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Submissive
Submissive
Autora: Youbaba
SUMÁRIO
Três Doidas........................................................................................................5
Notas.................................................................................................................10
Cast...................................................................................................................11
Playlist..............................................................................................................26
Prólogo.............................................................................................................30
02 • Sidewinder...............................................................................................38
03 • Easy Prey.................................................................................................43
04 • La La Land...............................................................................................50
05 • Mensch....................................................................................................57
06 • Farewell...................................................................................................68
07 • Bystander................................................................................................81
08 • Sweet Escape..........................................................................................91
09 • Rumble Tumble.....................................................................................109
10 • Duality....................................................................................................127
11 • Lights Out..............................................................................................149
12 • Con clavi...............................................................................................172
13 • Cloud Nine.............................................................................................200
14 • Monkey Buisiness................................................................................230
15 • Alpenglow..............................................................................................258
16 • Repentance...........................................................................................284
17 • Hocus Pocus.........................................................................................318
20 • Nalina.....................................................................................................452
21 • Bushfire.................................................................................................487
22 • Double-handed......................................................................................516
23 • Lemon Squeezy....................................................................................549
24 • Moonshine.............................................................................................577
26 • Forecast.................................................................................................639
27 • Counterpoise.........................................................................................670
28 • To Be Continued...................................................................................704
29 • Betsubara..............................................................................................732
30 • Soft Attack.............................................................................................764
31 • Amenalibity...........................................................................................795
32 • Felix Culpa.............................................................................................829
33 • Taikatalvi...............................................................................................863
34 • Carpe Noctem.......................................................................................896
37 • Omotenashi...........................................................................................997
38 • Arquimedes.........................................................................................1035
39 • Pochemuchka.....................................................................................1070
40 • Love List..............................................................................................1102
41 • Lupus in Fabula..................................................................................1136
43 • Keep Breathing...................................................................................1206
44 • Expergefacio.......................................................................................1244
45 • Reability...............................................................................................1279
46 • Made In Heaven...................................................................................1319
48 • Paradise Here......................................................................................1393
49 • Romanticide........................................................................................1432
50 • Wet Weekend......................................................................................1465
Tudo começou por uma indicação da Lee para ler SUBMISSIVE, eu (Lan) fiquei
super animada e cheia de vontade para ler essa fanfic maravilhosa e detentora
de muitos elogios, mas ao clicar no link me deparei com aquela maldita
mensagem do wattpad : “Esta página perdeu-se numa boa história e nunca
mais voltou.” que acabou com a minha animação e deixou a Lee pirada e me
culpando por ela perder a fanfic (estava baixada off-line e depois que ela me
enviou o link sumiu da biblioteca dela) que ela tanto amava.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu procurei informações no mural de conversas na página da autora
(@youbaba) e vimos que o wattpad excluiu a fanfic, mas a autora tinha entrado
em contato e estava esperando uma resposta, outros leitores também falaram
que isso já tinha acontecido antes e que logo a fanfic retornaria. Nós seguimos
com as nossas vidas animadas com a fanfic e inocentemente esperando seu
retorno...
5
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Os dias foram passando e nada da fanfic voltar... A Lee já estava super
chateada porque ela estava relendo quando a fanfic sumiu e eu muito
frustrada, pois cheguei tarde para poder aproveitar essa obra... Até que
recebemos aquela notícia das meninas que gerenciavam os instas das contas
dos personagens: SUBMISSIVE não iria voltar e, caso voltasse a própria autora
a apagaria.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Whats da Lan Lee
Nesse dia nós começamos a falar sobre essa fanfic e não paramos enquanto a
Lee não tivesse terminado de me contar/narrar toda a história, ficamos a noite
toda no whatsapp.
Mesmo com a notícia triste, não consegui deixar de dar uma olhada no mural
de conversas da autora, sempre esperando por alguma notícia ou alguma coisa
acontecer (a esperança é ultima que morre kkk).
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Msg da Deb no mural da Ruth no wattpad
Eu costumo ser uma pessoa tímida, mas a vontade de ler SUBMISSIVE era
tanta que venci isso e mandei uma mensagem pra abençoada no wattpad,
pedindo ( e internamente surtando e rezando pelo amor de Deus pra ela
concordar) pra fazer um pdf.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Wattpad da Lan Deb Whats da Lee Deb
E foi assim que surgiu o pdf de SUBMISSIVE, três loucas que amam fanfic se
juntaram e passaram dias e noites quebrando a cabeça pra devolver essa
belezinha à vida dos leitores que a amam.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Notas
Lan e Lee Supassit
Antes de começar Sub propriamente dita temos que avisar que fizemos
algumas modificações na estrutura/estética e precisamos explicar o motivo.
As imagens
OBS²: Os áudios e algumas mensagens fúteis como “oi” e “ok” devem ser
ignoradas, estão presentes para deixa um pouco mais realista.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Cast
fase
postando isso, mas resolvi colocar todos pra não ter que ficar atualizando
depois, perdoem essa autorinha
afobada
♡ Park Jimin //O Jimin é o que tem uma maior transição nessa primeira fase.
Os fotos estão em ordem "cronológica"
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, Jimin um pouquinho mais crescido aos 17 e parte dos 18 anos,
ainda uma fofurinha
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
(Spoiler) E então o cabelo preto de volta e o Sub mais lindo desse mundo
já bem crescidinho, pronto para segunda fase.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jeon JungKook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Kim Youkwon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yoon Jeonghan.
Yoo Kihyun.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Nakamoto Yuta (Bucetão).
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Seo Hyelin (Amiga do Jimin)
kim Nanjoom.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Kim TaeHyung.
Kim SeokJin.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Min Yoongi
Jung Hoseok
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Kim Wonsik.
Chim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Playlist ♪♪
Antes de tudo, eu vou aproveitar esse capítulo adicional para deixar alguns
recados aos eventuais novos leitores e evitar dores de cabeça bastante
recorrentes:
Submissive!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
links para playlists, FMVs e fanarts dessa fanfic estão disponíveis no fixado do
meu twitter: @panthereve
24 hours — Sunmi "Eu corro quando vou te ver, mas não consigo dar
Adult ceremony - Park Ji Yoon "Eu não sou mais um garotinho, então
Bad things — MGK feat. Camila Cabello "Eu não consigo explicar, eu
Desire — Meg Myers "Baby, eu quero foder com você, eu quero sentir
First love — After School "As vezes eu fico tão curioso sobre você,
meu rosto contra a cama, porque eu gosto de gritar, baby, me faça ficar
quieto"
Get that money - Okasian "Deus me deu você, mas eu não sei se estou
pronto para te aceitar" N/A: essa aqui foi a que mais relutei em colocar,
Guys my age - Hey Violet "Caras da minha idade não sabem me tocar,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Hola Hola — KARD "Eu continuo desejando que o tempo pare de
passar"
House of cards - BTS "Faça o tempo passar mais devagar e, por favor,
Hymn for the weekend — Coldplay "Oh, anjo enviado lá de cima, seu
Into you — Ariana Grande "Todos estão nos olhando, então, baby,
Limitless – NCT 127 "Eu preciso de uma conexão, preciso de algo para
You can be the boss - Lana del Rey "Você pode ser o chefe, daddy"
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Se tiver alguma música que goste de ouvir enquanto lê ou se algum dia escutar
uma que te faça lembrar de sub, compartilhe aqui com a gente *
tchauzinho
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Prólogo
Dedicado a _otter
Eu tinha dezesseis anos quando nos conhecemos. Jungkook tinha vinte e um.
Na época eu era um estudante com mais notas ruins que boas e nenhuma
disposição pra fazer qualquer coisa mais produtiva que perder horas no twitter.
Ele, por outro lado, já estava acompanhando o pai em viagens de negócios,
visitando todas as filiais da empresa que herdaria.
Não havia motivo algum para que meu caminho se cruzasse ao de Jungkook
com mais que algum cumprimento educado caso nos encontrássemos
acidentalmente na recepção do hotel. Entretanto, uma troca de favores boba
reverteu o que eu acreditava ser o rumo natural daquela relação e mais tarde,
no mesmo dia em que o vi de relance pela primeira vez, fui parar em seu
quarto.
E desde então nós dois já sabíamos. Eu já era dele mesmo quando ainda não
podia ser.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi, tudo bom?
Primeiro, algo que já deve ter sido notado: vai ter BDSM sim e graças a deus
(não sei você(s), mas euzinha fico até emocionada)
Segundo, a fanfic vai se dividir em duas fases: o antes e depois de Jimin atingir
a maioridade, então teremos alguns capítulos com ele sendo uma novinha
saliente que fica loucona e se joga pra gente
BDSM é lindo, jikook é lindo, espero que a fanfic seja linda também
tchauzinho <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
01 • Quid Pro Quo
Era a primeira semana do verão, mas o tempo já estava tão quente que eu mal
aguentava ficar dentro do meu próprio quarto.
Por isso, naquele dia, eu deixei o conforto do meu cafofo particular e me juntei
a Hyelin na recepção do hotel da minha família, onde um ventilador acima da
bancada trabalhava preguiçosamente para aliviar o calor.
— Eu achei que você estava namorando aquele que vende pés de galinha —
Rebati, olhando ao redor antes de voltar a mexer no celular.
Mas enquanto Hyelin usava o computador do serviço pra fazer testes online, eu
usava o banco desconfortável da recepção para ficar lá sentado, com um livro
aberto sobre o balcão, fingindo que estava aprendendo alguma coisa quando
na verdade estava vendo o twitter pelo telefone.
— Olha, eu namoro, mas só porque não posso namorar Jeon Jungkook, né? —
Ela respondeu, simplesmente.
— Eu não sei quem é Jeon Jungkook, mas espero algum dia ter um
relacionamento tão intenso e sincero quanto o seu com o cara da barraca de
comida — Provoquei, e ela deu de ombros com alguma displicência.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Pelo menos eu como pés de galinha de graça. — Retrucou, meio
convencida de que aquilo realmente fazia o relacionamento valer a pena. —
Agora shh, preciso me concentrar!
Eu olhei pra ela pelo canto dos olhos, rindo fraco. Hyelin levava esses testes
realmente a sério.
— Não, a melhor opção é trocar o diretor dessa filial. — Outra pessoa disse.
— Você é muito radical, Jun — O cara da primeira voz rebateu e eu vi, ainda
com a cabeça abaixada, os pés de duas pessoas atravessando a recepção. -
Ah, boa tarde. — Ele disse, e eu ouvi Hyelin responder timidamente, o que é
estranho porque ela nunca fica tímida.
Curioso, levantei o rosto para ver quem eram, mas os dois homens já estavam
de costas atravessando a passagem que levava aos quartos dos hóspedes.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O mais baixo. O outro é um tal de Namjoon e ele já quebrou um frigobar, só
Jesus sabe como — Respondeu, ainda eufórica. — Ai, eu quero casar com
aquele homem e ter quinze filhos com ele!
— Santa mãe de deus, Hyelin, os bebês vão sair de você como se estivessem
escorregando num toboágua. - Resmunguei, apavorado com a imagem de uma
pessoa tão desnaturada considerando a possibilidade de ser mãe.
Eu forcei um sorriso e dei dois tapinhas complacentes nas costas dela. — Você
provavelmente não vai conseguir nada com ele, mas pelo menos você pode
comer pés de galinha de graça, né?
Hyelin me lançou um olhar possesso, arrumando sua postura para uma menos
apaixonada e mais agressiva. — Que tal dar um pouquinho de apoio a sua
noona, hein?
Sorri falso, um pouco assustado também. — Ok, primeiro para de fazer essa
cara, tá bom? Parece o Macaco Louco assistindo a destruição de Townsville e
isso é bizarro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Agora me escuta. — Ela começou, abaixando o tom de voz como se
contasse um segredo de estado — Eu vou escrever um bilhete e você vai
entregar por mim, entendeu?
Hyelin deu um gritinho, frustrada. — Então diz o que você quer, seu demônio!
Dessa vez, fui eu quem fiquei pensativo. O que Hyelin poderia me oferecer em
troca de um favor?
Eu corei com a única possibilidade que passou por minha mente, e ela sorriu
ao ver que, afinal, existia alguma coisa que eu podia pedir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ela fez uma careta, confusa. — Como é?
— Você nunca...? — Ela parou, chocada. — Uau. Com doze anos eu já matava
aula pra dar bitoca nos meninos mais velhos da escola. Que exemplo você é,
Chim. Tá de parabéns.
— Tudo bem, eu te ajudo, não é nada demais — Ela voltou a dizer, e eu vi que
se forçou a não fazer mais nenhum comentário sobre a minha castidade labial.
— Tem alguma menina em mente?
Eu neguei, porque não tinha. Nunca na vida senti atração ou vontade de beijar
uma menina e eu já estava começando a acreditar que tinha alguma coisa
errada em mim, mas eu estava curioso pra saber como seria.
— Tá, isso complica um pouco, mas eu ainda posso dar um jeito. Tenho umas
primas mais novas que beijam qualquer buraco na parede, então beijar você
não vai ser um problema pra elas — Hyelin disse, não exatamente me
tranquilizando, e estendeu a mão. — Estamos combinados?
Eu olhei para sua mão estendida por um tempo, antes de finalmente selar
nosso pequeno e vergonhoso acordo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
teve gente lendo o prólogo SOS e esse primeiro capítulo mais parece um
segundo prólogo do que um capítulo propriamente dito kjkkkmemata
Queria deixar aqui registrado que no início dessa primeira fase, eu imagino o
Jimin bem fetus, desse jeitinho:
nunca vou ter estrutura emocional pra lidar com a fofura dele nessa época :(
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
02 • Sidewinder
Ele ainda estava acordado, ou ao menos era isso que as luzes acesas do lado
de dentro indicavam, e eu deveria ter cuidado para não ser visto por ele ou com
certeza teria problemas com meus pais, caso descobrissem. Só por isso resolvi
esperar, chutando pedrinhas, enquanto as luzes não se apagavam.
Mas elas não se apagaram por um bom tempo, o que começou a me deixar
impaciente. E talvez eu não seja a pessoa mais esperta quando tenho que lidar
com impaciência.
Eu só queria saber o que ele estava fazendo e porque não ia dormir logo, mas
definitivamente não esperava, nem podia, ser pego espionando.
Jungkook estava sentado sobre o chão, diante da mesa de chá que ficava logo
de frente para a porta do quarto. Uma bandeja com um bule e uma xícara de
cerâmica sem alça já tinha sido deixada de lado, e no momento ele parecia
concentrado na leitura de alguns papeis. Acho que por isso, apesar de estar
com o corpo virado na minha direção, ele não me viu.
E é claro que reconheço que deveria ter aproveitado sua distração para fechar
a porta outra vez e esperar mais um pouco até que ele dormisse e eu não
corresse mais o risco de ser pego. Poderia também desistir de ajudar Hyelin e
simplesmente sair dali, mas... foi impossível.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De repente, era como se eu entendesse tudo que ela dizia sobre Jungkook.
Não... Era como se eu estivesse descobrindo que todos os elogios não faziam
jus à imagem daquele homem, porque ele estava acima de todos esses.
E aquele não era o momento para tentar entender porque meu coração estava
batendo tão rápido por outro homem, então eu não o fiz. Apenas continuei
quieto, com uma mão espalmada contra a parede e a outra contra a porta de
correr, um dos olhos encaixado na fresta e a respiração pesada e lenta demais,
como se qualquer mínimo ruído pudesse me denunciar.
Então ele ficou de pé, calmamente, e eu o vi levar uma das mãos ao primeiro
botão fechado de sua camisa enquanto ele caminhava até o pequeno armário
do quarto.
Jungkook ficou de costas para mim, e eu assisti com devoção enquanto ele
desabotoava completamente sua blusa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O tecido fino marcava os músculos de suas costas, que se contraíram
deliciosamente quando ele finalmente deixou a blusa escorregar por seus
braços firmes, revelando músculos posteriores que pareciam mais fortes que
todos os meus objetivos de vida.
Jeon Jungkook tinha uma enorme serpente negra tatuada nas próprias costas.
A surpresa de descobrir que aquele homem de olhar sério escondia algo como
uma tatuagem debaixo de suas roupas caras me fez sentir a necessidade de
descobrir que outros segredos ele poderia ter.
E, a partir desse exato momento, eu mandei aos ares toda e qualquer objeção
que minha moralidade e medo criavam para me fazer sair dali. Durante todo o
tempo eu estive ciente sobre como era errado invadir a privacidade de alguém
daquela forma, mas o desejo e curiosidade que aquele homem despertou em
mim criaram um lapso de consciência muito mais forte que meu receio de ser
pego fazendo algo tão condenável.
Mas, apesar do suor nas palmas das mãos e da frequência cardíaca irregular,
eu não fui notado e tive total liberdade para finalmente ver a cabeça da
serpente desenhada sobre seu peitoral forte, com as presas à mostra numa
representação de perigo que não me despertou nada além de mais vontade de
continuar ali, assistindo-o.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, deixei que meus olhos descessem pelo restante de sua pele exposta,
capturando com atenção os detalhes de seu abdômen definido, até a pequena
entrada em seu quadril que apontava e sumia debaixo do cós de sua calça.
Num gesto involuntário, cravei meus dentes em meu próprio lábio, tentando
refrear a quantidade de sensações novas que somente a visão de seu corpo
me proporcionou, combinado ao desejo de poder ver o que ainda não tinha
sido revelado.
Depois de tirar o cinto, ele então o dobrou e o segurou em apenas uma das
mãos, ainda andando devagar. Antes que pudesse me perguntar quando ele
tiraria sua calça, eu finalmente percebi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
hello
teve mais gente dando as caras, yay! Por favor, lembrem de deixar pelo menos
um comentário me dizendo o que estão achando (mesmo que estejam achando
ruim), okay? Eu realmente gostaria de saber <3
e pra garantir duas vezes, porque sei que não deixei tão claro na fanfic, a casa
dele é no mesmo lugar que o hotel.
por hoje é só, acho que na segunda ou na terça volto com o capítulo que conta
o que aconteceu depois que essa porta foi aberta pelo Jungkook hahahaha me
despeço deixando aqui a foto do homem mais bonito do mundo <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
03 • Easy Prey
O olhar dele era incompreensível e sua postura era firme, um pouco opressora.
Eu queria poder ler o que ele estava pensando. Ou, no mínimo, gostaria de ter
forças nas pernas para me levantar e correr para longe dali, mas as duas
possibilidades pareciam igualmente impossíveis.
Quando meus olhos desceram um pouco relutantes até pousarem no cinto que
ele segurava em uma das mãos, uma nova onda de medo tomou conta de
todas as minhas células.
A forma como ele segurava o objeto de couro, sua postura, seus olhos escuros
e impenetráveis e a cabeça da serpente marcada em seu peitoral... tudo isso
despertou um alerta de perigo que me fez prender a respiração.
Cada mínimo movimento dele parecia ter sido calculado para aumentar a
tensão que já parecia tão insuportável, e ainda assim eu não conseguia sair
dali.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
– Me... — eu comecei, completamente desajeitado, sentindo minha voz tremer.
— Me desculpa...
— Porque você parece tão assustado, meu anjo? — Ele perguntou, e vi seu
polegar direito deslizar sobre o couro preto do cinto que sua mão esquerda
segurava.
Não era mais medo de que meus pais descobrissem que eu estava espionando
um hóspede. Não era mais medo de um castigo, ou de uma surra.
— Você não precisa sentir medo de mim, boneca — Ele continuou, parecendo
se divertir de forma quase sádica com minha incapacidade de responder. — Eu
não vou te machucar... a não ser que você queira.
Meus olhos não poderiam estar mais arregalados e acredito que não era
saudável meu coração bombear tão intensamente, mas a forma como ele me
chamou de boneca desestabilizou tudo dentro de mim.
— Eu não deveria estar aqui... — Foi a única coisa coerente que consegui
articular, depois de muitas tentativas frustradas.
Jungkook deixou a língua fazer mais uma breve aparição quando umedeceu os
lábios, movendo a cabeça numa concordância discreta.
— Acredito que não — Ele disse, ainda deslizando lentamente o polegar sobre
o couro —, mas você já está aí há bastante tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu não sabia mais se o problema estava em mim ou se era natural sentir tanta
tensão a cada coisa que ele me dizia, mas não posso negar o quanto fiquei
aflito com a revelação de que eu tinha sido notado ali muito tempo antes, talvez
desde o início.
Sem querer, deixei que meus olhos curiosos descessem outra vez, atentos à
forma ameaçadora como seus dedos longos seguravam o cinto.
Mas então ele soltou um dos lados do cinto e deixou que a fivela metálica
acertasse o chão de madeira de forma sonora, me fazendo levantar os olhos
em direção aos seus outra vez num reflexo assustado.
— Olhe para mim quando estiver falando comigo. —Ele disse, num tom de voz
que anulava qualquer desejo de contrariar sua ordem.
— Agora diga. — Ele continuou, assumindo um tom pouco mais leve. - O que
você estava fazendo?
Jungkook não é o tipo de homem óbvio. Não é fácil olhar para ele e dizer o que
ele está pensando, mas, naquele momento, eu tinha a mais absoluta certeza
de que ele sabia exatamente o que eu estava fazendo ali. Não me refiro a ter
ido levar um bilhete de outra pessoa, mas sobre ter passado todos aqueles
minutos apenas observando-o com tanta devoção.
