Você está na página 1de 162

28/02/2020 ControleNormas

GPE-NI-001-01
NORMA INTERNA
31/08/2020

Titulo:
Diretrizes para Elaboração dos Projetos de Estações de Tratamento de Esgoto – ETE´s

Elaborado/Alterado por:
GER DE PROJETOS DE ENGENHARIA - GPE

Aprovado por:
Diretoria Colegiada

1. OBJETIVO
Esta norma objetiva fixar os critérios técnicos e demais condições a serem adotadas e exigidas pela COMPESA na
Elaboração dos Projetos de Estações de Tratamento de Esgotos – ETE’s, visando sua padronização e normatização
das especificações técnicas estabelecendo as diretrizes para apresentação de projetos das unidades de tratamento
de esgoto que serão submetidos à análise e à aprovação da COMPESA.

Para elaboração desta norma foram considerados a estimativa da população a ser atendida, qualidade do efluente, a
viabilidade econômica em relação aos custos dos terrenos, energia elétrica, equipamentos, mão de obra, a redução
no uso racional do concreto, a simplicidade operacional, a remoção de sólidos em suspensão, matéria orgânica,
nutrientes e organismos patogênicos e o tempo de detenção.

2. APLICAÇÃO
Este instrumento normativo se aplica a área de projetos da Companhia de Pernambucana de Saneamento -
COMPESA, na Coordenação de Projetos de Esgotos (CPE), ao atendimento aos projetos de terceiros e público em
geral.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1 Estação Tratamento de Esgoto Sanitário (ETE): Conjunto de unidades de tratamento, equipamentos, órgãos
auxiliares, acessórios e sistemas de utilidades, cuja finalidade é a redução das cargas poluidoras do esgoto sanitário e
condicionamento da matéria residual resultante do tratamento.

3.2 Biofiltro Aerado Submerso: Unidades de tratamento biológico na qual se desenvolve processo unitário com
adição de ar, dotada de meio suporte estruturado ou randômico e de decantador secundário para remoção de sólidos
em suspensão de seu efluente.

3.3 Biogás: Gás gerado no tratamento anaeróbio do esgoto ou no tratamento anaeróbio do lodo em digestores
anaeróbios, constituídos em sua maioria por metano.

3.4 Biomassa: Massa de microrganismos formada no tratamento biológico.

3.5 Carga Orgânica Volumétrica: Razão entre a carga orgânica (expressa em Demanda Bioquímica de Oxigênio –
DBO ou Demanda Química de Oxigênio – DBO) aplicada por dia e do volume útil do reator, expresso em kg/m3.d ou
equivalente.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 1/21
28/02/2020 ControleNormas

3.6 Coeficiente de Pico de Vazão: Coeficiente de variação k igual ao resultado da vazão máxima horária efluente à
ETE, registrada no período de um ano, pela vazão média anual afluente à ETE, incorporando também o
amortecimento de picos de vazão que ocorrem na rede coletora e nos interceptores. Na ausência de determinações
locais e quando a contribuição de águas pluviais não é diretamente afluente à rede coletora, pode-se adotar, para
estações de porte médio, a grande, um valor entre 1,6 e 1,8. Para ETE de pequeno porte deverá adotar valores
maiores.

3.7 Coeficiente de Pico de Massa: Coeficiente de variação Km igual ao quociente da divisão da massa afluente
máxima à ETE, registrada em um período horário, diário, ou mensal, pela massa média afluente à ETE, registrada no
mesmo período (massa de DBO, DQO, ou massa de SS – sólidos em suspensão). Na ausência de determinações
locais, pode-se adotar, para estações de porte médio a grande, valores de até 1,30 a 1,15, respectivamente para as
massas máximas diária e mensal. Para ETE de pequeno porte deverá adotar valores maiores.

3.8 Densidade de Potência: Relação entre a potência dissipada no líquido de um reator sob agitação e o volume útil
deste reator (expresso em Watts/m3 ou equivalente).

3.9 Eficiência do Tratamento: Valor de redução percentual dos valores representativos dos parâmetros de carga
poluidora promovida pelo tratamento.

3.10 Fator de Carga: Relação entre a massa de matéria orgânica expressa em termos de demanda bioquímica de
oxigênio (DBO5) fornecida por dia e a massa de sólidos em suspensão (SS) contida em determinada unidade de
tratamento (expresso em d-1).

3.11 Filtro Aerado Submerso: Unidade de tratamento na qual, além do processo biológico, também se desenvolve
processo unitário de retenção de sólidos. Esta unidade recebe adição de ar e é dotada de meio suporte randômico,
sendo o excesso de biomassa removido por contra lavagem.

3.12 Gases de Efeito Estufa – GEE: Componente gasoso da atmosfera, tanto natural quanto antrópico, que absorve
e emite radiação em comprimentos de onda específicos dentro do espectro de radiação infravermelha emitida pela
superfície da terra, pela atmosfera e pelas nuvens. De acordo com NBR ISO 14064-1 (ABNT, 2015), os GEE incluem
dióxido de caborno (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcabonatos (HFC), perfluorcarbonos (PFC) e
Hexafluoretos de Enxofre (SF6).

3.13 Lodo: Suspensão aquosa de componentes minerais e orgânicos separados no sistema de tratamento.

3.14 Idade do Lodo: Tempo Médio, em dias, de permanência da biomassa no processo biológico, numericamente
igual à relação entre a massa de sólidos em suspensão voláteis (SSV) contida no reator biológico e a massa de SSV
descartada por dia (por remoção de lodo em excesso, e perdas com efluente).

3.15 Operação Unitária: Procedimento que resulta na separação física de componentes do esgoto ou da matéria
residual do tratamento.

3.16 Processo Unitário: Procedimento que resulta na transformação química ou biológica do esgoto ou da matéria
residual resultante do tratamento.

3.17 Relação alimento/Microrganismos (A/M): Relação entre a massa de matéria orgânica expressa em termos de
DBO5, fornecida por dia ao processo biológico, e a massa de SSV contida no reator biológico (d-1).

3.18 Relação Ar Dissolvido/volume (A/V): Relação entre a massa de ar dissolvido efetivamente liberado em uma
unidade de flotação por ar dissolvido, e o volume de esgotos afluente, expressa em gramas por metro cúbico (g/m3)
ou equivalente.

3.19 Taxa de Aplicação Hidráulica ou Superficial: Relação entre a vazão afluente a uma unidade de tratamento e a
área horizontal na qual essa vazão é distribuída, expressa em m3 (m2/dia).

3.20 Taxa de Aplicação Orgânica Superficial: Relação entre a carga de DBO ou DQO introduzida por unidade de
tempo numa unidade de tratamento e a área superficial do material suporte de biomassa, expressa em g DBO/m2.d ou
equivalente.

3.21 Taxa de Aplicação de Sólidos: Relação entre a massa de sólidos em suspensão no afluente, introduzida numa
unidade de tratamento e a área sobre a qual é aplicada, por unidade de tempo, expressa em kg SS/m2.d.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 2/21
28/02/2020 ControleNormas

3.22 Taxa de Escoamento Superficial: Relação entre a vazão do efluente líquido de uma unidade de tratamento e a
extensão da lâmina do vertedor sobre o qual escoa, expressa em m3/m.d.

3.23 Taxa de Escoamento do Vertedor: Relação entre a vazão do efluente líquido de uma unidade de tratamento e a
extensão da lâmina do vertedor sobre o qual escoa, expressa em (m3/m.d).

3.24 Tempo de Detenção Hidráulica: Relação entre o volume útil de uma unidade de tratamento e a vazão afluente,
expressa em horas, dias, ou equivalentes.

3.25 Tratamento de Lodo: Conjunto de operações e processos unitários que visam à estabilização e a remoção da
umidade do lodo.

3.26 Tratamento Preliminar: Conjunto de operações e processos unitários que visam à remoção de sólidos
grosseiros, areia e matéria oleosa, ocorrendo na parte inicial do tratamento.

3.27 Tratamento Primário: Conjunto de operações e processos unitários que visam, principalmente, à remoção de
sólidos em suspensão, ainda que parcialmente, normalmente com eficiência de remoção de Sólido Suspenso de
cerca de 50%, e de DBO de cerca de 25%, podendo esses percentuais se elevarem até 50% e 80%, respectivamente
no caso do tratamento primário quimicamente assistido.

3.28 Tratamento Secundário: Conjunto de operações e processos unitários que visam, principalmente, à remoção da
matéria orgânica, ocorrendo tipicamente após o tratamento primário, normalmente com eficiência de remoção de
Sólido Suspenso e de DBO de cerca de 80% a 90%.

3.29 Tratamento Terciário: Conjunto de operações e processos unitários que visam, principalmente à remoção de
nutrientes ou de microrganismos.

3.30 Vazão Máxima Afluente (Qmáx) à ETE: Avaliada conforme critério da NBR 9649/86 ou NBR 12207/16 ou NBR
14486/00, expressa L/s, também chamada vazão final plano e/ou vazão máxima horária.

3.31 Vazão Média Afluente (Qmed) à ETE: Avaliada conforme critério da NBR 9649/86 ou NBR 12207/16 ou NBR
14486/00, expressa L/s, desprezada a variabilidade do fluxo (K1 e K2).

3.32 Vazão de Recirculação: Vazão que retorna para montante, de qualquer unidade de tratamento, expressa em l/s
ou equivalente.

4. RESPONSABILIDADES
4.1 Elaboração e alteração
A Gerência de Projetos de Engenharia (GPE) é a autoridade funcional para a elaboração e atualização deste
instrumento normativo. A partir da identificação da necessidade de revisão e alteração do normativo, iniciará o
processo de atualização, considerando mudanças nos procedimentos organizacionais, surgimento de novas
atividades, melhorias nos processos, demandas das áreas relacionadas ao normativo e outras oportunidades de
melhoria.

4.2 Revisão e aprovação


Após a elaboração ou atualização, a Norma Interna deverá ser submetida à revisão de conteúdo e padronização da
Gerência de Compliance e Gestão de Riscos (GGR) com posterior aprovação da Diretoria Colegiada na Reunião de
Diretoria (REDIR) com formalização por meio de Resolução de Diretoria (RD).

4.3 Distribuição
A GGR será responsável por disponibilizar esta Norma e suas alterações para todas as gerências/áreas interessadas
e envolvidas no processo, utilizando o Sistema de Gestão de Normativos (SGN). A GPE é responsável pela
atualização da Norma Interna quando disponibilizada fora do sistema corporativo de gestão de documentos.

4.4 Acesso
A visualização com cópia controlada desta Norma Interna será acessível a todas as gerências/áreas a que se aplica
através do SGN e ao público externo da COMPESA através do site da empresa.

4.5 Uso

GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 3/21
28/02/2020 ControleNormas

A utilização da presente Norma Interna será feita por todas as gerências/áreas de interessadas e o público externo
formado por Projetistas e/ou Empresas de Projetos.

4.6 Armazenamento e disponibilização


O armazenamento da Norma Interna será virtual, sendo disponibilizado no sistema corporativo de gestão de
documentos, com acesso pela intranet da Companhia. A GPE é responsável pela publicação externa através do site
da COMPESA.

4.7 Preservação e recuperação


A preservação desta Norma Interna será de responsabilidade da GGR. As solicitações de outras áreas para a
consulta de versões anteriores do documento deverão ser feitas e aprovadas eletronicamente pelo sistema
corporativo de gestão de documentos. A preservação e recuperação da Norma Interna disponibilizada fora do sistema
corporativo de gestão de documentos é de responsabilidade da GPE.

4.8 Controle de alterações


O controle de alterações será feito pela GPE e será registrado no próprio documento, no campo “Histórico de
alterações”, item 8.

4.9 Retenção e disposição


Apenas a versão vigente do normativo estará acessível no SGN, estando as versões anteriores disponível para
consulta apenas a GGR e para GPE, bem como retidas em backups.

5. DETALHAMENTO
O sistema de tratamento de esgoto deverá ser elaborado adotando as alternativas que objetivem a minimização do
consumo de energia e outros insumos, minimização de resíduos gerados, minimização de custos de implantação,
operação e manutenção, com garantia da eficiência de remoção de poluentes e matéria orgânica, uma vez que
deverá atender aos requisitos ambientais do local a ser implantado.

Na elaboração dos projetos deverão ser considerados alguns fatores básicos, entre os quais:

I. Avaliação da capacidade de diluição e autodepuração do corpo receptor, de acordo com a legislação ambiental
vigente, verificando-se o grau de tratamento a ser empregado;

II. Dimensionamento das unidades convenientemente moduladas minimizando a ocupação em grandes áreas;

III. Impactos como os problemas de odores;

IV. Perdas de carga e o trajeto de tubulações, facilitando a circulação, operação e manutenção, além de apresentar
um aspecto visual agradável.

A melhor tecnologia de tratamento de esgoto a ser implantada em uma determinada área dependerá das condições
locais, disponibilidade de área, aspectos econômicos, mão-de-obra especializada, características dos esgotos,
eficiência requerida (tendo em vista a classe de enquadramento), capacidade de autodepuração do corpo hídrico
receptor, a remoção da matéria orgânica mínima de DBO 90%, do nitrogênio e fósforo, a função dos padrões de
lançamento, a avaliação qualitativa e quantitativa dos esgotos, o uso múltiplo do corpo receptor para abastecimento
público, a existência de barramento a jusante do ponto de lançamento, a disposição de área e a viabilidade
econômica da implantação do sistema, dentre outros.

A escolha do processo de tratamento deverá ser feita com base na análise técnico-financeira em conjunto com a
COMPESA. Esta análise deverá considerar os condicionantes locais, processos existentes e a escolha da alternativa
mais viável tanto aspecto técnico quanto economicamente viável.

Na fase posterior a esta análise os processos deverão ser pré-dimensionados, orçados preliminarmente e
comparados sob os pontos de vista técnico, econômico e financeiro, optando-se pelo processo considerado mais
vantajoso, em comum acordo com a COMPESA e atendendo às diretrizes para licenciamento junto à Agência
Estadual de Meio Ambiente - CPRH.

Esta Norma Interna entra em vigor na data de sua aprovação pela Diretoria Colegiada, revogando as disposições em
contrário e as prescrições que lhe dizem respeito na SOP-092.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 4/21
28/02/2020 ControleNormas

As elaborações dos Módulos das unidades de tratamento foram definidas de acordo com os condicionantes
recomendados por esta Norma e apresentados nos Apêndices A, B, C, D, E, F e G.

5.1 RECOMENDAÇÕES DE PROJETO

Os níveis de tratamento de esgoto poderão ser compostos por várias unidades com diferentes processos de
tratamento e dividido em quatro níveis: preliminar, primário, secundário e terciário. Dependendo da alternativa
tecnologia a ser escolhida, não se faz necessário todos níveis de tratamento a ser adotado.

A modulação das unidades de tratamento deverá apresentar no mínimo 2 (dois) módulos, de acordo com estudos
econômicos e/ou de viabilidade para aquisição de unidades modulares, considerando necessidade de produtos
químicos, custos de operação e flexibilidade operacional e de manutenção.

As análises físico-químicas e biológicas do efluente nas ETE’s deverão ser realizadas de modo a garantir o controle
operacional dos sistemas de tratamento de esgotos, contribuindo para minimizar a degradação dos corpos d’água.

A estação de tratamento de esgoto deverá ser projetada e dimensionada para atingir uma vida útil superior a 20 anos.
É fundamental que seja operada de forma adequada e com a manutenção periódica sempre presentes com objetivo
de garantir a função de melhoria na qualidade ambiental e dos recursos aplicados.

A fase inicial de um projeto corresponderá aos estudos preliminares, entre estes a caracterização do sistema a ser
projetado, incluindo a avaliação qualitativa e quantitativa dos esgotos a contribuírem à futura estação, bem como
análise técnico-econômica dos diversos processos e sistemas de tratamentos passíveis, (VON SPERLING, 1996).

Nos processos que possuem baixo tempo de detenção no reator biológico, tais como lodos ativados, filtros biológicos
e reatores anaeróbios de fluxo ascendente, caso seja necessária elevatória a montante, esta deverá ter a sua vazão
modulada de forma compatível com a modulação da ETE. Deverá se estudar a conveniência da utilização de bombas
de velocidade variável e atender os critérios e as diretrizes da NPE 010/COMPESA.

Todas as unidades de tratamento deverão estar situadas acima da cota de inundação da área e afastadas das
margens de rios, em obediência às determinações do Código Florestal.

Dimensionar e detalhar todas as ETE’s levando em consideração a avaliação da capacidade de diluição e


autodepuração do corpo receptor e demais exigências constantes da legislação ambiental vigente.

No projeto das estações de tratamento deverá ser apresentado uma descrição objetiva de cada uma das unidades,
dimensionamentos e suas características técnicas, ressaltando as seguintes informações básicas:

I. Horizonte de projeto: previsão de início de operação e vida útil operacional prevista;

II. Etapas de implantação;

III. População atendida e capacidade da ETE nas etapas de implantação;

IV. Descrição sucinta das unidades do sistema, indicando o processo de tratamento utilizado e a área total ocupada
pela ETE;

V. Custo previsto do empreendimento, inclusive a mobilização e desmobilização nas várias etapas de construção;

VI. Planta geral, em escala conveniente, com as obras contempladas pelo contrato e indicação da área de projeto;

VII. Para ETE’s precedidas de elevatória projetar sistema com modulação da vazão afluente para garantir o bom
desempenho do processo de tratamento.

5.2 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

5.2.1 O dimensionamento hidráulico-sanitário deverá obedecer às normas da ABNT, em especial à NBR12209


(ABNT, 2011). Nos casos omissos, ou onde as normas não forem aplicáveis, deverá ser apresentada justificativa e a
referência da diretriz ou parâmetro adotado.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 5/21
28/02/2020 ControleNormas

5.2.2 O memorial de cálculo das unidades e dos sistemas da ETE deverão apresentar no mínimo os seguintes
critérios:

I. Dimensionamento de todas as unidades de tratamento, estocagem e dosagem de produtos químicos; as unidades


de estocagem deverão ter capacidade compatível com a dos veículos de transporte e com a logística de
fornecimento;

II. Dimensionamento hidráulico de todos os canais, tubulações, vertedores, bombas, comportas e demais
componentes hidráulicos, definindo claramente: as vazões, as velocidades consideradas, as fórmulas hidráulicas
empregadas e as dimensões e níveis resultantes;

III. As vazões e demais características de esgotos sanitários afluentes nas diversas etapas do plano, de acordo com
NBR 9649 (ABNT,1986), NBR 12207 (ABNT, 2016) e NBR 12008 (ABNT, 1992);

IV. Armazenamento dos subprodutos sólidos de acordo com a NBR 11174 (ABNT, 1990);

V. Avaliação das emissões de gases de efeito estufa – GEE;

VI. No caso da existência da elevatória de entrada, esta medição pode ser feita a montante ou a jusante da elevatória.
Para elevatórias que recebem retornos, a medição deverá ser feita a sua montante;

VII. As estações de tratamento de esgoto deverão ter totalizador de volume afluente com datalogger, conforme NTC
075/COMPESA;

VIII. As canalizações deverão ser dimensionadas de modo a evitar deposição de sólidos, e função das características
do líquido transportado;

IX. Dimensionamento hidráulico das galerias de águas pluviais, da rede interna de abastecimento de água, da rede
coletora de esgotos, das instalações prediais e de outras unidades que vierem a se incorporar à área de projeto.

5.2.3 De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011) e a NPE 010/COMPESA, as estações de tratamento de esgoto
deverão apresentar os critérios de dimensionamento das unidades e órgãos auxiliares, com exceção dos casos
explicativos a seguir descritos:

I. Estações elevatórias de esgoto bruto;

II. Canalizações, inclusive by-pass e extravasores;

III. Medidor de vazão de esgoto bruto e de esgoto tratado;

IV. A escolha do medidor dependerá de vários fatores como local de instalação, condições de medição (trecho a
canal, tubo cheio, bombeamento etc.);

V. Tipos de medidores e as suas recomendações:

a. Calha Parshal

i. Indicado para esgoto bruto (na chegada da ETE) e esgoto tratado;

ii. Deverá prever o medidor de vazão ultrassônico para Calha Parshal;

iii. Indicar a vazão e a totalização dos volumes para possível integração ao sistema da telemetria da COMPESA
(VectoraSys);

iv. Deverá fornecer a vazão prevista para o dimensionamento adequado da calha.

b. Medidor de vazão Eletromagnético tipo Carretel versão Remota (recomendado pela COMPESA).

i. Indicado para chegada da ETE em trechos de tubulação que operem completamente cheios e não tenham
Calha Parshal e nas saídas de estações elevatórias de esgoto.

c. Medidor de vazão Ultrassônico não Intrusivo – Clampon.

i. Indicado para esgotos bruto (entrada de ETE) e esgoto tratado (saída de ETE);

ii. Tubulações com seção plena.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 6/21
28/02/2020 ControleNormas

VI. Dispositivo de entrada e saída;

VII. Tratamento preliminar - grades e caixa de areia;

VIII. Cota máxima de enchente na área selecionada;

IX. Todas as unidades e canalizações precedidas de tanques de acumulação com descarga em regime de vazão
constante;

X. No caso de desinfecção com gás cloro, deverão ser projetados sistemas de controle e planos de emergência para
a ETE e vizinhança;

XI. Todas os tipos de estações de tratamento deverão possuir remoção de sólidos grosseiros e sedimentáveis na
entrada, exceto quando:

a. Fossa Séptica (Decanto Digestores);

b. Receberem afluentes exclusivamente de Elevatórias que já possuem esta remoção.

XII. Além desses dispositivos, deverão ser previstos tratamento e disposição final de lodos e demais resíduos
gerados na ETE com a previsão do período para retirada desses resíduos atendendo a item 5.4.21 e 5.8, desta
Norma.

5.2.4 De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011) o dimensionamento das unidades de tratamento e órgãos auxiliares,
os parâmetros básicos mínimos do afluente deverão ser considerados para as diversas etapas do plano, entre os
quais:

I. As vazões afluentes máximas, mínima e médias;

II. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO);

III. Sólidos em suspensão (SS) e sólidos em suspensão voláteis (SSV);

IV. Nitrogênio total kjeldahl (NTK);

V. Fósforo total (P);

VI. Coliformes termolerantes (CTer), e outros indicadores biológicos quando pertinente;

VII. Temperatura.

Estes valores dos parâmetros acima deverão ser determinados através de investigação local de qualidade
reconhecida. Na ausência ou impossibilidade dessa determinação, podem ser usados valores na faixa de 45 a 60g
DBO/hab.d, 90 a 120g DBO/hab.d, 45 a 70g SS/hab.d, 8 a 12g N/hab.d e 1,0 a 1,6 g P/hab.d. Os valores adotados
deverão ser justificados NBR 12209 (ABNT, 2011).

5.3 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO E DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO

Apresentar resumo referente as demandas bioquímicas e químicas de oxigênio, seguindo a itenização estabelecida
abaixo:

I. Contribuição de DBO do esgoto afluente por pessoa/habitante, em g/hab.dia;

II. Carga de DBO de esgoto afluente a ETE, em Kg/dia;

III. Eficiência mínima de remoção DBO de 90%;

IV. Para cada unidade da ETE (Ex.: UASB, FBP, etc.), que remove DBO e DQO:

a. Concentração de DBO do esgoto afluente, em mg/l;

b. Concentração de DQO do esgoto afluente, em mg/l;

c. Eficiência de remoção de DBO esperada (com fórmula empírica), em porcentagem;


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 7/21
28/02/2020 ControleNormas

d. Eficiência de remoção de DQO esperada (com fórmula empírica), em porcentagem;

e. Estimativa de concentração de DBO de esgoto efluente a unidade;

f. Estimativa de concentração de DBO do esgoto afluente da ETE, em mg/l;

g. Eficiência de remoção de DBO da ETE, em porcentagem.

5.4 PROJETO DA ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ESGOTO

Os projetos das estações tratamento de esgoto deverão conter os seguintes itens, de acordo com NBR 12209 (ABNT,
2011):

5.4.1 Justificativa locacional do empreendimento: Justificativa da localização proposta, por meio de estudo de
alternativas locacionais, avaliando a viabilidade técnica, econômica e ambiental

5.4.2 Implantação do empreendimento - Descrever obras necessárias à implantação do empreendimento e


informar:

I. Estimativa de material de empréstimo a ser utilizado (se couber) e sua origem;

II. Estimativa de material para bota fora (se couber) e local de destinação licenciado pela CPRH;

III. Necessidade de implantação de canteiro de obras e alojamentos, infraestrutura necessária (água, soluções para o
esgoto gerado na fase de implantação do empreendimento, coleta dos resíduos sólidos), necessidade de abertura de
acessos (temporários ou provisórios);

IV. Estimar a mão de obra necessária para implantação do empreendimento.

5.4.3 Descrição do sistema de esgotos sanitários, desde a rede coletora de esgotos, coletores tronco,
interceptores, eventuais estações elevatórias e linhas de recalque, emissários, ETE e emissário final

5.4.4 Delimitação das bacias de esgotamento cujas contribuições serão encaminhadas para a ETE

5.4.5 Estimativa do crescimento da população

População total, rural e urbana e projeções. Estudo de evolução populacional nas diversas etapas do projeto,
devidamente justificadas, para cada ETE projetada nas diversas etapas do plano.

5.4.6 Estimativa da variação de vazão

Dos esgotos domésticos, industriais e de infiltração para cada ETE projetada nas diversas etapas do plano; os valores
apresentados deverão ser devidamente justificados.

5.4.7 Apresentação das características dos esgotos sanitários

Caracterizar qualitativamente os esgotos a serem tratados na ETE projetada, indicando suas principais características
físicas, químicas e bacteriológicas.

5.4.8 Identificação e caracterização do corpo receptor:

I. Nome do corpo receptor dos efluentes tratados;

II. Classe do rio segundo a Resolução Conama 357/2005;

III. As condições atuais da qualidade de suas águas, ou seja, as características físico-químico e bacteriológica
deverão ser apresentados;


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 8/21
28/02/2020 ControleNormas

IV. Localização do ponto de lançamento em planta.

5.4.9 Mapa hidrográfico em escala compatível com delimitação da área de drenagem

5.4.10 Características esperadas para o efluente final

Características físico-química e bacteriológica do efluente tratado esperado, requeridas para o efluente tratado nas
diversas etapas do plano para cada ETE projetada, respeitando o enquadramento legal e a vazão de referência e/ou a
vazão crítica (Q7,10) do ponto de lançamento no respectivo corpo receptor.

5.4.11 Apresentação de levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral

Da área selecionada para construção da ETE projetada em escala mínima 1:1.000 e curvas de nível de metro em
metro e locação em carta planialtimétrica.

5.4.12 Apresentação de dados meteorológicos:

I. Séries históricas de temperaturas, insolação e evaporação;

II. Dados das precipitações pluviométricas da região, num período mínimo de 10 anos;

III. Direção e velocidades dos ventos.

5.4.13 Apresentação das sondagens preliminares na fase do Projeto Básico

De reconhecimento da natureza do terreno e do nível do lençol freático da área selecionada para implantação da ETE.

5.4.14 Informações sobre o terreno:

I. Informar a área total do empreendimento e sobre a disponibilidade de área para a eventual ampliação da ETE;

II. Caracterização do uso e ocupação do solo atual e no seu entorno;

III. Tipo de zoneamento para uso e ocupação do solo pretendido/previsto no seu entorno.

5.4.15 Planta com a localização geográfica

Deverá mostrar a ocupação atual existente no entorno, especificando as construções vizinhas, inclusive distâncias,
num raio de 2.000 m. Apresentar a avaliação do impacto da implantação da ETE.

5.4.16 Apresentação do estudo de concepção de tratamento

O estudo de concepção deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

I. Justificativa do sistema de tratamento proposto, por meio de estudo de alternativas de tratamento, avaliando a
viabilidade técnica, econômica e ambiental da implantação e operação;

II. Definição para cada ETE projetada, do tipo de tratamento, do destino final da fase líquida tratada, tratamento e
destino final dos sólidos (lodo) removidos devidamente justificados;

III. Caso o lodo seja aplicado no solo, comprovar a disponibilidade de área com características propícias para a
disposição;

IV. Em caso de disposição em aterro sanitário municipal ou particular, apresentar documentação com a anuência do
órgão ou empresa responsável por sua operação.

5.4.17 Dimensionamento de todas as unidades do sistema de tratamento, incluindo a seleção dos parâmetros,
sendo que a fixação de seus valores deverá ser devidamente justificada:


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 9/21
28/02/2020 ControleNormas

I. Apresentação das plantas e detalhes das unidades de tratamento de cada ETE projetada, bem como dos
respectivos perfis hidráulicos preliminares;

II. Em casos que envolvam processos anaeróbios de tratamento, localizar a ETE em áreas distantes das habitações,
atendendo o afastamento determinado as exigências da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH;

III. O projeto de cada ETE deverá obrigatoriamente conter as unidades de remoção de sólidos grosseiros, de material
arenoso e de medição de vazão afluente, dimensionadas para a vazão máxima e de conformidade ao especificado em
normas da ABNT ou da COMPESA;

IV. As estações elevatórias de esgoto – EEE’s localizadas montade da ETE deverá atender as diretrizes e
padronização da Norma de Projetos de Engenharia NPE 010/COMPESA, referente as diretrizes para elaboração dos
projetos de estações elevatórias de esgoto – EEE´s;

V. Especificações técnicas dos equipamentos utilizados;

VI. Estudo de diluição dos esgotos tratados e de autodepuração no corpo receptor, demonstrando atendimento aos
padrões de qualidade no corpo d’água, de acordo com a sua classificação legal;

VII. Layout geral da ETE em escala mínima 1:10.000, contendo a locação da ETE na área do projeto, corpo receptor e
habitações mais próximas;

5.4.18 Complementações necessárias no caso específico de solução por lagoas de estabilização:

I. Plantas com curva de nível em escala 1:1000 ou outras, com curvas de nível de metro em metro;

II. Número mínimo de 3 (três) sondagens para lagoas de até 20.000 m2 de área superficial. Acrescentar mais 1 (uma)
a cada 15.000 m2 adicionais na área superficial;

III. Caracterização do tipo de solo, permeabilidade, resistência e possibilidade de seu aproveitamento para
terraplenagem;

IV. Especificação e detalhamento das medidas de prevenção à erosão do solo - apresentar projeto de drenagem de
águas pluviais de todo o entorno da ETE;

V. Especificação para garantir a impermeabilização do talude interno e fundo das lagoas;

VI. Proposição para proteção das vias de acesso e taludes externos;

VII. Levantamento do uso da água do lençol freático, no entorno de 300 metros;

VIII. Caso haja uso para fins de consumo humano, realizar a sua caracterização físico-químico e bacteriológica;

IX. Implantação de poços de monitoramento, sendo, no mínimo, 1 (um) a montante e 2 (dois) a jusante. Os poços
deverão ser implantados seguindo a NBR 13895 (ABNT, 1997).

