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ISSN: 2318-6852

grãos
OBSERVATÓRIO AGRÍCOLA

ACOMPANHAMENTO
DA SAFRA BRASILEIRA
V. 5 - SAFRA 2017/18- N. 3 - Terceiro levantamento | DEZEMBRO 2017

Monitoramento agrícola
Presidente da República
Michel Temer

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)


Blairo Maggi

Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)


Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra

Diretoria de Operações e Abastecimento (Dirab)


Jorge Luiz Andrade da Silva

Diretoria de Gestão de Pessoas (Digep)


Marcus Luis Hartmann

Diretoria Administrativa, Financeira e Fiscalização (Diafi)


Danilo Borges dos Santos

Diretoria de Política Agrícola e Informações (Dipai)


Cleide Edvirges Santos Laia

Superintendência de Informações do Agronegócio (Suinf)


Aroldo Antônio de Oliveira Neto

Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras (Geasa)


Cleverton Tiago Carneiro de Santana

Gerência de Geotecnologias (Geote)


Tarsis Rodrigo de Oliveira Piffer

Equipe Técnica da Geasa


Bernardo Nogueira Schlemper
Danielle Cristina da Costa Torres (estagiária)
Eledon Pereira de Oliveira
Fabiano Borges de Vasconcellos
Francisco Olavo Batista de Sousa
Juarez Batista de Oliveira
Juliana Pacheco de Almeida
Martha Helena Gama de Macêdo

Equipe Técnica da Geote


Aquila Felipe Medeiros (menor aprendiz)
Bárbara Mayanne Silva (estagiária)
Fernando Arthur Santos Lima
Gilson Panagiotis Heusi (estagiário)
Jade Oliveira Ramos (estagiária)
Kelvin Andres Reis (estagiário)
Joaquim Gasparino Neto
Lucas Barbosa Fernandes

Superintendências Regionais
Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São
Paulo, Sergipe e Tocantins.

2 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
OBSERVATÓRIO AGRÍCOLA

ACOMPANHAMENTO
DA SAFRA BRASILEIRA grãos
V. 5 - SAFRA 2017/18 - N. 3 - Terceiro levantamento | DEZEMBRO
2017

Monitoramento agrícola

ISSN 2318-6852
Acomp. safra bras. grãos, v. 5 Safra 2017/18 - Terceiro levantamento, Brasília, p. 1-130
dezembro 2017.
SUMÁRIO
1. Resumo executivo ------------------------------------------------------------------------ 8

2. Introdução -------------------------------------------------------------------------------- 10

3. Estimativa de área plantada --------------------------------------------------------- 12

4. Estimativa de produtividade -------------------------------------------------------- 19

5. Estimativa de produção --------------------------------------------------------------- 27

6. Crédito rural ----------------------------------------------------------------------------- 30


7. Análise climática - Inmet ---------------------------------------------------------------38

8. Análise das culturas ------------------------------------------------------------------- 43


8.1. Culturas de verão ------------------------------------------------------------------ 43
8.1.1. Algodão ------------------------------------------------------------------------- 43
8.1.2. Amendoim ----------------------------------------------------------------------- 48
8.1.3. Arroz------------------------------------------------------------------------------- 53
8.1.4. Feijão ---------------------------------------------------------------------------- 62
8.1.5. Girassol------------------------------------------------------------------------- 80
8.1.6. Mamona ------------------------------------------------------------------------ 81
8.1.7. Milho----------------------------------------------------------------------------- 83
8.1.8. Soja------ ------------------------------------------------------------------------ 94
8.1.9. Sorgo---------------------------------------------------------------------------- 103
8.2. Culturas de inverno ----------------------------------------------------------------- 104
8.2.1. Aveia----------------------------------------------------------------------------- 104
8.2.2. Canola-------------------------------------------------------------------------- 105
8.2.3. Centeio- ------------------------------------------------------------------------ 106
8.2.4. Cevada ------------------------------------------------------------------------- 107
8.2.5. Trigo---------------------------------------------------------------------------- 108
8.2.6. Triticale- ------------------------------------------------------------------------ 110

9. Receita bruta ---------------------------------------------------------------------------- 111

10. Balanço de oferta e demanda ------------------------------------------------------- 120


10.1. Algodão -------------------------------------------------------------------------------- 120
10.2. Arroz ------------------------------------------------------------------------------------ 121
10.3. Feijão ----------------------------------------------------------------------------------- 122
10.4.Milho ----------------------------------------------------------------------------------- 123
10.5. Soja ------------------------------------------------------------------------------------- 123
10.6.Trigo ------------------------------------------------------------------------------------ 124
Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 7
A
1. Resumo executivo produção total de grãos está estimada em 226,5
milhões de toneladas para a safra 2017/18, redu-
Safra 2017/18 ção de 4,7% em relação à safra anterior.

A área plantada está prevista em 61,5 milhões de hec-


tares, ou seja, crescimento de 0,9% se comparada com
a safra 2016/17.

Algodão: a produção deverá ser superior em 10,2% em


relação à safra anterior.

Amendoim: a produção está estimada em 457,9 mil


toneladas, redução de 1,8% em relação à safra 2016/17.

Arroz: a produção deverá ser menor que a safra pas-


sada em 5,8%, ficando em 11,6 milhões de toneladas.

Feijão primeira safra: deverá ter redução de 11,2% na


área em relação à safra passada, refletindo numa
produção de 1,21 milhão de toneladas, sendo 764,1 mil
toneladas de feijão-comum cores, 315,8 mil toneladas
de feijão-comum preto e 128,5 mil toneladas de feijão-
caupi.

Milho primeira safra: estima-se uma redução na pro-


dução de 17,8% em relação à safra anterior, podendo
ficar em 25,1 milhões de toneladas.

Soja: o crescimento previsto na área é de 3,1% e a pro-


dução deverá ser de 109,2 milhões de toneladas. O
clima está favorecendo o desenvolvimento da cultura.

8 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Safra inverno 2017: nas culturas de inverno (aveia, ca- gem entre julho e setembro, chuvas intensas em ou-
nola, centeio, cevada, trigo e triticale), diferentemente tubro e novembro, causaram perdas significativas às
do que ocorreu na safra anterior, as condições meteo- lavouras, como a redução de 29,4% na produtividade
rológicas adversas como geadas em setembro, estia- do trigo, principal cultura de inverno.

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D
2. Introdução entre os primordiais objetivos da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), empresa
pública vinculada ao Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa), há de se citar
o acompanhamento da safra brasileira de grãos, que
visa fornecer informações e os conhecimentos rele-
vantes aos agentes envolvidos nos desafios da agri-
cultura, segurança alimentar, nutricional e do abaste-
cimento do país.

No citado processo de acompanhamento da safra


brasileira de grãos se gera um relatório construído de
maneira a registrar e indicar variáveis que auxiliem
na compreensão dos resultados da safra, inserindo-se
como parte da estratégia de qualificação das estatís-
ticas agropecuárias, do processo de transparência e
da redução da assimetria da informação. O objetivo
desse trabalho é subsidiar o referido ministério, em
tempo hábil, no monitoramento e na formulação das
políticas públicas, agrícola e de abastecimento, além
do atendimento aos demais agentes do agronegócio
brasileiro, especialmente no auxílio relacionado à to-
mada de decisão por parte dos produtores rurais.

Assim, a Companhia, para a consecução desses ser-


viços, utiliza métodos que envolvem modelos esta-
tísticos, pacotes tecnológicos modais das principais
culturas em diversos locais de produção, acompanha-
mentos agrometeorológicos e espectrais, pesquisa
subjetiva de campo, como outras informações que
complementam os métodos citados.

10 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 54 -- Safra


Safra 2017/18,
2017/18,n.3
n.3 --Terceiro
Terceiro levantamento,
levantamento,dezembro
dezembro 2017.
2017.
Nesse foco, além das diversas variáveis levantadas, das na oportunidade indicam a estimativa de plantio
abordam-se nesse boletim, o resultado das pesquisas dos produtores rurais. O plantio avançou em todas as
da safra de verão para as culturas de algodão, amen- regiões produtoras.
doim primeira safra, arroz, feijão primeira safra, ma-
mona, milho primeira safra e soja. São in-formações É importante realçar que a Companhia detém a carac-
de área plantada e/ou a ser plantada, produtividade, terística de suprir suas atividades de levantamento de
produção, monitoramento agrícola e análise de mer- safra de grãos por meio do envolvimento direto com
cado. Consta também o acompanha-mento da safra diversas instituições e informantes cadastrados por
de inverno 2017 (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e todo o país.
tritica-le), com dados de evolução da colheita e influ-
ência climática. Assim, os resultados, quando divulgados, devem regis-
trar a colaboração e os esforços dos profissionais autô-
Aos resultados das pesquisas empreendidas pela nomos, dos técnicos de escritórios de planejamento, de
Companhia, em todo território nacional, agregam-se cooperativas, das secretarias de agricultura, dos órgãos
outros instrumentos como: indicadores econômicos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e priva-
nas áreas de crédito rural, mercado de insumos, cus- dos), além dos agentes financeiros, dos revendedores
tos de produção, como também informes da situação de insumos, de produtores rurais e do Instituto Brasi-
climática, acompanhamento agrometeorológico e leiro de Geografia e Estatística (IBGE).
espectral e a análise de mercado das culturas pesqui-
sadas. A todos, o especial agradecimento da Companhia Na-
cional de Abastecimento (Conab), pelo empenho e de-
Além dos aspectos metodológicos que mencionamos, dicação profissional, quando instados a colaborarem.
cumpre-nos esclarecer que as informações levanta-

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 11
N
3. Estimativa de área o terceiro levantamento realizado pela Conab,
as estimativas apontam para um incremento
de 0,9% na área para o plantio da safra 2017/18,
atingindo 61.458,1 mil hectares. Culturas com maior
rentabilidade e liquidez são as responsáveis pelo au-
mento na área, principalmente soja e algodão.

12 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
3.1. Algodão
As perspectivas futuras de mercado foram responsá- e Minas Gerais, possuidoras de regiões favoráveis à
veis pelo forte aumento de área nas principais regi- produção dessa cultura, também experimentaram
ões produtoras, particularmente Mato Grosso e Bahia, importantes incrementos. A expectativa atual é que
onde se concentram a produção brasileira. Outros a área brasileira atinja 1.042,4 mil hectares, represen-
estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão tando um aumento de 11% em relação à safra anterior.

Gráfico 1 – Comportamento da área de algodão – Brasil


1.600,0
1.400,3 1.393,4
1.400,0
Área (em mil hectares)

1.179,4 1.077,4 1.121,6


1.200,0 1.096,8 993,9 1.042,4
1.000,0 1.100,0
939,1
800,0 954,7
856,2 843,2 835,7 894,3
600,0
400,0
200,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

3.2. Arroz
Nos principais estados produtores, a área plantada dução em áreas de sequeiro permanece nessa safra,
deverá apresentar redução nessa safra, reflexo da ten- caso do Mato Grosso e Maranhão, mesmo levando em
dência observada nos maiores estados produtores. A conta a forte reconversão de pastagens degradadas
expectativa é que a área brasileira de arroz totalize que vem ocorrendo no país. O fato é que a competição
1.946,2 mil hectares, representando redução de 1,8% por área para culturas mais rentáveis, como é o caso
em relação à área da safra 2016/17. A tendência de re- da soja, tem aumentado a cada ano.

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Gráfico 2 – Comportamento da área de arroz - Brasil

5.000,0
3.916,3
Área (em mil hectares)

3.654,4
4.000,0
2.967,4
2.909,0 2.764,8 2.820,3
3.000,0 2.399,6 2.372,9 2.295,1
3.017,8
2.875,0 2.426,7
2.000,0 2.007,8
1.980,9 1.946,2
1.000,0

0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

3.3. Feijão
As peculiaridades que envolvem a cultura do feijão, o produto, particularmente o produzido na primeira
aliadas aos preços recebido pelos produtores, têm safra, quando compete com soja, milho e outras la-
desestimulado o aumento da área semeada. As difi- vouras mais seguras. Os dados levantados pela Conab
culdades de manejo, os problemas sanitários, a possi- apontam para uma redução na área de primeira sa-
bilidade de clima chuvoso na época da colheita e dos fra de 8,8% em relação ao exercício anterior, criando
problemas de comercialização, vinculados às exigên- suporte para um aumento da área, no produto da se-
cias de qualidade, estabelecem uma pressão sobre gunda safra.

Gráfico 3 – Comportamento da área de feijão primeira safra - Brasil


1.700,0 1.559,6
Área (em mil hectares)

1.500,0 1.371,1 1.407,0 1.419,9

1.410,1 1.241,4
1.300,0 1.179,9
1.233,3 1.313,4 1.053,2 1.111,0
1.100,0 1.159,9 1.125,0
900,0 978,6 1.013,0

700,0

500,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

3.4. Milho
Os impactos no preço, provocado pela grande pro- neste ano em virtude do atraso das chuvas nas prin-
dução da safra passada trouxeram reflexos na área cipais regiões produtoras do país e da consequente
plantada da safra 2017/18. A perspectiva é que ocorra redução da janela climática para o milho. Plantios que
redução de 3%, comparada com o exercício anterior, venham ocorrer após a primeira semana de março
quando foram plantados 17.591,7 mil hectares. O com- certamente serão acompanhados por uma redução
plicador nessa safra é que a tendência de transferên- no uso de tecnologia, com repercussão nos níveis de
cia da produção desse cereal para a segunda safra, produtividade.
após a colheita da soja, deverá apresentar problemas

14 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 4 - Comportamento da área de milho 1ª safra – GO
700,0 632,2
547,3
Área (em mil hectares)

600,0 471,7 460,6 538,6


500,0 424,5
540,3
400,0 288,2
377,2 250,7 260,0
300,0 377,6
200,0
394,6 214,2
100,0
0,0 246,4
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 5 - Comportamento da área de milho 1ª safra – MG

1.600,0
1.320,5 1.347,0 1.368,6 1.299,7
1.400,0 1.259,4 1.148,0 1.218,5
Área (em mil hectares)

1.200,0 1.333,7 1.098,0


1.164,9 1.022,4 909,4
1.000,0 1.149,8
800,0
837,4
600,0 790,3
400,0
200,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 6 - Comportamento da área de milho 1ª safra – RS


1.600,0 1.436,0 1.391,0 1.388,5
Área (em mil hectares)

1.400,0 1.296,2
1.237,9 1.385,7 1.151,0 1.113,5
1.200,0 1.031,2 941,0
1.000,0 1.099,2 1.033,3 804,9
800,0 823,0
600,0 708,3
400,0
200,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 7 - Comportamento da área de milho 1ª safra – Brasil


10.000,0 9.465,3 9.652,8 9.635,6
9.270,5
Área (em mil hectares)

9.000,0 9.493,9
9.021,8 7.637,7
8.000,0 7.558,5
7.000,0 7.724,0 6.617,7
6.142,3
6.000,0 6.783,1 5.482,5
5.000,0 5.387,7
4.954,4
4.000,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 15
3.5. Soja
A lavoura de soja tem sido a protagonista no aumen- res se sintam estimulados a continuar apostando na
to da área e produção de grãos no país. Sua maior li- cultura. Nesse levantamento o crescimento da área
quidez e a possibilidade de melhor rentabilidade em está estimada em 3,1% em relação ao ano passado,
relação a outras culturas fazem com que os produto- atingindo 34.964,5 mil hectares.

Gráfico 8- Comportamento da área de soja – TO

1.200,0
964,0
Área (em mil hectares)

1.000,0 849,6 870,8


748,4 990,0
800,0
600,0 549,6
451,2
364,3 404,7
355,7 267,7 331,6 311,4
400,0
200,0 243,6 309,5
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 9 - Comportamento da área de soja – BA


1.800,0 1.580,3
1.526,9
1.600,0 1.422,0
Área (em mil hectares)

1.400,0 1.281,9 1.312,7 1.641,9


1.200,0 1.043,9
872,6 905,0 947,5
1.000,0 870,0
800,0 1.016,5 1.112,8
821,5 850,8
600,0
400,0
200,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 10 - Comportamento da área de soja – MT


12.000,0
10.000,0 8.615,7 9.140,0 9.322,8 9.546,5
Área (em mil hectares)

8.000,0 6.105,2 6.224,5 6.980,5


6.196,8 5.675,0 8.934,5
7.818,2
6.000,0
5.828,2 6.398,8
4.000,0 5.240,5 5.124,8
2.000,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

16 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 11- Comportamento da área de soja – MG
1.600,0 1.469,3
1.319,4
Área (em mil hectares)

1.400,0 1.238,2
1.119,1 1.456,1 1.470,7
1.200,0 1.060,9 1.019,0 1.024,01.121,2
929,1
1.000,0 1.065,8
800,0 930,4 870,0 1.024,1
600,0
400,0
200,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 12 - Comportamento da área de soja – PR


6.000,0 5.451,3 5.454,3
4.590,5 5.010,4 5.224,8
Área (em mil hectares)

5.000,0 4.485,1 4.752,8


4.148,4 3.982,5 3.977,3 5.249,6
4.000,0 4.069,2 4.460,6
3.935,9 3.978,5
3.000,0
2.000,0
1.000,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 13 - Comportamento da área de soja – Brasil

40.000,0 33.909,4
32.092,9
35.000,0
Área (em mil hectares)

27.736,1
30.000,0 24.181,0 33.251,9 34.964,5
23.301,1 20.686,8 21.743,1
25.000,0 30.173,1
20.000,0 22.749,4 23.467,9 25.042,2
21.375,8 21.313,1
15.000,0
10.000,0
5.000,0
0,0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 17
Tabela 1 – Estimativa de área plantada de grãos (Em 1000 t)

SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE VERÃO 17/18 Percentual Absoluta
16/17
(a) Nov/2017 (b) Dez/2017 (c) (c/a) (c-a)

ALGODÃO 939,1 1.041,3 1.042,4 11,0 103,3

AMENDOIM TOTAL 129,3 131,3 131,1 1,4 1,8

AMENDOIM 1ª SAFRA 118,3 120,3 120,1 1,5 1,8

AMENDOIM 2ª SAFRA 11,0 11,0 11,0 - -

ARROZ 1.980,9 1.964,2 1.946,2 (1,8) (34,7)

ARROZ SEQUEIRO 524,4 520,3 513,2 (2,1) (11,2)

ARROZ IRRIGADO 1.456,5 1.443,9 1.433,0 (1,6) (23,5)

FEIJÃO TOTAL 3.180,3 3.142,2 3.142,3 (1,2) (38,0)

FEIJÃO TOTAL CORES 1.447,3 1.415,5 1.408,6 (2,7) (38,7)

FEIJÃO TOTAL PRETO 323,7 331,6 330,0 1,9 6,3

FEIJÃO TOTAL CAUPI 1.409,3 1.395,1 1.403,7 (0,4) (5,6)

FEIJÃO 1ª SAFRA 1.111,0 1.012,9 1.013,0 (8,8) (98,0)

CORES 478,2 436,4 429,5 (10,2) (48,7)

PRETO 174,7 182,6 181,0 3,6 6,3

CAUPI 458,1 393,9 402,5 (12,1) (55,6)

FEIJÃO 2ª SAFRA 1.426,9 1.486,9 1.486,9 4,2 60,0

CORES 430,3 440,3 440,3 2,3 10,0

PRETO 134,7 134,7 134,7 - -

CAUPI 861,9 911,9 911,9 5,8 50,0

FEIJÃO 3ª SAFRA 642,4 642,4 642,4 - -

CORES 538,8 538,8 538,8 - -

PRETO 14,3 14,3 14,3 - -

CAUPI 89,3 89,3 89,3 - -

GIRASSOL 62,7 62,7 62,7 - -

MAMONA 28,0 29,2 32,3 15,4 4,3

MILHO TOTAL 17.591,7 17.071,1 17.063,6 (3,0) (528,1)

MILHO 1ª SAFRA 5.482,5 4.961,9 4.954,4 (9,6) (528,1)

MILHO 2ª SAFRA 12.109,2 12.109,2 12.109,2 - -

SOJA 33.909,4 34.975,6 34.964,5 3,1 1.055,1

SORGO 628,5 631,7 632,2 0,6 3,7

SUBTOTAL 58.449,9 59.049,1 59.017,3 1,0 567,4

SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE INVERNO 2017 2018 Percentual Absoluta
(a) Nov/2017 (b) Dez/2017 (c) (c/a) (c-a)

AVEIA 340,1 340,1 340,1 - -

CANOLA 48,1 48,1 48,1 - -

CENTEIO 3,6 3,6 3,6 - -

CEVADA 109,2 109,2 109,2 - -

TRIGO 1.917,1 1.917,1 1.917,1 - -

TRITICALE 22,7 22,7 22,7 - -

SUBTOTAL 2.440,8 2.440,8 2.440,8 - -

BRASIL 60.890,7 61.489,9 61.458,1 0,9 567,4


Fonte: Conab.
Nota: Estimativa em dezembro/2017.

18 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
4. Estimativa de produtividade 4.1. Algodão
Para ter resultados positivos, a semeadura exige alto
padrão tecnológico e gestão profissional, o que resul-
ta em alta produtividade. O método estatístico utili-
zado pela Conab, nesse momento, traduz essa carac-
terística e tem as penalidades climáticas das últimas
safras observadas nos resultados. A estimativa é de
produtividade próxima da safra passada. Na Região
Centro-Oeste, onde concentra 72% da produção bra-
sileira, a estimativa é de melhores produtividades na
atual safra, isso ocorre porque nos estados dessa re-
gião o algodão é uma cultura de custo de produção
maior do que as outras culturas e, por isso, é cultivado
nas melhores áreas das fazendas, além da melhor tec-
nologia disponível, isso possibilita uma estabilidade
de produtividade melhor do que em outras regiões do
país. A Bahia e Mato Grosso são os maiores produto-
res de algodão e o comportamento da produtividade
do Brasil pode ser observado nos gráficos abaixo.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 19
Gráfico 14 - Comportamento da produtividade de caroço de algodão no Brasil
2.600 2.381 2.374 2.430
2.325 2.306
Produtividade (em kg/ha)

2.400 2.173 2.242 2.205 2.257


2.200 1.969 2.445
1.908
2.000 2.166
1.800 2.028
1.600 1.805
1.400
1.200
1.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

4.2. Arroz
No cômputo geral, a estimativa de produtividade é de tores, a estimativa de produtividade é compatível com
menor redução em relação à safra anterior, que teve os pacotes tecnológicos utilizados pelos produtores.
bom comportamento. Nos principais estados produ-

Gráfico 15 - Comportamento da produtividade de arroz em Mato Grosso


3.400 3.217 3.175 3.285 3.257 3.266
3.109
Produtividade (em kg/ha)

3.200 3.008
3.000 2.865
2.860 2.850 3.131
2.800 2.876
2.570
2.600 2.630 2.620
2.400
2.200
2.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 16 - Comportamento da produtividade de arroz em Santa Catarina


7.800 7.638
Produtividade (em kg/ha)

7.600
7.400 7.180
7.050 7.050 7.060 7.110 7.150 7.139
7.200 6.950
7.000 6.800 7.235
6.800 6.630
6.828
6.600 6.650 6.625
6.400
6.200
6.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

20 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 17 - Comportamento da produtividade de arroz no Rio Grande do Sul
8.500
Produtividade (em kg/ha)

7.903
8.000 7.600 7.700
7.350 7.438
7.500 7.150
6.902 7.643
7.000 6.610 6.726 7.243

6.500 6.781 6.837


6.064
6.000
5.500 5.912
5.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 18 - Comportamento da produtividade de arroz no Brasil

6.500 6.223
5.966
Produtividade (em kg/ha)

6.000
5.419
5.500 5.108
4.827 4.780 4.926
5.000 5.281
4.500 4.200 4.332
3.884 3.813
4.000 3.511 3.377 4.218
3.500
3.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

4.3. Feijão
O cultivo é considerado de risco pela baixa tecnifi- dutividade, dada às condições de plantio e de baixa
cação, além dos problemas climáticos e sanitários. A tecnologia utilizada para o seu plantio. Nos principais
estimativa é de redução na produtividade do feijão- estados produtores se pode observar que a produtivi-
comum cores (0,8%) e feijão-comum preto (5%), sem dade da primeira safra de feijão aumenta apenas em
que haja impacto de destaque na sua produção. No Minas Gerais, que apresenta condições melhores de
caso do feijão-caupi a estimativa é de redução de pro- plantio.

Gráfico 19 - Comportamento da produtividade de feijão primeira safra em Minas Gerais


1.305
Produtividade (em kg/ha)

1.400 1.205 1.306 1.213


1.140 1.186 1.128 1.167 1.170
1.200 985
1.000 1.032 1.033
800 912
750 818
600
400
200
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 21
Gráfico 20 - Comportamento da produtividade de feijão primeira safra no Paraná
2.000 1.880
1.775
Produtividade (em kg/ha)

1.707
1.750 1.689
1.521 1.565
1.390 1.443 1.401
1.500 1.340 1.336 1.575
1.430
1.250
1.195
1.000 1.036
750
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 21 - Comportamento da produtividade de feijão primeira safra no Brasil


1.500
Produtividade (em kg/ha)

1.183 1.225 1.193


1.250
1.037 1.067 1.074 1.057
1.005 995
949 932 946 956
1.000 901

750 858

500
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

4.4. Milho
A estimativa é de redução de 9% na produtividade do Nos estados da Região Sul, a estimativa da produtivi-
milho. Mesmo assim, a produtividade esperada é a dade pode ser considerada normal, uma vez que na
segunda melhor no período entre 2003/04 a 2017/18. safra anterior o rendimento pôde ser considerado ex-
cepcional.

Gráfico 22 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra no Pará

4.000
Produtividade (em kg/ha)

3.232 3.334 3.142 3.205


3.500 2.841 2.916
3.000 2.556 2.538
2.324 2.305 2.482
2.078 1.970
2.500 1.825 2.010
2.000
1.500
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

22 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 23 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra na Bahia

5.000 4.475 4.550 4.525


Produtividade (em kg/ha)

4.500 4.557 3.864 4.046


4.000 3.295 2.930
3.500 3.070 3.584
2.722 3.616
3.000
3.009 3.312
2.500
2.000
1.500
1.000 1.738
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Gráfico 24 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra em Goiás


Produtividade (em kg/ha)

9.000 7.850 8.000 7.633 7.800 8.000 7.734


7.500
8.000 7.000
7.000 5.954
6.000 5.250 5.132 4.950 5.490
6.690
5.000 5.945
4.000
3.000
2.000
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 25 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra em Minas Gerais

7.000 6.374
Produtividade (em kg/ha)

6.500 5.978 5.944


6.000 6.100
5.500 4.934 5.056 5.340
6.238
5.000 4.470 4.550 4.500 5.399 5.230
4.500 5.082
4.000
3.500
3.850
3.000
2.500
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 26 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra no Rio Grande do Sul


7.500 7.204
8.000 7.160
Produtividade (em kg/ha)

7.000
6.560
6.000 5.210
5.000 4.300 5.255
3.826 4.860 5.544
4.000
2.700 3.167
3.000
2.000 3.060 3.002
1.000
0 1.269
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 23
Gráfico 27 - Comportamento da produtividade de milho primeira safra no Brasil
5.556
6.000 5.097 5.056
4.898
Produtividade (em kg/ha)

5.000 4.148 4.412 4.576


3.855
4.000 3.334 4.783 4.799
4.481
3.000 3.295 3.630

2.000 3.026

1.000
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

4.5. Soja
Excluindo os resultados da safra 2016/17, a produtivi- Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná,
dade média nacional esteve entre 2,5 e 3 mil kg/ha, percebe-se que todos estão próximos ou acima da
nos últimos dez anos. A estimativa do rendimento média nacional, resultado da estabilidade de produ-
para a safra 2017/18 está de acordo com o pacote tec- ção da cultura no país.
nológico utilizado e com o rendimento médio comen-
tado. Observando a estimativa de produtividade de

Gráfico 28 - Comportamento da produtividade de soja em Tocantins


3.500 2.940 3.032 3.065 2.914 2.932 2.877
Produtividade (em kg/ha)

2.747 2.750
3.000 2.490 2.590
2.500
2.796 2.751
2.000
2.263 2.415
1.500 1.937
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 29 - Comportamento da produtividade de soja na Bahia


4.000
3.360
Produtividade (em kg/ha)

3.242
3.500 3.036 3.060 2.940 2.943
3.000 2.700 2.760 2.700
2.860
2.500 2.520
2.000 2.552
2.282
1.500 2.100 2.103
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

24 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 30 - Comportamento da produtividade de soja em Mato Grosso
3.190 3.130 3.273 3.155
3.500
2.864 2.938 2.997 3.145 3.082 3.069 3.136
Produtividade (em kg/ha)

3.000
2.500 3.015 3.010
2.695 2.848
2.000
1.500
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 31- Comportamento da produtividade de soja em Minas Gerais


4.000 3.480
Produtividade (em kg/ha)

3.220
3.500 2.961 2.987 3.010
2.700 2.760 2.916
3.000
3.256
2.500
2.818 2.845 2.687 2.658
2.000 2.495 2.340
1.500
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 32 - Comportamento da produtividade de soja no Paraná


3.731
4.000
Produtividade (em kg/ha)

3.360 3.348 3.294


3.500 2.995 2.991 3.139
3.000 2.550
3.284
2.500 2.950 3.090
2.000 2.340 2.422 2.337 2.453
1.500
1.000
500
0
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18
Fonte: Conab.

Gráfico 33 - Comportamento da produtividade de soja no Brasil


3.600 3.364
Produtividade (em kg/ha)

3.400 3.115
3.200 2.927 2.938 2.999
3.000 2.823 2.816
2.800 3.123
2.600 2.329 2.854 2.870
2.400 2.419 2.629 2.651
2.200
2.000 2.245
1.800
1.600
03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 25
Tabela 2 – Estimativa de produtividade – Grãos
(Em kg/ha)
SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE VERÃO 16/17 17/18 Percentual Absoluta
(a) Nov/2017 (b) Dez/2017 (c) (c/a) (c-a)
ALGODÃO - CAROÇO (1) 2.445 2.431 2.430 (0,6) (14,8)
ALGODÃO EM PLUMA 1.629 1.622 1.622 (0,5) (7,5)
AMENDOIM TOTAL 3.606 3.493 3.493 (3,1) (112,8)
AMENDOIM 1ª SAFRA 3.709 3.594 3.592 (3,2) (117,2)
AMENDOIM 2ª SAFRA 2.494 2.413 2.413 (3,3) (81,5)
ARROZ 6.223 5.989 5.966 (4,1) (257,1)
ARROZ SEQUEIRO 2.347 2.173 2.169 (7,6) (177,6)
ARROZ IRRIGADO 7.619 7.335 7.326 (3,8) (292,9)
FEIJÃO TOTAL 1.069 1.050 1.044 (2,3) (25,0)
CORES 1.505 1.492 1.490 (1,0) (14,8)
PRETO 1.568 1.575 1.578 0,6 9,8
CAUPI 506 470 470 (7,1) (35,9)
FEIJÃO 1ª SAFRA 1.225 1.209 1.193 (2,6) (31,6)
CORES 1.779 1.764 1.779 - 0,3
PRETO 1.829 1.740 1.746 (4,5) (83,0)
CAUPI 416 315 320 (23,2) (96,7)
FEIJÃO 2ª SAFRA 842 847 847 0,6 5,4
CORES 1.338 1.356 1.356 1,4 18,3
PRETO 1.338 1.448 1.448 8,2 109,4
CAUPI 516 512 512 (0,8) (3,9)
FEIJÃO 3ª SAFRA 1.304 1.264 1.264 (3,1) (39,8)
CORES 1.396 1.370 1.370 (1,9) (26,1)
PRETO 554 687 687 23,9 132,3
CAUPI 869 719 719 (17,2) (149,8)
GIRASSOL 1.653 1.564 1.564 (5,4) (88,7)
MAMONA 470 473 477 1,5 7,2
MILHO TOTAL 5.562 5.418 5.405 (2,8) (157,2)
MILHO 1ª SAFRA 5.556 5.107 5.056 (9,0) (499,7)
MILHO 2ª SAFRA 5.564 5.547 5.547 (0,3) (17,3)
SOJA 3.364 3.075 3.123 (7,2) (241,4)
SORGO 2.967 2.859 2.858 (3,7) (108,8)
SUBTOTAL 3.976 3.728 3.748 (5,7) (228,0)
SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE INVERNO 2017 2018 Percentual Absoluta
(a) Nov/2017 (b) Dez/2017 (c) (c/a) (c-a)
AVEIA 1.868 2.316 1.868 - -
CANOLA 840 1.281 840 - -
CENTEIO 1.806 2.222 1.806 - -
CEVADA 2.648 3.129 2.648 - -
TRIGO 2.243 2.546 2.243 - -
TRITICALE 2.361 2.678 2.361 - -
SUBTOTAL 2.181 2.516 2.181 - -
BRASIL (2) 3.904 3.681 3.686 (5,6) -218,0

Legenda: (1) Produtividade de caroço de algodão; (2) Exclui a produtividade de algodão em pluma.
Fonte: Conab.
Nota: Estimativa em dezembro/2017.

26 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
N
5. Estimativa de produção esse terceiro levantamento, para a safra
2017/18, a produção estimada indica um vo-
lume de 226,5 milhões de toneladas. Apesar
desse resultado ser 4,7% menor que na última safra,
a expectativa é que a produção expresse o compor-
tamento normal de safras anteriores. A redução de
produção é, sobretudo, em virtude da última safra ter
sido excepcional.

A soja e o milho permanecem como principais cul-


turas produzidas no país. A produção da soja está
estimada em 109,2 milhões de toneladas, enquanto
o milho deverá ter uma produção de 92,2 milhões
de toneladas, distribuídas entre primeira e segunda
safras. Estima-se que a primeira safra de milho seja
17,8% menor em relação à safra 2016/17 e alcançar 25
milhões de toneladas. A estimativa para a segunda
safra de milho é de 67,2 milhões de toneladas.