Era como se eu estivesse sendo testado e, então, eu optei pela verdade, por
mais embaraçosa que fosse.
— Você é... — Tentei dizer, mas palavra nenhuma parecia ser adequada para
finalizar aquela frase, então comecei novamente, ainda sentindo que meu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
coração poderia sair pela garganta a qualquer segundo. — Eu não consegui
parar de olhar pra você...
Eu não acharia estranho caso ele repudiasse ouvir aquele tipo de coisa de um
garoto.
— E por quanto tempo você pretendia continuar olhando? — Foi a única coisa
que ele perguntou, a despeito de tudo que imaginei que poderia sair de sua
boca.
Essa, entretanto, era uma pergunta que eu não sabia responder, então fiquei
em silêncio, ponderando uma resposta.
Mais uma resposta que eu não poderia dar sem passar algum tempo
pensando, mas Jungkook já parecia ter uma ideia muito clara do que eu
deveria dizer.
Eu pisquei, atordoado.
Uma nova onda de calor tomou conta de cada partícula do meu corpo, mas não
era vergonha. Era outra coisa, algo que eu nunca tinha sentido antes, não
naquela intensidade.
Num reflexo, apertei o bilhete de Hyelin ainda em minha mão. Eu não queria
mais entregá-lo.
— Responda. — Ele insistiu com a voz firme, deixando claro que não aceitaria
meu silêncio como resposta.
Então balancei a cabeça para cima e para baixo uma única vez, devagar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E Jungkook sorriu. Um sorriso pequeno, mas satisfeito e dolorosamente
irresistível.
Como se fosse possível, seu olhar escuro se tornou ainda mais intenso.
Curioso, eu segui o mesmo caminho até que minha visão encontrasse o que
Jungkook observava com outro sorriso torto nos lábios. E meus olhos se
abriram ainda mais ao perceberem que todo aquele calor concentrado na
minha virilha tinha gerado consequências muito visíveis.
— Não seja tão ambicioso, boneca. — Foi a última coisa que ele disse antes de
fechar a porta outra vez, me fazendo ouvir o pequeno clique da trava sendo
acionada.
Ainda sem reação, eu voltei a olhar para a vergonhosa ereção que marcava
minha calça de pano.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não era só choque o que eu sentia. Eu estava completamente hipnotizado por
aquele homem.
Ela teria que me perdoar, mas Jungkook nunca leria aquelas palavras.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
preciso dizer que fiquei emocionada com a quantidade de gente que comentou
no capítulo passado :') mais emocionada ainda em perceber que vocês
gostaram da tatuagem do Jungkook hahahaha
Quando eu coloquei isso, imaginei que muita gente não gostaria. Mas eu amo
tatuagens e amo cobras, então foi difícil resistir <3
Eu já falei que essa primeira fase com o Jimin menor de idade é mais curta? Se
não, deixo aqui justificado porque as coisas podem parecer um pouco (ou
muito, vai saber kjkk) rápidas, as vezes
Espero que tenham gostado, mas lembrem que se não gostarem, podem dizer
aqui. Não me deixem pagar micão escrevendo coisa meia boca hein
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
4 • La La Land
Assim que entrei no meu quarto eu me escorei na porta, ainda sentindo meu
coração pulsar forte.
As pontas dos meus dedos estavam dormentes e minha cabeça estava uma
zona, pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo, mas incapaz de ignorar
a inesperada ereção ainda no meio das minhas pernas.
Incomodado com a falta de controle sobre meu corpo, revirei mais uma vez até
ficar de bruços, mas o atrito entre meu membro e a cama me fez soltar um
gemido baixo, involuntário e vergonhoso.
Depois, foi impossível. Indo contra minha mente confusa, minha mão alcançou
meu pênis e eu suspirei pesadamente quando o apertei com um pouco de
força.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Minha mente transformou meu próprio toque numa projeção de como eu queria
que Jungkook me tocasse. E então lembranças daquela serpente em sua pele,
do cinto de couro em suas mãos e de sua voz deliciosa me chamando de
boneca invadiram minha cabeça enquanto eu me masturbava, fazendo com
que levasse muito pouco tempo até que eu gozasse com um gemido arrastado.
Na manhã seguinte, entender tudo que tinha acontecido naquela noite ainda
era uma tarefa difícil.
Mesmo assim, me deixei ser arrastado por Taeil e Yuta até um fliperama no
centro da cidade, acreditando que aquilo me serviria como distração.
Não funcionou.
Por isso, ouvi piadinhas durante toda a tarde. Taeil e Yuta não eram o que eu
gostaria de chamar de bons amigos, mas eles eram o que eu tinha, então
muitas vezes me obrigava a engolir o incômodo que suas brincadeiras e
comentários maldosos criavam.
Nesse dia, ignorar as provocações foi especialmente fácil, o que não quer dizer
que eu queria continuar com eles. Então me despedi e fui embora, deixando-os
sozinhos numa batalha sangrenta em Mortal Kombat.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu queria logo voltar para casa e tentar me distrair com qualquer coisa que
realmente funcionasse. Ou talvez entrar num fórum na internet, criar um perfil
anônimo e questionar através dele se me masturbar pensando em um homem
fazia de mim um gay.
Então continuei meu caminho um pouco distraído, sem esperar que, ao virar na
rua seguinte, eu veria a causa de toda a minha distração parada diante de um
dos prédios comerciais.
Lá estava Jungkook. Blusa social, calça escura, sapatos lustrados, uma das
mãos no bolso e a deliciosa expressão concentrada enquanto um homem mais
velho lhe dizia alguma coisa.
B AN G T AN
Antes mesmo que eu pudesse saber que gostaria de descobrir mais sobre ele,
Hyelin já tinha me contado várias coisas que descobriu ao stalkear nosso
hóspede na internet. Uma delas era que a Bangtan era a empresa da família
Jeon e que, apesar de ser o filho mais novo, Jungkook seria o sucessor na
direção dos negócios.
Por isso, e também pela semelhança física, presumi que o homem de meia
idade que falava com ele na entrada do prédio era seu pai.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Essa suspeita deveria me fazer desconsiderar a possibilidade de me
aproximar, mas não sei o que aconteceu.
Mas existia. Outras pessoas existiam, sinais de trânsito existiam e é claro que
carros existiam também. Entretanto, só lembrei disso quando ouvi a buzina
aguda de um que vinha na minha direção em alta velocidade para tentar passar
antes que o sinal ficasse vermelho.
Eu podia jurar que seria atingido e consegui imaginar meus pais se lamentando
sobre meu túmulo, mas eu ainda estava vivo. Inteiro.
Quase.
Não foi uma repentina retomada de equilíbrio que me fez continuar de pé. Foi o
braço de Jungkook me segurando com firmeza pela cintura, me pressionando
contra seu próprio corpo para que eu encontrasse algum sustento.
Então eu o observei com os olhos arregalados, tanto pelo susto de quase ser
atropelado quanto pela surpresa de ter sido amparado por ele.
Jungkook era mais alto que eu, então precisei olhar para cima para ver seu
rosto, e vi que ele deixou seu olhar escuro recair sobre o meu por dois
segundos antes que voltasse a observar o motorista.
Mas enquanto ele olhava para o homem furioso em nossa frente, eu olhava
apenas para o seu rosto, ainda sentindo seu abraço protetor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Minhas pernas ainda estavam bambas, mas eu consegui caminhar com o
braço de Jungkook ainda me amparando até chegarmos à calçada. Mas então
meus pés travaram, e só então eu percebi.
Jungkook me chamou de Jimin, mas eu nunca tinha dito meu nome a ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
esse é meu capítulo favorito? não é: (isso tudo que aconteceu deveria ser só a
introdução de um capítulo com muito mais coisa, mas ficou maior do que eu
esperava então decidi finalizar aí e colocar o restante no próximo
de qualquer forma, espero que essa leitura não tenha sido uma perda de tempo
D: eu sei que não teve nada de interessante nela, mas... :(
vamos falar de coisa boa e comemorar mais um pouco os novos leitores que
apareceram, né? Espero que estejam e continuem gostando e principalmente
interagindo com a fanfic (e comigo!) <3 64
e como falei ali no comecinho das notas sobre o tamanho dos capítulos, deixa
eu perguntar: vocês têm algum problema com capítulos maiores que os que
foram postados até então? Eu não me sinto muito confortável em escrever
capítulos maiores que isso em início de fanfic e fico me regulando muito, mas
se vocês não virem problema, eu deixo de me controlar tanto
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
05 • Mensch
Naquele ponto, entretanto, eu não sabia mais dizer qual era a causa da
fraqueza prolongada. Não me surpreenderia caso descobrisse, depois de uma
análise meticulosa em minha mente, que tudo não passava de um pequeno
teatro para que Jungkook continuasse demonstrando aquele cuidado por mim.
— Menos mal que nada pior aconteceu. - Ele disse e me mostrou um sorriso
discreto, mas com covinhas enormes, para logo depois voltar a olhar para o
homem que quase me fez ser atingido por um carro. — Eu vou ver se seu pai
já conseguiu acalmar aquele motorista, tudo bem?
Jungkook moveu a cabeça uma única vez. — Me chame quando nosso carro
chegar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Oh — eu não era o único surpreso, então foi Namjoon quem murmurou. —
Ele também é hóspede daquele hotel?
— Ele mora lá. — Ele disse, aumentando minha surpresa, e então aquele
mesmo sorriso pequeno apareceu outra vez em seu rosto. — Não é, Jimin?
— Eu sou filho dos donos... — Justifiquei, nem sei mais se para Jungkook, que
já parecia saber disso, ou para Namjoon, que eu nem sabia se ainda estava lá.
— Você não estava indo ver se meu pai já conseguiu acalmar aquele motorista,
hyung? — Jungkook retrucou, deslizando os olhos até Namjoon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E então Namjoon finalmente saiu da saleta, encostando a porta outra vez e me
deixando sozinho com Jungkook, que não demorou a voltar a olhar para mim
com aqueles olhos que me fariam arrancar as calças pela cabeça.
Eu bebi mais dois goles, mesmo sem sede, antes de apoiar minhas mãos com
o copo sobre o colo.
— Algum problema, meu anjo? — Ele perguntou quando abaixei o olhar, ainda
pensativo.
Quando ergui o rosto outra vez, vi que ele usava o punho fechado para
esconder mais um de seus sorrisos, apoiando o cotovelo no braço de sua
poltrona e inclinando a cabeça num trejeito sensual demais para ser
considerado divertido.
Engoli minha própria saliva com dificuldade. Então olhei para o resto de água
em meu copo antes de olhar para ele outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook deslizou a língua entre os lábios, me fazendo perceber como esse
seu hábito de umedecê-los com tanta frequência comprometia meu já abalado
equilíbrio emocional.
Não era algo genérico. Eu poderia deixar passar a imagem de qualquer criança
tentando pronunciar, em vão, o próprio nome. Mas não era qualquer criança,
era Jungkook. Visualizá-lo como um menino pequeno dizendo alguma variação
incorreta de seu nome foi demais para mim.
Ao mesmo tempo me fez lembrar que, apesar de todos os efeitos intensos que
causava em mim, Jungkook ainda era uma pessoa. Talvez, até então, eu o
estivesse vendo como algo além disso. 302
Motivado por essa percepção tardia de algo que deveria ser óbvio demais até
mesmo aos meus olhos fantasiosos, eu finalmente consegui retomar o controle
sobre a articulação da minha fala.
— Não é difícil fazer aquela recepcionista falar. O nome dela é Hyelin? — Ele
questionou sem real interesse, girando o anel de prata em seu mindinho
esquerdo. — De qualquer forma, ela fala muito.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Saber que ele tinha conseguido as informações com Hyelin me deixou um
pouco tenso.
Ela não era maldosa e nem tinha como saber que eu estava boicotando seu
plano de se aproximar de Jungkook, mas eu não me surpreenderia caso
descobrisse que ela falou alguma besteira sem querer.
Meus olhos estavam atentos à sua expressão, em busca de alguma coisa que
me fizesse acreditar que ele estava brincando, mas não existia nada além de
seriedade em seu rosto bonito. Mas eu estava confuso. Porque eu precisava
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ser maior de idade? Jungkook queria me dar bebida alcoólica ou alguma coisa
assim?
— Por que? — Questionei, mesmo sentindo que estava fazendo uma pergunta
estúpida.
Jungkook também pareceu achar isso quando sorriu, embora não com humor.
— Você é mesmo tão ingênuo assim? — Foi o que ele retrucou, reforçando
minha ideia de que eu estava, sim, parecendo um bobo.
Sem saber o que dizer, eu optei pela única coisa que conseguiria falar. —
Desculpa...
Eu não sabia exatamente pelo que estava me desculpando. Quer dizer, eu não
tinha culpa de ser lerdo.
Droga.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Estava realmente difícil olhar nos olhos de Jungkook naquele momento, mas
eu sabia que ele não ficaria feliz se eu não o olhasse enquanto falava e eu não
queria irritá-lo.
— Não é justo ela dar em cima de outros quando já está com alguém —
Continuei, fingindo que realmente me importava com aquilo. Quando ela me
pediu o favor, entretanto, eu não julguei sua atitude nem por um segundo. —
Então eu não quis mais fazer parte daquilo e desisti...
Batidas na porta interromperam o que viria a seguir, mas nossos olhares não
desviaram nem mesmo quando Namjoon reapareceu.
— Você precisa saber que eu realmente não gosto quando mentem para mim.
— Ele voltou a dizer, sem nenhuma entonação descontraída em sua voz firme.
Meu silêncio foi a prova de que eu tinha entendido, mas estava constrangido
demais para contar a verdade.
Hyelin me disse uma vez que se eu já estou no inferno, devo abraçar o diabo e
essa parecia a conotação perfeita para a situação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
a real motivação foi o desejo que ele despertou em mim da mesma forma que
fez em Hyelin.
Mas ele parecia não estar disposto a esperar que eu juntasse minha fraca
coragem, e então eu o vi se levantar.
— Vamos embora. — Foi o que ele disse, deixando de lado a conversa anterior
e já caminhando em direção à porta.
Saber que ele estava insatisfeito comigo disparou um alerta dentro de mim, e
foi com pura impulsividade que eu também levantei depois de deixar o copo
sobre a pequena mesa de centro, caminhei até ele e segurei a manga de sua
blusa, impedindo-o de sair da sala antes que eu dissesse o que ele queria
ouvir.
Já era óbvio que às vezes eu falava coisas que não deveriam ser
mencionadas, mas o que saiu da minha boca a seguir não me provocou
arrependimento, apesar de ser vergonhoso como o inferno.
Jungkook não demonstrou surpresa É claro que não. Ele viu meu estado
quando fechou a porta de seu quarto e me deixou sozinho com aquela
embaraçosa ereção.
— Não é justo ela me pedir ajuda com alguém que me fez sentir todas aquelas
coisas... — Completei, reduzindo minha voz a cada palavra dita, ainda
segurando seu braço.
Sem perceber, meu rosto tinha se voltado para o chão e meus olhos estavam
fechados com força, o que me impediu de ver o momento em que Jungkook
levou a mão livre ao topo de minha cabeça e me acariciou quase como se
acaricia um filhote.
— Bom garoto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Senti uma onda de satisfação percorrer cada parte do meu corpo. Eu tinha
deixado Jungkook satisfeito e ele tinha me recompensado por isso com seu
carinho e suas duas palavras.
Então ergui meu rosto com um sorriso enorme, sentindo minha visão mais
escura porque meus olhos sempre se fecham muito quando sorrio assim.
Inevitavelmente, meu sorriso foi sumindo até que eu focasse em seu rosto e
em seus olhos tão atentos à minha boca.
— Porque você tem que ser tão novo? — Eu ouvi ele perguntar quando sua
respiração se tornou mais pesada.
E então eu odiei ser tão novo, assim como ele parecia odiar.
Jungkook, entretanto, parecia discordar. Era ele quem correria todos os riscos
por se envolver com um adolescente, afinal.
— Eu sei ser paciente, Jimin. — Foi o que ele disse, deixando seu polegar
descer por meu queixo até que sua mão não estivesse mais em meu rosto.
Talvez eu tenha sido precipitado ao assumir isso tão rapidamente. Mas com
aquelas palavras, Jungkook me fez acreditar que esperaria por mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
[1] Na Coreia do Sul, a maioridade é atingida aos dezenove anos. Eu vou
ignorar a questão da idade coreana nessa fanfic pra não confundir vocês,
então tudo vai ser trabalhado em cima da idade convencional.
[2] Observação adicional: quando o Jungkook diz que o Jimin foi um bom
garoto, ele fez uma referência a um fetiche dentro do bdsm, o pet play. Se
vocês não conhecem o bdsm a fundo, mas sabem que a fanfic aborda
esse tema (porque isso eu deixei bem claro), venham com a mente aberta.
Debochar não é legal e lembrem: bdsm vai muito além de daddykink.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olá!
Tá, reforço meu pedido (e imploro!) pra que me digam o que acharam.
Obrigada pelos mais de 1.4k de views em tão pouco tempo, fiquei bem
surpresa e bem feliz <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
06 • Farewell
Jungkook me fez entrar num sedan preto que tinha o nome da Bangtan
discretamente plotado na lateral. Então eu sentei entre ele e Dong-yul, o seu
pai, enquanto Namjoon ia no banco da frente ao lado do motorista.
Mesmo assim, exatamente como seu filho, ele tinha uma postura que fazia
qualquer um se sentir um pouco diminuído.
Por isso, fui incapaz de pronunciar qualquer coisa até que chegássemos ao
nosso destino. A forma como as vozes sérias de pai e filho conversavam sobre
os resultados dos relatórios de uma filial em Busan me fizeram perceber que
nada do que eu pudesse dizer seria importante o suficiente para interrompê-
los.
Então tudo que fiz foi olhar, sei que não tão discretamente assim, para
Jungkook, que nenhuma vez me olhou de volta.
Quem tocou em meu ombro foi Dong-yul, me fazendo levantar o rosto. Seu
sorriso era pequeno, quase tão discreto quanto o do próprio filho, mas parecia
sincero.
— Não se preocupe com isso, criança. — Ele disse. — Só tome mais cuidado
da próxima vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda um pouco envergonhado por tê-lo feito se resolver com um motorista
furioso por minha causa, eu assenti. Depois vi seu sorriso tranquilizador por
apenas mais um segundo antes que ele virasse as costas para seguir para
dentro da recepção.
O que aumentou minha chateação foi acreditar que ele me diria um sim e que
então eu ficaria ansioso durante todo o restante da noite até o momento de
aparecer em seu quarto sem ser visto por ninguém.
— Hoje não, anjo, tenho outro compromisso. — Ele disse, paciente, e eu vi que
observou meu uniforme da escola antes de me olhar outra vez. — Que horas
sua aula acaba?
Ele sorriu, como se aquela fosse a melhor resposta que eu poderia dar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Amanhã às dezessete, então. - Anunciou, com um sorriso suave, tão
diferente de todos os que tinha me mostrado até então.
Tão distinto de seu trejeito usual que até mesmo eu, em minha qualidade de
adolescente burro, deveria desconfiar que algo estava errado.
Mas a inocência combinada à ansiedade me cegaram, e tudo que fiz foi sorrir
de volta, garantindo que no dia seguinte iria ao seu quarto assim que chegasse
da escola.
Por tudo isso, não posso dizer que o resto do dia ou grande parte do seguinte
foram produtivos. Eu não conseguia colocar minha cabeça no lugar, porque ela
insistia que não valia a pena se concentrar em qualquer coisa que não fossem
as possibilidades que me aguardavam assim que eu estivesse sozinho com
Jungkook outra vez.
Então a noite, pela segunda vez, foi mal dormida e as aulas, não que isso seja
novidade, totalmente improdutivas.
Pelo segundo dia consecutivo, além de não conseguir me forçar a pelo menos
tentar ouvir o que os professores diziam, eu nem mesmo prestava atenção no
que Taeil e Yuta falavam, não até eles entrarem numa conversa que,
invariavelmente, despertou meu interesse.
— Ugh — Yuta fez uma careta olhando na direção de Yukwon, que estava
sentado num dos bancos afastados, e então eu soube de quem estavam
falando. - Não basta ser repetente, tem que ser viado também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A gente nem devia trocar de roupa no mesmo vestiário que ele — Taeil
voltou a dizer, enojado. — Vai que ele tira foto pra se masturbar depois.
Eu voltei a tirar meu uniforme esportivo do armário de metal, sem tomar partido
na conversa idiota dos meus dois amigos.
Eles sempre foram assim e eu nunca me importei muito. Yukwon também era
um punk esquisito e já tinha reprovado duas vezes, então não era surpresa
alguma que ele fosse sempre vítima dos comentários maldosos de Yuta e Taeil
ou do resto da escola todinha.
Pelo menos, quando estavam ocupados falando de outra pessoa, eles perdiam
menos tempo me provocando sobre minhas bochechas gordas, meu dente
torto ou minhas pernas grossas.