5.4.19 Locação definitiva das unidades, considerando a circulação de pessoas e veículos, e o tratamento
arquitetônico-paisagísticos

5.4.20 Prever os projetos de supervisão e controle, arquitetônico, paisagístico, funcional de laboratório e


manutenção, em função da necessidade e do porte da ETE

5.4.21 Destinação Final do Lodo

A destinação final do lodo deverá ser realizada em viaturas apropriadas e sua destinação poderá ser para um aterro
sanitário licenciado pela CPRH e/ou para produção de fertilizantes e/ou áreas de reflorestamento no entorno da ETE.
A destinação final deverá constar a indicação no Projeto.

5.4.22 Medidas de Segurança e Comodidade

O acesso às unidades deverá ser adequado às condições de segurança e comodidade da operação. Não deverá ser
admitida escada tipo “marinheiro”.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 10/21
28/02/2020 ControleNormas

Deverão ser previstas condições ou dispositivos de segurança de modo a evitar concentrações de gases que possam
causar explosão, intoxicação ou desconforto, de acordo com as normas segurança vigentes.

5.4.23 Orçamento

Deverá ser elaborado seguindo as diretrizes e padronização da Norma de Projetos de Engenharia NPE
003/COMPESA, referente às diretrizes para elaboração, formatação e apresentação de orçamentos de engenharia.

5.4.24 Cronograma de Implantação

Apresentação do cronograma físico, com a definição das principais etapas de implantação do empreendimento.

5.4.25 Diretrizes de operação e monitoramento, contendo no mínimo

Deverão ser indicadas a qualificação técnica da mão-de-obra necessária para operação e manutenção do sistema,
assim com especificação dos aparelhos laboratoriais e produtos necessários para o controle operacional da ETE.

Fluxograma e arranjo em planta da ETE com a identificação das unidades e órgãos auxiliares e informações de
funcionamento.

Identificar os problemas operacionais mais frequentes e procedimentos a ser adotado em cada caso;

Deverá ser apresentado plano de monitoramento contendo parâmetros, frequências e pontos de amostragens, para
fins de avaliação da eficiência do sistema de tratamento proposto e do impacto no corpo receptor.

5.4.26 Licenciamento Ambiental

Segundo a Resolução CONAMA nº 237/1997, Artº 1º, Inciso I, licenciamento ambiental é o “procedimento
administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental”.

O licenciamento ambiental é um dos instrumentos mais importantes da Política Nacional do Meio Ambiente, cujas
regras gerais estão definidas pela Lei federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Além da Lei Federal, cabe destacar, no âmbito do estado de Pernambuco, a Lei Estadual nº 14.249, de 17 de
dezembro de 2010, que estabelece as diretrizes do licenciamento, tendo como órgão responsável licenciador a
Agencia Estadual de Meio Ambiente – CPRH.

No processo de licenciamento das unidades de tratamento deverá ser elaborado o Relatório Ambiental Preliminar –
RAP com as diretrizes e padronização da Norma de Projetos de Engenharia NPE 008/COMPESA, esta norma
apresenta os requisitos básicos necessários e demais condições a serem adotados e exigidos pela COMPESA.

Adicionalmente, a outorga de direitos de uso de recursos hídricos, estabelecida pela Lei nº 9.433/1997, deverá fazer
parte do projeto, conforme determinação do órgão outorgante.

5.4.27 Anotação de Responsabilidade Técnica

A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) deverá ser concedida pelo Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia de Pernambuco (CREA) durante a fase de elaboração do projeto.

Ressalta-se que deverá haver também a identificação e assinatura do engenheiro responsável pelo projeto nas peças
gráficas e na planilha orçamentária.

5.4.28 Emissário final:

I. Dimensionamento hidráulico do emissário;

II. Planta planialtimétrica do caminhamento do emissário em escala compatível (1:2000), contendo identificação do
arruamento, coordenadas e singularidades existentes, se for o caso;


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 11/21
28/02/2020 ControleNormas

III. Especificação técnica dos materiais;

IV. Sondagens de reconhecimentos do solo, ao longo do caminhamento do emissário. Esses pontos de furos deverão
ser indicados nas plantas;

V. Detalhes construtivos dos dispositivos de lançamento do efluente final tratado no corpo d’água receptor;

VI. Desenhos detalhados por conjunto de trechos, em planta e em perfil;

VII. Recomenda-se para plantas escala de 1:500, e para perfis, escala horizontal de 1:500 e escala vertical de 1:100;

VIII. As faixas onde será implantado o emissário final até atingir o corpo receptor, deverão ser apresentadas em planta
planialtimétrica, com locação e tipificação da vegetação nativa e rede de drenagem.

5.5 MÓDULOS DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTOS – ETE’S

As diretrizes técnicas para elaboração dos Módulos das unidades de tratamento estão dispostas nos Anexos
subdivididas em: Apêndices A, B, C, D, E e F, desta Norma na seguinte ordem:

I. Anexo I – Apêndice A – Módulo 01A: UASB + Filtro Biológico Percolador + Decantador Secundário + Leito de
Secagem + Desinfecção;

II. Anexo II – Apêndice B – Módulo 01B: UASB + Filtro Biológico Submerso + Decantador Secundário + Leito de
Secagem + Desinfecção;

III. Anexo III – Apêndice C – Módulo 01C: UASB + Lagoas de Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa Maturação).

IV. Anexo IV – Apêndice D – Módulo 01D: UASB + Lodo Ativados

V. Anexo V – Apêndice E – Módulo 02: Sistemas de Lagoas (Lagoa Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa
Maturação).

VI. Anexo VI – Apêndice F – Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de Aeração Prolongada.

VII. Anexo VII – Apêndice G – Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou
Fossa Séptica (Decanto-Digestor) com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro.

Outros critérios técnicos poderão ser adotados, desde que justificados e aprovados e/ou solicitados pela COMPESA.

Todos os subitens do capítulo 05 - Detalhamento presentes nesta Norma Interna deverão compor todos os projetos
dos módulos das unidades de tratamento que serão elaborados.

A elaboração dos projetos das unidades de tratamento preliminar e dos conjuntos moto bomba das estações
elevatórias de esgoto – EEE’s deverá considerar e atender às diretrizes estabelecidas na NPE 010/COMPESA,
disponibilizada no site da COMPESA.

Nas peças gráficas de cada Apêndice constam os desenhos Representativos e sem Escala das unidades tratamento
(layouts) com a estrutura de urbanização, cortes e os detalhamentos do prédio administrativo/laboratório e as
especificações da Guarita e o portão de acesso seguindo os padrões estabelecidos pela COMPESA.

5.6 ESTRUTURA DE APOIO

As instalações físicas que compõem a área física da ETE serão utilizadas para atividades administrativas,
armazenamento de ferramentas e monitoramento da eficiência do sistema, portanto, deverão contar com uma
estrutura que tenha, no mínimo:

I. Guarita e portão de acesso pedestres/veículos, deverá obedecer o padrão da COMPESA, conforme o desenho do
Detalhe e Especificações da Guarita e Portão Acesso;

II. O dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá atender a recomendações do Manual de Identidade Visual
disponibilizada pela COMPESA;

III. Prédio administrativo deverá ser composto:

a. Escritório;

GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 12/21
28/02/2020 ControleNormas

b. Copa/Cozinha;

c. Sanitário/vestiário;

d. WC (Sanitários Masculino e Feminino);

e. Vestiário;

f. Depósito;

g. Laboratório para análises rotineiras.

O planejamento e instalação do laboratório de análises rotineiras deverá atender as diretrizes da NBR 13035 (ABNT,
1993).

Deverá ser planejada uma Central de Resíduos – CR em acordo com procedimentos e diretrizes das NBR 12235
(ABNT,1992) e NBR 11174 (ABNT, 1990).

O dimensionamento das instalações sanitárias, vestiários e copa deverá atender à NR -24.

As instalações deverão possuir sistema de abastecimento de água, para higiene pessoal e limpeza dos
equipamentos.

Caso a disposição do layout proposto por esta Norma não possa ser atendido, deverá ser justificado e apresentado à
COMPESA para análise e aprovação.

5.7 MEDIDAS DE SEGURANÇA

Deverão ser estabelecidos os critérios de higiene e segurança do trabalho, de acordo com as leis, Portarias do
Ministério do Trabalho, normas da COMPESA vigentes, além do disposto nos itens abaixo:

5.7.1 Edificações

A Norma Regulamentadora – NR 08 estabelece requisitos técnicos mínimos que deverão ser observados nas
edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

5.7.2 Circulação

Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de
pessoas ou a movimentação de materiais. (Alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983).

As aberturas nos pisos e nas paredes deverão ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos.
(Alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983).

Os pisos, as escadas e rampas deverão oferecer resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas, para
as quais a edificação se destina. (Alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983).

As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo deverão ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais e
mantidas em perfeito estado de conservação (alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983).

As escadas e os acessos necessários ao pessoal de operação deverão ser cômodos e seguros, protegidos com
guarda-corpo, corrimão e piso antiderrapante de material resistente à corrosão; não deverá ser admitida escada tipo
“marinheiro” (NR 18).

Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento,
serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.

Os andares acima do solo deverão dispor de proteção adequada contra quedas, de acordo com as normas técnicas e
legislações municipais, atendidas as condições de segurança e conforto (alterado pela Portaria SIT n.º 222, de 06 de
maio de 2011).

5.7.3 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 13/21
28/02/2020 ControleNormas

A Norma Regulamentadora – NR 24 estabelece as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho por meio
do dimensionamento das instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamento e condições de higiene e
conforto durante as refeições.

5.7.4 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

A Norma Regulamentadora – NR 33 estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o


reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a
segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços confinados.

5.7.5 Controle e Alarme

Recomenda-se, quando necessária, a instalação de dispositivo de segurança na elevatória, com a indicação da


condição potencial de perigo através de sinal sonoro e visual, bem como interromper o funcionamento dos conjuntos
antes da ocorrência de danos.

5.7.6 Suspensão e Movimentação

Recomenda-se que nos projetos sejam previstos dispositivos ou equipamentos, bem como abertura nos pisos e
paredes, para permitir a colocação e retirada dos equipamentos elétricos e mecânicos. As cargas e os apoios
necessários deverão ser considerados na estrutura do edifício da elevatória.

5.7.7 Ventilação

No projeto deverá ser previsto a construção de janelas, portas, exaustores ou outros meios que permitam a ventilação
do edifício da elevatória. Deverão ser previstos condições ou dispositivos de segurança, de modo a evitar a
concentração de gases que possam causar explosão, intoxicação ou desconforto.

5.7.8 Iluminação

O edifício da elevatória deverá ser iluminado naturalmente por meio de janelas ou outras aberturas. Para a iluminação
artificial, deverão ser consideradas todas as recomendações da NPE-001 e em conformidade com as prescrições da
NBR 5413 (ABNT, 1990).

5.8 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

O projeto deverá prever uma unidade para armazenamento temporário de resíduos diversos gerados durante a
manutenção e operação da ETE, até o momento da sua destinação final. Essa unidade deverá garantir o
armazenamento segregado de resíduos perigosos e não perigosos, conforme item 5.2.2 da norma NBR 11174 (ABNT,
1990).

O dimensionamento e as especificações para essa unidade deverão seguir o estabelecido nas normas NBR 11174
(ABNT, 1990) e NBR 12235 (ABNT,1992), de forma a atender às condições mínimas necessárias ao armazenamento
de resíduos, especialmente quanto ao controle da poluição.

Caso seja previsto pátio de estocagem de lodo, borras, materiais grosseiros oriundos da ETE e/ou de outros
equipamentos do sistema de esgotamento sanitário, o projeto deverá atender às condições estabelecidas no item 4.13
da norma NBR 12235 (ABNT, 1992).

Nas estações que ocorrerem a remoção de sólidos grosseiros e sedimentáveis na entrada, deverá ser previsto um
sistema de descarga desses resíduos direcionado a uma caçamba estacionária, bem como a bacia de contenção de
líquidos na qual ela deverá ser instalada, de acordo com as condições definidas no item 4.11.2 da norma NBR 12235
(ABNT, 1992).

A capacidade de armazenamento da central de resíduos será de acordo com a estimativa da geração de resíduos e
com a área disponível para sua construção.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 14/21
28/02/2020 ControleNormas

5.9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

No projeto deverá ser considerado o projeto hidráulico de abastecimento de água para atender o prédio
administrativo. Caso seja necessária a reposição de água em dispositivos de proteção contra transientes hidráulicos,
lubrificação de gaxetas ou selos hidráulicos, deverá ser previsto sistema de água de serviço, não se recomendando a
utilização de esgoto.

Prever a instalação de um ponto de água na área externa da casa de máquina para limpeza das unidades da ETE.

5.10 URBANIZAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM

A urbanização das unidades de tratamento será composta por pavimento em paralelepípedo granítico com linha
d’água e meio fio em pedra granítica. O escoamento das águas das chuvas preferencialmente deverá ser superficial
para evitar o acúmulo de água de chuva no terreno da estação e a implantação de dispositivos de drenagem.

No entorno das unidades de tratamento preliminar, deverão ser projetadas calçadas em concreto e nas demais
unidades de tratamento gramado com espécies Gramíneas.

O acesso de veículos e transeuntes se dará através de um portão tubular, conforme padrão COMPESA, em ferro
galvanizado de 1 1/2", com contraventamento em tubo de ferro galvanizado de 1" e com tela aramada # 1" com fio nº
10.

Deverá ser apresentado no projeto geométrico com posicionamento adequado dos veículos com condições de
visibilidade e possibilitar que as manobras sejam realizadas segundo ângulos e velocidade de aproximação.

As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas com a topografia do
terreno evitando assim, maior número possível de movimentos conflitantes.

O fechamento da unidade deverá ser projetado com muro em alvenaria de tijolos furados de 1/2 vez, com 2,80 metros
de altura, com pilar a cada 3 metros com o assentamento concertinas de aço galvanizado na parte superior do muro.

Na fachada principal abertura do letreiro com logotipo da COMPESA, de acordo com o Manual de Identidade Visual.
Apresentar a identificação da Estação Tratamento de Esgoto. As cores da pintura serão de acordo com os padrões da
COMPESA.

Na área do perímetro da ETE deverá ser plantada vegetação (cinturão verde) com espécies florestais arbóreas, com
objetivo de minimizar os efeitos decorrentes dos odores gerados na operação e evitar possível impacto visual.

As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as legislações municipais de
cada Município a ser implantado o Projeto. Caso o Município não apresente legislação deverá ser comunicado à
COMPESA para que seja adotado outro critério técnico.

Os desenhos com layout da urbanização das unidades de tratamento encontram-se no capítulo destinado às peças
gráficas de cada Apêndice.

Os desenhos dos layouts são representativos e deverão ser dimensionados de acordo com critério do projetista,
desde que atenda a diretrizes desta Norma.

5.11 GERADOR DE EMERGÊNCIA

Deverá ser previsto gerador para alimentação de, no mínimo, o sistema de desinfecção.

O quadro de distribuição geral (QDG) da unidade deverá prever a entrada desse gerador.

Em local próximo ao QDG, deverá haver uma área plana para posicionamento de gerador móvel, de porte (tamanho e
peso) compatível com as cargas elétricas da unidade.

Entre o QDG e o local do gerador, deverá ser previsto o encaminhamento dos cabos de ligação. Como tratar-se-á de
ligação provisória, não há necessidade de calhas, apenas de encaminhamento.

O QDG deverá atender às normas vigentes da Celpe, quanto aos geradores de emergência, com destaque para:

I. Paralelismo com a Rede;

II. Intertravamento dos disjuntores de ligação carga/gerador/rede.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 15/21
28/02/2020 ControleNormas

5.12 PROJETOS COMPLEMENTARES

5.12.1 Hidrossanitário

Os projetos hidrosanitários deverão ser compatibilizados com o projeto de urbanização da unidade de tratamento,
onde estão locados elementos, tais como: reservatório, caixas de entrada e de saída, portaria, estação elevatória,
unidades de tratamento, vias de acesso, etc.

Deverá ser previsto o fornecimento de água potável e de coleta de esgotos a ser encaminhado para poço de sucção
da elevatória e /ou poço de visita para atender o prédio administrativo/laboratório, onde encontram-se a área de
vivência do operador.

Todas as peças e tubos deverão ter número de identificação para fins de elaboração da lista de materiais, que deverá
constar, obrigatoriamente no desenho. A lista de materiais deverá apresentar descrição sucinta de todos os itens,
assim como relacionar diâmetro, comprimento, espessura, materiais e especificações ou normas COMPESA, quando
existirem.

5.12.2 Sondagem e Projeto Geotécnico

As sondagens de investigação deverão ser à percussão e executadas de acordo com as Normas NBR 6484 (ABNT,
1980) e NBR 8036 (ABNT, 1983).

O relatório a ser entregue deverá conter os requisitos abaixo:

I. Planta de locação das sondagens que deverá ser apresentada cotada e amarrada a elementos fixos e bem
definidas no terreno;

II. O boletim de sondagem deverá apresentar o desenho do perfil individual de cada sondagem e/ou seções do
subsolo.

O Serviço de Sondagem deverá ser apresentado em forma de relatório, numerado, datado e assinado por
responsável técnico pelo trabalho perante o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco – CREA,
com recolhimento da ART.

Os procedimentos para elaboração do projeto geotécnico deverão abranger o conjunto de todos os elementos que
fixam e definem claramente os diversos componentes da obra, incluindo memoriais descritivos, cálculos estruturais e
de estabilidade, desenhos, especificações técnicas, quantificações (utilizando o padrão MOS) e outros documentos
necessários à execução das obras, abrangendo os seguintes itens:

I. Escavações a Céu Aberto;

II. Fundações de Estruturas;

III. Escoramentos e Arrimos;

IV. Drenagem, Esgotamento e Rebaixamento;

V. Aterros;

VI. Estruturas Enterradas;

VII. Barragens e Estruturas Anexas;

VIII. Estabilização de Taludes Naturais.

5.12.3 Projeto Estrutural

As estruturas de concreto, durante sua construção e ao longo de toda a vida útil prevista, deverão comportar-se
adequadamente, com nível apropriado de qualidade: quanto a todas influências ambientais e ações que produzam
efeitos significativos na construção, em circunstâncias excepcionais, não apresentando ruptura frágil, ou falso alarme,
ou ainda danos desproporcionais às causas de origem, bem como atender aos requisitos de qualidade da estrutura.

É imprescindível que o projeto estrutural seja realizado por profissionais capacitados tecnicamente para essa função,
contribuindo assim, para a qualificação da construção.


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 16/21
28/02/2020 ControleNormas

A avaliação da estrutura deverá seguir rigorosamente as recomendações das normas técnicas da ABNT, em especial
a NBR 6118 (ABNT, 2014), tendo-se como base: a capacidade resistente da construção (segurança quanto à ruptura
dos elementos), desempenho em serviço (fissuração excessiva, deformações inconvenientes, vibrações indesejáveis,
entre outras inconformidades) e durabilidade da construção.

A seguir são listados os elementos mínimos, contidos na memória de cálculo, a serem entregues para análise:

I. Cálculo e definição dos carregamentos aplicados a estrutura;

II. Análise estrutural de cada elemento (vigas, cintas, pilares, sapatas, escadas, blocos, etc), com os esforços
máximos de projeto (de preferência, ilustração dos diagramas dos esforços internos); Para análise do ELU (Estados
Limites Últimos);

III. Cálculo das deformações máximas nos elementos;

IV. Análise do ELS (Estados Limites de Serviço);

V. Dimensionamento estrutural de cada elemento (vigas, cintas, pilares, sapatas, escadas, blocos, etc), com as
propriedades dos materiais admitidas, cálculos das armações, etc, relacionando essa etapa com os esforços máximos
de projeto obtidos na análise estrutural.

Além da memória de cálculo, é necessária a apresentação de pranchas de detalhamento contendo cortes e desenhos
em planta da forma da edificação, e desenhos de armação dos elementos estruturais (concordando com as armações
determinadas na memória de cálculo, na etapa de dimensionamento estrutural).

Deverá ser apresentada a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do projetista responsável pelo projeto.

5.12.4 Projeto Elétrico

Os requisitos básicos necessários e demais condições a serem adotados e exigidos pela COMPESA na elaboração
dos projetos das instalações elétricas, visando padronizar e normatizá-los, deverão seguir os critérios da Norma de
Projetos de Engenharia – NPE 001.

A padronização, a aquisição e o fornecimento dos equipamentos deverão atender às Normas Técnicas da COMPESA.

As instalações elétricas deverão ser dimensionadas considerando a carga estimada no final do horizonte da
instalação (carga máxima):

I. Quando não couber a modularização dos quadros e conjuntos motobombas, os quadros de Comando dos motores
poderão ser dimensionados considerando a potência dos motores a serem utilizados na primeira etapa do projeto,
cabendo à COMPESA a aprovação de tais características.

5.12.5 Orçamento

A planilha de custos deverá ser elaborada conforme Norma NPE – 003 – Diretrizes para elaboração, formatação e
apresentação de orçamentos de Engenharia – cujas planilhas-padrão da COMPESA contêm os códigos do sistema
Alpha e os itens e subitens separados na ordem de construção.

Na elaboração do orçamento deverá ser utilizado o preço da tabela da COMPESA ou do Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI.

Na ausência do item, o projetista deverá realizar a composição de custos de equipamentos e serviços, conforme
orientação dos órgãos de controle, apresentando inclusive as cotações oficiais realizadas.

5.12.6 Desenhos

Os desenhos deverão ser apresentados impressos e em meio digital editável, adotando os modelos apresentados nas
Peças Gráficas de cada Módulo.

5.12.7 Cronograma do projeto


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 17/21
28/02/2020 ControleNormas

Deverá ser apresentado um planejamento para a elaboração do projeto com prazo a ser estabelecido e suas
respectivas atividades associado ao cronograma de desembolso referente às etapas dos projetos.

5.12.8 Apresentação dos produtos

O Projeto deverá ser apresentado em folhas A4 (210 x 297mm), páginas numeradas e impressão em frente verso,
sempre que isto não prejudicar a leitura e compreensão clara do conteúdo.

As fotografias deverão ser originais em todas as vias, legendadas e datadas. As tabelas, quadros, figuras e
ilustrações deverão ser legíveis, com textos e legendas, utilizando técnicas que facilitem a sua análise, além de conter
a fonte de dados apresentados.

A entrega dos produtos deverá ser determinada de acordo com as orientações do contrato e os projetos de terceiros
atenderão a NPE 004 – Diretrizes Gerais para elaboração de Projetos de Terceiros.

Deverá ser citada a fonte de consulta de acordo com a NBR 10520 (ABNT, 2002) e no final do volume apresentados
as referências bibliográficas de acordo com NBR 6023 (ABNT, 2002).

5.12.9 Atas de reuniões e ajustes para elaboração da norma

Objetivo da
Nº Data Nome Setor
Revisão

Simone Karine
CPE
Silva da Paixão

Matheus de Abreu
CPE
Galvão
Elaboração do
00 29/01/2018
documento Luciana Maria
CPE
Oliveira de Assis

Flávio Coutinho
GPE
Cavalcante

Simone Karine
CPE
Silva da Paixão

Luciana Maria
CPE
Oliveira de Assis

Flávio Coutinho
GPE
Cavalcante

Kleber Rocha GPE

00.1 19/02/2018 Apresentação Luciana Nunes GPE


da Norma
Graciano
Fernandes de GPE
Mendonça

Leonardo Henrique
GPE
de Andrade Vera

Aníbal Galindo
GTE
França de Oliveira

Bartholomeu
Especialista
Siqueira Júnior

Cristiane Leal Coordenadora


Schuler PSA

Guilherme Duarte
Especialista
Freire

Milton Tavares Especialista


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 18/21
28/02/2020 ControleNormas

Simone Karine
GPE
Silva da Paixão

Luciana Maria
GPE
Oliveira de Assis

Flávio Coutinho
GPE
Cavalcante

Kleber Rocha GPE

Graciano
Fernandes de GPE
Mendonça
00.2 12/03/2018 Discussão das
Contribuições Leonardo Henrique
GPE
e de Andrade Vera
Considerações
Bartholomeu
Especialista
Siqueira Júnior

Guilherme Duarte
Especialista
Freire

Milton Tavares DRM

Keyla Santos CPS

Antônio José
GQL
Fontes

José Fernandes
GEV
Vieira

6. INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS


NPE 001 – Normas de Projetos de Engenharia (Critérios para Elaboração de Projetos Elétricos);
NPE 003 – Normas de Projetos de Engenharia (Diretrizes para Elaboração, Formatação e Apresentação de
Orçamentos de Engenharia);
Norma Técnica – NTC 075– Datalogger de Pressão, Nível e Vazão (Especificações);
NPE 004 – Normas de Projetos de Engenharia (Diretrizes Gerais para Elaboração de Projetos de Terceiros);
NPE 008 – Norma de Projetos de Engenharia (Elaboração e Análise de Relatório Ambiental Preliminar – RAP
para Sistema de Esgotamento Sanitário);
NPE 010 – Norma de Projetos de Engenharia (diretrizes para Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias
de Esgoto – EEE´s);
NPE 188 – Aquisição de Equipamentos de Desinfecção Ultravioleta para Estações de Tratamento de Esgoto
(ETE);
SOP 092 – Critérios, padrões e procedimentos para elaboração, análise e acompanhamento de estudos e
projetos de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Esgotamento Sanitário (SES).

7. REFERÊNCIAS

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5413: Iluminaria de Interiores. Rio de Janeiro,
1992;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: Informação e Documentação –


Referência – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2014;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6484: Solo - Sondagens de Simples
Reconhecimento com SPT - Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 1980;


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 19/21
28/02/2020 ControleNormas

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8036: Programação de Sondagens de Simples
Reconhecimento dos Solos para Fundações de Edifícios. Rio de Janeiro,1983;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9649: Projeto de Redes Coletoras de Esgoto
Sanitário. Rio de Janeiro, 1986;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10520: Citações em Documentos –


Apresentação. Rio de Janeiro, 2002;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 11174: Armazenamento de Resíduos Classes
II - Não Inertes e III – Inertes. Rio de Janeiro, 1990;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 112235: Armazenamento de Resíduos Sólidos
Perigosos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1992;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12207: Projetos de Interceptores de Esgotos
Sanitário. Rio de Janeiro, 2016;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12208: Projeto de Estações Elevatórias de
Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1992;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-
Sanitários de Estações Tratamento de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 2011;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13895: Construção de Poços de


Monitoramento e Amostragem – Procedimentos. Rio de Janeiro, 1997;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14486: Sistema Enterrado para Condução de
Esgotos Sanitário – Projeto de Rede Coletora. Rio de Janeiro, 2000;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR ISO 14064-1: Detalha e Orienta as
Organizações para Quantificação e Elaboração de Relatórios de Emissões e Remoções de GEE. Rio de Janeiro,
2015;

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13035: Planejamento e Instalação de


Laboratórios para Análises e Controle de Águas. Rio de Janeiro, 1993;

• Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 – Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e
dá outras providências;

• Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 – Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da
União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental;

• Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;

• Lei nº 9433, de 08 de janeiro de 1997 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o Inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º
da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989;

• Lei Estadual nº 14.249, de 17 de dezembro de 2010 – Dispõe sobre licenciamento ambiental, infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, e dá outras providências;

• Norma Regulamentadora - NR 08: Edificações;

• Norma Regulamentadora - NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

• Norma Regulamentadora - NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;

• Norma Regulamentadora - NR 33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;

• CAMPOS, J.R.,:Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controlada no Solo, 1999;


GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 20/21
28/02/2020 ControleNormas

• VON SPERLING, Marcos: Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos, 1996;

8. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Nº da Versão Data Natureza da Revisão e/ou Alteração RD vinculada

1 31/08/2018 Emissão inicial RD 035/02018

ANEXOS

ANEXO 1 - APÊNDICE A
MÓDULO 01A: UASB + FILTRO BIOLÓGICO PERCOLADOR + DECANTADOR SECUNDÁRIO + LEITO
DE SECAGEM + DESINFECÇÃO.

ANEXO 2 - APÊNDICE B
MÓDULO 01B: UASB + FILTRO BIOLÓGICO SUBMERSO + DECANTADOR SECUNDÁRIO + LEITO DE
SECAGEM + DESINFECÇÃO

ANEXO 3 - APÊNDICE C
MÓDULO 01C: UASB + LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO (LAGOA FACULTATIVA + LAGOA MATURAÇÃO)

ANEXO 4 - APÊNDICE D
MÓDULO 01D: UASB + LODO ATIVADOS

ANEXO 5 - APÊNDICE E
MÓDULO 02: SISTEMAS DE LAGOAS (LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA + LAGOA
MATURAÇÃO)

ANEXO 6 - APÊNDICE F
MÓDULO 03: LODOS ATIVADOS COM SISTEMA DE AERAÇÃO PROLONGADA

ANEXO 7 - APÊNDICE G
MÓDULO 04: FOSSA SÉPTICA (DECANTO-DIGESTOR) COM FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO E/OU
FOSSA SÉPTICA (DECANTO-DIGESTOR) COM FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO E SUMIDOURO

ANEXO 8 - RD 035/2018
Resolução de Diretoria Vinculada

GPE-NI-001-01 - CÓPIA NÃO CONTROLADA

www.compesa.com.br/sgn/ 21/21
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 1 / 27

GPE-NI-001-01

ANEXO I - APÊNDICE A

MÓDULO 1A: REATOR UASB COMBINADOS FILTRO BIOLÓGICO


PERCOLADOR

O dimensionamento do tratamento preliminar deverá atender a todas as


recomendações da NPE 10/COMPESA e da NBR 12208 (ABNT, 1992).
Outros critérios poderão ser adotados, desde que justificados e aprovados e/ou
solicitados pela COMPESA.

