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CLUBE PEDAGÓGICO NM

JOGOS E BRINCADEIRAS – ÍNDIO


CONHEÇA ALGUMAS BRINCADEIRAS INDÍGENAS

PIÃO
O pião pode ser feito com semente de Tucumã, uma fruta típica da região amazônica, ou uma
pequena cabaça. É feito pelos mais experientes da tribo para os mais novos brincarem. Com o
tempo ele foi sendo adaptado e modificado, mas a essência da brincadeira ainda é a mesma,
consiste em conseguir fazer o pião rodar no chão e demorar a parar, o que nas primeiras tentativas
é muito difícil, já para os que possuem mais habilidades com o jogo, pode tentar pegá-lo do chão e
rodar na ponta dos dedos ou na palma das mãos. Esse jogo estimula a força, coordenação motora,
atenção e agilidade.

PETECA

Peteca em Tupi significa tapear, que é exatamente o que fazemos com a peteca, tapeamos para
que ela pule. Nas aldeias é feita com palha de milho, e são como bolas, como as que usamos para
jogar “Queima ou Queimada”. Na escola pode- se fabrica as petecas com jornais, tecidos e
barbantes, basta fazer bolinhas de jornal até que fiquem no tamanho da palma das mãos, cobrir com
um pedaço de tecido, e amarrar com um pedaço de barbante para que fique bem firme. A peteca
estimula a agilidade, força, coordenação motora, condicionamento físico, noção de espaço.

ARCO E FLECHA

O arco e flechas são muito usados durante a caça dos índios, mas as crianças já utilizam os
utensílios desde pequenas para treinar e claro se divertir. A tradição de fazer os próprios arcos e
flechas é passada de geração para geração, dessa forma elas vão treinando para um futuro próximo
quando finalmente poderão ir caçar com os adultos. O Arco e Flecha exigem força, habilidade,
raciocínio lógico, condicionamento físico e noção do espaço.
ARTESANATO

A ideia de fazer artesanatos veio dos povos antigos, os índios utilizam para fazer vasos, enfeites,
colares, brincos, pulseiras, dentre diversos outros materiais, dentro da sala de aula o professor pode
utilizar de materiais reciclados para fazer diversos tipos de artes como, por exemplo, um prato
descartável pode se torna um quadro, copos descartáveis podem se tornar esculturas e garrafas pet
podem se tornar flores. Essas atividades artesanais fazem com que o aluno desenvolva a
coordenação motora fina, habilidades artísticas, exercitam a mente.

PERNAS DE PAU

As crianças no geral adoram mostrar o quanto já estão grandes e fortes, com os indígenas não é
diferente, elas saem em busca de um tronco de arvore reto do qual elas possam fabricar suas
pernas de pau, depois de pronta o desafio maior é para quem consegue ficar mais tempo em cima
das pernas de pau sem cair e percorrer a maior distância. As pernas de pau desenvolvem o
equilíbrio, coordenação motora, agilidade, força e flexibilidade.

ARRANCA MANDIOCA

Esta brincadeira é tradicional entre as tribos indígenas, as crianças se reúnem em fileiras, e se


posicionam uma atrás da outra, a primeira criança vai ficar de frente para uma árvore, ela será o
dono da roça de mandiocas, ele se agarra na árvore, todos irão se sentar no chão e abraçar a
pessoa da frente com os braços e pernas, uma criança fica de fora da brincadeira, ou um adulto que
se proponha a brincar, ele tentará tirar as mandiocas, que são as crianças, dali. O primeiro da fila da
o sinal de que a brincadeira pode começar, ai a pessoa de fora tenta tirar as crianças até chegar ao
dono da roça de mandiocas, o modo como elas podem ser retiradas varia, desde que não machuque
o colega. Essa brincadeira envolve muito raciocínio, força, agilidade e flexibilidade.
BRINCADEIRA DO TUCUNARÉ

A brincadeira surgiu da observação de um dos índios dos movimentos dos peixes, ele reparou que
os menores ficaram na parte rasa do rio e os maiores no fundo. Para a brincadeira é preciso
bastante crianças, paus são enfincados no chão e amarrados com um barbante para marcar os
espaços das partes rasas das fundas, nos quadrados de dentro onde é o fundo ficam os peixes
tucunarés, que são os maiores, ao redor deles o raso onde ficam os peixes pequenos. O objetivo é
os peixes tucunaré pegarem os peixinhos pequenos e levarem consigo para o fundo do rio, mas eles
não podem sair do lado fundo do quadrado para isso, a brincadeira é bem divertida, faz com que o
raciocínio lógico trabalhe bastante, a coordenação motora, agilidade, condicionamento físico e noção
de espaço.

CAMA DE GATO

Para essa brincadeira indígena será necessário um pedaço de barbante ou corda fina com as duas
extremidades unidas, é preciso o mínimo de duas pessoas para brincar, com o barbante vão de
formando desenhos por conta das voltas que o barbante faz nos dedos e nas mãos da pessoas,
depois a outra pega da maneira q esta e faz um outro desenho, é preciso muita criatividade,
raciocínio, coordenação motora e agilidade para essa brincadeira.

CABO DE GUERRA

Para os índios esse jogo é uma maneira de saber quais são os índios mais fortes e bem preparados
da tribo, a força para eles é muito importante, podem ser constituídos de equipes masculinas ou
femininas. É preciso muita força, noções de liderança, coordenação motora, nesse jogo.
CORRIDA DO SACI

Aqui o jogador deve correr num pé só, como o Saci, não pode troca de o pé, é feita uma linha no
chão para definir onde será a largada e onde será a chegada, de uns 100 metro mais ou menos de
uma a outra. Se o jogador conseguir ultrapassar é um vencedor, caso ele não consiga é sinal que
precisa treinar mais é preciso muita coordenação motora, agilidade e força para essa brincadeira.