Para a atual safra, destaca-se também a estimativa de


aumento da produção de algodão em pluma, estima-
da em 1,7 milhão de toneladas, aumento de 10,5% em
relação à safra passada.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 27
Tabela 3 – Estimativa de produção – Grãos
(Em 1000 t)
SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE VERÃO 17/18 Percentual Absoluta
16/17(a)
Nov/2017 (b) Dez/2017 (c) (c/a) (c-a)
ALGODÃO - CAROÇO (1) 2.298,3 2.531,2 2.533,5 10,2 235,2
ALGODÃO - PLUMA 1.529,5 1.688,9 1.690,1 10,5 160,6
AMENDOIM TOTAL 466,2 458,7 457,9 (1,8) (8,3)
AMENDOIM 1ª SAFRA 438,8 432,2 431,4 (1,7) (7,4)
AMENDOIM 2ª SAFRA 27,4 26,5 26,5 (3,3) (0,9)
ARROZ 12.327,8 11.711,4 11.612,0 (5,8) (715,8)
ARROZ SEQUEIRO 1.230,7 1.134,0 1.113,5 (9,5) (117,2)
ARROZ IRRIGADO 11.097,1 10.577,4 10.498,5 (5,4) (598,6)
FEIJÃO TOTAL 3.399,5 3.268,1 3.280,4 (3,5) (119,1)
FEIJÃO TOTAL CORES 2.178 2.091 2.100 (3,6) (78,6)
FEIJÃO TOTAL PRETO 508 522 521 2,6 13,1
FEIJÃO TOTAL CAUPI 713 655 660 (7,5) (53,3)
FEIJÃO 1ª SAFRA 1.360,6 1.196,2 1.208,4 (11,2) (152,2)
CORES 850,4 754,9 764,1 (10,1) (86,3)
PRETO 319,5 317,5 315,8 (1,2) (3,7)
CAUPI 190,7 123,8 128,5 (32,6) (62,2)
FEIJÃO 2ª SAFRA 1.200,9 1.259,6 1.259,6 4,9 58,7
CORES 575,8 597,4 597,4 3,8 21,6
PRETO 180,2 195,1 195,1 8,3 14,9
CAUPI 445,0 467,2 467,2 5,0 22,2
FEIJÃO 3ª SAFRA 837,7 812,4 812,4 (3,0) (25,3)
CORES 752,1 738,2 738,2 (1,8) (13,9)
PRETO 7,9 9,8 9,8 24,1 1,9
CAUPI 77,6 64,3 64,3 (17,1) (13,3)
GIRASSOL 103,7 98,0 98,0 (5,5) (5,7)
MAMONA 13,1 13,9 15,4 17,6 2,3
MILHO TOTAL 97.842,8 92.342,5 92.222,5 (5,7) (5.620,3)
MILHO 1ª SAFRA 30.462,0 25.171,6 25.051,6 (17,8) (5.410,4)
MILHO 2ª SAFRA 67.380,9 67.170,9 67.170,9 (0,3) (210,0)
SOJA 114.075,3 107.539,0 109.183,4 (4,3) (4.891,9)
SORGO 1.864,8 1.805,8 1.807,1 (3,1) (57,7)
SUBTOTAL 232.391,5 219.768,3 221.210,2 (4,8) (11.181,3)
SAFRAS VARIAÇÃO
CULTURAS DE INVERNO 17/18 Percentual Absoluta
16/17(a)
Nov/201 (b) Dez/2017 (c) (b/a) (b-a)
AVEIA 635,2 681,7 635,2 - -
CANOLA 40,4 41,9 40,4 - -
CENTEIO 6,5 7,4 6,5 - -
CEVADA 289,1 291,3 289,1 - -
TRIGO 4.299,4 4.568,4 4.299,4 - -
TRITICALE 53,6 57,3 53,6 - -
SUBTOTAL 5.324,2 5.648,0 5.324,2 - -
BRASIL (2) 237.715,7 225.416,2 226.534,4 (4,7) (11.181,3)

Legenda: (1) Produção de caroço de algodão; (2) Exclui a produção de algodão em pluma.
Fonte: Conab.
Nota: Estimativa em dezembro/2017.

28 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 4 – Comparativo de área, produtividade e produção – Produtos selecionados (*)
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

NORTE 2.934,9 3.001,8 2,3 3.246 3.160 (2,7) 9.527,5 9.485,2 (0,4)

RR 54,8 54,8 - 4.210 4.093 (2,8) 230,7 224,3 (2,8)

RO 553,0 560,2 1,3 3.371 3.431 1,8 1.864,0 1.922,3 3,1

AC 46,8 46,8 - 1.976 2.002 1,3 92,5 93,7 1,3

AM 19,2 19,2 - 2.214 2.214 - 42,5 42,5 -

AP 23,5 23,5 - 2.498 2.434 (2,6) 58,7 57,2 (2,6)

PA 861,5 899,7 4,4 3.129 2.971 (5,0) 2.696,0 2.673,3 (0,8)

TO 1.376,1 1.397,6 1,6 3.301 3.200 (3,1) 4.543,1 4.471,9 (1,6)

NORDESTE 7.852,4 8.104,8 3,2 2.319 2.158 (7,0) 18.206,1 17.487,5 (3,9)

MA 1.565,3 1.691,2 8,0 3.061 2.916 (4,7) 4.790,7 4.931,9 2,9

PI 1.476,8 1.490,5 0,9 2.469 2.117 (14,3) 3.645,5 3.154,7 (13,5)

CE 932,0 932,0 - 591 501 (15,2) 550,4 467,2 (15,1)

RN 67,6 67,6 - 426 454 6,6 28,8 30,7 6,6

PB 179,5 179,5 - 393 378 (3,7) 70,5 67,9 (3,7)

PE 344,3 344,3 - 329 382 16,2 113,4 131,6 16,0

AL 80,1 80,1 - 790 754 (4,5) 63,3 60,4 (4,6)

SE 193,0 193,0 - 4.468 3.325 (25,6) 862,4 641,7 (25,6)

BA 3.013,8 3.126,6 3,7 2.681 2.559 (4,5) 8.081,1 8.001,4 (1,0)

CENTRO-OESTE 24.963,6 25.311,0 1,4 4.144 3.997 (3,5) 103.449,8 101.169,2 (2,2)

MT 15.119,1 15.342,1 1,5 4.100 3.962 (3,4) 61.986,5 60.784,4 (1,9)

MS 4.441,3 4.501,4 1,4 4.229 4.028 (4,8) 18.784,2 18.130,3 (3,5)

GO 5.241,5 5.305,1 1,2 4.173 4.034 (3,3) 21.873,1 21.399,3 (2,2)

DF 161,7 162,4 0,4 4.985 5.266 5,6 806,0 855,2 6,1

SUDESTE 5.486,0 5.408,9 (1,4) 4.221 4.070 (3,6) 23.157,8 22.015,6 (4,9)

MG 3.372,7 3.270,0 (3,0) 4.175 4.051 (3,0) 14.080,0 13.247,4 (5,9)

ES 24,0 24,0 - 2.058 1.942 (5,7) 49,4 46,6 (5,7)

RJ 4,8 4,5 (6,3) 1.938 1.933 (0,2) 9,3 8,7 (6,5)

SP 2.084,5 2.110,4 1,2 4.327 4.129 (4,6) 9.019,1 8.712,9 (3,4)

SUL 19.653,8 19.631,6 (0,1) 4.242 3.891 (8,3) 83.374,5 76.376,9 (8,4)

PR 9.734,1 9.771,9 0,4 4.201 3.847 (8,4) 40.894,2 37.592,8 (8,1)

SC 1.312,8 1.277,1 (2,7) 5.304 4.654 (12,3) 6.963,7 5.943,9 (14,6)

RS 8.606,9 8.582,6 (0,3) 4.127 3.826 (7,3) 35.516,6 32.840,2 (7,5)

NORTE/NORDESTE 10.787,3 11.106,6 3,0 2.571 2.429 (5,5) 27.733,6 26.972,7 (2,7)

CENTRO-SUL 50.103,4 50.351,5 0,5 4.191 3.963 (5,4) 209.982,1 199.561,7 (5,0)

BRASIL 60.890,7 61.458,1 0,9 3.904 3.686 (5,6) 237.715,7 226.534,4 (4,7)
Legenda: (*) Produtos selecionados: Caroço de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), girassol, mamona, milho (1ª e 2ª safras), soja, sorgo, trigo e triticale.
Fonte: Conab.
Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 29
O
6. Crédito rural crédito rural é importante para compreender
o comportamento e a intenção dos produto-
res rurais no financiamento da safra agrícola.
O crédito utilizado pelo produtor tem como origem o
sistema financeiro e outros agentes econômicos.

As informações a seguir têm origem no Sistema de


Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), que
disponibiliza informações acerca de variados pro-
dutos, dentre eles os presentes nesse levantamento,
como valores, quantidades, programas de custeio por
região e Unidade da Federação. Nesse sentido, em 10
de novembro de 2017, foram extraídas as informações
atualizadas até outubro de 2017 no endereço eletrôni-
co do Banco Central do Brasil na internet.

As informações utilizadas para esse documento são


dos recursos oriundos do crédito ofertado do Progra-
ma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fami-
liar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Mé-
dio Produtor Rural (Pronamp) e na modalidade Sem
Vínculo a Programa Específico.

No acumulado, janeiro a outubro, o valor observado é


de R$ 49,19 bilhões, 10,41% superior ao montante uti-
lizado no mesmo período no exercício de 2016 (44,55
bilhões de reais). As análises que serão observadas
nesse espaço se referem ao algodão, o feijão, o milho
e a soja.

30 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
6.1. A cultura do algodão
O financiamento de custeio para a cultura do algo- O Gráfico 1 apresenta os valores acumulados de janei-
dão ocorre, prioritariamente, via aporte Sem Vínculo a ro a outubro para o algodão, apresentando retomada
Programa Específico, o que ratifica a sua característica de aporte entre 2016 e 2017, com variação observada
ser de uso intensivo de alta tecnologia e presença de de 3,70%.
grandes produtores.

Gráfico 34 - Total de Aporte – Algodão – Janeiro a outubro


2.000,00
1.773,57
1.800,00

1.600,00
1.424,40 1.284,92
1.367,85 1.332,45
1.400,00
Em milhões

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

Além disso, a cultura da fibra está fortemente concen- as distribuições do aporte do algodão nas regiões bra-
trada na Bahia e Mato Grosso, corroborando as infor- sileiras. Em 2017, o Centro-Oeste apresenta 37,44% de
mações apresentadas no Gráfico 2, a qual apresenta crescimento em relação ao ano de 2016.

Gráfico 35 - Distribuição do Aporte – Algodão – Janeiro a outubro


100% 0,47% 0,45% 1,53% 0,36%
0,05%
2,36% 2,05% 5,95% 6,67%
90% 2,98%
0,16% 0,00% 0,00% 0,00%
80%

70%

60% 49,59%
48,55% 52,76% 42,81%
55,08%
50%

40%

30% 48,42% 47,42%

20%

10%
50,16%
0% 42,42% 39,76%
2013 2014 2015 2016 2017

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Fonte: Bacen.

6.2. A cultura do milho


O Gráfico 3 apresenta a distribuição do crédito pelas Centro–Oeste, Sul e Sudeste. O plantio do milho pri-
regiões brasileiras entre 2013 e 2017 (janeiro a outu- meira safra é concentrado nessas regiões tradicional-
bro), apresentando forte participação das Regiões mente.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 31
Gráfico 36 - Distribuição do aporte – Milho - Regiões – Janeiro a outubro – 2013 a 2017
100%
90%
36,14%
80% 45,22% 44,81%
49,63% 47,83%
70%
60% 12,50%
50% 13,62% 2,11%
18,12% 19,13% 15,52%
40% 1,50% 10,76%
1,08%
0,98% 1,00% 10,80%
30%
8,53% 11,53%
11,14%
20% 38,49%
22,74% 26,65% 29,27%
10% 20,90%
0%
2013 2014 2015 2016 2017

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul


Fonte: Bacen.

No ano de 2017 – janeiro a outubro - os recursos uti- Para outubro de 2017 foi observado o maior valor para
lizados no custeio de milho atingiram o montante de o mês na análise em questão. Conforme apresentado
6,5 bilhões de reais. O comportamento do crédito em no Gráfico 4, o valor observado foi de 1,3 bilhão, 15%
2017 é de pequena redução, de 0,6% em relação ao maior do que o observado em outubro de 2016.
mesmo período de 2016.

Gráfico 37 - Total de investimentos – Milho – Janeiro a outubro – 2013 a 2017


2.000,000
1.800,000
1.600,000
1.400,000
Em milhões

1.200,000
1.000,000
800,000
600,000
400,000
200,000
0,000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

6.3. A cultura do feijão


A cultura do feijão possui três distintas safras e ocor- leiras. A distribuição do aporte para a cultura do feijão
re em todas as regiões brasileiras. Isso posto, em dis- é prioritariamente realizada Sem Vínculo a Programa
tintos momentos do calendário, é possível encontrar Específico, conforme verificado no Gráfico 5.
plantio e colheita de feijão em diversas regiões brasi-

32 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 38 - Distribuição do aporte – Janeiro a outubro– 2013 a 2017.
100%

80%
70,44% 64,75% 62,81% 62,22% 64,38%
60%

40%
14,76% 15,41% 16,74% 14,61%
20% 11,50%
18,05% 20,49% 21,78% 21,04% 21,01%
0%
2013 2014 2015 2016 2017

Percentual Pronaf Percentual Pronamp Percentual Sem Vinc. Espec.

Fonte: Bacen.

Deve-se registrar que o plantio de feijão é realizado salmente, para a Região Sul, de 2013 até 2017. Verifi-
por pequenos produtores e agricultores familiares ca-se crescimento nas quantidades alocadas, nessa
que, na maioria das vezes, não se utiliza de crédito cultura, no ano de 2017. Além disso, ratifica-se esse
para a produção. comportamento com o valor acumulado de janeiro a
outubro no valor de 256 milhões de reais, 29% maior
No Gráfico 6, observam-se os valores aportados, men- que o mesmo valor observado em 2016.

Gráfico 39 - Total do aporte – Feijão – Região Sul– Janeiro a outubro – 2013 a 2017
70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

6.4. A cultura da soja


A cultura da soja possui características no escopo O aumento da demanda desse grão e seus produtos
de toda a produção de grãos brasileira. É destaque é observado no crescimento da sua produção e, con-
na produção nacional de grãos, é um dos principais seqüentemente, incrementos nos valores aportados
produtos na balança comercial brasileira, além de ser para essa cultura. O gráfico 7 nos indica o aumento
responsável por crescentes ganhos no contexto do no uso do crédito em 2017 para a cultura da soja. De-
agronegócio nacional. ve-se ressaltar que o valor é o maior na série em aná-
lise. O incremento é de, aproximadamente, 13,46% em
relação ao ano passado.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 33
Gráfico 40 - Total do aporte – Soja – Janeiro a setembro – 2013 a 2017
30.000,00
24.873,02
25.000,00 21.922,73
19.743,18
Em milhões

20.000,00 18.971,31

14.385,27
15.000,00

10.000,00

5.000,00

0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

O aporte para custeio da soja é prioritariamente efe- utilização de tecnologias e constantes aprimoramen-
tuado Sem Vínculo a Programa Específico, evidencian- tos no plantio. O Gráfico 8 apresenta a constante par-
do a maior participação de grandes produtores com ticipação no tipo de produtor supracitado.

Gráfico 41 - Distribuição do aporte – Soja –Janeiro a outubro – 2013 a 2017


100%

80%
70,26% 70,48% 67,11% 68,42% 69,72%
60%

40%

20% 18,45% 18,87% 20,39% 19,92% 18,54%


11,29% 10,65% 12,50% 11,66% 11,74%
0%
2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Bacen.
Pronaf Pronamp Sem vínculo específico

É importante destacar o fato do crescimento de 13,46% perspectiva Sem Vínculo a Programa Específico, ob-
no total de aporte supracitado estar diluído em todos servam-se crescimentos de, aproximadamente 14%;
os tipos de financiamento. Conforme verificado nos 5% e 16%, respectivamente.
Gráficos 9, 10 e 11; tanto no Pronaf, no Pronamp e na

Gráfico 42 - Total de aporte – Soja – Pronaf - Janeiro a outubro – 2013 a 2017


3.500,00
2.920,11
3.000,00 2.467,44 2.555,70
Em milhões

2.500,00 2.020,55
2.000,00 1.624,49
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

34 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 43 - Total de aporte – Soja – Pronamp - Janeiro a outubro – 2013 a 2017
6.000,00

5.000,00
4.612,34
4.367,97
4.025,44
4.000,00
3.579,79
Em milhões

3.000,00 2.654,31

2.000,00

1.000,00

0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

Gráfico 44 - Total de aporte – Soja – Sem Vínculo a Programa Específico - Janeiro a outubro – 2013 a 2017
20.000,00
18.000,00 17.340,56

16.000,00 14.999,06
14.000,00 13.370,97 13.250,30
12.000,00
10.106,46
Em milhões

10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

Além disso, outro enfoque na análise dos valores No Gráfico 12, observa-se que, de fato, essas regiões
aportados para a soja consiste nas visões das distin- são aquelas com os maiores percentuais de valores
tas regiões produtoras. As Regiões do Centro-Oeste e aportados no custeio.
do Sul são as principais produtoras de soja no Brasil.

Gráfico 45 - Distribuição do aporte – Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017


100%
90%
80% 37,37% 41,24% 37,87% 38,53%
70%
69,91%
60% 7,97% 7,31% 7,87%
3,67% 8,13% 4,17%
50% 4,02% 4,81%
10,13% 10,60% 9,49%
40% 10,19%
30% 3,86%
1,43%
20% 4,79% 40,85% 36,42% 40,06% 39,30%
10% 20,01%
0%
2013 2014 2015 2016 2017

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul


Fonte: Bacen.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 35
A Região Centro-Oeste é responsável por grande par- no Gráfico 13 os valores totais aportados (acumulado
te da produção brasileira de soja. Isso posto, é interes- de Janeiro a outubro), de 2013 a 2017, com expressivo
sante apresentar informações detalhadas das Unida- aumento de 60% quando comparados os valores de
des da Federação dessa região. Para isso, verifica-se 2017 e 2016.

Gráfico 46 - Distribuição do aporte – Centro-Oeste - Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017


12.000,00
9.776,05
10.000,00
8.766,03
7.750,01
8.000,00 7.191,38
Em milhões

5.755,79
6.000,00

4.000,00

2.000,00

0,00
2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Bacen.

Além disso, em todas as Unidades da Federação dessa apresentados nos Gráficos 14, 15, 16 e 17..
região brasileira são observados aumentos, conforme

Gráfico 47 - Total de aporte – Distrito Federal - Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017
40,00
34,83 34,20
35,00
30,00 25,76 26,92
25,02
25,00
20,00
Em milhões

15,00
10,00
5,00
0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

Gráfico 48 - Total de aporte – Mato Grosso- Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017
5.000,00
4.500,00 4.290,22
3.931,43
4.000,00 3.611,99
3.500,00 3.134,14
3.000,00 2.609,34
2.500,00
Em milhões

2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

36 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 49 - Total de aporte – Mato Grosso do Sul- Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017
2.500,00

2.021,45
2.000,00 1.806,32

1.457,18 1.472,58
1.500,00
1.140,97
Em milhões

1.000,00

500,00

0,00
2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Bacen.

Gráfico 50 - Total de aporte – Goiás - Soja - Janeiro a outubro – 2013 a 2017


9.000,00
8.000,00 7.720,71

7.000,00
6.000,00
5.000,00
Em milhões

4.000,00
3.001,22
3.000,00 2.646,00 2.713,93
1.980,45
2.000,00
1.000,00
0,00
2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Bacen.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 37
7. Análise climática1 - Inmet 7.1. Análise climática de novembro

A
pós um início de período chuvoso, com volumes
abaixo da média na maioria das regiões pro-
dutoras do Centro-Norte do Brasil, novembro
termina com volumes de chuva bem mais expressi-
vos (Figura 1), atingindo ou ultrapassando a média em
grande parte das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e no
Matopiba. Nessa última, os maiores volumes ocorre-
ram principalmente em Tocantins. Em Porto Nacional,
por exemplo, o volume total, com quase 200 mm, foi
muito próximo à média histórica de novembro, que é
de 207 mm (Figura 2). Contudo, algumas localidades,
como em Barreira, no oeste baiano, os volumes foram
menores e ficaram abaixo da média. No Centro-Oeste,
destaca-se Goiás, com volumes entre 200 e 400 mm.
Na localidade de Jataí, o total de 395 mm foi bem aci-
ma da média de 178 mm. No Sudeste, os volumes en-
tre 120 e 250 mm foram, predominantemente, dentro
da faixa normal do período.

Na Região Sul, a maior parte do território contabilizou vo-


lumes entre 120 e 250 mm, atingindo ou ultrapassando a
faixa normal do período., como na cidade de Londrina, no
Paraná, onde o acumulado foi de aproximadamente 250
mm, significativamente acima dos 134 mm da média do
mês nessa localidade. Apenas no sul do Rio Grande do Sul,
as chuvas foram mais irregulares, resultando em totais
bem mais modestos, entre 30 e 90 mm, ficando abaixo
da média do período em alguns municípios.
1 Mozar de Araújo Salvador – Meterologista do Inmet-Brasília

38 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 1 - Acumulado da precipitação pluviométrica em novembro de 2017 no Brasil

Fonte: Inmet.

Figura 2 - Normal climatológica de precipitação do mês de novembro.

Fonte: Inmet.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 39
7.2. Condições oceânicas recentes e tendência
O mapa de anomalias da temperatura na superfície Para se considerar a atuação de um La Niña, o índice
do mar (TSM) da segunda quinzena de novembro (Fi- tem que persistir com valor negativo de pelo menos
gura 3) mostra um predomínio de áreas com anoma- meio grau por alguns meses seguidos. A faixa de neu-
lias negativas em torno de -1,5 °C no Oceano Pacífi- tralidade está entre +0,5 e -0,5 °C.
co Equatorial, principalmente na sua porção mais a
oeste. Nos últimos dois meses, essa região oceânica As anomalias positivas de TSM no Atlântico Sul próxi-
tem apresentado alguma oscilação, porém mantendo mo à costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai perde-
sempre valores negativos de desvio em torno de 1 °C, ram intensidade e ficaram dentro da normalidade na
como observado no gráfico de índice diário da região segunda quinzena de novembro, reduzindo o fluxo de
3.4 do El Niño (entre 170°W-120°W) até o dia 4 de de- umidade do oceano em direção ao continente e, con-
zembro (Figura 4). Tal persistência é característica de sequentemente, contribuindo para uma redução no
formação de La Niña, o que reforça a possibilidade de volume total de chuvas em relação ao mês anterior
um novo episódio do fenômeno ter se iniciado em no- no estado gaúcho.
vembro de 2017.

Figura 3 - Mapa de anomalias da TSM no período 16 a 30 de novembro/2017

Fonte: Inmet.

Gráfico 51 - Gráfico de monitoramento do índice diário de El Niño/La Niña 3.4.

dec 04

set 11 set 25 out 03 out 23 nov 05 nov 20 dec 04

40 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
A média dos modelos de previsão de El Niño/La Niña de curta duração. Devido às oscilações das tempera-
do IRI (Research Institute for Climate and Society) turas na superfície do Pacífico Equatorial, esses prog-
apresenta maior probabilidade de ocorrência de um nósticos devem ser vistos com cautela, seguidos de
La Niña, até início de 2018 (Figura 5). Com base nas sa- acompanhamento constante das condições térmicas
ídas dos modelos e nas condições térmicas observa- em outras áreas oceânicas, como no Atlântico, e das
das no Oceano Pacífico, há significativa chance de que atualizações dos modelos de previsão de TSM.A
essa La Niña seja de intensidade moderada ou fraca e

Gráfico 52 - Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña

NDJ DJF JFM FMA MAM AMJ MMJ JJA JAS


7 8
Fonte: IRI.

7.3. Prognóstico climático para o Brasil – período dezembro/2017-janei-


ro-fevereiro/2018
Os modelos de previsão climática indicam para a Re- desvios negativos não muito acentuados. Ressalta-se,
gião Sul maior probabilidade de que as chuvas ficarão ainda, que para este período a habilidade do modelo
dentro da faixa normal ou abaixo na maioria das lo- do Inmet é baixa nessas duas regiões.
calidades (Figura 6), principalmente no Rio Grande do
Sul e Santa Catarina. Para o Paraná, as probabilidades Na Região Nordeste e no Matopiba, o prognóstico cli-
indicam chuvas dentro da faixa normal ou acima. O mático indica que pode haver considerável variação
início do trimestre deve apresentar baixa pluviome- na distribuição espacial da precipitação, com predo-
tria em toda a região, principalmente em de Santa mínio de áreas com chuvas acima da média. Há maior
Catarina e Rio Grande do Sul. probabilidade de chuvas acima da faixa normal do
trimestre em quase todoa a Bahia e na maioria das
Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do localidades do Matopiba. No norte do Piauí e do Ma-
Inmet apresenta grande variabilidade espacial nas ranhão, a probabilidade maior é de que os volumes
probabilidades. Há áreas com maior probabilidade acumulados fiquem dentro da faixa normal ou abaixo
de precipitação acima ou dentro da faixa normal nos (Figura 5). Em dezembro as chuvas devem ser espe-
estados do Mato Grosso, Espirito Santo, São Paulo e cialmente intensas na Bahia e em Tocantins.
no Distrito Federal. Também há possibilidade de chu-
vas abaixo ou dentro da faixa normal em parte de Mi- Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento
nas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, porém com climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu
principal do sítio do Inmet (www.inmet.gov.br).

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 41
Figura 4 - Previsão probabilística de precipitação do modelo estatístico do Inmet para o trimestre No-
vembro e dezembro de 2017 e janeiro de 2018

Fonte: Inmet.

42 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8. Análise das culturas 8.1 Culturas de verão
8.1.1. Algodão

A
terceira intenção de plantio da lavoura de algo-
dão aponta para crescimento na área de 11% em
relação ao exercício anterior, com a área saindo
de 939,1 mil hectares no ano passado, para 1.042,4 mil
na safra atual. A comercialização da safra 2016/17, alia-
da às boas perspectivas atuais de mercado, vêm geran-
do um ambiente de otimismo no setor produtivo.

A Região Centro-Oeste, principal produtora da fibra,


está estimada apresentar crescimento na área plan-
tada, de 3,2%, quando comparada com o exercício an-
terior. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, após
a boa safra 2016/17, a tendência é de incremento de
área na atual temporada. Apesar do pequeno atraso
na semeadura da soja, o plantio do algodão não deve-
rá sofrer alteração em seu cronograma uma vez que as
áreas destinadas à fibra são semeadas sobre áreas de
soja de ciclo mais curto, cuja colheita ocorre em janei-
ro, coincidindo com o período ideal para o plantio do
algodoeiro, com janela ideal de plantio entre início de
janeiro e 15 de fevereiro.

Em Mato Grosso do Sul houve forte incremento da área


devido às boas perspectivas de mercado. Os problemas
climáticos ocorridos nos Estados Unidos contribuíram
para isso. Estima-se, até o momento uma área de 30 mil
hectares, um valor 5% maior em relação ao da safra an-
terior. A cultura já foi plantada nos municípios de Aral
Moreira e Sidrolândia, uma vez que nesses municípios

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 43
já terminou o período do vazio sanitário. Em ambos com a fibra. De acordo com a cooperativa Holambra,
municípios, a cultura está nas fases de desenvolvimen- o interesse pela cultura nessa safra está diretamente
to vegetativo e início da floração. A cultura é plantada ligado aos preços praticados na comercialização passa-
prioritariamente com recursos próprios e alto aporte da e que teve continuidade nessa, informando que para
tecnológico. Estima-se que 60% da área plantada ocor- esse exercício já negociou toda a produção estimada,
re no sistema de agricultura de precisão. fato que estimulou os produtores na retomada pela
cultura. O plantio já foi totalmente realizado e a colhei-
Em Chapadão do Sul e Costa Rica, maiores produtores ta deverá ser antecipada, estando prevista para começo
da cultura no estado, o vazio sanitário compreende 15 de abril de 2018. Outro fato novo para o algodão produ-
de setembro e 30 de novembro. A partir de dezembro zido no estado é o uso do equipamento utilizado para
inicia-se o plantio do algodão denominado de primei- a colheita (rolo), que até então não era usual na região
ra safra, maior área plantada no estado, e a partir da e para essa safra os produtores se organizaram arren-
segunda quinzena de janeiro, o algodão segunda safra. dando os equipamentos para otimizarem o sistema de
colheita. Segundo os produtores locais, o equipamento
Em Goiás, estima-se que as condições climáticas per- será deslocado da Região Centro-Oeste.
maneçam favoráveis até dezembro, o que sugere a pos-
sibilidade de manutenção da área plantada de algodão Na Região Nordeste, segunda maior produtora do país,
verão. Nas últimas safras a cultura teve sua área plan- a tendência é de forte aumento na área plantada, atin-
tada ampliada, ação subsequente à colheita da soja no gindo 31,6% em relação ao plantio passado. Com isso, os
uso das suas variedades precoces. A maior parte das produtores irão recuperar as áreas que deixaram de ser
áreas em Goiás é cultivada na segunda safra. No mo- cultivadas com algodão e cedidas para a soja, nas duas
mento o foco dos produtores é o plantio de soja e feijão últimas safras.
nessas áreas, que num segundo momento, receberão a
cultura do algodão. No sul do estado a data dos primei- Na Bahia, a estimativa de área para a safra 2017/18 é
ros plantios da safra verão está previsto ter início no dia de 271,8 mil hectares, com produtividade prevista de
5 de dezembro. Na parte leste, o período de vazio sani- 3.957 Kg/ha de algodão em caroço. No extremo oeste,
tário para a cultura do algodão se encerrou no dia 30 de a área de plantio para o algodão está estimada entre
outubro de 2017, dependendo tão somente da normali- 255,2 e 264,8 mil hectares, que deverá crescer em torno
zação do período chuvoso para início do plantio. Ocor- de 36,5% em relação à área cultivada na safra passada.
rerá uma transferência significativa de área de cultivo Essa estimativa de crescimento se deve aos bons resul-
do município de Luziânia para Cristalina onde existe tados da safra que findou e ao otimismo gerado no am-
somente dois produtores para a cultura do algodão. biente da cotonicultora. Os plantios foram iniciados a
partir de 20 de novembro, com o fim do vazio sanitário,
Na Região Sudeste, o cultivo de algodão deverá apre- cujo programa de combate à praga do bicudo do algo-
sentar forte crescimento percentual, ora estimado em doeiro estabeleceu o vazio sanitário de 20 de setembro
48,9%, quando comparado com o do exercício passado. a 20 de novembro. A produção de algodão ocorre nas
Em Minas Gerais, a cotonicultura continua em acessão, mesorregiões extremo oeste e centro sul baiano.
de forma que se projeta aumento na área plantada de
35,3% em relação à safra anterior. Ainda que prematu- No Maranhão, os cultivos de algodão herbáceo con-
ra, a estimativa de crescimento reflete os bons preços centram-se nos municípios de Alto Parnaíba, Balsas e
alcançados ao longo de 2017, assim como as boas ex- Tasso Fragoso, todos pertencentes ao bioma cerrado. O
pectativas de mercado para a safra atual. Com a porta- município de Balsas vem experimentando o cultivo do
ria do vazio sanitário do IMA, vigorando até meados de algodão segunda safra, com resultados relativamente
novembro, as informações de plantio só se confirma- satisfatórios. A área plantada, nessa safra, deve tota-
rão no início de dezembro, contudo, já se observa, neste lizar 25,5 mil hectares, representando um incremento
levantamento, intenso movimento de máquinas para de 13,3% em relação à safra anterior, com uma estima-
preparo de solo. tiva de produção de 105,1 mil toneladas de algodão em
caroço, confirmando-se os dados obtidos na pesquisa
Em São Paulo, no município de Avaré e adjacências, anterior.
houve uma significativa retomada na área plantada

44 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 5 - Mapa da produção agrícola - Algodão

Fonte: Conab/IBGE.