REATOR ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO - UASB

Os reatores anaeróbios de manta de lodo são conhecidos como reatores


anaeróbios de fluxo ascendente e manta de lodo, tendo como nomenclatura original
pela literatura inglesa a sigla UASB significa: Upflow Anaerobic Sludge Blanket.
O reator UASB consiste em processo de tratamento de alta taxa, com
capacidade de reter grandes quantidades de biomassa do sistema. Desta forma pode-
se destacar para o tratamento:
I. Grande acumulação da biomassa no interior do reator;
II. Máximo contato entre biomassa e o substrato;
III. Separação adequada entre o biogás, o líquido e os sólidos, através de um
separador trifásico.
Para dimensionamento do reator são considerados os seguintes fatores
fundamentais:
I. Critério de carga hidráulica;
II. Geometria do mesmo, altura reduzida com maior seção transversal;
III. Velocidade ascendente nos compartimentos de digestão e de decantação;
IV. Condições ambientais e de alimento; a idade do lodo e o tempo de detenção;
V. Deverá possuir dispositivo de retirada de escuma.
Alguns cuidados deverão ser tomados para que não prejudiquem o
funcionamento do reator, entre os quais: a formação de curtos circuitos, de zonas
mortas e a colmatação ou entupimento de sistemas de distribuição.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 2 / 27

GPE-NI-001-01

A eficiência do reator UASB seguindo gira em torno de 55% a 75%


(CHERNICHARO, 2007), de acordo com as experiências operacionais da COMPESA
recomenda-se adotar uma eficiência máxima de 65% de remoção de DBO.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011) deverão ser considerados os
seguintes critérios para o dimensionamento do reator:
I. Tempo de detenção hidráulica para vazão média nos meses mais frios do ano
e o volume total do UASB, deverá ser igual ou superior aos critérios a seguir:
a. 6h para temperatura de esgoto superior a 25ºC;
b. 7h para temperatura do esgoto entre 22oC e 25oC;
c. 8h para temperatura do esgoto entre 18oC e 21oC;
d. 10h para temperatura do esgoto entre 15oC a 17oC;
e. Pode-se admitir tempo de detenção hidráulica inferiores os descritos nos
itens acima apresentados, desde que justificados e analisados pela
COMPESA.

II. A profundidade útil total dos reatores deverá estar entre 4 a 6m. E a sua
profundidade mínima do fundo do reator à entrada do compartimento de
decantação deverá ser de 2,5m;
III. A profundidade útil mínima do compartimento de decantação deverá ser de
1,50m, sendo pelo menos 0,30m com a parede vertical. As paredes, inclinadas
do compartimento de decantação deverá ter inclinação igual ou superior a 50°;
IV. O sistema de distribuição de esgoto nos reatores deverá atender:
a. Diâmetro interno mínimo dos tubos de distribuição de esgoto de 75mm;
b. Ponto de descarga de esgoto no reator deverá estar restrito a uma área
máxima de 3m2;
c. Entrada de esgoto no reator deverá compreende entre 0,10 a 0,20m do
fundo.

V. Sistema de distribuição deverá permitir a identificação de pontos de


entupimentos e impedir o arraste de ar para interior do reator;
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 3 / 27

GPE-NI-001-01

VI. A velocidade de passagem do compartimento de digestão para o de


decantação deverá ser igual ou inferior a 2,5m/h para vazão média e a 4m/h
para vazão máxima;
VII. O reator deverá ser procedido de remoção de sólidos grosseiro e areia, sendo
imprescindível uma grade de barra mecanizada com aberturas iguais ou
inferiores a 12mm para vazão máxima até 100l/s;
VIII. Para vazão máxima superiores a 100l/s abertura deverá da grade de barra será
de 6mm;
IX. No caso de alimentação por elevatória, a vazão máxima de bombeamento não
pode exceder mais 25% da vazão máxima do esgoto afluente. Recomenda-se
a utilização de bombas com variação de velocidade ou o mínimo de 3 (três)
bombas, sendo rodízio de reserva de uma bomba;
X. A taxa de escoamento superficial no compartimento de decantação deverá ser
igual ou inferior a 1,2m3/m2.h para vazão máxima;
XI. O tempo de detenção hidráulica no compartimento de decantação deverá ser
igual ou superior a 1,5h para a vazão média e superior a 1 h para a vazão
máxima;
XII. O trespasse dos defletores de gases deverá exceder em pelo menos 0,15 a
abertura de passagem do compartimento de digestão para o compartimento de
decantação;
XIII. As áreas sobre os compartimentos de decantação podem ou não serem
cobertas. No caso de serem cobertas todas as estruturas deverá estar acima
do nível da água, protegida contra corrosão;
XIV. O reator deverá dispor de registros para inspeção do nível de lodo;
XV. Os parâmetros de dimensionamento do Reator:
a. Cálculo do volume dos reatores UASB são: Carga Orgânica Volumétrica
(COV) e Tempo de Detenção Hidráulico (TDH). A COV relaciona a carga de
substrato afluente que chega ao reator UASB (DBO ou DQO) por unidade
de volume, conforme a Equação 01:

𝑄𝑀é𝑑𝑖𝑎 . 𝑆𝑂 Equação 01
𝐶𝑂𝑉 =
𝑉
Onde:
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 4 / 27

GPE-NI-001-01

COV = Carga Orgânica Volumétrica (Kg/m³.d);


QMédia = Vazão Média (m³/s);
V = Volume do reator (m³);
S0 = Concentração de substrato afluente (Kg/m³).

b. Fixando o valor para a COV entre 2,5 e 3,5 KgDQO/m³.d (CAMPOS, J.R.,
1999), pode obter o volume necessário para o reator UASB.

𝑉 = 𝑄`𝑀é𝑑𝑖𝑎 . 𝑇𝐷𝐻
Equação 02
Onde:
V = Volume do reator (m³)
QMédio = Vazão máxima diária (m³/h);
TDH= Tempo de detenção hidráulico (h).

c. Cálculo do Volume de cada Módulo

N = Número de módulos do reator poderá ser adotado a critério do Projetista.

d. Volume de cada módulo.


𝑉
𝑉𝑚 = Equação 03
𝑁

Onde:
Vm = Volume de cada módulo (m3);

V = Volume do reator (m³);

N = Número de módulos do reator a ser adotado.

e. A área da seção transversal do reator é calculada em função da velocidade


ascensional do fluxo. A velocidade ascensional no compartimento de
digestão do reator deverá ser igual ou inferior a 0,7 m/h para vazão média e
inferior a 1,2 m/h para vazão máxima, NBR 12208(ABNT,1992).
𝑄
𝐴= 𝑉𝑎𝑠𝑐𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 Equação 04
Onde:
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 5 / 27

GPE-NI-001-01

A = Área do reator (m2);


Q= Vazão média para dimensionar ou vazão máxima para verificar;
Vascensional = Velocidade ascensional (m/h).

f. Cálculo da altura útil total do reator envolve a altura do compartimento de


decantação somada a digestão, as quais são dependentes da velocidade
ascensional adotada e, consequentemente, da área da seção transversal
calculada. Assim tem-se:
𝑉
𝐻𝑈 = 𝐴. Equação 05
Onde:
Hu = Altura útil (m);
V = Volume do reator (m³);
A = Área do reator (m2).

XVI. Dimensionamento do Reator


Deverá dispor de aberturas de acesso com dimensões mínimas de 0,80m (B),
nas câmaras de digestão e decantação, NBR 12208(ABNT, 1992).
a. Comprimento
𝐴
𝐿=𝐵 Equação 06
Onde:
L = Comprimento (m);
A = Área do reator (m2);
B = Dimensões das câmeras.

b. Carga hidráulica volumétrica define-se com a quantidade do volume de


esgoto, aplicadas diariamente no reator, por unidade de volume do reator:
𝑄
𝐶𝐻𝑉 = 𝑉 Equação 07

Onde:
CHV = Carga hidráulica volumétrica (m3/m3.dia);
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 6 / 27

GPE-NI-001-01

Q = vazão (m3/dia);
V = volume total do reator (m3);

c. Parâmetros Qméd = (<4m3/m3.d);


d. Qrecalque = (<6m3/m3.d).

e. No compartimento de decantação a taxa de aplicação deverá ser menor que


1,2 m/h para a vazão máxima e deverá estar entre 0,6 m/h e 0,8 m/h para a
vazão média.
𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 Equação 08
𝑇𝐴𝑆 =
𝐴𝑑𝑒𝑐𝑎𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟

Onde:
TAS = Taxa de aplicação superficial (m3/m3.dia);
Q média = Vazão (m3/dia);
Adecantador = Área decantador.

f. Produção de lodo no reator, tem-se:


𝑃𝑙𝑜𝑑𝑜 = 𝑌 . 𝐶𝐷𝑄𝑂 Equação 09

Onde:
Y = Coeficiente de crescimento;
CDQO = Carga orgânica, (Kg/dia);
PLodo = Produção do lodo, (Kg SST/dia).

g. Volume do lodo dimensionamento:


𝑀𝐿𝑜𝑑𝑜
𝑉𝐿𝑜𝑑𝑜 = Equação 10
𝐷𝐿𝑜𝑑𝑜 . 𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠

Onde:
VLodo = Volume do Lodo, (m3/dia);
DLodo = Densidade do lodo, (Kg/m3)
MLodo = Massa do lodo produzida (Kg/m3).
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 7 / 27

GPE-NI-001-01

h. Teor dos Sólidos em %: Eficiência estimada do UASB deverá ser


determinada com redução da DBO e DQO.

i. Eficiência Estimada de Remoção do DQO:


𝐸𝐷𝑄𝑂 = 100 . (1 − 0,68 . 𝜃ℎ−0,35 )
Equação 11
Onde:
θh = Tempo detenção, horas
EDQO = Eficiência de remoção de DQO em %.

j. Eficiência Estimada de Remoção do DBO

𝐸𝐷𝐵𝑂 = 100 . (1 − 0,70 . 𝜃ℎ−0,50 ) Equação 12

Onde:
θh = Tempo detenção, horas
EDQO = Eficiência de remoção de DBO em %.

As peças gráficas que compõem o UASB encontram-se no item 08, do Anexo I


compondo um conjunto de desenhos representativos dos layouts das unidades.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), a produção do biogás deverá
apresentar seguintes considerações:
I. O biogás coletado, quando não aproveitado, deverá ser queimado,
preferencialmente como queima completa. E caso de se ter aproveitamento,
deverá ser previsto, além das unidades próprias do aproveitamento, pelo
menos um queimador de segurança, seguindo os critérios técnicos previstos
na NBR 12209 (ABNT, 2011);
II. As câmaras de gás do reator deverão ser impermeáveis ao gás, protegidas e
resistentes contra corrosão;
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 8 / 27

GPE-NI-001-01

III. A construção do reator em concreto deverá atender às recomendações das


NBR 6118 (ABNT, 2014) e NBR 9575 (ABNT 2010), e garantir a
estanqueidade e resistência a ambientes agressivos;

FILTRO BIÓLOGICO PERCOLADORR – FBP

Os efluentes tratados nos reatores UASB serão submetidos a pós-tratamento


em filtro percolador que tem como objetivo promover a remoção de matéria orgânica
residual e a conversão de parcela do nitrogênio amoniacal a nitrato (nitrificação), caso
seja necessária a eliminação de fósforo deverá existir uma precipitação química.
Para a nitrificação parcial, a taxa de aplicação de nitrogênio amoniacal não
deverá exceder 1g N/m2.d, referente à superfície especifica do meio suporte, NBR
12209 (ABNT, 2011).
Um sistema de tratamento interligado através de tubos de condução do efluente
do reator para o filtro biológico percolador deverá ser considerado para o
dimensionamento de sua vazão média. E nesse caso o sistema de recirculação é
dispensável.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), deverão ser considerados os
seguintes critérios para o dimensionamento do FBP:
Deverá dispor de um meio suporte para biomassa, constituído de pedra britada,
ou seixo rolado, ou materiais plásticos. Se caso seja necessário empregar outros
materiais, os parâmetros e os critérios para dimensionamento deverão ser
tecnicamente justificados e analisados pela COMPESA.
No caso de utilização de pedra de brita deverá ser brita 4 (no mínimo 95% do
material com granulometria entre 5 e 8 cm). Não será permitido o uso pedras chatas
ou com faces planas.
A aplicação do esgoto FBP circular deverá ser uniforme sobre a superfície do
meio suporte através do distribuidor rotativo. Quando acionado pela reação jatos, o
distribuidor deverá ser projetado para partir com carga hidrostática compatível com
vazão de projeto, e com o diâmetro das tubulações e do filtro.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 9 / 27

GPE-NI-001-01

Nos casos em que meio de suporte for composto por pedra britada ou seixo
rolado com altura de até 3 m, o FBP deverá obedecer às seguintes limitações:
I. Para filtros de alta taxa:
a. Carga orgânica volumétrica não deverá exceder a 1,2 Kg DBO5/m3.d;
b. Taxa de aplicação hidráulica deverá incluir a vazão de recirculação e
esta não deverá exceder a 50 m3/m2.d da superfície livre do leito.

II. Para filtros de baixa taxa:


a. Carga orgânica volumétrica não deverá exceder a 0,3 Kg DBO5/m3.d;
b. Taxa de aplicação hidráulica deverá incluir a vazão de recirculação e
esta não deverá exceder a 5 m3/m2.d da superfície livre do leito.

E nos casos em que o material de enchimento plástico (PVC) com altura inferior
a 12m seja utilizado como meio de suporte, o FBP deverá atender às seguintes
limitações:
I. Carga orgânica volumétrica não deverá exceder a 3 Kg DBO5/m3.d;
II. Taxa de aplicação hidráulica deverá incluir a vazão de recirculação e estar
compreendida entre 10 m3/m2.d e 75 m3/m2.d da superfície livre do leito.

A COMPESA recomenda que preferencialmente seja utilizado como meio de


suporte o material em plástico (PVC), o material selecionado deverá ser corretamente
arrumado de forma organizada nos tanques, de modo a permitir que o esgoto e o ar
possam circular sem dificuldade, mantendo o ambiente nas condições aeróbias.
Deverá ser garantida a recirculação do efluente do filtro a um ponto a montante
do mesmo com Sistema automatizado para manter o Sistema rotatório com dutos
horizontais (braços) de distribuição em funcionamento caso não haja afluente enviado
de outras unidades por um período maior que duas horas.
Para a circulação de ar através do meio de suporte do FBP, é necessário que:
I. As aberturas para drenagem do efluente do filtro tenham área total igual ou
superior a 15% da área horizontal do fundo da unidade;
II. As extremidades dos drenos que se comunicam com a atmosfera tenham área
total igual ou superior a 1% da área horizontal do fundo do filtro.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 10 / 27

GPE-NI-001-01

Para a construção do sistema de drenagem do líquido percolador, através do


meio de suporte, deverá ser considerado:
I. A área de fundo do FBP deverá ser inteiramente drenada;
II. A declividade mínima dos drenos deverá ser 1% e a velocidade mínima nas
canaletas efluentes de 0,60 m/s, para vazão média de alimentação do filtro;
III. A drenagem de fundo deverá ter uma laje perfurada, ou grelhas, e com
conjunto de calhas localizadas na parte inferior do filtro, deverá esse conjunto
de drenagem confeccionadas em material resistente o suficiente para suportar
o peso do meio de suporte, da biomassa aderida e do próprio esgoto que
percola.

Sistema de drenagem deverá ser aberto em ambas extremidades, para


possibilitar inspeção e eventuais limpezas de jatos de água, caso necessário.
Para uma ventilação natural adequada dos FBP deverão ser adotados os
seguintes critérios (CHERNICHARO, 2001):
I. Sistema de drenagem e os canais coletores de efluente junto ao fundo da
estrutura FBP deverá permitir o fluxo livre do ar que escoa pelo filtro. A altura
dos canais coletores de efluente não deverá ultrapassar mais que 50% de sua
altura ocupada pelo efluente;
II. Prever a instalação de poços de ventilação em ambas extremidades do canal
central de coleta efluente;
III. Os filtros de grandes diâmetros deverão ser dotados de canais de coleta
ramificados, com poços ou tubos de ventilação ao longo do perímetro do filtro;
IV. As aberturas das grelhas dos poços e tubos de ventilação deverão apresentar
no mínimo 1,0m2 de área livre para cada 250m2 de área da superficial do filtro.

O FBP requer a decantação secundária. A não utilização da decantação


secundária deverá ser tecnicamente justificada e analisada pela COMPESA.

DIMENSIONAMENTO DO FILTRO BIÓLOGICO PERCOLADORR – FBP


Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 11 / 27

GPE-NI-001-01

I. Volume do Meio de suporte


𝑆𝑜𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Equação 13
𝑉𝑀𝑆 = 𝑄𝑚é𝑑 .
𝐶𝑣

Onde:

VMS = Volume do meio suporte, m3;

Qméd = Vazão média dos esgotos, m3/dia;

Soreator = DBO médio do reator, Kg/m³;

Cv = Carga orgânica volumétrica, atender os limites considerados pela


NBR 12209 (ABNT, 2011) e considerando o material suporte a ser
adotado, kg DBO/m3.dia.

II. Área Útil do Filtro:

𝑉𝑀𝑆 Equação 14
𝐴=
𝐻
Onde:

A = Área útil do filtro, m²;

H = Profundidade do meio suporte, m (adotado);

VMS = Volume do meio suporte, m3.

III. Área de cada Módulo:

𝐴 Equação 15
𝐴𝑚 =
𝑁
Onde:

Am = Área de cada módulo, m2;

A = Área útil do filtro, m2;

N = Número de módulos (adotado).

IV. Verificação da Taxa de Aplicação Superficial (TAS):


Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 12 / 27

GPE-NI-001-01

𝑄
𝑇𝐴𝑆 = 𝐴𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Equação 16
Onde:
TAS = Taxa de aplicação superficial, atender os limites considerados pela
ABNT NBR 12209/2011 e considerando o material suporte a ser
adotado, m3/m2.dia;

Q = Vazão, m3/dia;

ASuperficial = Área em planta do FBP, m2.

V. Estimativa da Eficiência de Remoção de DBO:


100
𝐸= 𝐶𝑣 0,5 Equação 17
(1+0,443 .( ) )
𝐹

Onde:
E = Estimativa da eficiência de remoção DBO, %;
Cv = Carga orgânica volumétrica, atender os limites considerados pela
NBR 12209 (ABNT, 2011);
F = fator de circulação.

VI. Estimativa da Concentração de DBO no Efluente Final:


𝐸
𝑆𝑒−𝐹𝐵𝑃 = 𝑆𝑒−𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 . (1 − ) Equação 18
100

Onde:
Se-FBP = Estimativa de concentração de DBO no Efluente Final, mg/l;
𝑆𝑒−𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 = Estimativa da concentração de DBO do Reator, mg/l;
E = Estimativa da eficiência de remoção DBO, %.

VII. Avaliação da Produção do lodo:

𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 = 𝑌 . 𝐷𝐵𝑂𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 Equação 19

Onde:
DBOremovido, em Kg DBO/m3.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 13 / 27

GPE-NI-001-01

𝐷𝐵𝑂𝑅𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 = 𝑄𝑀é𝑑 . (𝑆𝑒−𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 − 𝑆𝑒−𝐹𝐵𝑃 ) Equação 20

VIII. Produção Lodo Volátil, em kg SSV/d:


𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑉𝑜𝑙á𝑡𝑖𝑙 = % 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑉𝑜𝑙á𝑡𝑒𝑖𝑠 . 𝑃𝑙𝑜𝑑𝑜 Equação 21

IX. Volume do Lodo


𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 Equação 22
𝑉𝐿𝑜𝑑𝑜 = (𝛾 .𝐶)

Onde:
PLodo = Produção Lodo, Kg SST/d;

Y = Coeficiente de produção de lodo no FBP, Kg SST/Kg DBOremovido;

DBOremovido = DBO removido;

ϒ = Densidade do lodo, Kg SST/m3;

C = Concentração esperada para o lodo de descarte do decantador


secundário, %;

PLodo Volátil = Produção lodo volátil, Kg SSV/d.

Sistema de distribuição do afluente do FBP será feito por meio de sistema


rotatório com dutos (braços) horizontais, engastados e girando em torno de uma
coluna central, os distribuidores de esgoto deverão trabalhar por pressão hidráulica.
Recomenda-se evitar o contato do braço com a parede do filtro.
Para garantir que a vazão passe em cada orifício com a mesma velocidade,
duas alternativas podem ser adotadas, atendendo critérios da facilidade construtiva:
I. Braço com seção transversal variável (circular, retangular ou quadrilátero);
II. Espaçamento variável entre os orifícios;
III. Os braços deverão ser dimensionados de forma que a velocidade
rotacional esteja no limite 0,1 a 2 rpm e não exceder a 1,20 m/s, na vazão
máxima;
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 14 / 27

GPE-NI-001-01

IV. O espaçamento entre orifícios deverá ser dimensionado para garantir uma
uniforme distribuição do esgoto sobre a superfície do meio de suporte;
V. Deverá realizar a limpeza periódica do meio filtrante para desprendimento
do lodo para impedir a deterioração da qualidade do efluente tratado e a
obstrução precoce do meio filtrante;
VI. Deverá ser prevista a instalação de uma bomba para retirada e envio do
lodo para o leito de secagem, de acordo com os critérios técnicos a serem
adotados no item 4 (quatro) do Apêndice A, desta Norma;
VII. Os motores elétricos deverão ser utilizados para o controle de moscas e
evitar as paradas dos braços distribuidores em horários de baixa vazão
afluentes;
VIII. O efluente produzido nos FBPs será encaminhado para o decantador
secundário para separação do efluente do lodo de excesso.

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Os decantadores secundários utilizados a jusante dos filtros biológicos


percoladores normalmente do tipo convencional deverão ser dimensionados pela taxa
de escoamento superficial, uma vez que a concentração de sólidos suspensos no
efluente do FBP.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011) deverão ser considerados os
seguintes critérios para o dimensionamento do decantador secundário:
I. A taxa de escoamento superficial deverá ser igual ou inferior a 24 m3/m2.d;
II. A taxa de escoamento, através do vertedor de saída do decantador final,
deverá ser igual ou inferior a 380 m3/m2.d de vertedor;
III. A profundidade lateral no decantador mecanizado deverá ser igual ou
superior a 3,5 m. Valores menores deverá ser justificado e analisado pela
COMPESA;
IV. A tubulação de remoção do lodo do decantador secundário, por gravidade,
deverá ter diâmetro mínimo de 100 mm e declividade mínima de 2% quando
conduto livre.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 15 / 27

GPE-NI-001-01

Para a remoção mecanizada de lodo no decantador secundário, deverá ser


considerado:
I. Alimentação do esgoto ao decantador deverá obedecer a uma repartição
criteriosa do fluxo afluente, de forma a se garantir uma distribuição homogênea
de vazão. Poderá ser obtido:
a. Decantador retangular através de múltiplos entradas e anteparo;
b. Decantador circular com alimentação central, o esgoto afluente deverá
adentrar na unidade através de defletor central, concêntrico ao decantador
e com submergências mínima de 0,80 m;
c. Os dispositivos de remoção do lodo deverão ser constituídos de materiais
resistentes à corrosão, com qualidade igual ou superior ao aço carbono
ASTM A 36 com revestimento adequado;
d. O dispositivo de remoção do lodo deverá apresentar velocidade periférica
igual ou superior a 40 mm/s;
e. A declividade do fundo do decantador circular com a proporção igual ou
superior a 1:12.

Nos casos em que o decantador secundário não contar com a remoção


mecanizada, deverá ser considerado:
I. Nos decantadores circulares ou quadrados em planta, a profundidade de água
na parede lateral deverá ser igual ou superior a 0,50 m;
II. Para decantador circular ou quadrados permite-se o poço do lodo único cônico
ou piramidal de base quadrada, descarga de lodo por gravidade, inclinação de
paredes igual ou superior a 1,5 na vertical por 1 na horizontal e diâmetro ou
diagonal ou superior a 7 m;
III. Decantadores retangular com alimentação pelo lado menor, desde que a parte
inferior seja totalmente constituída de poços troco-piramidais de bases
quadradas, e lado não superior a 5 m, com descargas individuais de lodo. Neste
caso, a velocidade de escoamento horizontal deverá ser no máximo 50 mm/s;
IV. O volume útil no decantador circular ou quadrado apresenta volume útil como
sendo o volume de líquido contido no terço superior da altura do poço, até o nível
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 16 / 27

GPE-NI-001-01

da água e para os decantadores retangulares o volume útil como o produto da


área de decantação pela profundidade mínima da água;
V. A carga hidráulica mínima para remoção do lodo deve ser igual a 1,5 vezes a
perda de carga hidráulica calculada para água;
VI. Recomenda-se a instalação de dispositivos para medição das vazões da
recirculação e do excesso de lodo removido do processo;
VII. O lodo proveniente dos decantadores, juntamente com o líquido proveniente dos
leitos de secagem, deverão ser encaminhados para a elevatória de recirculação.

Dependendo do porte da estação de tratamento de esgoto, os decantadores


secundários podem ter sistemas de remoção de lodo mecanizado ou por pressão
hidrostática.

DIMENSIONAMENTO DO DECANTADOR SECUNDÁRIO


Para o dimensionamento do decantador secundário, deverão ser considerados
os seguintes parâmetros:
I. Os decantadores secundários, após o filtro biológico percolador, deverão ser
projetados com a taxa de escoamento superficial com valores apresentados na
Tabela 01.

Tabela 01: Valores das Taxas de Escoamento Superficial


Taxa de Aplicação Superficial
Nível de Tratamento (m3/m2.dia)
Qmédia Qmáxima
DBO = 20 A 30 mg/l – sem 16 a 32 40 a 48
Nitrificação
DBO ≤ 20 mg/l – com 16 a 24 32 a 40
Nitrificação

Fonte: CHERNICHARO, 2001.


Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 17 / 27

GPE-NI-001-01

II. Área Total Necessária


𝐴𝑇 = 𝑄𝑚é𝑑 . 𝑇 Equação 23

Onde:
AT = Área total necessária, m2;

Qméd = Vazão média de esgotos, m3/dia;

T = Taxa de aplicação, m3/m2.d.

III. Adotar o tipo de decantador a ser projetado, número de módulos de decantação


e os diâmetros do módulo atendendo às diretrizes propostas por esta norma e,
como também a NBR 12209 (ABNT, 2011);
IV. A área do decantador deverá ser dimensionada de acordo com o tipo de
decantador a ser adotado para elaboração projeto;
V. Os decantadores deverão portar removedores mecanizados de lodo;
VI. Profundidade útil do decantador poderá ser adotada a critério do projetista;
VII. Volume útil mínimo necessário:

𝑉𝑢 = 𝑄𝑚á𝑥 . 𝑡𝑑,𝑄𝑚á𝑥 Equação 24

Onde:
Vu= Volume útil, m3;
Qmáx = Vazão Máxima, m3/h;
Td,Qmáx = Tempo de Detenção para Vazão Máxima ,hora.

VIII. Tempo de Detenção Hidráulica:

𝑉ú𝑡𝑖𝑙 Equação 25
𝑇𝐷𝐻 =
𝑄𝑀é𝑑
Onde:
TDH = tempo de Detenção, hora;
Qméd = Vazão Média, m3/h;
Vu= Volume útil, m3.

O lodo descartado do decantador será removido através de bombeamento.


Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 18 / 27

GPE-NI-001-01

A produção do lodo será proveniente dos efluentes do decantador, dos sólidos


biológicos dos filtros e do lodo químico formado no próprio decantador, tem-se:

IX. Produção do lodo


𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 = 𝑌 . 𝐷𝐵𝑂𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 Equação 26

A produção total, incluindo o lodo secundário retornando ao reator UASB,


deverá considerar uma percentagem 20% de redução do lodo volátil.

LEITO DE SECAGEM

De acordo com NBR 13969 (ABNT, 1996), o leito de secagem destina-se à


desidratação de lodo removido, por processo natural de evaporação e infiltração,
contendo dispositivo de drenagem do líquido. E deverá ser empregado para lodo
estabilizado.
De acordo com PIVELI, os leitos de secagem de lodo são estruturas compostas
de tijolos, dispostos dois a dois e com juntas preenchidas com areia grossa. Sob os
tijolos, são dispostas camadas de areia grossa e britas de granulometrias crescentes
em direção ao fundo, uma laje impermeável de onde o líquido que infiltra é drenado e
retornado à entrada da ETE. O lodo é disposto sobre os tijolos, secando por infiltração
de água no leito e por evaporação ao sol. Os leitos são alimentados sob a forma de
rodízio, a partir de canais com comportas.
Para vazões afluentes das unidades de tratamento de até 500 l/s adotar o leito
de secagem como processo natural de perda de umidade e em caso acima desta
vazão realizar estudos e submeter a análise da COMPESA.
O lodo em excesso produzido nos reatores UASB deverá ser periodicamente
descartado para preservar a qualidade do efluente e deverá ser descartado quando
atingir a altura 2,0 m. O descarte do excesso será encaminhado para leito de
secagem.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011) deverão ser considerados os
seguintes critérios para o dimensionamento do leito de secagem:
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 19 / 27

GPE-NI-001-01

I. A área total do leito de secagem deverá ser substituída em pelo menos duas
câmeras. A distância máxima de transporte manual do lodo seco no interior
do leite de secagem não pode superar 10 m;
II. A descarga de lodo no leito de secagem não pode exceder a carga de sólidos
em suspensão totais de 15 Kg SS/m2 de área de secagem, em cada ciclo de
operação, desde que devidamente justificado e analisado pela COMPESA;
III. O fundo do leito de secagem deverá promover a remoção do líquido
intersticial, através do material drenante constituído por:
a. Uma camada de areia com espessura de 5 cm a 15 cm, com diâmetro efetivo
de 0,3 mm a 1,2 mm e o coeficiente de uniformidade igual ou inferior;
b. Sob a camada de areia, três camadas de brita, sendo a inferior de pedra de
mão ou de brita (camada suporte), a intermediária de brita 3 e 4, com
espessura de 10 a 30 cm, e superior de brita 1 e 2, com espessura de 10 a
15 cm;
c. Sobre a camada de areia, tijolos recozidos ou outros elementos de material
resistente à operação de remoção de lodo seco, com juntas de 2 a 3 cm,
tomadas com areia da mesma granulometria da usada na camada de areia.