Dessa vez, entretanto, o que me incomodou foi ouvir a forma como eles se
referiam à possibilidade de Yukwon ser gay quando eu mesmo estava me
sentindo tão atraído por um homem.
— Eu não acredito que você ainda não trocou de roupa - Yuta resmungou para
mim, pendurando a mochila no ombro quando ficou pronto.
— Cuidado, hein? - Ouvi a voz da única pessoa que ainda estava ali. — Eu
posso muito bem tirar uma foto da sua bunda pra me masturbar olhando pra
ela depois. — Yukwon alertou, debochado, fazendo um gesto obsceno com a
mão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O comentário não foi dos mais agradáveis, mas eu não me dei ao trabalho de
me despir e vestir mais rápido por causa disso.
— Seus amigos são uns babacas, eles falam alto justamente pra que eu
escute. - Ele disse sem parecer irritado. — Qualquer dia eu lembro de avisar
que tô cagando pro que eles acham.
— Não vou forçar a barra dizendo que você parece um cara legal demais pra
andar com eles, porque nem parece, mas você deveria rever suas amizades
A coisa seguinte que eu ouvi foi o som da porta metálica sendo aberta para que
ele saísse do vestiário. E então eu estava finalmente sozinho, chocado demais
com o que tinha acabado de ouvir.
Eu não sabia se ele tinha falado aquilo pra me provocar, mas fiquei tão curioso
que logo depois eu terminei de me vestir às pressas, juntei minhas coisas e saí
correndo atrás dele.
— Você acha que eu sou gay? — Mudei a abordagem, sem entender se aquilo
na minha voz era raiva ou não.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yukwon fez uma careta como se tivesse escutado um absurdo. — Claro que
não acho, Jimin. Eu tenho certeza.
Ele sorriu, com o rosto bem em frente ao meu, e minha mente viajou por várias
possibilidades em poucos segundos. Pensei em mandar ele ir se ferrar, em dar
um soco na cara dele e depois mandar ele ir se ferrar, em negar, dar um soco
na cara dele e por último mandar ele ir se ferrar.
Eu não sabia muito bem o que aquilo queria dizer, mas entendi que era uma
confirmação.
— E você... sai mesmo com homens mais velhos? — Insisti, tentando soar
casual, mas ele pareceu ter percebido a motivação da minha pergunta.
— Você também curte um sugar daddy, Jimin? — Ele riu, voltando a caminhar
em direção à passagem, mas eu o impedi outra vez. — Porque eu não estou
surpreso?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Puta que me pariu, vocês enrustidos são os piores — ele resmungou,
enfiando mais um chiclete na boca.
— O que foi? Quer saber como faz a chuca ou aprender a fazer garganta
profunda, é?
— Eu só quero saber como... como agir com um cara mais velho. — Confessei,
mortificado por estar falando aquilo em voz alta. — Ele me deixa muito nervoso
e eu não sei o que fazer, então acabo fazendo besteira.
– Pra sua sorte, sim — Respondeu, jogando a mochila no ombro outra vez. —
Devolva o cantil sem nenhum arranhão ou eu juro que te mato.
Eu fiz uma careta pela ameaça, cheirando de novo a bebida, mas logo
percebendo que não deveria estar com aquilo exposto no meio da escola.
— Já sei que você não vai falar comigo quando outras pessoas estiverem por
perto, então boa sorte com seu sugar daddy. — Foi a última coisa que ele
disse, já depois de me dar as costas e finalmente seguir para o campo.
Yukwon não parecia irritado ao pressupor corretamente que eu não falaria com
ele quando estivéssemos no meio de outras pessoas. Na verdade, ele parecia
considerar aquilo algo completamente normal e previsível, e então eu me senti
mal de verdade.
Ele tinha um jeito rebelde e um linguajar meio grosseiro, mas não parecia má
pessoa como todos os outros me faziam acreditar. Na verdade, de todas as
pessoas que conheci naquela escola e que viviam julgando qualquer um que
não seguisse o que eles consideravam normal, Yukwon parecia ser a mais
decente.
Quando a aula chegou ao fim, depois de ter levado duas boladas na cara e
tropeçado no cadarço desamarrado do meu tênis, eu corri para os vestiários e
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
fui o primeiro a tomar banho e trocar de roupa, porque queria voltar logo para
casa.
Já um pouco nervoso, eu forcei a porta para o lado, percebendo que ela estava
destrancada e o quarto... vazio.
As toalhas e lençóis que ele tinha usado estavam juntos sobre o colchonete,
exatamente como todos os hóspedes deixavam no dia em que iam embora.
Sentindo meu coração acelerar, eu dei um passo para dentro sem nem mesmo
tirar meus sapatos, olhando para cada canto em busca de qualquer coisa que
provasse que eu estava errado e que Jungkook não tinha ido embora daquele
jeito, mas suas roupas não estavam mais ali nem sua mala ou a bandeja com o
chá ao lado dos papeis que ele lia com tanta concentração duas noites antes.
Jungkook foi embora, assim, sem uma despedida, depois de me fazer acreditar
que, naquele exato momento, eu estaria com ele, sozinho, sentindo meu
estômago revirar a cada vez que ele olhasse para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Raiva nunca seria a palavra certa para descrever o que eu senti, porque a
tristeza e a sensação de ter sido enganado tão cruelmente não deixaram
espaço para isso.
E antes que minha visão se tornasse turva por causa das lágrimas ou que eu
saísse dali e me escondesse em meu quarto, eu vi o pequeno pedaço de papel
que, até então, tinha sido ignorado.
Bobo como sou, corri para me ajoelhar diante da mesa de chá e peguei o
pequeno bilhete, desfazendo suas dobras com as mãos atrapalhadas até ver
aquela caligrafia bonita sobre o papel branco.
Então eu li, reli e li mais uma vez as suas palavras. Tão poucas, perto de tudo
que eu tinha pensado em dizer para ele, acreditando que ainda teríamos a
oportunidade de conversar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olááá
Esse é daqueles capítulos que eu não fico empolgada pra postar porque sei
que não são tão interessantes, mas, mesmo assim, ele não podia ser deixado
de lado :(e o pior é que ficou enorme, mas tentei não me preocupar com isso
porque vocês disseram que gostam :( espero que não tenha ficado cansativo
Uma coisa que deveria ter perguntado faz tempo, mas sempre esqueço: vocês
querem que eu poste aqui a playlist da fanfic? Tem muita música que eu escuto
enquanto escrevo ou que me inspiram a planejar o futuro dela
E então é isso, Jungkook foi embora e todo mundo entende a dor do Jimin, né?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Só de pensar em nunca mais ver esse homem qualquer um fica sem forças :(
Perdoem mesmo se o capítulo não estiver bom como os outros, prometo que
vou tentar fazer o próximo ficar melhor <3 beijos e até lá!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
07 • Bystander
Meu apreço pela escola não tinha crescido nesse pouco tempo que passou,
mas acordar naquela segunda feira sabendo que eu teria que ficar o dia todo
em casa não foi algo que me deixou particularmente feliz.
Não que eu detestasse a ideia de não ter obrigações, mas eu detestava, sim, a
ideia de ter tempo livre demais, porque ter tempo livre demais significava que
eu teria ainda menos motivos para não pensar em Jungkook.
Eu estava magoado e queria mais que tudo arrancar seu nome, seu sorriso e
sua voz me chamando de anjo da minha cabeça.
Mas eles não dizem a toa que querer não é poder. Então enquanto parte da
minha consciência me dizia que eu precisava esquecer, a outra, a vencedora,
me fazia perder horas fantasiando sobre Jungkook aparecendo na minha porta.
Mas eu sabia que ele não apareceria. Eu era estúpido, mas não a esse ponto.
Por isso, passei dias e dias ouvindo as lamentações de Hyelin sobre sua
partida sem que ela soubesse que, mesmo em silêncio, eu me lamentava muito
mais.
Eram todas muito impessoais, sempre falando sobre sua posição como
herdeiro da Bangtan ou sobre sua aparição nos eventos em Seul, mas as
minhas favoritas eram aquelas, mesmo antigas, que tinham uma foto sua,
porque então eu a salvava e deixava em minha galeria para que pudesse
sempre ver aquele rosto bonito.
Mas as férias acabaram e minha rotina improdutiva foi interrompida para que
eu abandonasse o horror de sofrer integralmente por Jungkook e voltasse ao
horror que era minha escola.
E por lá, nada de novo. Yuta e Taeil não tinham crescido espiritualmente
naquelas poucas semanas, então continuavam com as brincadeiras maldosas.
Yukwon continuava sendo alvo de piadas de toda a escola, principalmente
depois que todos descobriram que ele saía com homens mais velhos, e eu... eu
continuava agindo como se nada daquilo me importasse, egoísta demais para
me preocupar com ele quando ainda estava lutando contra os resquícios
daquele sentimento estranho que Jungkook despertou em mim.
Mas quando os outros alunos saíam da sala nos horários livres e eu ficava ali
por não estar disposto a fingir que me divertia com o senso de humor de meus
dois únicos amigos, Yukwon e eu ficávamos sozinhos, e então eu sempre
tomava a iniciativa de conversar com ele, porque descobri que nossa
sexualidade não era a única coisa que tínhamos em comum.
Naquela tarde, nos minutos livres entre a aula de história e inglês, nós ficamos
sozinhos de novo, e ele continuou mexendo no próprio celular como se eu não
estivesse ali.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ei — Eu chamei, me arrumando na minha cadeira para poder olhar melhor
para ele. — Viu o trailer do live-action de Attack on titan?
Yukwon finalmente olhou pra mim com a usual careta de deboche. — Você
deveria fazer umas coisas novas. Sua vida é deprimente.
Quer dizer, eu tinha uma boa família, boas condições financeiras e não me
faltava nada de essencial, então eu posso dizer que sempre tive sorte. Mas eu
tinha dezesseis, e aos dezesseis qualquer gota é uma tempestade.
— O que você faz? — Perguntei, com a esperança de ouvir uma resposta que
pudesse me ajudar.
— Sexo.- Ele respondeu, direto. — Poucas coisas me deixam tão feliz quanto
uma boa trepada.
Yukwon então riu, acho que percebendo que eu ainda não tinha propriedade
alguma pra falar sobre isso.
— Cadê aquele seu sugar daddy que não tem idade pra ser sugar daddy, hm?
— Ele perguntou, e pareceu que estava curioso de verdade. — Você nunca
fala sobre ele.
— E eu vou ficar falando sobre um cara que disse que ia me encontrar, mas foi
embora e não deu sinal de vida por três meses? — Resmunguei, tentando
parecer bravo. — Ele só estava brincando comigo.
— Nada de novo sob o sol, bebê. — Yukwon disse, relaxado. — Você ainda vai
passar muito por isso, vai se acostumando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o olhei novamente, um pouco chocado. Ele não podia, sei lá, tentar me
consolar?
— Não sei por que acreditei que você tentaria me convencer de que entendi
errado ou qualquer coisa assim — Suspirei, relaxando minha postura debaixo
do seu olhar divertido.
— Você tem muita fé em mim. — Foi o que ele disse, debochado. — Mas olha,
pra não dizer que eu sou só ruim... — Yukwon se abaixou pra abrir a mochila e
eu quase acreditei que ele tiraria seu cantil de lá, mas então ele jogou uma
barrinha de chocolate para mim.
Eu sempre soube que não era magro o suficiente, mas, depois de ver o corpo
de Jungkook, eu me convenci de que precisava começar a dar um jeito na
minha aparência desleixada.
Eu queria ser bonito como ele, mesmo sabendo que seria impossível, pra sentir
que estava à sua altura.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E aí fui eu quem fiquei sem entender. — Que?
— Eu quis perguntar o que magreza tem a ver com beleza. — Ele explicou,
revirando os olhos, e então jogou o chocolate de volta com mais força,
acertando na minha testa.- Deixa de ideia errada, seu enrustido.
Eu massageei minha testa e olhei para o bendito chocolate que caiu em minha
mesa, um pouco assustado.
Yukwon era muito estranho, mas eu acho que ele estava tentando me animar,
então resolvi aceitar seu agrado, depois de relutar por um tempo, e rasguei o
plástico para morder o primeiro pedaço.
Eu sempre amei chocolate, mas fazia tanto tempo que não comia um que
aquele parecia especialmente gostoso.
— Será que é uma referência ao que ele tem no meio das pernas?
Eu demorei uns cinco segundos para entender o que ele quis dizer, e quando
entendi comecei a tossir como um tuberculoso por me engasgar com minha
saliva.
Mas antes que eu pudesse acusá-lo por sua indiscrição, dois dos outros alunos
abriram a porta e entraram na sala, conversando sobre qualquer coisa.
Acuado, eu me impedi de continuar falando com Yukwon e me arrumei em
minha cadeira, olhando para a frente e continuando a comer o chocolate que
ele me deu, mas principalmente fingindo que nunca tinha trocado palavra
alguma com ele.
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Eu me sentia mal por ser assim, tão covarde, mas tinha muito medo de ser alvo
de todas as brincadeiras maldosas daquela gente.
Então a única coisa que fiz foi olhar discretamente para trás, alguns segundos
depois, somente para ver que Yukwon tinha voltado a mexer em seu celular,
fingindo também que nunca tinha conversado comigo.
No final das aulas, Taeil e Yuta decidiram que gastariam mais tempo no
fliperama, mas eu estava cada vez mais indisposto pra ficar perto deles e
decidi voltar logo para casa.
Em pouco tempo e poucas conversas, Yukwon já me fazia sentir que era meu
amigo, muito mais que os outros dois a quem eu realmente dava esse título.
Eu estava triste e confuso com tudo isso. Com essa amizade que não podia se
tornar real, com a forma como aqueles sentimentos por Jungkook pareciam
esfriar, mas nunca desaparecer, e sobre como eu não sabia lidar com
nenhuma dessas duas coisas.
Para cada pontinha de esperança que surgiu, dez vezes mais de frustração.
Então ela me olhou, com a unha do polegar enfiada na boca, e seus olhos
tinham aquele aspecto assustador que eu só tinha visto quando ela falava
sobre conquistar Jungkook, três meses antes.
E ela saiu de trás do balcão, correu até mim e bateu as mãos em meus
ombros. Com os olhos ainda esbugalhados em algo que eu não sabia se era
ódio ou felicidade, ela disse:
— Ele voltou!
Ela não estava falando de Jungkook. Ela não estava falando de Jungkook. Ela.
Não. Estava. Falando. De. Jungkook.
— Jungkook! — Ela deu um grito, mas então cobriu a boca e me puxou para
mais perto, até estarmos desconfortavelmente próximos. — O homem da
minha vida tá aqui, Jimin!
— Ele vai embora ainda hoje — Ela disse, sem esconder sua frustração. — -
Disse que só está de passagem e que precisava falar com seus pais, então
eles estão conversando lá na sua casa.
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— Jungkook veio até aqui só pra falar com meus pais? — Repeti, ainda sem
acreditar naquilo.
Eu olhei para a passagem que levava até minha casa, depois olhei para Hyelin
outra vez.
— Olha nos meus olhos e jura que você tá falando a verdade. — Eu apontei
para a porta, percebendo que minha mão tremia. — Jungkook está mesmo ali?
Mesmo com alguma confusão no olhar, ela me beliscou, e beliscou com força.
Mas eu não acordei.
Sem dizer mais nada, muito menos sem esperar que Hyelin o fizesse, eu a
deixei para trás e avancei em direção à passagem interna, mas senti meus pés
congelarem ainda sobre o pequeno caminho de madeira quando eu o vi
deixando minha casa.
Depois de três meses e mil quilômetros de distância entre nós dois, apenas
três passos nos separavam.
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pareciam tão mais escuros e tão mais impenetráveis quando vistos de perto
outra vez.
Não tinha explicação. Porque eu não tinha como explicar a forma como ele me
olhava, muito menos como colocar em palavras aquele sorriso contido ao me
ver, nem mesmo seria capaz de descrever o tom de sua voz quando, ainda me
olhando, ele inclinou sua cabeça suavemente para o lado e finalmente deu fim
àquele silêncio.
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hashtag sextou no wattpad
eu queria chegar nessa parte final do capítulo mais rápido, mas me pareceu
muito nhé fazer o Jungkook aparecer logo no início, então a parte realmente
boa desse retorno surpresa dele fica pros dois próximos capítulos. (Se eu
conseguir escrever do jeitinho que planejei, são dois dos meus momentos
favoritos <3)
algumas pessoas acharam que já teríamos um salto no tempo, né? Mas vou
avisar logo que o relacionamento jikook vai se desenvolver durante todos esses
dois anos e pouquinho (e através da distância também) até o Jimin se tornar
maior de idade. Tipo um relacionamento que-não-pode-ser-relacionamento à
distância
se já não estiverem cansados desse pedido, por favor, continuem dando suas
opiniões sinceras sobre o que estão achando da fanfic, tá? Ela é muito
diferente do que to acostumada a escrever, então preciso disso pra saber se to
fazendo do jeito certo :(
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8 • Sweet Escape
Tudo bem, eu tinha motivos para ficar irritado quando Jungkook me enganou
daquele jeito. Três meses depois, entretanto, a raiva já deveria ter dado lugar a
um ressentimento mais brando.
Mas não foi isso que aconteceu, é claro, porque a irritação era tão intensa
quanto todas as outras coisas que Jungkook me fazia sentir desde a primeira
vez que o vi.
Então depois de ouvir sua voz eu continuei parado, ainda sem qualquer ação
consciente, até que finalmente retomei o controle sobre minhas pernas — mas
não sobre meus atos, já que caminhar até ele e empurrar seu peito não é
exatamente o que eu chamo de atitude racional, mas foi isso o que eu fiz.
Com um gesto brusco, ainda irritadiço, eu acertei minhas mãos contra seu
peitoral e vi o pouco impacto que isso teve sobre seu equilíbrio.
— Você mentiu pra mim! — Bradei, empurrando-o outra vez e vendo ainda
menos efeito que da primeira.
— Eu realmente sinto muito por isso, meu bem. — Ele disse, com calma. —
Não imaginei que ia demorar tanto pra conseguir voltar.
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— Mentira — Rebati, ciente de que parecia uma criança birrenta. — Você é um
mentiroso, Jungkook! Me fez acreditar que eu ia poder te ver, mas me deixou
com a maior cara de bobo e
Eu estava agindo como um idiota, porque é claro que Jungkook não tinha feito
todo aquele caminho de Seul até Nam-gu para me dar explicações ou tentar se
desculpar comigo.
Então eu senti todo meu ânimo, inflado de algo que alternava entre mágoa e
excitação por vê-lo de novo, murchar de uma só vez.
Mas aquela que estava presa entre seu peitoral e sua palma quente e áspera
continuou no mesmo lugar, porque Jungkook não a libertou.
— Eu vim te buscar, meu anjo. — Ele completou, e eu senti sua outra mão
segurar meu queixo para que eu erguesse meu rosto outra vez. — Eu vou ouvir
tudo que você quer dizer e juro que vou te recompensar por ir embora daquele
jeito, mas agora nós precisamos ir.
Eu nunca esqueceria da forma como meu coração batia acelerado toda vez
que ele estava por perto e me dizia coisas que eu não esperava ouvir, mas ali,
diante de suas últimas palavras, eu percebi que nunca, nunca mesmo, me
acostumaria com a sensação.
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— Jungkook veio... veio me buscar? — Eu repeti, incapaz de esconder o
quanto aquilo me pegou desprevenido e mais inapto ainda a sequer reparar
que falei como uma criança.
Então ele sorriu o mesmo sorriso discreto que eu já tinha conhecido, parecendo
se divertir com meu jeito bobo de falar.
— Você vem? — Ele perguntou, ainda sem me dizer para onde pretendia me
levar, tampouco sem revelar suas intenções.
Mas assim como ele já parecia ter percebido, eu também estava ciente de que
não importava o lugar. Eu queria ir com ele.
Então todos os motivos que eu tinha para dizer que não iria foram subjugados,
sem que eu sequer tentasse impedir isso quando balancei minha cabeça num
sim.
Quando a mão de Jungkook subiu de meu queixo até minha bochecha e seus
dedos longos acariciaram minha pele, eu soube que me arrependeria até a
morte se dissesse que não.
— Arrume uma mala pequena, só para hoje e amanhã. — Ele disse, com
aqueles olhos escuros brilhando de uma forma que eu ainda não tinha visto
nas poucas oportunidades que tive.
E então a certeza do que aquilo significava fez meu coração bater ainda mais
forte.
A capacidade de pensar com clareza não era uma das minhas qualidades
naquele momento, então caminhar apressado até minha casa foi um ato quase
automático, e eu só parei de correr quando minha mãe apareceu diante de mim
e nós quase trombamos no corredor dos quartos.
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— Ainda bem que você chegou! — Ela disse, afoita, e então estendeu uma
mochila que parecia cheia de coisas.
Num reflexo eu segurei a bolsa, e logo depois meu pai apareceu com um
envelope que ele mesmo guardou num dos bolsos menores da mochila
organizada por minha mãe.
— Esse dinheiro deve ser suficiente. — Ele disse, e eu alternei meu olhar de
um para o outro tentando entender o que estava acontecendo. — Não abuse
da bondade de Jeon, Jimin, pelo amor de deus!