O GAVIÃO E OS PASSARINHOS

Nesse jogo um dos participantes será o gavião, ele irá desenhar a areia ou na quadra uma árvore
bem grande, com vários galhos (o que pode ser feito com a ajuda de um adulto ou professor), as
outras crianças serão os passarinhos, cada um deles irá escolher um galho da árvore desenhada e
se sentar lá. Depois o gavião irá sair para caçar os passarinhos, que deverão sair dos seus galhos
batendo os pés no chão, para provocar o gavião, os passarinhos devem desviar do gavião e não
serem pegos, quando um deles for capturado deverá ficar em algum lugar escolhido pelo gavião.
Vence a brincadeira quem for capturado por ultimo. Para essa brincadeira as crianças precisam de
muita coordenação motora, agilidade, raciocínio, noção de espaço.

As crianças indígenas assimilam conteúdos de uma maneira diferente dos adultos, as brincadeiras
servem como um apoio nesse momento de aprendizagem do aluno, as brincadeiras indígenas são
muito bem vindas e aprendidas com facilidade pelos alunos, é nesse período que os alunos estão a
todo vapor na fase do aprender e tais jogos e brincadeiras podem contribuir para uma melhor
assimilação da matéria dada pelo professor, crescimento enquanto pessoa, desenvolvimento
cognitivo, desenvolvimento motor, benefícios para a saúde das crianças, força, agilidade, por
exemplo.
Através das brincadeiras indígenas a criança é estimulada a se desenvolver, incluindo o seu
equilíbrio, coordenação motora e raciocínio lógico, esses estímulos permitem que a criança adquira
conhecimentos benéficos que os ajudaram em um futuro próximo, as indígenas elas são preparadas
para serem os chefes da tribo, a caçar, plantar e colher, são ensinadas através das brincadeiras a
como fazer os trabalhos depois de adulto, assim professor deve incentivar seus alunos ao máximo
para fazer com que eles pratiquem e brinquem, dentro e fora da escola, à família também é um
ponto importante, pois ela ajudará no desenvolvimento da criança e por consequência os laços
familiares serão fortalecidos, tornando a criança muito mais saudável psicologicamente e
corporalmente também.
Autora: Laís Simão, Pedagoga e Professora Especialista em Deficiências Intelectual e Múltiplas.

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MELHORES BRINCADEIRAS INDÍGENAS
As brincadeiras e jogos indígenas promovem muitos benefícios para o desenvolvimento das crianças
e, principalmente, deixam sempre vivas as tradições. As brincadeiras e jogos Indígenas nos ajudam a
perceber o potencial de nossos corpos associado a nossa mente e espírito. Nest post você encontrará
as melhores brincadeiras e jogos indígenas existentes em nosso país. Confira agora!

ETECA [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

Nesta brincadeira indígena os participantes ficam em círculo para jogar em grupo ou um de frente para
o outro no caso de apenas dois jogadores. A peteca deve ser lançada de uma criança para a outra
batendo no fundo dela com a palma da mão. Não pode deixar a peteca cair senão é eliminado da
brincadeira.

CABO DE GUERRA [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

O ‘Cabo de Guerra’ é uma competição indígena, é muito simples, com apenas uma corda reforçada e
um punhado de crianças a brincadeira está pronta para começar. As crianças devem ser divididas em
2 grupos com o mesmo número de integrantes, um grupo vai puxar a corda para um lado e o outro
grupo vai puxar para o lado oposto. Vence o grupo que puxar mais forte!

CORRIDA DO SACI [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

Trace uma linha na terra ou quadra para definir o local de largada e outra para o ponto de chegada. A
distância vai depender da idade das crianças, quanto mais velhas maior vai ser a distância e vice
versa. As crianças deverão correr em um pé só até a linha de chegada, quem conseguir primeiro
vence a brincadeira.
ARRANCA MANDIOCA [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

A brincadeira ‘Arranca Mandioca’ ainda é mantida em muitas aldeias indígenas e é bem divertida. Uma
criança abraça primeiro com força um tronco de árvore, em seguida as outras crianças vão uma a uma
se abraçando a essa criança. Outra criança deve ser escolhida com a coletora de mandiocas da vez
e deverá puxar a última criança da fila e tentar fazê-la se soltar da fila. Pode-se fazer cócegas para
ajudar a soltar as crianças. Cada criança que se solta deve ajudar o coletor da vez a ir arrancando as
próximas ‘mandiocas’ uma a uma.

ARCO E FLECHA [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

A brincadeira indígena tradicional ‘arco e flecha’ poderá ser realizada em um ambiente externo ou em
uma quadra esportiva. O objetivo do jogo é acertar o alvo em cheio ou em um ponto mais próximo
possível. Quem conseguir atingir mais perto vence a brincadeira!
ADUGO OU JOGO DA ONÇA [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]
É possível comprar este jogo ‘adugo’ ou também confeccionar junto com as crianças. Este jogo é
muito conhecido na tribo Bororo na região do Pantanal, Mato Grosso. Neste jogo a onça deve tentar
capturar pelo menos cinco cães para bloquear o jogo, sendo que o empate é uma vitória para a onça.
A onça-pintada move-se primeiro e alterna as voltas daí em diante, tenta capturar os cães pelo salto
curto.

TOLOI KUNHÜGÜ OU GAVIÃO E PASSARINHOS [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

Outra brincadeira tradicional indígena é o ‘toloi kunnhugu’, também conhecida como ‘gavião e
passarinhos’ e suas origens também são dos índios do Mato Grosso. Pode ser realizada tanto ao ar
livre quanto em quadras esportivas ou salas de aulas grandes. Deve-se desenhar uma árvore bem
grande com vários galhos de acordo com o número de crianças presentes, onde uma será o gavião
da vez e as outrass os passarinhos que precisam defender seus ninhos. A brincadeira se inicia assim:
escolhe-se um ponto X onde todos os passarinhos devem ficar e bater os pés para chamar o gavião.
O gavião vão se aproximando aos poucos dos passarinhos e de repente sai correndo para tentar pegá-
los. Para escapar do gavião os passarinhos devem correr até seus ninhos, neste local o gavião não
pode pegá-los. Se o gavião pegar algum passarinho, levará para o seu ninho, não podendo mais sair
de lá. O vencedor é o último passarinho restante se tornará o próximo gavião da partida.
HEINÉ KUPUTISÜ [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

A brincadeira indígena ‘Heiné Kuputisu’ é muito tradicional, as crianças devem apostar uma corrida
em um pé só. É semelhante a brincadeira do saci que vimos anteriormente. Lembrando que não vale
trocar de perna e quem conseguir percorrer a maior distância é o grande vencedor.