IV. A área total da drenagem, assim formada, não poderá ser inferior a 15% da
área total do leito de secagem;
V. O fundo do leito de secagem deverá ser plano e impermeável, com inclinação
mínima de 1% no sentido de um coletor principal de escoamento do líquido
drenado. Poderão ser utilizados tubos drenos ou material similar de diâmetro
mínimo de 100 mm, dispostos na camada suporte e distantes entre si não
mais que 3,00 m;
VI. A utilização de mantas geotêxtis em adição ou substituição às camadas de
areia deverá ser devidamente justificada e aprovada pela COMPESA;
VII. O dispositivo de entrada do lodo no leito de secagem deverá permitir descarga
em queda livre sobre a placa de proteção da superfície da camada de areia;
VIII. A altura livre das paredes do leito de secagem, acima da superfície drenante,
deverá ser de 0,50 a 1,0 m;
IX. A altura do lodo sobre a camada drenante não poderá exceder a 0,35 m;
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 20 / 27

GPE-NI-001-01

X. O líquido drenado coletado deverá retornar à entrada ao USAB;


XI. Os leitos de secagem podem ser cobertos com material de boa transparência;
XII. A areia retirada do poço de lodo deverá ser transportada para o leito de
secagem. Depois de seca deverá ser encaminhada para a destinação final,
atendendo o item 5.4.19, desta Norma;
XIII. Os parâmetros de dimensionamento do leito de secagem:
a. Produção do lodo proveniente dos decantadores considerar 20% da redução
do lodo volátil:

𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑐 = 𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 − 20%. 𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑉𝑜𝑙á𝑡𝑖𝑙

Equação 27
Onde:

P Lodo Dec = Produção Lodo do Decantador, em Kg SST/d;

P Lodo Filtro = Produção Lodo do FBP, em Kg SST/d;

P Lodo Volátil = Produção Lodo Volátil, em Kg SST/d.

b. Teor de sólidos no lodo aplicado de acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011);
c. Produção total de lodo a ser encaminhada para leito:

𝑃 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 = 𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 + 𝑃𝑙𝑜𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑐 , 𝑒𝑚 𝐾𝑔 𝑆𝑆𝑇/𝑑;


𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐿𝑜𝑑𝑜 = 𝑉𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 + 𝑉𝐿𝑜𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑐 , 𝑒𝑚 𝑚3 /𝑑

Equação 28 e 29

d. Ciclo do processo de secagem para obtenção do teor do sólido desejado:


𝑉𝐿𝑜𝑑𝑜 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐿𝑜𝑑𝑜 . 𝑇𝑇 Equação 30
Onde:
V Lodo Ciclo = Ciclo de secagem do lodo, em m3;

V Total Lodo = Volume total do lodo, em m3/d;

TT = Tempo Total da operação do leito, em d.


Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 21 / 27

GPE-NI-001-01

e. Ciclo de operação do leito deverá ser considerado o tempo de secagem,


tempo de limpeza e o tempo total da operação do leito.
f. Área necessária para leitos
𝑇𝑇
𝐴𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜 = 𝑃𝐿𝑜𝑑𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 . Equação 31
𝐶𝑠

Onde:

A Leito = Área do Leito, em m2;

P Lodo Total = Produção Total lodo, em Kg SST/d;

TT = Tempo total da operação do leito, em d;

CS =Taxa de aplicação de sólidos, em Kg SST/m2.

g. Área por leito

𝐴𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 Equação 32
𝐴𝑝𝑜𝑟 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜 =
𝑁𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠
Onde:

A por Leito = Área por leito, em m2;

A Leitos = Área do Leito, em m2;

N Leitos = Número de leitos que poderá ser adotado.

h. O dimensionamento do leito poderá ser adotado a critério do projetista.

DESINFECÇÃO

Os esgotos tratados são bem clarificados e esta condição garante eficiência na


desinfecção. Dentro processos mais utilizados pela COMPESA, atendendo sempre as
legislações ambientais e as resoluções do CONAMA, destacam-se:
I. Reação com compostos à base de cloro;
II. Radiação ultravioleta.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 22 / 27

GPE-NI-001-01

Para vazões médias do afluente oriundas das unidades de tratamento de até


100l/s, deverá ser adotado o processo de desinfecção com a composição à base de
cloro e, acima desta, deverá ser estudada a viabilidade da utilização da radiação
ultraviolenta. Outros casos deverão ser adequadamente justificados e analisados por
parte da COMPESA.
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), um ou mais dos indicadores para
controle da desinfecção deverá ser considerado:
I. Número mais provável (NMP) de coliformes totais (CT)/100 mL;
II. Número mais provável (NMP) de coliformes fecais ou termotolerantes
(CF, CTer)/100 mL;
III. Concentração de Escherichia Coli (EC)/100 mL;
IV. Concentração de Estreptococos Fecais (EsF)/100 m/L;
V. Concentração de Enterococos Fecais (EnF)/100 m/L.

REAÇÃO COM COMPOSTOS À BASE DE CLORO


A desinfecção com compostos à base de cloro poderá ser utilizada nos
sistemas com aplicação de cloro gasoso, hipoclorito de cálcio, hipoclorito de sódio e
dióxido de cloro.
De acordo com METCALF&EDDY (2003), o cloro gasoso seria o mais indicado
para instalações de maior porte, e os hipocloritos para as estações menores. A
principal razão do uso do cloro gasoso é que os hipocloritos apresentam baixo teor de
pureza, elevada capacidade corrosiva e maiores cuidados de transporte e manuseio,
resultando ainda em custos mais elevados para o caso de instalações de maior porte.
O dióxido de cloro apresenta, comparativamente ao cloro gasoso liquefeito,
capacidade de oxidação duas e meia vezes maior e sua ação bactericida não é
influenciada por variações de pH quando dosado na faixa de pH entre 6 a 10.
Contrariamente ao cloro, não reage com a amônia e seus compostos, não havendo
assim a formação das cloraminas; por decorrência, seu poder oxidante e bactericida
não é diminuído pela presença de compostos amoniacais. É, no entanto, muito
instável, devendo ser preparado no local de aplicação; não destrói compostos
amoniacais e por apresentar alto preço, não concorre economicamente com o cloro,
(METCALF&EDDY, 2003).
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 23 / 27

GPE-NI-001-01

Os critérios propostos pela NBR 12209 (ABNT, 2011) para desinfecção à base
de cloro são:
I. A dosagem aplicada do dióxido de cloro aplicação deverá ser um residual total
mínimo de 0,1 mg/l, sendo mantido após um tempo de contato de 5 minutos
em relação a vazão máxima.
II. Para os demais compostos, a dosagem aplicada deverá ser um residual total
mínimo de 0,5 mg/L, mantido após um tempo de contato mínimo de 30
minutos em relação à vazão média e de 15 minutos em relação à vazão
máxima.
III. O tanque de contato deverá atender às dimensões de comprimento: Largura
igual ou superior a 10 m, visando o fluxo do pistão e poderá ser
compartimentado com chicanas. Deverá obrigatoriamente ser dotado de uma
descarga de fundo para realização de limpezas periódicas.

A aplicação da solução de composto à base de cloro aos esgotos deverá ser


realizada com elevada turbulência, por meio de um dos seguintes métodos:
I. Turbulência hidráulica, através de difusores no interior da tubulação de
aplicação, ou de uma estrutura com ressalto hidráulico;
II. Agitação mecânica, recomenda-se gradiente de velocidade mínima de
1000s-1.

Para o uso de cloro gasoso, os dosadores poderão ser do tipo:


I. Direito ou a seco;
II. A vácuo ou de solução.

Para o uso de solução de hipoclorito, os dosadores poderão ser:


I. Dosadores de solução com orifício de controle;
II. Bombas dosadoras;
III. Cloradores de pastilhas.

No caso do uso de dióxido de cloro, a solução deverá ser gerada na própria


ETE:
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 24 / 27

GPE-NI-001-01

I. Recomenda-se que a aplicação do composto de cloro deverá ser


comandada por dispositivo proporcional à vazão de tratamento. Quando
necessário, a descloração poderá ser considerada;
II. O armazenamento dos compostos químicos deverá atender ao padrão de
proteção e segurança inerentes a estes compostos, os quais devem ser
mantidos separados de outros produtos químicos usados na ETE, em local
seco e ventilado;
III. Segundo a recomendação da COMPESA, o uso dos compostos à base de
cloro na forma líquida deverá ser adotado para ETE’s com capacidade
inferior a 10.000m3/dia e acima desta a aplicação do cloro gasoso.

No caso de utilização de cloro gasoso, essa situação deverá ser prevista no


plano de contingência e deverão ser projetados sistemas de controle para a ETE’s.
Para atender às legislações ambientais, deverá ser apresentado o estudo de impacto
da vizinhança.
Para instalação do cloro gasoso deverão ser adotadas às seguintes precauções
de segurança:
I. Exaustor;
II. Kit de segurança;
III. Detector de vazamento de gás;
IV. Máscara com ar respirável (ou cilindro de oxigênio);
V. Para cilindros de 900 Kg, prever, além dos itens acima, lavador de gás.

O cloro líquido deverá ser armazenado em um local coberto, ventilado, seco e


isento de materiais combustíveis.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
A utilização da radiação ultravioleta para desinfecção do esgoto tratado na ETE
requer um efluente com concentração de SST inferior a 40 mg/L.
A aplicação da radiação eletromagnética deverá atender uma faixa de
frequência conhecida como UV-C ou Ultra-Violeta de Ondas Curtas para a
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 25 / 27

GPE-NI-001-01

desinfecção dos efluentes. O comprimento de ondas em torno de 260 – 265 nm


permite maior efeito germicida.
O alvo da radiação UV é o material genético (ácido nucléico) dos micro-
organismos. A radiação UV causa a destruição de quaisquer micro-organismos desde
que penetre pela parede celular e seja absorvida pelos ácidos nucléicos, causando
uma desorganização do material genético e consequente perda da capacidade de
reprodução.
Para a geração da radiação UV utiliza-se lâmpadas fluorescentes de vapor de
mercúrio, sendo o mais eficiente o tipo de baixa pressão (lâmpadas de média e alta
pressão apresentam menor eficiência de geração de UV, maior consumo de energia,
e maior aquecimento).
Estas lâmpadas germicidas são fabricadas com um tipo especial de vidro de
quartzo que permite a passagem de 70 – 90% da radiação UV C (vidro comum não
permite a passagem de radiação de comprimento de onda inferior a 320 nm). As
lâmpadas fluorescentes de vapor de mercúrio de baixa pressão emitem radiação
predominantemente a 254 nm, muito próximo à faixa de maior eficiência germicida.
Os critérios propostos pela NBR 12209 (ABNT, 2011) para desinfecção à base
radiação ultravioleta são:
I. O conjunto de lâmpadas UV poderá ser imerso ou emerso;
II. Deverá ser prevista a remoção periódica do conjunto de lâmpadas para
limpeza e manutenção. No caso de lâmpadas imersas, é obrigatório o uso
de um sistema automatizado de limpeza;
III. A dosagem necessária para inativação dos microrganismos, determinada
pelo produto da intensidade da radiação pelo tempo de exposição, deverá
considerar esses dois parâmetros e as características do efluente, em
particular a absorbância.

De acordo com as diretrizes da COMPESA, os equipamentos de desinfecção


ultravioleta deverão ser autolimpantes e sua aquisição deverá atender aos requisitos
básicos necessários da NTC 188/COMPESA.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 26 / 27

GPE-NI-001-01

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 10/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes para


Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de esgoto –EEE´s);
 NTC 188/COMPESA - Norma Técnica da COMPESA para Aquisição de
Equipamentos de Desinfecção Ultraviolenta para Estações de
Tratamento de Esgotos –ETE’s.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro, 2010;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
13969: Tanques Sépticos – unidades de tratamento Complementar e
Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Operação. Rio de Janeiro, 1996;
 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores
Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo, 2001;
 METCALF&EDDY: Desinfecção de Efluentes Sanitários, editado pela
ABES. Rio de Janeiro, 2003;
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 27 / 27

GPE-NI-001-01

 PIVELI, Roque Passos: Apostila de Tratamento de Esgoto Sanitário.


Alagoas, 2006.
Módulo 1ª: Reator UASB Combinados Filtro 01/07

Biológico Percolador 28 / 27

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
LEGENDA:

GRAMADO COM ESPÉCIES GRAMÍNEAS VIA PAVIMENTADA EM PARALELO


NOTAS TÉCNICAS:
1 -Desenho representativo.
2 - Os tipos de unidades que comõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério do
projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento da Estação Elevatória de Esgoto e do Tratamento
Preliminar deverá está de acordo com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209 / 2011.
HIPOCLORITO
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas
G com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
ADM 6 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de espécies
7 Ø 250mm
EE.R. florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.

7 UASB
TANQUE DE CONTATO

Ø 200mm

4 Revisões:
Ø 250mm

Tubulação para a queima de gás


4
4
5 3
Ø 300mm
Ø 200mm 2

4 1
Ø 250mm

4 4
Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
Ø 300mm

7
2
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO

Tubulação para a queima de gás


Ø 200mm
Tubulação de entrada

Unidade:
4 5 DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
m
0m
20

CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto


Ø

2
LEITO DE SECAGEM Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:

Projeto:

CINTURÃO VERDE DECANTADOR SECUNDÁRIO FILTRO PERCOLADOR CAIXA DE AREIA

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01A


Assunto: UASB + FILTRO PERCOLADOR + DECANTADOR SECUNDÁRIO + LEITO
DE SECAGEM + DESINFECÇÃO
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO I - Apêndice A - Módulo 01A - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO/LABORATÓRIO

ADM
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

5
CORTE A-B 4
PLANTA C 3

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

CIRCULAÇÃO
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
FACHADA ANTERIOR CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
CIRCULAÇÃO

A ESCRITÓRIO LABORATÓRIO
B
Projetista: Assinatura:

Projeto:

WC

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01A


FACHADA LATERAL ESQUERDA Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO/LABORATÓRIO
D Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx
CORTE C-D

ANEXO I - Apêndice A - Módulo 01A - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

G DETALHE PORTÃO E GUARITA NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
GRADE DE PROTEÇÃO EM
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO Coordenação: Assinatura:

GALVANIZADO TIPO CONCERTINA


CONTRAVENTAMENTO EM
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES Projetista: Assinatura:

Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO

ESTAÇÃO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01A
DE TRATAMENTO
DE ESGOTO
xxxx-PE
Assunto: PORTÃO E GUARITA

Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

DETALHES PORTÃO DE ACESSO


Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO I - Apêndice A - Módulo 01A - GPE - NI - 001 - 01


Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 1/6

GPE-NI-001-01

ANEXO II - APÊNDICE B

MÓDULO 1B: REATOR UASB COMBINADO FILTRO AERADO SUBMERSO

REATOR ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO - UASB

As considerações e os critérios técnicos do reator UASB estão contemplados


no Apêndice A, item 1 (um), desta Norma.

FILTRO AERADO SUBMERSO - FAS

O filtro aerado submerso (FAS) utilizado como pós-tratamento de reatores


UASB, acarretam redução significativa na produção do lodo gerado na ETE, sendo
esse um grande benefício econômico e operacional. Estas unidades poderão ser
construídas separadamente.
Os FAS serão projetados para atingirem uma eficiência de remoção de DBO
de 70%, com a remoção de matéria orgânica e de sólidos suspensos remanescentes.
Para quesitos de dimensionamento será considerado que os efluentes provenientes
dos reatores anaeróbios já passaram por uma etapa de tratamento e sofreram uma
redução 50% em sua carga orgânica.
Na extremidade de jusante do canal de coleta de líquido tratado em nível
primário no reator anaeróbio, deve ser prevista tubulação PVC, a qual destina-se ao
encaminhamento do efluente para tratamento secundário no filtro biológico aerado
submerso, ou, através de válvulas, quando da necessidade de operações de limpeza
do FBAS, para a câmara de mistura.
De acordo com CHERNICHARO (2001), o lodo produzido é recirculado para
reator UASB, onde ocorre a digestão e adensamento por meio anaeróbio. O excesso
do lodo produzido pelo reator apresenta elevado grau de estabilização e adensamento
sendo descartado por gravidade e despostos nos leitos de secagem, para
desidratação.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 2/6

GPE-NI-001-01

De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), deverão ser considerados os


seguintes critérios para dimensionamento dos FAS:
I. A vazão de dimensionamento dos FAS deverá ser a vazão média do afluente à
ETE;
II. O meio de suporte para biomassa, no qual se forma o biofilme poderá ser um
recheio estruturado ou randônio, com superfície específica inferior a 250 m2/m3,
com altura útil igual a superior a 1,6m, constituído de material inerte de origem
sintética ou mineral, com fluxo descendente ou ascendente;
III. O filtro aerado submerso deverá dispor de um decantador secundário para
clarificação do efluente.

DIMENSIONAMENTO FILTRO AERADO SUBMERSO


A carga orgânica volumétrica aplicada deverá ser igual ou inferior a 1,8 Kg
DBO/m3.d e a carga orgânica superficial aplicada, inferior a 15 g DBO/m 2.d (refere-se
à superfície específica do meio de suporte).
Nos casos que sejam necessários à nitrificação, a carga de nitrogênio
amoniacal aplicada não pode exercer 1 g N/m2.d.
A aeração deverá ser distribuída de maneira uniforme, a uma taxa mínima de
30 Nm3 ar/Kg DBO aplicada para remoção de matéria orgânica.
A utilização de meios de suporte diferentes dos recomendados deverá ser
adequadamente justificada e aprovada pela COMPESA.
Os parâmetros de dimensionamento do Filtro Aerado Submerso:
I. Determinação do Volume pela Carga Orgânica Volumétrica:

𝐶𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 Equação 01
𝑉𝑆 =
𝐶𝑉 𝐷𝐵𝑂
Onde:

Eficiência a montante considerada de 70%, (CHERNICHARO, 2001);

Cafluente = Carga afluente ao FAS, em Kg DBO/d;

Cv DBO = Carga orgânica volumétrica, em Kg DBO/d;

V = Volume mínimo do meio de suporte, em m3.


Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 3/6

GPE-NI-001-01

II. Determinação da Taxa de Aplicação Superficial:


𝐶𝑅𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎
𝐴𝑆 = Equação 02
𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜

Onde:

Eficiência desejada de 80%.

CRemovida = Carga removida, em Kg DBO/d;

Taxa de aplicação superficial, em Kg DBO/d;

AS = Área superficial necessária, em m2.

III. Determinação da Altura do Meio de Suporte:

𝑉 = 𝜋. 𝑟 2 . ℎ Equação 03
Onde:
V = Volume do reator, m3;
r = Raio do reator, m;
h = Altura do meio de suporte, m.

IV. A vazão de ar poderá ser calculada em função da carga removida pelo sistema,
ou seja pela eficiência do reator aeróbio (UASB):
𝑄𝐴𝑅 = 𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝑎𝑒𝑟𝑎çã𝑜 . 𝐶𝑅𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎 Equação 04

Onde:
CRemovida = Carga removida, em Kg DBO/d (considerar a Eficiência 50% no
UASB);
QAR = Tx de aeração, em m3/ Kg DBO;
Qar = Vazão de ar por módulo, em m3/dia;
Qar = Vazão de ar no Sistema (considerando uma eficiência do UASB 70%),
em m3/dia.

Deverá ser retirada areia do poço e transportada para destinação do leito de


secagem.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 4/6

GPE-NI-001-01

DEMAIS UNIDADES DE TRATAMENTO DO MÓDULO 01 B – DECANTADOR


SECUNDÁRIO E LEITO DE SECAGEM

As etapas de tratamento subsequentes à do filtro biológico submerso que


deverão ser dimensionadas: o decantador secundário para estabilização da matéria
orgânica e o leito de secagem para descarte do lodo. Os critérios técnicos a serem
adotados encontram-se no Apêndice A, nos itens 3 (três) e 4 (quatro), desta Norma.

DESINFECÇÃO NO MÓDULO 01 B

A etapa de desinfecção ocorrerá no Modulo 01 B com a finalidade inativar e


eliminar os microrganismos presentes no efluente e deverá seguir as diretrizes do
Apêndice A, item 5 (cinco) desta Norma.

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 10/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes para


Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de esgoto –EEE´s);
 NTC 188/COMPESA - Norma Técnica da COMPESA para Aquisição de
Equipamentos de Desinfecção Ultraviolenta para Estações de
Tratamento de Esgotos –ETE’s.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 5/6

GPE-NI-001-01

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro, 2010.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
13969: Tanques Sépticos – unidades de tratamento Complementar e
Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Operação. Rio de Janeiro, 1996;
 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores
Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo, 2001;
 METCALF&EDDY: Desinfecção de Efluentes Sanitários, editado pela
ABES. Rio de Janeiro, 2003;
 PIVELI, Roque Passos: Apostila de Tratamento de Esgoto Sanitário.
Alagoas, 2006.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 6/6

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
LEGENDA:

6 2
Ø 200mm 5

TANQUE DE CONTATO

NOTAS TÉCNICAS:
5 2 1 -Desenho representativo.
2 5 2 - Os tipos de unidades que comõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério do
Ø 250mm
5 projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
2
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento da Estação Elevatória de Esgoto e do Tratamento
Preliminar deverá está de acordo com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209 / 2011.
RECIRCULAÇÃO

5 0 mm 4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.


20
Ø
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas

Ø 200mm
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
6 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de espécies
2 florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.
FILTRO AERADO

CINTURÃO VERDE Revisões:

m
5

Ø 250mm

0m
20
4
Ø 200mm

Ø
3

2 2

2 1

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO


5 4

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos

Ø 200mm
DECANTADOR SECUNDÁRIO

HIPOCLORITO 5
4
2 4 COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
4 Unidade:
UASB DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
5 5
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CAIXA DE AREIA CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
VIA PAVIMENTADA
EM PARALELO Coordenação: Assinatura:

5
Projetista: Assinatura:

Ø 200mm

Projeto:
Tubulação para a queima de gás
ESPÉCIES GRAMÍNEAS

Ø 300mm
GRAMADO COM

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01B


Assunto: UASB + FILTRO AERADO SUBMERSO + DECANTADOR SECUNDÁRIO +
Ø 200mm LEITO SECAGEM + DESINFECÇÃO
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO
ADM

0x/0x
Tubulação para a queima de gás

Sistema: Prancha:
TANQUE DE CONTATO
7
G

5
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO II - Apêndice B - Módulo 01B - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHES DO PRÉDIO ADMINISTRATIVO

ADM
NOTAS TÉCNICAS:
1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
CORTE A-B

Revisões:

3
PLANTA C 2

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
FACHADA ANTERIOR
CIRCULAÇÃO

Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
COPA CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
CIRCULAÇÃO

A ESCRITÓRIO LABORATÓRIO
B Projetista: Assinatura:

Projeto:

FACHADA LATERAL ESQUERDA


WC

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01B


Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO/LABORATÓRIO

D Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

CORTE C-D
Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO II - Apêndice B - Módulo 01B - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA GUARITA

G
DETALHE PORTÃO NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR


Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

GRADE DE PROTEÇÃO EM Coordenação: Assinatura:


TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA
CONTRAVENTAMENTO EM Projetista: Assinatura:
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES

Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01B


ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
DE ESGOTO
Assunto: GUARITA E PORTÃO DE ACESSO
xxxx-PE

Sub-Assunto: DETALHES E ESPECIFICAÇÕES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx
DETALHES PORTÃO DE ACESSO
ANEXO II - Apêndice B - Módulo 01B - GPE - NI - 001 - 01
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 1 / 26
GPE-NI-001-01

ANEXO III - APÊNDICE C

MÓDULO 1C: REATOR UASB COMBINADO LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO

(LAGOA FACULTATIVA + LAGOA DE MATURAÇÃO)

REATOR ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO - UASB

As considerações e os critérios técnicos do reator UASB estão contemplados


no Apêndice A, item 1 (um), desta Norma.

LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO

Para o pós-tratamento de efluente de reatores anaeróbios (UASB), surgindo a


necessidade de uma melhor eficiência na remoção de adicional de DBO, de
organismos patogênicos e de nutrientes, poderá ser empregado um sistema de lagoas
de polimento. Este sistema deverá ser composto conforme os seguintes empregos:

I. Para remoção adicional de DBO, deverá ser projetada Lagoa Facultativa;


II. Para remoção de organismos patogênicos, é obrigatório projetar Lagoa de
Maturação.

Para remoção de nutrientes (nitrogênio e fósforo) deverão ser projetadas


Lagoas de Maturação, possibilitando a volatilização da amônia e a precipitação dos
fosfatos.
Os arranjos de lagoas poderão ser projetados visando maior flexibilidade
operacional considerando os seguintes aspectos (VON SPERLING, 1996):
I. Células em série: sistema lagoa em série, com determinado tempo de detenção
total e maior eficiência;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 2 / 26
GPE-NI-001-01

II. Células em paralelo: sistema lagoa em paralelo, o qual apresenta maior


flexibilidade e garantia. No caso de interrupção do fluxo para uma lagoa,
ocasionado por problema ou eventual manutenção, o sistema não será
interrompido;
III. Sobrecarga orgânica na primeira célula: o projeto deverá avaliar o balanço de
oxigênio nesta célula (produção e consumo), ou verificar se a taxa de aplicação
superficial não é excessiva na primeira célula;
IV. Divisões internas: necessários os taludes intermediários para subdivisão de
uma única lagoa e/ou número maior de lagos;
V. Fluxo em pistão: sistema mais eficiente para remoção de DBO. O fluxo em
pistão utilizado para polimento do efluente, como nas lagoas de maturação e
nas lagoas facultativas, deverá atender à relação comprimento/largura (L/B) na
ordem de 2 a 5;
VI. Prever preferencialmente o dimensionamento do filtro percolador após o
sistema de lagoas para remoção de sólidos em suspensão (algas) antes do
efluente ser lançado no corpo receptor;
VII. Caso, após os sistemas de lagoas, forem dimensionadas estações elevatórias
de esgoto - EEE’s, nestas deverá ser previsto o incremento das águas pluviais
que incidem na superfície da lagoa, além da vazão do esgoto.

LAGOA FACULTATIVA

O termo facultativo refere-se à mistura de condições aeróbias e anaeróbias


(com e sem oxigenação). Em lagoas facultativas, as condições aeróbias são mantidas
nas camadas superiores das águas, enquanto as condições anaeróbias predominam
em camadas próximas ao fundo da lagoa.
O uso de lagoas facultativas como forma de tratamento de efluente, possibilita
a redução grande parte do lodo sedimentado ao fundo, devido à realização da
fotossíntese proporcionando o equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio e
gás carbônico. Enquanto as bactérias produzem gás carbônico e consomem oxigênio
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 3 / 26
GPE-NI-001-01

através da respiração, as algas produzem oxigênio e consomem gás carbônico na


realização da fotossíntese.
A configuração da lagoa facultativa é de simples e fácil gestão, pois se utiliza
apenas de fenômenos naturais de degradação microbiológica (aeróbios e anaeróbios)
e deverá ser dimensionada com 1,5 a 3 metros de profundidade.
Segundo JORDÃO (2014), nas lagoas facultativas, ocorrendo a separação de
algas, a concentração de DBO pode reduzir-se para 20 a 30mg/l. Em termos de
eficiência de remoção de DBO, a faixa típica situa-se entre 75 e 85%.
As principais reações biológicas que ocorre no ciclo natural e contínuo das
lagoas facultativas são:
I. Oxidação da matéria orgânica carbonácea pelas bactérias;
II. Nitrificação da matéria orgânica nitrogenada pelas bactérias;
III. Oxigenação da camada superior na lagoa através da fotossíntese das algas;
IV. Redução da matéria orgânica carbonácea por bactérias anaeróbias no fundo
da lagoa.

As condições hidráulicas e biológicas, que englobam o processo de


autodepuração nas lagoas, poderão ser afetadas por fatores, (JORDÃO, 2014):
I. Naturais que consistem efeitos meteorológicos, hidrológicos, e a intensidade
luminosa;
II. Controláveis caracterizam do tipo esgoto (doméstico, ou industrial, ou agrícola,
unitário ou separador), topografia do terreno, vazão afluente, concentrações
DBO e/ou DQO, concentração de sólidos, coliformes fecais e toxicidade,
atender legislação ambiental e a integração e/ou a interferência das
comunidades locais com sistema a ser implantado;
III. Outros fatores relacionam o índice ou taxa de acumulação de lodos devido aos
fenômenos típicos de digestão ou fermentação anaeróbia, gaseificação,
liquefação, e adensamento de lodo de fundo

CONCENTRAÇÃO DE EFLUENTES DE DBO SOLÚVEL COM A


INFLUÊNCIA DO REGIME HIDRÁULICO
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 4 / 26
GPE-NI-001-01

A cinética da remoção da DBO deve ser a mesma nos diferentes regimes


hidráulicos apresentados na Figura 01. Nesta cinética deverá ocorrer a variação da
concentração de DBO do efluente.

Figura 01: Fórmulas para Cálculo de Concentração Efluente S (DBO solúvel)


nos Diversos Regimes Hidráulicos.

Regime Hidráulico Esquema Fórmula da


Concentração de DBO5
Solúvel Efluente (S)

So = Concentração de DBO total afluente (mg/l) S = Concentração de DBO solúvel afluente (mg/l)
K = Coeficinete de remoçaõ de DBO (d-1) T = tempo de detenção total (d)
N = Número de lagoas em série (-) D = número de dispersão (admensional)
Fonte: VON SPERLING, 1996.