— Sim, sim, se comporte direitinho e não deixe ele gastar mais dinheiro com
você - Minha mãe reforçou, se aproximando para passar as mãos em meus
cabelos que talvez estivessem um pouco desalinhados. — Ele já insistiu em
pagar a hospedagem e teve o trabalho de vir até Nam-gu só pra falar com a
gente! Sinceramente, Jimin, porque você mesmo não pediu? Dando todo esse
trabalho a alguém tão ocupado quanto Jeon...
Mas ele tinha ido até ali me buscar e me levaria para Gwangsan-gu. Eu
passaria a noite fora com ele, e isso foi o suficiente para me fazer perder todo o
interesse nos outros detalhes.
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— Eu coloquei um pijama, uma roupa bonita pra você usar amanhã, seus
sapatos bons e uma nécessaire e com tudo que você vai precisar pra ficar
limpinho. — Ela explicou, tirando a mochila da escola que ainda estava em
minhas costas para que eu ficasse apenas com a que ela tinha arrumado para
mim, — Aproveite a oportunidade, meu amor. Eu vou estar aqui esperando pra
ouvir tudo que você achou da universidade quando voltar, sim?
Mais uma vez eu assenti, ainda sem dizer nada, porque a suposta visita ao
campus da Chosun era minha última preocupação.
Uma viagem para um distrito que ficava a quarenta minutos de Nam-gu, mas
ainda assim... eu iria só com ele.
Por isso, por toda a improbabilidade na situação, eu quase pedi para Hyelin me
beliscar de novo quando passei por ela e vi seus olhos curiosos, mas tudo que
fiz foi devolver seu olhar com uma expressão que dava a certeza de que eu
não ia parar para conversar, então não foi surpresa quando ela não interceptou
meu caminho para começar o interrogatório que eu sei que queria fazer.
Então, quando eu estava do lado de fora outra vez, Jungkook saiu do carro e
deixou a porta aberta para que eu entrasse. E eu o fiz, ainda com minha
cabeça girando e girando e girando.
Eu olhei para ele, que sentou a uma distância de dois palmos de mim, depois
olhei para a mochila que eu ainda abraçava quase inconscientemente e por fim
voltei toda minha atenção ao seu rosto.
— Por que você tá me levando pra Gwangsan-gu? Minha mãe disse que é pra
me levar numa universidade, mas... não faz sentido... — finalizei, baixinho.
— Seus pais não deixariam você vir se eu dissesse a verdade sobre meus
motivos para te trazer comigo, então eu tive que pensar em algo melhor.
Eu apertei meus lábios, ainda tentando montar o quebra cabeça que era
entender as suas intenções.
Jungkook piscou devagar, ainda calmo, quando voltou a olhar para mim. — Eu
só queria passar algum tempo com você.
Não seria novidade dizer que eu senti meu coração perder o controle, mas eu
juro que, dessa vez, todos os efeitos da confissão de Jungkook foram dez
vezes mais devastadores que em qualquer uma das outras vezes.
— Você não parece feliz. — Ele disse, talvez um pouco decepcionado, mas
sem demonstrar isso verdadeiramente.
Balancei minha cabeça, negando. Eu estava feliz, mas também estava com
medo.
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— É só que... parece que você tá brincando comigo. — Confessei,
envergonhado, abraçando minha mochila com ainda mais força.
Eu não queria desconfiar de Jungkook e soube que ele queria isso menos
ainda quando vi a forma como ele respirou fundo e umedeceu os próprios
lábios.
— Eu não tenho tempo pra esse tipo de coisa, Jimin. — Ele disse, e eu
realmente não gostava de quando ele falava meu nome daquela forma. — Se
eu vim até aqui, foi porque queria te ver. E só.
— Então porque você não veio antes? — Insisti, com a voz baixa e tímida
porque eu não queria estar fazendo aquelas perguntas.
— Essa é a primeira chance que eu tenho de sair de Seul nos últimos meses.
— Quando ele respondeu, eu o vi massagear a própria nuca e fechar os olhos,
e isso me deixou ainda mais frustrado.
Eu não diria que ele estava irritado, mas também não estava calmo como
antes. E se Jungkook tinha mesmo ido até Nam-gu só por mim, não era justo
que eu fosse a causa de qualquer sentimento negativo seu.
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— Não me chame assim, Jimin. — Ele disse, e aí eu me encolhi ainda mais
porque achei que estava brigando comigo, até que ele continuou. — Eu gosto
de ouvir você dizendo o meu nome.
Prendi a respiração com seu toque, e deixei que meu corpo seguisse o
comando silencioso e firme de sua palma.
— E é, anjo — Ele disse em resposta, sem explicar nada mais, até que
estivéssemos dentro do elevador.
Ao perceber que nós tínhamos entrado – não, seria muito mais coerente dizer
que foi quando ele viu Jungkook o desconhecido sorriu, mas não fez menção
alguma de se levantar.
— Finalmente, gato.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu só pedi pra você deixar a porta aberta, Kihyun — Jungkook disse em
resposta sem cuidado algum na voz, mas o tal Kihyun não pareceu se
incomodar com isso.
Na verdade, o sorriso dele aumentou ainda mais e então ele ficou de pé,
caminhando calmamente até jogar os braços ao redor do pescoço de
Jungkook.
Eu não sabia quem ele era, mas definitivamente não gostava desse cara e ele
sequer parecia ter percebido que eu estava bem ao lado.
Kihyun ainda não parecia incomodado por ter sido empurrado, mas então ele
olhou para mim e inclinou o rosto, curioso, antes de apontar seu indicador em
minha direção.
— Namjoon costumava ser mais alto. — Ele disse, parecendo se divertir com a
própria brincadeira.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu continuei parado exatamente no mesmo lugar, sendo analisado pelo cara
estranho enquanto ele usava o indicador e o polegar para brincar com o próprio
lábio.
Então eu olhei para Kihyun uma última vez, ainda emburrado, e caminhei com
passos irritados até onde Jungkook estava.
Ele então segurou as pontas do suéter fino do meu uniforme e o puxou para
cima, sem dizer nada.
Mesmo assim, eu entendi e levantei meus braços para que ele tirasse a peça
de meu corpo.
Ainda com calma, ele dobrou o casaco e o colocou ao seu lado. Depois, voltou
com os dedos longos e afrouxou o nó da minha gravata até que a tirasse
também, me deixando só com a calça feia e a blusa do uniforme.
Sentindo as mãos dele em minha cintura outra vez, era como se eu tivesse
esquecido completamente que Kihyun ainda estava ali.
— Só nós dois.
Eu não sabia se aquela era a melhor resposta, mas a forma como o canto da
boca dele se curvou num sorriso orgulhoso me fez sentir orgulho também.
— Se arrume. Nós vamos jantar fora - Ele disse, e eu sorri de novo, ainda
mais.
Então quase corri até minha mochila, que ainda estava ao lado da sua mala na
entrada do apartamento, e senti meus passos diminuírem quando vi a forma
como Kihyun alternava o olhar entre Jungkook e eu, sorrindo como se
estivesse assistindo a um espetáculo.
Antes que eu fechasse a porta, entretanto, eu ouvi a voz de Kihyun outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu então me espremi atrás da parede para que eles não me vissem
espionando, e eu só queria que, dessa vez, Jungkook não me notasse.
— Ah, que dom protetor... — Kihyun voltou a falar ainda debochado, sentando
no espaço livre do sofá, e eu não entendi muito bem o que ele quis dizer com
dom. — Me dói admitir que ele é exatamente do tipo que você gosta. Sabe o
que mais? Me lembra um pouco o Taehyung antes de vocês terminarem...
— Se você quer dizer algo, diga. Você sabe que eu odeio esse tom sugestivo.
— O que eu poderia estar sugerindo, gato? Ele parece seu ex. É só isso que
eu quero dizer.
— Longe de mim achar que você é sacana a esse ponto. E aquele menino
parece tão fácil de iludir... — Kihyun continuou, sem se desfazer do tom
divertido. — Mas tem outra coisa que me deixa mais curioso, e é porque eu
não consigo entender porque você veio hoje se sua reunião é na segunda.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o odiaria pela forma como se referiu a mim, mas parece que tudo isso
perdeu o efeito quando eu vi o sorriso pequeno de Jungkook.
— Não posso evitar, você sabe que desperta isso nas pessoas. — Ele
resmungou, ficando de pé. — Vou te deixar sozinho com seu presente, mas ele
ainda parece muito novo... então não faça nada que vá te mandar pra cadeia,
huh? Uma delícia como você não pode ser trancafiada numa cela suja.
— Eu sei até onde devo ir. — Jungkook disse, e ele parecia bem humorado
como nunca o vi antes. — É vergonhoso receber conselhos de uma pessoa
como você, então não faça isso.
Eu ainda estava confuso com a conversa que ouvi e não sabia a que ponto
dela deveria dar mais atenção, mas eu sabia muito bem o que queria fazer
depois de ouvir de Kihyun que Jungkook tinha antecipado sua ida a Gwangsan-
gu por minha causa.
Então ao invés de entrar no banheiro como deveria ter feito muito antes, eu
caminhei de volta até a sala e o vi ainda sentado no sofá, começando a
desabotoar a própria blusa e parando assim que me viu.
— Você não me disse que era seu aniversário — Eu murmurei, porque não
sabia mais o que dizer, ainda parado um pouco longe dele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook me olhou sem dizer nada, mas falhou em esconder a surpresa
quando eu dei um passo ainda hesitante em sua direção e comecei a
desabotoar minha blusa exatamente como ele estava fazendo antes que eu
aparecesse ali outra vez.
Minha voz tremia porque eu não sabia o que estava fazendo, mas
principalmente porque Jungkook me olhava daquela forma que deixaria
qualquer um sem ar.
Ser seu aniversário era só um pretexto, porque havia um motivo ainda maior
que me fazia querer fazer aquilo, e esse motivo era a felicidade que parecia ter
tomado conta de cada uma das minhas células.
Então eu mordi meu lábio e abracei meu próprio corpo, tentando esconder o
que precisei juntar tanta coragem pra mostrar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu me desculparia?
A vergonha era tanta que eu nem sabia o que deveria fazer, mas enquanto eu
tentava descobrir, Jungkook segurou meus braços e os forçou a se afastarem
do meu abdômen nu, deixando-o completamente exposto outra vez.
Quando ele deslizou as pontas dos dedos por uma linha imaginária que ia do
meu peito até o cós de minha calça, eu soltei o ar que nem sabia que estava
prendendo e deixei que meus olhos se fechassem enquanto sentia seu toque
contra meu corpo exposto só para ele.
Então ele ficou de pé e nós dois nunca tínhamos ficado tão perto um do outro
como naquele instante.
— Abra os olhos.
Devagar, sentindo que tudo ao meu redor parecia girar, eu deixei que minhas
pálpebras se abrissem outra vez. Então eu vi o rosto de Jungkook tão perto
que me deixou tonto.
— Não tenha vergonha do seu corpo, Jimin — Ele disse com sua mão subindo
por meu pescoço lentamente. — Você é lindo.
Eu precisei puxar o ar com mais força, mas parecia que ele nunca chegaria aos
meus pulmões.
— Mas você é tão... — Eu não completei, porque não precisava. Meus olhos,
minha respiração e cada uma das minhas ações deixavam claro o que eu
queria dizer. Então, ainda um pouco atrapalhado, eu desci meu olhar até a pele
exposta por sua blusa já aberta até a metade e a toquei com as pontas dos
meus dedos. — Deixa eu te ver de novo, Jungkook...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O tempo que ele levou para me dar uma resposta me fez acreditar que meu
pedido seria negado, mas então suas mãos seguraram as minhas e ele as
levou até o primeiro botão ainda fechado de sua camisa.
Seu rosto estava sério, mas seus olhos pretos tinham aquele brilho que
provavam o quanto ele não estava indiferente ao que estava prestes a
acontecer.
Então eu tirei botão por botão, até abrir sua blusa completamente e deslizá-la
por seus ombros para que caísse no chão.
E ali estava, outra vez. Aquela tatuagem, seus músculos suaves e a pele que
eu tanto queria tocar desde a primeira vez em que o vi.
E eu o toquei.
Eu não entendia como era possível alguém ser tão lindo quanto Jungkook. Era
como se cada pedaço de seu corpo fosse cuidadosamente esculpido, até não
restar uma só parte que não me deixasse sem ar.
Mas eu não queria entender. Eu só queria aproveitar aquelas horas que teria
com ele.
E sem pedir sua permissão ou sequer pensar que ele poderia me rejeitar, eu
passei meus braços para suas costas e o abracei com força, sentindo meu
rosto contra seu peitoral quente.
Uma mão nas minhas costas, a outra em minha cabeça e sua voz
ricocheteando em meu coração quando ele me respondeu. — Eu sei que não
é, meu anjo, mas eu adoro a forma como você me faz sentir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
[1] Gwangsan-gu é um distrito vizinho a Nam-gu, onde Jimin vive, em
Gwangju.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi
Demorei um tanto dessa vez e sinto muito por isso, mas realmente não tinha
condições de voltar antes. A universidade me consumiu e mesmo quando eu
tinha um tempo livre não conseguia colocar esse capítulo pra frente
Acho que por hoje é só. Vou tentar não demorar tanto com o próximo, mas não
vou prometer nada :(
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
09 • Rumble Tumble
Talvez eu tenha ficado tempo demais sem esboçar qualquer reação, acho que
com medo de descobrir que Jungkook não estava falando sério.
Então eu fiquei quieto, ainda sentindo o calor de seu corpo contra o meu,
porque se suas palavras não fossem reais, pelo menos eu sabia que aquele
abraço era.
Jungkook era quente, seu abraço era apertado e seu cheiro era daqueles que
não são bons só pelo perfume. Tinha algo de natural na forma como o odor de
sua pele se misturava à colônia discreta, assim como foi natural ser tomado por
insatisfação quando ele me afastou com cuidado.
Mesmo assim, eu aproveitei que minha cabeça não estava mais pressionada
contra seu peitoral e busquei seus olhos, finalmente.
Talvez ele fosse um bom ator, mas eu senti meu interior se desestabilizando
ainda mais quando não consegui encontrar sequer um indício de que ele
estava mentindo, então eu me dei o direito de acreditar mais um pouco nele.
— Jimin — Ele me chamou, e só então percebi que seu toque me fez fechar
os olhos quase inconscientemente.
Então eu voltei a olhar para seu rosto, ainda um pouco sonhador, só para sentir
meus olhos quase saltando para fora quando ele me beijou na testa. Depois,
ele fez o mesmo com minha bochecha, e eu senti sua boca se arrastar sobre
minha pele até que seus lábios estivessem próximos ao meu ouvido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu precisei me segurar nele com mais força, ainda aproveitando a proximidade
do abraço recém-interrompido, para que meu corpo não desmontasse no chão.
Jungkook definitivamente nunca fez bem ao meu equilíbrio, fosse ele físico ou
emocional.
— Eu vou te perdoar por ouvir minha conversa com Kihyun, — Ele disse contra
minha orelha, com seu hálito quente se misturando à sensação quase
ameaçadora de sua voz tão próxima - mas nós não vamos sair se você não
ficar pronto logo.
Eu não tinha percebido até então que tinha entregado de bandeja a minha
culpa em ouvir, sem permissão, o que ele e o cara estranho tinham
conversado, mas não foi vergonha que eu senti ao finalmente notar isso.
Foi inquietação, porque Jungkook parecia estar disposto a usar isso como
parte do motivo para me castigar caso eu não o obedecesse e me aprontasse
rápido.
— Eu vou ficar pronto rapidinho — Afirmei, falando tão rápido quanto pretendia
me arrumar.
Jungkook já tinha afastado seu rosto do meu, então eu pude ver seu sorriso
pequeno e satisfeito quando ele gesticulou com a cabeça na direção do
banheiro de onde eu nem devia ter saído, e se sentou outra vez no sofá.
— Então vá, anjo — Ele reforçou, deixando que suas mãos começassem a
desafivelar seu cinto da mesma forma lenta que eu já o tinha visto fazer uma
vez. — Você não quer me aborrecer logo hoje, quer?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não fazia sentido algum, mas a sensação de estar prestes a correr perigo era
irracionalmente deliciosa. Ao mesmo tempo, me inquietava saber que qualquer
pequeno atraso me faria ultrapassar a linha da iminência para me deixar cara a
cara com um lado menos paciente de Jungkook.
Não acho que seja algo restrito somente à minha mãe, mas ela sempre teve
um gosto um pouco controverso quando se tratava de escolher roupas para
mim. Então quando me disse que tinha colocado uma roupa bonita, eu já
deveria ter imaginado que todas as peças ali dentro seriam as mais cafonas do
meu armário.
Mas mesmo sabendo que a combinação seria deplorável, eu não tinha tempo
para me lamentar, porque Jungkook estava me esperando e eu não queria que
ele desistisse de me levar para sair por causa da minha demora.
Então me vesti, confirmando que a blusa de velho ficava ainda mais horrenda
quando combinada à calça marrom, e finalmente saí do banheiro abraçando a
mesma mochila para tentar esconder o desastre que era minha roupa.
Quando parei na sala, um pouco ansioso por não saber quanto tempo tinha
demorado para voltar, eu vi que Jungkook tinha vestido outra blusa, uma
branca de botões com mangas curtas e uma estampa de motocicletas um
pouco estranha — mas que ficava muito bem nele, de qualquer forma — e
também trocado sua calça por uma mais justa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E por mais que seus jeans usuais não falhassem em mostrar como suas
pernas eram fortes, a que ele estava usando levava a imagem de suas coxas a
algo muito além.
Eu encolhi os dedos dos pés sobre o assoalho frio, constrangido, quando ele
se recostou na janela da sala com as mãos escondidas nos bolsos de sua
calça e continuou me olhando, em silêncio.
— Você não parece confortável. — Jungkook explicou, ainda sem sair do lugar.
Então eu levantei minha cabeça, um pouco curioso, e vi que ele parecia estar
tendo problemas em controlar uma risada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Envergonhado e com a certeza de que meu rosto ia ficar todo vermelho, eu
voltei a escondê-lo na mochila, dessa vez com mais determinação e por menos
tempo, porque não demorou para que eu sentisse Jungkook puxando meus
braços antes de tirar a bolsa de mim e colocá-la no sofá.
— Parece as roupas que meu avô usava... — Expliquei, ainda sentindo meu
rosto mais quente que o normal quando ele começou a arrumar o outro lado da
minha camisa. - Eu não devia ter deixado minha mãe escolher...
— Não se preocupe com isso, meu bem, — Ele disse depois de dobrar as duas
mangas, e então começou a arrumar a gola que eu nem mesmo tive a
decência de desamassar-você fica lindo de qualquer jeito.
Quer dizer, eu sempre tropeçava nas palavras quando tentava dizer algo
parecido, e acho que essa sempre foi a maior diferença entre nós dois, ainda
acima da lacuna entre nossas idades.
Jungkook tinha confiança em tudo que fazia ou dizia. Eu, por outro lado,
precisava sempre lidar com a insegurança.
Talvez eu tivesse esse pequeno complexo por estar rodeado de colegas que
viviam apontando os dedos para as falhas dos outros. E, com certeza, via isso
ser intensificado porque Jungkook simplesmente tinha esse efeito sobre as
pessoas.
Mas ele tinha outro efeito, que era o de conseguir me fazer pensar demais, ou
não pensar de forma alguma.
E com seu rosto tão próximo do meu e o acúmulo de sensações que ele me
provocou nas últimas horas, foi exatamente a última opção que venceu.
Mas eu já sabia que uma mulher nunca me faria sentir desse jeito, assim como
tinha a mais absoluta certeza de que eu precisava fazer aquilo.
Então foi um gesto um pouco impulsivo, mas eu fiquei nas pontas dos pés e
beijei a boca de Jungkook, pela primeira vez.
Um beijo tão furtivo que eu mesmo me afastei logo em seguida, com os olhos
ansiosos esperando uma reação, mas até mesmo ele pareceu ser pego de
surpresa, e então nada veio pelos primeiros segundos.
Mas eu não ia, mesmo que minha voz falhasse em transmitir quão sério eu
estava falando.
Talvez por isso, por me ver soar tão inconsistente ao dizer algo tão definitivo,
Jungkook acabou sorrindo.
E eu gostava quando ele sorria daquele jeito meio atravessado, meio perigoso,
mas gostava ainda mais quando seu sorriso era suave como o que ele me
mostrou naquele momento.
— Parece que eu estou sendo muito permissivo com você, — Ele disse, enfim,
enquanto eu ainda esperava com ansiedade — mas não precisa se desculpar
por isso.
Então eu apertei meus lábios, tentando não evidenciar o sorriso enorme que
queria aparecer quando interpretei suas palavras.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook uniu as sobrancelhas como se minha euforia fosse infundada, e seu
sorriso pequeno se quebrou quando ele passou a língua sobre os lábios, antes
de responder.
Eu senti alguma satisfação ao ver a forma como consegui deixar Jungkook sem
reação, mas muito pouco depois ele me lembrou que eu nunca o deixaria tão
incapaz de agir como ele fazia comigo, com tão pouco esforço.
E a forma como seu sorriso voltou a aparecer também me fez ter a certeza de
que ele sabia que tinha deixado aquilo muito claro.