Quadro 1 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Algodão
Algodão
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
Sul Maranhense - 1ª Safra C P/G DV DV/F F/FR FR FR/M M M/C C
MA
Sul Maranhense - 2ª Safra C C P G/DV DV F F/FR FR/M M M/C
PI Sudoeste Piauiense C P/G G/DV DV/F F/FR FR FR/M M M/C C
Extremo Oeste Baiano C P P/G G/DV DV/F F/FR FR FR/M M M/C C
BA
Centro Sul Baiano C P P/G G/DV DV/F F/FR FR FR/M M M/C C
Noroeste de Minas PP P/G/DV DV F F/FR FR FR/M M/C C C
MG
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba PP P/G/DV DV F F/FR FR FR/M M/C C C
Centro Norte de Mato Grosso do Sul - 1ª
P/G/DV DV/F F F/FR FR FR/M M/C C C
Safra
Centro Norte de Mato Grosso do Sul - 2ª
MS C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Safra
Leste de Mato Grosso do Sul - 1ª Safra P/G/DV DV F F/FR FR FR/M M/C C C
Leste de Mato Grosso do Sul - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Norte Mato-grossense - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Norte Mato-grossense - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Nordeste Mato-grossense - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Nordeste Mato-grossense - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Sudoeste Mato-grossense - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
MT
Sudoeste Mato-grossense - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Centro-Sul Mato-grossense - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Centro-Sul Mato-grossense - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Sudeste Mato-grossense - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Sudeste Mato-grossense - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Leste Goiano - 1ª Safra PP P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Leste Goiano - 2ª Safra C P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
GO
Sul Goiano - 1ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C C
Sul Goiano - 2ª Safra P/G/DV DV DV/F F/FR FR FR/M M/C C
Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** - Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 45
Tabela 5 – Comparativo de área, produtividade e produção - Algodão em caroço
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
REGIÃO/UF

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

NORTE 7,3 7,0 (4,1) 3.540 3.499 (1,2) 25,8 24,5 (5,0)
RR 2,5 2,5 - 4.200 4.000 (4,8) 10,5 10,0 (4,8)
TO 4,8 4,5 (6,3) 3.196 3.220 0,8 15,3 14,5 (5,2)
NORDESTE 230,8 303,8 31,6 4.226 3.961 (6,3) 975,3 1.203,4 23,4
MA 22,5 25,5 13,3 3.915 4.122 5,3 88,1 105,1 19,3
PI 5,6 5,4 (4,1) 3.514 3.851 9,6 19,7 20,8 5,6
CE 0,4 0,4 - 1.083 625 (42,3) 0,4 0,3 (25,0)
RN 0,3 0,3 - 4.461 4.652 4,3 1,3 1,4 7,7
PB 0,4 0,4 - 819 669 (18,3) 0,3 0,3 -
BA 201,6 271,8 34,8 4.293 3.957 (7,8) 865,5 1.075,5 24,3
CENTRO-OESTE 682,6 704,2 3,2 4.042 4.113 1,8 2.758,9 2.896,7 5,0
MT 627,8 648,5 3,3 4.027 4.100 1,8 2.528,2 2.658,9 5,2
MS 28,6 30,0 5,0 4.350 4.425 1,7 124,4 132,8 6,8
GO 26,2 25,7 (1,9) 4.056 4.087 0,8 106,3 105,0 (1,2)
SUDESTE 18,4 27,4 48,9 3.684 3.615 (1,9) 67,8 99,0 46,0
MG 15,6 21,1 35,3 3.739 3.675 (1,7) 58,3 77,5 32,9
SP 2,8 6,3 125,0 3.377 3.413 1,1 9,5 21,5 126,3
NORTE/NORDESTE 238,1 310,8 30,5 4.205 3.951 (6,0) 1.001,1 1.227,9 22,7
CENTRO-SUL 701,0 731,6 4,4 4.032 4.095 1,5 2.826,7 2.995,7 6,0
BRASIL 939,1 1.042,4 11,0 4.076 4.052 (0,6) 3.827,8 4.223,6 10,3

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 6 – Comparativo de área, produtividade e produção - Algodão em pluma


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
REGIÃO/UF

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

NORTE 7,3 7,0 (4,1) 1.387 1.371 (1,2) 10,1 9,6 (5,0)

RR 2,5 2,5 - 1.596 1.520 (4,8) 4,0 3,8 (5,0)

TO 4,8 4,5 (6,3) 1.278 1.288 0,8 6,1 5,8 (4,9)

NORDESTE 230,8 303,8 31,6 1.693 1.586 (6,3) 390,7 481,8 23,3

MA 22,5 25,5 13,3 1.566 1.649 5,3 35,2 42,0 19,3

PI 5,6 5,4 (4,1) 1.511 1.656 9,6 8,5 8,9 4,7

CE 0,4 0,4 - 379 219 (42,3) 0,2 0,1 (50,0)

RN 0,3 0,3 - 1.695 1.768 4,3 0,5 0,5 -

PB 0,4 0,4 - 295 241 (18,4) 0,1 0,1 -

BA 201,6 271,8 34,8 1.717 1.583 (7,8) 346,2 430,2 24,3

CENTRO-OESTE 682,6 704,2 3,2 1.615 1.646 1,9 1.102,3 1.159,3 5,2

MT 627,8 648,5 3,3 1.611 1.640 1,8 1.011,3 1.063,5 5,2

MS 28,6 30,0 5,0 1.784 1.814 1,7 49,1 54,4 10,8

GO 26,2 25,7 (1,9) 1.598 1.610 0,8 41,9 41,4 (1,2)

SUDESTE 18,4 27,4 48,9 1.435 1.438 0,2 26,4 39,4 49,2

MG 15,6 21,1 35,3 1.496 1.470 (1,7) 22,7 31,0 36,6

SP 2,8 6,3 125,0 1.317 1.331 1,1 3,7 8,4 127,0

NORTE/NORDESTE 238,1 310,8 30,5 1.683 1.581 (6,0) 400,8 491,4 22,6

CENTRO-SUL 701,0 731,6 4,4 1.610 1.639 1,8 1.128,7 1.198,7 6,2

BRASIL 939,1 1.042,4 11,0 1.629 1.622 (0,5) 1.529,5 1.690,1 10,5

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

46 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 7 – Comparativo de área, produtividade e produção - Caroço de algodão
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

Tabela 3 – Comparativo de16/17


Safra área,Safra
produtividade
17/18 VAR. % eSafra
produção
16/17 - Caroço
Safra 17/18 de %algodão
VAR. Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
REGIÃO/UF

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

NORTE 7,3 7,0 (4,1) 2.153 2.128 (1,2) 15,7 14,9 (5,1)
RR 2,5 2,5 - 2.604 2.480 (4,8) 6,5 6,2 (4,6)
TO 4,8 4,5 (6,3) 1.918 1.932 0,7 9,2 8,7 (5,4)
NORDESTE 230,8 303,8 31,6 2.533 2.375 (6,3) 584,6 721,6 23,4
MA 22,5 25,5 13,3 2.349 2.473 5,3 52,9 63,1 19,3
PI 5,6 5,4 (4,1) 2.003 2.195 9,6 11,2 11,9 6,3
CE 0,4 0,4 - 704 406 (42,3) 0,2 0,2 -
RN 0,3 0,3 - 2.766 2.884 4,3 0,8 0,9 12,5
PB 0,4 0,4 - 524 428 (18,3) 0,2 0,2 -
BA 201,6 271,8 34,8 2.576 2.374 (7,8) 519,3 645,3 24,3
CENTRO-OESTE 682,6 704,2 3,2 2.424 2.467 1,8 1.656,6 1.737,4 4,9
MT 627,8 648,5 3,3 2.416 2.460 1,8 1.516,9 1.595,4 5,2
MS 28,6 30,0 5,0 2.567 2.611 1,7 75,3 78,4 4,1
GO 26,2 25,7 (1,9) 2.458 2.477 0,8 64,4 63,6 (1,2)
SUDESTE 18,4 27,4 48,9 2.215 2.177 (1,8) 41,4 59,6 44,0
MG 15,6 21,1 35,3 2.243 2.205 (1,7) 35,6 46,5 30,6
SP 2,8 6,3 125,0 2.060 2.082 1,1 5,8 13,1 125,9
NORTE/NORDESTE 238,1 310,8 30,5 2.522 2.369 (6,1) 600,3 736,5 22,7
CENTRO-SUL 701,0 731,6 4,4 2.419 2.456 1,5 1.698,0 1.797,0 5,8
BRASIL 939,1 1.042,4 11,0 2.445 2.430 (0,6) 2.298,3 2.533,5 10,2

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 8 – Comparativo de área, produtividade e produção - Algodão rendimento


PRODUÇÃO - (Em mil t)
RENDIMENTO % - PLUMA
ALGODÃO EM CAROÇO ALGODÃO EM PLUMA

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d/c) (e) (e) (f) (f/e)

NORTE 25,8 24,5 (5,0) 10,1 9,6 (5,0) 39,2 39,2 -


RR 10,5 10,0 (4,8) 4,0 3,8 (5,0) 38,0 38,0 -
TO 15,3 14,5 (5,2) 6,1 5,8 (4,9) 40,0 40,0 -
NORDESTE 975,3 1.203,4 23,4 390,7 481,8 23,3 40,1 40,0 0,2
MA 88,1 105,1 19,3 35,2 42,0 19,3 40,0 40,0 -
PI 19,7 20,8 5,6 8,5 8,9 4,7 43,0 43,0 -
CE 0,4 0,3 (25,0) 0,2 0,1 (50,0) 35,0 35,0 -
RN 1,3 1,4 7,7 0,5 0,5 - 38,0 38,0 -
PB 0,3 0,3 - 0,1 0,1 - 36,0 36,0 -

BA 865,5 1.075,5 24,3 346,2 430,2 24,3 40,0 40,0 -

CENTRO-OESTE 2.758,9 2.896,7 5,0 1.102,3 1.159,3 5,2 40,0 40,0 -


MT 2.528,2 2.658,9 5,2 1.011,3 1.063,5 5,2 40,0 40,0 -
MS 124,4 132,8 6,8 49,1 54,4 10,8 41,0 41,0 -
GO 106,3 105,0 (1,2) 41,9 41,4 (1,2) 39,4 39,4 -
SUDESTE 67,8 99,0 46,0 26,4 39,4 49,2 39,9 39,8 0,3
MG 58,3 77,5 32,9 22,7 31,0 36,6 40,0 40,0 -
SP 9,5 21,5 126,3 3,7 8,4 127,0 39,0 39,0 -
NORTE/NORDESTE 1.001,1 1.227,9 22,7 400,8 491,4 22,6 40,0 40,0 -
CENTRO-SUL 2.826,7 2.995,7 6,0 1.128,7 1.198,7 6,2 40,0 40,0 -
BRASIL 3.827,8 4.223,6 10,3 1.529,5 1.690,1 10,5 40,0 40,0 -

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

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8.1.2. Amendoim

8.1.2.1. Amendoim primeira safra

A intenção de plantio da lavoura de amendoim, nesta devolve a terra arrendada, onde será retomado um novo
temporada, aponta para incremento de área de 1,5%, re- plantio da cana destinada à produção de etanol e açú-
tração na produtividade de 3,2% e na produção, de 1,7% car. Como essa cultura entra como rotação com a cana,
em relação à safra anterior. é importante que as cultivares de amendoim sejam de
ciclo compatível com a duração do período de rotação do
Em São Paulo, o amendoim é plantado entre setembro e canavial. O constante melhoramento genético de varie-
outubro, prioritariamente em áreas de reforma de cana- dades rasteiras que proporcionam maior produtividade
viais, normalmente após o quinto corte daquela matéria das lavouras, tem sido um dos motivos fundamentais
-prima e tem sua colheita entre março e abril, quando al- para o salto na produtividade/produção do amendoim
cança sua plena maturação. Posteriormente, o produtor paulista.

Figura 2 - Amendoim em desenvolvimento vegetativo em Pontal/SP. Nov,2016

Fonte: Conab.

Em Minas Gerais, a área de plantio de amendoim está estabelece em áreas de rotação com canavial e pasta-
estimada em 2,6 mil hectares. O plantio do amendoim gens. O plantio teve início em setembro e finalizou em
ainda não começou, de forma que as informações ainda novembro, exceto na região de Paranavaí, que se esten-
são muito insipientes. Entretanto, estima-se que tanto derá até meados de dezembro. A área atual é de apenas
a área como a produtividade se mantenha estável, vis- 1,7 mil hectares, queda de 16,8% em relação à safra pas-
to que o cultivo acontece em municípios tradicionais. O sada, motivada essencialmente por redução na renova-
plantio se deve concentrar em dezembro. Estimando-se ção dos canaviais. A produtividade estimada foi ajustada
uma produtividade média de 3.652 kg/ha, pode-se alcan- para 3.097 kg/ha, dentro da média das safras considera-
çar uma produção de 9,5 mil toneladas. das normais. As lavouras se encontram em germinação
e desenvolvimento vegetativo, com boas condições fitos-
No Paraná essa cultura é de pouca expressão econômica sanitárias.
e se concentra na região de Paranavaí. Normalmente se

48 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 7 - Mapa da produção agrícola - Amendoim primeira safra

Fonte: Conab/IBGE.

Quadro 2 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Amendoim primeira safra
Amendoim primeira safra
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
Araçatuba PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Araraquara PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Assis PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Bauru PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
SP
Marília PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C

Presidente Prudente PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C

Ribeirão Preto PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C


São José do Rio Preto PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** - Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 49
Tabela 9 - Comparativo de área, produtividade e produção - Amendoim primeira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
SUDESTE 112,9 114,8 1,7 3.721 3.609 (3,0) 420,2 414,3 (1,4)
MG 2,6 2,6 - 3.615 3.652 1,0 9,4 9,5 1,1
SP 110,3 112,2 1,7 3.724 3.608 (3,1) 410,8 404,8 (1,5)
SUL 5,4 5,3 (1,9) 3.447 3.219 (6,6) 18,6 17,1 (8,1)
PR 2,0 1,7 (16,8) 3.406 3.097 (9,1) 6,8 5,3 (22,1)
RS 3,4 3,6 5,6 3.471 3.276 (5,6) 11,8 11,8 -
CENTRO-SUL 118,3 120,1 1,5 3.709 3.592 (3,2) 438,8 431,4 (1,7)
BRASIL 118,3 120,1 1,5 3.709 3.592 (3,2) 438,8 431,4 (1,7)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.2.2. Amendoim segunda safra

Figura 8 - Mapa da produção agrícola - Amendoim segunda safra

Fonte: Conab/IBGE.

50 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Quadro 3 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Amendoim segunda safra
Amendoim segunda safra
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
SE Agreste Sergipano C PP P/G/DV DV/F FR FR/M
Nordeste Baiano C PP P/G/DV DV/F FR FR/M
BA
Metropolitana de Salvador C PP P/G/DV DV/F FR FR/M
São José do Rio Preto P DV F FR M/C C
Ribeirão Preto P DV F FR M/C C
SP Presidente Prudente P DV F FR M/C C
Marília P DV F FR M/C C
Assis P DV F FR M/C C
Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** - Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

Tabela 10 – Comparativo de área, produtividade e produção – Amendoim segunda safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 0,3 0,3 - 4.800 3.785 (21,1) 1,4 1,1 (21,4)

TO 0,3 0,3 4.800 3.785 (21,1) 1,4 1,1 (21,4)

NORDESTE 3,3 3,3 - 1.201 1.096 (8,8) 4,0 3,6 (10,0)


CE 0,3 0,3 - 1.269 881 (30,6) 0,4 0,3 (25,0)

PB 0,4 0,4 - 985 856 (13,1) 0,4 0,3 (25,0)

SE 1,1 1,1 - 1.613 1.430 (11,3) 1,8 1,6 (11,1)


BA 1,5 1,5 - 942 957 1,6 1,4 1,4 -
CENTRO-OESTE 2,5 2,5 - 4.200 4.000 (4,8) 10,5 10,0 (4,8)
MS 2,5 2,5 - 4.200 4.000 (4,8) 10,5 10,0 (4,8)
SUDESTE 4,9 4,9 - 2.354 2.406 2,2 11,5 11,8 2,6
SP 4,9 4,9 - 2.354 2.406 2,2 11,5 11,8 2,6
NORTE/NORDESTE 3,6 3,6 - 1.501 1.320 (12,1) 5,4 4,7 (13,0)
CENTRO- SUL 7,4 7,4 - 2.978 2.945 (1,1) 22,0 21,8 (0,9)
BRASIL 11,0 11,0 - 2.494 2.413 (3,3) 27,4 26,5 (3,3)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 51
8.1.2.3. Amendoim total

Figura 9 - Mapa da produção agrícola – Amendoim total (primeira e segunda safras)

Fonte: Conab/IBGE.

Tabela 11 – Comparativo de área, produtividade e produção – Amendoim total


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 0,3 0,3 - 4.800 3.785 (21,1) 1,4 1,1 (21,4)
TO 0,3 0,3 - 4.800 3.785 (21,1) 1,4 1,1 (21,4)
NORDESTE 3,3 3,3 - 1.201 1.096 (8,8) 4,0 3,6 (10,0)
CE 0,3 0,3 - 1.269 881 (30,6) 0,4 0,3 (25,0)
PB 0,4 0,4 - 985 856 (13,1) 0,4 0,3 (25,0)
SE 1,1 1,1 - 1.613 1.430 (11,3) 1,8 1,6 (11,1)
BA 1,5 1,5 - 942 957 1,6 1,4 1,4 -
CENTRO-OESTE 2,5 2,5 - 4.200 4.000 (4,8) 10,5 10,0 (4,8)
MS 2,5 2,5 - 4.200 4.000 (4,8) 10,5 10,0 (4,8)
SUDESTE 117,8 119,7 1,6 3.665 3.560 (2,9) 431,7 426,1 (1,3)
MG 2,6 2,6 - 3.615 3.652 1,0 9,4 9,5 1,1
SP 115,2 117,1 - 3.666 3.558 (2,9) 422,3 416,6 (1,3)
SUL 5,4 5,3 (1,9) 3.447 3.219 (6,6) 18,6 17,1 (8,1)
PR 2,0 1,7 - 3.406 3.097 (9,1) 6,8 5,3 (22,1)
RS 3,4 3,6 - 3.471 3.276 (5,6) 11,8 11,8 -
NORTE/NORDESTE 3,6 3,6 - 1.501 1.320 (12,1) 5,4 4,7 (13,0)
CENTRO-SUL 125,7 127,5 1,4 3.666 3.554 (3,0) 460,8 453,2 (1,6)
BRASIL 129,3 131,1 1,4 3.606 3.493 (3,1) 466,2 457,9 (1,8)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

52 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.3. Arroz

O terceiro levantamento da cultura de arroz da safra turas de arroz são acompanhadas por essas empresas
2017/18 indica redução de área plantada de 1,8% em que comercializam a maior parte desse produto. Essas
relação à safra passada. Na produtividade, a previ- empresas fornecem a semente selecionada, adubos,
são da média nacional é de 5.966 kg/ha, redução de inseticidas, insumos, óleo, combustível e até adianta-
4,1% em relação à última safra. A mesma tendência mentos em dinheiro, em resumo, existe um fomento
pode ser verificada na estimativa de produção, onde de toda a cadeia produtiva. Uma parte de sua produ-
os números nacionais apontam para redução de 5,9% ção é comercializada para os mercados fora do estado,
em relação à safra passada. As análises dos números como Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Manaus (AM) e
apontam queda na área plantada nos estados onde a parte da Bolívia. O plantio dessa cultura aconteceu
cultura é cultivada com o sistema de sequeiro e manu- com um atraso em razão das chuvas que começaram
tenção e/ou aumento onde é irrigada. Devido a fatores também mais tarde. Há informações que essa cultura
climáticos, a pesquisa aponta queda de produtividade já se encontra plantada em torno de 70% a 80%. As
nos locais onde a cultura é cultivada em sequeiro em fases dessas se encontram em germinação 5%, de-
razão de chuvas abaixo da média, enquanto o cultivo senvolvimento vegetativo 60% e em floração 35%. As
irrigado, sobretudo no sul do país, foi afetado por ex- lavouras se encontram em bom estado de desenvolvi-
cesso de chuvas durante todo o ciclo, resultando em mento. A área para a implantação da cultura na safra
baixa luminosidade e impactando a produtividade. O 2017/18 é de 38,9 mil hectares.
resultado disso é que temos, para essa safra, uma ex-
pectativa de retração na produtividade. No Acre, a cultura do arrozeiro vem decrescendo em
área plantada e produção, apresentando baixa produ-
Na Região Norte, a avaliação é que a área plantada tividade e custo de produção elevado. A baixa produti-
seja em torno de 260,1 mil hectares, retração de 1,1% vidade está associada à falta de cultivares adaptados
em relação à safra passada. O Norte se configura à região e políticas públicas de incentivo à cultura. O
como a segunda maior produtora nacional de arroz. plantio do arroz de sequeiro começa no início do perío-
do chuvoso, de outubro a dezembro, quando o clima é
Em Roraima, o arroz é dividido em arroz de verão e favorável ao desenvolvimento da cultura. Há perspec-
arroz de inverno, ambos em manejo de irrigação. No tiva de redução de área plantada devido à dificuldade
momento, o cultivo de verão está em processo de de acesso ao crédito agrícola e ao custo de produção.
plantio. A previsão é que a área não sofra alterações O sistema de produção é outro fator que influência
em relação à última safra, no entanto, a queda no pre- na produção do estado por ser proveniente da agri-
ço do arroz tem desestimulado alguns produtores. A cultura familiar, essa produção tem a finalidade para
estimativa de produção para o estado é de 87,3 mil to- o consumo familiar e comercialização do excedente.
neladas do grão. Para a cultura do arroz se recomenda a realização do
plantio no período inicial das chuvas, de outubro a
Em Rondônia, o início do seu plantio estava previsto dezembro, desde que o solo apresente umidade sufi-
para acontecer a partir do dia 15 de setembro. Isso, no ciente para a germinação e o desenvolvimento inicial
entanto, não aconteceu porque não choveu. Durante das plantas. Deve-se evitar o plantio antecipado para
os dias de 16 a 31 de setembro choveu de forma isolada diminuir o risco de estabelecer baixa população e
em torno de 24,2 mm em Vilhena e arredores como para que a colheita não ocorra em época chuvosa. Por
nas cidades de Cabixi, Cerejeiras e Corumbiara, o que outro lado, o plantio tardio favorece o aparecimento
fez com que alguns produtores se preparassem para de brusone. A cultura de arroz no Acre é proveniente
iniciar o plantio das lavouras de arroz nesse período. da agricultura familiar. É consorciada com outras cul-
Em outubro e novembro também ocorreram chuvas turas como o milho e a mandioca, após a retirada da
esparsas que animaram alguns produtores a semear cultura é realizado o plantio de feijão-comum cores.
as suas lavouras. Essa lavoura, em épocas anteriores A área plantada de arroz na safra 2017/18 será de 4,3
era efetuada para a abertura de novas áreas. Atual- mil hectares, com estimativa de produção de 6,1 mil
mente, existem algumas áreas com um solo relati- toneladas e produtividade de 1.418 kg/ha. Verifica-se
vamente bem servido de água das chuvas e outras aumento na quantidade produzida e no rendimento
que eram áreas de pastagens e que estão recebendo médio em relação à safra 2016/17.
insumos para a sua recuperação e preparadas para o
plantio de arroz. Como atualmente não mais estão No Amazonas, a estimativa é que a área plantada seja
acontecendo a abertura de novas áreas, a sua tendên- igual à da safra passada, estimada em 3,2 mil hecta-
cia é de redução na sua área. Existem no estado duas res. Espera-se uma produtividade 3% maior, com uma
a três grandes empresas comercializadoras de arroz e produção total estimada em torno de 7,2 mil tonela-
são elas que financiam as lavouras existentes. As cul- das (arroz de sequeiro), quando comparada à safra

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 53
2016/17. um crescimento de 6,5%, quando comparada à safra
passada, mantendo-se com produtividade média de
No Pará, a expectativa do setor é que a área a ser plan- 1.541 kg/ha. Já a área plantada com arroz irrigado, em
tada, nessa safra, supere a safra anterior, motivada relação à safra anterior, deve aumentar, passando a
pela demanda de mercado. Esse aumento de área é ser de 2,9 mil hectares, com produtividade média de
esperado em áreas de arroz de sequeiro, enquanto o 4.321 kg/ha. As lavouras de arroz irrigado foram bem
arroz irrigado, concentrado na Mesorregião do Mara- estabelecidas e se encontram em sua totalidade no
jó, deverá manter a área da safra passada. estádio de maturação.

Em Tocantins, a previsão é que a área do arroz de Em Sergipe, o calendário de plantio foi concluído du-
sequeiro deve ficar em 22,9 mil hectares. A cultura é rante outubro, com uma área plantada de 4,7 mil hec-
semeada tanto por agricultores familiares, para sub- tares no estado, apesar de alguns poucos produtores
sistência e alimentação de pequenos animais, quanto replantarem nas áreas colhidas até então, com o pro-
pelos produtores empresariais em áreas de primeiro pósito de realizar a colheita em meados de março de
cultivo. Para aqueles, a tendência é de manutenção de 2018. Conforme apontado em relatórios anteriores, o
área, com pequena variação e as suas áreas já come- aumento no nível do mar nos perímetros irrigados de
çaram a serem semeadas. Já para os agricultores em- Brejo Grande foi decisivo para a queda na área planta-
presariais, o plantio só se iniciará a partir da segunda da daquele município, o que favoreceu a troca da ati-
quinzena de dezembro e se estenderá até a primeira vidade de rizicultura pela carcinicultura. Em relação à
quinzena de janeiro. Com relação ao plantio irrigado, comercialização, normalmente a produção de arroz é
a estimativa é de manutenção da área em relação à destinada principalmente para Pernambuco, Ceará e
safra passada. A cultura se encontra com um terço do Alagoas, sendo a maior parte da produção se destina
seu plantio já finalizado, com evidenciado atraso de- a Pernambuco, enquanto que apenas 10% da safra é
vido aos baixíssimos níveis dos reservatórios e rios da comercializada em Sergipe. No entanto, poderá haver
região. Nas safras anteriores houve modestos plan- alteração significativa entre os estados compradores
tios até mesmo em setembro registrados na região, da produção de arroz em Sergipe, já que os volumes
porém nessa safra todos produtores tiveram que es- colhidos até a presente data foram abaixo da expec-
perar o retorno das chuvas para realizar o plantio com tativa, uma vez que os produtores deram início à co-
segurança de abastecimento de água para a inunda- lheita em novembro. O preço médio pago ao produtor
ção dos tabuleiros. pelo arroz em casca está na faixa de R$ 0,65 centavos
o quilograma. Com uma produção esperada de 33,5
Na Região Nordeste, a expectativa é de retração da mil toneladas, a expectativa dos rizicultores para a
área plantada com arroz de sequeiro e incremento colheita continua otimista, apesar de relatos pontuais
com o irrigado. de ataques de lesma e brusone, apontados também
no último levantamento de safra. Em algumas áreas
No Maranhão, as lavouras de arroz de terras altas no a produtividade média pode chegar a 8.000 kg/ha,
presente levantamento confirma as expectativas de superando a produtividade média esperada para o
incrementos da área plantada. As lavouras devem presente ano. Também é importante destacar que no
experimentar, a exemplo das safras anteriores, cres- presente ano-safra o governo do estado não subsidia-
cimento de suas áreas cultivadas, passando de 140,2 rá a mecanização para a colheita.
mil hectares para 149,3 mil hectares, o que representa
Na Bahia, o cultivo do arroz ocorre nos territórios Rio
Figura 10 – Colheita de arroz em Propriá - SE

Fonte: Conab

54 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Corrente e Rio Grande, sendo tradição produzir em das lavouras. Caso contrário, pode haver multas e per-
áreas recém-abertas devido principalmente a sua da do direito do plantio da cultura.
tolerância à acidez. Geralmente o cultivo não se re-
pete nos anos seguintes devido aos baixos preços de Em Goiás, a cultura de arroz de sequeiro se resume em
mercado. A primeira intenção de plantio da lavoura áreas de assentamentos rurais ou cooperados atendi-
de arroz aponta para uma redução de área. Na safra dos pelo programa Lavoura Comunitária da Secretaria
anterior foram cultivados 8,1 mil hectares. No entanto, da Agricultura juntamente com a Emater. Não há pro-
para a atual safra, a estimativa é que sejam cultivados cura de crédito de custeio para essa cultura, haja vista
7,8 mil hectares. Essa redução se deve basicamente à as significativas exigências bancárias para a liberação
redução da velocidade de abertura de novas áreas. desse crédito. O arroz de sequeiro está, na maioria,
restrito a plantio de subsistência e lavouras comuni-
No Centro-Oeste, terceira maior região produtora de tárias. Neste ano alguns assentados de reforma agrá-
arroz no país, a previsão é que ocorra redução na área ria poderão realizar o plantio de pequenas áreas com
plantada, quando comparada com a última safra, tan- baixa aplicação de tecnologia, apenas para subsistên-
to nas áreas de arroz de sequeiro quanto nas destina- cia e com comercialização do excedente no mercado
das a arroz irrigado. regional. As demais áreas de sequeiro são de acampa-
mentos em faixas de domínio de rodovias e pequenos
Em Mato Grosso, a estimativa para a safra 2017/18 é produtores, com utilização de pouca tecnologia.
de recuo de 9,3% na área de arroz, saindo de 162,3 mil
hectares na safra 2016/17 para 147,2 mil hectares na Na Região Sudeste, a área plantada deve ter retração
atual. A diminuição pode ser justificada pelo avanço de 2,5%,se comparado à área da última safra.
da soja no espaço antes destinado ao arrozal. A seme-
adura do grão começou em novembro, mas a previsão Em Minas Gerais, a área estimada é de 5,9 mil hecta-
é que a maior parte dos trabalhos de plantio aconteça res, fato explicado em grande parte pelo desestímulo
em dezembro. As boas condições climáticas podem provocado pelo alto custo de produção, que resulta na
resultar em melhores expectativas de produtividade, falta de competitividade com o cereal produzido no
cuja média verificada na pesquisa atual é de 3.131 kg/ sul do país, sendo 78% em sistema de sequeiro e 22%
ha. A partir disso, projeta-se produção de 460,8 mil de arroz irrigado. Nas áreas irrigadas a produtividade
toneladas do cereal na safra 2017/18, volume 13,1% in- é de 5.577 kg/ha. Por outro lado, o cultivo de sequei-
ferior ao registrado na safra passada, quando foram ro apresenta rendimento estimado em 1.686 kg/ha.
produzidas 530 mil toneladas de arroz. Apesar da aptidão do estado para a cultura, o terceiro
levantamento confirma que o plantio do arroz está
Em Mato Grosso do Sul, no levantamento atual, a es- fadado ao desaparecimento no estado. A modalida-
timativa de área plantada é de 14,3 mil hectares e pro- de de várzea e de sequeiro são as que apresentam
dutividade média estimada de 6.100 kg/ha. O cereal maiores reduções, a primeira em virtude das restri-
está na fase de germinação em 40% da área plantada ções ao plantio em Área de Preservação Permanente
e perfilhamento nos 60% da área restante. O plantio (APP). Já o arroz sequeiro, pelo risco de perdas devido
da cultura é escalonado, com isso, a colheita também a estiagens prolongadas. A maior parte das lavouras
ocorrerá em diferentes períodos do ano. Atualmente, de sequeiro são desenvolvidas por pequenos produ-
os produtores promovem o monitoramento de pra- tores em áreas de “fundo de quintal”. Já o cultivo do
gas e doenças, com o intuito de atingirem altas pro- arroz irrigado ocorre geralmente em escala comercial,
dutividades. Devido ao trato das lavouras, as pragas nas modalidades irrigado por inundação e em várzea
e doenças não causaram danos significativos para a úmida com lâmina de água controlada, nessas áreas
cultura até o presente momento. Por questões am- não são raros os relatos de produtividade de até 7 mil
bientais, os produtores promovem a regularização do kg/ha.
licenciamento, cujas normas são respeitadas a fim da
preservação ambiental, bem como a adequação legal

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 55
Figura 11 – Lavoura de arroz irrigado por inundação – Sul de Minas.

Fonte: Conab

Em São Paulo, nesse terceiro levantamento de inten- 3,6 mil hectares. A produtividade estimada é de 2.045
ção de plantio, sinaliza com retração na área de 3,1% kg/ha e, apesar da redução, considera-se que esse ren-
em relação à safra anterior. O produtor tende a migrar dimento está dentro do normal. A área com arroz irri-
para outras culturas de maior rentabilidade, visando gado, estimada em 19,9 mil hectares, já foi semeada.
um maior retorno financeiro. Praticamente todo o ar- A produtividade esperada é de 7.255 kg/ha. A projeção
roz que é consumido em São Paulo vem do Rio Grande anterior era de aumento de área para o arroz, porém
do Sul. Portanto, o estado não possui tradição, não in- na região de Paranavaí, maior produtora da cultura
centiva e não tem interesse pela cultura. Sendo assim, no estado, o excesso de chuvas localizadas no início
as áreas cultivadas com o cereal são abreviadas e pe- do mês e a necessidade de replantio em aproximada-
quenas. São basicamente para comercialização fami- mente 2 mil hectares frustraram os produtores. A cul-
liar, consumida muitas vezes a nível de propriedade. tura está com 98% das lavouras em desenvolvimento
O valor comercial fica segregado. Entretanto, apesar vegetativo e apenas 2% em germinação. As condições
do recuo de área ao longo dos últimos anos no estado das lavouras foram classificadas em 90% boas e 10%
paulista, essa atividade tem um papel importante na regulares.
economia regional, principalmente na região do Vale
do Paraíba, que participa com mais de 60% da produ- Em Santa Catarina, o plantio do arroz para essa safra
ção do estado. Os municípios de Pindamonhangaba e já está praticamente concluído, restando menos de 1%
Guaratinguetá são os mais atuantes no que se refere das lavouras para serem implantadas. Em relação ao
ao cultivo de cereal. Outro fato, que também desesti- estádio de desenvolvimento da cultura, observamos o
mula o produtor, são os preços praticados em torno da início do florescimento em algumas lavouras, entre-
cultura, R$ 45,00 a R$ 48,00 a saca de 60 quilos. tanto, a maioria expressiva ainda se encontra na fase
de perfilhamento. Até o presente momento a safra
Na Região Sul, onde o cultivo de arroz é quase que to- vem se mostrando normal, com o clima favorável ao
talmente irrigado e apenas um percentual pequeno desenvolvimento das plantas. Entretanto, a continui-
no Paraná é cultivado em sequeiro, a área deve sofrer dade da ocorrência de noites frias pode ser prejudi-
pequena redução, quando comparada à safra passa- cial para as lavouras que estão entrando em floração.
da, principalmente no Paraná, sobretudo nas áreas de Além disso, há alguns casos de restrições hídricas no
arroz de sequeiro. sul do estado, mas, até o momento, esta condição não
está afetando o desenvolvimento das lavouras. As
No Paraná, a área total cultivada com arroz é estima- doenças e pragas estão sendo controladas de forma
da em 23,5 mil hectares. O cultivo de arroz de sequei- satisfatória, apensar da ocorrência de situações não
ro está em constante diminuição de área. A retração tão comuns, como ataques de lagartas e casos de ri-
para essa safra é de aproximadamente 32%, atingindo zoctoniose. A produtividade estimada inicialmente

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não deve registrar os mesmos índices obtidos na sa- pequena redução referente a ajustes de informação
fra passada, quando o clima foi muito favorável du- e perda de algumas áreas para o setor imobiliário de-
rante praticamente todo o ciclo da cultura, resultando vido ao crescimento das cidades, devendo atingir em
em altas produtividades. Atualmente, estima-se algo torno de 146,7 mil hectares. O preço do grão está va-
próximo dos 7.235 Kg/ha. Em relação à área destinada riando na faixa de R$ 40,00 a saca na região norte do
para a cultura, não foram observadas alterações signi- estado e R$ 36,50 a saca na região sul.
ficativas em relação à safra passada, mas apenas uma

Figura 12 –Lavoura de arroz em Guaramirim – SC

Fonte: Conab

Figura 13 –Lavoura de arroz em Meleiro – SC

Fonte: Conab

No Rio Grande do Sul, a cultura do arroz se encontra respectivamente. Em praticamente todas as regiões
em fase final de semeadura, alcançando perto de 90% produtoras, embora as áreas tenham sido prepara-
da área total esperada para essa safra. As regiões mais das com antecedência, o excesso de precipitações no
avançadas são a Fronteira Oeste com 98%, Zona Sul início do período preferencial de semeadura impediu
com 97%, Planície Costeira Interna com 90% e Cam- a semeadura de maneira sequencial como esperado.
panha com 88%. Já a Planície Costeira Externa e a Porém, a cessação das chuvas nos últimos dias permi-
Central se encontram mais atrasadas, com 71 e 76%, tiu uma rápida evolução das operações, evoluindo, por

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 57
exemplo, cerca de 50% na Região Central. O atraso na Foi apontada uma mudança quanto ao uso do cultivar
semeadura geralmente traz consequências na produ- IRGA 424 RI. Deverá haver uma diminuição de até 5%
tividade final do arroz devido às características da cul- no uso dessa cultivar devido aos problemas de comer-
tura, uma vez que altas produtividades estão relacio- cialização que ocorreram na safra anterior. A substi-
nadas diretamente com a incidência de radiação solar tuição deverá se dar pelas cultivares Guri e IRGA 429,
na cultura em especial no período de florescimento. que são mais aceitas pela indústria. Outro problema
Assim, não foi possível realizar a implantação total elencado pelos produtores foi a dificuldade, cada vez
das lavouras dentro do período recomendado pela maior, para o acesso ao crédito oficial, restando como
pesquisa, podendo uma pequena parcela ser semea- alternativa recorrer às indústrias de beneficiamento e
da em período crítico para uma boa colheita. Dados fornecedores de insumos, cuja a taxa de juros é mais
de pesquisa estimam que cada dia de atraso na seme- que três vezes superior àquela praticada pelo crédito
adura em relação ao período preferencial pode gerar oficial. Um fenômeno tem sido verificado ano após
perdas de até uma saca por hectare. Além da dificul- ano. O número de produtores na atividade diminui
dade de semeadura dentro do período recomendado, enquanto a área se mantém estável, ou seja, os pro-
em muitos casos a semeadura, em função do tempo dutores melhores estruturados têm expandido suas
curto, não foi realizada com a qualidade que se preco- áreas sobre aqueles que desistem.
niza, o que também pode impactar na produtividade.

