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19/03/2020

GMG3201 – Fundamentos de Mineralogia e Geologia

GMG3201 - Capítulo I:
Fundamentos de Mineralogia e
- Conceitos, definições
Geologia
- Estrutura cristalina dos minerais
- Polimorfismo, isomorfismo
Mineralogia: - Métodos analíticos na caracterização de minerais
Conceitos fundamentais, - Propriedades físicas e morfológicas: caracterização
expedita
propriedades físicas,
gênese e classificação dos minerais - Atividade prática: propriedades físicas e
morfológicas de alguns minerais mais comuns

GMG3201 – Fundamentos de Mineralogia e Geologia GMG3201 – Fundamentos de Mineralogia e Geologia

Mineral: substância sólida, cristalina, natural, de Estado sólido: sólidos cristalinos x não-cristalinos (amorfos). Sólidos
origem inorgânica, com composição definida (*), vítreos: caso particular de não-cristalino
constituinte fundamental, fisicamente indivisível das
substâncias sólidas no Universo;
Espécie mineral: cada espécie mineral é caracterizada
pela combinação única composição química –
estrutura cristalina;
Formas de ocorrência de minerais: como agregados
consolidados e inconsolidados pluri- e uniminerálicos
(rochas, sedimentos, solos); ou, em condições
especiais, como indivíduos ou grupos cristalinos
isolados ou destacados em meio aos agregados.

Sólidos cristalinos = cristais (stricto sensu, lato sensu). Substâncias cristalinas: anisótropas
Ex: condutividade térmica em gipso, dureza (H) em cianita
Arranjo atômico triperiódico (espacialmente ordenado).

Consequências:
- desenvolvimento de faces cristalinas durante o
H=5

crescimento (se as condições permitirem);


- comportamento anisótropo (clivagem, coeficientes de
dilatação, condução térmica, transmissão e absorção de
luz, resistência ao risco = dureza, propriedades
magnéticas, etc); H=7
- SIMETRIA: externa (formas cristalinas) e interna
(retículo cristalino – difração de raios X).

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Quartzo – SiO2
A simetria externa é consequência da simetria
interna, definida pelo arranjo espacialmente
organizado das partículas constituintes (átomos,
íons, moléculas) das substâncias cristalinas,
caracterizando o retículo cristalino.
Tetraedro [SiO4]4- -
unidade fundamental

Exemplo: cristais de quartzo Cristais aparentemente “imperfeitos”


(prismas e pirâmides hexagonais)
Lei da constância dos ângulos interfaciais de Steno: o cristal
pode parecer “deformado”, irregular, mas o ângulo entre
suas faces adjacentes é constante, igual ao de cristais da
mesma espécie bem formados.

120o 120o 120o

120o 120o

o
120 120o

https://www.amazon.com/Healing-Crystal-Amethyst-Meditation-Banshren/dp/B01M0EQ3PL https://www.youtube.com/watch?v=EVQ0vmCWFZ4

Cristais euédricos ou idiomórficos: aproximam-se das Minerais idiomórficos ou euedrais: formas


formas cristalinas ideais. Ex: diamante (octaedro) cristalinas bem desenvolvidas

KLEIN & PHILPOTTS_Fig. 2.8 © Cambridge University Press 2016

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Formas cristalinas: poliedro de clivagem


Formas cristalinas ao
octaédrico em fluorita
Microscópio Eletrônico
de Varredura (MEV)

cristal de ferro nativo (cúbico)

Caulinita (pseudohexagonal)

Difração de Raios X
Esquema da interação de raios X com um cristal Imagem de difração
de Laue (monocristal)
Notar disposição
simétrica dos pontos

Minerais – estrutura cristalina


Retículo cristalino
em imagem de
Microscopia Os ânions são geralmente maiores que
os cátions.
Eletrônica de
Transmissão (TEM) A estrutura do mineral é determinada
pela forma como os ânions são
Notar escala em
arranjados (“empacotados”) e como os
nanômetros. cátions se colocam entre eles.

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Estrutura do NaCl (halita), destacando empacotamento Ligações químicas: são as forças de atração que mantém as
dos ânions e cátions e a cela unitária partículas unidas em um retículo cristalino. As ligações
químicas se realizam mediante a interação dos orbitais
externos, incompletos, onde se alojam os elétrons de
valência dos átomos envolvidos, i.e. aqueles que irão
participar das ligações entre eles.

As ligações químicas podem ser:


- Covalentes
- Iônicas
- Metálicas
- Van der Waals (residuais)
- Pontes de hidrogênio (residuais)

Ligações iônica e covalente: comparação Ligação covalente: elétrons


compartilhados pelos orbitais
– direcional, forte.