BRIGA DE GALO [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]

Mais uma brincadeira indígena típica é a ‘briga de galo’, onde as crianças (2 por vez) da vez devem
ficar em uma perna só, paradas e com os braços cruzados. As crianças precisam fazer a outra colocar
o outro pé no chão através do empurra empurra dos ombros apenas. Quem perder o equilíbrio e
colocar o outro pé no chão perde a brincadeira.

FUBECA OU BOLINHA DE GUDE [BRINCADEIRAS INDÍGENAS]


Esta brincadeira indígena é muito comum até hoje nas aldeias existentes em nosso país. Em um chão
de terra, as crianças precisam cavar 4 buraquinhos formando um quadrado de tamanho médio e mais
um buraquinho dentro deste quadrado. O objetivo do jogo é que cada participante com sua bolinha de
gude passe tente acertar todos os buraquinhos, um a um até o quinto buraquinho (meio do quadrado).
Encaixa-se a bolinha de gude dentro de uma das mãos e tenta-se dispará-la com o polegar. Quando
a criança erra o buraquinho passa a vez para o próximo, e quantas vezes acertar vai jogando até
acertar o último buraco e vence a partida.

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Brincadeiras Indígenas: A corrida do Saci

• Público alvo: As crianças, adolescentes e adultos que gostam de se divertir e tem fôlego
suficiente para correr ao longo da brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como os adolescentes 16, além dos adultos 20.
• Recursos: Não é preciso de muitos recursos, se estiver na terra basta traçar um linha nela,
mas se for brincar no campo poderá usar a tinta branca para traçar a linha ou então uma
corda para que se destaque.
• Objetivo: A brincadeira a corrida do saci tem por objetivo que todos os competidores corram
até o ponto específico com um único pé, se a pessoa chegar primeiro que todos os outros
será de fato vencedor.
Passo a passo da brincadeira A corrida do Saci:
1. A brincadeira pode ser realizada por várias pessoas, sendo que a linha de largada é
responsável por reuni-los e deve ter uma outra linha para marcar a chegada.
2. Todos os participantes devem fazer a corrida com um pé só e não poderá trocar esse pé ao
longo do percurso.
3. Os vencedores são
4. aqueles que chegarem mais rápido na linha de chegada.
5.
Brincadeiras Indígenas: Briga de galo

• Público alvo: As crianças, adolescentes e adultos que gostam de se divertir e tem fôlego
suficiente para correr ao longo da brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como os adolescentes 16, além dos adultos 20.
• Recursos: Não é preciso de muitos recursos, pois todo o foco está no equilíbrio e na
performance das pessoas. O único recurso que é mais que necessário é um local aberto
com bastante espaço para brincar.
• Objetivo: A brincadeira briga de galo pode ser realizada de maneiras diferentes, mas nessa
versão os indígenas tem o hábito de deixar sua perna levantada e apoia as mãos na outra
pessoa e tenta derrubá-la.
Passo a passo da brincadeira indígena Briga de galo:
1. A brincadeira pode ser realizada em dupla, e a pessoa deve ficar apoiada em apenas uma
perna.
2. Enquanto isso ambos os participantes tem que apoiar os braços nos adversários, sendo que
cada um tem de fazer o outro se desequilibrar sem encostar os dois pés no chão.
3. Aquele que ter o pé encostado no chão e se desequilibre na brincadeira será o perdedor.
Brincadeiras Indígenas: Adugo

• Público alvo: As crianças, adolescentes e adultos que gostam de se divertir e tem fôlego
suficiente para correr ao longo da brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como os adolescentes 16, além dos adultos 20.
• Recursos: Um chão em que possa ser desenhado o tabuleiro do jogo e pedras que possam
servir como as peças da brincadeira. São cerca de 14 pedras pequenas e apenas uma pedra
que deve ser bem maior.
• Objetivo: A brincadeira adugo tem por objetivo deixar a peça do seu adversário encurralada.
No caso, a brincadeira é dividida entre peças pequenas que são os cachorros e as peças
maiores que são as onças.
Passo a passo da brincadeira indígena Adugo:
1. A brincadeira pode ser realizada em dupla, sendo que ele irá lembrar a dinâmica da disputa
de damas.
2. Com o tabuleiro desenhado e sua peça definida começa a brincadeira.
3. O competidor que ficará com os cães deve fazer com que eles deixem a onça encurralada,
já para a onça todo o seu trabalho é comer o máximo de cachorros que conseguir no
tabuleiro.

Brincadeiras Indígenas: Tobdaé

• Público alvo: As crianças, adolescentes e adultos que gostam de se divertir e tem fôlego
suficiente para correr ao longo da brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como os adolescentes 16, além dos adultos 20.
• Recursos: Um local que permita maior movimentação entre todos os participantes da
brincadeira e uma peteca que pode ser feita a partir de materiais variados que irá servir como
uma bola na brincadeira.
• Objetivo: A brincadeira é a habitual queimada, mas ao invés de uma variedade de pessoas
ocorre apenas entre duas pessoas e a intenção é queimar o adversário para eliminá-lo, além
de desviar das petecas.
Passo a passo da brincadeira indígena Tobdaé:
1. A brincadeira é realizada em dupla e não mais do que isso.
2. A intenção é que cada um dos jogadores tenha uma peteca em mãos para ter que atingir o
adversário e no meio disso tentar desviar de todas as petecas que são jogadas diretamente
nele.
3. Aquele jogador que for atingido será um eliminado da rodada, dando espaço para que outro
jogador entre no jogo.
Brincadeiras Indígenas: Marimbondo