Figura 14 – Mapa da produção agrícola – Arroz

Fonte: Conab/IBGE.

58 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Quadro 4 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Arroz
Arroz
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
RO Leste Rondoniense P/G DV DV/F FR/M M/C C
TO** Ocidental do Tocantins PP P/G/DV P/G/DV/F DV/F/FR/M/C FR/M/C M/C C
MA Centro Maranhense P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
MT Norte Mato-grossense P/G DV DV/F FR/M M/C C
PR** Noroeste Paranaense P P/G G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Norte Catarinense P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
SC** Vale do Itajaí P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
Sul Catarinense P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
Centro Ocidental Rio-grandense PP P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
Centro Oriental Rio-grandense PP P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
RS** Metropolitana de Porto Alegre PP P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
Sudoeste Rio-grandense P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C
Sudeste Rio-grandense P P/G G/DV DV/F FR/M M/C C

Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva Baixa restrição - excesso de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Total ou parcialmente irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica
para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 59
Tabela 12 – Comparativo de área, produtividade e produção – Arroz total
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 263,0 260,1 (1,1) 4.129 4.092 (0,9) 1.085,8 1.064,4 (2,0)
RR 12,3 12,3 - 7.077 7.100 0,3 87,0 87,3 0,3
RO 40,6 38,9 (4,2) 2.956 3.181 7,6 120,0 123,7 3,1
AC 4,3 4,3 - 1.399 1.418 1,4 6,0 6,1 1,7
AM 3,2 3,2 - 2.183 2.248 3,0 7,0 7,2 2,9
AP 1,5 1,5 - 945 920 (2,6) 1,4 1,4 -
PA 68,8 72,0 4,7 2.728 2.645 (3,1) 187,7 190,5 1,5
TO 132,3 127,9 (3,3) 5.115 5.068 (0,9) 676,7 648,2 (4,2)
NORDESTE 229,2 239,5 4,5 1.908 1.629 (14,6) 437,3 390,2 (10,8)
MA 141,6 152,2 7,5 1.807 1.594 (11,8) 255,9 242,6 (5,2)
PI 65,2 65,2 - 1.629 1.151 (29,3) 106,2 75,1 (29,3)
CE 4,7 4,7 - 2.076 2.262 9,0 9,7 10,7 10,3
RN 1,0 1,0 - 3.766 3.288 (12,7) 3,8 3,3 (13,2)
PB 0,9 0,9 - 875 767 (12,3) 0,8 0,7 (12,5)
PE 0,2 0,2 - 4.000 5.259 31,5 0,8 1,1 37,5
AL 2,8 2,8 - 6.220 5.796 (6,8) 17,4 16,2 (6,9)
SE 4,7 4,7 - 7.540 7.128 (5,5) 35,4 33,5 (5,4)
BA 8,1 7,8 (3,7) 900 900 - 7,3 7,0 (4,1)
CENTRO-OESTE 199,4 183,1 (8,2) 3.672 3.569 (2,8) 732,3 653,5 (10,8)
MT 162,3 147,2 (9,3) 3.266 3.131 (4,1) 530,0 460,8 (13,1)
MS 15,5 14,3 (7,7) 6.000 6.100 1,7 93,0 87,2 (6,2)
GO 21,6 21,6 - 5.059 4.884 (3,5) 109,3 105,5 (3,5)
SUDESTE 16,1 15,7 (2,5) 3.399 3.470 2,1 54,7 54,6 (0,2)
MG 6,0 5,9 (1,7) 2.534 2.543 0,4 15,2 15,1 (0,7)
ES 0,1 0,1 - 2.471 2.447 (1,0) 0,2 0,2 -
RJ 0,3 0,3 - 3.667 3.194 (12,9) 1,1 1,0 (9,1)
SP 9,7 9,4 (3,1) 3.935 4.071 3,5 38,2 38,3 0,3
SUL 1.273,2 1.247,8 (2,0) 7.868 7.573 (3,8) 10.017,7 9.449,3 (5,7)
PR 25,1 23,5 (6,4) 6.506 6.457 (0,8) 163,3 151,8 (7,0)
SC 147,4 146,7 (0,5) 7.638 7.235 (5,3) 1.125,8 1.061,4 (5,7)
RS 1.100,7 1.077,6 (2,1) 7.930 7.643 (3,6) 8.728,6 8.236,1 (5,6)
NORTE/NORDESTE 492,2 499,6 1,5 3.095 2.911 (5,9) 1.523,1 1.454,6 (4,5)
CENTRO-SUL 1.488,7 1.446,6 (2,8) 7.258 7.021 (3,3) 10.804,7 10.157,4 (6,0)
BRASIL 1.980,9 1.946,2 (1,8) 6.223 5.966 (4,1) 12.327,8 11.612,0 (5,8)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

60 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 13 – Comparativo de área, produtividade e produção – Arroz sequeiro
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 140,6 137,7 (2,1) 2.526 2.557 1,2 355,1 352,2 (0,8)
RO 40,6 38,9 (4,2) 2.956 3.181 7,6 120,0 123,7 3,1
AC 4,3 4,3 - 1.399 1.418 1,4 6,0 6,1 1,7
AM 3,2 3,2 - 2.183 2.248 3,0 7,0 7,2 2,9
AP 1,5 1,5 - 945 920 (2,6) 1,4 1,4 -
PA 63,7 66,9 5,0 2.592 2.518 (2,9) 165,1 168,5 2,1
TO 27,3 22,9 (16,3) 2.036 1.977 (2,9) 55,6 45,3 (18,5)
NORDESTE 213,3 222,1 4,1 1.623 1.365 (15,9) 346,2 303,3 (12,4)
MA 140,2 149,3 6,5 1.775 1.541 (13,2) 248,9 230,1 (7,6)
PI 60,0 60,0 - 1.384 978 (29,3) 83,0 58,7 (29,3)
CE 4,1 4,1 - 1.516 1.652 9,0 6,2 6,8 9,7
PB 0,9 0,9 - 875 767 (12,3) 0,8 0,7 (12,5)
BA 8,1 7,8 (3,7) 900 900 - 7,3 7,0 (4,1)
CENTRO-OESTE 158,1 143,0 (9,6) 3.187 3.048 (4,3) 503,8 435,9 (13,5)
MT 151,4 136,3 (10,0) 3.226 3.089 (4,2) 488,4 421,0 (13,8)
GO 6,7 6,7 - 2.300 2.220 (3,5) 15,4 14,9 (3,2)
SUDESTE 7,1 6,8 (4,2) 2.093 2.159 3,2 14,8 14,7 (0,7)
MG 4,7 4,6 (1,3) 1.563 1.686 7,9 7,3 7,8 6,8
ES 0,1 0,1 - 2.471 2.447 (1,0) 0,2 0,2 -
RJ 0,3 0,3 - 3.667 3.194 (12,9) 1,1 1,0 (9,1)
SP 2,0 1,8 (10,0) 3.082 3.178 3,1 6,2 5,7 (8,1)
SUL 5,3 3,6 (32,1) 2.032 2.045 0,6 10,8 7,4 (31,5)
PR 5,3 3,6 (32,0) 2.032 2.045 0,6 10,8 7,4 (31,5)
NORTE/NORDESTE 353,9 359,8 1,7 1.982 1.821 (8,1) 701,3 655,5 (6,5)
CENTRO-SUL 170,5 153,4 (10,0) 3.105 2.985 (3,9) 529,4 458,0 (13,5)
BRASIL 524,4 513,2 (2,1) 2.347 2.169 (7,6) 1.230,7 1.113,5 (9,5)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 61
Tabela 14 – Comparativo de área, produtividade e produção – Arroz irrigado
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 122,4 122,4 - 5.970 5.819 (2,5) 730,7 712,2 (2,5)
RR 12,3 12,3 - 7.077 7.100 0,3 87,0 87,3 0,3
PA 5,1 5,1 - 4.433 4.307 (2,8) 22,6 22,0 (2,7)
TO 105,0 105,0 - 5.915 5.742 (2,9) 621,1 602,9 (2,9)
NORDESTE 15,9 17,4 9,4 5.732 4.990 (13,0) 91,1 86,9 (4,6)
MA 1,4 2,9 107,1 5.020 4.321 (13,9) 7,0 12,5 78,6
PI 5,2 5,2 - 4.453 3.147 (29,3) 23,2 16,4 (29,3)
CE 0,6 0,6 - 5.900 6.430 9,0 3,5 3,9 11,4
RN 1,0 1,0 - 3.766 3.288 (12,7) 3,8 3,3 (13,2)
PE 0,2 0,2 - 4.000 5.259 31,5 0,8 1,1 37,5
AL 2,8 2,8 - 6.220 5.796 (6,8) 17,4 16,2 (6,9)
SE 4,7 4,7 - 7.540 7.128 (5,5) 35,4 33,5 (5,4)
CENTRO- OESTE 41,3 40,1 (2,9) 5.532 5.428 (1,9) 228,5 217,6 (4,8)
MT 10,9 10,9 - 3.815 3.653 (4,2) 41,6 39,8 (4,3)
MS 15,5 14,3 (7,7) 6.000 6.100 1,7 93,0 87,2 (6,2)
GO 14,9 14,9 - 6.300 6.082 (3,5) 93,9 90,6 (3,5)
SUDESTE 9,0 8,9 (1,1) 4.429 4.472 1,0 39,9 39,9 -
MG 1,3 1,3 - 6.043 5.577 (7,7) 7,9 7,3 (7,6)
SP 7,7 7,6 (1,3) 4.157 4.283 3,0 32,0 32,6 1,9
SUL 1.267,9 1.244,2 (1,9) 7.893 7.589 (3,8) 10.006,9 9.441,9 (5,6)
PR 19,8 19,9 0,5 7.704 7.255 (5,8) 152,5 144,4 (5,3)
SC 147,4 146,7 (0,5) 7.638 7.235 (5,3) 1.125,8 1.061,4 (5,7)
RS 1.100,7 1.077,6 (2,1) 7.930 7.643 (3,6) 8.728,6 8.236,1 (5,6)
NORTE/NORDESTE 138,3 139,8 1,1 5.943 5.716 (3,8) 821,8 799,1 (2,8)
CENTRO- SUL 1.318,2 1.293,2 (1,9) 7.795 7.500 (3,8) 10.275,3 9.699,4 (5,6)
BRASIL 1.456,5 1.433,0 (1,6) 7.619 7.326 (3,8) 11.097,1 10.498,5 (5,4)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.4. Feijão
A avaliação do cultivo de feijão primeira safra indica dução de 8,8% e 2,6%, respectivamente. Devido às tais
que a área total semeada reduzirá para 1.013 mil hec- reduções a produção está estimada em 1.208,4 mil
tares e a produtividade esperada é de 1.193 kg/ha, re- toneladas, variação negativa de 11,2%.

8.1.4.1. Feijão primeira safra

Feijão-comum cores

Em Minas Gerais, devido as chuvas em meados de no- em relação a área como a produtividade. Fatos decor-
vembro, os plantios foram retomados e já alcançam rente do clima favorável, que propicia condições ide-
números expressivos. Apesar dos riscos de perdas, do ais para o plantio e contribui para o desenvolvimento
atraso das chuvas e da instabilidade de preços, esta le- das lavouras implantadas.
guminosa é cultivada em praticamente todos os mu-
nicípios mineiros, ainda que em alguns apenas para De modo geral, os plantios encontram-se mais avan-
autoconsumo. çados no sul do estado, onde o clima, geralmente, é
mais ameno. Nesta região já observa-se feijoeiro com
Projeta-se para esta safra, redução de área de 2,2% em bom aspecto vegetativo, inclusive, nas lavouras con-
relação a última, entretanto, as expectativas são me- sorciadas com café
lhores se comparada ao levantamento anterior, tanto

62 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 15 - Lavoura de feijão-comum cores consorciada com café no sul de Minas Gerais.

Fonte: Conab.

Em São Paulo as condições hídricas do solo pesam tabilidade na cultura da soja constituem fatores de-
muito no rendimento do feijoeiro, principalmente du- terminantes para a redução da área. O plantio deve
rante o período de baixa incidência de chuvas, causan- encerrar no início de dezembro, uma vez que 98% da
do implicações diretas ao desenvolvimento da planta área já se encontra plantada. Estima-se rendimento
e nos seus processos de crescimento e maturação. de 1.746 kg/ha. O plantio de feijão-comum cores, as-
sim como ocorre com o milho, está migrando para a
Para garantir maior rendimento do feijão, a irrigação segunda safra, dando lugar para a soja da primeira sa-
por aspersão, especificamente pivô central, é a tecno- fra. A colheita iniciou em novembro e já atingiu apro-
logia mais indicada. Diante dessa realidade diferen- ximadamente 2% da área.
ciada para a produção de feijão no estado, as áreas de
feijão primeira safra (feijão das águas) estão sob pivô/ No Rio Grande do Sul ainda não foi iniciada a semea-
irrigação, e as lavouras estão em excelentes condições. dura na região dos Campos de Cima da Serra e Serra,
O feijão está com boas perspectivas, inclusive para a principal região produtora, que tende a se concentrar
produtividade. Nos municípios Itapeva, Itaí, Taquaritu- após a semeadura da soja. A expectativa é de manu-
ba e agora também Paranapanema, o plantio de feijão tenção da área em relação à safra passada, de 10 mil
primeira safra está mais intenso. Os produtores tem hectares e estima-se uma produtividade de 2.477 kg/
buscam maior quantidade de semente de feijão, fato ha, aumento de 3,2%.
que está diretamente relacionado à preço. Itapeva foi
evidenciada áreas relevantes ocupadas pela cultura. Em Santa Catarina, em torno de 35% das lavouras a
serem destinadas ao cultivo do feijão-comum cores
Pois no caso particular da região de Paranapanema, encontram-se implantadas. A diferença entre esse
os produtores, em sua maioria de origem holandesa, índice e o registrado para o feijão-comum preto se
aumentaram o interesse pelo produto. E os preços foi justifica pela maior parte das lavouras de feijão-cario-
determinante para esse fato, isso já ocorreu no ciclo ca estarem localizadas em regiões mais altas e, con-
anterior e se repete para essa safra. São áreas exten- sequentemente, mais frias, onde o cultivo se dá mais
sas ocupadas pelo plantio de feijão. tarde. Do total semeado, até o momento, em torno
de 49% se encontra em estádio vegetativo, seguido
Quanto a colheita, ela deverá se consolidar entre no- por floração (35%), germinação/emergência (15%) e
vembro e dezembro, como em safras anteriores. Ain- menos de 1% em granação. As condições das lavouras
da assim, alguns poucos produtores já começavam a são consideradas boas, apesar das temperaturas bai-
bater feijão em algumas propriedades. Esse levanta- xas registradas nas últimas semanas, as quais estão
mento apresenta um recuo de 25% na área, basica- retardando, em parte o desenvolvimento das plantas.
mente na região de Itapeva. As precipitações abundantes e localizadas prejudica-
ram a implantação e qualidade de algumas lavouras,
No Paraná, o plantio de feijão-comum cores apre- favorecendo o surgimento de algumas doenças. Ob-
sentou uma redução de ocupação em torno de 3,6%, serva-se leve aumento de área para a classe cores, em
totalizando 79,1 mil hectares. O desestímulo com os torno de 1% em relação à safra passada, devendo al-
preços baixos no momento do plantio e a maior ren- cançar em torno de 31,7 mil hectares.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 63
No Distrito Federal, a primeira safra de feijão, também tivada, principalmente devido à falta de estabilidade
conhecida como safra das águas, configura a mesma do mercado para a cultura. Estima-se redução de 2,8%
área da safra anterior. Estima-se uma produtividade na área e a manutenção da produtividade em relação
média de 2.040 Kg/ha, ou seja, 7,4% superior à regis- à safra passada.
trada na safra passada, o que poderá resultar em uma
produção de 22,2 mil toneladas, superior em 7,2% à Em Mato Grosso a primeira safra 2017/18 de feijão
obtida na safra 2016/17, ocasionado, sobretudo, pelo tende a ser maior do que a registrada na temporada
combate severo à mosca-branca. anterior, passando de 4,4 mil hectares no ciclo 2016/17,
para 6,2 mil hectares em 2017/18, aumento de 40,9%.
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal salien- Esse cultivo é predominante na região oeste e sudes-
ta que os agricultores e produtores do Distrito Federal te do estado, onde se encontram lavouras em fase de
estão cientes da importância da mobilização ao com- desenvolvimento vegetativo e em floração.
bate da mosca-branca. A semeadura já foi concluída
e as lavouras ultrapassam o excelente estádio de ger- As melhores condições climáticas também têm con-
minação. A área segregada com feijão-comum cores tribuído para a expectativa de recuperação da pro-
e comum preto primeira safra corresponde a 90% e dutividade da variedade em todo o estado, que está
10%, respectivamente, nessa safra não se verifica o estimada em 2.027 kg/ha. Com isso, a produção do
plantio de feijão-caupi. feijão-comum cores deve ficar em 12,6 mil toneladas,
volume 43,2% maior do que o observado na última
Em Goiás algumas áreas já foram semeadas, porém, a safra, quando foram contabilizadas 8,8 mil toneladas.
falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento inicial
da cultura. Nessa primeira safra de feijão os ataques Na Bahia, estima-se que a área de plantio deverá ser
de pragas e doenças é menor em relação às demais de 34,6 mil hectares, representando uma variação ne-
safras da cultura. A expectativa dos produtores é que gativa de 39,3% em relação à safra passada. Em rela-
os preços possam ser mais atrativos com a colheita ção à produtividade, essa poderá atingir 600 kg/ha,
no verão. Muitos produtores tradicionais de algodão variação negativa de 30,4%. Essa redução se deve ao
safrinha cultivam feijão primeira safra principalmen- ajuste de área cultivada, informando o cultivo, sepa-
te no sudoeste goiano. Na região leste do estado os rando em primeira e segunda safras. A segunda safra
produtores ainda estão incertos sobre área a ser cul- ocorre no oeste da Bahia em manejo irrigado.

Feijão-comum preto

No Paraná, a semeadura já está concluída, observa-se senvolvimento vegetativo. A expectativa é de manu-


aumento de área de aproximadamente 4,5% em re- tenção da área da safra passada, que ficou em 31,8 mil
lação à safra passada, chegando aos 117 mil hectares. hectares.
Esse aumento ocorre em detrimento à cultura do mi-
lho, uma vez que os produtores apostaram na recupe- Em Santa Catarina aproximadamente 90% das lavou-
ração dos preços no momento da venda. O excesso de ras destinadas ao cultivo do feijão-comum preto se
chuvas em outubro e o frio em novembro na região encontram semeadas. Dessas, 64% estão em desen-
produtora interferiu o desenvolvimento das lavouras, volvimento vegetativo, 27% em floração e o restante
bem como provocou a incidência de fungos de solo. se divide em germinação/emergência e granação,
esta, observada na região oeste, onde o cultivo se ini-
Nas regiões noroeste e central do Rio Grande do Sul, cia mais cedo devido ao clima mais ameno no início
a maior parte das áreas já foi semeada e o desenvol- da primavera. Considera-se de boa a regular as condi-
vimento da cultura é considerado bom. Apenas deve ções das lavouras, haja vista que a temperatura baixa,
ser citada a ocorrência de temperaturas muito bai- principalmente no período noturno, ainda perdura
xas para o período, que tem limitado o crescimento na maioria das regiões e vem influenciando negati-
da cultura. Na região dos Campos de Cima da Serra, vamente no desenvolvimento das lavouras. Aliada a
importante polo produtor, recém iniciaram-se as ope- isso, chuvas em volume excessivo em curto espaço
rações, que ainda não atingiram 5%. Das áreas já esta- de tempo estão dando condições para o surgimento
belecidas, respectivamente 13, 10 e 8% encontram-se de doenças foliares e, em alguns casos, radiculares, as
floração, frutificação e maturação e o restante em de- quais podem afetar o potencial produtivo de algumas
lavouras.

64 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
As informações levantadas indicam um incremento demais culturas de verão.
da área a ser cultivada nessa safra, na ordem de 7,1%,
podendo resultar em 21,3 mil hectares. Parte da área Nas regiões central e Zona da Mata, em Minas Gerais,
deve migrar das áreas de milho e, em alguns casos, de a maior parte da área já se encontra semeada, com
feijão-comum cores nas regiões onde se cultivam as tendência de redução devido aos atrasos das chuvas
duas classes. O aumento da área pode ser resultado e aumento da produtividade, embasado pelo otimis-
do interesse por parte do produtor em cultivar duas mo dos produtores, que esperam melhores condições
safras do produto na mesma área ou, o plantio da climáticas, tanto para o desenvolvimento como para a
soja em sucessão, haja vista que essa deve ser seme- colheita do produto.
ada até 11 de fevereiro, respeitando o período de vazio
sanitário em vigência. As expectativas de mercado fu- No Rio de Janeiro a cultura é basicamente cultivada
turo também influenciam na decisão do produtor em por agricultores familiares, para subsistência e peque-
investir na cultura, que tem retorno mais rápido do nas comercializações. As lavouras estão em fase de de-
investimento devido ao ciclo mais curto em relação às senvolvimento vegetativo e em boas condições.

Feijão-caupi

Na Bahia, estima-se que a área de plantio deverá ser 2,6% superior a safra 2016/17.
112,1 mil hectares, representando uma variação ne-
gativa de 34% em relação à safra passada e poderá Em Minas Gerais, a área de feijão-caupi deve sofrer
atingir 350 kg/ha. Essa se redução deve ao ajuste de uma pequena redução em relação à safra anterior.
área cultivada, informando o cultivo, separando em Na safra passada perdeu-se 30% da área plantada em
primeira e segunda safras. Posto que a segunda sa- função do clima, visto que em alguns municípios as
fra ocorre no oeste da Bahia em manejo de sequeiro perdas chegaram a 80%, não compensando, muitas
e irrigado. vezes, a colheita. Caso as condições climáticas sejam
boas, espera-se uma produtividade média de 567 kg/
No Maranhão, a ausência de chuvas não possibilitou ha.
ainda o início da semeadura. A área total deve aumen-
tar, passando de 36,4 mil hectares para 37,4 mil hecta- Em Tocantins, verificou-se um aumento na área a ser
res, o que representa um aumento de 2,7%. cultivada com a leguminosa nessa safra. É cultivada
basicamente pelos agricultores familiares em lavou-
O plantio do feijão-caupi, no Mato Grosso não se ini- ras de pequeno porte com vistas ao consumo familiar
ciou, contudo estima-se que sejam semeados, na pri- e parte destinada à comercialização em feiras locais,
meira quinzena mês de dezembro, 6,4 mil hectares na comercializados diretamente ou através dos atraves-
região sudeste do estado, área semelhante à destina- sadores. Apesar do baixo rendimento econômico, a
da à cultura na safra anterior. A produtividade estima- cultura é de grande importância para essas famílias
da é de 1.242 kg/ha e a produção de 7,9 mil toneladas, de pequenos agricultores.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 65
Figura 16 – Mapa da produção agrícola – Feijão primeira safra

Fonte: Conab/IBGE.

66 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Quadro 5 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Feijão primeira safra
Feijão primeira safra
UF Mesorregiões
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Centro-Norte Piauiense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
PI Sudoeste Piauiense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Sudeste Piauiense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Extremo Oeste Baiano P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Vale São-Franciscano da
P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Bahia
BA
FR/
Centro Norte Baiano P/G P/G/DV DV/F F/FR M/C C
M/C
Centro Sul Baiano P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Sudeste Mato-grossense P/G DV F F/FR/M M/C
MT
Norte Mato-grossense P/G DV/F F/FR M/C C
Leste Goiano P/G DV/F FR/M M/C C
GO Sul Goiano P/G G/DV F/FR FR/M M/C
Norte Goiano P/G G/DV F/FR FR/M M/C
DF Distrito Federal PP P/G G/DV F/FR FR/M M/C
Noroeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Norte de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Triângulo Mineiro/Alto Para-
P/G DV/F F/FR M/C C
naíba
MG Oeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Sul/Sudoeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Campo das Vertentes P/G DV/F F/FR M/C C
Zona da Mata P/G DV/F F/FR M/C C
Bauru PP P/G DV/F FR FR/M M/C C
SP** Assis P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Itapetininga P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Norte Central Paranaense P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Norte Pioneiro Paranaense P/G/DV DV/F FR/M M/C C

Centro Oriental Paranaense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C

Oeste Paranaense P/G/DV DV/F FR/M M/C C


PR
Sudoeste Paranaense P/G/DV G/DV F/FR FR/M M/C C
Centro-Sul Paranaense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Sudeste Paranaense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Metropolitana de Curitiba P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Oeste Catarinense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
SC Norte Catarinense P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Serrana P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Noroeste Rio-grandense P/G P/G/DV DV/F FR FR/M/C M/C C
RS Nordeste Rio-grandense P/G P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C
Metropolitana de Porto Alegre P/G P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C

Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva Baixa restrição - excesso de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Total ou parcialmente irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica
para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 67
Tabela 15 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão primeira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 4,8 6,1 27,1 649 647 (0,4) 3,1 3,9 25,8
TO 4,8 6,1 27,1 649 647 (0,4) 3,1 3,9 25,8
NORDESTE 490,2 411,0 (16,2) 453 316 (30,2) 222,1 129,9 (41,5)
MA 36,4 37,4 2,7 570 530 (7,0) 20,7 19,8 (4,3)
PI 226,9 226,9 - 294 221 (24,8) 66,7 50,1 (24,9)
BA 226,9 146,7 (35,3) 594 409 (31,1) 134,7 60,0 (55,5)
CENTRO-OESTE 81,5 81,5 - 2.203 2.219 0,7 179,5 180,8 0,7
MT 10,8 12,6 16,7 1.525 1.628 6,8 16,5 20,5 24,2
MS 0,8 0,6 (25,0) 1.800 1.868 3,8 1,4 1,1 (21,4)
GO 57,8 56,2 (2,8) 2.400 2.400 - 138,7 134,9 (2,7)
DF 12,1 12,1 - 1.895 2.011 6,1 22,9 24,3 6,1
SUDESTE 247,3 223,5 (9,6) 1.651 1.626 (1,5) 408,3 363,3 (11,0)
MG 161,0 157,5 (2,2) 1.213 1.305 7,6 195,2 205,6 5,3
ES 4,6 4,6 - 1.174 1.113 (5,2) 5,4 5,1 (5,6)
RJ 0,6 0,6 - 1.127 1.075 (4,6) 0,7 0,6 (14,3)
SP 81,1 60,8 (25,0) 2.552 2.500 (2,0) 207,0 152,0 (26,6)
SUL 287,2 290,9 1,3 1.907 1.824 (4,3) 547,6 530,5 (3,1)
PR 194,1 196,1 1,0 1.880 1.775 (5,5) 364,8 348,1 (4,6)
SC 51,3 53,0 3,3 2.160 2.040 (5,5) 110,8 108,1 (2,4)
RS 41,8 41,8 - 1.721 1.777 3,2 72,0 74,3 3,2
NORTE/NORDESTE 495,0 417,1 (15,7) 455 321 (29,5) 225,2 133,8 (40,6)

CENTRO-SUL 616,0 595,9 (3,3) 1.843 1.804 (2,1) 1.135,4 1.074,6 (5,4)

BRASIL 1.111,0 1.013,0 (8,8) 1.225 1.193 (2,6) 1.360,6 1.208,4 (11,2)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em novembro/2017.

Tabela 16 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum preto primeira safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
CENTRO- OESTE 1,2 1,2 - 1.850 1.750 (5,4) 2,2 2,1 (4,5)

DF 1,2 1,2 - 1.850 1.750 (5,4) 2,2 2,1 (4,5)

SUDESTE 9,8 9,7 (1,0) 965 989 2,5 9,5 9,5 -

MG 6,9 6,8 (1,9) 838 898 7,2 5,8 6,1 5,2

ES 2,3 2,3 - 1.304 1.237 (5,1) 3,0 2,8 (6,7)

RJ 0,6 0,6 - 1.127 1.075 (4,6) 0,7 0,6 (14,3)

SUL 163,7 170,1 3,9 1.880 1.789 (4,9) 307,8 304,2 (1,2)

PR 112,0 117,0 4,5 1.929 1.795 (6,9) 216,0 210,0 (2,8)

SC 19,9 21,3 7,1 2.200 2.100 (4,5) 43,8 44,7 2,1

RS 31,8 31,8 - 1.508 1.557 3,2 48,0 49,5 3,1

CENTRO-SUL 174,7 181,0 3,6 1.829 1.746 (4,5) 319,5 315,8 (1,2)

BRASIL 174,7 181,0 3,6 1.829 1.746 (4,5) 319,5 315,8 (1,2)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

68 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 17 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum cores primeira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 0,4 0,2 (50,0) 1.080 1.111 2,9 0,4 0,2 (50,0)

TO 0,4 0,2 (50,0) 1.080 1.111 2,9 0,4 0,2 (50,0)

NORDESTE 57,0 34,6 (39,3) 862 600 (30,4) 49,1 20,8 (57,6)

BA 57,0 34,6 (39,3) 862 600 (30,4) 49,1 20,8 (57,6)

CENTRO- OESTE 73,9 73,9 - 2.296 2.311 0,7 169,6 170,8 0,7

MT 4,4 6,2 40,9 1.998 2.027 1,5 8,8 12,6 43,2

MS 0,8 0,6 (25,0) 1.800 1.868 3,8 1,4 1,1 (21,4)

GO 57,8 56,2 (2,8) 2.400 2.400 - 138,7 134,9 (2,7)

DF 10,9 10,9 - 1.900 2.040 7,4 20,7 22,2 7,2

SUDESTE 223,4 200,0 (10,5) 1.752 1.730 (1,3) 391,5 346,0 (11,6)

MG 140,0 136,9 (2,2) 1.301 1.400 7,6 182,1 191,7 5,3

ES 2,3 2,3 - 1.043 989 (5,2) 2,4 2,3 (4,2)

SP 81,1 60,8 (25,0) 2.552 2.500 (2,0) 207,0 152,0 (26,6)

SUL 123,5 120,8 (2,2) 1.941 1.873 (3,5) 239,8 226,3 (5,6)

PR 82,1 79,1 (3,6) 1.812 1.746 (3,6) 148,8 138,1 (7,2)

SC 31,4 31,7 0,9 2.134 2.000 (6,3) 67,0 63,4 (5,4)

RS 10,0 10,0 - 2.400 2.477 3,2 24,0 24,8 3,3

NORTE/NORDESTE 57,4 34,8 (39,4) 864 603 (30,2) 49,5 21,0 (57,6)

CENTRO-SUL 420,8 394,7 (6,2) 1.903 1.882 (1,1) 800,9 743,1 (7,2)

BRASIL 478,2 429,5 (10,2) 1.779 1.779 - 850,4 764,1 (10,1)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 18 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-caupi primeira safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 4,4 5,9 34,1 610 631 3,4 2,7 3,7 37,0

TO 4,4 5,9 34,0 610 631 3,4 2,7 3,7 37,0

NORDESTE 433,2 376,4 (13,1) 400 290 (27,4) 173,0 109,1 (36,9)

MA 36,4 37,4 2,7 570 530 (7,0) 20,7 19,8 (4,3)

PI 226,9 226,9 - 294 221 (24,8) 66,7 50,1 (24,9)

BA 169,9 112,1 (34,0) 504 350 (30,6) 85,6 39,2 (54,2)

CENTRO-OESTE 6,4 6,4 - 1.200 1.242 3,5 7,7 7,9 2,6

MT 6,4 6,4 - 1.200 1.242 3,5 7,7 7,9 2,6

SUDESTE 14,1 13,8 (2,1) 519 567 9,2 7,3 7,8 6,8

MG 14,1 13,8 (2,1) 519 567 9,2 7,3 7,8 6,8

NORTE/NORDESTE 437,6 382,3 (12,6) 402 295 (26,5) 175,7 112,8 (35,8)

CENTRO-SUL 20,5 20,2 (1,5) 732 781 6,7 15,0 15,7 4,7

BRASIL 458,1 402,5 (12,1) 416 320 (23,2) 190,7 128,5 (32,6)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 69
8.1.4.2. Feijão segunda safra

Figura 17 – Mapa da produção agrícola – Feijão segunda safra

Fonte: Conab/IBGE.