Regras de Pauling: poliedros de coordenação


Ligação Iônica: cátion : ânions

Atração eletrostática
NC = 2 NC = 3 NC = 4
de íons com carga
positiva (cátions) e
íons com carga
negativa (ânions).
As estruturas podem
ser descritas pelas
NC = 6 NC = 8
Regras de Pauling

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Exemplo da complexidade da estrutura de um mineral Polimorfos: minerais com mesma composição química,
porém com estruturas cristalinas distintas

Diamante: estrutura tridimensional, Grafita: estrutura planar,


ligações covalentes, NC=4 (sp3) ligações covalentes +
Van der Wals, NC = 3 (sp2)

Notar os vários tipos


de poliedros de
coordenação
(tetraedros, octaedros)
na estrutura complexa.

KAl2(AlSi3O10)(OH)2

Estrutura da mica branca (muscovita)

Exemplos de minerais polimorfos Isomorfismo


Isomorfos são minerais com:
Composição Nome / Espécie Sistema Dureza Peso Específico – estruturas cristalinas semelhantes
– composição química diferente ou variável dentro de certos
C Diamante Cúbico 10 3,52
limites
Grafita Hexagonal 1 2,23
FeS2 Pirita Cúbico 6 5,02
Exemplos:
Marcassita Ortorrômbico 6 4,89
CaCO3 Calcita Trigonal 3 2,71 – calcita (CaCO3)
Aragonita Ortorrômbico 3,5 2,94 – magnesita (MgCO3)
SiO2 Quartzo β Trigonal 7 2,65 – siderita (FeCO3)
Stishovita Tetragonal ?? 4,30
Coesita Monoclínico 7,5 3,01
ou:
Cristobalita Cúbico 6,5 2,20 – feldspato sódico (albita, NaAlSi3O8) e
Tridimita Hexagonal 7 2,20 – feldspato cálcico (anortita, CaAl2Si2O8)

Solução sólida Diagrama esquemático para ilustrar a solução


Ocorre entre minerais isomorfos e diz respeito à variação sólida entre dois membros finais A e B puros
composicional controlada pelo retículo cristalino, principalmente
A100B0 A90B10 A60B40 A30B70 A10B90 A0B100
pela substituição de cátions de mesmo tamanho e valência.

Exemplo: Olivina (Mg,Fe)2SiO4 – série de solução sólida contínua


entre fayalita (Fe2SiO4) e forsterita (Mg2SiO4). Podem ocorrer
misturas em todas as proporções, e.g. Fe0,70Mg1,30SiO4.

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Exemplos de solução sólida em ligas metálicas


Métodos analíticos em Mineralogia
substitucional simples intersticial
Identificação: identificação expedita pelas propriedades físicas
(Cu-Zn - latão) (C em Fe - aços de C)
e morfológicas, métodos ópticos por luz polarizada (índices de
refração, microscopia petrográfica), difração de RX, MEV
(microscópio eletrônico de varredura), análises
termogravimétricas e termodiferenciais, etc;
Análises estruturais: difração de RX, microscopia eletrônica de
transmissão, microssonda Raman, etc;
Análises composicionais: análises químicas via úmida, análises
espectrométricas, Microssonda Eletrônica, MEV, “laser
ablation” combinado com ICP-MS (“inductively coupled mass
spectrometry”)

Métodos espectrométricos: interação


Microssonda
amostra-elétrons
Eletrônica
• elétrons secundários (imagens
de morfologia e topografia)
• elétrons retro-espalhados A amostra é polida e
(imagens que mostram
contraste de composição) bombardeada por um feixe
• elétrons retro-espalhados de elétrons que interagem
difratados (estudos de com seus átomos e emitem
estruturas cristalinas e
orientações de minerais) radiação característica para cada
• elétrons transmitidos elemento. As intensidades destas
• fótons (raios X característico – radiações são comparadas às
análise química)
• luz (catodoluminescência) intensidades obtidas em padrões
• calor com concentração conhecida
= método quantitativo.

Análise por Microssonda Eletrônica: exemplo Microscópio


Eletrônico
Banhadao Ex-34
P.1 - Piroxênio verde intersticial com borda de reação
de Varredura
---- WDS Measurement Results ---- Sun Dec 24 20:08:19 EDT 2006

PROZA Correction Acc.Volt.= 15 kV Take-off Angle= 40.0 deg


Number of Iterations = 4 Princípio semelhante
Element k-ratio ZAF Atom % Element Wt % Err. Compound Compound
Wt % (2-Sigma) Formula Wt %
à da Microssonda E.,
Si-K+
Ti-K+
0.18308
0.00226
1.2935
1.2231
19.476
0.133
23.681
0.276
+/-0.233
+/-0.092
SiO2
TiO2
50.661
0.460 porém: privilegia
Al-K+ 0.00631 1.5012 0.811 0.948 +/-0.038 Al2O3 1.791
Fe-K+ 0.07975 1.2135 4.003 9.677 +/-0.461 FeO 12.450 análises morfológicas e
Mn-K+ 0.00394 1.2362 0.205 0.487 +/-0.058 MnO 0.628
Mg-K+
Ca-K+
0.03718
0.14006
1.6494
1.1082
5.828
8.945
6.133
15.522
+/-0.104
+/-0.144
MgO
CaO
10.170
21.718
por imagens;
Na-K+
K -K+
0.00355
0.00000
2.2103
1.1213
0.788
0.000
0.784
0.000
+/-0.054
---
Na2O
K2O
1.057
0.000
análises composicionais
O -K
Total
--- 3.1471 59.810
100.000
41.428 S
98.935
--- --- ---
98.935 semi-quantitativas
(EDS)

