |r − r0 |
com ρe (r0 ) sendo uma distribuição de carga nuclear não dependente da coordenada
angular. Passando a integral acima para coordenadas esféricas, realizando a integração
nas coordenadas angulares e substituindo em (4.3), tomando q · r = qr cos θ teremos
4π
Z
sin qr0 ρe (r0 )r0 dr0
F(ki ,k f ) = (4.5)
q
que podemos escrever como
sin (qr)
Z
2
F(q ) = 4π ρe (r)r2 dr. (4.6)
qr
q2
2
F(q2 ) ' 1 − r + O(q4 ), (4.7)
6
onde r2 é o raio quadrático médio do núcleo.
Essa expressão é o fator de forma eletromagnético do núcleo, que pode ser estendida
para qualquer partícula subatômica. No nosso trabalho calcularemos o fator de forma
para o píon e o káon. Observamos que, de certa forma, o fator de forma é a transformada
de Fourier da distribuição de carga do núcleo ou partícula.
Observa-se,portanto, que precisamos dos termos cúbicos da ação efetiva, que são,
como vistos no capítulo 2:
!3
i Sa λa + iPa λa γ 5 + ieJµ γ µ
S3 = − Tr . (4.10)
3 i∂/ − M̂
efetiva, como fizemos em 3.2, e pegando somente os termos necessários ficamos com:
5 2
" 2 !# " !#
1 1 1 1 iγ
Le f f = Sa ca + 1 − G i Tr Sa 2 + 1 − G i Tr Pa 2 −
G 2G /
i∂ − M̂ 2G /
i∂ − M̂
i 1 1 1
− Pa 2 Jµ Tr iγ 5 ieγ µ iγ 5 +··· . (4.11)
3 i∂/ − M̂ i∂/ − M̂ i∂/ − M̂
Vemos então que o cálculo para o triângulo é dado pelo termo:
µ 5 1 µ 1 5 1
I = −i Tr iγ ieγ iγ . (4.12)
i∂/ − M̂ i∂/ − M̂ i∂/ − M̂
Passando para o espaço dos momentos e utilizando o roteamento mais geral, conforme
proposto na figura 4 ficamos com:
!
i d4k i i i
Z
Iµ = − 4
Tr iγ 5 ieγ µ iγ 5 . (4.13)
3 (2π) /k + /p1 − m1 /k + /p2 − m2 /k + /p3 − m3
p1 − p3 = p ⇒ p1 = p + ∆
p1 − p2 = q ⇒ p2 = p + ∆ − q
4.1 Cálculo do fator de forma eletromagnético dos mésons 42
Podemos, ainda, ver pelo diagrama da figura 4, que temos dois férmions se combinando
para formar um fóton sendo assim, por conservação de energia, teremos m1 = m2 como a
única opção possível.
Nesse momento vamos ver como obtemos o fator de forma a partir da integral acima.
Sabemos que o único resultado possível da integral é do tipo [13]
I µ = apµ + bp0µ = p + p0 f + p − p0
µ µ
g (4.22)
onde a, b, f e g são constantes arbitrárias. A relação acima pode ser verificada da seguinte
forma: )
f+g = a a+b a−b
⇒ f= , g= . (4.23)
f−g = b 2 2
(4.24)
4.1 Cálculo do fator de forma eletromagnético dos mésons 43
(4.25)
Note que no final chegamos a duas integrais uma em função de p02 e outra em função de
p2 , porém, como o fator de forma é calculado on-shell, temos que p2 = p02 = m2PS , logo
temos:
f p2 − f p02 = 0.
(4.26)
I µ = p + p0 f + p − p0 g
µ µ
2
p − p0 µ I µ = p2 − p02 f + p − p0 g,
(4.27)
I µ = p + p0 f = e p + p0
µ µ em
FPS (4.29)
1 1
em
p + p0 µ I µ .
FPS = 2 02 0
(4.30)
e (p + p + 2p · p )
em 1 1 0
µ
FPS = p + p I . (4.32)
e 4m2PS − q2 µ
A −C = p2 + 2 (k + ∆) p − m21 − m23
(4.35)
B −C = p02 + 2 (k + ∆) p0 − m21 − m23
(4.36)
onde
2
−M 2 (x,y) = − px + p0 y + p2 x + p02 y − m21 − m23 (x + y) − m23 .