70 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Quadro 6 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Feijão segunda safra
Feijão segunda safra
UF Mesorregiões
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
RO Leste Rondoniense P DV F FR M/C C
Oeste Maranhense P DV F FR M/C C
MA Centro Maranhense P DV F FR M/C C
Sul Maranhense P DV F FR M/C C
Noroeste Cearense P/G DV/F FR M/C C
CE Norte Cearense P/G DV/F FR M/C C
Sertões Cearenses P/G DV/F FR M/C C
MS Sudoeste de Mato Grosso do Sul PP P/G DV/F F/FR FR/M/C M/C
Norte Mato P/G DV/F FR M/C C
MT Nordeste Mato P/G DV/F FR M/C C
Sudeste Mato P/G DV/F FR M/C C
Noroeste Goiano P/G DV/F FR M/C C
Norte Goiano P/G DV/F FR M/C C
GO
Leste Goiano P/G DV/F FR M/C C
Sul Goiano P/G DV/F FR M/C C
Noroeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba P/G DV/F F/FR M/C C
Central Mineira P/G DV/F F/FR M/C C
Vale do Rio Doce P/G DV/F F/FR M/C C
MG
Oeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Sul/Sudoeste de Minas P/G DV/F F/FR M/C C
Campo das Vertentes P/G DV/F F/FR M/C C
Zona da Mata P/G DV/F F/FR M/C C
ES Central Espírito-Santense P/G DV/F F/FR M/C C
Campinas P/G DV/F FR M/C C

SP Assis P/G DV/F FR M/C C

Itapetininga P/G DV/F FR M/C C

Norte Central Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C


Norte Pioneiro Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Centro Oriental Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Oeste Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
PR
Sudoeste Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Centro-Sul Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Sudeste Paranaense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Metropolitana de Curitiba P/G DV DV/F F/FR M/C C
Oeste Catarinense P/G DV DV/F F/FR M/C C
SC Norte Catarinense P/G DV DV/F F/FR M/C C
Sul Catarinense P/G DV DV/F F/FR M/C C
RS Noroeste Rio-grandense P P/G DV/F FR M/C C
Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média Restrição -Excesso de Chuvas Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 71
Tabela 19 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão segunda safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 55,9 55,9 - 1.171 972 (17,0) 65,4 54,4 (16,8)

RO 19,3 19,3 - 971 838 (13,7) 18,7 16,2 (13,4)

AC 7,6 7,6 - 593 605 2,1 4,5 4,6 2,2

AM 3,8 3,8 - 1.239 1.053 (15,0) 4,7 4,0 (14,9)

AP 1,4 1,4 - 944 933 (1,2) 1,3 1,3 -

TO 23,8 23,8 - 1.520 1.187 (21,9) 36,2 28,3 (21,8)

NORDESTE 669,0 729,0 9,0 307 337 9,6 205,6 245,6 19,5

MA 51,4 51,4 - 699 512 (26,8) 35,9 26,3 (26,7)

PI 6,3 6,3 - 572 588 2,8 3,6 3,7 2,8

CE 407,0 407,0 - 292 274 (6,2) 118,8 111,4 (6,2)

RN 35,8 35,8 - 347 341 (1,7) 12,4 12,2 (1,6)

PB 90,0 90,0 - 316 283 (10,4) 28,4 25,5 (10,2)

PE 78,5 78,5 - 83 133 60,8 6,5 10,5 61,5

BA - 60,0 - - 933 - - 56,0 -

CENTRO- OESTE 276,6 276,6 - 1.264 1.254 (0,7) 349,6 346,9 (0,8)

MT 230,7 230,7 - 1.172 1.196 2,0 270,3 275,8 2,0

MS 26,0 26,0 - 1.692 1.441 (14,8) 44,0 37,5 (14,8)

GO 19,0 19,0 - 1.750 1.680 (4,0) 33,3 31,9 (4,2)

DF 0,9 0,9 - 2.189 1.935 (11,6) 2,0 1,7 (15,0)

SUDESTE 138,8 138,8 - 1.367 1.371 0,3 189,7 190,4 0,4

MG 116,8 116,8 - 1.331 1.342 0,9 155,4 156,8 0,9

ES 6,1 6,1 - 1.049 1.013 (3,4) 6,4 6,2 (3,1)

RJ 1,2 1,2 - 1.008 969 (3,9) 1,2 1,2 -

SP 14,7 14,7 - 1.815 1.784 (1,7) 26,7 26,2 (1,9)

SUL 286,6 286,6 - 1.363 1.473 8,1 390,6 422,3 8,1

PR 249,0 249,0 - 1.370 1.474 7,6 341,2 367,1 7,6

SC 18,3 18,3 - 1.417 1.439 1,6 25,9 26,3 1,5

RS 19,3 19,3 - 1.220 1.496 22,6 23,5 28,9 23,0

NORTE/NORDESTE 724,9 784,9 8,3 374 382 2,2 271,0 300,0 10,7

CENTRO-SUL 702,0 702,0 - 1.325 1.367 3,2 929,9 959,6 3,2

BRASIL 1.426,9 1.486,9 4,2 842 847 0,6 1.200,9 1.259,6 4,9

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

72 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 20 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum preto segunda safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORDESTE 1,1 1,1 - 405 363 (10,4) 0,4 0,4 -

PB 1,1 1,1 - 405 363 (10,4) 0,4 0,4 -

CENTRO- OESTE 1,1 1,1 - 1.555 1.330 (14,5) 1,7 1,5 (11,8)

MS 1,0 1,0 - 1.500 1.277 (14,9) 1,5 1,3 (13,3)

DF 0,1 0,1 - 2.100 1.856 (11,6) 0,2 0,2 -

SUDESTE 10,1 10,1 - 937 930 (0,8) 9,5 9,4 (1,1)

MG 6,4 6,4 - 931 939 0,9 6,0 6,0 -

ES 2,5 2,5 - 920 888 (3,5) 2,3 2,2 (4,3)

RJ 1,2 1,2 - 1.008 969 (3,9) 1,2 1,2 -

SUL 122,4 122,4 - 1.378 1.501 9,0 168,6 183,8 9,0

PR 88,6 88,6 - 1.418 1.525 7,5 125,6 135,1 7,6

SC 14,5 14,5 - 1.343 1.364 1,6 19,5 19,8 1,5

RS 19,3 19,3 - 1.220 1.496 22,6 23,5 28,9 23,0


NORTE/NORDESTE 1,1 1,1 - 405 363 (10,4) 0,4 0,4 -

CENTRO- SUL 133,6 133,6 - 1.346 1.457 8,2 179,8 194,7 8,3

BRASIL 134,7 134,7 - 1.338 1.448 8,2 180,2 195,1 8,3


Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 21 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum cores segunda safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 32,2 32,2 - 956 837 (12,4) 30,7 27,0 (12,1)
RO 19,3 19,3 - 971 838 (13,7) 18,7 16,2 (13,4)
AC 5,6 5,6 - 580 592 2,1 3,2 3,3 3,1
AM 3,8 3,8 - 1.239 1.053 (15,0) 4,7 4,0 (14,9)
AP 1,4 1,4 - 944 933 (1,2) 1,3 1,3 -
TO 2,1 2,1 - 1.312 1.025 (21,9) 2,8 2,2 (21,4)
NORDESTE 32,1 42,1 31,2 414 668 61,3 13,3 28,2 112,0
CE 2,8 2,8 - 565 530 (6,2) 1,6 1,5 (6,3)
PB 25,7 25,7 - 447 400 (10,5) 11,5 10,3 (10,4)
PE 3,6 3,6 - 62 101 62,9 0,2 0,4 100,0
BA - 10,0 - - 1.600 - - 16,0 -

CENTRO- OESTE 73,2 73,2 - 1.769 1.677 (5,2) 129,6 122,8 (5,2)

MT 28,4 28,4 - 1.831 1.869 2,1 52,0 53,1 2,1


MS 25,0 25,0 - 1.700 1.448 (14,8) 42,5 36,2 (14,8)
GO 19,0 19,0 - 1.750 1.680 (4,0) 33,3 31,9 (4,2)
DF 0,8 0,8 - 2.200 1.945 (11,6) 1,8 1,6 (11,1)
SUDESTE 128,6 128,6 - 1.401 1.406 0,4 180,1 180,9 0,4
MG 110,3 110,3 - 1.354 1.366 0,9 149,3 150,7 0,9
ES 3,6 3,6 - 1.139 1.100 (3,4) 4,1 4,0 (2,4)
SP 14,7 14,7 - 1.815 1.784 (1,7) 26,7 26,2 (1,9)
SUL 164,2 164,2 - 1.352 1.452 7,4 222,1 238,5 7,4
PR 160,4 160,4 - 1.344 1.446 7,6 215,6 231,9 7,6
SC 3,8 3,8 - 1.700 1.726 1,5 6,5 6,6 1,5

NORTE/NORDESTE 64,3 74,3 15,6 685 741 8,2 44,0 55,2 25,5

CENTRO- SUL 366,0 366,0 - 1.453 1.481 2,0 531,8 542,2 2,0
BRASIL 430,3 440,3 2,3 1.338 1.356 1,4 575,8 597,4 3,8

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 73
Tabela 22 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-caupi segunda safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 23,7 23,7 - 1.463 1.156 (21,0) 34,7 27,4 (21,0)
AC 2,0 2,0 - 630 643 2,1 1,3 1,3 -
TO 21,7 21,7 - 1.540 1.203 (21,9) 33,4 26,1 (21,9)
NORDESTE 635,8 685,8 7,9 302 317 4,8 191,9 217,0 13,1
MA 51,4 51,4 - 699 512 (26,8) 35,9 26,3 (26,7)
PI 6,3 6,3 - 572 588 2,8 3,6 3,7 2,8
CE 404,2 404,2 - 290 272 (6,2) 117,2 109,9 (6,2)
RN 35,8 35,8 - 347 341 (1,7) 12,4 12,2 (1,6)
PB 63,2 63,2 - 261 234 (10,3) 16,5 14,8 (10,3)
PE 74,9 74,9 - 84 135 60,7 6,3 10,1 60,3
BA - 50,0 - 800 - - 40,0 -
CENTRO- OESTE 202,3 202,3 - 1.079 1.101 2,0 218,3 222,7 2,0
MT 202,3 202,3 - 1.079 1.101 2,0 218,3 222,7 2,0
SUDESTE 0,1 0,1 - 1.013 1.022 0,9 0,1 0,1 -
MG 0,1 0,1 - 1.013 1.022 0,9 0,1 0,1 -

NORTE/NORDESTE 659,5 709,5 7,6 344 345 0,3 226,6 244,4 7,9

CENTRO-SUL 202,4 202,4 - 1.079 1.101 2,0 218,4 222,8 2,0


BRASIL 861,9 911,9 5,8 516 512 (0,8) 445,0 467,2 5,0
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.4.3. Feijão terceira safra

Quadro 7 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Feijão terceira safra
Feijão segunda safra
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
Norte Mato-grossense C P/DV DV/F F/FR/M M/C
MT
Sudeste Mato-grossense C P/DV DV/F F/FR/M M/C
Noroeste Goiano C P/DV DV/F FR/M/C M/C
Norte Goiano C P/DV DV/F FR/M/C M/C
GO
Leste Goiano C P/DV DV/F FR/M/C M/C
Sul Goiano C P/DV DV/F FR/M/C M/C
Noroeste de Minas C P/DV DV/F FR/M/C M/C
MG
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba C P/DV DV/F FR/M/C M/C
Ribeirão Preto C PP P/DV F/FR/M FR/M M/C
Araçatuba C PP P/DV F/FR/M FR/M M/C
SP
Bauru C PP P/DV DV/F FR/M M/C
Campinas C PP P/DV DV/F FR/M M/C

Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média Restrição -Excesso de Chuvas Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

74 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 23 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão terceira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 52,2 52,2 - 1.190 968 (18,7) 62,2 50,6 (18,6)
RR 2,4 2,4 - 650 650 - 1,6 1,6 -
PA 34,3 34,3 - 825 713 (13,6) 28,3 24,5 (13,4)
TO 15,5 15,5 - 2.081 1.581 (24,0) 32,3 24,5 (24,1)
NORDESTE 386,8 386,8 - 649 613 (5,6) 251,1 237,2 (5,5)
PE 107,6 107,6 - 478 494 3,3 51,4 53,1 3,3
AL 40,1 40,1 - 520 448 (13,7) 20,8 18,0 (13,5)
SE 15,2 15,2 - 871 677 (22,3) 13,2 10,3 (22,0)
BA 223,9 223,9 - 740 696 (6,0) 165,7 155,8 (6,0)
CENTRO- OESTE 116,8 116,8 - 2.632 2.621 (0,4) 307,4 306,2 (0,4)
MT 53,7 53,7 - 2.369 2.299 (3,0) 127,2 123,5 (2,9)
GO 60,0 60,0 - 2.850 2.889 1,4 171,0 173,3 1,3
DF 3,1 3,1 - 2.962 3.020 2,0 9,2 9,4 2,2
SUDESTE 82,2 82,2 - 2.586 2.605 0,7 212,6 214,2 0,8
MG 70,4 70,4 - 2.619 2.656 1,4 184,4 187,0 1,4
SP 11,8 11,8 - 2.392 2.305 (3,6) 28,2 27,2 (3,5)
SUL 4,4 4,4 - 1.009 950 (5,8) 4,4 4,2 (4,5)
PR 4,4 4,4 - 1.009 950 (5,8) 4,4 4,2 (4,5)
NORTE/NORDESTE 439,0 439,0 - 714 655 (8,2) 313,3 287,8 (8,1)
CENTRO-SUL 203,4 203,4 - 2.578 2.579 - 524,4 524,6 -
BRASIL 642,4 642,4 - 1.304 1.264 (3,1) 837,7 812,4 (3,0)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 24 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum cores terceira safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 6,6 6,6 - 794 665 (16,3) 5,3 4,4 (17,0)
PA 6,1 6,1 - 638 551 (13,6) 3,9 3,4 (12,8)
TO 0,5 0,5 - 2.701 2.052 (24,0) 1,4 1,0 (28,6)
NORDESTE 329,5 329,5 - 679 639 (5,9) 223,8 210,6 (5,9)
PE 72,2 72,2 - 510 527 3,3 36,8 38,0 3,3
AL 29,8 29,8 - 490 423 (13,7) 14,6 12,6 (13,7)
SE 15,2 15,2 - 871 677 (22,3) 13,2 10,3 (22,0)
BA 212,3 212,3 - 750 705 (6,0) 159,2 149,7 (6,0)
CENTRO-OESTE 116,3 116,3 - 2.634 2.623 (0,4) 306,3 305,1 (0,4)
MT 53,7 53,7 - 2.369 2.299 (3,0) 127,2 123,5 (2,9)
GO 60,0 60,0 - 2.850 2.889 1,4 171,0 173,3 1,3
DF 2,6 2,6 - 3.120 3.181 2,0 8,1 8,3 2,5
SUDESTE 82,0 82,0 - 2.590 2.609 0,7 212,3 213,9 0,8
MG 70,2 70,2 - 2.623 2.660 1,4 184,1 186,7 1,4
SP 11,8 11,8 - 2.392 2.305 (3,6) 28,2 27,2 (3,5)
SUL 4,4 4,4 - 1.009 950 (5,8) 4,4 4,2 (4,5)
PR 4,4 4,4 - 1.009 950 (5,8) 4,4 4,2 (4,5)
NORTE/NORDESTE 336,1 336,1 - 682 640 (6,2) 229,1 215,0 (6,2)
CENTRO-SUL 202,7 202,7 - 2.581 2.581 - 523,0 523,2 -
BRASIL 538,8 538,8 - 1.396 1.370 (1,9) 752,1 738,2 (1,8)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 75
Tabela 25 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum preto terceira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORDESTE 13,9 13,9 - 510 645 26,5 7,1 9,0 26,8
PE 13,9 13,9 - 510 645 26,5 7,1 9,0 26,8
CENTRO-OESTE 0,2 0,2 - 3.100 3.161 2,0 0,6 0,6 -
DF 0,2 0,2 - 3.100 3.161 2,0 0,6 0,6 -
SUDESTE 0,2 0,2 - 1.100 1.116 1,5 0,2 0,2 -
MG 0,2 0,2 - 1.100 1.116 1,5 0,2 0,2 -

NORTE/NORDESTE 13,9 13,9 - 510 645 26,5 7,1 9,0 26,8

CENTRO-SUL 0,4 0,4 - 2.100 2.139 1,8 0,8 0,8 -

BRASIL 14,3 14,3 - 554 687 23,9 7,9 9,8 24,1


Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 26 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-caupi terceira safra


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 45,6 45,6 - 1.247 1.012 (18,9) 56,9 46,2 (18,8)
RR 2,4 2,4 - 650 650 - 1,6 1,6 -
PA 28,2 28,2 - 866 748 (13,6) 24,4 21,1 (13,5)
TO 15,0 15,0 - 2.060 1.565 (24,0) 30,9 23,5 (23,9)
NORDESTE 43,4 43,4 - 466 405 (13,0) 20,2 17,6 (12,9)
PE 21,5 21,5 - 350 285 (18,6) 7,5 6,1 (18,7)
AL 10,3 10,3 - 605 522 (13,7) 6,2 5,4 (12,9)
BA 11,6 11,6 - 558 525 (5,9) 6,5 6,1 (6,2)
CENTRO-OESTE 0,3 0,3 - 1.500 1.529 1,9 0,5 0,5 -
DF 0,3 0,3 - 1.500 1.529 1,9 0,5 0,5 -

NORTE/NORDESTE 89,0 89,0 - 866 716 (17,4) 77,1 63,8 (17,3)

CENTRO-SUL 0,3 0,3 - 1.500 1.529 1,9 0,5 0,5 -


BRASIL 89,3 89,3 - 869 719 (17,2) 77,6 64,3 (17,1)

Fonte: Conab.
Nota: Estimativa em dezembro/2017.

76 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.4.4. Feijão total

Figura 18 – Mapa da produção agrícola – Feijão total (primeira, segunda e terceira safras)

Fonte: Conab/IBGE.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 77
Tabela 27 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão total
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 112,9 114,2 1,2 1.158 953 (17,7) 130,6 108,9 (16,6)
RR 2,4 2,4 - 650 650 - 1,6 1,6 -
RO 19,3 19,3 - 971 838 (13,7) 18,7 16,2 (13,4)
AC 7,6 7,6 - 593 605 2,1 4,5 4,6 2,2
AM 3,8 3,8 - 1.239 1.053 (15,0) 4,7 4,0 (14,9)
AP 1,4 1,4 - 944 933 (1,2) 1,3 1,3 -
PA 34,3 34,3 - 825 713 (13,6) 28,3 24,5 (13,4)
TO 44,1 45,4 2,9 1.622 1.249 (23,0) 71,5 56,7 (20,7)
NORDESTE 1.546,0 1.526,8 (1,2) 439 401 (8,6) 679,1 612,7 (9,8)
MA 87,8 88,8 1,1 646 520 (19,5) 56,7 46,1 (18,7)
PI 233,2 233,2 - 302 231 (23,4) 70,3 53,8 (23,5)
CE 407,0 407,0 - 292 274 (6,2) 118,8 111,4 (6,2)
RN 35,8 35,8 - 347 341 (1,7) 12,4 12,2 (1,6)
PB 90,0 90,0 - 316 283 (10,4) 28,4 25,5 (10,2)
PE 186,1 186,1 - 311 342 9,8 58,0 63,6 9,7
AL 40,1 40,1 - 520 448 (13,7) 20,8 18,0 (13,5)
SE 15,2 15,2 - 871 677 (22,3) 13,2 10,3 (22,0)
BA 450,8 430,6 (4,5) 667 631 (5,3) 300,5 271,8 (9,6)
CENTRO- OESTE 474,9 474,9 - 1.761 1.756 (0,3) 836,5 833,9 (0,3)
MT 295,2 297,0 0,6 1.402 1.413 0,8 414,0 419,8 1,4
MS 26,8 26,6 (0,7) 1.696 1.451 (14,4) 45,4 38,6 (15,0)
GO 136,8 135,2 (1,2) 2.507 2.516 0,3 343,0 340,1 (0,8)
DF 16,1 16,1 - 2.117 2.201 4,0 34,1 35,4 3,8
SUDESTE 468,3 444,5 (5,1) 1.731 1.727 (0,2) 810,6 767,8 (5,3)
MG 348,2 344,7 (1,0) 1.536 1.594 3,7 535,0 549,3 2,7
ES 10,7 10,7 - 1.103 1.056 (4,2) 11,8 11,3 (4,2)
RJ 1,8 1,8 - 1.048 1.004 (4,1) 1,9 1,8 (5,3)
SP 107,6 87,3 (18,9) 2.434 2.353 (3,3) 261,9 205,4 (21,6)
SUL 578,2 581,9 0,6 1.630 1.645 0,9 942,7 957,1 1,5
PR 447,5 449,5 0,4 1.588 1.600 0,8 710,5 719,4 1,3
SC 69,6 71,3 2,4 1.964 1.886 (4,0) 136,7 134,5 (1,6)
RS 61,1 61,1 - 1.563 1.688 8,0 95,5 103,2 8,1
NORTE/NORDESTE 1.658,9 1.641,0 (1,1) 488 440 (9,9) 809,7 721,6 (10,9)
CENTRO-SUL 1.521,4 1.501,3 (1,3) 1.702 1.704 0,1 2.589,8 2.558,8 (1,2)
BRASIL 3.180,3 3.142,3 (1,2) 1.069 1.044 (2,3) 3.399,5 3.280,4 (3,5)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

78 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 28 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum preto total
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORDESTE 15,0 15,0 - 502 624 24,3 7,5 9,4 25,3
PB 1,1 1,1 - 405 363 (10,4) 0,4 0,4 -
PE 13,9 13,9 - 510 645 26,5 7,1 9,0 26,8
CENTRO- OESTE 2,5 2,5 - 1.820 1.678 (7,8) 4,5 4,2 (6,7)
MS 1,0 1,0 - 1.500 1.277 (14,9) 1,5 1,3 (13,3)
DF 1,5 1,5 - 2.033 1.945 (4,3) 3,0 2,9 (3,3)
SUDESTE 20,1 20,0 (0,5) 953 961 0,8 19,2 19,1 (0,5)
MG 13,5 13,4 (0,7) 886 921 3,9 12,0 12,3 2,5
ES 4,8 4,8 - 1.104 1.055 (4,4) 5,3 5,0 (5,7)
RJ 1,8 1,8 - 1.048 1.004 (4,1) 1,9 1,8 (5,3)
SUL 286,1 292,5 2,2 1.665 1.668 0,2 476,4 488,0 2,4
PR 200,6 205,6 2,5 1.703 1.679 (1,4) 341,6 345,1 1,0
SC 34,4 35,8 4,1 1.839 1.802 (2,0) 63,3 64,5 1,9
RS 51,1 51,1 - 1.399 1.534 9,6 71,5 78,4 9,7
NORTE/NORDESTE 15,0 15,0 - 502 624 24,3 7,5 9,4 25,3
CENTRO-SUL 308,7 315,0 2,0 1.620 1.624 0,2 500,1 511,3 2,2
BRASIL 323,7 330,0 1,9 1.568 1.578 0,6 507,6 520,7 2,6

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Tabela 29 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-comum cores total


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 39,2 39,0 (0,5) 930 809 (13,0) 36,4 31,6 (13,2)
RO 19,3 19,3 - 971 838 (13,7) 18,7 16,2 (13,4)
AC 5,6 5,6 - 580 592 2,1 3,2 3,3 3,1
AM 3,8 3,8 - 1.239 1.053 (15,0) 4,7 4,0 (14,9)
AP 1,4 1,4 - 944 933 (1,2) 1,3 1,3 -
PA 6,1 6,1 - 638 551 (13,6) 3,9 3,4 (12,8)
TO 3,0 2,8 (6,7) 1.513 1.215 (19,7) 4,6 3,4 (26,1)
NORDESTE 418,6 406,2 (3,0) 684 639 (6,6) 286,2 259,6 (9,3)
CE 2,8 2,8 - 565 530 (6,2) 1,6 1,5 (6,3)
PB 25,7 25,7 - 447 400 (10,5) 11,5 10,3 (10,4)
PE 75,8 75,8 - 489 507 3,7 37,0 38,4 3,8
AL 29,8 29,8 - 490 423 (13,7) 14,6 12,6 (13,7)
SE 15,2 15,2 - 871 677 (22,3) 13,2 10,3 (22,0)
BA 269,3 256,9 (4,6) 774 726 (6,2) 208,3 186,5 (10,5)
CENTRO- OESTE 263,4 263,4 - 2.299 2.273 (1,1) 605,5 598,7 (1,1)
MT 86,5 88,3 2,1 2.173 2.142 (1,5) 188,0 189,2 0,6
MS 25,8 25,6 (0,8) 1.703 1.458 (14,4) 43,9 37,3 (15,0)
GO 136,8 135,2 (1,2) 2.507 2.516 0,3 343,0 340,1 (0,8)
DF 14,3 14,3 - 2.139 2.242 4,8 30,6 32,1 4,9
SUDESTE 434,0 410,6 (5,4) 1.806 1.804 (0,1) 783,9 740,8 (5,5)
MG 320,5 317,4 (1,0) 1.609 1.667 3,6 515,5 529,1 2,6
ES 5,9 5,9 - 1.102 1.057 (4,1) 6,5 6,3 (3,1)
SP 107,6 87,3 (18,9) 2.434 2.353 (3,3) 261,9 205,4 (21,6)
SUL 292,1 289,4 (0,9) 1.596 1.620 1,5 466,3 469,0 0,6
PR 246,9 243,9 (1,2) 1.494 1.534 2,7 368,8 374,2 1,5
SC 35,2 35,5 0,9 2.087 1.971 (5,6) 73,5 70,0 (4,8)
RS 10,0 10,0 - 2.400 2.477 3,2 24,0 24,8 3,3
NORTE/NORDESTE 457,8 445,2 (2,8) 705 654 (7,3) 322,6 291,2 (9,7)
CENTRO-SUL 989,5 963,4 (2,6) 1.875 1.877 0,1 1.855,7 1.808,5 (2,5)
BRASIL 1.447,3 1.408,6 (2,7) 1.505 1.490 (1,0) 2.178,3 2.099,7 (3,6)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 79
Tabela 30 – Comparativo de área, produtividade e produção – Feijão-caupi total
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 73,7 75,2 2,0 1.279 1.027 (19,7) 94,3 77,3 (18,0)
RR 2,4 2,4 - 650 650 - 1,6 1,6 -
AC 2,0 2,0 - 630 643 2,1 1,3 1,3 -
PA 28,2 28,2 - 866 748 (13,6) 24,4 21,1 (13,5)
TO 41,1 42,6 3,6 1.630 1.251 (23,2) 67,0 53,3 (20,4)
NORDESTE 1.112,4 1.105,6 (0,6) 346 311 (10,2) 385,1 343,7 (10,8)
MA 87,8 88,8 1,1 646 520 (19,5) 56,6 46,1 (18,6)
PI 233,2 233,2 - 302 231 (23,4) 70,3 53,8 (23,5)
CE 404,2 404,2 - 290 272 (6,2) 117,2 109,9 (6,2)
RN 35,8 35,8 - 347 341 (1,7) 12,4 12,2 (1,6)
PB 63,2 63,2 - 261 234 (10,3) 16,5 14,8 (10,3)
PE 96,4 96,4 - 143 168 17,5 13,8 16,2 17,4
AL 10,3 10,3 - 605 522 (13,7) 6,2 5,4 (12,9)
BA 181,5 173,7 (4,3) 507 491 (3,2) 92,1 85,3 (7,4)
CENTRO- OESTE 209,0 209,0 - 1.083 1.106 2,1 226,5 231,1 2,0
MT 208,7 208,7 - 1.083 1.105 2,1 226,0 230,6 2,0
DF 0,3 0,3 - 1.500 1.529 1,9 0,5 0,5 -
SUDESTE 14,2 13,9 (2,1) 522 570 9,1 7,4 7,9 6,8
MG 14,2 13,9 (2,1) 522 570 9,1 7,4 7,9 6,8
NORTE/ NORDESTE 1.186,1 1.180,8 (0,4) 404 357 (11,8) 479,4 421,0 (12,2)
CENTRO-SUL 223,2 222,9 (0,1) 1.048 1.073 2,4 233,9 239,0 2,2
BRASIL 1.409,3 1.403,7 (0,4) 506 470 (7,1) 713,3 660,0 (7,5)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.5. Girassol
Figura 19 – Mapa da produção agrícola – Girassol

Fonte: Conab/IBGE.

80 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 31 – Comparativo de área, produtividade e produção – Girassol
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
REGIÃO/UF

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

CENTRO- OESTE 50,1 50,1 - 1.702 1.609 (5,4) 85,3 80,6 (5,5)

MT 31,8 31,8 - 1.670 1.617 (3,2) 53,1 51,4 (3,2)


MS 1,0 1,0 - 1.500 1.527 1,8 1,5 1,5 -
GO 16,6 16,6 - 1.750 1.579 (9,8) 29,1 26,2 (10,0)
DF 0,7 0,7 - 2.300 2.100 (8,7) 1,6 1,5 (6,3)
SUDESTE 9,3 9,3 - 1.400 1.326 (5,3) 13,0 12,3 (5,4)
MG 9,3 9,3 - 1.400 1.326 (5,3) 13,0 12,3 (5,4)
SUL 3,3 3,3 - 1.626 1.554 (4,4) 5,4 5,1 (5,6)
RS 3,3 3,3 - 1.626 1.554 (4,4) 5,4 5,1 (5,6)

CENTRO-SUL 62,7 62,7 - 1.653 1.564 (5,4) 103,7 98,0 (5,5)

BRASIL 62,7 62,7 - 1.653 1.564 (5,4) 103,7 98,0 (5,5)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.6. Mamona

As estimativas para a safra 2017/18 de mamona é de tes da safra anterior.


aumento de área, alcançando 32,3 mil hectares, que
representa acréscimo de 15,4% em relação à safra Em Minas Gerais, o cultivo da mamona se mantém
passada, que foi de 28 mil hectares. em baixa, com tendência ao desaparecimento. Cons-
tata-se nesse levantamento que a área total para o
Para a Bahia, estima-se que a área cultivada seja de estado não deve atingir 100 hectares. A redução se
25,5 mil hectares, assim podendo ocorrer variação po- dá, especialmente, em pequenas áreas, pulverizadas
sitiva de 20,9% na área em relação à safra anterior, na região norte do estado, nas quais as a baixas pro-
que foi de 21,1 mil hectares. A produtividade poderá dutividades quase sempre inviabilizam a colheita. As
alcançar 499 kg/ha. O atual preço alto pode ser um poucas áreas remanescentes têm sua produção vol-
incentivo ao aumento da área produtiva. O cultivo da tada para a indústria rícino-química, ainda assim com
mamona ocorre praticamente na mesorregião centro comercialização muito incerta. A extinção de áreas de
norte do estado, sendo cultivada pela agricultura fa- baixo rendimento impactará diretamente na produti-
miliar, com baixa mecanização agrícola. Os cultivos vidade do estado, que poderá atingir 858 kg/ha, caso
são conduzidos em regime de sequeiro com o cultivo as condições climáticas sejam favoráveis.
de plantas novas e o manejo de plantas remanescen-

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 81
Figura 20 – Mapa da produção agrícola - Mamona

Fonte: Conab/IBGE.