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Imagem MEV – exemplo: espinélio desmisturado - elétrons Microscópio Eletrônico de Transmissão


retro-espalhados e análise composicional EDS (magnetita –
ponto 1)
Análises da estrutura cristalina,
grandes aumentos

Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM) Identificação Expedita de Minerais


Estrutura da cordierita O reconhecimento (identificação) de um dado mineral se faz
através de atributos condicionados pelas sua composição
química e características do retículo cristalino; estes
atributos se denominam

Propriedades Físicas e Morfológicas

A combinação destas propriedades é suficiente, na maioria dos


casos, para identificar corretamente um determinado
mineral. Quando isto não é possível, torna-se necessário
recorrer a métodos analíticos mais sofisticados, como
microscopia de luz polarizada, difração de RX, análises
espectroscópicas, etc.

As propriedades físicas constituem a base da identificação dos As principais propriedades físicas e morfológicas
minerais em amostras de mão. Os “instrumentos”:  Hábito (cristalino, dimensional, de agregado)
 Clivagem ( se tem / não tem, em quantas direções, qualidade)
 Fratura (irregular, plana, conchoidal, serrilhada, etc)
 Brilho (metálico x não metálico = vítreo, perláceo, etc)
 Cor (idiocromático x alocromático)
 Cor do traço (brilho metálico: colorido)
 Canivete  Transparência (diafaneidade: transparente, translúcido, opaco)
 HCl diluído  Dureza (relativa: alta, média, baixa = escala de Mohs)

 Imã  Densidade relativa

 Placa de  Magnetismo
porcelana  Propriedades organolépticas (odor, sabor, tato)
 Lupa

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Hábito mineral (“o hábito faz o monge”): formas ou padrões Hábitos de cristais ou grãos individuais de minerais em
mais comuns com que um determinado mineral se apresenta função das suas dimensões relativas
na natureza. Pode referir-se a:

- Hábito cristalino: formas cristalinas mais comuns em cristais


bem desenvolvidos; octaédrico, dodecaédrico, romboédrico,
piramidal trigonal, prismático hexagonal ou tetragonal,
tetraédrico, etc;

- Hábito dimensional: tabular, prismático (genérico),


equidimensional, lamelar, fibroso, acicular, etc;

- Hábito de agregado: botrioidal, terroso, reniforme,


estalactítico, granular, maciço, etc

Exemplos de hábito dimensional


 Equidimensional – as formas assumidas pelos cristais tendem a
apresentar dimensões iguais nas 3 direções espaciais. Incluem-se aqui
as formas cúbicas, octaédricas, etc.

 Prismático – uma das dimensões predomina sobre as outras duas,


resultando em formas alongadas. equidimensional prismático equidimensional, cúbico
(granada) (quartzo) (pirita)
 Acicular – predomínio exagerado de uma das dimensões; confere
forma de agulha aos cristais (prisma muito alongado).

 Tabular – duas das dimensões predominam sobre uma terceira,


configurando formas achatadas.

 Micáceo, Foliar – o mineral se apresenta em folhas ou placas.


tabular acicular micáceo, foliar
(barita) (aragonita) (muscovita)

Hábitos de agregados: Clivagem: tendência de um mineral de


quebrar em direções preferenciais
exemplos
(planos repetitivos, paralelos).
botrioidal
(limonita) Clivagem é uma superfície de
quebra, enquanto uma face
cristalina é uma superfície de
crescimento!

Se a clivagem ocorrer em várias


direções, poderão formar-se
poliedros de clivagem.

reniforme fibroso dendrítico


Ex: calcita, fluorita, galena, halita
(smithsonita) (serpentina) (pirolusita)

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Exemplos de clivagem Fratura: superfície de quebra genérica dos minerais.

- Muscovita: 1 direção;

- Feldspatos: 2 direções, A fratura pode ser:


quase ortogonais;  plana
 irregular
- Halita, galena: 3 direções,
a 90º, cúbica;  conchoidal
 serrilhada, etc Fratura conchoidal do quartzo

- Calcita, dolomita: em Partição: plano de menor resistência estrutural (não apresenta


3 direções, romboédrica continuidade – pode confundir-se com clivagem).