Mas não era tão fácil deixar Jungkook satisfeito, então eu estremeci quando ele
inclinou um pouco a cabeça, ainda sustentando o sorriso obliquo no canto dos
lábios.
Eu não desviei meu olhar nem mesmo quando precisei inclinar meu rosto para
poder continuar olhando-o por estar tão próximo, mas foi impossível seguir
respirando normalmente quando ele segurou meu rosto com firmeza, mas
também com cuidado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu tenho que ser mais claro, então? — Ele perguntou, e eu senti o peso do
meu peito subindo e descendo com força quando respondi, um pouco
atordoado, com um balançar de cabeça.
Jungkook então desceu com a mão que estava em meu maxilar até minha
nuca e eu perdi um pouco do equilíbrio quando ele me puxou em sua direção,
me forçando a usar minhas próprias mãos para não deixar meu corpo se
chocar desastrosamente contra o seu.
Ainda com sua mão segurando minha nuca e as minhas espalmadas contra
seu abdômen, ele aproximou o rosto e o deixou dolorosamente perto, com seus
olhos escuros atraindo os meus como um imã atrai metal.
— Eu quero te beijar, Jimin, — Ele disse e então beijou o canto da minha boca
de forma demorada, me fazendo suspirar — mas eu também quero fazer muito
mais que isso com você.
De volta ao estado em que pensar deixou de ser uma opção, eu amassei sua
blusa com minhas mãos e fechei os olhos, ainda sentindo seus lábios tocando
minha bochecha daquele jeito tortuoso.
Jungkook então desceu com a mão que estava em meu maxilar até minha
nuca e eu perdi um pouco do equilíbrio quando ele me puxou em sua direção,
me forçando a usar minhas próprias mãos para não deixar meu corpo se
chocar desastrosamente contra o seu.
Ainda com sua mão segurando minha nuca e as minhas espalmadas contra
seu abdômen, ele aproximou o rosto e o deixou dolorosamente perto, com seus
olhos escuros atraindo os meus como um imã atrai metal.
— Eu quero te beijar, Jimin, — Ele disse e então beijou o canto da minha boca
de forma demorada, me fazendo suspirar — mas eu também quero fazer muito
mais que isso com você.
De volta ao estado em que pensar deixou de ser uma opção, eu amassei sua
blusa com minhas mãos e fechei os olhos, ainda sentindo seus lábios tocando
minha bochecha daquele jeito tortuoso.
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— Então faz, por favor... — Eu pedi, num sussurro quase sem forças, quando
movi meu rosto para o lado, tentando fazer minha boca alcançar a sua.
E eu consegui, mas Jungkook não deixou que eu fizesse mais nada, sorrindo
contra meus lábios ansiosos antes que sua mão soltasse minha nuca, sua boca
deixasse a minha e seu corpo se afastasse do meu.
— Eu não gosto de fazer isso, Jimin, mas você entende que eu preciso, não
é?- Ele disse, e eu não entendi do que ele estava falando até que completou.
— Você não pode ouvir minha conversa com outras pessoas e achar que não
vai ser castigado por isso.
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Eu sempre me deixava levar tão fácil por Jungkook. Ele podia me fazer de
bobo ao fingir que me beijaria e mesmo assim, ao ser chamado, eu tinha
vontade de segui-lo como um filhotinho obediente.
Mas dessa vez eu não estava só frustrado. Eu estava irritado. Então estanquei
meus pés no chão antes que eles tomassem a liberdade de me fazer correr até
onde Jungkook estava.
— Eu não quero mais ir. — Respondi, apertando meus punhos com força a
ponto de sentir as unhas machucando minhas palmas.
Jungkook parou de andar outra vez e me olhou em silêncio de uma forma que
quase me fez voltar atrás. Mas antes que eu o fizesse, ele mesmo piscou
devagar e assentiu, com calma.
Eu apertei ainda mais meus olhos e me senti muito mais frustrado que antes,
porque, mesmo irritado, eu queria sair com Jungkook.
Mas o pouco orgulho que eu tinha não me deixou anunciar isso em voz alta.
Ele foi cruel comigo, então pelo menos dessa vez eu não seria manipulado tão
fácil.
E tudo que eu fiz, depois de erguer os ombros numa resposta positiva, foi
caminhar até o sofá e me sentar na outra ponta
Dali até que o entregador chegasse com o pedido que ele tinha feito, eu não
falei sequer uma palavra. Apenas dobrei minhas pernas sobre o assento fofo,
apoiei meu queixo nos meus joelhos e esperei em silêncio enquanto Jungkook,
que parecia menos disposto ainda a ceder, se sentou diante da mesa de centro
com alguns papeis e começou a lê-los, quase como se eu não estivesse ali.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E Jungkook também comeu em silêncio mesmo que sua expressão, diferente
da minha, fosse tão tranquila.
Minha cabeça ainda parecia que ia explodir só de pensar que nós poderíamos
ter nos beijado, mas ele parecia completamente alheio a isso e comia com
tanta serenidade que chegava a ser difícil acreditar que nós dois tínhamos
experienciado o mesmo momento.
E nesse ritmo nós terminamos de comer sem que qualquer conversa tivesse
sido iniciada. Quando começou a arrumar a bagunça sobre a mesa de centro,
Jungkook o fez ainda sem falar comigo, mas ainda com a mesma expressão
calma.
Então, sentindo meu orgulho quebrar por ver o tempo passar sem que eu
pudesse ficar perto de Jungkook do jeito que eu queria, acabei por me levantar,
juntando o resto do lixo sobre a mesa e levando-o até a cozinha, onde ele já
tinha começado a lavar os pratos.
Depois de separar o lixo, eu parei apertando uma mão na outra enquanto via
Jungkook enxaguar a pouca louça que tínhamos sujado.
Quando acabou, ele secou as mãos com calma e só então olhou para mim.
— Você pode dormir no quarto. — Ele disse com a entonação que sugeria, ou
exigia, que eu já fosse me deitar, mesmo que não fosse tão tarde assim. —
Amanhã nós vamos sair cedo.
Eu abaixei os olhos, sentindo que toda minha irritação anterior tinha sido
convertida em uma sensação mais mansa e um pouco mais desagradável.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você não está se comportando bem, meu anjo — Ele disse ao se
desencostar do balcão da pia. — Vá dormir. Sozinho.
Eu sabia como as coisas funcionavam com ele, então porque tentei fazer do
meu jeito?
Mas quando também voltei à sala, ainda sem saber se seria melhor obedecer
Jungkook em silêncio ou tentar me desculpar, vi que ele não estava ali.
Mas foi quando ele saiu, vestindo nada além de uma calça de pano, que eu
realmente senti que o arrependimento não cabia em mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vá dormir, Jimin. — Foi tudo que ele disse, ficando de costas para mim
quando se abaixou para sentar diante dos documentos que estava lendo uma
hora antes.
Sentindo meu coração bater furiosamente contra meu peito, como se ele
mesmo estivesse tentando me castigar, eu engoli todo o meu pedido de
desculpas desajeitado e peguei meu pijama dentro da mochila como se essa
tarefa precisasse mesmo de tanto tempo para ser feita.
Depois, eu deixei a bolsa em cima do sofá, para ter um motivo para voltar na
sala, e fui ao banheiro.
Então depois de escovar meus dentes e deixar minha escova ao lado da dele,
eu tirei minha roupa feia, mas não vesti meu pijama porque, antes que o
fizesse, vi a blusa e a calça de Jungkook dobradas sobre uma das prateleiras
debaixo da pia.
Curioso como sempre fui, eu peguei sua blusa com a estampa de motocicletas
e a observei como se olhasse o item mais precioso do mundo. E talvez fosse,
porque ela ainda tinha o cheiro suave dele.
Então, com a blusa me cobrindo até um ponto um pouco acima da metade das
coxas, eu saí do banheiro e fui até a sala, disposto a implorar para que
Jungkook me deixasse dormir com ela.
Atento como era, ele não demorou a perceber o que eu estava vestindo,
mesmo que eu tentasse me esconder.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu posso dormir com ela? — Perguntei, um pouco ansioso, quando vi que
Jungkook não fez nada além de me olhar de um jeito que nunca tinha olhado
até então.
Ele então afastou o corpo da mesa de centro, ainda sentado no chão e ainda
me olhando, e gesticulou para que eu me aproximasse.
Quando parei na frente dele, Jungkook não fez nada além de subir o olhar por
minhas coxas, e então por meu tronco coberto desajeitadamente pela camisa
abotoada, até que finalmente parou em meu rosto.
A única coisa que Jungkook fez foi levar uma de suas mãos até minha perna, e
então subiu com ela até os limites da pele exposta da minha coxa.
Seu olhar ainda pairava sobre mim, analisando cada pequena parte do meu
corpo, como se ele estivesse hipnotizado.
Mas então, quando eu achei que ele finalmente me daria uma resposta, o que
ele fez foi levar sua outra mão à minha outra perna. Quando ele me puxou, eu
perdi completamente o equilíbrio e cai sobre ele, no chão, com um grito
sufocado na garganta.
Com a respiração ainda atrapalhada pelo susto, mas principalmente por sentir
Jungkook me puxando de novo para mais perto até que eu estivesse sentado
sobre suas pernas, eu pela primeira vez entendi sem precisar me esforçar tanto
para isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, me fazendo suspirar cada vez mais forte por sentir seus dedos
apertando minha coxa, ele segurou meu rosto com sua outra mão, exatamente
como tinha feito mais cedo, mas dessa vez com mais força.
— Você realmente dificulta as coisas pra mim, anjo — Ele disse, e eu gemi
arrastado quando senti meu lábio ser mordido e puxado por seus dentes de
forma lenta.
Por último, Jungkook pressionou sua boca sobre a minha e eu senti que meu
corpo estava prestes a pegar fogo quando ele voltou a falar.
Tomado por todo aquele calor, eu apenas balancei a cabeça para cima e para
baixo desesperadamente enquanto minhas mãos apertavam seus ombros,
tentando dar a ele a certeza de que eu não contaria nada a ninguém.
E esse foi o último fio de consciência que eu tive antes de sentir Jungkook me
beijar de verdade.
E então, pela primeira vez, eu percebi que a dor me fazia tão bem.
— Abra a boca — Jungkook ordenou, baixo, ainda sem afastar seus lábios dos
meus.
Incapaz de ir contra qualquer ordem dele, eu fiz como ele pediu, sentindo um
suspiro oportunista escapar quando minha boca se abriu, mas também sem
tempo para fazer qualquer outra coisa porque Jungkook não esperou para
voltar a me beijar, e dessa vez eu senti sua língua finalmente encontrar a
minha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
que Jungkook gemeu e mordeu meu lábio mais uma vez, com mais força,
como se retribuísse a dor.
Era quase impossível acreditar que algo podia ser tão bom quanto aquilo.
Porque mesmo que eu não soubesse muito bem o que fazer, ele não me dava
tempo para pensar e então eu só deixava seus movimentos guiarem os meus.
Mas eu estava sendo ambicioso, e ele empurrou meu quadril para longe
quando parou de me beijar de repente.
Então ele me olhou enquanto minha respiração estava tão acelerada como se
eu tivesse acabado de correr uma maratona, e eu vi que até mesmo ele
respirava com dificuldade.
Meu corpo queria seguir o impulso de voltar para seu beijo, mas a sequência
de acontecimentos anteriores me deu a certeza de que desobedecer nunca
seria a melhor opção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então mordi meu lábio, inconformado, mas acabei balançando a cabeça em
uma concordância insegura.
— Você pode dormir com minha blusa. — Foi o que ele disse, a despeito da
atmosfera ainda tensa.
Eu assenti em silêncio pela segunda vez, mas não saí do lugar. Não tinha
forças para isso, e talvez meu corpo só me obedecesse se o comando fosse de
me jogar nos braços de Jungkook outra vez.
Talvez percebendo isso, ou talvez só atento à minha demora, ele insistiu. - Boa
noite, Jimin.
Então eu respirei fundo e juntei todas as minhas forças para obrigar minhas
pernas a se mexerem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi, posso falar uma coisa rapidinho?
No capítulo passado muita gente ficou com raiva do Kihyun porque ele se
referiu ao Jimin como "gordinho e engraçado". Mas gente, porque? Se o Kihyun
dissesse "baixinho e engraçado", no lugar, vocês ficariam com tanta raiva
quanto ficaram no primeiro caso? Porque assim como é baixinho, o Jimin é,
sim, gordinho aqui no início da fanfic e não tem nada de errado nisso.
Também não tem nada de errado em ser chamado assim (a não ser que exista
a intenção de ofender, mas não foi o caso). Então sem ódio por causa disso,
ok? <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
10 • Duality
Na manhã seguinte, eu descobri que acordar nem sempre é uma coisa ruim.
Então cocei meus olhos sabendo que ainda deveriam estar um pouco
inchados, mas mais preocupado em admirar a maravilha que é Jungkook com
os cabelos molhados de manhã cedinho, sentado tão perto de mim.
Fofo com certeza não seria o adjetivo mais apropriado pra descrever Jungkook
como um todo, mas, naquele momento, existia sim uma qualidade adorável na
forma como os fios escuros caíam úmidos sobre sua testa.
— Obrigado, anjo. — Ele disse e me beijou mais uma vez, no mesmo lugar. —
Agora levante, você precisa tomar café.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
horas e horas, porque estava completamente derretido com os beijos que ele
me deu.
Tinha, sim, muita comida, mas eu estava mais impressionado com a forma
como Jungkook parecia preocupado em acertar meus gostos.
Mais que isso, uma olhada rápida no seu relógio de pulso e eu descobri que
ainda eram sete e meia da manhã, mas ele já parecia ter tomado banho, se
vestido, tomado seu próprio café e comprado o meu.
E se acordar tão cedo pra fazer tudo isso não era motivo o suficiente pra me
fazer acreditar que ele não era do tipo de homem que cede à preguiça, lembrar
que a luz da sala continuava acesa até mesmo quando eu acordei, de
madrugada, foi o fato final para me dar essa certeza.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A comida tá gostosa — eu parei, apertando meus lábios antes de continuar -
mas parece que você dormiu só um pouquinho...
Jungkook sorriu mais uma vez, daquele jeito discreto que já me parecia tão
familiar.
Eu concordei com a cabeça, mesmo ainda achando que ele podia ter
descansado mais, e então fiquei quietinho, um pouco preocupado.
Por me ver parado tempo demais, ignorando até mesmo a comida, ele tirou os
chopsticks de minha mão. Então pegou um pedaço de carne fatiada e levou até
minha boca.
Antes que Jungkook os soltasse, então, eu coloquei minha mão sobre a sua,
num pedido mudo que ele pareceu entender depois de olhar para meu rosto
ansioso.
Ele piscou devagar, paciente, e se sentou ainda mais próximo antes de levar
uma pequena porção de arroz até minha boca.
Nessa manhã, entretanto, eu comi tudo que ele levou para mim e acho que
ainda comeria mais, sem peso na consciência, se ele continuasse dando a
comida na minha boca.
Mas, na verdade, isso teve outro significado para mim. E eu senti carinho e
cuidado na forma como Jungkook o fez pacientemente, até o final.
E então eu tinha mais um item para adicionar à já extensa lista de coisas que
me faziam suspirar por esse homem.
Então ele pegou a coberta fina e jogou sobre minhas pernas, cobrindo-as outra
vez.
E então fui eu quem olhei para minhas coxas. Sempre foram grossas, alvos de
comentários maldosos e do meu próprio repúdio por elas.
Mas ali, pela primeira vez, eu as aceitei do jeito que eram. Mais que isso, eu
gostei que fossem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Porque elas pareciam testar o autocontrole de alguém tão comedido como
Jungkook. Porque foram elas, na noite anterior, que fizeram aquele beijo
acontecer.
E eu podia acreditar que tinha sido um sonho, mas as marquinhas dos seus
dedos em minha perna, no lugar onde ele apertou com força - e me fez gostar
tanto, me provavam que tinha sido real.
Só depois de ficar desse jeito pelo tempo que considerei necessário para me
recompor, é que eu finalmente sai do quarto e fui até o banheiro.
Mas antes que eu entregasse a chave a ele e perguntasse outra vez para onde
iríamos, eu senti meus pés travarem por ver aqueles cabelos cor-de-rosa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Seu favor não é de graça, é? — Ele rebateu quando paramos diante de um
carro que supus ser de Kihyun, porque ele logo foi para o lado do motorista. —
Você vai ser recompensado por isso, então não fique sensível demais.
Eu apertei um pouco meus punhos, enciumado por ouvir Jungkook falar sobre
recompensar outra pessoa.
— Ei, Jimin — Kihyun me chamou e me olhou por cima do carro. — Sabe como
ele vai me recompensar?
Eu ouvi Jungkook deixar escapar um som de uma risada mal contida, mas ele
logo disfarçou quando abriu a porta do banco traseiro pra mim.
— Entre. — Jungkook disse. — Quanto mais rápidos nós formos, mais rápido
nos livramos dele.
— Pode não parecer, mas eu tenho sentimentos. Vocês são cruéis. — Kihyun
dramatizou, mas eu não esperei nem um segundo antes de entrar no carro,
porque o argumento de Jungkook me convenceu num piscar de olhos.
Antes de dar partida no carro, entretanto, ele olhou para mim por cima do
ombro com o sorriso de sempre.
Eu estava aliviado por descobrir que Jungkook não o agradaria com nada além
de uma refeição, mas continuei irritado por ter sido chamado de criança.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu tenho dezesseis anos — Corrigi, bufando ainda com os braços cruzados.
— E eu tenho vinte e cinco, então pra mim você é uma criança, sim.
Ele me olhou pelo retrovisor interno logo antes de explodir em risadas, e até
mesmo Jungkook riu da minha resposta malcriada.
— Que grosseiro. — Kihyun disse quando parou de rir, muito tempo depois, e
ficou só com um sorriso no rosto. Ele então olhou para Jungkook quando parou
num sinal vermelho. — Parece que ele só se comporta com você, hein?
Quando ele olhou pra mim com aquele cabelo rosa idiota, eu mostrei minha
língua, ainda emburrado.
Ele riu ainda mais, voltando a prestar atenção na pista quando o sinal abriu.
— Nem eu posso negar, gato — Ele disse, para Jungkook. — O menino é uma
gracinha. Posso apertar as bochechas dele?
— Só dirige, Kihyun.
Mas é claro que ele não ficou calado, e eu fui obrigado a ouvir sua voz por
quase todo o caminho até chegarmos ao nosso destino misterioso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Os cursos daqui são voltados pro campo tecnológico, então basicamente
todos os prédios são de engenharia ou de ciências exatas. — Kihyun disse
depois que passamos pelo primeiro prédio dentro da universidade, e era
estranho vê-lo falando sem qualquer deboche. Ele então me olhou pelo
retrovisor outra vez. — Não tem nada de muito interessante nos
departamentos, então vamos direto ao melhor lugar do campus.
Eu não disse nada. Só me livrei do cinto e deslizei no banco até parar perto da
janela, por onde comecei a observar, impressionado, todos os prédios da
universidade.
— Você sabe com o que a Bangtan trabalha? — Foi Kihyun quem perguntou,
ao ver como eu parecia confuso.
Kihyun pegou uma peça em cima do enorme balcão, e me deu. Uma coisa
metálica, não muito grande, e eu definitivamente não sabia o que era.
— Ele apontou para o objeto que eu tinha em mãos. — Esse tesouro que você
tá segurando é um protótipo do processador que suporta o novo sistema de
logística de uma distribuidora nacional. Quando ficar pronto, vai ser o melhor
do mercado, e foi minha equipe que desenvolveu.
— Hm... — Eu olhei pro negócio de novo, depois apertei meus ombros, sem
saber o que fazer ou dizer. — Legal...?
Kihyun suspirou e voltou a tirar o tal do processador incrível das minhas mãos,
colocando-o sobre a bancada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, Kihyun mostrou os outros laboratórios. Quando o tour pelo prédio da
Bangtan acabou, ele nos levou para mostrar os departamentos, a biblioteca e
os outros centros de pesquisa. Era tudo tão grande e tão organizado que eu
não conseguia parar de olhar admirado para todos os cantos.
Além disso, eu tive que lidar com o desconforto de ficar sozinho com Kihyun
nas duas vezes em que Jungkook se afastou para atender ligações.
Kihyun estava encostado na porta do seu carro, brincando com seus fios
coloridos, e eu me sentei num banco de madeira na calçada para mexer no
meu celular e não precisar olhar para ele.
Mas a tentativa de anular qualquer possível interação foi jogada no lixo quando
ele me chamou. Eu o ignorei de primeira, claro, me fiz de doido e fingi que não
era comigo.
— Ah, você tava falando comigo? — Questionei, meio fingido, e ele arqueou as
sobrancelhas num gesto que não interpretei muito bem, mas parecia que
estava se divertindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Deve ser porque eu gosto do Jungkook, mas não te suporto — Respondi
baixinho. Nem era pra ele escutar, mas parece que ele escutou na mesma, e
eu logo ouvi sua risada.