PARÂMETROS DE PROJETO
O principal parâmetro de projeto nas lagoas facultativas refere-se à área
superficial se dá pela grande importância que espelho d’água no processo, a área de
incidência da luz solar e onde se processa a oxigenação pela ação da fotossintética.
A Tabela 01 apresenta a taxa de aplicação e os tempos de detenção.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 5 / 26
GPE-NI-001-01

Tabela 01: Taxa de Aplicação e os Tempos de Detenção em Lagoas Facultativas


Taxa de Aplicação População Tempo de Detenção
Condições Locais
Kg DBO/ha.dia Equivalente/ha dias
Regiões muito frias, com coberturas
< 10 < 200 >200 esporádicas de gelo, temperatura baixa,
cobertura variavel de nuvens.
Clima frio com coberturas de gelo sazonais
10-50 200-100 200-100 e temperaturas de verão temperad, por
pequenos periodos.
Regioes temperadas e semi-tropicais,
50-150 1000-3000 100-33 conertura de gelo ocasional, sem cobertura
de nuvens prolongadas.
Regiões tropicais, sol e temperatura
100-350 3000-7000 33-17 uniformemente distribuidos, sem
coberturas de nuvem sazonais.

Nota: Admite vazão afluente igual à afluente, contribuição de 50gDBO/hab.d e 100 l/hab.d
Fonte: JORDÃO, 2014.

De acordo com JORDÃO (2014), destacam-se os seguintes parâmetros:


I. Área Superficial (A): representa a área sujeita à iluminação e ação do vento;
II. O formato da lagoa deverá ser preferencialmente retangular, obedecendo às
peculiaridades da topografia em relação à compensação de volumes de
corte e aterro;
III. Deverão ser evitados curto-circuitos e as reentrâncias ou zonas mortas;
IV. A superfície de uma lagoa facultativa deverá ser inferior a 15ha;
V. Profundidade deverá estar na faixa de 1,20 a 2,0m, sendo valores maiores
mais recomendado;
VI. Equilíbrio hidráulico:

𝑄𝑎 + 𝑃 = 𝐸 + 𝐼 Equação 01

Onde:

Qa = Vazão afluente;

P = Precipitação;

E = Evaporação;

I = Infiltração (poderá ser controlada pela colocação de uma camada de


argila de 10 a 20cm de espessura);
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 6 / 26
GPE-NI-001-01

VII. Tempo de detenção com variação entre 15 e 45 dias;


VIII. Geometria da lagoa (relação comprimento/largura);
IX. Recomenda-se as superfícies com comprimento longo, maior relação L/B,
favorecendo a dispersão e o escoamento hidráulico (fluxo tender a pistão),
com a direção e o sentido do vento dominante;
X. A relação L/B deverá ser na ordem de 2 a 5.

LAGOA DE MATURAÇÃO

As lagoas de maturação são lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5


metros, que possibilitam a complementação de qualquer outro sistema de tratamento
de esgotos. Ela faz a remoção de bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à
incidência da luz solar.

ESTIMATIVA DA CONCENTRAÇÃO EFLUENTES DE COLIFORMES COM A


INFLUÊNCIA DO REGIME HIDRÁULICO
Os regimes hidráulicos apresentam fórmulas para determinação da contagem
de coliformes no efluente de lagoas, (Figura 02).
De acordo com JORDÃO (2014), inúmeros fatores afetam a mortandade
bacteriana, entre os quais: a sedimentação, a radiação solar, a predação, a utilização
de nutrientes, ações físico-químicas, a presença de bacteriófagos, a toxicidade de
algas e toxicidade de outras bactérias. Estes fatores tornam-se variáveis com a
localização geográfica, com as características do esgoto e da lagoa com os fatores
climáticos: temperatura e radiação solar. E todos estes fatores são representados pela
constante de Kb. A Tabela 02 apresenta um resumo das faixas valores típicos de Kb
para lagoas de facultativas e de maturação segundo o fluxo disperso.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 7 / 26
GPE-NI-001-01

Tabela 02: Resumo da Faixas de Valores Típicos de Kb (200C) para lagoas


Facultativas e de Maturação, segundo o Fluxo Disperso.

Tempo de Detenção - TDH Profundidade - H Kb Fluxo Disperso


Tipo de Lagoa Relação L/B
(d) (m) (d-1)

Facultativa 15 a 45 1,20 a 2,0 2a5 0,2 a 0,3

Maturação (série) 3 a 5 (cada lagoa) 0,8 a 1,20 1a3 0,4 a 0,70

Maturação ( chicanas) 10 a 20 0,8 a 1,20 6 a 12 0,4 a 0,70

Fonte: VON SPERLING, 1996.

Figura 02: Fórmulas para Cálculo da Contagem de Coliformes Efluentes (N)


de Lagoas

Regime Hidráulico Esquema Fórmula de


Contagem de Coliformes Efluentes (N)

No = Contagem de coliformes no afluente (org/100ml) t = tempo de detenção (d)


N = Contagem de coliformes no efluente (org/100ml) n = número de lagoas em série (-
)
Fonte: VON SPERLING, 1996.

REGIME HIDRÁULICO DE FLUXO DISPERSO


O comportamento das lagoas de maturação se dará segundo o regime
hidráulico de Fluxo Disperso. Os números de dispersão são obtidos apenas com
lagoas que possuam uma relação de comprimento/largura (L/B) superior a 5 (cinco).
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 8 / 26
GPE-NI-001-01

De acordo com VON SPERLING (1996), o cálculo da relação L/B em uma


lagoa com divisória interna (chicanas) apresenta-se:
a. Divisória paralela à largura B:

𝐿⁄ = 𝐵 . (𝑛 + 1)2 Equação 02
𝐵 𝐿

b. Divisória paralela ao comprimento L:

Equação 03
𝐿⁄ = 𝐿 . (𝑛 + 1)2
𝐵 𝐵

Onde:
L/B = relação comprimento/largura interna resultante na lagoa;
L = Comprimento da lagoa, m;
B = Largura da lagoa, m;
n = Número de divisórias internas.

PARÂMETROS DE PROJETO
As lagoas de maturação deverão ser projetadas de acordo com as seguintes
configurações:
Lagoa com chicanas: o percurso predominante longitudinal poderá ser
alcançado numa lagoa através de defletores, que fornecerá o percurso zig-zag.
Poderá ser construída com taludes, com madeira, com muros de concreto pré-
moldado ou com lona ou membranas plásticas apoiadas em estruturas com cercas
internas.
Células em série: Apresentar 3 ou mais lagoas, em que a saída de uma lagoa
se conecta a entrada da lagoa seguinte, de modo que a mesma vazão passe por cada
lagoa.
De acordo com VON SPERLING (1996), destacam-se os seguintes
parâmetros:
I. Tempo de detenção hidráulico (TDH) mínimo em cada lagoa, de forma evitar
curtos-circuitos e varrimento de algas de 3 dias;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 9 / 26
GPE-NI-001-01

II. Profundidade da lagoa (H) entre 0,80 a 1,0m;


III. Taxa de aplicação superficial Ls (Kg DBO5/ha.d) máxima na primeira lagoa
da série, de forma a evitar sobrecarga orgânica de 75% da taxa de aplicação
da lagoa facultativa precedente;
IV. Número de lagoas (n);
V. Relação comprimento/largura interna resultante da lagoa (L/B);
VI. Eficiência de remoção global em um sistema proposto por uma série:
a. Lagoas com dimensões e características diferentes:

𝐸 = 1 − [(1 − 𝐸1 )𝑥(1 − 𝐸2 )𝑥 … 𝑥(1 − 𝐸𝑛 )] Equação 04

Onde:
E = Eficiência de remoção global;
E1 = Eficiência de remoção na lagoa 1;
E2 = Eficiência de remoção na lagoa 2;
En = Eficiência de remoção na lagoa n.

b. Lagoas com as mesmas dimensões e características:

𝐸 = 1 − (1 − 𝐸𝑛 )𝑛 Equação 05

Onde:
E = Eficiência de remoção global;
En = Eficiência de remoção em qualquer lagoa série;
N = número de lagoas em série.

Caso as eficiências de remoção estiverem expressas como unidades


logarítmicas, a remoção global é dada pela soma das eficiências individuais em cada
lagoa, independentemente das dimensões e características serem as mesmas ou não.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 10 / 26
GPE-NI-001-01

ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

São considerados as seguintes fases dos aspectos construtivos, JORDÃO


(2014) e VON SPERLING (1996):
I. Locação das lagoas atenderá requisitos mínimos relacionadas à:
a. Disponibilidade de área;
b. Localização da área em relação ao local de geração dos esgotos;
c. Localização da área em relação ao corpo receptor;
d. Localização da área em relação às residências mais próximas;
e. Cotas de inundação;
f. Nível do lençol freático;
g. Topografia da área;
h. Forma da área;
i. Características do solo.

II. Ventos:
a. Dimensões mais longas das lagoas deverão estar na direção dos ventos
predominantes;
b. Para reduzir curtos-circuitos hidráulicos, a direção do vento deverá ser da
saída para entrada da lagoa.

III. Condições de acesso;


IV. Facilidade de aquisição do terreno:
a. Custo do terreno.

V. Evitar grandes movimentos de terra;


VI. Desmatamento:
a. Deverá atender ao código florestal, às legislações ambientais e às etapas
do licenciamento junto a CPRH para emissão das licenças.

VII. Limpeza e Escavação do Terreno;


VIII. Taludes.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 11 / 26
GPE-NI-001-01

A Figura 03 apresenta os elementos integrantes que compõem os diques de


lagoas.

Figura 03: Elementos Integrantes de Dique de Lagoas

Fonte: VON SPERLING, 1996.

Para construção dos diques, deverão ser consideradas as seguintes


características (JORDÂO, 2014),

I. Locação: para atender a estabilidade e estanqueidade, deverá atender as


seguintes considerações:
a. Obedecer rigorosamente à forma do projeto. Caso seja necessária alguma
alteração no projeto, levar a solução para análise da COMPESA;
b. Evitar áreas mortas;
c. Deverá localizar as lagoas afastadas de cursos de rio de velocidade
excessiva de arraste de material das margens;
d. Evitar cruzamento de trechos de antigos leitos de rios.

II. Folga: altura livre 0,50m entre o nível d’água máximo e o coroamento do
dique (Figura 04), com a finalidade de:
a. Segurança contra aumento de nível d’água, obstrução do dispositivo de
saída, efeito de ventos fortes, uma nova concepção de projeto, entre outros;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 12 / 26
GPE-NI-001-01

b. Segurança contra recalque do terreno com possíveis afundamentos do


material do próprio dique.

Figura 04: Folga e Coroamento do Dique

Fonte: JORDÃO, 2014.

III. Coroamento:
a. Para o dimensionamento da largura do dique são consideradas a
viabilidade econômica e a finalidade de sua utilização para a sua
construção;
b. O talude deverá ser construído de modo que a linha de infiltração se situe
na base, (Figura 05).

Figura 05: Linha de Infiltração

Fonte: JORDÃO, 2014.

c. Deverá evitar qualquer infiltração através dos diques.


03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 13 / 26
GPE-NI-001-01

IV. A largura do coroamento deverá estar compreendida entre 2,0 a 4,0m. Estas
dimensões serão fixadas em função das seguintes recomendações:
a. Movimentação de maquinários durante a fase de construção;
b. Tráfego da mão de obra na fase e operação e manutenção;
c. Possibilidade de acréscimo da altura do dique, se necessário.

V. Taludes consistem em partes laterais que formam os diques, e são


classificados como Taludes Internos (em contato com líquido da lagoa) e
externos (sem contato com líquido da lagoa). A construção dos taludes
deverá considerar os seguintes fatores:
a. O material utilizado e a respectiva compactação não poderão permitir
deslizamentos;
b. Conter linha de infiltração, caso não seja possível deverá a solução ser
analisada conjuntamente pela COMPESA;
c. Terrenos com característica argilosa deverá utilizar valores acima de 1:2
nos taludes internos e 1:2,5 nos taludes externos;
d. Terrenos com características arenosa, deverá utilizar as inclinações de 1:3
a 1:6 nos taludes internos e de 1:5 a 1:8 nos taludes externos;
e. Os diques não poderão ser projetados com taludes de pequena inclinação.
Recomenda-se a declividade mínima 1:6 (vertical/horizontal);
f. Os taludes, no lado interno, deverão ser protegidos contra erosão por efeito
de ondas e principalmente evitar o crescimento de vegetação;
g. Os taludes do lado externo deverão ser protegidos para evitar a erosão
pluvial.

VI. Bermas: finalidade de conter a linha de infiltração, em casos em que a


infiltração atinge a parte externa dos diques. Casos especiais, poderá ser
construído nos dois lados reforçando a estabilidade do maciço;
VII. Empréstimos:
a. As faixas marginais aos taludes externos deverão ser afastadas, no mínimo
de 10 a 30m, deverá ser tanto maior quanto menor for a consistência do
solo escavado para construção da lagoa;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 14 / 26
GPE-NI-001-01

b. Não recomendado utilizar uma base formada por argila mole para evitar o
aumento de recalque;
c. Profundidade da vala de empréstimo não deverá ser superior a 2,0m para
uma distância mínima da base do dique de 30m;
d. Quando a distância para o transporte de material não apresentar viabilidade
econômica ou qualidade e/ou quantidade do material escavado não for
suficiente, deverão ser utilizadas áreas próximas aos diques como
empréstimos, desde que sejam licenciados pela CPRH.

VIII. Vala Central: A vala deverá ser construída ao longo do eixo do dique, com
largura do fundo maior que 0,5m e profundidade suficiente para atingir parte
do subsolo com maior impermeabilidade do que a camada do terreno da
base do dique;
IX. Impermeabilização do maciço se dará através dos seguintes processos:
a. Construção de um núcleo central de argila impermeável;
b. Cravação de estacas pranchas longitudinalmente ao talude;
c. Construção de lajes de concreto longitudinalmente ao talude;
d. Em casos da vala central, estes métodos tornam-se inviáveis
economicamente.

X. Controle de Infiltração deverá ser dotado de drenos-filtros e poderá ser


constituído por um maciço na base externa do talude constituído com brita
grossa, fina e areia (Figura 06). Os drenos-filtros apresentam as seguintes
finalidades:
a. Evitar a reverência no talude;
b. Filtrar a água percolada, retendo os materiais carreados.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 15 / 26
GPE-NI-001-01

Figura 06: Dreno-Filtro

Fonte: JORDÃO, 2014.

XI. Controle e proteção contra erosão:


a. Deverá ser plantado grama ou capim;
b. As raízes do capim deverão formar uma rede superficial para proteção do
talude, sem penetrar no corpo do dique.

XII. Proteção contra choques de onda:


a. Os ventos fortes causam impactos ao talude dos diques acelerando os
efeitos eventuais de erosão;
b. Para pequenas ondas o plantio de capim protege o talude;
c. Em ondas maiores este fenômeno poderá ser evitado das seguintes
maneiras:
i. A menor dimensão da lagoa deverá estar voltada perpendicularmente
à direção predominante do vento;
ii. Aplicar um grau de compactação capaz de resistir ao impacto das
ondas.
XIII. Adotar material resistente nas margens, entre os quais: placa de concreto,
lajota de pedra, cascalho grosso, seixo rolados, solo cimento, camada de
asfalto, plástico e outros;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 16 / 26
GPE-NI-001-01

XIV. Evitar o encaminhamento das águas pluviais através dos taludes;


XV. Materiais de construção: os diques para as lagoas de estabilização deverão
ser construídos de terra, de preferência do próprio terreno ocupado. O
material deverá atender as seguintes características:
a. Terra limpa, isenta de pedras e materiais orgânicos (turfa, galhos, folhas
secas, etc);
b. Argila com um pouco de areia;
c. Material adequado à construção dos diques deverá ser denso, fino, coeso
e bem granulado.

MÉTODO CONSTRUTIVO
De acordo com JORDÃO (2014), os diques são construídos com auxílio de
maquinário considerando os seguintes métodos:
I. Recomenda escavar com drag-line, quando utilizado o material do próprio
terreno, e despejar o material diretamente no dique;
II. Se a distância de empréstimo for um pouco maior que o comprimento da
lança, recomenda-se escavar com drag line e despejar o material ao longo
do caminho. Em seguida prosseguir o transporte com um ou dois tombos de
drag-line;
III. Quando o local de empréstimo for distante, utilizar drag-line para escavar e
o transporte a ser realizado por scrapers ou caminhões;
IV. Caso a escavação em barreiras não representar custos onerosos para
construção, utilizar a shovell para escavação e transporte do material. Neste
caso poderá ser utilizado scrapers ou tourna pulls;
V. Caso o material utilizado seja uma argila muito encharcada, este material a
ser lançado no local dos diques irá esparramar-se, de acordo com o perfil
ABC (Figura 07). Deverá ser dado continuidade aos trabalhos ao longo do
comprimento do dique ente 100 a 200m, até que o material depositado
inicialmente esteja mais seco e permita que a máquina retorne para
completar a seção HEFI com as sobras das seções ADH e CGI;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 17 / 26
GPE-NI-001-01

Figura 07: Argila Encharcada e os Perfis

Fonte: JORDÃO, 2014.

VI. Recomenda-se a forma trapezoidal para seção, raspando-se com a


caçamba da drag-line ou com pesados pranchões de madeira suspensos por
lanças.

PREPARAÇÃO DO FUNDO
Nos estudos iniciais do projeto deverão ser realizados serviços de sondagens
de investigação para obter a espessura da camada a ser removida e a qualidade do
solo impermeável que constituirá as lagoas.
As sondagens deverão atender as diretrizes das ABNT NBR 6484/1980 e a
ABNT NBR 8036/1983. O Relatório de sondagem a ser entregue deverá conter os
requisitos abaixo:
I. Planta de locação das sondagens, que deverá ser apresentada, cotada e
amarrada a elementos fixos e bem definidas no terreno;
II. O boletim de sondagem deverá apresentar o desenho do perfil individual de
cada sondagem e/ou seções do subsolo.

O Serviço de Sondagem deverá ser apresentado em forma de relatório,


numerado, datado e assinado por responsável técnico pelo trabalho perante o
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco – CREA, com
recolhimento da ART.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 18 / 26
GPE-NI-001-01

Os procedimentos para elaboração do projeto geotécnico deverão abranger o


conjunto de todos os elementos que fixam e definem claramente os diversos
componentes da obra, incluindo memoriais descritivos, cálculos estruturais e de
estabilidade, desenhos, especificações técnicas, quantificações (utilizando o padrão
MOS) e outros documentos necessários à execução das obras, abrangendo os
seguintes itens:
I. Escavações a Céu Aberto;
II. Fundações de Estruturas;
III. Escoramentos e Arrimos;
IV. Drenagem, Esgotamento e Rebaixamento;
V. Aterros;
VI. Estruturas Enterradas;
VII. Barragens e Estruturas Anexas;
VIII. Estabilização de Taludes Naturais.

A redução da taxa de percolação poderá ser efetuada por meio de uma camada
de 5 a 10 cm de argila homogênea bem compactada.
A impermeabilização do fundo pode ser realizada por uma camada mínima de
40cm de argila, por meio de revestimento asfáltico ou empregar lençóis plásticos.
O fundo da lagoa deverá ser em um nível homogêneo, isento de fendas e
vegetações.
Definir o tipo de solo ou camada que constituirá o fundo da lagoa.

DISPOSITIVO DE ENTRADA
Os dispositivos de entrada dos esgotos a uma lagoa de estabilização deverão
ser construídos para garantir a homogeneização do líquido afluente com líquido retido
e evitar a ocorrência de curto circuitos hidráulicos e zonas mortas.
Estes dispositivos deverão ser compostos de comportas, registros e
extravasores necessários à operação de controle do afluente. Ainda recomenda-se
que as tubulações e os dispositivos de entrada sejam testados antes do enchimento
da lagoa para evitar transtornos operacionais da lagoa e prevenir o esvaziamento para
reparos e/ou funcionamento inadequado.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 19 / 26
GPE-NI-001-01

Deverão estes dispositivos serem submersos, de forma a possibilitar o


desprendimento de gases e ainda evitar o solapamento dos taludes e do fundo da
lagoa.
As tubulações de entrada deverão funcionar com a velocidade média do líquido
igual ou superior a 0,5m/s. (VON SPERLING, 1996).
A localização do dispositivo de entrada deverá ser selecionada com relação ao
dispositivo de saída, com o fluxo da massa líquida no sentido predominante dos
ventos.
Recomenda-se adotar mais de uma entrada em lagoa de maiores dimensões
para promover a dispersão do afluente, espaçadas de no máximo 50m entre si. No
caso de pequenas lagoas, Von Sperling (1996) considera dimensionar apenas uma
entrada.
De acordo com JORDÃO, (2014), a tubulação que atravessa o dique deverá
apresentar material resistente e ser assentada antecedendo a compactação do
maciço para evitar infiltrações através da superfície de contato da tubulação com solo
do dique.
Para evitar os deslocamentos ocasionais dos diques, a extremidade da
canalização afluente deverá ser protegida e apoiada em placa de concreto, tendo
como finalidade proteger o fundo da lagoa contra a erosão do jato na região do bocal.
Para o funcionamento das lagoas de estabilização, existem os seguintes tipos
de dispositivos de entrada, dentre os quais (Figura 08):
I. Submerso horizontal;
II. Submerso com jato para baixo;
III. Submerso com jato para cima;
IV. Estrutura elevada.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 20 / 26
GPE-NI-001-01

Figura 08: Diferentes Esquemas de Entrada em Lagoas de Estabilização

Fonte: VON SPERLING, 1996.

DISPOSITIVO DE SAÍDA
Os critérios construtivos para dimensionamento do dispositivo de saída deverão
atender aos seguintes aspectos, de acordo JORDÃO (2014) e VON SPERLING
(1996):
I. Dispositivo de saída deverá estar localizado no sentido do vento
predominante;
II. A saída deverá situar na extremidade oposta à entrada e não deverá se
situar no mesmo alinhamento da entrada para evitar curto circuito;
III. Para um bom funcionamento e proteção dos dispositivos adotar um
gradeamento grosseiro antecedendo ao dispositivo da lagoa;
IV. Deverá ser de fácil acesso ao local que facilite as manobras necessárias
como medições, controle de nível e manutenção do dispositivo de entrada;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 21 / 26
GPE-NI-001-01

V. O acesso ao dispositivo de saída deverá ser fácil, de forma a permitir


medições de vazão, coleta de amostras e manobras de alterações no nível
da lagoa;
VI. O dispositivo deverá ser construído antes do fechamento dos diques, e
servirá para esgotar as águas pluviais acumuladas durante a construção. A
tubulação de esvaziamento poderá constituir da mesma estrutura do
dispositivo de saída;
VII. Os modelos dos dispositivos de saída poderão ser de nível fixo ou variável
(mais desejável por ser mais flexível), (Figura 09).

Figura 09: Tipos de Dispositivos de Saída

Fonte: VON SPERLING, 1996.


03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 22 / 26
GPE-NI-001-01

VIII. Recomenda-se um sistema de descarga de fundo na própria estrutura de


saída, quando está assim o permitir;
IX. Os dispositivos construídos dentro da lagoa deverão exigir a construção de
passadiços especiais para o acesso aos vertedores;
X. Para evitar a saída de material flutuante, como algas nas lagoas facultativas,
as saídas deverão possuir placas defletoras com alcance abaixo nível d’água
(NA);
XI. O efluente desejável do processo de tratamento é aquele que apresente a
maior concentração de oxigênio dissolvido e a menor concentração de
sólidos em suspensão; logo, o nível de retirada do efluente, protegido pelas
placas defletoras, apresenta resultados conflitantes como por exemplo:
a. Retirada mais superficial tendo maiores teores de oxigênio dissolvido e de
sólidos suspensos;
b. Retirada mais profunda com menores teores de oxigênio dissolvido e de
sólidos em suspensão.

XII. A retirada do efluente deverá ser em torno de profundidades abaixo nível


d’água (NA): lagoas de facultativas 0,60m e de maturação 0,05m;
XIII. O projeto deverá prever flexibilidade operacional para o ajuste do nível de
retirada abaixo nível d’água (NA), de forma a permitir a escolha das
concentrações que maior se adequem à necessidade, conforme relatado no
item XI;
XIV. Quando o efluente de uma lagoa se dirigir para outra a jusante, a
interconexão entre as lagoas deverá ser por meio de um caixa de passagem,
de modo a possibilitar a coleta de amostras e desobstrução de canalizações.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DAS LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO


A interconexão, quando utilizar tubulações, poderá ser dotada de registro de
manobra e quando construída em concreto poderá ter, além de vertedores ajustáveis,
anteparos projetados para impedir que a escuma acumulada em uma lagoa passe
para lagoa subsequente.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 23 / 26
GPE-NI-001-01

Os registros e vertedores ajustáveis permitirão controlar ou variar os níveis


entre as lagoas.
Deve-se instalar medidores para o afluente e efluente adotando o mesmo tipo
de medidor para ambos locais, podendo ser instalados medidores em estrutura de
concreto com a calha Parshal e/ou vertedores triangulares em chapa de plástico
reforçado com fibra de vidro.
Em casos especiais, poderão ser utilizados linígrafos para registrar a variação
de nível nos dispositivos de medição.
Em lagoas múltiplas, deverão ser instaladas caixas de distribuição de vazão
construídas em concreto ou alvenaria, de modo que ocorra a flexibilidade de operação
à variação das vazões ao longo do período de funcionamento das lagoas.
Para desviar as vazões excessivas ou permitir as manobras eventuais, deverá
ser instalada na caixa de distribuição uma canalização extravasora (by-pass).

LEITO DE SECAGEM

O projeto deverá prever o Leito de Secagem para descarte do lodo proveniente


do reator UASB. Os critérios técnicos a serem adotados encontram-se Apêndice A,
no item 4 (quatro) desta Norma.

DESINFECÇÃO NO MÓDULO 01 C

No sistema de lagoa de maturação, o longo tempo de detenção para


estabilização do material orgânico permitirá que o líquido permaneça por tempo
suficiente para que ocorra a remoção completa dos ovos helmintos e eficiência
elevada de remoção de coliformes fecais, garantindo um efluente final com boa
qualidade microbiológica dispensando a utilização da etapa de desinfecção do
efluente. Caso apresente a necessidade desta etapa complementar, a situação deverá
ser levada para análise dos técnicos da COMPESA.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 24 / 26
GPE-NI-001-01

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 10/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes para


Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de esgoto –EEE´s);
 NPE 188/COMPESA – Aquisição de Equipamentos de Desinfecção
Ultraviolenta para Estações de Tratamento de Esgotos –ETE’s.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro, 2010.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
13969: Tanques Sépticos – unidades de tratamento Complementar e
Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Operação. Rio de Janeiro, 1996;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6484: Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos
(SPT). Rio de Janeiro,1980;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8036: Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios. Rio de Janeiro,1983;
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 25 / 26
GPE-NI-001-01

 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores


Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo; 2001;
 JORDÃO, Eduardo Pacheco: Tratamento de Esgotos Domésticos. Rio
de Janeiro, 2014;
 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores
Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo, 2001;
 PIVELI, Roque Passos: Apostila de Tratamento de Esgoto Sanitário.
Alagoas, 2006;
 Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR: Diretrizes para
Elaboração de Projetos de Sistema de Esgotamento Sanitário - Estação
de Tratamento de Esgoto – ETE. Curitiba, 2017;
 VON SPERLING, Marcos: Lagoa de Estabilização. Belo Horizonte, 1996.
03/07
Módulo 1C: Reator UASB Combinado Lagoa de
Estabilização (Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 26 / 26
GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
LEGENDA:

VIA PAVIMENTADA EM PARALELO

Ø300mm
NOTAS TÉCNICAS:
21
1 - Desenho Representativo.
Ø200mm

2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério do


LAGOA MATURAÇÃO - P/ EXPANSÃO LAGOA MATURAÇÃO - 1 projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
Ø200mm 3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento Tratamento Preliminar deverá está de acordo
com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209/2011.
5 4 -Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas

Ø200mm

Ø200mm
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
ADM

6 -No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de espécies
4 florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.
Ø200mm
Revisões:
LAGOA FACULTATIVA - 1 LAGOA FACULTATIVA - 2
5
4
Ø200mm 4

21 1

2 Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

1 4 5 3 4
CALÇADA EM CONCRETO

3 Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


CAIXA DE AREIA

7
3 COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
7 CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

LEITO DE SECAGEM Coordenação: Assinatura:


UASB - 1 UASB P/ FUTURA EXPANSÃO
Projetista: Assinatura:

Projeto:

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01C


CINTURÃO VERDE
Assunto: UASB + LAGOA FACULTATIVA + LAGOA DE MATURAÇÃO
GRAMADO COM ESPÉCIES GRAMÍNEAS
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO III - Apêndice C - Módulo 01C - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO

ADM
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.

PLANTA C CORTE A-B

Revisões:

CIRCULAÇÃO Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


FACHADA ANTERIOR COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
COPA DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
CIRCULAÇÃO

Coordenação: Assinatura:

A ESCRITÓRIO
B
Projetista: Assinatura:

Projeto:

WC
FACHADA LATERAL ESQUERDA

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01C


Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO

Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

D Sistema: Prancha:

0x/0x
CORTE C-D Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO III - Apêndice C - Módulo 01C - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE PORTÃO E GUARITA


G

NOTAS TÉCNICAS:
1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
GRADE DE PROTEÇÃO EM
Coordenação: Assinatura:
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA
CONTRAVENTAMENTO EM Projetista: Assinatura:
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES

Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01C


ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
DE ESGOTO
xxxx-PE
Assunto: GUARITA E PORTÃO DE ACESSO

Sub-Assunto: DETALHES E ESPECIFICAÇÕES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

DETALHES PORTÃO DE ACESSO


Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO III - Apêndice C - Módulo 01C - GPE - NI - 001 - 01


04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
1/8

GPE-NI-001-01

ANEXO IV - APÊNDICE D

MÓDULO 01D: UASB + LODO ATIVADO

REATOR ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO - UASB

As considerações e os critérios técnicos do reator UASB estão contemplados


no Apêndice A, item 1 (um), desta Norma.
O reator UASB substitui os decantadores primários, adensadores e digestores
não havendo a necessidade de dimensioná-los.

LODO ATIVADO

A estabilização da biomassa retirada do sistema de lodo excedente deverá


ocorrer no decantador secundário.
O lodo deverá ser submetido à etapa de adensamento para retirada de parte
da umidade obtendo, assim menores volumes do lodo a ser tratado.