Tabela 32 – Comparativo de área, produtividade e produção – Mamona

ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %
REGIÃO/UF

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)

NORDESTE 26,2 30,6 16,8 444 453 2,2 11,6 13,9 19,8
PI 0,2 0,2 - 494 434 (12,1) 0,1 0,1 -
CE 4,9 4,9 - 224 217 (3,1) 1,1 1,1 -
BA 21,1 25,5 20,9 494 499 1,0 10,4 12,7 22,1

CENTRO- OESTE 1,6 1,6 - 900 900 - 1,4 1,4 -

MT 1,6 1,6 - 900 900 - 1,4 1,4 -


SUDESTE 0,2 0,1 (50,0) 443 858 93,7 0,1 0,1 -
MG 0,2 0,1 (50,0) 443 858 93,7 0,1 0,1 -
NORTE/NORDESTE 26,2 30,6 16,8 444 453 2,2 11,6 13,9 19,8

CENTRO- SUL 1,8 1,7 (5,6) 849 898 5,7 1,5 1,5 -
BRASIL 28,0 32,3 15,4 470 477 1,5 13,1 15,4 17,6
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

82 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.7. Milho

8.1.7.1. Milho primeira safra

No terceiro levantamento de milho primeira safra, da instabilidade das cotações desse produto no mercado,
temporada 2017/18, indica redução de área de 9,6% perdendo espaço para as lavouras de soja e algodão.
em relação à safra 2016/17. A cultura segue a tendên- A produtividade poderá atingir 4.046 kg/ha. No oes-
cia observada nos últimos anos, sendo substituída, te baiano, o milho deve continuar sendo produzido
principalmente, pela soja. nessa safra, mas assim como em outras regiões do
país, perde espaço para o avanço da soja. A boa ren-
Na Região Norte, a expectativa é de redução de 0,6% tabilidade da soja e a sua liquidez levam à preferência
na área plantada em relação à safra passada. por parte do produtor. No centro-norte do estado, as
safras dos últimos anos não têm apresentado bons
No Acre, a estimativa é de redução de área plantada resultados. Os agricultores aguardam uma melhora
devido às dificuldades na obtenção de crédito agríco- nas condições para o plantio da safra de verão 2017/18,
la e na comercialização do milho da última safra. O sobretudo, em ganhos de produtividade.
plantio iniciou em outubro e se estenderá até dezem-
bro. Cerca de 80% da área destinada ao milho já foi Na região centro-oeste, a previsão é de redução do
plantada. plantio. A área cultivada deverá ser 19,3% menor em
relação à safra passada.
Em Tocantins, a cultura está em fase inicial de plan-
tio. A maioria da área semeadas, até esse momento, Em Mato Grosso, a perspectiva de plantio é de apro-
foi feita por pequenos agricultores. Para os médios e ximadamente 25,3 mil hectares, área 24,4% menor do
grandes produtores, a previsão é que o plantio inicie a que à da safra anterior, que foi de 33,4 mil hectares. Tal
partir da segunda quinzena de dezembro, visto a limi- queda se justifica pela preferência dos produtores ru-
tação de armazéns para receber o produto enquanto rais pelo plantio da soja, cuja rentabilidade está mais
estiver em período de colheita da soja. Para essa safra atrativa que o milho. Assim, o plantio do milho primei-
é esperada uma retração na área cultivada, principal- ra safra se restringe aos produtores que destinam o
mente pelos produtores tecnificados. A expectativa cereal para fabricação de ração animal e silagem. Em
de baixo preço pago pelo produto e menor liquidez relação ao plantio, a maior parte das áreas já está se-
para comercialização, cenário oposto ao da safa pas- meada e os trabalhos devem seguir durante dezem-
sada, favorece a substituição da cultura pelo cultivo bro. Pelo fato das chuvas terem chegado mais tarde,
da soja. a produtividade estimada do milho para essa safra é
de 7.370 kg/ha, ante aos 7.676 kg/ha da safra 2016/17.
A Região Nordeste é a única região em que deverá ter Com isso, aliado à menor área cultivada, a produção
acréscimo de área, quando comparada à safra 2016/17. deve ser menor do que à da última safra, saindo de
256,4 mil toneladas no período 2016/17 para 186,5 mil
No Maranhão, as áreas cultivadas de milho, que nas toneladas na atual, redução de 27,3% em relação à sa-
últimas safras apresentaram sucessivos aumentos, fra anterior.
em razão de condições climáticas extremamente fa-
voráveis e as consecutivas altas no preço do produto, Em Mato Grosso do Sul, nos municípios onde existem
vêm se confirmando nessa safra também. A avaliação áreas plantadas com milho primeira safra, as chuvas
é que a área seja 6,6% maior que na última safra. foram tipificadas como regulares e normais. No que
diz respeito à expectativa de produtividade, há vá-
No Piauí, estima-se manutenção de área em relação à rios fatores interferentes, pois nem todos os municí-
safra passada devido, principalmente, às expectativas pios exibiram o mesmo perfil, levando-se em conta
de mercado e a um estoque relativamente elevado os eventos ocorridos. Há um grande investimento na
nas mãos dos produtores. O plantio se iniciou apenas cultura, o que gera uma expectativa de altas produ-
no município de Palmeira do Piauí, no entanto a re- tividades, a depender das condições climáticas ade-
presentatividade em relação à área total do estado é quadas, o pacote tecnológico utilizado e o manejo
muito baixa, menos de 1% da área. adequado, principalmente no tocante ao controle de
doenças, pragas e plantas invasoras. A área estimada
Na Bahia, o cultivo de milho ocorre em quase todo o com a cultura no estado é de 15 mil hectares, um va-
estado. Estima-se que sejam cultivados 375,7 mil hec- lor 46,4% menor que o da safra anterior, dada, prin-
tares desse cereal. Em relação à safra passada, espe- cipalmente, devido à substituição pela soja. Fatores
ra-se redução de 1,6% na área. Essa redução se deve à como o preço baixo atual e do milho segunda safra,

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 83
plantado na safra anterior, fizeram com que os pro- sio. Atualmente, praticamente toda a área do estado
dutores recuassem na área plantada com o milho pri- está plantada, e as lavouras estão prioritariamente
meira safra e passassem a plantar soja. Foram aber- nos estádios de desenvolvimento vegetativo e germi-
tas algumas novas áreas e também substituição de nação.
pastagem, no entanto, o preço pago ao produtor e o
valor do arrendamento, também desestimularam os Em Goiás, em virtude do atraso no plantio da soja por
produtores a plantar milho. A produtividade média questões climáticas, praticamente não foram obser-
esperada é de 9.095 kg/ha, com uma grande variabi- vadas áreas de plantio de milho verão. Alguns talhões
lidade desde 3.180 kg/ha, onde as condições edafocli- de plantios intercalados com a soja foram observados
máticas são menos favoráveis, até 10.800 kg/ha, na em Chapadão do Céu. A tendência é de redução de
região dos chapadões. No cenário estadual, o controle área na primeira safra, mas produtores ainda apos-
de pragas e doenças tem bons resultados, porém al- tam no milho de segunda safra, mesmo com o ca-
gumas localidades enfrentam problemas associados lendário e janela de plantio reduzido. Na região leste,
ao controle da Mancha branca (Pantoea ananatis), observa-se a redução da área de milho primeira safra
que no sul do estado, exibiu fatores propícios para o para incremento na área de soja.
desenvolvimento da referida bactéria, como a queda
atípica da temperatura. Além do controle de pragas Dessa forma, a estimativa nacional para a intenção
e doenças, os produtores estão realizando adubações de plantio do milho primeira safra, na temporada
de cobertura, principalmente com nitrogênio e potás- 2017/18, deverá apresentar redução de 9,6% em rela-
ção ao ocorrido na safra passada.

Figura 21 - Área de milho primeira safra em Chapadão do Céu - GO.

Fonte: Conab.

84 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
No Distrito Federal, a área estimada com milho pri- bilização do período de chuva os produtores estão
meira safra, cujo plantio se concentrou na primeira mais otimistas e investindo mais nas lavouras. Acre-
quinzena de novembro, levemente atrasado em rela- dita-se que a produtividade seja menor em relação à
ção à safra anterior, está estimada em 27,8 mil hecta- safra anterior, como reflexo dos atrasos nos plantios.
res, 2,8% inferior à semeada na temporada passada. Aproximadamente 50% da área se encontra plantada,
Apesar das cotações se encontrarem em ascensão no de forma que já é possível observar cultivo em vários
mercado interno, esse levantamento indica leve redu- estádios de desenvolvimento. As Lavouras se encon-
ção de área, em detrimento à soja. A produtividade tram em boas condições, salvo algumas árse eas que
média estimada é de 7.982 kg/ha, o que poderá resul- foram plantadas após as primeiras chuvas. Essas aca-
tar em uma produção de 221,9 mil toneladas, levemen- baram por sofrer com a estiagem que ocorreu logo
te inferior à oferta da temporada passada. O atual le- em seguida. No Sul de Minas, observou-se desunifor-
vantamento registra leve aumento de produtividade, midade das lavouras devido à estiagem e à incidência,
ocasionado fundamentalmente pelas expectativas de em larga escala, da lagarta-do-cartucho (Spodoptera
regularidades climáticas. O plantio já foi concluído e frugiperda), problema contornado mediante o com-
as lavouras estão em estádio de germinação. bate à praga, que minimizou os eventuais prejuízos
na produtividade, mas, em contrapartida, ampliou os
Na região sudeste, a cultura também deverá experi- custos de produção. No Triângulo Mineiro, algumas
mentar redução na área plantada, estimada em 10,8% pequenas áreas plantadas no início de novembro
menor em relação ao plantio anterior. apresentam cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).
A princípio não é motivo de grandes preocupações, já
Em Minas Gerais, conforme se previu no segundo le- que as chuvas contribuem para possível diminuição
vantamento, a área de milho deve sofrer redução em da praga, entretanto, os produtores e extensionistas
relação à safra anterior, entretanto, menor que o es- se mantém em alerta, visto os prejuízos causados por
perado. Com a reação do mercado do milho, que tem estas na última safra.
atingido preços mais satisfatórios, e diante da esta-

Figura 22 - Lavoura de milho no Triângulo Mineiro.

Fonte: Conab.

No Rio de Janeiro, a estimativa de área plantada é de Em São Paulo, significativa parcela dos produtores
2,4 mil hectares. É estimado crescimento em torno de optou por migrar para a cultura da soja que, apesar
4,5% no rendimento médio em relação à safra ante- de preços menores que o esperado, ainda são consi-
rior, passando de 2.332 para 2.438 kg/ha. Os motivos derados bem remuneradores pelo segmento, além de
para o aumento de produtividade podem ser explica- contar com boa liquidez junto aos mercados externos.
dos pelas sementes de boa qualidade, clima favorável Fato bastante mencionado nesse terceiro levanta-
e melhores tratos culturais, com a expectativa futura mento é de que a redução na área de milho, também
de melhores preços. foi influenciada pela disponibilidade de grãos no mer-

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 85
cado. A estimativa é de que a área apresente redução giões, regulares em 16% e apenas 1% são consideradas
de 5,5%, comparada à safra passada. Na parte norte do ruins, resultado da influência do clima atuante nessa
estado, o plantio ainda é reduzido em razão da forte safra. No início do período de plantio, em setembro,
estiagem, enquanto a região conhecida como “cintu- uma estiagem generalizada afetou muitas lavouras
rão do grão” já se encontra com o plantio intensifica- em fase inicial de desenvolvimento (emergência/ve-
do. As lavouras estão viçosas e a presença da umidade getativo), dificultando a germinação e favorecendo o
no solo é evidente. aparecimento de pragas, como a lagarta-rosca (Agro-
tis ipsilon) e percevejos, para os quais foi necessário
Na Região Sul, a cultura deverá ter uma redução im- controle químico, mesmo em áreas semeadas com
portante na área plantada, estimada em 1.381,2 mil híbridos contendo tecnologia transgênica (Bt). Em al-
hectares, ante aos 1.712,9 mil hectares da safra passa- guns casos, houve necessidade de replantio de algu-
da, redução de 19,4%. mas áreas e, em outras, o estande ficou prejudicado.
Com a volta das chuvas em outubro e novembro, a
No Paraná, o plantio já se encontra encerrado e 89% semeadura tomou impulso e as condições das lavou-
das lavouras foram classificadas como boas, 10% re- ras melhoraram significativamente, auxiliada pelas
gulares e 1% ruim, reflexo das adversidades climáticas temperaturas noturnas amenas e dias ensolarados
após a sua implantação. A área de cultivo sofreu re- entre as precipitações. A expectativa é de redução de
dução de 32,9% frente à safra anterior, menor área já área plantada. A queda dos preços do produto duran-
registrada na primeira safra. O fato se justifica pelos te a safra anterior, maior custo e risco no cultivo são
baixos preços do cereal, uma vez que em novembro alguns dos fatores que contribuíram para a redução,
de 2016 o produtor recebia R$ 32,00 pela saca e nesse além de perspectivas futuras de mercado e boa remu-
ano o valor é de R$ 22,00. A perda de área se dá, prin- neração da soja sobre o cereal. Até o momento, esti-
cipalmente, para soja e feijão cores. As lavouras estão ma-se que a área possa alcançar em torno de 332,2 mil
com 93% em estádio de desenvolvimento vegetativo hectares, uma redução aproximada de 17% em relação
e 7% no início da floração. A produtividade esperada é ao cultivado na safra passada. Também a produtivi-
de 8.614 kg/ha, 6,8% inferior à safra passada, que foi dade dá sinais de que pode ser inferior ao obtido na
recorde. temporada anterior, consequência de alguns fatores,
como: altas produtividades alcançadas na safra pas-
Em Santa Catarina, em torno de 91% das lavouras des- sada, resultado do clima muito favorável naquela sa-
tinadas ao cultivo de milho se encontram semeadas. fra em comparação com as previsões da safra atual,
Dessas, 70% se encontram em desenvolvimento vege- menor tecnologia das sementes utilizadas nessa sa-
tativo, 15% em floração, 8% entre germinação/emer- fra, em alguns locais, em que híbridos de alta tecno-
gência e o restante, 7%, em início de granação, loca- logia foram substituídos por materiais mais baratos,
lizadas principalmente no extremo-oeste do estado, na tentativa de reduzir custos de implantação. Assim,
onde o plantio se iniciou mais cedo. As lavouras são apesar de grande parte das lavouras estarem em de-
consideradas boas em aproximadamente 83% das re- senvolvimento inicial, estima-se uma produtividade
em torno de 7.414 kg/ha.

Figura 23 -Milho em Abelardo Luz - SC

Fonte: Conab.

86 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
No Rio Grande do Sul, a cultura do milho se encontra inferior ao verificado na safra passada. Cabe ressal-
quase toda semeada. Nas regiões mais importantes va para a ocorrência de tempestades que chegaram
de cultivo do estado, como a noroeste e nordeste, já a causar perdas na ordem de 10% na região central
está toda semeada, enquanto que ainda há áreas nas e nas Missões e da alta pressão de lagarta-do-cartu-
regiões sul e central que ainda não foram implanta- cho no início do desenvolvimento da cultura, em es-
das, na primeira em razão do zoneamento e na se- pecial nos locais mais quentes do estado. Outro pon-
gunda por ser implantado somente após a colheita to importante, que pode se refletir na produtividade
do fumo. Praticamente 20% da área do estado se en- média do estado, é a não utilização da irrigação por
contra em floração e cerca de 15% em enchimento de pivô central em muitas lavouras, muito em razão da
grãos, as demais estão em desenvolvimento vegeta- baixa rentabilidade esperada para a cultura devido ao
tivo. Quanto mais a oeste do estado, mais avançadas baixo preço pago pelo produto. Quanto à área total,
estão as lavouras, predominando naquela região as foi confirmada a redução em relação à safra passada,
fases de enchimento de grãos e maturação, enquan- na ordem de 12%, causada pelo baixo preço recebido
to que as regiões mais ao leste praticamente todas as pelo produto durante todo o ano de 2017 e a expecta-
lavouras ainda estão em desenvolvimento vegetativo. tiva de manutenção desses preços em níveis menos
Na região sul, Pelotas e Canguçu têm somente 18 e remuneradores que, por exemplo, a soja. A cotação
22% da área semeada, respectivamente, e Bagé 90%. atual do milho é R$ 26,55 a saca de 60 quilos, com leve
Até o momento, as condições de desenvolvimento tendência de aumento nas últimas semanas devido à
para o milho são boas, com produtividade levemente escassez de produto no mercado local.

Figura 24 – Lavoura de milho em Palmeira das Missões - RS

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 87
Figura 25 – Mapa da produção agrícola – Milho primeira safra

Fonte: Conab/IBGE.

88 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Quadro 8 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Milho primeira safra
Milho primeira safra
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
PA Sudeste Paraense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Oeste Maranhense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
MA
Sul Maranhense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Norte Piauiense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
PI Sudoeste Piauiense P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Sudeste Piauiense P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Noroeste Cearense P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Norte Cearense P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Sertões Cearenses P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
CE
Jaguaribe P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Centro-Sul Cearense P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Sul Cearense P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
Oeste Potiguar P/G DV/F F/FR FR/M M/C C
RN
Agreste Potiguar P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Sertão Paraibano PP P/G/DV F/FR FR/M M/C C
PB
Agreste Paraibano P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
PE Sertão Pernambucano PP P/G/DV F/FR FR/M M/C C
BA Extremo Oeste Baiano P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
MT Sudeste Mato-grossense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Centro Goiano PP P/G/DV DV DV/F F/FR FR/M M/C C
FR/
GO Leste Goiano PP P/G/DV DV DV/F F/FR M/C C
M/C
Sul Goiano PP P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
DF Distrito Federal PP P/G P/G/DV DV/F FR/M M/C C
Noroeste de Minas P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Triângulo Mineiro/Alto
P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Paranaíba
Metropolitana de Belo
P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
MG Horizonte
Oeste de Minas P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Sul/Sudoeste de Minas P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Campo das Vertentes P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Zona da Mata P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
São José do Rio Preto P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Ribeirão Preto P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Bauru P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
SP
Campinas P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Itapetininga PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Macro Metropolitana Paulista PP P/G G/DV DV F/FR FR/M M/C C
Centro Ocidental Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Norte Central Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Norte Pioneiro Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Centro Oriental Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
PR Oeste Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Sudoeste Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Centro-Sul Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Sudeste Paranaense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Metropolitana de Curitiba P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Oeste Catarinense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M/C M/C C
Norte Catarinense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
SC
Serrana P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Vale do Itajaí P/G G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C C
Noroeste Rio-grandense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M/C M/C C
Nordeste Rio-grandense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Centro Ocidental Rio-gran-
P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M/C M/C C
dense
RS
Centro Oriental Rio-gran-
P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M/C M/C C
dense
Metropolitana de Porto Alegre P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Sudeste Rio-grandense P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M M/C C
Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média Restrição -Excesso de Chuvas Média restrição - falta de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 89
Tabela 33 – Comparativo de área, produtividade e produção – Milho primeira safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 311,8 310,0 (0,6) 3.194 3.205 0,3 996,0 993,5 (0,3)

RO 40,2 40,2 - 2.661 2.535 (4,7) 107,0 101,9 (4,8)

AC 34,9 34,2 (2,0) 2.350 2.387 1,6 82,0 81,6 (0,5)

AM 12,2 12,2 - 2.526 2.567 1,6 30,8 31,3 1,6

AP 1,7 1,7 - 962 929 (3,4) 1,6 1,6 -

PA 176,9 176,9 - 3.142 3.205 2,0 555,8 567,0 2,0

TO 45,9 44,8 (2,4) 4.766 4.689 (1,6) 218,8 210,1 (4,0)

NORDESTE 1.806,6 1.819,8 0,7 2.469 2.333 (5,5) 4.460,8 4.245,8 (4,8)

MA 292,8 312,1 6,6 4.240 4.240 - 1.241,5 1.323,3 6,6

PI 418,2 418,2 - 3.037 2.354 (22,5) 1.270,1 984,4 (22,5)

CE 514,0 514,0 - 815 666 (18,3) 418,9 342,3 (18,3)

RN 29,2 29,2 - 348 453 30,2 10,2 13,2 29,4

PB 86,5 86,5 - 446 463 3,8 38,6 40,0 3,6

PE 84,1 84,1 - 74 268 262,2 6,2 22,5 262,9

BA 381,8 375,7 (1,6) 3.864 4.046 4,7 1.475,3 1.520,1 3,0

CENTRO- OESTE 350,0 282,3 (19,3) 8.060 7.798 (3,2) 2.821,0 2.201,4 (22,0)

MT 33,4 25,3 (24,4) 7.676 7.370 (4,0) 256,4 186,5 (27,3)

MS 28,0 15,0 (46,4) 9.340 9.095 (2,6) 261,5 136,4 (47,8)

GO 260,0 214,2 (17,6) 8.000 7.734 (3,3) 2.080,0 1.656,6 (20,4)

DF 28,6 27,8 (2,8) 7.800 7.982 2,3 223,1 221,9 (0,5)

SUDESTE 1.301,2 1.161,1 (10,8) 6.295 6.124 (2,7) 8.191,5 7.110,6 (13,2)

MG 909,4 790,3 (13,1) 6.374 6.238 (2,1) 5.796,5 4.929,9 (15,0)

ES 13,2 13,2 - 2.832 2.659 (6,1) 37,4 35,1 (6,1)


RJ 2,7 2,4 (11,1) 2.332 2.438 4,5 6,3 5,9 (6,3)
SP 375,9 355,2 (5,5) 6.255 6.024 (3,7) 2.351,3 2.139,7 (9,0)
SUL 1.712,9 1.381,2 (19,4) 8.169 7.602 (6,9) 13.992,7 10.500,3 (25,0)
PR 507,7 340,7 (32,9) 9.243 8.614 (6,8) 4.692,7 2.934,8 (37,5)
SC 400,3 332,2 (17,0) 8.152 7.414 (9,1) 3.263,2 2.462,9 (24,5)
RS 804,9 708,3 (12,0) 7.500 7.204 (3,9) 6.036,8 5.102,6 (15,5)
NORTE/NORDESTE 2.118,4 2.129,8 0,5 2.576 2.460 (4,5) 5.456,8 5.239,3 (4,0)
CENTRO- SUL 3.364,1 2.824,6 (16,0) 7.433 7.014 (5,6) 25.005,2 19.812,3 (20,8)
BRASIL 5.482,5 4.954,4 (9,6) 5.556 5.056 (9,0) 30.462,0 25.051,6 (17,8)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

90 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.7.2. Milho segunda safra

Figura 26 – Mapa da produção agrícola – Milho segunda safra

Fonte: Conab/IBGE.

Quadro 9 - Histórico das condições hídricas gerais e possíveis impactos nas diferentes fases* da cultura
nas principais regiões produtoras do país – Milho segunda safra
Milho segunda safra
UF Mesorregiões
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
RO Leste Rondoniense - RO P P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C
TO Oriental do Tocantins - TO P DV F/FR FR/M M/C C
MA Sul Maranhense - MA P DV F/FR FR/M M/C C
PE Agreste Pernambucano M/C C P/G DV/F F/FR FR/M
BA Nordeste Baiano - BA M/C C P/G P/G/DV DV/F F/FR FR/M
Centro Norte de Mato Grosso do Sul - MS PP G/DV DV/F FR FR/M M/C C C
MS Leste de Mato Grosso do Sul - MS PP G/DV DV/F FR FR/M M/C C C
Sudoeste de Mato Grosso do Sul - MS P G/DV DV/F FR FR/M M/C C C
Norte Mato-grossense - MT P P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C
MT Nordeste Mato-grossense - MT PP P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C
Sudeste Mato-grossense - MT PP P/G/DV DV/F FR FR/M M/C C
Leste Goiano - GO PP G/DV DV/F FR FR/M M/C C
GO
Sul Goiano - GO P G/DV DV/F FR FR/M M/C C
Noroeste de Minas - MG P DV F/FR FR M/C C
MG
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba - MG P DV F/FR FR M/C C
Assis - SP P DV F/FR FR FR/M/C C C
SP
Itapetininga - SP P DV F/FR FR FR/M/C C C
Noroeste Paranaense - PR PP G/DV DV/F FR FR/M FR/M/C C C
Centro Ocidental Paranaense - PR PP G/DV DV DV/F/FR F/FR/M FR/M/C C C
PR Norte Central Paranaense - PR PP G/DV DV DV/F/FR F/FR/M FR/M/C C C
Norte Pioneiro Paranaense - PR PP G/DV DV DV/F/FR F/FR/M FR/M/C C C
Oeste Paranaense - PR PP G/DV DV DV/F/FR F/FR/M FR/M/C C C

Legendas:

Baixa restrição - falta de chuvas Favorável Média restrição - falta de chuva Baixa restrição - excesso de chuva

* - (PP)=pré-plantio (P)=plantio; (G)=germinação; (DV)=desenvolvimento vegetativo; (F)=floração; (FR)=frutificação; (M)=maturação; (C)=colheita.

** Total ou parcialmente irrigado. O que não elimina, no entanto, a possibilidade de estar havendo restrições por anomalias de temperatura ou indisponibilidade hídrica
para a irrigação.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 91
Tabela 34 – Comparativo de área, produtividade e produção – Milho segunda safra
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 401,2 401,2 - 4.253 4.225 (0,6) 1.706,1 1.695,1 (0,6)

RR 7,6 7,6 - 6.000 4.857 (19,1) 45,6 36,9 (19,1)

RO 156,9 156,9 - 4.385 4.584 4,5 688,0 719,2 4,5

PA 81,4 81,4 - 3.549 3.600 1,4 288,9 293,0 1,4

TO 155,3 155,3 - 4.402 4.160 (5,5) 683,6 646,0 (5,5)

NORDESTE 796,3 796,3 - 2.789 2.661 (4,6) 2.220,7 2.118,8 (4,6)

MA 198,9 198,9 - 3.572 3.300 (7,6) 710,5 656,4 (7,6)

PI 49,2 49,2 - 2.363 4.409 86,6 116,3 216,9 86,5

PE 73,9 73,9 - 654 600 (8,3) 48,3 44,3 (8,3)

AL 37,2 37,2 - 674 705 4,6 25,1 26,2 4,4

SE 172,0 172,0 - 4.721 3.467 (26,6) 812,0 596,3 (26,6)

BA 265,1 265,1 - 1.918 2.183 13,8 508,5 578,7 13,8

CENTRO-OESTE 7.664,7 7.664,7 - 6.008 5.947 (1,0) 46.052,7 45.583,2 (1,0)

MT 4.605,7 4.605,7 - 6.212 6.048 (2,6) 28.610,6 27.855,3 (2,6)

MS 1.759,9 1.759,9 - 5.460 5.468 0,1 9.609,1 9.623,1 0,1

GO 1.260,7 1.260,7 - 6.000 6.167 2,8 7.564,2 7.774,7 2,8

DF 38,4 38,4 - 7.000 8.594 22,8 268,8 330,0 22,8

SUDESTE 837,7 837,7 - 5.081 5.364 5,6 4.256,3 4.493,6 5,6

MG 357,6 357,6 - 4.822 5.751 19,3 1.724,3 2.056,6 19,3

SP 480,1 480,1 - 5.274 5.076 (3,8) 2.532,0 2.437,0 (3,8)

SUL 2.409,3 2.409,3 - 5.456 5.512 1,0 13.145,1 13.280,1 1,0

PR 2.409,3 2.409,3 - 5.456 5.512 1,0 13.145,1 13.280,1 1,0

NORTE/NORDESTE 1.197,5 1.197,5 - 3.279 3.185 (2,9) 3.926,8 3.814,1 (2,9)


CENTRO-SUL 10.911,7 10.911,7 - 5.815 5.806 (0,2) 63.454,1 63.356,8 (0,2)

BRASIL 12.109,2 12.109,2 - 5.564 5.547 (0,3) 67.380,9 67.170,9 (0,3)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

92 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.7.3. Milho total

Figura 27 – Mapa da produção agrícola – Milho total (primeira e segunda safras)

Fonte: Conab/IBGE.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 93
Tabela 35 – Comparativo de área, produtividade e produção – Milho total
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 713,0 711,2 (0,3) 3.790 3.781 (0,2) 2.702,1 2.688,6 (0,5)

RR 7,6 7,6 - 6.000 4.857 (19,1) 45,6 36,9 (19,1)

RO 197,1 197,1 - 4.033 4.166 3,3 795,0 821,1 3,3


AC 34,9 34,2 (2,0) 2.350 2.387 1,6 82,0 81,6 (0,5)
AM 12,2 12,2 - 2.526 2.567 1,6 30,8 31,3 1,6
AP 1,7 1,7 - 962 929 (3,4) 1,6 1,6 -
PA 258,3 258,3 - 3.270 3.329 1,8 844,7 860,0 1,8
TO 201,2 200,1 (0,5) 4.485 4.278 (4,6) 902,4 856,1 (5,1)
NORDESTE 2.602,9 2.616,1 0,5 2.567 2.433 (5,2) 6.681,3 6.364,8 (4,7)
MA 491,7 511,0 3,9 3.970 3.874 (2,4) 1.951,9 1.979,7 1,4
PI 467,4 467,4 - 2.966 2.570 (13,3) 1.386,3 1.201,4 (13,3)
CE 514,0 514,0 - 815 666 (18,3) 418,9 342,3 (18,3)
RN 29,2 29,2 - 348 453 30,2 10,2 13,2 29,4
PB 86,5 86,5 - 446 463 3,8 38,6 40,0 3,6
PE 158,0 158,0 - 345 423 22,6 54,6 66,9 22,5
AL 37,2 37,2 - 674 705 4,6 25,1 26,2 4,4
SE 172,0 172,0 - 4.721 3.467 (26,6) 812,0 596,3 (26,6)
BA 646,9 640,8 (0,9) 3.067 3.275 6,8 1.983,7 2.098,8 5,8

CENTRO-OESTE 8.014,7 7.947,0 (0,8) 6.098 6.013 (1,4) 48.873,7 47.784,6 (2,2)

MT 4.639,1 4.631,0 (0,2) 6.223 6.055 (2,7) 28.867,0 28.041,7 (2,9)


MS 1.787,9 1.774,9 (0,7) 5.521 5.499 (0,4) 9.870,6 9.759,6 (1,1)
GO 1.520,7 1.474,9 (3,0) 6.342 6.395 0,8 9.644,2 9.431,4 (2,2)
DF 67,0 66,2 (1,2) 7.341 8.337 13,6 491,9 551,9 12,2
SUDESTE 2.138,9 1.998,8 (6,6) 5.820 5.806 (0,2) 12.447,9 11.604,1 (6,8)
MG 1.267,0 1.147,9 (9,4) 5.936 6.086 2,5 7.520,9 6.986,4 (7,1)
ES 13,2 13,2 - 2.832 2.659 (6,1) 37,4 35,1 (6,1)
RJ 2,7 2,4 (11,1) 2.332 2.438 4,5 6,3 5,9 (6,3)
SP 856,0 835,3 (2,4) 5.705 5.479 (4,0) 4.883,3 4.576,7 (6,3)
SUL 4.122,2 3.790,5 (8,0) 6.583 6.274 (4,7) 27.137,8 23.780,4 (12,4)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.1.8. Soja

O plantio de soja, na safra 2017/18, mesmo que ainda lidade na comercialização da oleaginosa estimulam
não encerrado, deverá confirmar o aumento da área os produtores a apostarem em incrementos na pro-
plantada, comparado com o ocorrido na safra anterior, dução.
ora estimado em 3,1%. As vantagens derivadas da agi-

Região Norte-Nordeste
O plantio da safra 2017/18 deverá ocorrer a partir de área plantada em 5,4% com relação ao ano anterior.
dezembro, com a consolidação do período chuvoso,
tendo como suporte o bom quadro climático observa- Na Bahia, principal produtor regional, estima-se que a
do na safra recém-encerrada, quando se compara com área de cultivo irá atingir 1.641,9 mil hectares, com um
o observado nas últimas três safras. Esse desempenho incremento de 3,9% em relação à área cultivada na
serviu de estímulo ao produtor local, que ampliou sua safra anterior. Os plantios de sequeiro foram iniciados

94 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
no início de novembro, e estima-se que 40% da área as evidências colhidas na avaliação anterior, quanto a
esteja semeada. Os cultivos irrigados foram realizados ausência de chuvas na segunda quinzena de outubro,
em meados de outubro e ocupam aproximadamente atrasando o início do plantio e o estabelecimento das
20.000 hectares. O cultivo atual predomina nas me- principais lavouras extensivas no sul do estado. Há um
sorregiões extremo oeste e centro-sul, com destaque forte otimismo com relação a cultura, e os preços rela-
para o extremo oeste, onde se dá a maior concentra- tivamente atraentes dão suporte a lavoura.
ção do plantio.
No Piauí, estima-se um aumento na área de soja na
Em Tocantins, a cultura está em plena fase de plantio, ordem de 2% devido à incorporação das áreas ocupa-
com suas lavouras ainda nos estágios de germinação das com milho na safra passada, calculando-se que
de desenvolvimento vegetativo. Com o atraso do pe- neste exercício a área plantada atinja 707,7 mil hec-
ríodo chuvoso, o plantio somente se iniciou de forma tares. O plantio da soja já iniciou em todas as regiões
acelerada em novembro e deve se estender até mea- produtoras do sudoeste piauiense, estimando-se que
dos de dezembro, causando temores com relação aos atualmente o plantio já ocorreu em cerca de 45% do
níveis de produtividade dessa safra. A cultura apre- total. Dessa área, aproximadamente 70% se encontra
sentará um incremento mais modesto na área, em re- em germinação e 30% em desenvolvimento vegeta-
lação aos anos anteriores devido às frustrações ocor- tivo. O regime climático deste ano tem sido favorável
ridas na safra 2015/16, que se estendeu também para para um bom início de plantio, superando o índice
algumas regiões na safra 2016/17. Isso trouxe para os alcançado na safra anterior, que nesta mesma data,
produtores um elevado comprometimento financeiro, encontrava-se com 20% da área plantada. A produtivi-
apresentando como consequência, uma certa restri- dade deverá ficar em 2.528 kg/ha.
ção de acesso ao crédito. No Maranhão, confirmam-se

Figura 28 – Lavoura de soja no município de Bom Jesus – PI

Fonte: Conab.

Figura 29 – Soja em desevovimento vegetativo - Município de Bom Jesus -PI

Fonte: Conab.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 95
No Pará, estima-se que a área de cultivo irá atingir da será feita com soja transgênica. A semente conven-
535,1 mil hectares, com um forte incremento de 7% em cional mais utilizada é a do ciclo precoce, estimando-
relação à área cultivada na safra anterior. A área está se o plantio em torno de 20% e a de ciclo médio 10%.
sendo preparada para o plantio, coincidindo com o iní- Em virtude dos juros e prazos melhores nas linhas
cio das chuvas, que se estende de dezembro a janeiro. de créditos via BNDES, alguns produtores renovaram
Outro suporte está relacionado aos insumos usados suas máquinas e colhedeiras. Um fator que destaca
na cultura. Os preços dos diversos materiais empre- é o acesso à tecnologia, com o uso da agricultura de
gados se mantiveram estáveis, com alguns apresen- precisão, no preparo do solo através do mapeamen-
tando leve redução. Em Rondônia, a lavoura de soja, to, para análise e aplicação de fertilizantes e correti-
que além de plantada nos sete municípios no sul do vos. Observa-se na semeadura o uso de sensores, GPS,
estado, está avançando para outros municípios, e já é software e pulverizadores com sensores de vazão. Por
a cultura de maior produção e que traz maior ganho essa razão, a produtividade alcançada no estado é
ao produtor. O calendário de plantio, quando o clima considerada uma das mais altas do Brasil. A ausência
permite, é realizado normalmente com 20% em ou- de infraestrutura, que constitui um dos gargalos para
tubro, 40% em novembro, 30% em dezembro e 10% o agronegócio, está sendo atenuado no estado, com
em janeiro do ano seguinte. Como o vazio sanitário a construção e início de operações com a oleaginosa,
acabou em 15 de setembro, aliado à ausência de pre- do novo terminal portuário do rio Madeira em Porto
cipitações, poucos produtores iniciaram o plantio no Velho. Esses fatos combinados estimularam os produ-
final de setembro. tores a aumentar sua área com soja, sendo estimado
para esta temporada incremento de 3% em relação ao
No estado, estima-se que mais de 50% da área semea- exercício passado.