— Ok, eu posso lidar com isso. — Ele disse, e eu vi sua feição se tornar um
pouco mais séria quando ele olhou para o lado por algum tempo antes de voltar
a olhar para mim. — Eu sei que meu humor pode ser desconfortável pra muita
gente, mas eu não tenho nada contra você, Jimin.
Ele estalou a língua nos dentes, e se impulsionou para caminhar até o banco e
sentar ao meu lado.
— Isso não acontece com frequência, mas eu vou falar sério — Ele disse, e eu
me afastei um pouco com uma careta de puro estranhamento. Então ele
continuou: — O que é isso que tá acontecendo entre vocês dois?
Kihyun olhou para onde Jungkook estava, ainda falando no telefone com
alguém, e depois deixou a cabeça tombar para trás. — Eu posso apostar um
rim que todas essas ligações que ele recebeu são relacionadas ao trabalho. —
— - Ele disse, esclarecendo poucas coisas. Eu conheço o Jungkook há um
bom tempo e sei como funciona a vida dele, Jimin.
Eu apertei um pouco meus olhos, constrangido por não entender onde ele
estava querendo chegar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele repetiu, e suspirou ao final. — Eu só quero entender o que é isso. Eu
ainda nem descartei a possibilidade de ele ter ficado louco com tantas
responsabilidades, porque não faz sentido nenhum alguém como o Jungkook
que eu conheço fazendo esse tipo de coisa.
Eu olhei para minhas mãos espalmadas sobre minhas pernas, e minha primeira
resposta foi um balançar de ombros um pouco desajeitado. Depois, eu
finalmente comecei a organizar minha fala.
Mas meu momento favorito foi quando ele foi embora. Por mais que sua
companhia tivesse se tornado mais tolerável, eu ainda queria ficar sozinho com
Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Pra onde a gente tá indo agora? — Eu perguntei quando saímos de uma
sorveteria, e logo depois lambi a bola de sorvete de pistache.
Jungkook não comprou nada para ele, porque não gostava de doces.
Era uma informação muito pequena, mas eu fiquei feliz de descobrir mais uma
coisa sobre ele, ainda que essa coisa fosse algo tão inaceitável quanto não
gostar de sobremesas.
— Um lugar que Kihyun sugeriu. — Ele disse, caminhando ao meu lado com as
mãos nos bolsos de sua calça. — Acho que não fica muito longe daqui.
Ele inclinou o rosto suavemente para o lado, com o mesmo sorriso pequeno de
sempre.
Eu nem pensei antes de balançar a cabeça pra cima e pra baixo, ansioso.
— Então vai ser. — Ele disse, e tirou uma de suas mãos dos bolsos de sua
calça e usou as pontas dos dedos para arrumar os cabelos em minha testa.
Depois ele segurou uma de minhas mãos e a beijou nas costas antes de
entrelaçar nossos dedos e me puxar fraquinho para que voltássemos a
caminhar.
O céu estava limpinho, sem nuvens, e o sol do meio de tarde ainda brilhava
bem forte, mas nós nos escondemos debaixo da sombra de uma árvore bem
perto de um lago.
Outras pessoas se reuniam em outros lugares, mas ali parecia que éramos só
nós dois. Ou talvez eu que ignorasse o resto do mundo, porque Jungkook era a
única coisa que me interessava.
— Fique aqui. — Ele disse quando me puxou para trás, até que minhas costas
se apoiassem em seu peitoral.
Suas pernas estavam dobradas de cada lado do meu corpo, e eu senti meu
coração desandar de vez quando ele me abraçou.
Eu estava tão feliz que poderia sair correndo e dando cambalhotas por todo
aquele parque, mas eu não queria perder nem um segundo daquele abraço e
do calor de Jungkook, então fiquei quietinho, quase como se tivesse medo de
que qualquer movimento pudesse me afastar dele.
Por algum tempo que não pensei em contar, nós ficamos em silêncio, e tudo
que se ouvia era o som de um grupo de amigos jogando em algum lugar
afastado e do vento nas folhas acima de nós dois.
Aquela sensação era tão incrível. Meu coração ainda batia desesperado, e
minhas mãos suavam, mas eu me sentia em paz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando Jungkook começou a acariciar minha mão, ainda me abraçando, eu
empurrei qualquer sentimento negativo pra um lugar no fundo da minha
cabeça.
— Quando eu era mais novo, minha mãe dizia que eu podia ter o mundo na
palma da minha mão. — Confessei, sem saber porque o estava fazendo. —
Hoje em dia ela não diz mais. Acho que percebeu que minhas mãos são
pequenas demais pra isso.
Eu sorri, mas era um sorriso um pouco frustrado. — Eu não sou bom em nada,
nem sei o que fazer com minha própria vida depois que sair da escola...
pessoas como eu não conquistam o mundo.
— Pessoas como você não conseguem ver o quanto são incríveis. É diferente,
meu bem.
Ele parecia acreditar que existia algum potencial escondido dentro de mim,
mas eu sempre pude dizer, com certeza, que não existia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E eu tive medo de que essa ideia errada fosse o único motivo que ele tinha pra
parecer tão interessado em mim.
— Esse não é o tipo de coisa que eu ou sua mãe vamos conseguir provar,
anjo. - Ele disse, ainda calmo. — Mas espero que um dia você consiga ver tudo
que eu vejo quando olho pra você.
O que Jungkook via em mim? O que tinha pra ser visto em uma pessoa como
eu?
— E ser ruim em algumas coisas não faz com que você seja ruim em tudo. —
Ele continuou, enquanto eu tentava aceitar cada uma de suas palavras. —
Lembre que eu não conseguia dizer meu próprio nome até os cinco anos, mas
até que me saí bem em outros aspectos da vida.
Eu não queria, não queria mesmo, mas foi impossível conter a risada alta que
escapou quando ele terminou de falar. Até cobri a boca com as duas mãos,
mas não deu jeito.
Mas foi quando Jungkook beijou meu pescoço e eu senti seu sorriso contra
minha pele que percebi que, talvez, fosse exatamente aquilo que ele queria.
Então eu me mexi sobre a grama até sentar de frente pra ele, ainda sorrindo.
Eu sorri de novo, ainda mais, mas só até perceber a forma como Jungkook
estava me olhando.
Posso jurar que os olhos dele estavam brilhando e ele tinha aquele sorriso de
quem sorri quase sem perceber. E ele estava assim enquanto olhava para
mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu pensei, pela primeira vez. Pensei muito bem, enquanto deixava seu
olhar prender o meu, mas no fim o resultado foi o mesmo de quando me deixei
agir por impulso.
Eu me ajoelhei ainda entre suas pernas, apoiei minhas mãos em seu peitoral e
beijei sua boca.
Dessa vez, entretanto, eu não me afastei logo depois. Deixei meus lábios
contra os seus, mas sem tentar nada além disso, porque sei que Jungkook não
deixaria.
Quando ele afastou seu rosto do meu, sem pressa, eu senti sua mão em minha
bochecha fazendo aquele carinho que me deixava sem reação.
— Mais ainda.
Ele piscou daquela forma lenta, e então me puxou até que eu me aninhasse de
novo entre suas pernas, dessa vez com a lateral do meu corpo pressionada
contra seu tronco e minha cabeça apoiada em seu ombro.
Ele suspirou com as pontas dos dedos deslizando por meu braço, me fazendo
arrepiar.
Eu não estava mais sorrindo, mas me sentia a pessoa mais feliz do mundo.
Mas só até o sol começar a se pôr. Quando o céu ficou colorido com aqueles
tons de laranja, Jungkook disse a única coisa que eu não queria ouvir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nós precisamos voltar.
Eu sabia que nós não voltaríamos só para o hotel. Eu voltaria para Nam-gu.
— Pegue suas coisas, anjo. O carro que vai te levar já está chegando —
Jungkook disse, mas eu levei mais que dez segundos para me mover.
Eu não sabia o que aquilo significava. Eu ficaria mais três meses sem ver, sem
tocar e sem ouvir a voz de Jungkook? Ou eu nunca mais o veria?
Jungkook me fez sentir as coisas mais incríveis e nós não passamos mais que
vinte e quatro horas juntos. E eu não conseguia parar de pensar em quanto
tempo eu ficaria longe dele e longe de cada uma dessas sensações.
Minha vida sempre foi sem graça, presa à inércia da mesmice. Mas depois que
eu o vi pela primeira vez, ainda mesmo antes que ele me dissesse a primeira
palavra, tudo pareceu desandar da melhor forma possível.
Como eu li uma vez em algum lugar, depois que se anda de montanha russa,
ninguém quer voltar pro carrossel.
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Então eu não sei quanto tempo fiquei daquele jeito, segurando o choro, mas
meus esforços foram em vão. Porque assim que vi Jungkook entrar no quarto,
eu comecei a chorar.
Não como chorei quando meu coelho fugiu ou quando meu avô morreu. Era um
choro silencioso, por mais doloroso que fosse.
— Me deixa ficar mais um pouco com você, por favor, por favor! — Eu pedi, me
agarrando a ele com força quando ele se ajoelhou ao meu lado e me abraçou,
ainda em silêncio.
Ele não disse nada por algum tempo, enquanto apertava seus braços ao meu
redor.
— Eu não quero deixar você ir, meu anjo - Ele disse, finalmente. — Mas eu não
consigo me concentrar com você por perto.
Eu sabia que Jungkook tinha muito a fazer. O que Kihyun disse, e a forma
como eu percebi que ele trabalhou durante a madrugada enquanto eu dormia,
me faziam ter certeza de que ele já tinha feito seus esforços pra poder passar
um tempo comigo.
Mesmo assim, eu era egoísta e queria mais. Então eu não o soltei por muito
tempo, até que ele me obrigasse a isso quando seu celular apitou com alguma
notificação.
— O carro já chegou.
Eu apertei o tecido de sua blusa entre minhas mãos enquanto meu peito subia
e descia com tanta força.
— Promete que você vai voltar. Eu só vou embora se você prometer, Jungkook
Eu balancei a cabeça num gesto fraco, secando as lágrimas com as costas das
minhas mãos.
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Ele se abaixou para pegar minha mochila, e a carregou por todo o tempo desde
que saímos do apartamento até chegarmos à entrada do prédio.
Quando paramos diante do carro, ele abriu a porta para mim, me entregou
minhas coisas e falou alguma coisa com o motorista, mas eu não prestei
atenção porque só conseguia olhar para seu rosto, tentando gravar todos os
detalhes desde o pequeno sinal embaixo de sua boca até sua cicatriz.
Ele então olhou para mim quando eu já estava sentado, abraçando minha
mochila.
Eu fechei os olhos com força e senti minha respiração falhar quando ele beijou
minha mão antes de beijar minha testa.
— Até a próxima vez, meu anjo. — Foi a última coisa que ele disse, antes de
fechar a porta.
— Para o carro, por favor — Eu pedi como se minha vida dependesse daquilo.
— Eu preciso voltar, para o carro, por favor!
Então eu abri a porta e pulei para fora na mesma hora, correndo todo o
caminho de volta até minhas pernas doerem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mesmo que estivesse a ponto de desmontar, eu voltei a correr e só parei
quando meu corpo se chocou no seu e eu apertei meus braços ao redor de sua
cintura enquanto pressionava meu rosto contra seu peitoral.
— Desculpa. — Eu suspirei contra sua roupa, sentindo seu cheiro tão gostoso
e tão único. — Eu só precisava te abraçar mais uma vez.
Depois que Jungkook me deu o que eu pedi, eu precisei juntar todas as minhas
forças para me despedir dele outra vez.
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Ficou enorme, enorme, enorme. desculpa!! :(
No próximo capítulo (se eu não precisar dividir) a história vai ter dois saltos
>curtos< no tempo, yay
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11 • Lights Out
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❆❅❄❅❆
Eu falei com Jungkook por mais algum tempo, até que ele finalmente precisou
se despedir para voltar a fazer qualquer coisa relacionada ao seu trabalho.
Acontece que eu descobri que suas poucas horas de sono quando estávamos
naquele flat não foi um caso isolado. Trabalhar ou estudar até tarde em casa e
acordar cedo para voltar ao escritório parecia ser um evento bastante
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
repetitivo, e não era raro que Namjoon passasse a noite em seu apartamento
para que trabalhassem juntos.
Mas mesmo não podendo estar por perto, Jungkook me dava o que podia dar.
A cada dia que passava, eu descobria algo novo sobre ele. Eram coisas
pequenas, como sua incapacidade de usar emojis - algo que eu considerava
tão adorável quanto cômico, ou até mesmo detalhes sobre sua família.
Eu também sabia que ele sempre perguntaria como foi o meu dia, mas nunca
me condenaria por me lamentar por coisas pequenas demais.
Mas Jungkook não pensava assim. Ele nunca tirava o meu direito de estar
triste, frustrado ou irritado e eu me sentia livre porque, com ele, eu não
precisava reprimir essas coisas e fingir que estava tudo bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E no final de tudo isso, eu estava ainda mais apegado a ele. Mesmo sem poder
ver seu rosto, aquele seu sorriso maldoso ou o mais suave, sem poder sentir
seu cheiro ou seu toque, minha vida estava impregnada de Jeon Jungkook.
Mais que isso, eu acreditava que o veria. Em poucas horas seria meu
aniversário de dezessete anos, e eu passei os últimos dias que o antecederam
dizendo a mim mesmo que ele daria um jeito de ir me ver.
Nas primeiras horas do dia, não tinha sinal algum de Jungkook nem na minha
caixa de mensagens nem na minha cidade, mas eu não deixei que isso me
abalasse.
Mas o dia chegou à sua metade, depois avançou mais um pouco, e Jungkook
ainda não tinha enviado sequer uma mensagem.
Nada.
Então suspirei, acreditando que ele estaria me esperando quando minhas aulas
acabassem, guardei o aparelho novo na mochila e fui até a quadra fechada,
onde estávamos tendo as aulas de educação física porque as temperaturas já
tinham começado a cair e era desconfortável ter as aulas no campo aberto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois de deixar minhas coisas junto com a dos outros, eu olhei ao redor e
todos estavam se alongando em duplas, como sempre. Como Yuta e Taeil
sempre faziam juntos, eu costumava me juntar com algum outro colega que
também era a última opção do próprio círculo de amigos.
Mas dessa vez alguém tinha faltado, então a única pessoa disponível era a que
sempre ficava sozinha.
Yukwon.
Eu pensei bem antes de fazer isso. Me alongar sem uma dupla não seria
impossível, é claro, então eu podia sentar em algum lugar perto dos meus
amigos e me aquecer sozinho. Mesmo assim, eu passei direto por eles e fui até
o final da quadra, onde Yukwon estava.
Uma vez Jungkook me disse, não de forma tão direta, que eu não deveria me
forçar a ficar ao lado de pessoas que não me faziam bem.
Quando me sentei diante dele, abri as pernas e juntei meus pés aos seus,
como todos os outros faziam, e estiquei meus braços para que ele segurasse,
mas ele não fez nada além de me olhar com as sobrancelhas arqueadas.
— Hm, alongamento?
— Isso eu sei, quero saber porque você resolveu fazer comigo. — Ele rebateu,
e fez uma careta quando forcei demais. — Devagar, caralho!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, sim, e você resolveu se presentear com suicídio social? — Ele riu,
debochado. — Olha ao redor, metade da turma já tá olhando pra cá.
A verdade é que eu estava com medo, e muito. Mas também estava cansado
de ser sempre tão passivo em relação a tudo na minha própria vida.
— De onde veio isso? — Ele riu, de novo. — Parece ter sido uma decisão
muito impulsiva.
— Você quem sabe. Mas se você se arrepender de ser visto comigo, ainda dá
tempo de fazer uma pegadinha e fingir que só veio até aqui pra me humilhar.
— Verdade, mas você morre com a reputação limpa. — Ele sorriu, provocativo,
e eu revirei os olhos também rindo um pouco.
— O macho da tatuagem vem pra cá? — Ele perguntou, com uma careta de
satisfação. Se você perder a virgindade, aí sim eu te dou parabéns.
Eu apertei meus olhos e acho que corei antes de ficar de costas para
iniciarmos outro alongamento.
Yukwon só riu, e puxou meus braços para trás antes de começarmos outra
conversa.
— E daí digo eu! — esbravejei, sem pensar direito. — O que você tem a ver
com quem ele transa ou deixa de transar? Isso não diz nada sobre o caráter de
uma pessoa!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu esperava que ele ou Yuta rebatessem minha afirmação tão fervorosa, mas
esperava que fizessem isso com palavras e não que Taeil me empurrasse
pelos ombros, como se eu fosse a pessoa mais nojenta que ele já conheceu.
— Você deve ser viado também. — Taeil ignorou o susto que até mesmo Yuta
levou, e acho que ele avançaria em mim se não fosse o professor nos olhando.
— Algum problema aí? — Ele perguntou, com a voz grossa já anunciando que
estaríamos com problemas caso entrássemos em uma briga.
Yuta me olhou, com os olhos apertados, antes de negar com a cabeça e seguir
para o vestiário também.
Enquanto isso, eu continuei sentado ali, sozinho, até que finalmente juntasse
coragem para me levantar, ainda assustado. Eu esperava, sim, que eles me
condenassem por estar falando com Yukwon, mas nunca imaginei que Taeil
tentaria me agredir.
Isso tirou parte da minha empolgação para o resto do dia, e eu fui o último a
deixar o vestiário, ainda triste com o que tinha acontecido.
Yukwon sumiu logo depois que a aula acabou e eu acreditava que já tinha ido
embora, mas quando sai da escola, depois de tomar meu banho e vestir o
uniforme limpo, ele apareceu em minha frente.
Um filete de suor escorria pela lateral de sua cabeça e sua respiração estava
um pouco acelerada, como se ele tivesse corrido, mas sua expressão era de
tédio. Então ele me estendeu um cupcake todo enfeitado.
— Não vou dar parabéns, mas toma isso aqui. — Ele disse, fingindo que não
era nada demais.
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Eu peguei o bolinho, um pouco surpreso porque o único lugar que vendia
cupcakes por ali era a loja de uma estrangeira, e ela não ficava tão perto da
escola. Yukwon realmente foi até lá, correndo, só pra comprar aquilo pra mim.
Então eu passei tempo demais olhando para a cobertura colorida, antes de dar
um pulo e abraçar Yukwon como se nós tivéssemos intimidade para aquilo.
Eu ri, e assenti. — Ok, então eu vou comer depois de tirar uma foto pra sempre
lembrar como ele era bonitinho antes de virar cocô.
Ele revirou os olhos e eu vi que tentou não rir. — Faça como preferir. Eu tenho
que ir agora. Aproveite seu macho da tatuagem e lembre de fazer a chuca se
for dar pra ele.
Eu assenti, ainda com um sorriso enorme. Eu sabia lá o que era chuca, mas
decidi pesquisar quando chegasse em casa, porque Yukwon vivia falando
sobre isso.
Então eu me despedi dele, e fui todo o caminho admirando o cupcake que tinha
em mãos. Eu realmente ia ficar com pena de comer, mas também parecia tão
gostoso.
Quando cheguei em casa depois de ser recepcionado por Hyelin, que fez a
maior festa quando me viu e me deu um isopor cheio de pés de galinha
apimentados — e que ela provavelmente conseguiu de graça na barraca do
namorado, eu finalmente entrei em meu quarto e a primeira coisa que fiz, antes
de ver os outros presentes que estavam em minha cama, foi pegar meu celular.
Eu suspirei. A noite já estava chegando, e ele continuava sem dar sinal de vida.
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Então sentei na minha cama e comecei a abrir os presentes que tinham
chegado enquanto eu estava na escola. Um deles era um pijama que com
certeza ia ficar grande demais em mim, provavelmente enviado por uma tia que
nunca me via e não tinha a menor noção do meu tamanho. O outro era um
cartão estampado com dois gatos cheios de glitter e com dinheiro dentro, o
tradicional presente da minha avó.
O último era uma caixinha com a embalagem simples e marrom dos correios.
Não tinha o remetente, então eu não sabia quem tinha enviado.
Quando rasguei o pacote e abri a caixa de papelão, vi que dentro dela tinha
outra caixinha, mas essa era de veludo, um pouco comprida. Ainda curioso, eu
abri a tampinha preta e vi uma pulseira de prata com um pingente delicado no
formato de uma miniatura do globo terrestre.
Ela era tão bonita, mas acabou ficando um pouco grande, então eu estiquei
meu braço para baixo para ver se ela era grande o suficiente para conseguir
passar por minha mão, e vi a pulseira deslizar até parar na circunferência do
meu punho, com o pingente pendurado no início da minha palma.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu girei meu punho para cima ao fechar os dedos sobre o pingente,
segurando-o exatamente ali. Quando afrouxei o aperto sobre ele, eu sorri,
encantado, vendo a Terra tão pequenininha sobre minha mão.
Aquele era um presente tão bonito que eu mal podia acreditar que tinha vindo
sem um cartão identificando quem o tinha enviado, então eu chacoalhei a caixa
maior e soltei um gritinho de vitória ao ver um bilhete cair de lá de dentro.
Não tinha um nome, mas, naquele ponto, eu não precisava mais de um. Ao ler
as duas frases escritas ali, eu soube exatamente quem tinha enviado aquele
presente para mim, assim como senti meu coração bater mais forte ao
perceber que a corrente era propositalmente maior que o ideal.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
que significavam tanto para mim. E ali, com nada além de um presente e um
bilhete curto, ele me desestabilizou completamente.