PARÂMETROS DE PROJETO
I. Áreas e volumes requeridos;
II. A vazão de dimensionamento deverá ser a vazão média afluente à ETE;
III. Idade do lodo;
IV. Concentração de sólidos em suspensão no tanque de aeração.

CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
De acordo com a NBR 12209 (ABNT, 2011) e Jordão (2017), temos:
I. A idade do lodo de 4 a 15 dias;
II. Tempo de contato de 2 até 6 horas;
III. Quando se utiliza o material suporte para biomassa no interior do leito móvel
(reator biológico), a massa de sólidos suspensos voláteis (SSV) aderida ao
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
2/8

GPE-NI-001-01

material suporte deverá ser somada à massa de sólidos em suspensão voláteis


presentes no tanque de aeração (SSVTA), essa soma constituirá a massa de
sólidos em suspensão voláteis de referência para fins de dimensionamento;
IV. A massa de SSV aderida não deverá ser superior a 12gSSV/m 2 de área
superficial específica do material suporte de biomassa;
a. Para garantir a nitrificação, a idade do lodo, relativa apenas à parte do lodo
ativado sob aeração:
b. Deverá ser igual ou superior a 5 dias para esgoto bruto ou decantado e igual
ou superior a 8 dias para o efluente de reator anaeróbio com temperatura
20°C, no tanque de aeração;
c. A relação A/M deverá ser inferior a 0,35 Kg DBO5 aplicado/Kg SSVTA.d. para
esgoto bruto ou decantado, ou inferior a 0,20 Kg DBO5 aplicado/Kg
SSVTA.d. para efluente de reator anaeróbio, com temperatura de 20°C, no
tanque de aeração;
d. Para adoção da idade do lodo, deverá ser considerada a influência da
temperatura de acordo com a taxa de crescimento de nitrificantes. Na
ausência de dados específicos, utilizar a Tabela 01.

Tabela 01: Idade do Lodo para Nitrificação


Tempo do Lodo Aeróbia
Tempo do Lodo Aeróbia Mínima
Temperatura* Mínima para Esgoto
para Efluente de Reator Anaeróbio
(°C) Bruto/Decantado
(dias)
(dias)
15 8 20
20 5 10
25 3 7
* Temperatura do líquido

Fonte: ABNT, (2011).

e. A massa de oxigênio a ser disponibilizada deverá atender ao valor mínimo


de quatro vezes a carga média de DBO5 aplicada ao tanque de aeração para
alimentação do sistema com efluente proveniente do reator UASB;
f. Para o dimensionamento dos equipamentos de aeração, a concentração de
oxigênio dissolvido no tanque de aeração (CL) deve ser pelo menos 1,5
mgO2/L.
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
3/8

GPE-NI-001-01

V. Carga de DBO ou DQO e a quantidade de sólidos suspensos totais no tanque


de aeração (SSTA) deverá atribuir fator de carga variando de 0,20 a 1,00 Kg
DBO/Kg SSTA.dia;
VI. A concentração de sólidos em suspensão no interior dos reatores biológicos
deverá estar compreendida no intervalo de 1500 a 4500mg/l, e a recirculação
entre 25 a 100%;
VII. Relação alimento/microrganismos (A/M) de 0,20 a 0,70 Kg DBO5 aplicado/Kg
SSVTA.d;
VIII. Nos seletores biológicos, a relação A/M deverá ser igual ou superior a 3 Kg
DBO5/Kg SSVTA.d;
IX. A concentração de sólidos em suspensão no interior dos reatores biológicos
deverá estar compreendida no intervalo de 1500 a 4500mg/l, e a recirculação
entre 25 a 100%;
X. E no caso de reatores com membranas, oxigênio puro ou outras configurações,
a concentração poderá ser maior, desde que justificada.

SISTEMA DE AERAÇÃO
Detalhes de projetos e aspectos construtivos apresentados por METCALF &
EDDY (1991), WEF/ASCE (1992) e VON SPERLING (1997), relacionados a tanque
de aeração, são relatados a seguir.
A aeração por ar difuso apresenta três tipos de aeração:
I. Bolhas finas: apresentam elevada transferência de oxigênio, boa capacidade
de mistura e elevada flexibilidade operacional por meio da variação da vazão
do ar. A eficiência de transferência de O2 padrão médio 15 a 30% e eficiência
de oxigenação padrão 1,2 a 2,0 Kg O2/KWh;
II. Bolhas médias: apresentam boa capacidade de mistura e baixos custos de
manutenção. A eficiência de transferência de O2 padrão médio 05 a 15% e
eficiência de oxigenação padrão 1,0 a 1,6 Kg O2/KWh;
III. Bolhas grossas: não deverá ocorrer colmatação, baixo custo de manutenção e
não são necessários filtros de ar. A eficiência de transferência de O 2 padrão
médio 04 a 08% e eficiência de oxigenação padrão 0,6 a 1,2 Kg O2/KWh;
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
4/8

GPE-NI-001-01

IV. A profundidade útil será 4,5 a 6,0 m;


V. Recomenda-se para ETE’s médias e grandes, o sistema de ar difuso para evitar
a utilização de elevados números de aeradores;
VI. Deverão ser exigidas do fornecedor as especificações e a comprovação de
eficiência em testes de campo do sistema de aeração;
VII. A borda livre do tanque deverá ser em torno de 0,50m;
VIII. As dimensões em planta deverão ser estabelecidas em função do regime
hidráulico selecionado, e deverão ser compatíveis com áreas de influência dos
reatores;
IX. Caso a ETE projetada tenha vazão máxima superior a 250 l/s, deverá ter mais
de um reator.

Usualmente os tanques são de concreto armado com pareces verticais, mas


poderá ser analisada a alternativa de tanques taludados (paredes mais delgadas ou
argamassa armada).
A aeração por ar difuso poderá ter a capacidade de oxigenação controlada por
meio de ajuste das válvulas de saída dos sopradores ou das válvulas de entrada nos
reatores.
Na saída do tanque, os vertedores deverão ser colocados na extremidade
oposta à da entrada.
Havendo mais de uma unidade, os arranjos de entrada e saída deverão permitir
o isolamento de uma unidade para eventual manutenção.
Caso necessário, o projeto deverá prever by-pass ao reator UASB de 30 a 50%
da vazão do esgoto bruto diretamente no tanque de aeração. Este by-pass poderá ser
utilizado como medida de proteção ao reator UASB e fornecer maior quantidade de
matéria orgânica ao sistema de lodos ativados.
Na ocorrência da formação de escumas, prever implantação de mangueiras e
aspersores para proporcionar a quebra da mesma. Estas deverão ser encaminhadas
para as caixas de escuma ou para os decantadores secundários.
Considerar a interferência do NA do lençol freático e possibilitar algum meio de
alivio da sub-pressão quando tanque estiver vazio.
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
5/8

GPE-NI-001-01

A seleção dos tubos para alimentação e distribuição de ar deverá considerar os


seguintes fatores:
I. O material deverá ser especificado atendendo às condições de temperatura,
umidade e pressão piezométrica do ar transportado;
II. No caso do emprego de difusores porosos, não deverá ser permitido o
revestimento interno destes tubos, os quais deverão ser resistentes à
corrosão, interna e externamente;
III. No emprego de difusor poroso, o ar deverá ser filtrado e deverá conter no
máximo 3,5mg de material particulado por 1.000m 3 de ar;
IV. A vazão específica mínima de ar fornecida aos tanques de aeração deverá
ser de no mínimo 0,6m3/h de ar (20°C e 1atm) por metro cúbico de reator.

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Detalhe de projeto e aspecto construtivo apresentados por Metcalf & Eddy


(1991), WEF/ASCE (1992) e Von Sperling (1997) e na NBR 12209 (ABNT, 2011),
relacionados ao decantador secundário, são a seguir apresentados:
I. Diâmetro: variação de 10 a 40 m;
II. A profundidade útil do tanque (parede lateral) deverá situar-se entre 3,0 a
4,5m;
III. Relação diâmetro/profundidade lateral não deverá exceder o valor de 10;
IV. A remoção do lodo poderá ser por raspadores rotatórios, que dirigem o lodo
pra um poço no centro do tanque, ou por mecanismos de sucção apoiados
em pontes rotatórias;
V. A declividade do fundo do tanque deverá ser igual ou superior a 1:12, no caso
de remoção do lodo por raspadores, ou usar aproximadamente plano, no caso
de remoção por sucção;
VI. Velocidade periférica igual ou inferior a 40 mm/s;
VII. O esgoto afluente deverá adentrar na unidade através de defletor central,
concêntrico ao decantador com submergência mínima de 0,80m;
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
6/8

GPE-NI-001-01

VIII. Remoção do lodo será constituído por braços raspadores acionados de tração
central ou periférica;
IX. O dispositivo de arraste da escuma poderá ser constituído pelos próprios
braços rotativos de remoção do lodo que deverá arrastar a escuma na
superfície para uma bandeja coletora;
X. Os dispositivos de remoção do lodo deverão ser constituídos de materiais
resistentes à corrosão, com qualidade igual ou superior ao aço carbono ASTM
A 36 com revestimento adequado;
XI. A profundidade mínima de água no decantador deverá ser igual ou superior a
3,5m. Valores inferiores deverão ser justificados e analisados pela
COMPESA;
XII. A remoção de lodo por sucção deverá ocorrer pelo fundo horizontal.

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 10/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes para


Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de esgoto –EEE´s);
 NPE 188/COMPESA – Aquisição de Equipamentos de Desinfecção
Ultraviolenta para Estações de Tratamento de Esgotos –ETE’s.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
7/8

GPE-NI-001-01

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro, 2010;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6484: Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos
(SPT). Rio de Janeiro, 1980;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8036: Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios; Rio de Janeiro, 1983;
 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores
Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo, 2001;
 JORDÃO, Eduardo Pacheco: Tratamento de Esgotos Domésticos. Rio
de Janeiro, 2014;
 METCALF&EDDY: Desinfecção de Efluentes Sanitários, editado pela
ABES. Rio de Janeiro, 2003;
 Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR: Diretrizes para
Elaboração de Projetos de Sistema de Esgotamento Sanitário - Estação
de Tratamento de Esgoto – ETE. Curitiba, 2017;
 VON SPERLING, Marcos: Lagoa de Estabilização. Belo Horizonte, 1996.
04/07
Módulo 01D: UASB + Lodo Ativado
8/8

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
GRAMADO COM ESPÉCIES VIA PAVIMENTADA
2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão
GRAMÍNEAS EM PARALELO
dimensionados à critério do projetista segundo avaliação dos técnicos da
COMPESA.
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento da Estação Elevatória de Esgoto
e do Tratamento Preliminar deverá está de acordo com a NPE 10/COMPESA e
G NBR 12209/2011.
4 -Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais
atualizada.
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e
compatibilizadas
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos
DESINFECÇÃO
conflitantes.
VAI PARA CORPO
RECEPTOR
6 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com
plantio de espécies florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por
Gramíneas.

REATOR
LODO ATIVADO
VEM DO TRATAMENTO
PRELIMINAR

Revisões:
Tubulação para a queima de gás

VERTEDOR DECANTADOR SECUNDÁRIO Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO


RECIRCULAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos

VAI PARA TRANSPORTE


Tubulação para a queima de gás

CAIXA
DE AREIA
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

UASB REATOR Projetista: Assinatura:


LODO ATIVADO

Projeto:

LEITO DE SECAGEM
ADM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01D
Assunto: UASB + LODO ATIVADO

Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx
CINTURÃO VERDE

ANEXO IV - Apêndice D - Módulo 01D - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO

NOTAS TÉCNICAS:

ADM 1 - Desenho Representativo.


2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
CORTE A-B

Revisões:

2
PLANTA C 1

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


CIRCULAÇÃO
FACHADA ANTERIOR
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:
CIRCULAÇÃO

A ESCRITÓRIO LABORATÓRIO
B
Projeto:

FACHADA LATERAL ESQUERDA

WC

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01D


Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO

Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

D CORTE C-D
Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO IV - Apêndice D - Módulo 01D - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE GUARITA E PORTÃO

G
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR


Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
GRADE DE PROTEÇÃO EM
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA Projetista: Assinatura:
CONTRAVENTAMENTO EM
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES
Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 01D
ESTAÇÃO Assunto: GUARITA E PORTÃO DE ACESSO
DE TRATAMENTO
DE ESGOTO
xxxx-PE
Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

DETALHES PORTÃO DE ACESSO ANEXO IV - Apêndice D - Módulo 01D - GPE - NI - 001 - 01


Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 1/7

GPE-NI-001-01

ANEXO V - APÊNDICE E

MÓDULO 02: SISTEMA DE LAGOAS

(LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA + LAGOA DE MATURAÇÃO)

SISTEMAS DE LAGOAS

O Sistema de lagoas deverá ser composto por:


I. Lagoa Anaeróbia;
II. Lagoa Facultativa;
III. Lagoa de Maturação

A eficiência da remoção de DBO nas lagoas deve ser na ordem de 50 a 60%.


A DBO efluente sendo ainda elevada, implica na necessidade da implantação da lagoa
facultativa e, finalizando o tratamento com a remoção de patogênicos (bactérias e
vírus) com a implantação da lagoa de maturação.
Recomenda-se preferencialmente o dimensionamento do filtro percolador após
o sistema de lagoas para remoção de sólidos em suspensão (algas) antes do efluente
ser lançado no corpo receptor;
Caso, após os sistemas de lagoas, forem dimensionadas estações elevatórias
de esgoto - EEE’s, nestas deverá ser previsto o incremento das águas pluviais que
incidem na superfície da lagoa, além da vazão do esgoto.
As considerações e os critérios técnicos da lagoa facultativa e de maturação
estão contemplados no Apêndice C, itens 3 (três) e 4 (quarto), desta Norma.

LAGOAS ANAERÓBIAS
Nas lagoas anaeróbias a estabilização ocorre na existência de condições
estritamente anaeróbias, tendo como processos a digestão ácida e a fermentação
metânica.
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 2/7

GPE-NI-001-01

As lagoas são usualmente profundas para reduzir a possibilidade da


penetração do oxigênio produzido na superfície para demais camadas. A área
requerida é correspondentemente menor.
Outra característica favorável à implantação das lagoas anaeróbias como
alternativa de tratamento é a utilização de equipamentos simples e de consumo
mínimo de energia, tornando assim uma vantagem para sua aplicabilidade.

PARÂMETROS DE PROJETO
JORDÃO (2014) e VON SPERLING (1996) ressaltam os seguintes parâmetros
a serem considerados para o dimensionamento de lagoas anaeróbias:
I. Taxa de aplicação de carga orgânica volumétrica deverá apresentar limites de
pelo menos 100g DBO/m3.d para manter a lagoa totalmente anaeróbia e no
máximo de 400g DBO/m3.d para evitar emissão de odores;

II. Deverá relacionar as cargas às condições climáticas locais, principalmente a


temperatura. Em lugares mais quentes apresentarão uma maior taxa (menor
volume). A Tabela 01 apresenta valores de taxas admissíveis. Recomenda-se
que os projetistas adotem taxas menores para ficar a favor da segurança.

Tabela 01: Taxas de aplicação de carga orgânica admissíveis para o projeto


de Lagoas Anaeróbias em função da temperatura.
Taxa de Aplicação Volumétrica
Temperatura Média do Ar no
Admissível - LV
Mês mais Frio T (°C)
(kgDBO/m3.d)
10 a 20 0,02T - 0,10
20 a 25 0,01T + 0,10
> 25 0,35

Fonte: VON SPERLING, (1996).

III. O volume requerido para dimensionamento da lagoa deverá ser obtido pela
equação:
𝐿 Equação 01
𝑉=𝐿
𝑣

Onde:
V = Volume requerido para a lagoa, em m3;
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 3/7

GPE-NI-001-01

L = Carga de DBO total afluente (solúvel + particular), em Kg DBO5/d;


Lv = Taxa de aplicação volumétrica, em Kg DBO5/m3.d.

No início e fim de horizonte do projeto, deverá ser verificado o atendimento aos


critérios de projetos desde início da operação.
O projeto deverá garantir que as lagoas anaeróbias funcionem realmente
anaeróbias.
Caso a carga inicial seja baixa, poderá dividir a implantação em duas ou mais
lagoas anaeróbias, com apenas uma ou poucas lagoas sendo implantadas na primeira
etapa.
IV. O tempo de detenção hidráulico (TDH) deverá ser de 2 a 5 dias para geração
de bactérias formadoras do metano e as de crescimento rápido, já para TDH
entre 20 a 30 dias, as bactérias apresentam um crescimento mais lento. A
Tabela 02 indica as faixas admissíveis do tempo de detenção.

Tabela 02: Faixas Admissíveis para o Tempo de Detenção.

Temperatura Média da Lagoa Tempo de Detenção Eficiência de


no Mês mais Frio T (°C) Final e Inicial (dia) Remoçaõ da DBO

≤ 20° C ≥ 4 ≤ 20 ≤ 50
> 20° C ≥3≤5 ≤ 60
Fonte: JORDÃO, (2014).

V. Cálculo do tempo de detenção hidráulico (TDH) é obtido por meio de:


𝑉
𝑇𝐷𝐻 = Equação 02
𝑄

Onde:
TDH =Tempo de detenção hidráulico, em dia;
V = Volume da lagoa, em m3;
Q = Vazão média afluente, em (m3/d).
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 4/7

GPE-NI-001-01

VI. Profundidade
Recomenda-se projetar as lagoas profundas, na ordem de 3 a 4 m de
profundidade:
a. Não ocorrendo desaneração prévia, a lagoa deverá considerar a
profundidade adicional de 0,50m no mínimo, junto à entrada, estendendo
pelo menos 25% da área de fundo da lagoa;
b. Geometria (relação Comprimento/Largura): As lagoas anaeróbias poderão
ser projetadas em formato quadrado ou levemente retangular, com a relação
comprimento/largura na ordem de 2 a 3;
c. Distribuição uniforme do esgoto afluente: Deverão ser projetadas entradas e
saídas múltiplas, cortinas de anteparo, proteção contra ação dos ventos,
dispersão adequada do fluxo e superfície líquida limitada a 5ha;
d. Estimativa a eficiência de remoção de DBO da lagoa anaeróbia, relacionada
com a temperatura apresentada na Tabela 03.

Tabela 03: Eficiências de remoção DBO em função da temperatura nas


lagoas Anaeróbias

Temperatura Média do Ar Eficiência de Remoção de DBO


no Mês mais Frio T (°C) E (%)

10 a 25 2T + 20
> 25 70
Fonte: VON SPERLING, (1996).

e. Para o cálculo da eficiência de remoção, é necessário calcular primeiramente


a concentração efluente (DBOefluente) da lagoa anaeróbia, de acordo com
VON SPERLING (1996):
100 Equação 03
𝐸 = (𝑆𝑜 − 𝐷𝐵𝑂𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 ) .
𝑆𝑜

𝐸 Equação 04
𝐷𝐵𝑂𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑆𝑜 . (1 − )
100

Onde:
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 5/7

GPE-NI-001-01

So = Concentração de DBO total afluente, mg/l;


DBOefluente = Concentração de DBO total efluente, mg/l;
E = Eficiência de remoção (%).

DEMAIS UNIDADES DE TRATAMENTO DO MÓDULO 02 – LAGOA


FACULTATIVA E LAGOA MATURAÇÃO

As etapas subsequentes à lagoa aerada enquadram-se numa série de lagoas


facultativa e de maturação com lançamento ao corpo receptor. Os critérios técnicos a
serem adotados encontram-se Apêndice C, nos itens 3 (três) e 4 (quatro), desta
Norma.

DESINFECÇÃO NO MÓDULO E

No sistema de lagoa de maturação, o longo tempo de detenção para


estabilização do material orgânico permitirá que o líquido permaneça por tempo
suficiente para que ocorra a remoção completa dos ovos helmintos e eficiência
elevada de remoção de coliformes fecais, garantindo um efluente final com boa
qualidade microbiológica dispensando a utilização da etapa de desinfecção do
efluente. Caso apresente a necessidade desta etapa complementar, deverá ser
levado para análise dos técnicos da COMPESA.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 6/7

GPE-NI-001-01

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6484: Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos
(SPT). Rio de Janeiro,1980;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8036: Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios. Rio de Janeiro,1983;
 JORDÃO, Eduardo Pacheco:– Tratamento de Esgotos Domésticos,
2014;
 METCALF&EDDY: Desinfecção de Efluentes Sanitários, editado pela
ABES. Rio de Janeiro, 2003;
 Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR: Diretrizes para
Elaboração de Projetos de Sistema de Esgotamento Sanitário - Estação
de Tratamento de Esgoto – ETE. Curitiba, 2017;
 VON SPERLING, Marcos: Lagoa de Estabilização. Belo Horizonte, 1996.
Módulo 02: Sistema de Lagoas (Lagoa 05/07
Anaeróbia + Lagoa Facultativa + Lagoa de Maturação) 7/7

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
LEGENDA:

NOTAS TÉCNICAS:
VIA PAVIMENTADA EM PARALELO CINTURÃO VERDE GRAMADO COM ESPÉCIES GRAMÍNEAS
1 - Desenho Representativo.
2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério
do projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento Tratamento Preliminar deverá está de acordo

Ø 250 mm
2 com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209/2011.
G 4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
6 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de
espécies florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.
7 - Central de Resíduos deverá atender as NBR-12235 e NBR-11174.
LAGOA DE MATURAÇÃO

Revisões:

3
ADM
2

Ø 250 mm

Ø 250 mm
2
Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
Ø 250 mm

CAIXA DE AREIA
Ø 250 mm

VEM DO TRATAMENTO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


PRELIMINAR
BY PASS

COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO


Ø 250 mm Ø 200 mm Ø 200 mm
8
Ø 250 mm

2
CR

VEM DA Cx. DE ÁREIA

Ø 250 mm
LAGOA ANAERÓBIA
Ø 250 mm LAGOA FACULTATIVA Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
Ø 250 mm

2 7 C. FUNDO
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
2 CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
Ø 250 mm
Ø 200 mm Ø 200 mm

Coordenação: Assinatura:

N. DE ÁGUA
Projetista: Assinatura:
C. COROAM.

Projeto:

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 02


Assunto: SISTEMA DE LAGOAS
(LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA+ LAGOA DE MATURAÇÃO)
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO V - Apêndice E - Módulo 02 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO

ADM

NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
6 - Para dimensionamento das instalações sanitárias, vestiários, copa e as condições de higiene
e conforto, atender a norma da NR-24.

Revisões:

PLANTA C 5

4
CORTE A-B
3

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

VESTIÁRIO VESTIÁRIO CIRCULAÇÃO Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
WC
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
WC FACHADA ANTERIOR

Coordenação: Assinatura:
CIRCULAÇÃO

Projetista: Assinatura:
DEPÓSITO
A ESCRITÓRIO B
Projeto:

COPA

FACHADA LATERAL ESQUERDA


ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 02
Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO

Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

Sistema: Prancha:

0x/0x
D Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
CORTE C-D xx/xxxx

ANEXO V - Apêndice E - Módulo 02 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA GUARITA E PORTÃO


G
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR


Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
GRADE DE PROTEÇÃO EM
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA Projetista: Assinatura:
CONTRAVENTAMENTO EM
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES
Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 02
ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
Assunto: GUARITA E PORTÃO DE ACESSO
DE ESGOTO
xxxx-PE
Sub-Assunto: DETALHES E ESPECIFICAÇÕES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

DETALHES PORTÃO DE ACESSO ANEXO V - Apêndice E - Módulo 02 - GPE - NI - 001 - 01


06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 1 / 11

GPE-NI-001-01

APÊNDICE F

MÓDULO 03: LODOS ATIVADOS COM SISTEMA DE AERAÇÃO


PROLONGADA E PRÉ DESNITRIFICAÇÃO

O processo de lodo ativado pode ser enquadrado como tratamento aeróbio, de


crescimento em suspensão na massa líquida e com retenção de biomassa. A
introdução de oxigênio pode ser feita através de diferentes formas, como por meio de
aeradores superficiais, sistemas com difusores, até mesmo oxigênio puro pode ser
introduzido diretamente nos tanques.
A biomassa permanece mais tempo no reator entre 18 a 30 dias, continua
recebendo a mesma carga de DBO permitindo maiores dimensões com menor
concentração de matéria orgânica por unidade de volume e menor disponibilidade de
alimento.
A estabilização do lodo ocorrerá na forma aeróbia no tanque de aeração
proporcionando a maior eficiência da remoção de DBO.
Em geral, nos sistemas com aeração prolongada não se utiliza decantador
primário, evitando-se completamente a necessidade de digestão de lodos,
apresentando simplificação no fluxograma do processo (VON SPERLING, 2012).
A nitrificação ocorrerá na zona aeróbia com a formação de nitratos que serão
direcionados à zona anóxica por meio da recirculação interna. Considera-se que os
sistemas com aeração prolongada promovem maior grau de nitrificação dos esgotos,
podendo ocorrer oxidação total de amônia.
As elevatórias de recirculação interna serão projetadas para trabalhar com
baixas perdas de carga (NA nas zonas anóxica e aeróbia é praticamente a mesma) e
elevadas vazões. Os nitratos fornecidos para a câmara anóxica são convertidos em
nitrogênio gasoso.
A remoção de fósforo será promovida em linha de tratamento separada.
Dispensando os decantadores primários e digestores de lodo, as principais
etapas do sistema de lodos ativados com aeração prolongada compõem-se no
tratamento preliminar (gradeamento e desaneração), tanques de aeração (com
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 2 / 11

GPE-NI-001-01

câmara anóxica), decantadores secundários e sistema de desaguamento e


desidratação de lodo.

TANQUE DE AERAÇÃO
PARÂMETROS DE PROJETO
I. A vazão de dimensionamento;
II. Idade do lodo;
III. Relação alimento/microrganismos (A/M);
IV. Recirculação do lodo.

CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
I. A idade do lodo acima de 18 dias e inferior a 30 dias;
II. A vazão de dimensionamento deverá ser a vazão média afluente à ETE;
III. Relação alimento/microrganismos (A/M) no intervalo de 0,8 a 0,15kgDBO5
aplicado/Kg SSVTA.d;
IV. Nos seletores biológicos, a relação A/M deverá ser igual ou superior a 1,8 Kg
DBO5/Kg SSVTA.d;
V. A concentração de sólidos em suspensão no interior dos reatores biológicos
deverá estar entre 4000 mg/l e 8000mg/l, com recirculação de lodo de 100%.
VI. Remoção de DBO entorno de 90 a 95%;
VII. Para os processos de oxidação, a aeração prolongada enquadra-se na ordem
2,0 a 4,0m3/KgDBOrem.d;
VIII. Concentração de SSSVTA na faixa de 2500 a 4000 mg/l;
IX. Tempo de detenção hidráulica com variação entre 16 e 24 horas;
X. Recirculação interna de 300%;
XI. Concentração de oxigênio dissolvido (OD) no reator de 1,5 a 2 mg/L;
XII. Os coeficientes cinéticos e estequiométricos adotados deverão ser
referenciados em literatura especializada;
XIII. A capacidade efetiva (Ce) de transferência de oxigênio do equipamento de
aeração deverá ser calculada para as seguintes condições de campo:
a. Pressão barométrica;
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 3 / 11

GPE-NI-001-01

b. Temperatura;
c. Salinidade;
d. Concentração de oxigênio dissolvido do reator;
e. Densidade de potência;
f. Geometria do tanque;
g. A economia de oxigênio com a desnitrificação;
h. Deverá ser projetado o dispositivo de medição da vazão de recirculação de
lodo ativado;
i. Poderá ser considerada a economia de oxigênio com a desnitrificação.

RECOMENDAÇÕES
JORDÃO (2017) faz as seguintes recomendações para a elaboração do
projeto:
I. Os tanques deverão ser construídos em paralelo;
II. Para vazões igual ou superior a 100 l/s, é recomendável utilizar mais de uma
linha de tanque em paralelo;
III. Nos casos que as paredes forem projetadas em comuns, o projeto deverá
prever estruturas de passarelas de acesso convenientemente dimensionadas,
ou sistemas de retiradas dos aeradores superficiais para manutenção com
lanças externas;
IV. Flexibilidade operacional na distribuição do esgoto primário afluente e do lodo
recirculado;
V. Diversos tanques de aeração dimensionados deverão ter operação
independente;
VI. Preferencialmente cada tanque de aeração deverá corresponder a um grupo
de decantadores secundários com o respectivo sistema de recirculação do
lodo;
VII. A profundidade deverá ser compatível com o sistema de aeração empregado,
sendo recomendado 3 a 5m para aeração mecânica e 4 a 6m para sistema de
ar difuso. Para os tanques profundos alcançarem profundidade maior de 8m
deverá ser introduzido um tubo ascensional sob rotor de aeração, de modo a
direcionar o fluxo de agitação;
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 4 / 11

GPE-NI-001-01

VIII. Deverá ser dimensionado o sistema de esvaziamento dos tanques;


IX. Para o projeto estrutural e de fundações deverá ser considerado tanque cheio
e vazio, em particular em relação aos aspectos de sub-pressão nas situações
de tanque vazio.