Região Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, principal região produtora do de grãos com entrega futura por insumos. A estima-
país, é esperada apresentar um incremento no plantio tiva de área plantada com a cultura é de 2.595,4 mil
de 2,7% em relação ao exercício anterior, impulsionado hectares, 2,9% superior ao da safra anterior. Em ter-
pelo desempenho em Mato Grosso, o maior produtor mos de produtividade, estima-se uma produtividade
nacional da oleaginosa. O plantio da safra 2017/18 está 8,8% menor que à da safra passada, dada à redução
praticamente finalizado no estado, chegando a apro- do uso de insumos em algumas regiões produtoras.
ximadamente 95% da área semeada. Contudo, ainda Atualmente, mais de 95% da área foi semeada e até a
há algumas pequenas áreas no estado a serem plan- primeira semana de dezembro o plantio estará encer-
tadas, principalmente na região do Araguaia, onde a rado no estado.
semeadura deve terminar até a primeira semana de
dezembro, prazo normal para a região. A regularidade Devido ao veranico ocorrido em meados de outubro
das chuvas alcançada nas últimas semanas permitiu houve um surto de pragas típicas de períodos secos,
o avanço da lavoura, cujo desenvolvimento é conside- tais como lagartas e vaquinha, porém, sem danos sig-
rado bom em todo o estado. Portanto, a expectativa nificativos para a expectativa de produtividade. Uma
é de produtividade condizente com a média histórica prática muito comum nas lavouras atualmente é a
do estado de 3.155kg/ha. Os preços praticados no mer- aplicação de inseticidas através dos pulverizadores
cado variam entre R$ 54,00 e R$ 60,00, preços abaixo autopropelidos. Atualmente, aproximadamente 22%
da pedida do produtor, o que tem dificultado as ne- da safra atual foi comercializada antecipadamente
gociações. A comercialização futura da safra 2017/18 com contratos que vencem principalmente em março
registrou ligeiro avanço no decorrer de novembro e e abril. Os contratos futuros são poucos, normalmente
está em aproximadamente 40% do total da produção se negocia apenas os valores relacionados ao desem-
esperada. bolso para a compra de alguns insumos nesta época.
Além disso, o preço não está atrativo para os produto-
Em Mato Grosso do Sul, a cultura apresenta tendên- res, em comparação com as safras anteriores.
cia de aumento na área plantada de 2,9% em relação
à safra passada, que atingiu 2.522,3 mil hectares. O Em Goiás, os produtores aceleraram o plantio, com-
financiamento da produção não foi um grande pro- pensando o baixo regime de chuvas ocorrido em
blema para o financiamento dessa cultura, apesar do outubro. O plantio no sul do estado praticamente se
crédito oficial para custeio com taxas de juros contro- encerrou, enquanto na região leste deverá se esten-
ladas ter ficado mais burocrático para ser adquirida, der até a primeira semana de dezembro. Já foram re-
dadas às exigências bancárias maiores que o habitual. latados pelos produtores ocorrência de pragas e os
Os produtores no estado se valem de outras formas primeiros combates já estão sendo realizados. Quan-
de financiamento, principalmente através da troca to ao material utilizado, cerca de 40% dos produtores

96 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
estão usando sementes de segunda geração, 50% de veladora. Nas regiões norte e leste do estado os plan-
primeira geração e os demais, sementes convencio- tios deverão se estender até à primeira semana de
nais. Com relação ao sistema de plantio, cerca de 75% dezembro. Nas demais, o término do plantio ocorreu
pode ser considerado como semidireto. Na região sul na última semana de novembro, conforme previsto
há o cultivo direto, porém com utilização da grade ni- no último levantamento.

Figura 30 – Lavoura de soja em Chapadão do Céu – GO

Fonte: Conab.

Figura 31 – Lavoura de soja em desenvolvimento vegetativo em Silvânia - GO

Fonte: Conab.

Região Sudeste

Na Região Sudeste, a área plantada com a oleagino- Em São Paulo, as maiores áreas de grãos estão concen-
sa deverá apresentar incremento de 3,2%. Em Minas tradas nas regiões oeste e sudoeste do estado pau-
Gerais, o plantio deve se encerrar até meados de de- lista, onde a cultura da cana-de-açúcar, não encontra
zembro em virtude do atraso das chuvas. Conforme já condições propícias para o seu desenvolvimento. A
previsto no segundo levantamento haverá aumento área plantada deverá apresentar forte incremento,
no plantio de soja em detrimento ao de milho, sobre- ocorrendo em grande parte sobre áreas de milho ve-
tudo em áreas de maior tecnologia, por conseguinte, rão, tendo em vista a existência de grandes estoques
com expectativa de maior produtividade. No sentido de milho de passagem, da safra anterior para esta. As
contrário, em outros municípios, o registro é de áreas lavouras se encontram, em sua maioria, na fase de de-
que vinham recebendo soja, com baixa produtividade, senvolvimento vegetativo.
retornaram ao plantio de milho.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 97
Figura 32 – Lavoura de soja em Guaíra -SP

Fonte: Conab.

Região Sul

É esperada um incremento percentual na área plan- ões do estado variam de 50 a 85% da área semeada.
tada, de 2,9% em relação ao ocorrido no exercício an- Dentro do período preferencial, que na maioria das
terior. A região deverá sair do patamar alcançado na regiões encerra na metade de dezembro, a maior par-
safra passada de 11.459,6 mil para 11.790,4 mil hecta- te das lavouras deverá estar implantada. Embora, até
res. No Rio Grande do Sul, que reveza com o Paraná a o momento, as condições meteorológicas têm sido
condição de segundo produtor nacional, a semeadura adequadas ao estabelecimento da cultura, existe uma
da soja tem evoluído adequadamente em todas as re- apreensão quanto à redução nos volumes de chuva
giões, e o estabelecimento das lavouras ocorreu sem para janeiro, fevereiro e março no estado, o que pode-
maiores problemas. A região do planalto médio, que rá causar redução da produtividade. A área plantada
engloba Passo Fundo, Sarandi, Soledade, Não-Me-To- apresentou acréscimo de 1,7%, causado em parte pela
que, etc., apresenta a maior evolução na semeadura, migração de produtores de milho para a soja e pela
tendo ultrapassado os 85% da área. As demais regi- abertura de novas áreas.

Figura 33 – Soja em desenvolvimento vegetativo em Panambi – RS

Fonte: Conab.

98 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 34 – Lavoura de soja em Condor - RS

Fonte: Conab.

Em Santa Catarina, a semeadura da soja alcança apro- em 4,9%, devendo sofrer ajustes ao longo de dezem-
ximadamente 81% das lavouras a serem destinadas bro com o término da colheita do trigo nas regiões
à oleaginosa na safra atual. Esse índice é semelhante mais altas. Além do ganho sobre a área de milho, o
ao observado na safra passada, para a mesma época, avanço das lavouras antes ocupadas por refloresta-
porém, observou-se, para algumas regiões, atraso no mento e campo nativo e/ou pastagens, são as prin-
início do plantio, influenciado pelas instabilidades cli- cipais responsáveis pelo aumento da área plantada
máticas, principalmente a falta de chuva no final de nessa safra. Embora a grande maioria dos produtores
setembro e início de outubro e, em outros casos, por tenham buscado recursos públicos para o financia-
precipitações excessivas e localizadas durante a se- mento da safra de verão, não foram raros os relatos
meadura. Os estádios de desenvolvimentos englobam de problemas em acessar o montante solicitado em
desde a germinação/emergência (28%), vegetativo decorrência de uma maior exigência de garantias e
(64%) e floração (8%). As condições climáticas atuais documentos solicitados aos produtores, principal-
são consideradas favoráveis, caracterizadas por chu- mente para aqueles com alguma pendência de safras
vas regulares em frequência e intensidade na maioria passadas. Com isso, muitos recorreram às empresas
das regiões. privadas, como cooperativas e cerealistas, para com-
plementar os recursos necessários à aquisição dos in-
O aumento da área já está praticamente consolidado sumos para plantio.

Figura 35 – Lavoura de soja em Xanxerê - SC

Fonte: Conab.

No Paraná, segundo produtor nacional, a área estima- estimada para essa safra, estando 90% das lavouras
da para essa safra é de 5,45 milhões de hectares, cer- em boas condições e 10% regulares. Por conta das ad-
ca de 3,9% superior à área cultivada na safra 2016/17 versidades climáticas a partir de setembro (estiagem
e decorre principalmente em detrimento ao milho, e concentração de chuvas) poderá comprometer o
que migra cada vez mais para a segunda safra. A soja rendimento inicial esperado das lavouras, porém ain-
ocupa aproximadamente 91% da área total destinada da é cedo para dimensionar perdas. Grande parte das
para a produção de grãos na primeira safra. A busca lavouras está em desenvolvimento vegetativo (89%),
pela liquidez de mercado e maior rentabilidade ofe- restando algumas em germinação e outras já em flo-
recida pela oleaginosa são os fatores que explicam a ração.
opção do produtor. O plantio já atingiu 96% da área

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 99
Figura 36 – Lavouras de soja estado do Paraná

Fonte: Conab.

A somatória das expectativas para a temporada 3,1% em relação à safra passada, totalizando 34.964,5
2017/18 indica para a oleaginosa uma continuada ten- mil hectares.
dência de crescimento da área plantada, atingindo

100 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 37 – Mapa da produção agrícola – Soja

Fonte: Conab/IBGE.

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Tabela 36 – Comparativo de área, produtividade e produção – Soja
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)

REGIÃO/UF Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. % Safra 16/17 Safra 17/18 VAR. %

(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)


NORTE 1.809,0 1.879,6 3,9 3.061 2.955 (3,4) 5.536,4 5.554,4 0,3

RR 30,0 30,0 - 3.000 3.077 2,6 90,0 92,3 2,6

RO 296,0 304,9 3,0 3.143 3.153 0,3 930,3 961,3 3,3

AC - 0,7 - - 2.055 - - 1,4 -

AP 18,9 18,9 - 2.878 2.800 (2,7) 54,4 52,9 (2,8)

PA 500,1 535,1 7,0 3.270 2.987 (8,7) 1.635,3 1.598,3 (2,3)

TO 964,0 990,0 2,7 2.932 2.877 (1,9) 2.826,4 2.848,2 0,8

NORDESTE 3.095,8 3.263,3 5,4 3.115 2.826 (9,3) 9.644,7 9.221,6 (4,4)

MA 821,7 913,7 11,2 3.010 2.846 (5,4) 2.473,3 2.600,4 5,1

PI 693,8 707,7 2,0 2.952 2.528 (14,4) 2.048,1 1.789,1 (12,6)

BA 1.580,3 1.641,9 3,9 3.242 2.943 (9,2) 5.123,3 4.832,1 (5,7)

CENTRO- OESTE 15.193,6 15.603,4 2,7 3.301 3.138 (4,9) 50.149,9 48.970,5 (2,4)

MT 9.322,8 9.546,5 2,4 3.273 3.155 (3,6) 30.513,5 30.119,2 (1,3)

MS 2.522,3 2.595,4 2,9 3.400 3.100 (8,8) 8.575,8 8.045,7 (6,2)

GO 3.278,5 3.390,0 3,4 3.300 3.120 (5,5) 10.819,1 10.576,8 (2,2)

DF 70,0 71,5 2,1 3.450 3.200 (7,2) 241,5 228,8 (5,3)

SUDESTE 2.351,4 2.427,8 3,2 3.467 3.265 (5,8) 8.151,5 7.927,9 (2,7)

MG 1.456,1 1.470,7 1,0 3.480 3.256 (6,4) 5.067,2 4.788,6 (5,5)

SP 895,3 957,1 6,9 3.445 3.280 (4,8) 3.084,3 3.139,3 1,8

SUL 11.459,6 11.790,4 2,9 3.542 3.181 (10,2) 40.592,8 37.509,0 (7,6)

PR 5.249,6 5.454,3 3,9 3.731 3.284 (12,0) 19.586,3 17.911,9 (8,5)

SC 640,4 671,8 4,9 3.580 3.185 (11,0) 2.292,6 2.139,7 (6,7)

RS 5.569,6 5.664,3 1,7 3.360 3.082 (8,3) 18.713,9 17.457,4 (6,7)

NORTE/NORDESTE 4.904,8 5.142,9 4,9 3.095 2.873 (7,2) 15.181,1 14.776,0 (2,7)

CENTRO-SUL 29.004,6 29.821,6 2,8 3.410 3.166 (7,2) 98.894,2 94.407,4 (4,5)

BRASIL 33.909,4 34.964,5 3,1 3.364 3.123 (7,2) 114.075,3 109.183,4 (4,3)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

102 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.1.19. Sorgo

Figura 38 – Mapa da produção agrícola – Sorgo

Fonte: Conab/IBGE.

Tabela 37 – Comparativo de área, produtividade e produção – Sorgo


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 29,4 29,4 - 1.889 1.801 (4,7) 55,5 52,9 (4,7)
TO 29,4 29,4 - 1.889 1.801 (4,7) 55,5 52,9 (4,7)
NORDESTE 113,2 116,4 2,8 1.180 1.109 (6,0) 133,5 129,1 (3,3)
PI 11,4 11,4 - 2.044 2.041 (0,1) 23,3 23,3 -
CE 0,7 0,7 - 1.915 1.767 (7,7) 1,3 1,2 (7,7)
RN 1,3 1,3 - 1.244 849 (31,8) 1,6 1,1 (31,3)
PB 1,3 1,3 - 1.600 918 (42,6) 2,1 1,2 (42,9)
BA 98,5 101,7 3,2 1.068 1.006 (5,8) 105,2 102,3 (2,8)
CENTRO-OESTE 283,3 283,3 - 3.373 3.351 (0,7) 955,6 949,3 (0,7)
MT 38,5 38,5 - 2.353 2.460 4,5 90,6 94,7 4,5
MS 7,7 7,7 - 3.650 3.285 (10,0) 28,1 25,3 (10,0)
GO 230,1 230,1 - 3.500 3.464 (1,0) 805,4 797,1 (1,0)
DF 7,0 7,0 - 4.500 4.594 2,1 31,5 32,2 2,2
SUDESTE 193,6 193,6 - 3.581 3.354 (6,3) 693,2 649,4 (6,3)
MG 183,1 183,1 - 3.588 3.348 (6,7) 657,0 613,0 (6,7)
SP 10,5 10,5 - 3.452 3.463 0,3 36,2 36,4 0,6
SUL 9,0 9,5 5,6 3.000 2.777 (7,4) 27,0 26,4 (2,2)
RS 9,0 9,5 5,0 3.000 2.777 (7,4) 27,0 26,4 (2,2)
NORTE/NORDESTE 142,6 145,8 2,2 1.326 1.249 (5,8) 189,0 182,0 (3,7)
CENTRO-SUL 485,9 486,4 0,1 3.449 3.341 (3,1) 1.675,8 1.625,1 (3,0)
BRASIL 628,5 632,2 0,6 2.967 2.858 (3,7) 1.864,8 1.807,1 (3,1)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 103
8.2 Culturas de inverno
O terceiro levantamento da safra 2017/18 traz o acom- fra de culturas de inverno seja de 5.324,2 mil tonela-
panhamento da safra 2017 das culturas de inverno. das. A redução da produção, em relação à última safra,
Com a colheita praticamente encerrada em todos os deve,-se principalmente, à produtividade menor no
estados, a avaliação é que a produção nacional da sa- Sul do país, bastante afetada pelas condições climá-
ticas.

8.2.1. Aveia

No Paraná, com a colheita já finalizada, verifica-se lha. Devido aos estresses sofridos durante o desen-
que a produtividade obtida foi de 2.087 kg/ha, redu- volvimento, as perdas de produtividade e qualidade
ção de 16,8% em comparação com à da safra passada. dos grãos foram grandes. Com exceção das regiões
A falta de chuvas e ocorrências de geadas em fases em que o cultivo ocorre mais tarde, Sul e Serra, onde
importantes da cultura tiveram como reflexo queda parte da produção possui condições razoáveis de
no rendimento, porém o produto colhido apresentou aproveitamento, nas demais os grãos apresentam-
boa qualidade. Cerca de 58% da produção já se en- se escuros, com altos índices de acidez e deverão ser
contra comercializada. destinados majoritariamente ao consumo animal.
A produtividade média do estado foi ajustada para
No Rio Grande do Sul, a colheita está praticamente 1.849 kg/ha, muito inferior ao verificado na safra pas-
finalizada, com 98% colhido, restando apenas algu- sada.
mas lavouras nas regiões de Vacaria e Lagoa Verme-

Figura 39 – Mapa da produção agrícola – Aveia

Fonte: Conab/IBGE.

104 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 38 – Comparativo de área, produtividade e produção – Aveia
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
CENTRO-OESTE 15,0 29,0 93,3 1.500 1.552 3,5 22,5 45,0 100,0
MS 15,0 29,0 93,3 1.500 1.550 3,3 22,5 45,0 100,0
SUL 276,5 311,1 12,5 2.912 1.897 (34,9) 805,3 590,2 (26,7)
PR 58,2 62,9 8,1 2.508 2.087 (16,8) 146,0 131,3 (10,1)
RS 218,3 248,2 13,7 3.020 1.849 (38,8) 659,3 458,9 (30,4)
CENTRO-SUL 291,5 340,1 16,7 2.840 1.868 (34,2) 827,8 635,2 (23,3)
BRASIL 291,5 340,1 16,7 2.840 1.868 (34,2) 827,8 635,2 (23,3)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.2.2. Canola

No Paraná, devido ao plantio mais precoce, a canola cialização já está praticamente encerrada.
sofre mais com as intempéries do inverno do que as
demais culturas. Algumas geadas ocorridas nesse ano No Rio Grande do Sul, a canola, nessa safra, apresen-
foram suficientes para abortar floradas da canola, o tou grande perda de produtividade em virtude das
que resultou em perda de produtividade. A colheita já condições adversas durante todo o ciclo produtivo. O
está finalizada e o rendimento obtido ficou em 1.201 rendimento médio ficou em apenas 799 kg/ha, uma
kg/ha, redução de 18,8% em relação à safra anterior. redução de mais de 47% em relação à safra anterior.
Como a produção não é muito significativa, a comer-

Figura 40 – Mapa da produção agrícola – Canola

Fonte: Conab/IBGE.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 105
Tabela 39 – Comparativo de área, produtividade e produção – Canola
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
SUL 47,5 48,1 1,3 1.514 840 (44,5) 71,9 40,4 (43,8)
PR 6,3 4,8 (23,5) 1.479 1.201 (18,8) 9,3 5,8 (37,6)
RS 41,2 43,3 5,1 1.520 799 (47,4) 62,6 34,6 (44,7)
CENTRO-SUL 47,5 48,1 1,3 1.514 840 (44,5) 71,9 40,4 (43,8)
BRASIL 47,5 48,1 1,3 1.514 840 (44,5) 71,9 40,4 (43,8)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.2.3. Centeio
No Paraná, a colheita está praticamente encerrada, kg/ha, 24,2% menor do que a verificada na safra pas-
chegando a 97% da área, e deve ser concluída até o sada devido à longa estiagem de setembro.
fim de dezembro. A produtividade esperada é de 1.821

Figura 41 - Mapa da produção agrícola - Centeio

Fonte: Conab/ IBGE.

Tabela 40 – Comparativo de área, produtividade e produção – Centeio


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
SUL 2,5 3,6 44,0 2.600 1.806 (30,5) 6,5 6,5 -
PR 1,0 2,1 110,0 2.402 1.821 (24,2) 2,4 3,8 58,3
RS 1,5 1,5 - 2.700 1.826 (32,4) 4,1 2,7 (34,1)
CENTRO-SUL 2,5 3,6 44,0 2.600 1.806 (30,5) 6,5 6,5 -
BRASIL 2,5 3,6 44,0 2.600 1.806 (30,5) 6,5 6,5 -
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

106 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
8.2.4. Cevada

No Paraná, a colheita está praticamente finalizada, queda nessa safra, mas também a qualidade do pro-
com cerca de 97% da área colhida. No momento, es- duto colhido até agora vem apresentando resultados
tima-se redução de produtividade em torno de 27,3% negativos. Estima-se que apenas 40% dos grãos se en-
em relação à safra anterior, decorrente das geadas, es- quadram como de boa qualidade, podendo ser apro-
tiagem em setembro e chuvas intensas em outubro veitados para produção de malte. O restante deve ser
e novembro. O clima também prejudicou a qualidade comercializado como ração a preços menores.
do grão. A cevada, para ser considerada cervejeira, tem
que ter abaixo de 11% de grãos germinados, que seria No Rio Grande do Sul, a colheita da cevada alcançou
a condição considerada como boa para a qualidade do 50% da área semeada. Nas regiões de Soledade e Cruz
grão. Alta, (as mais adiantadas na colheita), Passo Fundo,
Erechim e Não-Me-Toque, a qualidade do grão não
Em Santa Catarina, o plantio é concentrado em mu- está atingindo classificações mínimas requeridas pela
nicípios do Oeste, fomentados por cooperativa local, indústria cervejeira. Problemas iniciais na implanta-
para atender a demanda da indústria cervejeira. A área ção (devido às chuvas), germinação desuniforme, es-
de cevada em Santa Catarina deve somar aproxima- tiagem e geadas ao longo do cultivo e, como se não
damente 1,2 mil hectares, redução de 7,7% em relação bastasse, as chuvas na colheita (outubro) contribuí-
à safra passada. Assim, como acontece com a cultura ram para o fracasso das lavouras. Nos municípios de
do trigo, as más condições climáticas na fase de flores- Vacaria, Lagoa Vermelha e Caxias do Sul, onde histori-
cimento, representada por estiagem de 40 dias, preju- camente o cultivo é mais atrasado, as lavouras estão
dicaram a etapa posterior (reprodutiva). Os resultados em sua maioria em enchimento de grãos. A produtivi-
das instabilidades climáticas estão sendo observados dade média esperada no estado é 2.006 kg/ha, redu-
no momento da colheita. A produtividade média não ção de 38,7% em relação à safra anterior. Além da bai-
deve ser de 1.700 kg/ha, redução de 64,6% se compa- xa produtividade, provavelmente pequena parte do
rada com os valores da safra passada, que alcançaram produto colhido será utilizada na indústria cervejeira,
os 4.800 kg/ha, resultado do clima favorável durante sendo a maioria destinado à alimentação animal.
todo o ciclo da cultura. Com aproximadamente 85%
das lavouras já colhidas, não só a produtividade sofreu

Figura 42 - Mapa da produção agrícola - Cevada

Fonte: Conab/IBGE.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 107
Tabela 41 – Comparativo de área, produtividade e produção – Cevada
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
SUL 95,6 109,2 14,2 3.920 2.648 (32,4) 374,8 289,1 (22,9)
PR 42,5 51,0 20,0 4.682 3.388 (27,6) 199,0 172,8 (13,2)
SC 1,3 1,2 (7,7) 4.800 1.700 (64,6) 6,2 2,0 (67,7)
RS 51,8 57,0 10,0 3.274 2.006 (38,7) 169,6 114,3 (32,6)
CENTRO-SUL 95,6 109,2 14,2 3.920 2.648 (32,4) 374,8 289,1 (22,9)
BRASIL 95,6 109,2 14,2 3.920 2.648 (32,4) 374,8 289,1 (22,9)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

8.2.5. Trigo

No Paraná, a colheita da safra de trigo está pratica- res e ruins, dificilmente teremos incremento na pro-
mente encerrada, atingindo aproximadamente 99% dutividade atual. Em termos de qualidade dos grãos,
da área. Em consequência da estiagem em julho, aproximadamente 40% são considerados bons, 41%
agosto e setembro e, em menor escala, das geadas e regulares e 19% ruins. O peso hectolitro (PH) varia des-
das chuvas intensas dos últimos meses, a produtivi- de 71 a mais de 80, refletindo as oscilações climáticas e
dade recuou para 2.341 kg/ha, redução de 25,4% à ob- tecnológicas empregadas durante o desenvolvimento
tida na última safra. Vale ressaltar que mesmo com a da lavoura. Os preços médios variam de R$ 32,00 a R$
perda na produtividade, a qualidade do grão não foi 33,00 a saca de 60 quilos, para produto padrão, estan-
prejudicada demasiadamente. A comercialização des- do abaixo do preço mínimo oficial.
sa commodity ocorre regularmente, com aproxima-
damente 53,3% da safra já vendida. No Rio Grande do Sul, a colheita atingiu 85%, restando
apenas as áreas mais frias, como os Campos de Cima
Em Santa Catarina, com aproximadamente 83% das da Serra, que estão iniciando as operações. Nas de-
lavouras já colhidas, a safra de trigo entra na reta fi- mais regiões, que já se encontravam bem avançadas
nal, devendo se encerrar no começo de dezembro. O no levantamento anterior, as áreas já foram semea-
resultado obtido até o momento reflete as más con- das com a cultura seguinte. As condições meteoroló-
dições climáticas atuantes durante boa parte do ciclo gicas adversas durante todo o ciclo da cultura fizeram
da cultura. Estiagem ocorrida no início do plantio e com que a produtividade e qualidade do trigo fossem
desenvolvimento vegetativo, seguido por fortes gea- severamente comprometidas, tendo a primeira sido
das nessa fase prejudicaram o crescimento, estande ajustada para 1.826 kg/ha e apenas cerca de 15% do
e perfilhamento de muitas lavouras. Ainda, durante produto colhido apresentar boa qualidade para o con-
o florescimento, uma nova estiagem afetou algumas sumo humano. As lavouras das regiões Sul, Campos
regiões produtoras, principalmente no oeste catari- de Cima da Serra e parte da Serra apresentaram qua-
nense, resultando na falha do desenvolvimento dos lidade superior às demais, com boa parte atingindo
grãos. Com chuvas mais regulares, a partir de setem- classificação adequada para panificação, porém, como
bro e outubro, as regiões onde as lavouras estavam essas regiões não são tão representativas no estado,
mais atrasadas tiveram condições de recuperar parte a qualidade geral foi muito baixa. Nas regiões mais
do potencial produtivo, principalmente no Planalto importantes para a cultura, como Noroeste e Central,
Norte e parte do Meio-oeste. Assim, nessas regiões, quase a totalidade dos grãos colhidos apresenta peso
tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos hectolitro (PH) menor que 76 e muitas vezes é enqua-
estão melhores se comparadas com as demais regi- drado como triguilho como, por exemplo, em Santo
ões, embora abaixo do registrado na safra passada. A Ângelo, onde 90% do trigo está com PH em torno de
produtividade estimada até o momento é de aproxi- 65.O preço médio continua praticamente estagnado,
madamente 2.660 kg/ha, podendo variar conforme com cotação média de R$ 29,56 na última semana de
as últimas lavouras vão sendo colhidas. Contudo, com novembro devido aos grandes volumes importados,
mais de 90% das lavouras enquadradas entre regula- principalmente da Argentina.

108 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Figura 43 - Mapa da produção agrícola - Trigo

Fonte: Conab/IBGE.

Tabela 42 – Comparativo de área, produtividade e produção – Trigo


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra
REGIÃO/UF Safra 2016 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
2017
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORDESTE 3,0 5,0 66,7 6.000 6.000 - 18,0 30,0 66,7
BA 3,0 5,0 66,7 6.000 6.000 - 18,0 30,0 66,7
CENTRO-OESTE 32,9 31,9 (3,0) 3.657 3.229 (11,7) 120,3 103,0 (14,4)
MS 17,8 20,0 12,2 2.328 1.950 (16,2) 41,4 39,0 (5,8)
GO 14,3 11,0 (23,1) 5.182 5.330 2,9 74,1 58,6 (20,9)
DF 0,8 0,9 12,5 6.000 6.000 - 4,8 5,4 12,5
SUDESTE 161,1 164,5 2,1 2.852 2.996 5,0 459,4 492,9 7,3
MG 84,3 84,6 0,4 2.599 2.678 3,0 219,1 226,6 3,4
SP 76,8 79,9 4,0 3.129 3.333 6,5 240,3 266,3 10,8
SUL 1.921,4 1.715,7 (10,7) 3.190 2.141 (32,9) 6.129,1 3.673,5 (40,1)
PR 1.086,4 962,6 (11,4) 3.140 2.341 (25,4) 3.411,3 2.253,4 (33,9)
SC 58,1 53,9 (7,2) 3.800 2.660 (30,0) 220,8 143,4 (35,1)
RS 776,9 699,2 (10,0) 3.214 1.826 (43,2) 2.497,0 1.276,7 (48,9)
NORTE/NORDESTE 3,0 5,0 66,7 6.000 6.000 - 18,0 30,0 66,7
CENTRO-SUL 2.115,4 1.912,1 (9,6) 3.171 2.233 (29,6) 6.708,8 4.269,4 (36,4)
BRASIL 2.118,4 1.917,1 (9,5) 3.175 2.243 (29,4) 6.726,8 4.299,4 (36,1)

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 109
8.2.6. Triticale

Em São Paulo, o triticale apresentou estabilidade na chegando a aproximadamente 92% da área. A produ-
área e na produtividade, estimadas em 7,5 mil hecta- tividade média obtida até o momento é de 2.359 kg/
res e 2.779 kg/ha, respectivamente. É cultivado junta- ha, redução de 23,8% em comparação com à da safra
mente com as lavouras de trigo, mas ainda assim em anterior, decorrente de estresse hídrico das lavouras
áreas menores. A cultura já foi totalmente colhida. em fase crítica de floração e enchimento de grãos.
Aproximadamente 42% da produção já foi comerciali-
No Paraná, a colheita está praticamente concluída, zada pelos produtores.

Figura 44 – Mapa da produção agrícola – Triticale

Fonte: Conab/IBGE.

Tabela 43 – Comparativo de área, produtividade e produção – Triticale


ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
REGIÃO/UF Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. % Safra 2016 Safra 2017 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
SUDESTE 7,5 7,5 - 2.853 2.773 (2,8) 21,4 20,8 (2,8)
SP 7,5 7,5 - 2.856 2.779 (2,7) 21,4 20,8 (2,8)
SUL 16,0 15,2 (5,0) 2.919 2.158 (26,1) 46,7 32,8 (29,8)
PR 9,7 9,5 (2,1) 3.097 2.359 (23,8) 30,0 22,4 (25,3)
SC 0,6 - (100,0) 2.243 - (100,0) 1,3 - (100,0)
RS 5,7 5,7 - 2.700 1.826 (32,4) 15,4 10,4 (32,5)
CENTRO-SUL 23,5 22,7 (3,4) 2.898 2.361 (18,5) 68,1 53,6 (21,3)
BRASIL 23,5 22,7 (3,4) 2.898 2.361 (18,5) 68,1 53,6 (21,3)
Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

110 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
A
9. Receita bruta receita bruta dos produtores rurais das lavouras de algodão,
arroz, feijão, milho e soja, da safra 2017/18, esta estimada num
total de R$ 153,35 bilhões. Esse número é 15,2% inferior ao re-
gistrado na temporada anterior, quando a soma atingiu R$ 218, 14 bi-
lhões.

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 111
Tabela 44 – Receita bruta da produção agrícola – produtos selecionados

PRODUÇÃO (Em mil t) PREÇO MÉDIO - R$/unidade VALOR DA PRODUÇÃO - R$ Milhões


PRODUTO
Safra 15/16 Safra 16/17 VAR. % Unid. 11/2015 11/2016 Var.% 11/2015 11/2016 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/e) (f) (g) (g/f)
Algodão em 1,53 1,69 10,5% 15 79,96 75,36 -5,8% 8,15 8,49 4,2%
pluma
Arroz 12,33 11,61 -5,8% 60 58,85 45,07 -23,4% 12,09 8,72 -27,9%
Feijão Total 3,40 3,27 -3,9% 60 238,49 104,83 -56,0% 13,51 5,71 -57,7%
Feijão carioca 2,18 2,10 -3,6% 60 193,52 99,85 -48,4% 7,03 3,50 -50,2%
Feijão preto 0,51 0,52 2,6% 60 206,09 108,31 -47,4% 1,74 0,94 -46,1%
Feijão caupi 0,71 0,65 -9,4% 60 398,85 118,24 -70,4% 4,74 1,27 -73,2%
Milho 97,84 92,22 -5,7% 60 32,83 22,44 -31,6% 53,54 34,48 -35,6%
Soja 114,08 109,17 -4,3% 60 68,82 59,82 -13,1% 130,85 108,84 -16,8%
TOTAL - - - - - - - 218,14 166,25 -23,8%

Fonte: Conab.

Nota: Estimativa em dezembro/2017.

Gráfico 53 – Receita bruta dos produtores rurais – Produtos selecionados - Em bilhões de reais

Fonte: Conab

Algodão

A produção do algodão apresenta aumento de 10,5%. As Unidades da Federação com maior produção da fi-
Por outro lado, o preço médio nacional para a fibra bra supracitada são o Mato Grosso e a Bahia, com 63%
apresentou uma queda de 5,8%. Essas duas grandezas e 25%, respectivamente. Os valores da receita bruta
culminam no valor da receita bruta dos produtores, para o maior estado produtor, Mato Grosso, foram de
que apresenta um valor de R$ 8,5 bilhões para a safra 5,3 bilhões e para a Bahia o valor foi de 2,4 bilhões. É
em questão, um aumento de 4,2% em relação à safra importante ressaltar o grande avanço na produção na
anterior, ou seja, o aumento da produção apresentou Bahia, a qual passou de 350 mil toneladas para 430
maior impacto na receita bruta do que a queda rela- mil, um aumento de 24%
tiva dos preços.