Mais do que em qualquer outra vez, eu queria que Jungkook estivesse por
perto. Eu queria correr para os braços dele, queria agradecer, da minha forma
desajeitada, por aquele presente que significava tanto para mim. Queria sentir
o frio na barriga quando ele me chamasse de meu anjo e beijasse minha testa.
Eu o queria ao meu lado como nunca quis algo em minha vida, mas ele
continuava a mil quilômetros de mim.
Meu lábio tremia um pouco e eu precisei usar minhas mãos para tentar secar
meus olhos antes de alcançar meu celular. Eu sabia que aquele não era o
melhor horário para ligar, mas eu precisava tanto ouvir sua voz que não hesitei
antes de apostar na pequena chance de que ele poderia me atender.
Eu senti um sorriso pequeno reivindicar seu lugar, mesmo que meus olhos
ainda ardessem com a vontade de continuar chorando.
Era uma sensação tão confusa. Ouvir sua voz me deixava imensamente feliz,
mas me entristecia na mesma intensidade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Oi... — Eu respondi, depois de algum tempo respirando fundo para que
minha voz não soasse como um miado
— Não tem problema. — Ele disse, e a ligação ficou em silêncio antes que eu
ouvisse sua voz novamente. — Já recebeu?
De início, eu não ouvi nada além de sua respiração. Quando ele finalmente me
respondeu, eu apertei ainda mais o telefone contra meu ouvido, fechei meus
olhos com força e senti minhas narinas dilatadas enquanto tentava controlar
aquela vontade de voltar a chorar. A cada segundo que passava, a cada
palavra que ele dizia, eu sentia que meu coração era esmagado mais um
pouco.
Ainda abraçando meus joelhos, eu não consegui dizer nada por um tempo
longo demais.
Por que ele não podia se irritar com a tristeza que eu não tentei disfarçar nem
mesmo enquanto agradecia? Por que ele não condenou minha insatisfação
diante dos seus esforços de pensar num presente tão bonito? Por que ele não
podia fingir que não se importava, e que eu era o único bobo chateado com a
distância entre nós dois?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Se ele fizesse alguma dessas coisas, qualquer uma delas, eu poderia me
convencer de que não valia à pena me entregar tanto a todos aqueles
sentimentos. Mas ele sempre dizia a coisa certa.
Eu bati eu punho contra a testa, num gesto pouco brusco. Então respirei fundo
mais uma vez.
Jungkook não me devia nada. Ele vivia em Seul, uma cidade com muito mais
distrações que Nam-gu, e era óbvio que seu tempo livre nem mesmo se
comparava ao meu, sem falar que com certeza estava cercado por pessoas
muito mais interessantes que eu. Mas ainda assim, mesmo com todos os
motivos para não gastar seu tempo comigo, Jungkook o fazia.
Ele ouvia meus relatos dolorosamente detalhados sobre coisas que não
despertariam o interesse de nenhum ser humano, tinha paciência para minhas
crises de auto estima e fazia coisas como me ajudar com as atividades de
inglês da escola.
E no fundo, mesmo que eu estivesse magoado por ter acreditado por tanto
tempo que ele iria me ver no meu aniversário, eu sabia que ele o faria, se
pudesse.
Então mesmo que eu ainda sentisse sua falta a ponto de quase ignorar todas
as coisas boas que ele sempre me fazia sentir, eu respirei fundo quantas vezes
foram necessárias até que conseguisse acalmar aquela confusão de
sentimentos, e no fim deixei que meu sorriso pequeno voltasse, subjugando a
tristeza anterior.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu ouvi sua risada baixa do outro lado e quase pude visualizar a forma como
seu rosto ficava ainda mais bonito quando ele sorria, com as maçãs
evidenciadas e as ruguinhas em seus olhos.
— Não muitos, mas o seu competiu com um celular novo, um cupcake muito
bonitinho, uma porção enorme de pés de galinha e um pijama que nem vai
caber em mim. Ah, e com dinheiro também...
— Então a gente vai ver o pôr do sol no lago e também vai no parque de
diversões!
Eu continuaria a falar e diria todas as outras coisas que queria que fizéssemos
juntos, mas a voz de outra pessoa do outro lado da linha fez a minha morrer
aos poucos, porque eu sabia que Jungkook estava no trabalho.
— Tudo bem... — Eu disse, mas não desliguei. Eu sempre deixava essa tarefa
para ele, na verdade.
Quando achei que a ligação já tinha sido finalizada, eu ouvi sua voz outra vez.
Ele disse baixo, depois de um suspiro que eu não esperava ouvir,
— Eu também queria poder te ver hoje, meu anjo. Sinto muito por isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu me encolhi um pouco mais, sem saber se aquilo me deixava mais feliz ou
mais triste, mas antes que eu pudesse descobrir, ele se despediu de uma vez,
Eu ainda segurei o celular contra meu rosto por algum tempo, decidindo que eu
estava tão triste quanto feliz. Mas não tinha muito o que fazer sobre isso, então
eu sai da cama e me sentei no chão, com os pés de galinha de Hyelin e o
cupcake de Yukwon.
❆❅❄❅❆
4 meses depois
Em resposta, ele riu. Aquela risada alta e exagerada que já tinha se tornado
uma conhecida intima, assim como todas as suas manias estranhas.
— Eu disse pra você não xingar na frente da criança, Yu, agora olha aí! O Jimin
não para mais de falar palavrão! — Taeyeon, a irmã mais velha dele,
resmungou enquanto assistia nossa disputa fervorosa na máquina do
fliperama.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Merda! — Resmunguei, lançando meu olhar mais cheio de ódio para o
demônio que, depois daqueles meses, acabou se tornando meu melhor amigo.
— Você roubou!
— Você roubou — Ele me imitou, com a voz fina. — Você que é um mau
perdedor, seu enrustido.
Eu revirei os olhos e cruzei os braços, cedendo meu lugar a Taeyeon para que
ela competisse com o irmão trapaceiro. Na verdade, a desonestidade devia ser
de família, porque ela também era uma ladra.
Ele se encostou ao meu lado, e olhou para mim sorrindo, divertido com a
vivacidade dos dois.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele ouvia em silêncio todas as coisas maldosas que diziam a seu respeito, mas
a menor ofensa que dirigissem a mim despertava o seu pior lado.
Talvez por não saber que eu e Yukwon não éramos bem vistos na escola, ele
se aproximou de nós dois. De uma forma ou de outra, nunca pareceu ter se
arrependido dessa escolha.
Jeonghan riu ainda mais, e deu um tapinha no meu braço antes de apontar
para outra máquina.
— Treina comigo. — Ele disse. — Daí na próxima vez você acaba com ele.
Eu sorri, empolgado, e corri para colocar uma ficha. Então nós passamos mais
algum tempo naquilo, como era nosso novo costume de sexta feira.
— Eu vou levar ela, depois volto pra humilhar mais. — Yukwon disse antes que
os dois saíssem do fliperama juntos.
Como os pais deles tinham morrido alguns anos antes, Taeyeon trabalhava
como vendedora de uma loja durante o dia e como barista numa boate nos fins
de semana, para poder pagar as contas,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eles cuidavam bem um do outro, apesar de tudo. Então Yukwon sempre a
acompanhava até a boate e só depois voltava para jogar mais com a gente, e
nesse tempo eu sempre ficava sozinho com Jeonghan.
O que as vezes, só às vezes, era um pouco estranho, porque ele era muito
carinhoso comigo e eu nunca sabia se aquilo era só afeto de amigo ou algo a
mais.
Mas dessa vez, entre um jogo e outro, ele precisou se afastar de mim para
atender uma ligação de sua irmã que ainda morava na sua cidade natal, e a
moça falava tanto que eu já sabia que ficaria sozinho por um bom tempo.
Impaciente, eu gesticulei para ele dizendo que ia até o banheiro, e fui até lá
sozinho.
Nesse tempo que passou, nós ainda não tínhamos nos visto de novo, e as
coisas ainda se resumiam a mensagens e ligações. Em alguns dias era
especialmente difícil, mas eu já tinha começado a me acostumar com aquilo.
Mesmo assim, eu ainda gostava de ouvir sua voz através das ligações e de ver
suas tentativas falhas de usar emojis nas nossas mensagens, então eu disquei
seu número e fiquei parado, observando meu reflexo no espelho enquanto
esperava ele me atender.
— Cadê seu cãozinho de guarda? — A voz que eu ouvi não foi a de Jungkook,
e sim a de Taeil, que entrou no banheiro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yuta ficou parado na porta, e ele parecia tenso, alternando seu olhar entre nós
dois.
Mas Taeil me segurou pela manga do uniforme antes que eu sequer chegasse
perto da porta, e me empurrou para mais dentro do banheiro outra vez.
— Calma, Jimin, você não gosta mais de conversar com seus amigos? — Ele
disse, e eu recuei quando ele se aproximou, tentando me intimidar.
— Você mesmo disse que eu não posso mais ser seu amigo. Me deixa em paz,
Taeil.
— Eu só disse isso porque você resolveu que seria uma boa ideia começar a
andar com aquela aberração do Yukwon. — Ele disse, me empurrando pelos
ombros com as pontas dos dedos, até que eu sentisse minhas costas contra a
parede. — E nem me faça falar daquele novato. Qual é a daquele cabelo de
mulherzinha que ele tem?
Eu até mesmo esqueci que estava ligando para Jungkook, e deixei minha mão
cair ao lado do meu corpo, segurando meu celular com força.
— Não fala assim deles! — Eu disse, enraivado, mas também acuado pela
forma como ele me olhava.
— Senão o que?- Ele me empurrou de novo, dessa vez com mais força. —
Hein, Jimin? O que é que você vai fazer?
— Taeil, deixa ele em paz — Yuta insistiu, como se tivesse a mesma certeza
que eu tinha de que ele não pararia por ali.
— Deixa de ser frouxo, Yuta.- Ele disse, sem parar de olhar pra mim. — Só fica
de olho na porta e não deixa ninguém entrar aqui até eu terminar de me
resolver com essa bicha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu arregalei ainda mais meus olhos, assustado e com raiva. Levado por essas
duas coisas, eu o empurrei com toda a força que consegui usar, chocando meu
punho e meu celular contra seu peito.
Então ele sorriu, mas logo depois sua feição se transformou completamente e
virou ódio puro, logo antes de eu sentir o soco que ele deu na minha barriga,
tão forte que me tirou o ar. Eu resfoleguei, assustado e com dor, e nem pude
me recuperar antes que ele repetisse o golpe.
— Eu não vou fazer parte disso! — Eu ouvi Yuta dizer, com a voz trêmula, e
quando olhei na direção da porta, ele não estava mais lá.
Não. Eu o conhecia bem. E também conhecia Taeil o suficiente para saber que
ele ainda não tinha acabado.
Ainda que eu não o conhecesse, ele me olhava com tanto ódio que eu poderia
concluir isso mesmo se não soubesse nada sobre ele.
Aquilo não era justo, muito menos fazia sentido. E eu estava assustado, então
quando ele me segurou pelo pescoço e bateu minha cabeça contra a parede,
meu primeiro soluço escapou, e logo depois eu já estava chorando.
— Você sempre foi um bebê chorão mesmo! — Ele bradou, como se meu
choro o irritasse ainda mais, e me jogou no chão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu senti meu corpo já dolorido sobre o azulejo frio e levantei meus olhos até
ele quando o vi ficar de pé em minha frente.
— Mas não se preocupa, não, Jimin. Porque eu vou te arrebentar todo, até
você virar homem de verdade — Ele disse, e então me chutou de novo. E de
novo, e de novo, e de novo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ta enorme de novo, mas não vou mais me desculpar por isso...... Mentira,
desculpa (eu não sei o que acontece quando escrevo essa fanfic:(
Vou me desculpar também porque esse capítulo foi bem paradinho, mas ele é
importante:(
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
12 • Con Clavi
Quantas vezes Taeil me chutou até que a porta do banheiro fosse aberta?
Yuta estava com ele. Minha visão estava completamente embaçada, com
pontinhos pretos salpicando sobre a imagem borrada que eu tentava decifrar,
mas eu o vi. Ele voltou, junto com Jeonghan, e foi preciso que os dois
segurassem Taeil para que ele se afastasse de mim.
— Para com isso, cara, pelo amor de deus! — Yuta pediu enquanto parecia
usar toda sua força para conter Taeil sozinho, já que Jeonghan tinha corrido
até se agachar na minha frente.
Não podia ser. Aquilo não podia estar acontecendo comigo. Taeil nunca faria
aquilo com uma pessoa que cresceu ao lado dele... não é?
— Já chega! Olha o que você fez com ele! — Yuta gritou, com a voz tremendo.
Quando olhei na direção dos dois, vi que Taeil respirava com dificuldade e seus
olhos me analisavam com o mesmo sentimento ruim de antes, como se eu
fosse a pior coisa que ele já olhou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele mereceu!
Quando ele passou um braço por baixo das minhas pernas e outro por baixo do
meu pescoço, eu gemi baixinho pela dor, mas deixei que ele me carregasse
para fora dali.
Ao passarmos pelos dois que um dia chamei de amigos, eu escondi meu rosto
em seu peitoral e amassei sua blusa entre meus dedos pequenos, sentindo
aquela dor que era ainda maior que a física.
E por mais que não o visse quando passamos ao seu lado, eu senti todo o
desprezo em sua voz quando Taeil falou comigo, pela última vez.
— Você quer tomar um banho? — Ele perguntou e a única coisa que consegui
fazer foi levantar meus olhos até encontrar seu rosto preocupado. Aquilo não
era uma confirmação, mas ele não pareceu entender que sua pergunta soava
complexa demais para minha cabeça atordoada. - Eu vou encher a banheira
pra você, tudo bem? Fica aqui.
Aquele foi o pior momento da minha vida e mesmo assim eu não conseguia
mais chorar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu me sentia sufocado, mas não adiantava puxar o ar, ele parecia nunca
chegar aos meus pulmões necessitados.
Mas mesmo que eu quisesse desesperadamente ouvir sua voz, eu estava com
vergonha.
Eu queria falar com Jungkook sobre o que tinha acontecido, ao mesmo tempo
em que desejava que ele nunca descobrisse.
— Chim...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Antes que ele insistisse, eu neguei com a cabeça de novo, dessa vez mais
forte, e vi ele suspirar, derrotado.
— Nós conversamos sobre isso depois. Eu vou mandar uma mensagem pro
Yukwon dizendo que você não estava se sentindo bem.
Dessa vez eu assenti, e vi ele começar a digitar algo no próprio celular. Foi
então que eu percebi que o meu tinha ficado no chão do banheiro do fliperama.
Mas antes que ele se afastasse, eu segurei seu braço, forçando-o a ficar por
perto. — Não me deixa sozinho...
— Eu vou fazer alguma coisa pra você comer, tudo bem? — Ele disse quando
eu abri a porta, indicando que ele já podia entrar.
Mas antes que eu pudesse negar sua sugestão, alegando que não estava com
fome, porque eu realmente não estava, a campainha de casa tocou três vezes
seguidas.
Ele me olhou, um pouco curioso, antes de dizer que ia ver quem estava lá.
Eu esperei no meu quarto, sentado em minha cama, até que ouvi aquela voz
familiar se aproximando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Cadê ele?
— Que merda aconteceu com você? — Ele perguntou, segurando meu rosto,
parecendo que estava procurando alguma coisa de errada nele. — E por que
você não atende a porcaria do celular? Jungkook tá desesperado tentando falar
com você pela última hora!
— Eu estou tão perdido quanto você. — Kihyun disse, depois de soltar meu
rosto e respirar aliviado. — Ele me ligou do nada, me deu seu endereço e me
pediu pra vir correndo pra Nam-gu ver se você estava bem.
— Eu nunca vi Jungkook preocupado daquele jeito, quer dizer, você sabe como
ele é. Ele não demonstra esse tipo de coisa tão facilmente, mas eu juro que ele
estava prestes a ter um treco quando me ligou, então eu imaginei que você
tava sendo atacado por canibais ou coisa pior, por isso dirigi tão rápido. — Ele
sentou na minha cama, ao meu lado, mesmo que eu não tivesse permitido.-
Que susto da porra!
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Eu não contaria, mas Kihyun era esperto, e ele viu o olhar que eu troquei com
meu amigo.
Antes que eu negasse, Jeonghan foi mais rápido. — Você não pode esconder,
Jimin.
— Ele disse, e então Kihyun olhou em sua direção. — Um cara espancou ele.
Ele não quer que mais ninguém saiba, mas se a gente não contar pra ninguém,
não vai acontecer nada com o idiota que fez isso!
— Não foi nada demais. — Eu menti, sem saber por que estava tão relutante
em assumir o que tinha acontecido.
Dessa vez, eu fiquei quieto. Sem negar, mas sem assentir também.
— Parece muito ruim? — Ele voltou a perguntar, mas dessa vez eu percebi que
ele estava falando com Jeonghan, que assentiu.
Kihyun ficou de pé, na mesma hora. — Você precisa ir num hospital. — Ele
disse, me segurando pelo braço para me ajudar a ficar de pé, mas eu não sai
de cima da cama. — Jimin, o Jungkook vai me matar se eu não te levar num
médico, então pelo amor de deus... vem logo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu olhei para ele, afetado pela menção do nome de Jungkook. Imaginar que
ele estaria esse tempo todo sem saber o que tinha acontecido comigo fez meu
coração apertar como nunca antes.
Aproveitando essa brecha, Kihyun me puxou outra vez, ainda com cuidado,
mas com força o suficiente para me fazer levantar, e dessa vez eu me deixei
ser levado até seu carro, estacionado na frente do hotel.
— Eu vou passar no fliperama pra pegar seu celular — Jeonghan disse depois
de me ajudar a sentar no banco do carona. — Te encontro no hospital, ok?
Eu assenti, e vi ele começar a fazer todo o percurso até a casa de jogos outra
vez, enquanto eu dizia para Kihyun seguir para o outro lado.
— Pronto, Jungkook já sabe que você tá inteiro. Quer dizer, vivo, inteiro a
gente ainda não sabe se está mesmo.
Kihyun me olhou pelo canto dos olhos antes de deixar a cabeça tombar para
trás, encostando-a na parede sem cor.
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O exame foi um pouco dolorido e nós tivemos que esperar o raio-x ficar pronto,
mas quando saímos de lá, saímos com a certeza de que, apesar de toda a dor,
nenhum estrago maior tinha sido feito e com um frasco de analgésicos que
aliviariam o incômodo persistente.
Jeonghan fez uma careta antes de rir, um pouco confuso. — Que cara
estranho, — Ele sussurrou, mas não baixo o suficiente, e Kihyun olhou pra
gente antes de revirar os olhos.
Dessa vez fui eu quem deixei o primeiro sorriso, ainda fraco e desajeitado,
aparecer.
— Eu posso ficar na casa do Jimin. É melhor ele não ficar sozinho hoje. —
Jeonghan disse e eu nem tinha objeções a isso, mas Kihyun parecia ter
— Acredite em mim, ele não vai ficar sozinho. Onde você mora?
Meu amigo olhou pra mim e eu estava tão confuso quanto ele, mas apenas
ergui os ombros, assentindo, e dali nos seguimos até o deixarmos na frente de
seu condomínio.
Ele me olhou daquele jeito que mostrava que não concordava com meu pedido.
— Jimin...
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— Olha, se você contar, amanhã o nome dele vai sair no noticiário como o
maluco que enforcou Moon Taeil com as tripas. Você sabe como ele é.
Eu ouvi seu suspiro e vi ele coçar a nuca, antes de concordar. — Tá, você tem
razão, ele vai perder o juízo se descobrir. — Ele cedeu, enfim. — Mas só estou
concordando em não contar pra ele. Seus pais ainda precisam saber.
Eu não neguei, mas não estava de acordo com aquilo. Deixar meus pais
descobrirem o que tinha acontecido envolvia explicar o porquê de Taeil me
atacar daquele jeito, e eu não estava pronto para isso.
— O que foi?
Ele negou com a cabeça, ainda sustentando o sorriso pequeno ao ligar o carro.
— Você vai destruir o coração desse menino.
Eu neguei, olhando para minhas mãos apoiadas sobre meu jeans surrado. —
Não precisa. — Disse sinceramente. Talvez a primeira dose do analgésico já
estivesse fazendo seu efeito, mas a dor não era mais tão intensa. — Kihyun...
Ele me olhou, sem me repreender por ainda não ter saído do carro.
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— Você acha que... que eu sou doente?
Aquele ódio todo dele só por supor que eu gosto de homens não podia ser sem
fundamento. Talvez isso seja realmente errado.
— Sentir as coisas que eu sinto por Jungkook... isso faz de mim uma
aberração? — Eu insisti, voltando a olhar apenas para minhas mãos, sem
coragem de encará-lo.
Eu apertei meus ombros diante de sua resposta, e ele ficou em silêncio por um
tempo antes de continuar.
Eu assenti, vergonhosamente.
— Tá.