CÂMARA ANÓXICA
O volume da câmara anóxica representa um acréscimo em torno de 30% de
volume do tanque de aeração.
Na câmara anóxica ocorrerá a desnitrificação, ou seja, transformação do
nitrogênio na forma de nitrito e nitrato em gás nitrogênio (N2). O nitrogênio na forma
de nitrito e nitrato são provenientes do retorno de lodo do tanque de aeração.
Estas formas de nitrogênio são geradas a partir da oxidação do nitrogênio
amoniacal na etapa de lodos ativados. O efluente, já com carga de sólidos, DBO e
DQO bastante reduzida, é encaminhado para o processo de lodos ativados. Neste
sistema a demanda de oxigênio é suprida por meio de um compressor de ar. No
interior do reator a concentração de biomassa (organismos) é bastante elevada, entre
1600 e 8000 mgSSV/L (sólidos suspensos voláteis), devido à recirculação do SSV
sedimentado na Câmara de Sedimentação.
Na etapa dos lodos ativados ocorre a nitrificação da amônia, ou seja, a oxidação
do nitrogênio amoniacal a nitritos e nitratos. A recirculação de líquido da câmara de
lodos ativados para a câmara anóxica promove uma concentração uniforme de
microrganismos ativos no interior do reator e leva os nitritos e nitratos à câmara
anóxica para a sua desnitrificação e liberação à atmosfera.
O volume da câmara anóxica deverá ser de 25% do volume total do reator.
Deverá ser corrigido o volume do reator para compensar a remoção de DBO mais
lenta da zona anóxica.
O Sistema de desnitrificação recomendado será formado por uma câmara
anóxica seguido de reator aerado e um decantador secundário. A fonte de carbono
será o próprio esgoto afluente.
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 5 / 11

GPE-NI-001-01

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Nos decantadores secundários ocorrerá a sedimentação, a retirada do lodo


recirculado para tanque de aeração, e o excesso do lodo para digestão.
Poderão ser adotados os decantadores de forma circular que dispõem de
dispositivos de aspiração do lodo sedimentado, do tipo de air-lift ou sifonagem, de
fundo de plano com a utilização de braço inferior com aberturas circulares espaçadas
adequadamente uma da outra, de forma a promover a captação de quantidades iguais
de lodo sedimentado. A extremidade do braço raspador está conectada, no centro do
decantador, a uma tubulação de sucção da bomba de recirculação do lodo.
Os decantadores secundários deverão cumprir a finalidade de uma boa
separação do lodo proveniente do tanque de aeração e obter um efluente final
clarificado, com baixa turbidez, com baixa concentração de sólidos em suspensão de
20 a 30mg/l.
O adensamento do lodo sedimentado constitui no lodo ativado quando
retomado ao tanque de aeração através da recirculação. Normalmente o teor de
sólidos encontram-se na ordem de 0,75 a 1,50%.

PARÂMETROS DE PROJETO
De acordo com NBR12209 (ABNT, 2011) e JORDÃO (2017), deverão ser
considerados os seguintes critérios para o dimensionamento do decantador
secundário:
I. Taxa de escoamento superficial de 16m3/m2.d., quando a idade do lodo
aeróbia for superior a 18 dias ou a relação A/M for inferior a 0,15 Kg DBO5/Kg
SSVTA.d;
II. Taxa de aplicação de sólidos de 144 Kg SS/m2.d, quando a idade do lodo for
inferior a 18 dias ou a relação A/M for superior a 0,15 Kg DBO5/Kg SSVTA.d;
III. O tempo de detenção hidráulica relativo à vazão média deverá ser igual ou
superior a 1,5h;
IV. A profundidade do decantador recomenda-se ser de pelo menos 3,70m;
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 6 / 11

GPE-NI-001-01

V. Índice volumétrico de lodo (IVL) recomenda-se que seja em torno de 100


para boa sedimentabilidade do lodo podendo variar de acordo com as
características e as concentrações de sólidos no tanque de aeração. Os
valores elevados deverão ser evitados para que não ocorra o
intumescimento do lodo (“bulkin”) no decantador.

EE DE RECIRCULAÇÃO

Para o lodo descartado diretamente no tanque de aeração, a vazão de descarte


deverá ser igual à razão entre o volume do tanque de aeração e a idade do lodo. Caso
seja projetado na linha de recirculação, a partir do decantador secundário, a vazão de
descarte será em função das concentrações de sólidos no lodo recirculado e no
tanque de aeração (JORDÃO, 2014):

a. Vazão de descarte no tanque de aeração:


𝑉
𝑄" = Equação 01
𝜃𝑐

b. Vazão de descarte na linha de recirculação do decantador secundário:

𝑋𝑎𝑣 . 𝑉 Equação 02
𝑄" =
𝑋𝑢𝑣 . 𝜃𝑐

Onde:
Q” = Vazão descarte de lodo, m3/d;
θc = Idade do lodo, em dias;
𝑋𝑎𝑣 =Concentração de SSVTA, ou concentração de organismos ativos
no interior do tanque de aeração;
𝑋𝑢𝑣 = Concentração de SSV no lodo em excesso, descartado do
decantador secundário;
V = volume, em m3.
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 7 / 11

GPE-NI-001-01

RECIRCULAÇÃO DO LODO
A finalidade do processo de recirculação do lodo é manter a concentração
constante e elevada dos flocos e acelerar a ação dos microrganismos na estabilização
da matéria orgânica.
A recirculação deverá ser de 100% da vazão, após o decantador secundário,
retornando o lodo para o início do processo.

REATOR BIÓLOGICO DO LEITO MÓVEL – MBBR

O reator biológico do leito móvel, tradução da nomenclatura em inglês Moving


Bed Biological Reactor – MBBR, consiste num processo de lodos ativos de leito móvel,
cuja tecnologia se baseia na introdução de um meio de suporte constituído por peças
plásticas, as quais se mantêm em suspensão no interior do tanque de aeração sujeitas
à agitação promovida pelo sistema de ar difuso.
Desta forma o tanque de aeração se comportará como reator biológico híbrido
e os microrganismos serão mantidos suspensão na massa líquida e aderidos no meio
suporte plástico.
As peças poderão ser introduzidas tanto no reator aerado quanto em um reator
anóxico. O material a ser utilizado será o meio suporte de polietileno, com massa
específica pouco menor que 1g/cm3, com diâmetros dos pequenos cilindros entre 10
e 20mm, e os comprimentos entre 7 a 30mm, de acordo com fabricante.

PARÂMETROS DE PROJETO
De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), deverão ser considerados os
seguintes critérios para o dimensionamento do reator biológico do leito móvel:
I. Os reatores biológicos com leito móvel deverão ser procedidos de remoção
de areia e de sólidos grosseiros, e de decantação primária e tratamento
anaeróbio;
II. Deverá ser procedido de remoção de areia e peneiramento com abertura
igual ou inferior a 3mm, caso não for dimensionada a decantação primária
ou tratamento anaeróbio;
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 8 / 11

GPE-NI-001-01

III. Deverá utilizar a vazão média afluente à ETE no dimensionamento do


processo;
IV. Deverá dispor de peneiras de retenção do meio suporte na saída dos
reatores biológicos;
V. Nas peneiras de retenção do meio suporte de biomassa deverá ser
considerada a vazão máxima no reator biológico;
VI. O meio suporte para biomassa deverá apresentar superfície específica
interna superior a 250m2/m3 e densidade 0,92 e 0,98;
VII. Deverá variar ente 0,3 até 0,7 a razão entre o volume de meio suporte e o
volume de reator;
VIII. Nos reatores aerados poderão ser utilizados difusores de bolhas fins, média
ou grossa;
IX. Nos reatores não aerados deverão ser utilizados misturadores submersíveis:
a. Os reatores não aerados com leito móvel deverão dispor de
equipamentos de mistura para manter a movimentação do meio suporte,
e sem danificar;
b. A massa de SSV aderida não poderá ser superior a 12gSSV/m2 de área
superficial específica do material da biomassa;
c. No dimensionamento deverão ser considerados a massa de sólidos
aderidos e a massa de sólidos em suspensão no tanque com ou sem
recirculação de lodo.

REMOÇÃO ADICIONAL DE FÓSFORO

Nos esgotos domésticos, o fósforo se apresenta predominantemente sob forma


de ortofosfato, com concentração média típica próxima de 10mg/l, a relação Fósforo
Total por Demanda Bioquímica de Oxigênio (P/DQO), em massa, deverá ter uma
variação de faixa de 0,015 a 0,025.
A remoção adicional de fósforo poderá ser obtida com aplicação de produtos
químicos adequados de acordo com as seguintes considerações da NBR 12209
(ABNT, 2011):
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 9 / 11

GPE-NI-001-01

I. Os produtos químicos poderão ser aplicados no reator biológico;


II. Nos sistemas de operação contínua deverá ser realizada a clarificação do
efluente nos decantadores secundários;
III. Para estimativa da produção do lodo, os sólidos resultantes da aplicação do
produto químico deverão ser somados aos sólidos do tratamento biológico;
IV. Poderá ser utilizado para remoção de fósforo, a adição de sais de ferro
(trivalente) e de alumínio. Os polieletrólitos poderão ser usados para avaliar
a separação dos sólidos em suspensão do líquido efluente.

Os produtos químicos poderão ser aplicados no reator biológico, no decantador


secundário e em efluentes de sistemas de tratamento biológico anaeróbio ou aeróbio.
Recomenda-se realizar ensaios para determinação de dosagem de produtos
químicos nas seguintes relações molares mínimas para dosagem:
I. Íons Fe/Fósforo total de 2,5 e íons Al/Fósforo total de 1,50 para esgoto bruto;
II. Íons Fe/Fósforo total de 1,5 e íons Al/Fósforo total de 1,50 para efluentes de
processos aeróbios ou anaeróbios.

Deverá ser realizada a adição dos produtos químicos em um dispositivo que


permita gradiente de velocidade igual ou superior a 800 s-1. Quando aplicado no
sistema de lodo ativado, a aplicação poderá ser no próprio tanque de aeração, sendo
distribuída de modo a se obter a melhor mistura.
Nos decantadores, a taxa de escoamento superficial deverá ser igual ou inferior
a 24m3/m2.d, quando não se utilizar polieletrólitos.
Caso seja utilizado polieletrólitos nos decantadores, a taxa de escoamento
superficial poderá atingir no máximo de 40 m 3/m2.d, exceto quando associado ao
tratamento por lodo ativado.

DESINFECÇÃO NO MÓDULO 03
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 10 / 11

GPE-NI-001-01

A etapa de desinfecção ocorrerá no Módulo 03 com a finalidade inativar e


eliminar os microrganismos presentes no efluente e deverá seguir as diretrizes no
Apêndice A, item 5 (cinco) desta Norma.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos, 2010;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6484: Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos
(SPT). Rio de Janeiro,1980;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8036: Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios. Rio de Janeiro,1983;
 JORDÃO, Eduardo Pacheco: Tratamento de Esgotos Domésticos. Rio
de Janeiro, 2014;
 Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR: Diretrizes para
Elaboração de Projetos de Sistema de Esgotamento Sanitário - Estação
de Tratamento de Esgoto – ETE. Curitiba, 2017;
 VON SPERLING, Marcos: Lodos Ativados. Belo Horizonte, 2012.
06/07
Módulo 03: Lodos Ativados com Sistema de
Aeração Prolongada e Pré Desnitrificação 11 / 11

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão
dimensionados à critério do projetista segundo avaliação dos técnicos da
COMPESA.
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento da Estação Elevatória de Esgoto
e do Tratamento Preliminar deverá está de acordo com a NPE 10/COMPESA e
NBR 12209/2011.
4 -Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais
B atualizada.
5 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e
CORTE ESQUEMÁTICO CAIXA DE DESAGUAMENTO PÁTIO DE CURA compatibilizadas
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos
conflitantes.
6 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio
de espécies florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por
Gramíneas.

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA
DE RECIRCULAÇÃO
CÂMARA DE AMORTECIMENTO
ADM

Revisões:

REATOR DE AERAÇÃO 5

4
ADENSADOR
3
TANQUE DE CONTATO
2

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


CAIXA DIVISORA
DE FLUXO
CAIXA DE EFLUENTE COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

CÂMARA ANÓXICA
Projetista: Assinatura:

Projeto:

DECANTADOR SECUNDÁRIO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 03


Assunto: LODOS ATIVADOS COM SISTEMA DE AERAÇÃO PROLONGADA
A Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO
GRAMADO COM ESPÉCIES VIA PAVIMENTADA EM CINTURÃO VERDE
GRAMÍNEAS PARALELO Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VI - Apêndice F - Módulo 03 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

A
G

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA
DE RECIRCULAÇÃO
CÂMARA DE AMORTECIMENTO
ADM
12 VEM DO DECANTADOR
6
11 REATOR DE AERAÇÃO

6 9 8

Revisões:
VEM DO DECANTADOR 5

8 4

6 1

SAÍDA DA CAIXA DIVISORA Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

CAIXA DIVISORA DE FLUXO


8
11
9
DE FLUXO Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

CÂMARA ANÓXICA Projetista: Assinatura:

VEM DO DECANTADOR Projeto:

11

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 03


Assunto: CORTE A-B ESQUEMÁTICO 01

Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

B Estado: Data:
xx/xxxx
GRAMADO COM ESPÉCIES VIA PAVIMENTADA EM
GRAMÍNEAS PARALELO ANEXO VI - Apêndice F - Módulo 03 - GPE - NI - 001 - 01
LEGENDA:

CAIXA DE DESAGUAMENTO PÁTIO DE CURA


A

CORTE A-B

EN
TR
AD
A
DE
CA
NT
A DO
R
9
SAÍDA DO DECANTADOR

DO
VEM DA EE RECIRCULAÇÃO
8

LO
DE
A
G
AR
SC ADENSADOR
DE

Revisões:
8 TANQUE DE CONTATO 5

3
10 2

8 1
SAÍDA DO DECANTADOR EN
T Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
8 RA
DA
DE

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


C AN
T AD
O
R
8
VEM DA CAIXA DIVISORA 9
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
DO

DE FLUXO
LO

CAIXA DE EFLUENTE
DE
A
G

Unidade:
AR

DTE - Diretoria Técnica de Engenharia


SC
DE

GPE - Gerência de Projetos de Engenharia


CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

8
Projetista: Assinatura:

EN
T RA
DA
8 Projeto:

DE
C AN
T AD
SAÍDA DO DECANTADOR O
R
DO

8
LO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 03


DE
A
G
AR
SC

Assunto: CORTE A-B ESQUEMÁTICO 02


DE

Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO


DECANTADOR SECUNDÁRIO

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx
B CINTURÃO VERDE
ANEXO VI - Apêndice F - Módulo 03 - GPE - NI - 001 - 01
LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO
ADM
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.

Revisões:

CORTE A-B 5

PLANTA C 4

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

CIRCULAÇÃO
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
FACHADA ANTERIOR GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
CIRCULAÇÃO

Coordenação: Assinatura:
A ESCRITÓRIO LABORATÓRIO
B
Projetista: Assinatura:

Projeto:

WC

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 03


FACHADA LATERAL ESQUERDA
Assunto: PLANTA BAIXA E DETALHES DO PRÉDIO ADMINISTRATIVO
D
Sub-Assunto: DETALHES DA PLANTA BAIXA E ACESSÓRIOS

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx
CORTE C-D

ANEXO VI - Apêndice F - Módulo 03 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE GUARITA

DETALHE PORTÃO DE ACESSO NOTAS TÉCNICAS:


1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO


FACHADA PRINCIPAL FACHADA LAT. DIREITA FACHADA POSTERIOR

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
GRADE DE PROTEÇÃO EM
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO Coordenação: Assinatura:
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA
CONTRAVENTAMENTO EM
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES
Projetista: Assinatura:

Projeto:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO

ESTAÇÃO
DE TRATAMENTO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 03
DE ESGOTO
xxxx-PE
Assunto: PORTÃO E GUARITA

Sub-Assunto: DETALHES DA PLANTA BAIXA E ACESSÓRIOS

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

DETALHES PORTÃO DE ACESSO Estado: Data:


xx/xxxx

ANEXO VI - Apêndice F - Módulo 03 - GPE - NI - 001 - 01


Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 1 / 27

GPE-NI-001-01

APÊNDICE G

MÓDULO 04: FOSSA SÉPTICA (DECANTO-DIGESTOR) COM FILTRO


BIÓLOGICO ANAERÓBIO E/OU FOSSA SÉPTICA (DECANTO-DIGESTOR) COM
FILTRO BIÓLOGICO ANERÓBIO E SUMIDOURO

FOSSA SÉPTICA (DECANTO-DIGESTOR) COM FILTRO BIÓLOGICO


ANAERÓBIO

Por definição a fossa séptica (decanto-digestor) consiste de uma câmera


construída com a finalidade de reter os esgotos sanitários por um período de tempo
com critérios estabelecidos, de modo a permitir a sedimentação dos sólidos e a
retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando bioquimicamente em
substâncias e compostos mais simples e estáveis (JORDÃO, 2014).
A fossa séptica (decanto-digestor) tem a função de apenas reduzir a carga
orgânica não havendo condições favoráveis para eliminação total das bactérias
patogênicas. Dessa forma, é necessário pós tratamento através do Filtro Biológico
Anaeróbio para melhoria da qualidade do efluente e para atender aos padrões de
qualidade exigidos para o corpo receptor.
Caso nas proximidades das localidades não existirem corpos hídricos para
destinação final do efluente, deverá ser dimensionada outra unidade de depuração
denominada de Sumidouro.

APLICAÇÕES DO SISTEMA
O sistema de tanques sépticos deverá ser aplicado no tratamento de esgoto
doméstico e sanitário. O emprego deste sistema poderá ser ampliado para o
tratamento dos esgotos domésticos de clínicas e laboratórios de análises clínicas.
No caso dos hospitais e postos de saúde deverá constituir de um tratamento
específico para as águas resultantes de seus processos e que estão fora do escopo
desta Norma, atendendo às legislações sanitárias e ambientais competentes.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 2 / 27

GPE-NI-001-01

O sistema coletivo deverá ser dimensionado e implantado de forma a receber


a totalidade dos despejos afluentes ao mesmo, sendo a vazão determinada segundo
os critérios da NBR 9649 (ABNT, 1986).
Será exigido o dimensionamento de caixa de gordura sempre que o esgoto
gerado seja proveniente do preparo de alimentos. O dimensionamento deverá atender
aos critérios técnicos apresentados na NBR 8160 (ABNT,1999).

Figura 01: Esquema Fossa Séptica (Decanto-digestor) + Filtro Biológico


Anaeróbio

INDICAÇÕES DO SISTEMA
O emprego deste sistema não poderá ultrapassar o atendimento de uma
população equivalente a 300 habitantes, de acordo com projeto de revisão elaborado
pela Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de Saneamento (CE-177:001.01)
do Comitê de Saneamento (ABNT/CB-177), em novembro 2017. Esta diretriz deverá
compatibilizar para atender a eficiência mínima de remoção 80%, Norma Técnica
2.002 (CPRH, 2000).
A fossa séptica (decanto-digestor) será indicada para localidades que existam
sistemas de esgotamento sanitário, em unidades de contribuição e comunidades
isoladas e com a retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da atualização
de rede coletora com diâmetro e/ou declividades reduzidos.
Para dimensionamento, o sistema deverá ser projetado de forma completa,
incluindo a disposição final e tratamento complementar para efluentes e lodo,
conforme NBR 13969 (ABNT, 1997) e os dispostos na Norma NBR 5626 (ABNT, 1996)
e NBR 8160 (ABNT, 1999).

DIMENSIONAMENTO
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 3 / 27

GPE-NI-001-01

O dimensionamento deverá atender aos padrões e aos critérios técnicos da


NBR 7229 (ABNT, 1993), referente à construção e operação de sistemas de tanques
sépticos, e da NBR 13969 (ABNT,1997), referente às unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos. Além disso, o
dimensionamento deverá atender ao manual técnico nº 001 da Agência Estadual de
Meio Ambiente (CPRH, 2004).
A localização da fossa séptica (decanto-digestor) deverá ser de fácil acesso e
que facilite a ligação do coletor predial à rede coletora da via pública. Deve ser
considerada também a viabilidade da remoção do lodo.
Deverá ser solicitado à COMPESA o estudo viabilidade para implantação do
sistema visando a aprovação do projeto junto a Companhia. O estudo de viabilidade
deverá seguir as diretrizes estabelecidas pela NPE 004/COMPESA.

Volume Útil
O dimensionamento do volume útil deverá ser calculado de acordo com a
fórmula, a seguir:

𝑉 = 1000 + (𝑁 𝑥 𝐶 𝑥 𝐼) 𝑥 𝑇 + 𝑁 𝑥 𝐾 𝑥 𝐿𝑓 Equação 01

Onde:
V = volume útil, em litros;
N = número de contribuintes;
C = contribuição de despejos, em L/hab.dia (Tabela 01);
I = contribuição de infiltração na rede coletora, em L/dia;
(N x C) = contribuição diária, em L/dia (empregada na Tabela 02);
T = tempo de detenção, em dias (Tabela 02);
K = taxa de acumulação de lodo digerido, em dias, equivalente ao tempo
de acumulação de lodo fresco (Tabela 03);
Lf = contribuição de lodo fresco, em L/hab.dia (Tabela 09).

Distâncias Mínimas
As distâncias horizontais deverão atender às seguintes observações:
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 4 / 27

GPE-NI-001-01

I. Limites de terrenos e construções de 1,5m;


II. Tubulações de abastecimento público de 3,0m;
III. Corpos de água de qualquer natureza e poços artesianos de 15,0m;
IV. Os sumidouros e as valas de infiltração deverão atender às distâncias
propostas nas recomendações para proteção à agressividade química ao
material do sistema de tratamento construído no local de instalação;
V. No dimensionamento do sistema, em caso de impossibilidade de atender às
exigências estabelecidas no item 1.3.1 - Volume Útil, deste Apêndice, deverá
ser comunicado à COMPESA e apresentada uma alternativa que não interfira,
contamine ou prejudique as estruturas existentes.

Materiais Aplicados
Os materiais empregados na execução do sistema de tratamento por fossa
séptica (decanto-digestor), como tampões de fechamento e dispositivos internos,
deverão apresentar as seguintes características:
I. Resistência mecânica adequada às solicitações que cada componente for
submetido;
II. Resistência às substâncias contidas no solo, esgoto afluente ou geradas no
processo de digestão;
III. Resistência às intempéries;
IV. Ser estanque atendendo à NBR 9575 (ABNT, 2010).

Os materiais a serem empregados deverão atender as suas normas específicas


e ao dimensionamento definido em projeto.
No caso de fossas sépticas (decanto-digestor) pré-fabricadas, deverão atender
às recomendações do fabricante e apresentar as seguintes informações:
I. Identificação: nome do fabricante, lote, data de fabricação;
II. Resistência mecânica, espessura das paredes, matéria-prima aplicada, a
pressão externa e a interna, a vida útil e as dimensões externas;
III. Volume útil total.

CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTOS
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 5 / 27

GPE-NI-001-01

No cálculo da contribuição de esgotos, deverão ser consideradas as seguintes


recomendações:
I. Adotar a contribuição unitária em litros/pessoa x dia ou litros/unidade x dia
gerando assim, número de pessoas a serem atendidas;
II. Convencionar o cálculo de contribuintes para ser o mesmo do Estudo
Populacional, utilizando taxas de ocupação do IBGE, promovendo a
compatibilização entre rede coletora e tratamento;
III. O consumo local de esgoto, considerando 80% do consumo médio histórico de
água, no período histórico de 1 ano. Nos casos tecnicamente justificados e
analisados em conjunto com a COMPESA, poderá ser adotado percentual
diferente de 80%;
IV. Na impossibilidade de se obter os dados reais, poderá ser adotado os valores
descritos na Tabela 01 ou valores indicados na literatura atualizada;
V. Em caso de uso misto (comercial, industrial e outros), a vazão total de
contribuição resulta da soma das vazões correspondentes a cada tipo de
ocupação;
VI. Nos prédios em que houver ocupantes permanentes e temporários, o volume
total da contribuição é a soma dos volumes correspondentes a cada um desses
casos, sendo o período de detenção usado para ambos;
VII. Para sistemas coletivos, considerar a água de infiltração na rede de
interligação.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 6 / 27

GPE-NI-001-01

Tabela 01: Contribuições Unitárias de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf) por
tipo de prédios e de ocupantes (litros/dia).

Contribuição de Esgoto Lodo Fresco


Prédio Unidade
C Lf

1. Ocupantes Permanentes

Residência
Padrão alto Pessoa 160 1,00
Padrão médio Pessoa 130 1,00
Padrão baixo Pessoa 100 1,00
Hotel (exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 100 1,00
Hotel (com lavanderia e cozinha) Pessoa 240 1,00
Alojamento próvisorio Pessoa 80 1,00
Orfanatos-asilo Pessoa 120 1,00
Escola (internato) Pessoa 150 1,00
presídio Pessoa 240 1,00
Quartel Pessoa 120 1,00

2. Ocupantes Temporários
Fábricas em geral Operário 70 0,30

Escritórios
Pessoa 50 0,20
Edifício Públicos/comerciais Pessoa 50 0,20
Escolas (externatros) e locais
de longa permanência Pessoa 50 0,20
Escola de período integral Pessoa 100 0,30
Creche Pessoa 50 0,20
Bares Pessoa 6 0,10
Restaurantes e similares Refeição 25 0,10
Cinemas, teatros, locais de curta
Lugar
permanência 2 0,02
Ambulatório Pessoa 25 0,20
Estações ferroviárias, rodoviárias e
passageiro
metroviárias 25 0,20
Sanitários públicos * Bacia Sanitária 480 4,00

Fonte: JORDÃO, 2014 e NBR, 1993 atualização em 2017.

DETENÇÃO DO ESGOTO
O período de retenção de esgoto poderá variar de 24 a 12h, dependendo das
contribuições afluentes demonstradas na Tabela 02.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 7 / 27

GPE-NI-001-01

Tabela 02: Período de Detenção (T) em função da Vazão Afluente (N.C).

Contribuição (N.C) Perído de Detenção


Litros/dia
Horas Dias
Até 1.500 24 1,00
De 1.501 a 3.000 22 0,92
De 3.001 a 4.500 20 0,83
De 4.501 a 6.000 18 0,75
De 6.001 a 7.500 16 0,67
De 7.501 a 9.000 14 0,58
Mais que 9.000 12 0,5
N = número de pessoas ou unidades de contribuição;
C = Contribuição unitária de esgoto;
V = pessoa.d ou l/unidade.d

Fonte: JORDÃO, 2014.

CONTRIBUIÇÃO
Período de Contribuição Efetiva do Esgoto
O dimensionamento deverá considerar os seguintes períodos (JORDÃO,
2014):
I. Prédios residenciais, hotéis, hospitais e quarteis de 24h,
II. Outros tipos de prédios serão adotados o próprio regime de funcionamento.

Contribuição do Lodo Fresco


Na ausência de dados locais, deverão ser considerados os volumes mínimos
constantes na Tabela 01.

TAXA DE ACUMULAÇÃO TOTAL DO LODO


A Taxa de acumulação total do lodo, expressa em dias, deverá ser obtida
através da Tabela 03.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 8 / 27

GPE-NI-001-01

Tabela 03: Taxa de Acumulação Total do Lodo


Intervalo entre Valores de K por Faixa de
Limpezas Temperatura Ambiente (t), em °C
t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t<20
1 94 65 57
2 134 105 97
3 174 145 137
4 214 185 177
5 254 225 217

Fonte: JORDÃO, 2014

I. Deverão ser considerados os seguintes critérios:


a. Faixas de temperaturas ambiente (média do mês mais frio, em graus
Celsius);
b. Intervalo de limpezas, em anos;
c. Não será recomendado período de acumulação superior a 5 anos, para não
comprometer a manutenção e a economicidade do sistema.

CARACTERÍSTICAS
Tipos e Formas
O tanque séptico (decanto-digestor) poderá apresentar forma cilíndrica ou
prismática retangulares. Algumas particularidades são recomendadas em relação a
geometria dos tanques, dentre as quais:
I. Os cilindros são empregados em situações nas quais se pretende minimizar a
área útil em favor da profundidade;
II. Prismáticos regulares, nos casos que são desejáveis maior área horizontal e
menor profundidade.

VOLUME MÍNIMO DA CÂMARA DE SEDIMENTAÇÃO


De acordo com NBR 7229 (ABNT, 1993), as fossas sépticas (decanto-digestor)
deverão atender aos seguintes critérios técnicos:
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 9 / 27

GPE-NI-001-01

I. Para os modelos convencionais prismáticas ou cilíndricas, estas deverão ser


dimensionadas com o volume mínimo de 1.250 litros, incluindo as zonas de
sedimentação e de digestão;
II. Para os modelos com câmaras sobrepostas, deverá ser estabelecido um
volume mínimo de 500 litros para câmara de sedimentação, além de atender o
período de detenção de 2 horas.

MEDIDAS INTERNAS
As medidas internas dos tanques deverão atender às seguintes
recomendações:

Profundidade Útil:
Determinada a profundidade útil de acordo com Tabela 04.

Tabela 04: Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil

Volume Profundidade Profundidade


Útil Útil Mínima Útil Máxima
(m3) (m) (m)
Até 6,0 1,2 2,2
De 6,0 a 10,0 1,5 2,5
Mais que 10,0 1,8 2,8
Fonte: ABNT, 1993.

Forma cilíndrica (Figura 1A):


I. Diâmetro interno mínimo de 1,10m;
II. Profundidade útil mínima de 1,20m;
III. O diâmetro interno não deverá ser superior a duas vezes a profundidade útil;
IV. Proporção entre câmaras: 2:1 em volume da entrada para a saída.

Tanque prismático retangular (Figura 1B):


I. Largura interna mínima de 0,70m;
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 10 / 27

GPE-NI-001-01

II. Relação comprimento/largura:

𝐶
2≤ ≤4 Equação 02
𝐿

III. Profundidade útil mínima de 1,20m;


IV. Profundidade útil máxima de 2,50m;
V. Proporção entre câmaras: 2:1 em volume da entrada para a saída.

Figura 01: (A) Tanque Séptico (decanto-digestor) Cilíndrica de Câmara Única e


(B) Tanque Séptico (decanto-digestor) Prismática Retangular de Câmara Única.

A B

Fonte: ABNT, 1993.

Intercomunicação entre as Câmaras:


I. As câmaras deverão comunicar-se mediante aberturas com área equivalente a
5% da seção vertical útil do tanque no plano de separação entre elas;
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 11 / 27

GPE-NI-001-01

II. As relações de medida para aberturas deverão atender às observações


relacionadas e apresentadas na Figura 02:

Figura 02 Dimensões Tanques Séptico (Decanto-Digestor)

D = diâmentro interno ≥ 1,10m 0,05.h.W (Prismática regular)


E ≥ 30cm – n =número de abertura n.d.f 0,05.h.D (Cilíndrico de câmara dupla)
em parte em cada parede 0,025.h.D (Cilíndrico de três câmaras)
D = altura da abertura de ≥ 3cm
F = largura da abertura de ≥ 3cm

0,5 h para tanques com intervalo de limpeza de até 4 anos


g
2/3 h para tanques com intervalo de limpeza acima de 5 anos.