• Público alvo: As crianças e principalmente adolescentes que gostam de se divertir e ter


fôlego para correr durante toda a brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como ocorre com os adolescentes de 16 anos.
• Recursos: Um local que permita maior movimentação entre todos os participantes da
brincadeira que geralmente ocorre na beira do riu. É usado também terra ou areia para criar
todas casas de marimbondo.
• Objetivo: A brincadeira tem por objetivo criar casas de marimbondo com a areia ou a terra,
sendo que os adversários não podem permitir que a casa seja construída, tendo que impedi-
los igual marimbondo.
Passo a passo da brincadeira indígena Maribondo:
1. A brincadeira é realizada em dois grupos, onde precisam ter um ligado no outro grupo para
impedir que crie a casa de marimbondo.
2. Se o grupo se aproximar de sua casa quase pronta de marimbondos deve agir e impedir que
eles se aproximem ou destruam toda a sua casa.
3. O grupo que tiver a casa pronta em primeiro lugar sem sofrer uma destruição irá ganhar.

Brincadeiras Indígenas: PeixePacu

• Público alvo: As crianças e principalmente adolescentes que gostam de se divertir e ter


fôlego para correr durante toda a brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como ocorre com os adolescentes de 16 anos.
• Recursos: A brincadeira precisa ser realizada em um ambiente com o espaço bem amplo
para poderem correr ao longo de toda extensão. Além disso, será necessário uma vara para
fingir pescar os jogadores.
• Objetivo: A brincadeira tem como intuito “pescar” os jogadores com um pedaço de pau, ou
com uma vara de pescar enquanto todos eles correm em grupo para fugir, o que for pescado
perde a brincadeira.
Passo a passo da brincadeira indígena PeixePacu:
1. A brincadeira do peixe pacu consiste em um grupo do qual é composto por até 8 ou 10
pessoas, sendo que um dos participantes será o escolhido para ser o pescador que terá que
correr atrás dos jogadores para conseguir pescá-los.
2. Os jogadores devem correr para não serem atingidos pela vara.
3. A brincadeira acaba quando todos os jogadores forem atingidos.

Brincadeiras Indígenas: Gavião e Passarinhos

• Público alvo: As crianças e principalmente adolescentes que gostam de se divertir e ter


fôlego para correr durante toda a brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como ocorre com os adolescentes de 16 anos.
• Recursos: A brincadeira precisa ser realizada em um ambiente com o espaço bem amplo
para poderem correr ao longo de toda extensão. Além de ser em um ambiente com terra
para desenhar as limitações.
• Objetivo: A brincadeira tem como intuito capturar os passarinhos e eles devem fugir do
gavião ou distraí-lo para não sofrer a captura. Ao final da brincadeira ganhará quem for o
último passarinho capturado.
Passo a passo da brincadeira indígena Gavião e passarinhos:
1. A brincadeira do gavião e passarinhos ocorre na terra, onde terá que desenhar árvores com
galhos para os passarinhos ficarem no chão
2. Um dos participantes é escolhido como gavião que terá que pular nos galhos para a captura
dos passarinhos.
3. Os demais são passarinhos, que por sua vez devem fazer manobras e desviar o gavião e
não serem capturados e ficar no refúgio escolhido pelo o gavião.

Brincadeiras Indígenas: Derruba Toco

• Público alvo: As crianças, adolescentes e adultos que gostam de se divertir e tem fôlego
suficiente para correr ao longo da brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como os adolescentes 16, além dos adultos 20.
• Recursos: A brincadeira precisa ser realizada em um ambiente com o espaço bem amplo
para poderem lutarem ao longo de sua tentativa para pegar o toco, que pode ser feito com
uma madeira ou o tronco.
• Objetivo: A brincadeira tem como intuito derrubar o toco, mas não a partir do seu próprio
corpo e sim com alguma parte do corpo do seu adversário. Por isso há muita luta e força ao
longo da brincadeira.
Passo a passo da brincadeira indígena Derruba toco:
1. A brincadeira do derruba toco pode ser realizado entre duas pessoas, apenas.
2. A dupla deve lutar entre si com o objetivo de fazer um dos jogadores tocar no toco e então
derrubar.
3. Por isso há muitos tombos para que consiga atingir seu objetivo.
4. A brincadeira pode terminar quando toco for de fato tocado por um dos jogadores e claro,
ele precisa ser derrubado.

Brincadeiras Indígenas: Arco e Flecha

• Público alvo: As crianças e principalmente adolescentes que gostam de se divertir e ter


fôlego para correr durante toda a brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como ocorre com os adolescentes de 16 anos.
• Recursos: A brincadeira precisa ser realizada em um ambiente com o espaço bem amplo
para poderem atingir um ponto do qual pode ser o seu objetivo, além de um arco e uma
flecha usado como sua ‘arma’.
• Objetivo: A brincadeira tem como objetivo atingir ao centro ou até o máximo possível do
ponto principal de um objeto. Tem indígenas que mira a flecha no chão, depois de criar qual
o ponto a ser atingindo.
Passo a passo da brincadeira indígena Arco e flecha:
1. A brincadeira do arco e flecha pode ser vista como quase o treinamento dos pequenos, e
pode também ser uma distração para atingir o objetivo que mais lhe agrada.
2. A ideia é fazer com que a pessoa atinja seu ponto principal o máximo que puder, e pode
criar uma competição entre os outros participantes.
3. Quem conseguir ating
4. ir mais pontos, será o ganhador.

