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Um, dois, três patinhos.

Era uma festa muito esperada e as

crianças estavam em dança. O céu estava limpido pois era

uma menina. Era uma vez uma menina que estava no

oriente, em um trem que caminhava para o Sul. O enredo

do conto A Cartomante gira em torno de um triângulo

amoroso composto por um casal - Vilela e Rita - e um

amigo de infância muito próximo do rapaz - Camilo.

Com medo de ser descoberta, Rita é a primeira a consultar

uma cartomante. Camilo, que inicialmente zomba da

amante, afasta-se do amigo após começar a receber cartas

anônimas a falar daquela relação extraconjugal.

Camilo teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a

rarear as visitas à casa de Vilela. Este notou-lhe as

ausências. As ausências prolongaram-se, e as visitas

cessaram inteiramente.
Depois de receber um bilhete do amigo dizendo que

precisava falar com ele urgentemente, Camilo fica aflito e,

assim, antes de ir à casa de Vilela, resolve fazer o mesmo

que a amante e também vai à cartomante, que o

tranquiliza.

Camilo vai à casa do amigo confiante de que a relação

continuava em segredo, mas encontra Rita morta e

ensanguentada. O conto termina com a morte de Camilo,

assassinado por Vilela com dois tiros de revólver.

Veja também: Machado de Assis

2. Negrinha, de Monteiro Lobato O conto narra a vida triste


de uma menina, órfã aos 4 anos. Ela vivia assustada.
Enquanto era viva, a mãe escrava, fechava-lhe a boca para
que a patroa não ouvisse o seu choro.
A patroa chamava-se dona Inácia. Era viúva e não tinha

filhos. Não gostava de crianças e o choro delas tiravam-lhe

a paciência.

Quando a mãe da menina morreu, dona Inácia mantinha a

pequena junto dela, que mal podia se mexer.

— Sentadinha aí, e bico, hein?

Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.

— Braços cruzados, já, diabo!

Dona Inácia nunca deu-lhe um carinho e chamava-lhe dos

piores apelidos possíveis, mas dizia ter um coração

caridoso, por criar a órfã. Além disso, os da casa viviam

batendo na criança, que tinha o corpo marcado.


Um dia, dona Inácia recebeu duas sobrinhas pequenas para

passar férias em sua casa. Foi a primeira vez que Negrinha

viu uma boneca e que brincou. Inesperadamente, dona

Inácia deixou a menina brincar com as suas sobrinhas.

A partir daí, e com o regresso das sobrinhas, Negrinha caiu

numa profunda tristeza. Deixou de comer, até se deixar

morrer numa esteira.

Veja também: Monteiro Lobato

3. Baleia, de Graciliano Ramos


O conto é o capítulo IX da obra Vidas Secas. Ele narra a

morte da cadela Baleia, que era como um membro da

família de itinerantes, composta por Fabiano, Sinhá Vitória

e seus dois filhos.

Baleia estava muito magra e seu corpo apresentava falhas

de pelos. Já andava com um rosário de sabugos de milho

queimados no pescoço, que seu dono tinha colocado na

tentativa de fazer com que ela melhorasse.

Num estado cada vez pior, Fabiano decidiu matar o bicho.

Os meninos temiam o pior para Baleia e foram levados

pela mãe para os poupar da cena. Sinhá Vitória tentava

tapar os ouvidos dos filhos para que não ouvissem o

disparo da espingarda do pai, mas eles lutavam aflitos com

ela.
O tiro de Fabiano acerta o quarto da cadela e a partir daí o

narrador descreve as dificuldades que ela tem para andar

depois de ser ferida e as suas sensações nos últimos

momentos de vida.

Olhou-se de novo, aflita. Que lhe estaria acontecendo? O

nevoeiro engrossava e aproximava-se.

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