Brilho: qualidade e intensidade de luz refletida Transparência


 Minerais transparentes: não absorvem ou absorvem pouco a
luz. É possível observar desenhos e objetos através deles
com maior ou menor nitidez. Exemplo: quartzo, calcita, mica
 Metálico
 Minerais translúcidos: quando deixam atravessar
Hematita parcialmente a luz, mas não são transparentes. Exemplo:
feldspato, mica
 Vítreo  Minerais opacos: absorvem a maior parte da luz – elementos
 Resinoso nativos metálicos, óxidos e sulfetos. Exemplo: pirita, galena e
metais nativos em geral
 Não metálico  Adamantino
 Perláceo Obs: a transparência também depende da espessura! Alguns
 Sedoso minerais translúcidos podem tornar-se transparentes quando
 etc muito delgados.
Quartzo

Minerais não metálicos são, em geral, transparentes ou


translúcidos, têm cores claras e traço incolor ou levemente colorido.
COR
Vítreo: brilho típico do Nacarado: como o da Quanto à cor, os minerais são:
vidro ou do quartzo madrepérola, típico dos
silicatos lamelares como
o talco e as micas  Idiocromáticos: têm cores próprias, constantes, inerente à

Quartzo
Talco composição química.
Resinoso: brilho típico Sedoso: aspecto brilhante Ex. enxofre, grafita, malaquita
da resina semelhante à seda;
característico de muitos
minerais fibrosos.  Alocromáticos: a cor pode variar fortemente devido à
Enxofre Malaquita presença de impurezas, variações na composição química ou
Adamantino: minerais imperfeições no retículo cristalino.
excepcionalmente Terroso ou fosco:
brilhantes como o superfícies baças, sem
diamante brilho  Ex. quartzo, feldspato, turmalina, berilo, diamante
Rutilo Caolinita

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Mineral alocromático: quartzo


Mineral idiocromático: enxofre nativo

Cor do traço: é a cor do


pó do mineral. Cor do traço: exemplos
Varia menos que a cor do mineral.
Útil para identificação de minerais
opacos (= brilho metálico), com Cinábrio: HgS Pirita: FeS2
cor de traço colorida e forte,
pois nestes a luz incidente é
fortemente absorvida.

Minerais translúcidos e
transparentes exibem traço
branco; apenas uma pequena
quantidade de luz incidente é
absorvida ao atravessar o pó do
mineral.

Dureza Escala de Mohs


No na escala - Mineral Fórmula Escala alternativa (expedita)
Dureza: refere-se à resistência relativa de um 1 – Talco Mg3Si4O10(OH)2 Palito de fósforo (±1,1)
mineral a ser riscado. 2 – Gipsita CaSO4.2H2O Unha (2-2,5)
3 – Calcita CaCO3 Moeda de cobre, agulha (±3)
O grau de dureza é determinado comparando
4 – Fluorita CaF2
a facilidade ou dificuldade com que um
5 – Apatita Ca5(PO4)3(F,Cl,OH) Aço comum – canivete (5,2)
mineral é riscado com outro ou com um
6 – Feldspato K KAlSi3O8 Vidro (5,5)
objeto de dureza conhecida. 7 – Quartzo SiO2 Aço de lima (6,5)
8 – Topázio Al2SiO4(F,OH)2
Escala de dureza relativa de Mohs: 9 – Coríndon Al2O3
10 - Diamante C

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MINERAIS DA ESCALA DE DUREZA DE MOHS Escala de dureza


de Mohs: relativa
1 - TALCO 2 - GIPSITA 3 - CALCITA 4 - FLUORITA 5 - APATITA

Comparação da dureza
absoluta (escala de
Knoop) com a dureza
relativa dos minerais
da escala de Mohs

6 - FELDSPATO 7 - QUARTZO 8 - TOPÁZIO 9 - CORÍNDON 10 - DIAMANTE

Propriedades Organolépticas
Testes químicos expeditos: HCl e carbonatos
 Tato
 Ex: gorduroso (talco)

 Odor
 Ex: fétido (minerais de S)

 Sabor
 Ex: salino (halita - foto)
Calcita (CaCO3) e aragonita (CaCO3) efervescem em HCl
diluído (a frio), enquanto dolomita (CaMg(CO3)2) efervesce
Lembrando que alguns minerais exigem cuidado no manuseio, pois são
tóxicos (ex., sulfeto de arsênio – realgar) ou mesmo radioativos (ex., óxido de muito lentamente, ou somente com HCl aquecido.
urânio – uraninita, “pechblenda”).

Magnetismo
Tenacidade: resistência a ser quebrado, moído,
Os minerais podem ser: dobrado, moldado ou cortado
Diamagnéticos: não apresentam atração por campos magnéticos
(a maioria dos minerais: silicatos, carbonatos em geral);
- Quebradiço: fragmenta-se com facilidade
Paramagnéticos: são atraídos fracamente por um campo
- Maleável: pode ser moldado com facilidade
magnético.
- Séctil: pode ser cortado em aparas delgadas com uma lâmina
Ferromagnéticos: atraídos
- Dúctil: pode ser reduzido a um fio
intensamente por campos
magnéticos, como o de um - Flexível: pode ser dobrado, sem voltar à posição original
imã de mão. - Elástico: após flexionado, retorna à posição original
Exemplos: magnetita (Fe3O4),
pirrotita (Fe1-xS) Maleável, séctil, dúctil: características dos elementos nativos
metálicos (Au, Ag, Cu, Fe, etc)
Tenacidade alta: talco

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GMG3201 – Fundamentos de Mineralogia e Geologia