Brincadeiras Indígenas: Zarabatana

• Público alvo: As crianças e principalmente adolescentes que gostam de se divertir e ter


fôlego para correr durante toda a brincadeira.
• Idade: Crianças a partir de 10 anos de idade e também as pessoas de idade mais avançada
como ocorre com os adolescentes de 16 anos.
• Recursos: A brincadeira é realizada a partir do seu brinquedo do qual será chamado de
zarabatana. Ela é composta por canudos de talos de mamoeiro, mamona ou até mesmo por
finos bambus para soprá-los.
• Objetivo: A brincadeira feita com a zarabatana tem por objetivo que os participantes atinjam
uma pessoa ou um objeto apenas usando o brinquedo. Para isso basta soprar esse canudo
e apontar para o alvo.
Passo a passo da brincadeira indígena Zarabatana:
1. A brincadeira da zarabatana não tem regras ou uma forma a qual deve ser seguida.
2. Pode ser realizada com várias pessoas e até mesmo sozinho.
3. Para isso basta a pessoa mirar no seu alvo, assoprar o instrumento ou no caso, o brinquedo
zarabatana para que consiga atingi-lo.
4. Toda essa a sua brincadeira pode ser feita como uma competição entre outras pessoas.
FIM
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BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS INDÍGENAS.


O brincar nem sempre é visto de forma positiva, mas entretanto, permeia todas as culturas. O lúdico
constrói em poucos minutos compreensão de regras que na escola a pessoa leva anos para
compreender e respeitar. Outro engano é destinar a brincadeira apenas às crianças, o lúdico faz-se
necessário por toda a vida. Uma pessoa em sua completude não perde o prazer pela brincadeira e
liberdade, ao contrário é justamente essa liberdade cultivada que vai fazer com o indivíduo não precise
buscar de subterfugio para preencher seus vazios e questões incompletas.
Dentro desta perspectiva, analisando a várias culturas que constituem nossa sociedade, fazer um
resgate histórico daquilo que vivemos em nosso cotidiano e principalmente das origens de nossos
jogos, brinquedos e brincadeiras é que apresentamos algumas de nossas pesquisas.

SOL E LUA - üacü rü tawemüc’ü


Essa brincadeira também é conhecida em outras localidades com outros nomes como PASSARÁ DE
BOMBARÉ .Crianças dispostas em coluna por um, segurando na cintura do que está à frente. Duas
outras crianças, representando o SOL E A LUA, fazem uma "ponte", mantendo as mãos dadas acima.
Cantando, as crianças passam sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem o
último ou os dois últimos. Perguntam-lhe para que lado querem ir. A criança escolhe e vai colocar-se
atrás do Sol ou da Lua. E assim continuam até terminar. Quando todas as crianças passam, têm-se
dois partidos. A duplas mantém os braços dados, e todos mantêm-se segurando na cintura do colega
da frente. Vão puxar-se, para ver que partido ganhará. Ganhará aquele grupo que conseguir "puxar"
o outro. E puxam várias vezes, marcando ponto para quem consegue derrubar ou desarticular o outro
partido. Nesse jogo vê-se não somente o uso da força. Surge a questão do poder de decisão, que é
colocado em evidência. É dada à criança a opção de escolha do partido ao qual quer pertencer.
Além disso é também trabalhada a noção de equipe, de conjunto, pois é todo um partido fazendo força
para puxar o outro partido.

CABAS - Maë
As crianças são divididas em dois grupos: um de roçadores e outro que representa as cabas. Essas
se sentam frente a frente numa pequena roda, cada uma segurando na parte de cima da mão do outro,
como se fosse o ninho de cabas. Cantam e balançam as mãos para cima e para baixo. Os roçadores
fazem movimentos com os braços, como se estivessem roçando sua plantação até chegar próximo
ao ninho de caba. Um deles, sem perceber bate no ninho e as cabas saem a voar e a picar os
roçadores. É um salve-se quem puder As cabas ou marimbondos são insetos muito comuns nas
matas.

GAVIÃO E GALINHA - O’ta i inyu.


Uma criança mais forte é escolhida para ser o gavião, ave forte e comedora de pintinhos. Outra criança
representa a galinha, que fica de braços abertos, tendo atrás de si todos os seus pintinhos. O gavião
corre para tentar comer um dos pintos, mas só pode pegar o último. A galinha tenta evitar dando voltas
e mais voltas, impedindo que o gavião pegue seu pintinho. O gavião só pode pegar o pinto pelo lado.
Não pode tocar por cima. Quando ele consegue, come o pintinho, ou seja, a criança fica de fora da
brincadeira. Algumas vezes a criança passa a ser também gavião. Essa é uma brincadeira comum
entre as crianças. Quase todos conhecem. Em outra localidade pode até mudar de nome, mas sempre
há a figura do gavião como aquela fera que vem para comer os pequenos animais que não podem se
defender.

MELANCIA - Woratchia
Crianças representam as melancias, ficando agachadas, em posição grupada, com a cabeça baixa,
espalhadas pelo terreno. Existe o dono da plantação de melancias, que fica cuidando, com dois
cachorros. Existe outro grupo, que representa os ladrões. Os ladrões vêm devagar, e experimentam
as melancias para saber quais estão no ponto de colheita, batendo com os dedos na cabeça das
crianças. Quando encontram uma melancia boa, enfiam-lhe um saco, e saem correndo com ela. É aí
que o cachorro corre atrás do ladrão para evitar o roubo.

VIDA
Jogo de bola semelhante à "queimada". Dois partidos, em seus campos. Uma criança lança a bola e
tenta acertar em alguém do outro partido. Se conseguir acertar e a bola cair no solo, a criança
"queimada" sai do jogo.

CURUPIRA
Uma criança fica com os olhos vendados. A outra vem e faz com que aquela dê três voltas girando.
Depois, ela pergunta: "que que tu perdeu"? E ela responde "perdi uma agulha; perdi um terçado; E
todas as crianças fazem suas perguntas. Quando chega a vez da última criança, esta pergunta-lhe o
que o Curupira quer comer. Quando o curupira tira a venda e vê que não tem a comida que ele pediu,
sai correndo atrás das crianças e todos saem em disparada para não serem apanhados. Quem for
apanhado passa a ser presa do curupira ou vai desempenhar o seu papel.
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JOGO DA ONÇA

Este jogo é jogado no chão, com o tabuleiro traçado na areia. No lugar de peças, os índios utilizam
pedras. Uma pedra representa a onça e outras 14, bem parecidas, representam os cachorros. Ele é
jogado por dois jogadores. Um deles atua como onça, com o objetivo de capturar os cachorros do
adversário. A captura é feita como no jogo de damas. O jogador que atua com os cachorros tem o
objetivo de encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade de movimentação.
Jogos, Brinquedos e Brincadeiras observados entre os Kamaiurá
Brinquedos:
· pião (Y'ym),
· zumbidor (Y'ym),
· arma de pressão (Mocauara Angap),
· metralhadora (Urapat),
· perna de pau (My'yta),
· helicóptero (Y'epem),
· peteca (Popok).