112 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 54 – Algodão em pluma – Preços recebidos pelo produtor – Novembro/2016 a Novembro/2017

Fonte: Conab

Arroz

O cereal tem sua produção fortemente concentrada nas produções de 5%.


na região Sul do Brasil, fator que indica forte partici-
pação dos estados produtores do Rio Grande do Sul Além disso, diminuições nos preços médios praticados
e de Santa Catarina, para a formação da receita bru- também foram observadas, inclusive uma forte ten-
ta dos produtores do arroz. Nas referidas Unidades dência de queda nos últimos meses.
da Federação supracitadas, observam-se diminuições

Gráfico 55 – Arroz em casca – Preços nominais recebidos pelos produtores


55,00

50,00 48,33
47,38
R$/sc 50 kg

45,00

40,00
37,65

35,00 36,75

30,00

RS SC

Fonte: Conab

Esses dois fatores culminaram na diminuição da esti- quando comparada com o mesmo período do ano an-
mativa da receita bruta para os produtores de arroz, terior, o decréscimo foi de 28%

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 113
Gráfico 56 – Receita bruta dos produtores rurais– Arroz – Safras 2016/17 e 2017/18
9,00 8,44
8,00 Receita total
Safra 2016/17: 12,09 bilhões
7,00 6,05 Safra 2017/18: 8,7 bilhões
6,00
R$ bilhões

5,00

4,00

3,00

2,00 1,07 1,24


0,80 0,98
1,00
0,75 0,57 0,60 0,32
0,00
RS SC TO MT Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18

Fonte: Conab

Feijão carioca

O feijão é uma cultura permanente no Brasil, pos- ticados com o produtor ao compararmos os valores de
suindo três distintas safras que incorrem em plantio novembro de 2016 e novembro de 2017.
e colheita simultâneos em diversas localidades no
Brasil. Para o feijão-carioca, observa-se decréscimo na
produção em distintos estados produtores. Além dis-
so, há uma forte tendência de queda nos preços pra-

Gráfico 57 – Feijão carioca – Preços nominais recebidos pelos produtores


575,00
525,00
475,00
425,00
375,00
R$/60 kg

325,00
275,00
225,00
175,00
125,00
75,00

MG GO PR SP BA

Fonte: Conab

Essa forte diminuição nos preços acarretou em for- 2017/18, 50% menor do que o observado na safra ante-
te queda na estimativa da receita bruta total para o rior de 7 bilhões em 2016/17.
feijão carioca, apresentando valor de 3,5 bilhões para

114 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 58 – Receita bruta dos produtores rurais – Feijão carioca – Safras 2016/17 e 2017/18
1,80
1,57 1,55 Receita total
1,60 Safra 2016/17: 7,0 bilhões
Safra 2017/18: 3,5 bilhões 1,29
1,40 1,24

1,20 1,04
0,89
R$ bilhões

1,00 0,81
0,70
0,80 0,65
0,50
0,60
0,32
0,40
0,20 -
0,00
MG SUL PR GO BA Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18

Fonte: Conab

Feijão preto

A cultura de feijão-preto, fortemente concentrada semelhante ocorre em Santa Catarina e no Rio Grande
na Região sul do Brasil, apresenta comportamento do Sul.
distinto ao feijão-carioca, ou seja, crescimento sutil
na produção da semente e queda considerável nos A partir desse cenário de crescimento na produção e
preços recebidos pelo produtor. O Paraná, Rio Gran- forte queda nos preços praticados a estimativa total
de do Sul e Santa Catarina, juntos, correspondem a da receita bruta, para o feijão-preto, na safra 2017/18,
95% da produção do feijão-preto. O Paraná apresenta foi de 0,94 bilhão de reais, esse valor é 46,1% menor
crescimento de 1% na produção, todavia, encontra-se que o observado na safra 2016/17, de 1,74 bilhão.
decréscimo de 49,2% nos preços recebidos, situação

Gráfico 59 – Receita bruta dos produtores rurais – Feijão preto – Safras 2016/17 e 2017/18
1,40 1,24

1,20
Receita total
Safra 2016/17: 1,74 bilhão
1,00
Safra 2017/18: 0,94 bilhão
R$ bilhões

0,80 0,64

0,60

0,40 0,25
0,21
0,15 0,13
0,20 0,04 0,02

0,00
PR RS SC Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18


Fonte: Conab

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 115
Feijão caupi

Já para o feijão-caupi se encontra maior produção na produtor do feijão caupi, também é observado peque-
Região Norte - Nordeste do que na Região Centro-Sul. no aumento na produção e forte decréscimo nos pre-
De forma semelhante às demais variedades do feijão, ços, 2% e 56%, respectivamente. Isso posto, a receita
observa-se decréscimo na produção nacional de 9,4% bruta total do feijão-caupi, para a safra 2017/18, está
e forte diminuição nos preços médios nacionalmente. estimada em 1,3 bilhão de reais, 11,9% menor que o es-
timado para a safra 2016/17 (4,7 bilhões).
Nesse cenário, com a presença do Mato Grosso, maior

Gráfico 60 – Receita bruta dos produtores rurais – Feijão caupi – Safras 2016/17 e 2017/18
1,80 1,60
1,60 Receita total
1,25 Safra 2016/17: 4,74 bilhões
1,40
Safra 2017/18: 1,27 bilhões
1,20
R$ bilhões

1,00
0,75
0,80 0,60
0,54
0,60 0,46
0,30
0,40 0,24
0,13 0,15
0,20
0,00
MT CE MA PI Demais

Safra 2015/16 Safra 2016/17

Fonte: Conab

Feijão total (carioca, preto e


caupi)

Consolidando os valores estimados para a receita bru- receita bruta do total de feijão de R$ 13,51 bilhões na
ta do feijão-carioca, do preto e do caupi, obteve-se a temporada 2016/17 e R$ 5,71 bilhões em 2017/18.

Gráfico 61 – Receita bruta dos produtores rurais – Feijão total – Safras 2016/17 e 2017/18
3,50 3,24
2,89
3,00 Receita total
Safra 2016/17: 13,51 bilhões
2,33
2,50 Safra 2017/18: 5,71 bilhões
1,69 1,82
R$ bilhões

2,00

1,50 1,23
1,14
0,98
0,86 0,85 0,91
1,00 0,58
0,56 0,59
0,50

0,00
PR MG MT GO BA SP Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18

Fonte: Conab

116 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Milho

O cereal apresenta duas safras no Brasil e, com isso, Os preços internos aparentam estabilização e possí-
observa-se plantio e colheita simultâneos em distin- vel retomada para os próximos períodos. Entretanto,
tas regiões brasileiras. Além dessa característica, a na comparação de novembro de 2016 e novembro de
cultura do milho está presente em todos as Unidades 2017, os preços recebidos pelos produtores apresen-
da Federação. Os dois maiores estados produtores são tam queda média de 31%.
o Mato Grosso e o Paraná, com 30,41% e 17,58% da pro-
dução nacional, respectivamente.

Gráfico 62 – Milho – Preços nominais recebidos pelos produtores


50,00

45,00

40,00

35,00
R$/60 kg

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

MT PR GO
Fonte: Conab

A produção nacional apresentou tendência de leve di- bruta. A estimativa da receita bruta total para o milho
minuição na produção, inclusive nos maiores estados foi de 34,5 bilhões de reais para a safra 2017/18, já para
produtores, além disso, a queda observada nos preços a safra de 2016/17 observa-se a estimativa de 53,54 bi-
praticados foi mais impactante no cálculo da receita lhões, ou seja, uma queda no valor da receita de 35,6%.

Gráfico 63 – Receita bruta dos produtores rurais – Milho – Safras 2016/17 e 2017/18
18,00
Receita total 15,80
16,00 Safra 2016/17: 53,53 bilhões
13,34
14,00 Safra 2017/18: 34,84 bilhões

12,00 9,96
9,…
R$ bilhões

10,00
7,50
8,00 6,06
5,32
5,03 4,79
6,00
3,80 3,52 3,65
4,00
2,00
0,00
MT PR GO MG MS Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18


Fonte: Conab

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 117
Soja

Após sucessivas safras com aumentos na produção produtores, como Mato Grosso, Paraná e Rio Grande
de soja, observa-se, na projeção para a safra 2017/18 do Sul; também experimentam projeções de queda de
uma pequena diminuição na produção. A produção 1,3%, 6,8% e 6,7%, respectivamente.
da safra 2016/17 foi calculada em 114 milhões de to-
neladas, já para a safra 2017/18 existe a projeção de Além disso, os preços da oleaginosa sofreram decrés-
109 milhões de toneladas, um decréscimo de 4,3%. cimos em todos os 16 estados produtores, com queda
Unidades da federação caracterizadas como grandes média de 13% nos preços recebidos pelos produtores. .

Gráfico 64 – Soja – Preços nominais recebidos pelos produtores


85,00

80,00

75,00

70,00
R$/60 kg

65,00

60,00

55,00

50,00

MT PR RS GO MS

Fonte: Conab

Isso posto, o movimento de decréscimo na produção Maranhão, com valor de 2,98 bilhões de reais (1,3%). Já
em paralelo com a queda nos preços recebidos pelo para os demais estados observam os seguintes valo-
produtor culminou em uma queda na estimativa da res: 2,94 bilhões em Tocantins, 2,05 bilhões no Piauí e
receita bruta total para a soja na safra 2017/18. De for- 4,92 bilhões de reais na Bahia, o que representa queda
ma particular, o Mato Grosso apresenta estimativa de 11,1%, 18,2% e 15,2%, respectivamente.
de receita bruta para a oleaginosa de 29,15 bilhões de
reais para a temporada 2017/18. Já para a safra ime- Isso posto, a estimativa total para a receita bruta da
diatamente anterior, a estimativa ficou em 34,26 bi- soja na safra 2017/18 foi de 108 bilhões de reais, frente
lhões, com decréscimo relativo de 14,9%. Diferente do à estimativa de 130 bilhões da safra anterior, um de-
observado em momentos anteriores, as Unidades da créscimo de 16,8%.
Federação que formam o Matopiba, apresentam-se
aumento, apenas na receita bruta estimada para o

118 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Gráfico 65 – Receita bruta dos produtores rurais – Soja – Safras 2016/17 e 2017/18
40,00 34,26
Receita total
35,00 Safra 2016/17: 130,85 bilhões 30,37
29,15 Safra 2017/18: 108,43 bilhões
30,00 26,30
22,71
25,00 21,76
R$ bilhões

20,00 17,61 17,21


12,09
15,00 10,24 9,65
8,33
10,00

5,00

0,00
MT PR RS GO MS Demais

Safra 2016/17 Safra 2017/18


Fonte: Conab

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 119
10. Balanço de oferta e 10.1. Algodão
demanda
10.1.1. Panorama mundial

De acordo com o Comitê Consultivo Internacional do


Algodão – Icac em seu relatório semanal de 28 de no-
vembro de 2017, a estimativa da produção mundial de
pluma na safra 2016/17 é de 23 milhões de toneladas e
projeta-se para a safra 2017/18 uma produção de 25,74
milhões de toneladas. Esse resultado significaria um
aumento de 11,91% na produção. Comparando-se a es-
timativa para a safra 2017/18 com o total produzido na
safra 2015/16, que foi de 21,48 milhões de toneladas de
pluma, o aumento seria de 19,81%.

Ainda de acordo com o Icac, o consumo mundial esti-


mado é de 24,52 milhões de toneladas em 2016/17. Já
para a safra 2017/18, a previsão é que o consumo fique
em 25,22 milhões de toneladas. Em se confirmando as
previsões expostas acima, a produção mundial volta-
ria a ser maior que o consumo em 2017/18, depois de
dois anos-safras sendo inferior.

2. Panorama nacional

De acordo com o terceiro levantamento de safra da


Conab, a intenção de plantio estimada para a safra
2017/18 será de 1.690 mil toneladas de algodão, esse
volume é 10,5% maior que o produzido na safra an-
terior, que foi de 1.529,5 mil toneladas. Apesar do au-

120 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
mento estimado para a produtividade ser de apenas tisfatórios para os produtores brasileiros de algodão.
0,5%, a Conab estima um aumento de 11,1% na área de A expectativa para a safra 2017/18 é de normalidade
algodão a ser plantada. climática e como os preços continuam remunerado-
res, resultou-se em estímulo a esse aumento de área.
O clima e os preços durante a safra 2016/17 foram sa-

Tabela 45 – Configuração do quadro de oferta e demanda


DISCRIMINAÇÃO 2012 2013 2014 2015 2016 2017 (²) 2018 (²)
OFERTA 2.418,5 1.798,2 2.070,5 2.003,3 1.665,2 1.770,7 2.101,4
Estoque Inicial 521,7 470,5 305,1 438,4 349,0 201,2 395,7
Producão 1.893,3 1.310,3 1.734,0 1.562,8 1.289,2 1.529,50 1.690,70
- Centro/Sul 1.343,2 905,1 1.192,0 1.061,6 996,9 1.129,3 1.198,7
- Norte/Nordeste 550,1 405,2 542,0 501,2 292,3 400,2 492,0
Importacões 3,5 17,4 31,5 2,1 27,0 40,0 15,0
DEMANDA 1.948,0 1.493,1 1.632,1 1.654,3 1.464,0 1.375,0 1.680,0
Consumo Interno 895,2 920,2 883,5 820,0 660,0 690,0 720,0
Exportacões 1.052,8 572,9 748,6 834,3 804,0 685,0 960,0
Estoque Final 470,5 305,1 438,4 349,0 201,2 395,7 421,4
Meses de Uso 2,9 2,5 3,2 2,5 1,6 3,5 3,0

Legenda: (1) preliminar (2) estimativa.

Fonte: Conab/ Secex/SRF-MF/ Sinditextil-Abit/Anea/Cooperativas/Icac.

10.2. Arroz
Em outubro, o Brasil exportou 109,4 mil toneladas de milhões de toneladas para a Safra 2016/17 em virtude
arroz base casca e importou 92 mil toneladas. Sobre os do cenário econômico brasileiro. Para a safra 2016/17,
preços comercializados, o Brasil vendeu o arroz branco projeta-se um consumo superior em 12 milhões de to-
beneficiado em uma média de US$ 498,61 a tonelada, neladas, volume semelhante à média identificada an-
enquanto os preços de aquisição, principalmente dos tes do período de recessão brasileira. Sobre a produ-
nossos parceiros de Mercosul, mantiveram-se em pa- ção nacional, a safra brasileira de arroz 2017/18 deverá
tamar inferior. ser 5,8% inferior em relação à safra 2016/17, atingin-
do 11,6 milhões toneladas. Essa retração da produção
Sobre as compras brasileiras de arroz internacional ocorre em razão do atraso de parte das áreas no Rio
em outubro, o Paraguai, maior exportador para o mer- Grande do Sul e a menor capitalização dos produto-
cado brasileiro, comercializou 36,3 mil toneladas de res, que deverão reduzir a quantidade de insumos nas
arroz base beneficiado em uma média de US$ 370,29 lavouras. Sobre a balança comercial, a expectativa é
a tonelada de arroz polido. Cabe destacar que o arroz de equilíbrio na próxima safra, como reflexo de um
paraguaio continua sendo direcionado, em sua maio- possível arrefecimento dos preços internos mais com-
ria, para os mercados do sudeste brasileiro. Sobre a petitivos em virtude de uma esperada desvalorização
Argentina e o Uruguai, o produto importado vem sen- da moeda nacional no ano de 2018.
do direcionado principalmente para São Paulo e Rio
Grande do Sul. Para o final da comercialização da safra Com base no cenário descrito no quadro de suprimen-
2016/17, a previsão é de uma importação de 1 mil tone- to, espera-se uma amena redução dos estoques de
ladas e exportação de 800 mil toneladas. passagem, sendo previsto um estoque final de 1.458,6
mil toneladas para a safra 2016/17 (fevereiro de 2018)
Acerca do consumo, esse é estimado em torno de 11,5 e de 1.070,6 mil toneladas para a safra 2017/18 (feve-
reiro de 2019).

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 121
10.3. Feijão
No mercado atacadista de São Paulo as ofertas estão festividades de fim de ano e férias escolares, trazem
sendo efetuadas, basicamente, com produtos oriun- perspectivas sombrias às cotações que já se encon-
dos da região sudoeste do próprio estado. Os lotes da tram muito baixas.
safra goiana e mineira são remanescentes da terceira
safra, com cor abaixo de 8,0, e não atendem a conten- Feijão-comum preto
to a exigência do mercado paulista. Com isso e devido
aos baixos preços ofertados para este padrão de mer- O mercado está acomodado, apesar da menor oferta
cadoria, sua entrada praticamente parou, e a tendên- do produto nacional, com o final da colheita no Sul
cia é de que este feijão mais escuro atenda a própria do País, no mês de junho. As mercadorias importadas
região e o nordeste do país têm influindo negativamente nas cotações do produ-
to, e o consumo está retraído nas principais praças de
No Sul do país a semeadura está praticamente con- consumo do País, dificultando a formação de um mer-
cluída e a colheita iniciando, cuja produção está sen- cado mais dinâmico
do utilizada para o consumo local. Já em São Paulo,
poucas áreas restam para serem colhidas e o seu O estoque remanescente de posse dos produtores, e
abastecimento está sendo processado, quase que a oferta oriunda da nova safra, no Sul do País, ainda
na totalidade, com produtos oriundos do interior do que pequena, estão sendo suficientes para garantir o
próprio Estado. Em função do baixo interesse de com- abastecimento com folga, passando certa tranquilida-
pra, a oferta está saturando ainda mais o mercado e de para que os compradores programem suas aqui-
influindo negativamente nos preços. Nesta época do sições. Com isso, o ritmo de vendas segue fraco e as
ano normalmente o mercado esfria devido à queda cotações seguem estáveis desde a última semana de
do consumo, estimulada pelas festividades de final setembro, e com poucas perspectivas de melhora, em
de ano, e férias escolares. Consequentemente, não se virtude da intensificação da colheita da 1ª safra no Sul
espera em curto prazo uma recuperação dos preços do País.
praticados no mercado a não ser por uma significativa
frustração da safra. O consumo nacional tem variado nos anos de 2010 a
2015, entre 3,3 e 3,6 milhões de toneladas, recuando
Em virtude da boa oferta e a expectativa de pouca para 2,8 milhões de toneladas em 2016, o menor re-
demanda, os compradores se sentem numa situação gistrado na história, em função do elevado aumento
cômoda, e aguardam o melhor momento para efe- dos preços provocado pela retração da área plantada
tuarem suas compras apostando que, na melhor das e principalmente pelas condições climáticas adversas.
hipóteses, a tendência é de que os preços fiquem nos No trabalho em curso, optou-se por uma recuperação
atuas patamares. do consumo, passando de 2,8 para 3,35 milhões de to-
neladas.
Cabe esclarecer que o montante de sobras, ou seja,
mercadorias que não são negociadas na zona cerealis- Desta forma prevê-se o seguinte cenário: computan-
ta de São Paulo, voltam para os armazéns para serem do as três safras, a estimativa da Conab chega em
colocadas à venda no dia seguinte e encontram sérios uma produção média de 3.280,4 mil toneladas, o que
obstáculos para a sua negociação, pois a maioria tem representa uma variação negativa de 3,5% em relação
deficiência de qualidade. Muitos comerciantes evitam à temporada 2016/2017. No entanto, a queda acima
esse tipo de mercadoria, ao preço que vem sendo pra- mencionada não retrata a realidade, por se tratar de
ticado, devido às dificuldades de repasse ao setor va- um remanejamento de área efetuado no estado da
rejista, e ficam no aguardo de um melhor momento. Bahia. Alguns municípios estavam considerando os
plantios realizados nos meses de janeiro/fevereiro,
Concluindo, o volume de mercadoria colhida em me- como primeira safra, ao invés de segunda safra.
ses recentes em Minas Gerais e Goiás e que ainda
não foram comercializados; a entrada da nova safra Partindo-se do estoque inicial de 260,5 mil toneladas,
– 2017/2018, da Região Sul e, principalmente do Esta- o consumo de 3.350,0 mil toneladas, as importações
do de São Paulo, prevista para novembro com inten- em 150,0 mil toneladas e as exportações de 125,0 mil
sificação das ofertas nos meses de novembro, janeiro toneladas, resultará em um estoque de passagem da
e fevereiro; a redução do consumo em períodos de ordem de 265,9 mil toneladas, o que correspondente
a cerca de 1 (um) mês de consumo.

122 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
10.4. Milho
O período comercial da safra 2016/17 está se aproxi- próximos meses.
mando do final, restando mais dois meses, onde se
deve observar como tenderá o ritmo das exportações Vale lembrar que as negociações de milho para o mer-
e, diante disso, como ficará o estoque final disponível cado externo, apesar do interesse comprador, seguem
para o restante do primeiro quadrimestre do ano de bastante pontuais e disputando acirradamente com
2018. os demandantes internos que buscam se abastecer,
diante das incertezas em relação ao tamanho da pro-
Sabe-se que, de fevereiro a novembro, já foram em- dução de milho primeira safra, com previsão de um
barcadas 23,8 milhões de toneladas, restando 6,2 mi- evento de La Niña, o que poderia afetar a produção do
lhões para dezembro e janeiro. Sul do país.

No entanto, notou-se em novembro, uma significativa Assim, a estimativa de exportação segue mantida em
queda do ritmo exportador, visto que fechou em 3,5 30 milhões de toneladas, visto que os line ups para
milhões de toneladas, abaixo da média das últimas dezembro estão abaixo de 2,5 milhões de toneladas.
cinco safras (retirando dados da safra anterior, onde Houve uma alteração nas importações para 800 mil
a forte quebra da safra e altos preços internos afeta- toneladas, visto que, segundo a Secretaria de Comér-
ram o ritmo normal de exportação de milho), de 3,9 cio Exterior (Secex), o Brasil internalizou 763 mil tone-
milhões de toneladas. ladas de milho, oriundo, sobretudo, do Paraguai.

Além disso, as exportações de novembro ficaram 1,5 Diante do aquecimento da demanda interna, nos úl-
milhão de toneladas abaixo dos embarques de outu- timos meses, os preços de milho tiveram uma alta,
bro, levando a crer que a tendência natural é de dimi- variando entre R$ 15,10 e 21,25/60Kg no Estado do
nuição ainda maior do volume a ser exportado nos Mato Grosso, R$ 21,00 e 25,00 no Paraná e R$ 22,00 e
30,00/60 no Rio Grande do Sul

10.5.1. Mercado internacional

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados cerca de 1 milhão a mais que a projeção do mês an-
Unidos (Usda), na safra 2017/18 a produção mundial terior. Este crescimento deve-se ao aumento da esti-
de soja em grãos será de 348,88 milhões de toneladas, mativa de produção da soja brasileira em 2017/18, em

Tabela 46 - Produção mundial de soja em milhões de toneladas


País/Safra 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018
Estados Unidos 86.700 97.200 96.500 114.100 108.000
Brasil 91.389 106.878 106.857 116.920 120.436
Argentina 53.400 61.400 56.800 57.800 57.000
China 11.951 12.154 11.785 12.900 14.200
Índia 9.477 8.711 6.929 11.500 10.000
Paraguai 8.190 8.154 9.217 10.665 9.400
Canada 5.359 6.049 6.371 6.463 8.200
Outros 16.285 19.467 19.250 20.906 21.652
Total 282.751 320.013 313.709 351.254 348.888

Fonte: USDA, outubro/16

relação ao que foi estimado no mês anterior. encontra praticamente finalizada

De qualquer maneira a safra de soja mundial deve As cotações de soja na Bolsa de Chicago variaram em
ficar pouco menos de 3 milhões de toneladas abaixo novembro, de USCents 959,00 a 997,20/bushel (US$
da safra 2016/17. Nos Estados Unidos, o incremento de 352,37 a 366,41/toneladas), acompanhando as varia-
aproximadamente, 4 milhões de toneladas em rela- ções da oferta e demanda, onde a produção mundial
ção à safra anterior, vem se confirmando, visto que a que, segundo o Usda, indicava um incremento, pres-
produtividade, apesar de menor que a safra anterior, sionou as cotações de soja na Bolsa. Contudo, a con-
está com a média acima de 3,3 mil kg/ha, já que ela se

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 123
figuração de um evento de La Niña que pode afetar
a safra da América do Sul e um forte período seco na
Argentina, provocaram um movimento altista dos
preços da oleaginosa.

10.4.2. Mercado nacional. passaram 65 milhões de toneladas, levando à revisão


da estimativa da safra 2016/17, para 66,5 milhões, visto
As cotações de soja no Brasil, em novembro, permane- que há line ups indicando que dezembro deve haver
ceram bem estáveis, com valores em Sorriso – MT de um volume de exportação próximo de 1,0 milhão de
R$ 57,00 a saca de 60 quilos e em Cascavel – PR, de R$ toneladas.
64,00 a saca de 60 quilos.
Neste cenário, o esmagamento de soja deve diminuir
Todavia, a comercialização, mesmo pontual, se seguiu em 1,5 milhão de toneladas e assim, os estoques finais
para a soja disponível e as exportações de soja, segun- deverão ficar acima de 3,0 milhões de toneladas, o
do a Secretaria de Comércio Exterior – Secex, já ultra- que não é um mal cenário, tendo em vista que a safra
brasileira 2017/18 está estimada em 109,2 milhões de
10.6. Trigo
Novembro se destacou pelo encerramento da colhei- Em que pese a redução na estimativa da produção,
ta nos maiores estados produtores de trigo do Brasil, para a safra 2017/18, o volume de trigo importado
momento em que se observaram os diversos danos em novembro foi de 476,2 mil toneladas, quantidade
causados nas lavouras e a perda de qualidade do pro- 32,04% inferior à registrada no mesmo período do ano
duto colhido no campo, sendo uma considerável par- anterior. No mês, o cereal foi importado de três países,
cela da produção classificada como triguilho. Diante sendo a Argentina o principal fornecedor, com 92,94%
disso, o setor industrial passou a disputar o grão de do total, enquanto que o Canadá participou com
melhor qualidade, destacadamente aquele colhido na 3,99% e o Paraguai com 3,07%. Os principais destinos
safra 2016/17, o que valorizou as cotações ao longo do do trigo estrangeiro foram os estados de São Paulo
período. (27,06%), Ceará (24,71%), Rio de Janeiro (10,41%) e Pará
(7,32%) que, juntos, foram responsáveis por aproxi-
Por outro lado, a menor demanda pelos derivados tem madamente 70% das importações realizadas. Nesse
pressionado os preços pagos às indústrias moageiras, mesmo período não foi realizada qualquer operação
reduzindo suas margens de comercialização e favore- de exportação do grão.
cendo o consumidor final, que passa a encontrar pro-
dutos a preços mais atrativos no atacado e varejo. Ainda que se façam presentes as expectativas acer-
ca da retomada do crescimento econômico do país,
Conforme levantamento realizado pela Conab du- a menor demanda pelos derivados ensejará um pro-
rante novembro, a produção de trigo estimada para cessamento de cerca de 11 milhões de toneladas para
a safra 2017/18 é de 4.299,4 mil toneladas, o que re- a safra 2017/18, sendo reservadas aproximadamente
presenta uma redução de 36,1% em relação à produ- 288 mil toneladas para sementes, o que totalizará
ção recorde ocorrida na safra anterior, quando o Brasil um consumo na ordem de 11,3 milhões de toneladas.
colheu 6.726,8 mil toneladas. Na comparação com Apesar dos altos estoques, é prevista uma importação
levantamento realizado em outubro e divulgado no de 7,2 milhões de toneladas para fazer frente ao con-
início de novembro, houve uma redução de 269 mil sumo nacional. Houve um ajuste em relação à última
toneladas na estimativa da safra brasileira, fato devi- estimativa do volume de importações divulgada pela
do principalmente à menor produtividade observada Conab, sobretudo pela competitividade do produto
em estados como o Paraná, Rio Grande do Sul, Santa estrangeiro e a necessidade de abastecimento com
Catarina e Mato Grosso do Sul. grãos de maior qualidade. Por fim, espera-se que se-
jam exportadas 600 mil toneladas de trigo nesta tem-
porada, valor próximo ao registrado na safra 2016/17.

124 Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017.
Tabela 47 – Suprimento e uso de trigo em grão no Brasil - agosto-julho
ESTOQUE CONSUMO INTERNO
ESTOQUE FINAL
SAFRA INICIAL (01 DE PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO EXPORTAÇÃO MOAGEM SEMENTES
TOTAL (31 JUN)
AGOSTO) INDUSTRIAL (1)
2012/13 1.956,1 4.379,5 7.010,2 13.345,8 1.683,9 9.850,0 284,3 10.134,3 1.527,6
2013/14 1.527,6 5.527,8 6.642,4 13.697,8 47,4 11.050,0 331,5 11.381,5 2.268,9
2014/15 2.268,9 5.971,1 5.328,8 13.568,8 1.680,5 10.300,0 413,7 10.713,7 1.174,6
2015/16 1.174,6 5.534,9 5.517,6 12.227,1 1.050,5 10.000,0 367,3 10.367,3 809,3
2016/17(1) 809,3 6.726,8 7.088,5 14.624,6 576,8 11.200,0 317,7 11.517,7 2.530,1
2017/18(2) 2.530,1 4.568,4 7.000,0 14.098,5 600,0 11.000,0 287,6 11.287,6 2.210,9
Fonte: Conab.

Nota: (1) Estimativa (2) Previsão

Conab | ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS | v. 5 - Safra 2017/18, n.3 - Terceiro levantamento, dezembro 2017. 125
Tabela 48 - Balanço de oferta e demanda - Em mil toneladas
"ESTOQUE "ESTOQUE
PRODUTO SAFRA PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO
INICIAL" FINAL"
2011/12 521,7 1.893,3 3,5 2.418,5 895,2 1.052,8 470,5
2012/13 470,5 1.310,3 17,4 1.798,2 920,2 572,9 305,1
2013/14 305,1 1.734,0 31,5 2.070,6 883,5 748,6 438,5
Algodão em 2014/15 438,5 1.562,8 2,1 2.003,4 820,0 834,3 349,1
pluma
2015/16 349,1 1.289,2 27,0 1.665,3 660,0 804,0 201,3
2016/17 201,3 1.529,5 40,0 1.770,8 690,0 685,0 395,8
2017/18 395,8 1.690,1 15,0 2.100,9 720,0 960,0 420,9
2011/12 2.569,5 11.599,5 1.068,0 15.237,0 11.656,5 1.455,2 2.125,3
2012/13 2.125,3 11.819,7 965,5 14.910,5 12.617,7 1.210,7 1.082,1
2013/14 1.082,1 12.121,6 807,2 14.010,9 11.954,3 1.188,4 868,2
Arroz em 2014/15 868,2 12.448,6 503,3 13.820,1 11.495,1 1.362,1 962,9
casca
2015/16 962,9 10.603,0 1.187,4 12.753,3 11.428,8 893,7 430,8
2016/17 430,8 12.327,8 1.000,0 13.758,6 11.500,0 800,0 1.458,6
2017/18 1.458,6 11.612,0 1.000,0 14.070,6 12.000,0 1.000,0 1.070,6
2011/12 686,4 2.918,4 312,3 3.917,1 3.500,0 43,3 373,8
2012/13 373,8 2.806,3 304,4 3.484,5 3.320,0 35,3 129,2
2013/14 129,2 3.453,7 135,9 3.718,8 3.350,0 65,0 303,8
Feijão 2014/15 303,8 3.210,2 156,7 3.670,7 3.350,0 122,6 198,1
2015/16 198,1 2.512,9 325,0 3.036,0 2.800,0 50,0 186,0
2016/17 186,0 3.399,5 150,0 3.735,5 3.350,0 125,0 260,5
2017/18 260,5 3.280,4 150,0 3.690,9 3.300,0 125,0 265,9
2011/12 4.459,6 72.979,5 774,0 78.213,1 51.894,0 22.313,7 4.005,4
2012/13 4.005,4 81.505,7 911,4 86.422,5 53.263,8 26.174,1 6.984,6
2013/14 6.984,6 80.051,7 790,7 87.827,0 54.503,1 20.924,8 12.399,1
Milho 2014/15 12.399,1 84.672,4 316,1 97.387,6 56.611,1 30.172,3 10.604,2
2015/16 10.604,2 66.530,6 3.338,1 80.472,9 54.639,8 18.883,2 6.949,9
2016/17 6.949,9 97.842,8 800,0 105.592,7 56.165,3 30.000,0 19.427,4
2017/18 19.427,4 92.222,5 400,0 112.049,9 58.500,0 30.000,0 23.549,9
2011/12 3.020,4 66.383,0 266,5 69.669,9 36.754,0 32.468,0 447,9
2012/13 447,9 81.499,4 282,8 82.230,1 38.694,3 42.791,9 743,9
2013/14 743,9 86.120,8 578,7 87.443,5 40.200,0 45.692,0 1.551,5
Soja em 2014/15 1.551,5 96.228,0 324,1 98.103,6 42.850,0 54.324,2 929,4
grãos
2015/16 929,4 95.434,6 400,0 96.764,0 43.700,0 51.587,8 1.476,2
2016/17 1.476,2 114.075,3 300,0 115.851,5 45.781,0 66.500,0 3.570,5
2017/18 3.570,5 109.183,4 400,0 113.153,9 46.781,0 64.000,0 2.372,9
2011/12 3.176,7 26.026,0 5,0 29.207,7 14.051,1 14.289,0 867,6
2012/13 867,6 27.258,0 3,9 28.129,5 14.350,0 13.333,5 446,0
2013/14 446,0 28.336,0 1,0 28.783,0 14.799,3 13.716,3 267,4
Farelo de 2014/15 267,4 30.492,0 1,1 30.760,5 15.100,0 14.826,7 833,8
Soja
2015/16 833,8 30.954,0 0,8 31.788,6 15.500,0 14.443,8 1.844,8
2016/17 1.844,8 31.955,0 1,0 33.800,8 17.000,0 14.600,0 2.200,8
2017/18 2.200,8 32.725,0 1,0 34.926,8 17.500,0 15.000,0 2.426,8
2011/12 988,0 6.591,0 1,0 7.580,0 5.172,4 1.757,1 650,5
2012/13 650,5 6.903,0 5,0 7.558,5 5.556,3 1.362,5 639,7
2013/14 639,7 7.176,0 0,1 7.815,8 5.930,8 1.305,1 579,9
Óleo de 2014/15 579,9 7.722,0 25,3 8.327,2 6.359,2 1.669,9 298,1
soja
2015/16 298,1 7.839,0 66,1 8.203,2 6.380,0 1.254,2 569,0
2016/17 569,0 8.092,5 40,0 8.701,5 6.800,0 1.550,0 351,5
2017/18 351,5 8.287,5 40,0 8.679,0 6.800,0 1.700,0 179,0
2011 2.201,6 5.788,6 6.011,8 14.002,0 10.144,9 1.901,0 1.956,1
2012 1.956,1 4.379,5 7.010,2 13.345,8 10.134,3 1.683,9 1.527,6
2013 1.527,6 5.527,8 6.642,4 13.697,8 11.381,5 47,4 2.268,9
Trigo 2014 2.268,9 5.971,1 5.328,8 13.568,8 10.713,7 1.680,5 1.174,6
2015 1.174,6 5.534,9 5.517,6 12.227,1 10.367,3 1.050,5 809,3
2016 809,3 6.726,8 7.088,5 14.624,6 11.517,7 576,8 2.530,1
2017 2.530,1 4.299,4 7.200,0 14.029,5 11.287,6 600,0 2.141,9

Fonte: Conab.
Notas: Estimativa em dezembro 2017/ Estoque de Passagem - Algodão, Feijão e Soja: 31 de Dezembro - Arroz 28 de Fevereiro - Milho 31 de Janeiro - Trigo
31 de Julho.

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Distribuição:
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Diretoria de Política Agrícola e Informações (Dipai)
Superintendência de Informações do Agronegócio (Suinf)
Gerência de Levantamento e Avaliação de Safras (Geasa)
SGAS Quadra 901 Bloco A Lote 69, Ed. Conab - 70390-010 – Brasília – DF
(61) 3312-6277
http://www.conab.gov.br / geasa@conab.gov.br
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