Densidade
Peso específico ou densidade relativa: razão entre o peso de um Capítulo II:
mineral e o peso de um volume igual de água a 4 oC – não tem
unidade!
- Gênese dos minerais
Depende de: - Classificação dos minerais: as principais classes
- composição química (elementos de grande massa atômica:
Pb, Ba, U, etc); minerais e seus exemplos
- o grau de empacotamento do retículo cristalino (comparar,
por exemplo, os polimorfos aragonita e calcita, ou a calcita e - Atividade prática: visita ao Museu – localização e
magnesita); caracterização visual de minerais
A densidade pode ser estimada expeditamente, em vários casos;
a determinação acurada do peso específico nem sempre é
fácil (separação do mineral, inclusões, alterações, etc)

Gênese dos minerais Processos geradores de minerais: endógenos e


exógenos
Minerais se formam sob uma ampla variedade de condições:
- Cristalização magmática (em termos de volume, o mais
- Em condições de altas temperaturas e pressões, no manto;
importante na crosta);
- Na superfície da Terra, em salinas, fumarolas e solfataras;
- Processos hidrotermais;
- No interior da crosta, pela consolidação de magmas;
- Precipitação de soluções salinas supersaturadas;
- Na superfície, pela consolidação de lavas;
- Reações metamórficas (formação de minerais novos por
- Em profundidade, a altas T e P, através de reações entre reações no estado sólido a altas T e P);
minerais previamente existentes;
- Alteração supérgena (intemperismo químico);
- Na superfície, pela alteração intempérica de outros minerais
- Processos diagenéticos (maturação de sedimentos)
- Na superfície, pelo impacto de meteoritos

Ciclo das
Minerais mais antigos conhecidos:
Rochas
- Em meteoritos : > 4,5 Ga (4.500.000.000 anos) (e dos Minerais)

- Zircões detríticos ~ 4,4 Ga


(procedentes de rochas antigas já destruídas:
memória da crosta primitiva da Terra)

Minerais mais jovens: estão sendo formados neste


momento em diversos ambientes geológicos; alguns podem
durar apenas algumas horas (“critério da perenidade”).
http://www.geocaching.com/geocache/GC4D7FR_metamorfismo-metamorphism-cascais

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Granito (rocha ígnea): dois feldspatos (ortoclásio = rosa,


Sequência de cristalização magmática: os minerais vão plagioclásio = branco), quartzo (cinza) e biotita (preta)
cristalizando em sequência definida conforme cai a
temperatura e o magma se consolida

Ex: olivina → piroxênio → feldspato

http://www.geologyclass.org/Igneous%20Concepts.htm

Cristalização metamórfica (blastese): granada e estaurolita Rochas basálticas


sobre matriz foliada de quartzo, muscovita e biotita, formadas
a partir de uma ardósia (muscovita, clorita e quartzo) alteradas:
argilominerais
formados pelo
intemperismo

Ardósia
http://www.treknature.com/gallery/Africa/South_Africa/photo278850.htm

Granada-Estaurolita micaxisto

Argilominerais formados pelo intemperismo: pseudomorfo Evaporitos depositados nas margens de um lago no
de feldspato caulinizado e imagem MEV de caolinita deserto = “playa” (Deep Springs Lake, California)

NASA Goddard Centre


http://pages.uoregon.edu/millerm/playa.html

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Evaporitos: silvita (KCl) e halita (NaCl) bandadas Processos diagenéticos: minerais se formam em
sedimentos no decorrer do processo de litificação (ou
diagênese); precipitados a partir das águas conatas, ocupam os
interstícios entre os grãos. Podem formar cimentos carbonáticos
e silicosos diversos.

Próxima figura:
Q – quartzo
CT – chert
K – caolinita
C – calcita
F – feldspato (grão)
MS – argilas
CHL – clorita
Oil – óleo (filmes)
http://www.geol.umd.edu/~jmerck/nature/specimens/htmls/evaporite53327.html AAPG Memoir 77, Chapter 23: CARBONATE DIAGENESIS:
Syngenetic/Eogenetic Marine Diagenesis

GMG-625 – Introdução à Mineralogia e Petrologia / Poli-Petróleo

Classificação de minerais
Associação Mineralógica Internacional
(IMA) fundada em 1959
– Comissão de Novos Minerais e
Nomes de Minerais (CNMNM)
– http://www.ima-mineralogy.org/