Descrição Geral
Pião - feito com a fruta yua'apong e varinha de bambu. Entre os Yawalapti foi citado ainda o pião feito
com a fruta do tucum, em que é feito um furo para produzir um zumbido. O pião é lançado friccionando
a varinha de bambu.

Zumbidor - feito com um pedaço de cabaça esculpida em forma de um círculo e com dentes nas
extremidades. Dois furos são feitos no centro de círculo por onde se passa um barbante cumprido que
é amarrado nas extremidades para formar um cordão duplo. Para fazer o brinquedofuncionar deve-se
enrolar o cordão duplo e puxar as extremidad
es de forma a fazer girar o círculo de cabaça. Ao girar a cabaça provoca um zumbido característico.

Arma de pressão - um tubo de bambu com as pontas enroladas com fibra de buriti serve de arma. A
munição é a polpa do pequi que não pode estar muito maduro. A polpa é colocada nas duas
extremidades do tubo de forma a quando se empurra uma delas com um graveto, a da frente é lançada
com grande força em direção ao alvo.

Metralhadora - feita com o caule da bananeira que é recortado de forma a produzir um barulho
semelhante a tiros quando se fecha os diversos recortes.]

Perna de Pau - feita com madeira local e uma tira de embira. A tira de embira serve para fixar dois
pedaços de madeira menores onde se apoia o pé. O nó da tira é especial de forma a se poder ajustar
a altura em que a pessoa fica apoiada.

Helicóptero - uma plantinha local é usada para construir um brinquedo que é lançado para o alto com
a fricção do caule.

Peteca - feita com palha de buriti e recheada com folhas de algodão para ficar macia.
Brincadeiras
·
Marimbondo - brincadeira na areia em que se separam dois grupos, sendo um de meninas e outro
de meninos. As meninas brincam de casinha, fazendo beiju enquanto os meninos constroem
na areia uma casa de marimbondo. Em seguida, as meninas percebem a existência da casa
de marimbondos e tentam destruí-la. Ao fazê-lo saem correndo com os meninos em sua
perseguição para picá-las. Depois de um tempo os grupos se revezam. (na figura)

Onde está o fogo? - brincadeira na areia da praia. Cava-se um buraco que caiba um menino dentro e
um túnel de comunicação com este buraco de forma a que uma criança seja totalmente encoberta
pela areia dentro do buraco e possa respirar pelo tubo. Em seguida uma criança pergunta pelo tubo:
onde está o fogo? A criança que está no buraco tem que dar indicações como direita, esquerda, atrás.
Até que as crianças aceitam a direção e a criança encoberta pela areia possa sair do buraco.

Luta na água - uma criança fica de pé no ombro de outra, sendo que duas duplas de crianças
participam da brincadeira. As crianças que estão em cima se dão as mãos e tentam derrubar o
adversário. Vence quem consegue ficar sem cair.

Perereca - os homens constroem uma vagina totalmente de cera e outra de cabaça e cera. Eles vão
até as malocas para provocarem as mulheres que vêm até o centro da aldeia para capturarem as
vaginas. Os homens resistem o que podem ao ataque e em seguida lançam a vagina para outro.
Quando as mulheres capturam a vagina elas a destroem.

Pinto - a mesma brincadeira descrita acima em que se substituem a vagina por um pênis e os grupos
se revezam com as mulheres lançando o pênis para outras mulheres e os homens tentando capturá-
lo para em seguida o destruírem.

Mandioca - um homem deita no chão e os demais deitam por cima formando uma pilha até que o
primeiro não aguente mais o peso e deixe todos caírem no chão.

Ywa Ywa - jogo que exibe a habilidade dos indígenas no uso de arco e flecha. Um grupo de crianças
lança um aro circular feito de fibra de buriti que rola no chão enquanto outro grupo tenta atingir este
aro. O número de aros totaliza 5. Quando o segundo grupo consegue atingir os 5 aros, os grupos
trocam de posição e o primeiro grupo passa a tentar atingir os aros com as flechas.

Ui'ui - jogo de estratégia feito na areia e utilizando um fio de buriti bem afiado. Um dos jogadores,
secretamente, enterra o fio de buriti na areia fazendo uma curva de forma a que os demais
participantes não saibam aonde este fio termina. Para dificultar ele coloca diversos pedaços de fio de
buriti em locais diferentes da área do jogo. O jogador, em seguida, move o fio de buriti para frente e
para trás e os demais jogadores têm que descobrir aonde o fio termina.
Cama de Gato - neste jogo os indígenas formam diversas figuras usando um fio tecido de buriti. Os
desenhos são figuras ligadas à cultura indígena como morcegos, gaivota, peixinhos, tucunaré e cobra.

Jawari - jogo de dardos que utiliza um lançador. Nele, o lançador tenta atingir o adversário com um
dardo longo e o adversário tenta se esconder atrás de varas.

Tïpa - desenha-se um círculo na areia onde se colocam 5 pedrinhas. Dois jogadores se revezam na
tentativa de lançar as pedrinhas para cima usando um colher de pau de forma a que elas caiam de
volta dentro do círculo. Quem deixa uma das pedras cair fora perde a partida.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos observados entre os Bororos:

Bóe e-woada bá - brinquedo de trançado de folíolos de broto do babaçu.