Agora temos que resolver os traços do numerador de 4.21. Teremos os traços no espaço
de sabor e no espaço de cor sendo eles, respectivamente, Ns e Nc . Ficaremos com o traço
no espaço de Dirac para calcular, que é feito da seguinte forma:
n o
N = TrD γ 5 /k + ∆ / + /p0 + m1 γ 5 /k + ∆
/ + /p + m1 γ µ /k + ∆ / + m3 . (4.39)
Nesse ponto podemos utilizar a transformação de Chan para nos livrarmos do termo
∆ somado a k. Finalmente chegamos a:
ie d4k 1 1−x
Z Z Z
µ
I = 8 Ns Nc dx dy
3 (2π)4 0 0
k2 k µ + k2 (pµ + p0µ ) + k (pµ p0 + pp0µ ) − k µ pp0 + 2m m − m2 − m m (pµ + p0µ )
1 3 1 1 3
3 .
0 2 2
[k + (px + p y)] − M (x,y)
(4.41)
Vamos agora resolver as integrais. Pegando o primeiro termo das chaves, o nosso
denominador é uma função par, portanto os termos cúbicos e lineares em k serão funções
ímpares, que num limite de integração simétrico se anulam. Sendo assim só presisamos
fazer as seguintes integrais:
( )
d4k (pµ + p0µ − l µ ) k2 − 2l · kk µ + N µ
Z 1 Z 1−x
ie
Z
I µ = 8 Ns Nc dx dy . (4.44)
3 (2π)4 0 0 [k2 − M 2 (x,y)]
3
d4k k2 i Λ k5
Z Z
I1 = = dk =
(2π)4 [k2 − M 2 (x,y)]3 8π 2 0 [k2 + M 2 (x,y)]
3
" #Λ
i 4k 2 M 2 (x,y) + 3M 4 (x,y)
2 ln k2 + M 2 (x,y) +
= , (4.45)
32π 2 2 2 2
(k + M (x,y))
0
d4k 1 −i k3
Z Z Λ
I2 = 4 2 3
= 2 dk 3
=
(2π) [k − M 2 (x,y)] 8π 0 [k2 + M 2 (x,y)]
" #Λ
i 2k2 + M 2 (x,y)
= , (4.46)
32π 2 (k2 + M 2 (x,y))2
0
4.1 Cálculo do fator de forma eletromagnético dos mésons 47
d4k l · kk µ d4k kν k µ
Z Z
I3 = 2 = 2lν =
(2π)4 [k2 − M 2 (x,y)]3 (2π)4 [k2 − M 2 (x,y)]3
2lν gµν d4k k2 il µ k5
Z Z Λ
= = dk
4 (2π)4 (k2 M 2 (x,y))3 16π 2 0 [k2 + M 2 (x,y)]
3
" #Λ
il µ 4k 2 M 2 (x,y) + 3M 4 (x,y)
2 ln k2 + M 2 (x,y) +
= . (4.47)
64π 2 2 2 2
(k + M (x,y))
0
Temos, agora, que resolver os termos de superfície. Como já falamos na seção anterior
as integrais dos termos de superfície logaritmicamente divergente após a derivação são
zero. Como podemos ver somente o termo cúbico da integral é linearmente divergente
portanto a única integral que precisamos resolver é:
d4k k µ k2
Z 1 Z 1−x
8ie
Z
µ ∂
IT S = Ns Nc dx dy lν . (4.49)
3 (2π)4 0 0 ∂ kν (k2 − M 2 (x,y))3
Realizando a derivada
" #
d4k gµν k2 + 2k µ kν 6k2 k µ kν
Z 1 Z 1−x
8ei
Z
µ
IT S = Ns Nc dx dy lν −
3 0 0 (2π)4 (k2 − M 2 (x,y))
3
(k2 − M 2 (x,y))
4
" #
d4k gµν k2 + 2k µ kν 6M 2 (x,y)k µ kν
Z 1 Z 1−x
8ie 6k µ kν
Z
= Ns Nc dx dy lν − −
3 0 0 (2π)4 (k2 − M 2 (x,y))
3
(k2 − M 2 (x,y))
3
(k2 − M 2 (x,y))
4
" #
d4k gµν k2 − 4k µ kν 6M 2 (x,y)k µ kν
Z 1 Z 1−x
8ie
Z
= Ns Nc dx dy lν −
3 0 0 (2π)4 (k2 − M 2 (x,y))
3
(k2 − M 2 (x,y))
4
d4k
Z 1 Z 1−x
8ie k µ kν
Z
2
= − Ns Nc dx dy 6M (x,y)lν
3 0 0 (2π)4 (k2 − M 2 (x,y))4
3M 2 (x,y)lν gµν d4k k2
Z 1 Z 1−x
8ie
Z
= − Ns Nc dx dy , (4.50)
3 0 0 2 (2π)4 (k2 − M 2 (x,y))4
k5
Z 1 Z 1−x
8ie 3i
Z Λ
µ 2 µ
IT S = −Ns Nc dx dy M (x,y)l dk 4
3 16π 2 0 0 0 (k2 + M 2 (x,y))
" #Λ
3k4 + 3k2 M 2 (x,y) + M 4 (x,y)
Z 1 Z 1−x
8ie 3i
= Ns Nc dx dy M 2 (x,y)l µ 3
3 32π 2 0 0 3 (k2 + M 2 (x,y)) 0
" #
3Λ4 + 3Λ2 M 2 (x,y) + M 4 (x,y)
Z 1 Z 1−x
8ie 3i 1
= Ns Nc dx dy M 2 (x,y)l µ 3
− .