http://pubs.usgs.gov/dds/dds-033/USGS_3D/ssx_gif/cmts4.gif

Classificação dos minerais Razões para adotar o ânion ou radical aniônico


dominante como base da Classificação
Principais classes Sistemática de Minerais
Nº aproximado de
Grupo
espécies
Exemplos 1. Semelhanças mais fortes e nítidas entre minerais com mesmo
radical aniônico dominante do que entre minerais com
Elementos Nativos ~ 100 minerais Diamante C, Ouro Au
mesmo cátion dominante. Exemplo: maior similaridade entre
Sulfetos ~ 600 minerais Pirita FeS2 CaCO3, MgCO3, MnCO3 e FeCO3 do que entre Fe2SiO4, FeCO3,
Hematita Fe2O3, Gibbsita Fe2O3 e FeS2;
Óxidos e Hidróxidos ~ 500 minerais
Al(OH)3
2. Minerais com mesmo radical aniônico tendem a ocorrer
Haletos ~ 150 minerais Halita NaCl, Fluorita CaF2
associados e/ou em ambientes geológicos semelhantes.
Carbonatos ~ 280 minerais Calcita CaCO3 Exemplos: associações de minerais carbonáticos, associações
Sulfatos ~ 300 minerais Barita BaSO4 de sulfetos diversos em veios, associações de minerais
Fosfatos ~ 500 minerais Apatita Ca5(PO4)3OH silicáticos em rochas;
SILICATOS ~ 1300 minerais Quartzo SiO2 3. Esta sistemática segue a nomenclatura da Química Inorgânica
(sulfetos, sulfatos, silicatos, carbonatos, etc).
Outras classes: cromatos, nitratos, boratos, arsenatos, vanadatos, etc.

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MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS


As Classes Mineralógicas
 Foram reconhecidas mais de 4.000 espécies minerais na
1 - Elementos Nativos (Au, Ag, Pt, 10 - Sulfatos e Cromatos (SO42-, Terra, porém apenas poucas dezenas são minerais
Cu, Fe, C, etc.) CrO4 2- ) formadores de rochas:
2 - Sulfetos e Arsenietos (S2- e 11 – Tungstatos e Molibidatos
(WO42-, MoO4 2- )  Silicatos – [SiO4]4- combinado com outros cátions (Fe, Mg,
As2, 3 , 5+)
3 – Sulfossais (As 5+,
Sb S 5+, 6+) 12 - Fostatos Arseniatos e Ca, Al, Na, K, principalmente)
Vanadatos (PO4 2-, AsO4 2-, VO4 2- )
4 – Óxidos (O2-)  Carbonatos - Ca, Mg e [CO3]2-
13 - Silicatos (SiO44-):
5 – Hidróxidos (OH1-) se subdivide em subclasses, em função da
estrutura polimerizada: neso-, soro-,  Óxidos - O2− e cátions metálicos
6 – Halóides (Cl1-, Br1-,F1-, I1-)
ciclo-, ino-,filo- e tectossilicatos.)
7 – Carbonatos (CO32-)  Sulfetos - S2− e cátions metálicos
8 – Nitratos (NO31-)  Sulfatos - (SO4)2− e cátions metálicos
9 – Boratos (BO33-)

MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS Classe: Elementos nativos


Olivina
3% Argilas Famílias
5% Micas
5%
Anfibólios
5%
Metais Nativos
Óxidos, sulfetos, sulfatos,
Au, Ag, Cu, Fe, Hg, Pt
carbonatos, fosfatos
Feldspatos
51%
8% Semi-Metais Nativos
Piroxênios As, Bi, Sb
11%
Não-Metais Nativos
Quartzo
12%
C (diamante, grafita), S

Os silicatos perfazem mais de 90% (em volume) da crosta terrestre.

Elementos nativos: exemplos Sulfetos e arsenietos


Ânion predominante: S2-, e/ou As

Ouro (Au) acantita Ag2S cinábrio HgS


Diamante (C) calcocita Cu2S realgar AsS
bornita Cu5FeS4 ouropigmento As2S3
galena PbS stibinita Sb2S3
esfalerita ZnS pirita FeS2
calcopirita CuFeS2 marcassita FeS2
pirrotita Fe1-xS molibdenita MoS2
millerita NiS cobaltita (Co,Fe)AsS

Enxofre (S) pentlandita (Fe,Ni)9S8 arsenopirita FeAsS


covellita CuS skutterudita (Co,Ni)As3

Muitos deles importantes minerais de minérios: Cu, Pb, Zn, Ni, Mo, Hg, Co, etc

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Sulfossais
Sulfetos: exemplos
As, Sb, (Bi) – apenas como cátions. Podem ser considerados
Esfalerita - ZnS
sulfetos duplos (e.g. 2Cu3AsS4 = 3Cu2S.As2S5)

enargita Cu3AsS4

pirargirita Ag3SbS3

proustita Ag3AsS3

tetraedrita Cu12Sb4S13

Pirita - FeS2
tennantita Cu12As4S13
Galena - PbS
Calcopirita - CuFeS2

Óxidos (e hidróxidos)
Óxidos e Hidróxidos - exemplos
TIPO X2O e XO TIPO X2O3
cuprita Cu2O corindon Al2O3
zincita ZnO hematita Fe2O3
llmenita FeTiO3
Espinélio – MgAl2O4
TIPO XO2 (excluindo SiO2) TIPO XY2O4
rutilo TiO2 espinélio MgAl2O4
pirolusita MnO2 magnetita Fe3O4
cassiterita SnO2 cromita FeCr2O4 Rutilo – TiO2
uraninita UO2 crisoberilo BeAl2O4
Hematita – Fe2O3
columbita (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O4