Óre kugure - bonecas

Paopao - peteca.

Os Jogos do Povo Paresis


Os Paresis são um povo alegre e cheios de jogos, brinquedos e brincadeiras todos muito originais e
criativos. Os Paresis sabem jogar boliche, bocha e jogos com dados mas tudo de uma maneira
muito particular e tradicional.

O boliche é chamado Tidymure. O jogo só é praticado pelas mulheres. No centro da aldeia prepara-
se uma pista retangular de, aproximadamente, 15 metros de comprimento por 1 metro de largura. Nas
duas extremidades são fixados os pinos, 2 de cada lado, constituídos por uma haste feita de bambu
e tendo no topo uma semente de milho. A haste é enterrada na areia. Para o lançamento os indígenas
utilizam uma fruta do marmeleiro como bola. Como os pinos são muito sensíveis a qualquer contato
da bola, fica muito fácil distinguir os pontos conseguidos pelas equipes.

A bocha dos Paresis é chamada por eles de Kolidyhô.A bocha é um jogo muito popular na Europa
onde são utilizadas bolas de metal. O objetivo é conseguir um lançamento que faça as bolas se
tocarem. No Kolidyhô, os indígenas utilizam estacas de madeira, colhidas na floresta ao redor da
aldeia. Mas as regras são muito semelhantes ao jogo europeu. Lança-se uma estaca e os jogadores
tentam lançar as estacas subsequentes de forma a que a distância entre elas não ultrapasse um
palmo.

O jogo de dados é conhecido por eles como Rifa assim mesmo em português o dado utilizado,
esculpido em madeira, tem 4 faces sendo que apenas uma delas é marcada com um X. As outras
faces não têm qualquer desenho. Quando o dado fica com a face marcada com o X para cima, o
jogador tem a chance de vencer a rodada. Mas o adversário sempre tem a chance de conseguir o
empate num sistema de apostas que descrevo a seguir.
O povo Paresi sabe apostar e apostam em todos os jogos que funcionam sempre da mesma forma:
os 2 jogadores apostam qualquer coisa. No passado eram flechas, cestos ou enfeites. Atualmente
eles apostam cigarros, canivetes ou sabonetes. Em seguida, um dos jogadores tenta alcançar o
objetivo do jogo. Quando consegue, o adversário sempre tem a chance de conseguir, em seguida,
empatar o jogo. Mas quando apenas um jogador consegue o objetivo, ele é o vencedor da aposta e
fica com os 2 objetos apostados. Depois, eles apostam outros objetos e continuam a partida.

http://clctg.blogspot.com/2011/05/brincadeiras-brinquedos-e-jogos.html

Jogos, brinquedos e brincadeiras indígenas


Conforme eu havia combinado aqui vai uma lista brinquedos, jogos e brincadeiras dos povos
indígenas. Observe que nem todos são adequados para crianças. Este texto foi copiado na
íntegra das Notas de Viagem de Maurício Lima, coordenador do Projeto Jogos Indígenas do Brasil.
Vale a pena passar no site e conhecer o projeto completo.
No primeiro post sobre o Dia do Índio também existem links interessantes

Jogos, Brinquedos e Brincadeiras observados entre os Kamaiurá


• Brinquedos - pião (Y'ym), zumbidor (Y'ym), arma de pressão (Mocauara Angap), metralhadora
(Urapat), perna de pau (My'yta), helicóptero (Y'epem), peteca (Popok).

• Brincadeiras - marimbondo (Kap), aonde está o fogo?, luta na água, brincadeira da perereca
(Tamara Angap), brincadeira do pinto (Takwãiara Angap), brincadeira da mandioca. (na figura)
• Jogos - Ywa Ywa, Ui'ui, cama de gato (Mojarutap Myrytsiowit), Jogo do Jawari.

Jogos Observados entre os Yawalapti


• Jogos - Tïpa, Jogo da Velha índio.
Descrição Geral
• Pião - feito com a fruta yua'apong e varinha de bambu. Entre os Yawalapti foi citado ainda o
pião feito com a fruta do tucum, em que é feito um furo para produzir um zumbido. O pião é lançado
friccionando a varinha de bambu.

• Zumbidor - feito com um pedaço de cabaça esculpida em forma de um círculo e com dentes
nas extremidades. Dois furos são feitos no centro de círculo por onde se passa um barbante
cumprido que é amarrado nas extremidades para formar um cordão duplo. Para fazer o brinquedo
funcionar deve-se enrolar o cordão duplo e puxar as extremidades de forma a fazer girar o círculo de
cabaça. Ao girar a cabaça provoca um zumbido característico.
• Arma de pressão - um tubo de bambu com as pontas enroladas com fibra de buriti serve de
arma. A munição é a polpa do pequi que não pode estar muito maduro. A polpa é colocada nas duas
extremidades do tubo de forma a quando se empurra uma delas com um graveto, a da frente é
lançada com grande força em direção ao alvo.

• Metralhadora - feita com o caule da bananeira que é recortado de forma a produzir um


barulho semelhante a tiros quando se fecha os diversos recortes.

• Perna de Pau - feita com madeira local e uma tira de embira. A tira de embira serve para fixar
dois pedaços de madeira menores onde se apóia o pé. O nó da tira é especial de forma a se poder
ajustar a altura em que a pessoa fica apoiada.

• Helicóptero - uma plantinha local é usada para construir um brinquedo que é lançado para o
alto com a fricção do caule.

• Peteca - feita com palha de buriti e recheada com folhas de algodão para ficar macia.