3 32π 2 0 0 3 (Λ2 + M 2 (x,y)) 3M 2 (x,y)
(4.51)
A integral acima agora deve ser multiplicada por (p + p0 )µ para conseguirmos calcular
o fator de forma, como vimos em (4.32). Dessa maneira conseguiremos um valor escalar,
ao contrário da integral que é vetorial. Devemos lembrar também que como o fator de
forma é calculado on-shell, p2 = p02 = m2PS , logo de (4.31) temos:
q2
p · p0 = m2PS − . (4.53)
2
p + p0 p + p0 = p2 + p02 + 2p · p0 = 4m2PS − q2 ,
µ
µ
(4.54)
x+y
p + p0 l µ = p + p0 px + p0 y = p2 x + p02 y + p · p0 (x + y) =
µ
4m2PS − q2
µ µ 2
(4.55)
4.1 Cálculo do fator de forma eletromagnético dos mésons 49
onde usamos
q2
2
2
0 2 2 02 2 0 2 2 2
2
l = px + p y = p x + p y + 2p · p xy = mPS x + y + mPS − 2xy (4.57)
2
q2
2 0 2 2
l · p = p x + p · p y = mPS x + mPS − y (4.58)
2
q2
0 0 02 2
l · p = p · p x + p y = mPS − x + m2PS y. (4.59)
2
onde
q2 q2
2 2 2 2
Ω = 2mPS − mPS 2x + 2y + 4xy − 2x − 2y − (4xy − x − y) − 2m1 m3
2 2
q 2
q2
2 2 2 2 2
+ 2mPS − (x + y) −mPS x + y + 2xy − 1 − (1 − 2xy) − m1 + 2m1 m3 .
2 2
(4.61)
Capítulo 5
Resultados
mup (MeV) mstrange (MeV) Λ (MeV) m0 up (MeV) m0 s (MeV) G(10−6 ) gπqq gkqq
292,35 532,10 827,40 7,43 180,67 12,91 3,097 3,334
300,88 537,91 812,60 7,61 184,02 13,68 3,189 3,434
304,55 540,42 806,83 7,83 185,52 14,00 3,229 3,477
308,05 542,82 801,65 7,87 186,68 14,31 3,267 3,518
314,75 547,41 792,49 8,06 188,90 14,89 3,339 3,596
318,12 549,72 788,24 8,11 189,87 15,18 3,375 3,635
mup (MeV) mstrange (MeV) Λ (MeV) m0 up (MeV) m0 s (MeV) G(10−6 ) gπqq gkqq
292,35 544,44 952,92 7,48 170,36 9,18 2,641 2,970
300,88 550,66 935,62 7,65 174,21 9,70 2,738 3,046
304,55 553,34 928,88 7,71 175,75 9,92 2,731 3,079
308,05 555,90 922,81 7,98 177,43 10,12 2,757 3,110
314,75 560,79 912,09 8,09 179,96 10,51 2,807 3,169
318,12 563,25 907,11 8,23 181,27 10,70 2,831 3,198
Observamos que nos dois casos os cálculos dos fatores de forma com os termos de
superfície nos fornece resultados mais próximos dos valores experimentais. Analisando os
resultados experimentais vemos que os valores do fator de forma decaem com o aumento
do momento q do fóton emitido. Assim percebe-se que o comportamento dos valores
calculados pelo modelo estão de acordo com os resultados.
Capítulo 6
Conclusão
Referências Bibliográficas
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