Magnetita – Fe3O4

Carbonatos Carbonatos: exemplos Aragonita – CaCO3


Radical aniônico [CO3]2- - simetria romboédrica (ou ortorrômbica)
Calcita – CaCO3
Grupo da Calcita Grupo da Aragonita Dolomita – CaMg(CO3)2
- calcita CaCO3 - aragonita CaCO3
- magnesita MgCO3 - witherita BaCO3
- siderita FeCO3 - stroncianita SrCO3
- rodocrosita MnCO3 - cerussita PbCO3
- smithsonita ZnCO3

Grupo do Dolomita Carbonatos com hidroxila


- dolomita CaMg(CO3)2 - malaquita Cu2CO3(OH)2 Malaquita – Cu2CO3OH2
- ankerita CaFe(CO3)2 - azurita Cu3(CO3) 2(OH)2

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Nitratos Boratos
Radical aniônico [BO3]3- - polimerizável, à semelhança dos
Radical aniônico [NO3]1- - isoestruturais com os silicatos.
carbonatos Exemplos:
Nitrato de Sódio: NaNO3 Ulexita – NaCaB5O6(OH)6.5H2O
Bórax – Na2B4O5(OH)4.8H2O
Fonte de nitratos, usados na composição dos
explosivos e dos fertilizantes
Nitro ou Salitre: KNO3
Usado como fonte de compostos nitrogenados para
fertilizantes
Bórax

Sulfatos e cromatos Fosfatos, arseniatos e vanadatos


Radicais aniônicos [SO4]2- e [CrO4]2- Radicais aniônicos [PO4]3-, [AsO4]3- e [VO4]3- - minerais
frequentemente isoestruturais

barita BaSO4
celestina SrSO4
barita
anglesita PbSO4
anidrita CaSO4 Exemplo:
Apatita – Ca5(PO4)3(F,Cl,OH)
crocoíta PbCrSO4
gipso CaSO4.2H2O
calcantita CuSO4.5H2O gipso

Silicatos Si4+
Exemplo de estrutura
 Minerais mais abundantes da crosta e do polimerizada:
manto terrestre.
Quartzo
 Unidade fundamental: tetraedros de SiO2
[SiO4]4-
O2-
 Essa unidade fundamental é capaz de
polimerização.

 As diferentes combinações do tetraedros


de SiO4 formam as diferentes sub-classes e
grupos.
4,9 Å

1 Å = 10-10 m

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Silicatos Classe dos Silicatos


Os silicatos perfazem mais de 90% da crosta terrestre.
Radical aniônico - (SiO4)4-

 feldspatos 58%
 piroxênios e anfibólios 13%
 quartzo 11%
Quartzo – SiO2  micas, cloritas, argilominerais 10%
 olivina 3%
 aluminossilicatos 2%

Feldspato (microclínio)  carbonatos, óxidos, sulfetos, halóides 3%


KAlSi3O8

Silicatos: classificação estrutural Padrões de polimerização dos tetraedros [SiO4]-4


Nesossilicatos Inossilicatos
- cadeias simples
tetraedros isolados
- cadeias duplas-

Olivina, granada, cianita, sillimanita, andaluzita, zircão Piroxênios e anfibólios

Sorossilicatos Filossilicatos
duplas de tetraedros folhas de tetraedros

Micas e argilo-minerais
Epídoto, clinozoisita e allanita

Ciclossilicatos Tectossilicatos
anéis de tetraedros
arranjo tridimensional SiO2

Berilo, cordierita e turmalina Quartzo e feldspatos

Exemplos de nesossilicatos
Nesossilicatos: tetraedros [SiO4]4- isolados na
estrutura, unidos pelos demais cátions
Olivina
Grupo da Olivina – (Fe,Mg)2SiO4
Grupo da Granada – (Mg,Fe,Mn,Ca)2(Al,Fe,Cr)3O12
Andaluzita, cianita, sillimanita – polimorfos Al2SiO5 Granada
Estaurolita – Fe2Al9O6(SiO4)4(O,OH)2
Zircão – ZrSiO4
Zircão

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Ciclossilicatos: anéis de 3 ou 6 tetraedros [SiO4]4-


Nesossilicatos: os polimorfos Al2SiO5
isolados em meio à estrutura.
Ex: berilo – Be3Al2(Si6O18). Variedades: esmeralda, rubi
Cianita

Andaluzita Sillimanita

Inossilicatos: silicatos em cadeias Piroxênios: estrutura


- Cadeias simples: piroxênios, piroxenóides
- Cadeias duplas (com OH): anfibólios Cinza: cadeia de
tetraedros [SiO4]4-
Verde: octaedros
de coordenação
dos cátions menores
(Fe, Mg, Mn, Al)
Azul: cátions
maiores (Ca, Na)

Anfibólios: estrutura
Exemplos de piroxênios

Diopsídio: CaMgSi2O6
Hedenbergita: CaFeSi2O6
Enstatita: MgSiO3
Jadeíta: NaAlSi2O6