• Marimbondo - brincadeira na areia em que se separam dois grupos,


sendo um de meninas e outro de meninos. As meninas brincam de casinha, fazendo beiju enquanto
os meninos constroem na areia uma casa de marimbondo. Em seguida, as meninas percebem a
existência da casa de marimbondos e tentam destruí-la. Ao fazê-lo saem correndo com os meninos
em sua perseguição para picá-las. Depois de um tempo os grupos se revezam. (na figura)
• Onde está o fogo? - brincadeira na areia da praia. Cava-se um buraco que caiba um menino
dentro e um túnel de comunicação com este buraco de forma a que uma criança seja totalmente
encoberta pela areia dentro do buraco e possa respirar pelo tubo. Em seguida uma criança pergunta
pelo tubo: onde está o fogo? A criança que está no buraco tem que dar indicações como direita,
esquerda, atrás. Até que as crianças aceitam a direção e a criança encoberta pela areia possa sair
do buraco.
• Luta na água - uma criança fica de pé no ombro de outra, sendo que duas duplas de crianças
participam da brincadeira. As crianças que estão em cima se dão as mãos e tentam derrubar o
adversário. Vence quem consegue ficar sem cair.

• Perereca - os homens constroem uma vagina totalmente de cera e outra de cabaça e cera.
Eles vão até as malocas para provocarem as mulheres que vêm até o centro da aldeia para
capturarem as vaginas. Os homens resistem o que podem ao ataque e em seguida lançam a vagina
para outro. Quando as mulheres capturam a vagina elas a destroem.

• Pinto - a mesma brincadeira descrita acima em que se substituem a vagina por um pênis e os
grupos se revezam com as mulheres lançando o pênis para outras mulheres e os homens tentando
capturá-lo para em seguida o destruírem.

• Mandioca - um homem deita no chão e os demais deitam por cima formando uma pilha até
que o primeiro não agüente mais o peso e deixe todos caírem no chão.

• Ywa Ywa - jogo que exibe a habilidade dos indígenas no uso de arco e flecha. Um grupo de
crianças lança um aro circular feito de fibra de buriti que rola no chão enquanto outro grupo tenta
atingir este aro. O número de aros totaliza 5. Quando o segundo grupo consegue atingir os 5 aros,
os grupos trocam de posição e o primeiro grupo passa a tentar atingir os aros com as flechas.

• Ui'ui - jogo de estratégia feito na areia e utilizando um fio de buriti bem afiado. Um dos
jogadores, secretamente, enterra o fio de buriti na areia fazendo uma curva de forma a que os
demais participantes não saibam aonde este fio termina. Para dificultar ele coloca diversos pedaços
de fio de buriti em locais diferentes da área do jogo. O jogador, em seguida, move o fio de buriti para
a frente e para trás e os demais jogadores têm que descobrir aonde o fio termina.

• Cama de Gato - neste jogo os indígenas formam diversas figuras usando um fio tecido de
buriti. Os desenhos são figuras ligadas à cultura indígena como morcegos, gaivota, peixinhos,
tucunaré e cobra.

• Jawari - jogo de dardos que utiliza um lançador. Nele, o lançador tenta atingir o adversário
com um dardo longo e o adversário tenta se esconder atrás de varas.

• Tïpa - desenha-se um círculo na areia onde se colocam 5 pedrinhas. Dois jogadores se


revezam na tentativa de lançar as pedrinhas para cima usando um colher de pau de forma a que
elas caiam de volta dentro do círculo. Quem deixa uma das pedras cair fora perde a partida.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos observados entre os Bororos:

• Adugo - Jogo de tabuleiro cujas peças são uma onça e 14


cachorros. A onça tem por objetivo capturar os cachorros como no jogo de damas e os cachorros
têm por objetivo imobilizar a onça. (na figura)

• Bóe e-woada bá - brinquedo de trançado de folíolos de broto do babaçu.

• Óre kugure - bonecas

• Paopao - peteca.
Os Jogos do Povo Paresis
Os Paresis são um povo alegre e cheios de jogos, brinquedos e brincadeiras todos muito originais e
criativos. Os Paresis sabem jogar boliche, bocha e jogos com dados mas tudo de uma maneira
muito particular e tradicional.
• O boliche é chamado Tidymure. O jogo só é praticado pelas mulheres. No centro da aldeia
prepara-se uma pista retangular de, aproximadamente, 15 metros de comprimento por 1 metro de
largura. Nas duas extremidades são fixados os pinos, 2 de cada lado, constituídos por uma haste
feita de bambu e tendo no topo uma semente de milho. A haste é enterrada na areia. Para o
lançamento os indígenas utilizam uma fruta do marmeleiro como bola. Como os pinos são muito
sensíveis a qualquer contato da bola, fica muito fácil distinguir os pontos conseguidos pelas equipes.

• A bocha dos Paresis é chamada por eles de Kolidyhô.A bocha é um jogo muito popular na
Europa onde são utilizadas bolas de metal. O objetivo é conseguir um lançamento que faça as bolas
se tocarem.No Kolidyhô, os indígenas utilizam estacas de madeira, colhidas na floresta ao redor da
aldeia. Mas as regras são muito semelhantes ao jogo europeu. Lança-se uma estaca e os jogadores
tentam lançar as estacas subseqüentes de forma a que a distância entre elas não ultrapasse um
palmo.

• O jogo de dados é conhecido por eles como Rifa assim mesmo em português o dado
utilizado, esculpido em madeira, tem 4 faces sendo que apenas uma delas é marcada com um X. As
outras faces não têm qualquer desenho. Quando o dado fica com a face marcada com o X para
cima, o jogador tem a chance de vencer a rodada. Mas o adversário sempre tem a chance de
conseguir o empate num sistema de apostas que descrevo a seguir.
O povo Paresi sabe apostar e apostam em todos os jogos que funcionam sempre da mesma forma:
os 2 jogadores apostam qualquer coisa. No passado eram flechas, cestos ou enfeites. Atualmente
eles apostam cigarros, canivetes ou sabonetes.Em seguida, um dos jogadores tenta alcançar o
objetivo do jogo. Quando consegue, o adversário sempre tem a chance de conseguir, em seguida,
empatar o jogo. Mas quando apenas um jogador consegue o objetivo, ele é o vencedor da aposta e
fica com os 2 objetos apostados. Depois, eles apostam outros objetos e continuam a partida.

http://criandocriancas.blogspot.com/2008/04/jogos-brinquedos-e-brincadeiras.html

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