Fonte: ABNT, 1993.

a. Distância vertical mínima da extremidade ou geratriz superior da abertura


ao nível do líquido de 0,30m;
b. Distância vertical mínima da extremidade inferior da abertura à soleira do
tanque, nos quais:
i. Para limpezas nos intervalos de até três anos, os tanques deverão ser
dimensionados com a altura útil;
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 12 / 27

GPE-NI-001-01

ii. Para limpezas nos intervalos superiores a 3 anos, os tanques serão


dimensionados para atender dois terços da sua altura útil;
iii. A menor dimensão de cada abertura dos tanques deve ser de 3cm.

Dispositivos de Entrada e Saída


De acordo com NBR 7229 (ABNT, 1993), recomenda-se considerar as
seguintes relações de medidas nos dispositivos de entrada e saída:
I. Dispositivo de entrada: parte emersa, pelo menos 5 cm acima da geratriz
superior do tubo de entrada, e parte imersa aprofundada até 5 cm acima do
nível correspondente à extremidade inferior do dispositivo de saída;
II. Dispositivo de saída: parte emersa nivelada, pela extremidade superior, ao
dispositivo de entrada, e parte imersa medindo um terço da altura útil do tanque
a partir da geratriz inferior do tubo de saída;
III. As geratrizes inferiores dos tubos de entrada e saída deverão ser desniveladas
em 5 cm;
IV. Entre a extremidade superior dos dispositivos de entrada e saída e o plano
inferior da laje de cobertura do tanque, deverá ser preservada uma distância
mínima de 5 cm.

A figura 3 apresenta o detalhamento de um tanque séptico de câmara única


que consiste em uma unidade de apenas um compartimento, no qual na zona superior
deverão ocorrer os processos de sedimentação, flotação e a digestão da escuma,
prestando-se a zona inferior ao acúmulo e digestão do lodo sedimentado.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 13 / 27

GPE-NI-001-01

Figura 03: Detalhes e Dimensões de um Tanque Séptico de Câmara Única

a ≥ 5cm
b ≥ 5cm
c =1/3 h
onde: h = profundidade útil
H = altura interna total

Fonte: ABNT, 1993.

Aberturas de Inspeção
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos (decanto-digestor) deverão
permitir a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução
dos dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e medidas deverão
ser observadas NBR 7229 (ABNT, 1993):
I. Todo tanque deverá ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual
ou superior a 0,60m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do
esgoto no tanque;
II. Máximo raio de abrangência horizontal, admissível para efeito de limpeza, é de
1,50m, a partir do qual nova abertura deverá ser necessária;
III. Menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deverá ser igual ou
superior a 0,20m;
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 14 / 27

GPE-NI-001-01

IV. Tanques executados com lajes removíveis em segmentos não necessitam de


aberturas de inspeção, desde que as peças removíveis que as substituam
tenham área igual ou inferior a 0,50m2;
V. Tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas deverá ter pelo menos
uma abertura por câmara;
VI. Tanques cilíndricos poderá ter uma única abertura, independentemente do
número de câmaras, desde que seja observado o raio de abrangência disposto,
no item II, que a distância entre o nível do líquido e a face inferior do tampão
de fechamento seja igual ou superior a 0,50m.

DETALHES CONSTRUTIVOS
Os tanques sépticos e respectivos tampões deverão ser resistentes a
solicitações de cargas horizontais e verticais. As dimensões deverão ser suficientes
e/ou deverão ser construídas instalações complementares (lajes, taludes) para
garantir a estabilidade em face das seguintes considerações NBR 7229 (ABNT, 1993),
atualização em 2017:
I. Resistência às cargas estáticas e dinâmicas aplicadas em partes construídas;
II. Pressões horizontais e verticais em terra;
III. Carga hidráulica devido à elevação de lençol freático, em zonas suscetíveis a
esse tipo de ocorrência.
De acordo com CPRH (2004), os tanques sépticos de forma prismática
retangular deverão ainda obedecer aos seguintes detalhes construtivos:
I. A geratriz inferior do tubo de entrada dos despejos no interior do tanque deverá
estar 0,05 m acima da superfície do líquido;
II. A geratriz inferior do tubo de saída dos efluentes deverá estar 0,05 m abaixo
da geratriz inferior do tubo de entrada.

As chicanas ou cortinas deverão ocupar toda largura da câmara de decantação,


afastadas 0,20 a 0,30m da parede de entrada e de saída dos efluentes, imersas no
mínimo 0,30m e no máximo 0,50m, enquanto a parte emersa terá, no mínimo, 0,20m
e distará, no mínimo, 0,10m da laje superior do tanque.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 15 / 27

GPE-NI-001-01

Deverá ser reservado um espaço para armazenamento e digestão da escuma,


determinado por toda superfície livre do líquido no interior do tanque e, no mínimo,
com 0,20 m de altura acima da geratriz inferior do tubo de entrada.
Para fins de inspeção e eventual remoção do lodo digerido, deverão os tanques
sépticos possuir, na laje de cobertura, entradas dotadas de tampas de fechamento
hermético, cuja menor dimensão em seção será de 0,60m e as aberturas de inspeção
deverão ficar no nível do terreno. Quando a laje de cobertura estiver abaixo desse
nível, deverão ser necessárias construções de chaminés de acesso com diâmetro
mínimo de 0,60m.
Os tanques com mais de 4 (quatro) metros de comprimento deverão ter 2 (duas)
tampas de inspeção, localizadas acima da chicana de entrada e imediatamente antes
da chicana de saída, enquanto os tanques com até 4 (quatro) metros podem possuir
apenas 1 (uma) tampa de inspeção, localizada no centro da laje de cobertura.
Os tanques sépticos com capacidade para atendimento de contribuição diária
superior a 6.000 (seis mil) litros deverão ter a laje superior de fundo com uma
inclinação mínima de 1:3, no sentido transversal, das paredes laterais para o centro
do tanque séptico.
De acordo com CPRH (2004), os tanques sépticos com câmaras em série
deverão obedecer às seguintes condições e detalhes construtivos:
I. A primeira e a segunda câmara deverão ter um volume útil, respectivamente,
de 2/3 e 1/3 do volume útil total (V);
II. O comprimento da primeira câmara é de 2/3 L e o da segunda, 1/3 L, onde L é
comprimento total da câmara;
III. As bordas inferiores das aberturas de passagem entre as câmaras deverão
estar a 2/3 da profundidade útil (h);
IV. As bordas superiores das aberturas de passagem entre as câmaras deverão
estar, no mínimo, 0,30 m abaixo do nível do líquido;
V. A área total das aberturas de passagem entre as câmaras deverá ser de 5 a
10% da seção transversal útil do tanque séptico.

FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO


Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 16 / 27

GPE-NI-001-01

As unidades de filtro biológico anaeróbio preconizadas para o tratamento de


efluentes das fossas sépticas (decanto-digestor) contendo material de enchimento,
usualmente a brita 4 ou 5, poderão também utilizar outro material inerte para
percolação do afluente líquido, entrando em contato com as culturas de
microrganismos anaeróbios aderidos ao meio suporte.
A atividade biológica ocorre pelo acúmulo da biomassa nos vazios e no meio
suporte, o que permitirá uma eficiência global de remoção da DBO entre 70 a 85%,
em relação do afluente às fossas sépticas (decanto-digestor), (JORDÃO, 2014).
De acordo NBR 13969 (ABNT, 1997), o fluxo deverá ser ascendente com o
afluente ao filtro distribuído através de um fundo falso vazado para interior da camada
suporte, e o efluente tratado será recolhido na parte superior por canaletas ou calhas.

Figura 04: Filtro Anaeróbio

Fonte: JORDÃO, 2014.

DIMENSIONAMENTO
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 17 / 27

GPE-NI-001-01

A NBR 13969 (ABNT, 1997) considera como fator de dimensionamento o tempo


de detenção hidráulico que deverá estar em função da temperatura e da vazão
afluente, conforme apresentado na Tabela 05. Os demais parâmetros de projetos são
descritos nos itens a seguir.

Tabela 05: Tempos de detenção T em dias (em função da temperatura T


média do esgoto no mês mais frio, e da vazão).
Vazão
t < 15ºC 15ºC < t < 25ºC t > 25º C
(L/d)
Até 1500 1,17 1,00 0,92
de 1501 a 3000 1,08 0,92 0,83
de 3001 a 4500 1,00 0,83 0,75
de 4501 a 6000 0,92 0,75 0,67
de 6001 a 7500 0,83 0,67 0,58
de 7501 a 9000 0,75 0,58 0,50
acima 9000 0,75 0,50 0,50

Fonte: JORDÃO, 2014.

I. Volume útil

𝑉𝑈 = 1,6 . 𝑁. 𝐶. 𝑇 Equação 03

Onde: 𝑉𝑈 = Volume útil, m3;


N = número de contribuintes;
C = Contribuição unitária, em litros/pessoa x dia, de acordo Tabela 01;
T = Período de detenção, em dias, de acordo Tabela 05.

II. Considerações de acordo com NBR 13969 (ABNT, 1997):


a. A altura do leito filtrante deverá incluir a altura do fundo falso e deverá ser
limitada a 1,20m;
b. A altura do fundo falso deverá ser limitada a 0,60m, incluindo a espessura
da laje;
c. Caso apresente dificuldades de construção de fundo falso, todo o volume
do leito poderá ser preenchido por meio filtrante. Nesse caso, o esgoto
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 18 / 27

GPE-NI-001-01

afluente deve ser introduzido até o fundo, a partir do qual é distribuído sobre
todo o fundo do filtro através de tubos (Figura 05 e 06).

Figura 05: Filtro Anaeróbio Tipo Retangular Totalmente Enchido de britas


(sem laje de Concreto)

Fonte: ABNT, 1997.


Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 19 / 27

GPE-NI-001-01

Figura 06: Filtro Anaeróbio Tipo Circular Totalmente Enchido de britas (sem
laje de Concreto)

Fonte: ABNT, 1997.


Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 20 / 27

GPE-NI-001-01

III. Altura total interna do filtro


𝐻 = ℎ + ℎ1 + ℎ2 Equação 04
Onde:
H = Altura total interna do filtro anaeróbio, em m;
h = Altura do leito filtrante h1 mais a altura do fundo falso hf , em m;
h1 = Altura do nível d’água sobre a calha coletora até a superfície do leito
filtrante, em m;
h2 = Altura da borda livre, entre o nível d’água sobre a calha coletora e a
laje superior do filtro, em m.

IV. Área da seção horizontal:


𝑉
𝑆= Equação 05
ℎ1

Onde:
S = Área da seção horizontal, em m2;
h1 = Altura do nível d’água sobre a calha coletora até a superfície do leito
filtrante, em mm;
V = Volume útil (meio suporte + vazios), em m3.

V. Perda de carga hidráulica


A perda de carga hidráulica no filtro deverá ser 0,10m, portanto, o nível de saída
do efluente no filtro anaeróbio deverá ser mínimo a 0,10m abaixo do nível da saída do
tanque séptico.

DETALHE CONSTRUTIVO
De acordo com a NBR 13969 (ABNT, 1997), as unidades de filtro biológico
anaeróbio para tratamento do efluente líquido de fossas sépticas (decanto-digestor)
deverão considerar as seguintes recomendações:
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 21 / 27

GPE-NI-001-01

I. Poderá ser construído em concreto armado, plástico de alta resistência ou fibra


de vidro de alta resistência;
II. Caso o filtro seja instalado no local de trânsito de pessoas ou carros, o cálculo
estrutural deverá levar em consideração as cargas atuantes;
III. O meio filtrante deverá ter granulometria uniforme (brita nº 4 ou 5), com
dimensões mais uniformes;
IV. Não será permitido a mistura de pedras com dimensões distintas, a não ser em
camadas separas, para não causar a obstrução precoce do filtro;
V. A altura do leito filtrante (h) limitada a 1,20m, incluindo a espessura do fundo
falso, limitado a 0,60m;
VI. Diâmetro (d) mínimo de 0,95m e largura mínima de 0,85m;
VII. Volume útil mínimo do leito filtrante de 1.000 litros;
VIII. A carga hidrostática mínima no filtro de 0,10m;
IX. O nível de saída do efluente do filtro deverá estar no mínimo 0,10m abaixo do
nível da saída da fossa séptica (decanto-digestor);
X. O fundo falso deverá ter aberturas (furos com diâmetros mínimos de 0,025m)
espaçadas de 0,15m entre si;
XI. As tubulações e peças especiais de interligação entre a fossa séptica (decanto-
digestor) e o filtro biológico anaeróbio deverão ter diâmetro mínimo de 0,10m;
XII. As tubulações que alimentam o filtro deverão ter bocais perpendiculares ao
fundo plano, em número tal que cada uma abranja uma área máxima de 3m 2;
XIII. O dispositivo de saída deverá ser constituído de vertedor tipo calha, com 0,10m
da largura e com comprimento igual ao diâmetro (ou largura) do filtro e deverá
passar pelo centro da seção e situar-se em cota que mantenha o nível do
efluente a 0,30m do topo do leito filtrante;
XIV. A coleta também poderá ser através de tubos perfurados;
XV. Deverá prever um tubo guia com diâmetro de 0,20m para fins de limpeza do
fundo do filtro.

O número e a disposição do filtro anaeróbio dependerão da concepção do


sistema de tratamento. Além disso, poderá ser instalado desde um filtro anaeróbio
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 22 / 27

GPE-NI-001-01

para cada fossa séptica (decanto-digestor) até um único filtro anaeróbio para cada
grupo de fossas sépticas.

LIMPEZA DO FILTRO ANAERÓBIO


O filtro anaeróbio deverá ser limpo sempre que for observada a obstrução do
leito filtrante, observando-se as considerações dispostas a seguir:
I. Para a limpeza do filtro, deverá ser utilizada uma bomba de recalque,
introduzindo-se o mangote de sucção pelo tubo-guia, quando o filtro dispuser
daquele;
II. Caso seja constatado que a operação da alínea I, do item 2.3 – Limpeza do
Filtro Anaeróbio, deste Apêndice é insuficiente para a retirada do lodo, deverá
ser lançada água sobre a superfície do leito filtrante, drenando-a novamente;
III. Não deverá ser feita a “lavagem” completa do filtro para não retardar a partida
da operação após a limpeza;
IV. Nos filtros com tubos perfurados sobre o fundo inclinado, a drenagem deverá
ser feita colocando o mangote de sucção no poço de sucção existente na caixa
de entrada, conforme representado nas Figuras 05 e 06.
V. Os despejos resultantes da limpeza do filtro anaeróbio em nenhuma hipótese
deverão ser lançados em cursos de água ou nas galerias de águas pluviais.
Seu recebimento em estações de tratamento de esgotos está sujeito à prévia
aprovação e regulamentação por parte do órgão responsável pelo sistema
sanitário local;
VI. No caso de o sistema já possuir um leito de secagem, o despejo resultante da
limpeza do filtro anaeróbio deverá ser lançado no próprio leito de secagem;
VII. Maiores detalhamentos técnicos não abordados nesta Norma poderão ser
complementados com a NBR 13969 (ABNT,1997).
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 23 / 27

GPE-NI-001-01

SUMIDOURO

De acordo com NBR 13969 (ABNT, 1997), o sumidouro é a unidade de


depuração e de disposição final do efluente, que deverá ser dimensionado posterior
ao filtro biológico anaeróbio para receber o esgoto no nível subsuperficial do terreno
quando não existir nas proximidades um corpo receptor, conforme ilustra a Figura 07.

Figura 07: Esquema de Instalação do Sumidouro

Fonte: CHERNICHARO, 2001.

CRITÉRIOS E PARÂMETROS DO PROJETO E OS ASPECTOS


CONSTRUTIVOS
De acordo com CHERNICHARO (2001), CPRH (2004) e a NBR 13969 (ABNT,
1997), deverão ser consideradas as seguintes recomendações:
I. Paredes deverão ser revestidas de alvenaria de tijolos, assentados com juntas
livres, ou de anéis pré-moldados de concreto, convenientemente furados;
II. O interior do sumidouro poderá ou não ter um enchimento de cascalho, pedra
britada ou coque, com recobrimento de areia grossa. Este material não poderá
ser rejuntado para permitir a fácil infiltração do líquido no terreno;
III. As lajes de cobertura dos sumidouros deverão ser construídas em concreto
armado e dotadas de uma coluna de exaustão e de uma abertura de inspeção,
com tampão de fechamento hermético, cuja menor dimensão será de 0,60 m;
IV. As dimensões do sumidouro deverão ser determinadas em função dos
seguintes fatores:
a. Contribuição diária (C x N);
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 24 / 27

GPE-NI-001-01

b. Na capacidade de absorção do terreno deverá considerar como superfície


útil de absorção, a do fundo e das paredes laterais, até o nível de entrada
do efluente do tanque séptico;
c. Deverá considerar a área das paredes laterais como sendo a área de
infiltração que consiste na área vertical interna do sumidouro abaixo da
geratriz inferior da tubulação de lançamento do efluente no sumidouro
acrescida da superfície do fundo;
d. Deverão resguardar as distâncias mínimas de 1,0m ou 1,50m entre o fundo
e o nível máximo do lençol freático;
e. Os sumidores retangulares terão um comprimento máximo de 30m e
largura de 0,60m e máxima 1,50m;
f. O espaçamento mínimo entre dois sumidouros retangulares é de 3 vezes
sua largura ou de 2 vezes sua altura útil, recomenda adotar sempre o maior
valor;
g. O espaçamento mínimo entre sumidouros de forma circular é de 3 vezes o
seu diâmetro e jamais inferior a 6m;
h. Será exigido a construção de, no mínimo, dois sumidouros não interligados,
não podendo qualquer um deles área de absorção maior que 2/3 da área
total necessária;
i. A capacidade média de percolação (KMédio) deverá ser calculada através da
Equação:
∑(𝐾𝑖 .𝐻𝑖 ) Equação 06
𝐾𝑀é𝑑𝑖𝑜 = ∑(𝐻𝑖 )

Onde:
KMédio = Coeficiente médio de infiltração;
Ki = Coeficiente de infiltração da camada de solo “i”;
Hi = Altura da camada de solo “i”.

Uma outra alternativa para realização do ensaio de infiltração, é a utilização de


covas cilíndrica, conforme apresentado na NBR 7229 (ABNT, 1992).
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 25 / 27

GPE-NI-001-01

A estimativa da capacidade de infiltração no solo deverá ser realizada por


camada, desde que as mesmas sejam consideradas áreas infiltrativas no sumidouro,
ou seja, situadas abaixo da tubulação de entrada do efluente.
Maiores detalhamentos técnicos não abordados nesta Norma poderão ser
complementados com a ABNT NBR 7229/1992.

Figura 08: Detalhes do Sumidouro.

Fonte: CHERNICHARO, 2001.

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 004/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes


Gerais para Elaboração de Projetos de Terceiros).

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro,2010;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
7229: Projeto, Construção e Operação de Sistemas de Tanques
Sépticos. Rio de Janeiro, 1993;
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 26 / 27

GPE-NI-001-01

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


7229: Projeto, Construção e Operação de Sistemas de Tanques
Sépticos. Rio de Janeiro, 1993 (atualização em 2017);
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6484: Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos
(SPT). Rio de Janeiro, 1980;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8036: Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios. Rio de Janeiro,1983;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR
9649: Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro,
1986;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
8160: Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário - Projeto e Execução. Rio
de Janeiro, 1999;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
13969: Tanques Sépticos - Unidades de tratamento Complementar a
Disposição Final dos efluentes Líquidos - Projeto, Construção e
Operação. Rio de Janeiro,1997;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
5626: Instalação Predial de Água Fria. Rio de Janeiro, 1996;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de janeiro,2010;
 AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE – CPRH. Manual Técnico
nº 001: Dimensionamento de Tanques Sépticos e Unidades Básicas
Complementares. Recife, 2004.
 AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE – CPRH. Norma Técnica N
2.002: Controle de Carga Orgânica não Industrial. Recife, 2000.
 JORDÃO, Eduardo Pacheco: Tratamento de Esgotos Domésticos. Rio
de Janeiro, 2014.
Módulo 04: Fossa Séptica (Decanto-Digestor) 07/07
Com Filtro Biológico Anaeróbio e/ou Fossa Séptica (Decanto-Digestor)
com Filtro Biológico Anaeróbio e Sumidouro 27 / 27

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS
LEGENDA:

FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO


RETANGULAR CIRCULAR
NOTAS TÉCNICAS:
1 -Desenho representativo. Os tipos das unidades a serem utilizadas ficaram a critério do
projetista segundo avaliação dos técnicos da Compesa.
2 -Quadro de Comando Abrigado de Baixa/Média Tensão Utilizando Soft Starter ou Inversores
de Frequência conforme a NTC-026 / NTC-146 respectivamente, mais atualizadas.
3 -Grupo Gerador Trifásico conforme a NTC-033 mais atualizada.
A B 4 -A definição do projeto de alimentação principal ficará sob a responsabilidade do projetista,
segundo a avaliação dos técnicos da Compesa.
5 -Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
6 - Serão utilizados refletores internos em paredes para pé direito acima de 4,0 m.

Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

LAJE DE CONCRETO TUBO CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO/ DRENAGEM


ALTURA SOBRESSALENTE

TAMPA REMOVÍVEL CANALETA COLETORA


Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
1 1
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
TUBO COLETOR Unidade:
ENTRADA DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
ENTRADA GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
BASE DO TUBO COLETOR
Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:

TUBO DE DISTRIBUIÇÃO Projeto:

CANALETA DE DISTRIBUIÇÃO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04


Assunto: PLANTA BAIXA E DETALHES DO FILTRO BIOLÓGICO ANAERÓBIO

Sub-Assunto: DETALHES DA PLANTA BAIXA E ACESSÓRIOS

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

FOSSA SÉPTICA PRISMÁTICA FOSSA SÉPTICA CILÍNDRICA


(DECANTO DIGESTOR) (DECANTO DIGESTOR)
PLANTA C
TAMPÕES DE FECHAMENTO C
HERMÉTICO

NOTAS TÉCNICAS:
ENTRADA SAÍDA 1 -Desenho representativo. Os tipos das unidades a serem utilizadas ficaram a critério do
projetista segundo avaliação dos técnicos da Compesa.

A B A B 2 -Quadro de Comando Abrigado de Baixa/Média Tensão Utilizando Soft Starter ou Inversores


de Frequência conforme a NTC-026 / NTC-146 respectivamente, mais atualizadas.
3 -Grupo Gerador Trifásico conforme a NTC-033 mais atualizada.
4 -A definição do projeto de alimentação principal ficará sob a responsabilidade do projetista,
segundo a avaliação dos técnicos da Compesa.
5 -Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.

D D 6 - Serão utilizados refletores internos em paredes para pé direito acima de 4,0 m.

NÍVEL DO TERRENO Revisões:


CORTE A-B 5

NÍVEL DO TERRENO 4

3
NA 2

1
ENTRADA NA SAÍDA
Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

CONCRETO
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
CONCRETO CONCRETO
NÍVEL DO TERRENO Projetista: Assinatura:
CONCRETO
CORTE C-D
NÍVEL DO TERRENO
Projeto:

NA
NA

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04


Assunto: PLANTA BAIXA E DETALHES DA FOSSA SÉPTICA

Sub-Assunto: DETALHES DA PLANTA BAIXA E ACESSÓRIOS

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

DETALHE DA ADMINISTRAÇÃO

ADM

NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado com telhas de fibrocimento sem amianto.
CORTE A-B 3 - A coberta deverá ter a função de escoar devidamente as águas pluviais de forma estanque e
direcionada para o sistema de drenagem.
4 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.

PLANTA 5 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as


legislações municipais de cada município.
C 6 - Para dimensionamento das instalações sanitárias, vestiários, copa e as condições de
higiene e conforto, atender a norma da NR-24.

Revisões:

VESTIÁRIO VESTIÁRIO Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

FACHADA ANTERIOR
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
WC
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
WC CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:
CIRCULAÇÃO

Projetista: Assinatura:

DEPÓSITO
A B Projeto:

FACHADA LATERAL ESQUERDA

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04


COPA
Assunto: PRÉDIO ADMINISTRATIVO

Sub-Assunto: CORTES E DETALHES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

D CORTE C-D
Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

NOTAS TÉCNICAS:
1 - Desenho Representativo.
2 - Coberta em laje de concreto armado e deverá ter a função de escoar devidamente as águas
pluviais de forma estanque e direcionada para o sistema de drenagem.
3 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001 mais atualizada.
4 - As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverão atender as
legislações municipais de cada município.
5 - Dimensionamento do logotipo da COMPESA deverá seguir de acordo com o manual de
identidade visual.

Revisões:

DETALHE DO PORTÃO DE ACESSO 2

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos


COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
GRADE DE PROTEÇÃO EM Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
TUBO DE FERRO ARAME DE PROTEÇÃO GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
GALVANIZADO TIPO CONCERTINA CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
CONTRAVENTAMENTO EM
TELA ARAMADA TUBO DE FERRO GALVANIZADO SIMPLES
Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:

MURO EM ALVENARIA
CHAPISCADO E REBOCADO Projeto:

ESTAÇÃO
DE TRATAMENTO
DE ESGOTO
xxxx-PE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04


Assunto: PORTÃO DE ACESSO

Sub-Assunto: DETALHES E ESPECIFICAÇÕES

Sistema: Prancha:

0x/0x
DETALHES PORTÃO DE ACESSO Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

CORPO RECEPTOR/ NOTAS TÉCNICAS:


1 - Desenho Representativo.
REDE PÚBLICA 2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério
do projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento Tratamento Preliminar deverá está de acordo
com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209/2011.
4 - Os critérios e diretrizes do dimensionamento das unidades que compõem o Módulo 04
deverão atender as NBR 7229/93, NBR 12209/2011, NBR 13699/97 e o Manual Técnico
número 001/CPRH.
5 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.
6 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas
VAI PARA O CORPO CINTURÃO VERDE com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
7 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de espécies
RECEPTOR
florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.
8 - Central de Resíduos deverá atender as NBR-12235 e NBR-11174.
Revisões:

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO


FILTRO ANAERÓBIO FOSSA SÉPTICA
CIRCULAR E/OU RETANGULAR (DECANTO DIGESTOR)
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
6
2
ENTRADA
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
5 GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
6
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto

Coordenação: Assinatura:

ADM
Projetista: Assinatura:

Projeto:

EE.R.
CR
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04A
Assunto: FOSSA SÉPTICA(DECANTO DIGESTOR) + FILTRO BIOLÓGICO
ANAERÓBIO + CORPO RECEPTOR/ REDE PÚBLICA
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO
VIA PAVIMENTADA GRAMADO COM ESPÉCIES
GRAMÍNEAS
EM PARALELO Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Os tipos de unidades que compõe o Tratamento Preliminar serão dimensionados à critério
VIA PAVIMENTADA do projetista segundo avaliação dos técnicos da COMPESA.
EM PARALELO 3 - Os critérios e diretrizes no dimensionamento Tratamento Preliminar deverá está de acordo
com a NPE 10/COMPESA e NBR 12209/2011.
4 - Os critérios e diretrizes do dimensionamento das unidades que compõem o Módulo 04
deverão atender as NBR 7229/93, NBR 12209/2011, NBR 13699/97 e o Manual Técnico
número 001/CPRH.
5 - Todo o projeto deverá atender as exigências da NPE-001/COMPESA mais atualizada.
6 - As vias poderão ser projetadas de acordo com a disponibilidade de área e compatibilizadas
com a topografia do terreno evitando assim maior número de movimentos conflitantes.
7 - No entorno da área da ETE deverá ser implantada o Cinturão Verde com plantio de espécies
6 florestais arbóreas e nas unidades um gramado formado por Gramíneas.
8 - Central de Resíduos deverá atender as NBR-12235 e NBR-11174.
CR SUMIDOURO Revisões:

2 4

2
FOSSA SÉPTICA
1
(DECANTO DIGESTOR)
Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

2
EE.R. ADM
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
ENTRADA

5
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
FILTRO ANAERÓBIO CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
RETANGULAR E/OU CIRCULAR
Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:

Projeto:

GRAMADO COM ESPÉCIES


GRAMÍNEAS CINTURÃO VERDE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04 B


Assunto: FOSSA SÉPTICA(DECANTO DIGESTOR) + FILTRO BIOLÓGICO
ANAERÓBIO + SUMIDOURO
Sub-Assunto: LAYOUT DAS UNIDADES E URBANIZAÇÃO
Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01


LEGENDA:

SUMIDOURO
CILÍNDRICO SUMIDOURO PRISMÁTICO
NOTAS TÉCNICAS:

1 - Desenho Representativo.
2 - Os critérios e diretrizes do dimensionamento das unidades que compõem o Módulo 04
ENTRADA deverão atender as NBR 7229/93, NBR 12209/2011, NBR 13699/97 e o Manual Técnico

A B número 001/CPRH.
3 - Laje do Sumidouro em concreto armado.
4 - Paredes alvenaria de tijolos, e contornadas externamente por uma camada de brita nº 50 e
fundo 0,10m de altura do mesmo material.
5 - Sumidouro poderá ser considerado na forma cilíndrica e/ou retangular e o dimensionamento
à critério do Projetista.

Revisões:

4
FUNÇÃO DE ESCOAMENTO
3

CORTE A-B 1

Nº DISCRIMINAÇÃO DATA EMITENTE VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

TAMPA HERMÉTICA
NÍVEL DO TERRENO
Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
LAJE EM
CONCRETO ARMADO
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO
ENTRADA Unidade:
DTE - Diretoria Técnica de Engenharia
GPE - Gerência de Projetos de Engenharia
CPE - Coordenação de Projetos de Esgoto
ENTRADA
Coordenação: Assinatura:

Projetista: Assinatura:

Projeto:

ALVENARIA DE TIJOLO BRITA nº50


ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - MÓDULO 04 B
Assunto: SUMIDOURO + CILÍNDRICO/ PRISMÁTICO

Sub-Assunto: CORTE E ESPECIFICAÇÕES

Sistema: Prancha:

0x/0x
Cidade: Escala:
Indicada

Estado: Data:
xx/xxxx

ANEXO VII - Apêndice G - Módulo 04 - GPE - NI - 001 - 01

Você também pode gostar