Característica: clivagem prismática a 90º


T: sítios tetraédricos (Si, Al) Roxo: sítios >s (Ca, Mg, Fe)
M1,2,3: sítios octaédricos (Al,Mg,Fe,Ti,etc) Rosa – A (Na, K)

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Exemplos de anfibólios Anfibólios: hornblenda

- Tremolita: Ca2Mg5Si8O22(OH)2 Em cristal e em


- Actinolita: Ca2Fe5Si8O22(OH)2 lâmina de
- Cummingtonita: Mg7Si8O22(OH)2 microscópio
- Hornblenda: NaCa2(Fe,Mg)4Al3Si5O22(OH)2
- Glaucofânio: Na2Mg3Al2Si8O22(OH)2

Corte basal de prisma de anfibólio:


anfibólios apresentam clivagem
prismática a 120 – 60º

Filossilicatos Filossilicatos: estrutura genérica


Formam extensas folhas de tetraedros [SiO4]4- ligados entre si
em padrão hexagonal, empilhadas e entremeadas com leitos empilhamento
de cátions em coordenação octaédrica com os oxigênios, de “camadas”
hidroxilas e cátions grandes de carga baixa (K,Na)
“t” – tetraédricas
“o” – octaédricas
e de cátions / ânions
grandes

FILOSSILICATOS – ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL


Filossilicatos: exemplos
Empilhamento Mineral / Fórmula
Biotita– K2Mg6[Si6Al2O20](OH)4
Trioctaedral Dioctaedral Muscovita – K2Al4[Si6Al2O20](OH,F)4

Unidade “o” Brucita Gibbsita


Mg(OH)2 Al(OH)3
“t-o” (1:1) Grupo da Serpentina Grupo da Caulinita
Antigorita Caulinita
Mg3[Si2O5]OH4 Al4[Si4O10](OH)8
“t-o-t” (2:1) Talco Pirofilita
Mg6[Si8O20](OH)4 Al4[Si8O20](OH)4
“t-o-t – o – t-o-t” Grupo da Clorita Caulinita – Al4[Si4O10](OH)8
(Mg,Fe2+,Fe3+,Al)12[(Si,Al)8O20](OH)16 Serpentina – Mg3[Si2O5]OH4 (pseudomorfa de ortoclásio)
“t-o-t-cátion-t-o-t” Grupo das Micas
Cátion X1-(Ka, Na) Flogopita (Biotita) Muscovita
(Micas s.s.) K2Mg6[Si6Al2O20](OH)4 K2Al4[Si6Al2O20](OH,F)4

Cátion X2-(Ca) Clintonita Margarita


(Micas “frágeis”) CaMg3[Al2Si2O10](OH)2 CaAl2[Al2Si2O10](OH)2

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Tectossilicatos Estrutura do quartzo


Tetraedros [SiO4]4- ligados em rede tridimensional. Nos Tetraedros [SiO4]4- ligados em rede tridimensional por todos os
feldspatos, Si é substituído por Al em um ou dois tetraedros O apicais
em quatro, para permitir a entrada de K, Na e Ca

Estrutura dos plagioclásios Feldspatos: ortoclásio – KAlSi3O8


Cristal geminado isolado, megacristais
tetraedros [SiO4]4- e [AlO4]5- ligados em rede tridimensional. (fenocristais) em granito
Notar substituição acoplada NaSi = CaAl

Albita – NaAlSi3O8 Anortita - CaAl2Si2O8

Tectossilicatos: outros grupos


BIBLIOGRAFIA
Grupo dos feldspatóides: semelhantes aos feldspatos, mas
deficientes em sílica, com maior destaque para os álcalis (K, Teixeira, W. et al. 2009. Decifrando a Terra 2ª Ed., Cia.Editora Nacional, SP, 623 p.
Na). Ocorrem em rochas ígneas alcalinas subsaturadas em Cap.5.
sílica. Klein, C. & Dutrow, B. 2011. Manual de Ciência dos Minerais. 23ª Ed., Bookman, 706p.
(mais completo!)
Exemplos: Leucita KAlSi2O6
Press, F., Siever, R., Grotzinger, J. & Jordan, T.H. 2006. Para Entender a Terra. Ed.
Nefelina NaAlSiO4 Artmed, 656 p.
Sgarbi, G.N.C. (Org.) 2012 Petrografia macroscópica das rochas ígneas, sedimentares
e metamórficas. 2a Ed. Editora UFMG, Belo Horizonte, 632 p., Parte 2.
Grupo das Zeólitas: estruturas com grandes cavidades na
estrutura, que podem acomodar moléculas de água e outros
elementos (K, Na, Ca) ou moléculas (filtros químicos) Fonte das imagens de minerais: http://www.mindat.org/
http://www.webmineral.com/
Exemplos: Natrolita Na2Al2Si3O10.2H2O
http://www.google.com/imghp
Heulandita CaAl2Si7O18.6H2O
Chabazita Ca2Al2Si4O12.6H2O

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