— Tá? — Ele repetiu, junto com uma risada fraca. — Então ok. Vai logo, eu
quero chegar em casa a tempo de ver a reprise de Weekly Idol.
Eu assenti, peguei meu celular, o frasco dos analgésicos e abri a porta. Antes
de descer, eu olhei para ele e o olhei em silêncio, sem saber como dizer aquilo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você tá agradecido, eu entendi. — Ele disse, antes que eu começasse a
fazê-lo. — Para de me olhar com esses olhinhos, pelo amor de deus, meu
coração vai explodir. Você é fofo pra caralho.
O som meio abafado e agudo que eu deixei escapar era uma risada. Uma
desengonçada, mas ainda sincera.
Ele balançou a cabeça uma única vez e então eu finalmente desci do carro,
carregando minhas coisas para dentro de casa, onde fui abordado por minha
mãe assim que abri a porta.
Jungsu era o recepcionista que assumia no turno da noite, depois que Hyelin ia
embora. Em partes, eu estava feliz que fosse ele a me ver praticamente sendo
carregado para fora de casa, porque se fosse Hyelin, eu seria bombardeado
com perguntas até o ano seguinte.
— Ah, era o Kihyun, ele é um amigo. Nós só fomos dar uma volta. — Eu disse,
escondendo o frasco de remédios dentro do meu casaco.
— Que susto. Jungsu disse que você não parecia bem, eu fiquei preocupada.
— Deve ter sido impressão. Eu estou bem. — Eu menti, fazendo meu melhor
para não evidenciar nem o mínimo traço de dor.
— Menos mal. Você jantou? Já está tarde. Quer que eu faça alguma coisa pra
você?
— Certo. Eu vou voltar pro escritório, alguém fez a maior bagunça com o
arquivo do orçamento, preciso reorganizar tudo. — Ela choramingou, e eu
soube que com alguém, ela quis dizer ela mesma.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Minha mãe é uma mulher maravilhosa, mas também é a provável causa da
minha natureza completamente atrapalhada, porque a própria sempre foi um
desastre no quesito organização.
Então eu sorri para ela, assentindo, e voltei a seguir meu caminho até meu
quarto, porque eu queria ligar para Jungkook o mais rápido possível. Mas antes
que eu entrasse, o som da campainha ecoou novamente pela casa, e eu parei
para olhar para a porta quando minha mãe foi até lá, se perguntando quem
poderia ser
Mesmo assim, mesmo sentindo que no fundo eu já deveria esperar por aquilo,
eu juro que meu coração parou de bater por um segundo quando eu o vi ali, na
minha porta.
Mas ele não disse nada. Antes disso, ele deixou seus olhos escuros e
preocupados encontrarem os meus, ainda um pouco distante da entrada, e eu
senti meu peito subir e descer furiosamente antes que conseguisse forçar
meus pés a se moverem.
Um, dois, três passos, devagar, antes que minhas pernas me guiassem até ele
na maior velocidade que meu corpo poderia aguentar.
Quando o alcancei, era como se minha mãe não estivesse ali, ou pelo menos
como se eu não me importasse, e eu o abracei com tanta força quanto me foi
possível, sentindo ele me abraçar de volta na mesma intensidade.
A dor voltou, um pouco mais intensa, mas a única coisa que fiz foi apertar
ainda mais meus braços ao redor de seu corpo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Os dedos longos dele subiram por meu pescoço, até segurarem meu rosto.
Quando me afastou só o suficiente para que pudesse me olhar, eu senti seus
polegares acariciando minhas bochechas enquanto ele me observava com
preocupação.
Depois de analisar cada partezinha do meu rosto, ele me puxou de novo, dessa
vez para me beijar na testa. Eu fechei os olhos ao sentir o contato demorado
de seus lábios frios contra minha pele e suspirei quando ele os deslizou para
baixo, pressionando suavemente minha pálpebra fechada antes de finalmente
beijar minha bochecha.
Eu balancei a cabeça para cima e para baixo, lentamente, mas dessa vez eu
não estava mentindo. Eu realmente me sentia bem, porque ele estava ali
comigo.
Então ele soprou o ar, como se estivesse aliviado, e beijou minha testa outra
vez antes de voltar a me abraçar.
Eu podia passar o resto da vida daquele jeito, mas Jungkook me soltou pouco
tempo depois. Quando olhei para ele, me perguntando por que ele se afastou,
percebi que ele olhava para um ponto acima do meu ombro, e então eu
finalmente lembrei.
Minha mãe.
A pequena redoma que minha mente criou naqueles instantes foi totalmente
destruída e eu, violentamente arrastado para a realidade outra vez, Quando
olhei para trás, vi o olhar de minha mãe, e ele parecia complexo demais para
ser descrito com uma única palavra.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O que é isso? — Ela perguntou, depois que o silêncio me sufocou por tempo
demais, e sua voz só reforçava tudo aquilo que estava em seus olhos.
Eu tentei me apressar em dizer alguma coisa, qualquer coisa, para que ela não
entendesse aquilo errado — ou, melhor dizendo, para que ela não tirasse a
conclusão correta — mas antes que eu me afastasse, o braço de Jungkook
segurou minha cintura.
Mas aquela pequena pontada de dor não foi nada comparada ao desespero
que senti quando ouvi sua voz sendo direcionada à minha mãe.
— Eu preciso conversar com a senhora. — Ele disse, com sua firmeza natural.
Eu ainda senti os olhos de minha mãe analisarem por tempo demais o braço de
Jungkook me segurando e, por mais incoerente que tenha sido, minha atitude
foi apertar ainda mais meu corpo contra o dele, buscando algum reconforto.
Antes de deixar Jungkook segui-la, eu virei meu rosto para ele, com os olhos
completamente arregalados.
— Jungkook...
— Vai ficar tudo bem, anjo. — Ele garantiu, com sua mão acariciando
suavemente minha cintura sobre o tecido grosso do meu casaco. — Dói muito?
Ele passou a língua entre os lábios num gesto rápido e irritado, mas eu sabia
que eu não era a causa de sua irritação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu neguei. Fosse lá o que Jungkook diria a ela, eu queria ouvir também.
Eu suspirei, um pouco aliviado, mas não tanto. Eu ainda estava assustado com
as possibilidades daquela conversa, e a cada segundo que passava parecia
que o nervosismo se tornava ainda mais intenso.
— Eu vim direto do escritório, não tive tempo de arrumar uma mala. Mas estou
bem, não se preocupe. — Jungkook disse, olhando para mim brevemente
antes de voltar a olhar para minha mãe.
Por mais que minha intenção fosse adiar a retomada da interação entre eles
dois, tudo que consegui foi acelerar esse momento, além de sentir algo como
culpa e felicidade ao perceber que Jungkook deixou Seul daquele jeito só por
minha causa.
— Por que você está aqui, Jeon? — Minha mãe perguntou, então,
aparentemente incentivada pelo fim do silêncio. Não existia grosseria no seu
tom de voz, mas a desconfiança a fazia soar um pouco rude.
— Por que?
— Eu fiquei preocupado.
Minha mãe repetiu a pergunta, agora com um pouco mais de confusão. — Por
que?
Jungkook me olhou e eu neguei com um gesto fraco antes que ele voltasse a
olhar para ela,
— As pessoas podem entender errado e julgar o Jimin como algo que ele não
é. — Ela continuou, e havia algo estranho na forma como ela dizia aquilo. Não
era como se ela estivesse afirmando, era como se perguntasse, com medo de
descobrir a resposta.
Mas sabendo que ela desconfiava, entre mentir e contar a verdade, eu preferia
contar a verdade.
— Eu...
Eu gosto de garotos?
Não. Se era para ser sincero, eu seria inteiramente verdadeiro com ela, sem
esconder nem mesmo o detalhe que mais me assustava naquilo tudo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu gosto do Jungkook.
Acho que não foi o fato de eu gostar de Jungkook que a assustou, mas a minha
coragem repentina em dizer aquilo.
Ela passou a mão pela testa e uma risada frouxa escapou de sua garganta. —
Você não sabe o que está dizendo, Jimin... Por favor, Jeon, você é mais
maduro... coloque algum juízo na cabeça desse menino. Parece que ele está
confundindo algumas coisas.
Eu olhei para Jungkook, ainda mais ansioso por não saber o que esperar dele
naquele instante.
Sua voz calma fazia parecer que ele era o único inabalado por toda aquela
situação, mas a forma como ele travou o maxilar antes de prosseguir me fez
perceber que ele só era melhor em disfarçar.
Eu juro que minha visão ficou completamente enegrecida por alguns minutos, e
eu precisei de algum tempo até perceber que não ia desmaiar.
Minha mãe parece ter passado pelo mesmo que eu, mas, ao fim, ao invés de
sentir o corpo perder completamente as forças como aconteceu comigo, ela
ficou de pé e parou, nos olhando, antes de começar a andar de um lado para o
outro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por todo esse tempo, tudo que nós ouvíamos era o som de seus passos pela
sala. Então ela parava, nos olhava, e voltava a andar.
Ao ouvir minha voz, ela finalmente parou e se sentou outra vez, passando as
mãos em seus cabelos lisos e curtos.
— Vocês querem me matar, é isso que vocês querem... — Ela disse, com o
corpo curvado.
Ser rejeitado por Taeil e Yuta foi doloroso, mas eu não suportaria ser rejeitado
por minha mãe também.
Eu ouvi alguém ofegar profundamente e tenho certeza de que foi ela, porque
logo depois eu senti seus braços magros apertando meus ombros quando ela
se sentou ao meu lado, me puxando para seu colo.
Meu corpo inteiro tremia, muito mais do que tremeu quando eu percebi o que
Taeil faria comigo naquele banheiro. Era uma sensação muito pior e muito mais
assustadora.
— Me desculpa se eu fiz você pensar que isso faria meu amor por você
diminuir. Nada nesse mundo vai me fazer te amar menos do que você merece
— Ela disse, secando as lágrimas em meu rosto. — Eu só tenho medo porque
as pessoas podem ser tão ruins, meu filho...
Eu sabia daquilo, Eu sabia tanto quanto qualquer outra pessoa que tinha
passado pelo que eu passei, então o que eu fiz foi abraçar minha mãe, com
força, porque pelo menos naquele momento eu tinha certeza de que poderia
encontrar ódio em qualquer lugar do mundo, mas não ali, não com ela,
Eu ainda não sabia como meu pai reagiria ao descobrir. Nem sei se teria
coragem de contar tão cedo para ele, mas metade do peso em minhas costas
já tinha sido retirado de mim depois de ser aceito por minha mãe.
Então eu fiquei ali, sentindo o calor e a proteção do seu abraço, até que
finalmente me afastei e busquei Jungkook com meus olhos.
Ele sorria para nós dois, aquele sorriso tão bonito que eu sempre amei tanto.
Quando voltei a olhar para minha mãe, eu também sorria com tanta sinceridade
que nem mesmo era capaz de acreditar que horas antes eu tinha vivido o pior
momento em todos meus dezessete anos.
Ela respirou fundo e seus olhos foram direto à imagem do homem do meu
outro lado.
— Sim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então o que eu posso fazer? — Ela suspirou e ficou de pé outra vez,
atordoada, mas conformada. — Eu preciso de um chá.
Antes que ela se afastasse, Jungkook ficou de pé e estendeu a mão para mim.
Sem entender o que ele queria, eu deixei que ele me ajudasse a levantar e
ofeguei um pouco surpreso quando ele colocou meu corpo à frente do seu,
com minhas costas coladas em seu peito e uma das mãos segurando a barra
do meu casaco.
Eu arregalei os olhos ao entender o que ele faria, então segurei suas mãos e
olhei para ele sobre meu ombro, implorando com o olhar.
— Não mostra pra ela, por favor — Eu pedi, ainda envergonhado demais para
deixar que ela visse aquilo. — Eu juro que vou contar depois, mas por favor...
agora não...
Eu contaria. Eu com certeza contaria. Esconder não era mais meu objetivo, eu
só não queria falar sobre aquilo naquele momento. Não queria estragar as
coisas boas que eu estava sentindo.
Antes de ir, ela o convenceu a dormir ali em nossa casa e não em um dos
quartos do hotel, e eu a convenci, enquanto ele tomava banho. a deixá-lo
dormir comigo, em meu quarto, embora essa última parte tenha sido muito
mais trabalhosa.
Era a desculpa mais forçada do universo, e é claro que ele sabia disso, mas eu
não ouvi nenhuma reclamação de sua parte quando ele sentou ao meu lado na
minha cama.
Meu colchão não era de casal, mas era suficientemente grande para que
dormíssemos os dois ali, de qualquer forma. Não seria desconfortável.
Eu assenti, é claro, mas mesmo assim questionei, curioso: — Por que você tem
que comprar roupas?
— Eu não posso passar o fim de semana com você usando as mesmas que
estava usando hoje, posso?
Eu sinto que meu rosto inteiro se iluminou e que, naquela fração de tempo, eu
estava brilhando mais que o próprio sol.
Eu mordi meu lábio, incapaz de conter toda a euforia quando joguei meus
braços ao redor do seu pescoço e o abracei, ainda sentado sobre sua perna.
Jungkook envolveu minha cintura também, com cuidado, parecendo não
esquecer nem por um segundo das manchas doloridas sobre minha pele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tudo, tudo mesmo? — Eu perguntei, afastando meu rosto com um sorriso
travesso nos lábios.
— Então me beija.
Jungkook desceu as mãos até minhas coxas, apertando-as com mais cuidado
que da última vez e deixando aquele sorriso sacana aparecer
— Você costumava ser mais tímido. — Ele disse, não como uma reclamação.
— Eu não sou mais tão bobo quanto antes. — Rebati, blefando um pouco.
No fundo, no fundo, eu era tão inexperiente quanto era da última vez que nos
vimos, mas meus conhecimentos teóricos realmente tinham aumentado graças
a Yukwon.
— Não? — Jungkook perguntou, deslizando suas mãos para cima outra vez,
serpenteando seus dedos longos e frios por baixo da minha blusa de moletom.
Meu lábio ainda estava sendo repuxado pelos meus dentes quando eu balancei
a cabeça devagar para os lados, negando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meus dedos tocaram levemente a cabeça da serpente marcada em sua pele
antes que eu deslizasse minhas unhas curtas por ali, olhando para ele
novamente quando respondi.
— Seu Jimin cresceu. — Eu disse, voltando minhas mãos para seus ombros e
o apertando com necessidade. — E ele precisa muito ser tocado por você.
Jungkook beijou meu pescoço outra vez, ainda mais lentamente que da
primeira, e eu senti seu sorriso contra minha pele antes que ele subisse,
beijando todo o caminho até meu queixo, me fazendo deixar a cabeça tombar
para trás involuntariamente.
Seus toques estavam leves, cuidadosos, diferentes da primeira vez que ele me
beijou, E mesmo que aquilo já deixasse meu corpo em chamas, eu queria
sentir aquilo de novo. Queria suas mãos marcando minha pele, sua boca
domando a minha.
— Porra... — Ele rosnou, ainda contra minha pele, antes de subir com sua
boca e morder meu maxilar, me fazendo suspirar em deleite.
Logo depois ele afastou seu rosto do meu, uma de suas mãos subiu até a parte
de trás de minha cabeça e eu vi seus olhos escuros brilhando enquanto ele
olhava para mim, respirando pesadamente.
Jungkook passou a língua por meu lábio inferior, depois o chupou de forma
demorada com sua boca avermelhada, soltando-o lentamente.
Minhas pernas ainda abraçavam seu quadril quando ele investiu devagar
contra minha barriga, me fazendo gemer mais alto ao sentir sua ereção
pressionada contra meu corpo.
— Olha o que você faz comigo, meu anjo — Ele disse, com uma de suas mãos
segurando minha perna esquerda e a outra apoiada ao lado da minha cabeça
para sustentar seu peso sobre mim, sem machucar o que já estava dolorido.
Desesperado, eu tentei puxá-lo para mais perto com meus braços ainda
abraçando seus ombros, mas ele resistiu com aquele sorriso atravessado no
canto dos lábios.
— Por favor, Jungkook, por favor! — Eu implorei, nem sabia mais pelo quê. Eu
só queria mais dele, desesperadamente.
Ele manteve seu membro pressionado contra mim quando cedeu, aproximando
seu corpo até seu peito tocar o meu.
— Você fica tão lindo quando implora por mim... — Ele disse, roçando sua
boca em minha bochecha, me torturando ainda mais.
Então ele selou meus lábios e eu suspirei contra sua boca antes que ele
deslizasse sua língua até encontrar a minha, pressionando nossas bocas
juntas antes de morder meu lábio superior, arrastando-o entre seus dentes.
Ao sentir sua mão tocando diretamente minha carne, eu empurrei meu quadril
para cima, ainda mais tomado pelo desespero, e voltei a gemer livremente
quando ele deixou minha boca e voltou a beijar meu pescoço.
Era insana a forma como ele lambia e depois chupava minha pele, descendo
cada vez mais, sem esquecer de nenhum pedaço.
Então ele soltou minha nádega e passou sua mão para minha barriga, puxando
minha blusa de moletom para cima. Ele viu, pela primeira vez, as marcas que
Taeil deixou em mim, e eu percebi a forma como ele parou, observando com os
olhos irritados os hematomas.
Então ele olhou para mim e, sem dizer nada, puxou o moletom ainda mais para
cima, para logo depois beijar as manchas espalhadas sobre meu abdômen e
costelas.
Jungkook beijou cada uma delas, descendo cada vez mais até encontrar o
elástico da minha calça.
Ele passou a língua pela linha abaixo do meu umbigo e continuou me beijando
naquela região, me fazendo contrair a barriga e gemer baixo com a
provocação. Então sua mão foi até ali e puxou o elástico para baixo,
minimamente, só para brincar com meu controle.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois de me provocar desse jeito, me fazendo gemer arrastado e incontido a
cada vez que ele me pressionava mais, Jungkook me tocou por baixo da
cueca, me fazendo sentir sua palma áspera em contato direto com meu
membro que já gotejava de tanto tesão.
Eu estoquei contra sua mão, cobrindo meus olhos com as mãos escondidas
pelas mangas compridas do moletom, envergonhado por já estar tão perto de
gozar.
Mas eu não tinha culpa. Não quando Jungkook me apertava, pressionando seu
polegar contra minha glande inchada antes de voltar a me estimular no ritmo
certo, com sua boca chupando a pele sensível e já úmida de saliva logo acima
da minha virilha.
Então meu corpo todo esquentou e eu gemi ainda mais, sentindo que estava
cada vez mais perto do melhor orgasmo da minha vida.
Eu estava pronto para implorar que ele não parasse ali, mas não foi preciso,
porque logo depois Jungkook parou de beijar minha barriga e desceu com sua
boca. Ele lambeu a glande inchada e sensível, e eu enterrei meu corpo ainda
mais no colchão, cobrindo os olhos outra vez, envergonhado pelo gemido
agudo que deixei escapar.
Jungkook estava entre minhas pernas, minha calça abaixada e minha blusa
levantada até meu peitoral.
Ele parou por um momento e quando olhei para ele, percebi que ele parecia
admirar a forma como eu estava exposto naquele momento. Isso me encheu
ainda mais de tesão e eu senti que ia gozar só pela forma como ele me olhava.
Então eu não perdi mais nenhum momento, por mais que a vergonha me
fizesse querer desviar o olhar, eu me mantive completamente atento à forma
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
como Jungkook aproximou sua boca de meu membro outra vez, lambendo-o
da base até a cabeça antes de engoli-lo completamente.
Eu não era grande, sempre soube disso, então ele não teve dificuldade alguma
em me chupar por inteiro.
Minha mente estava completamente perdida, meus gemidos cada vez mais
intensos e sua boca habilidosa subia e descia, alternando com algumas
chupadas lentas para que eu não gozasse tão rápido.
Mas então meu corpo inteiro voltou a esquentar, como se fogo corresse por
minhas veias. Eu contrai todos os meus músculos, sem a intenção de fazê-lo,
perdi a voz e senti meu peito subir e descer violenta e rapidamente, como se
eu estivesse prestes a entrar em combustão.
E eu gozei, tão forte quanto nunca antes, gemendo até o último instante em
que Jungkook me chupou e finalmente soltou meu membro, já mole, com
aquele sorriso que tirava completamente meu juízo.
Ele então puxou minha calça e a cueca para cima e beijou toda a linha no
centro da minha barriga até chegar em minha blusa e puxa-la para baixo, me
cobrindo totalmente enquanto eu ainda estava com a mente presa àquele
orgasmo incrível.
Então eu entendi o que Yukwon quis dizer uma vez quando me falou que uma
pessoa não merece ser parabenizada no seu aniversário. Não, ninguém
merece receber parabéns só por completar mais um ano de vida. Quem
merece parabéns é quem faz uma pessoa sentir o próprio corpo explodir de
tanto prazer.
Então eu olhei para Jungkook, ainda sem conseguir respirar direito, mas
sorrindo como nunca antes na vida.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Guerreiros que chegaram até o final dessa bíblia de +8k de palavras, coloquem
seus dedinhos aqui
Antes de ir eu gostaria de dizer uma coisa: vocês alegram minha vida. Tipo, de
verdade mesmo. Eu tava meio tristinha esses dias, daí parei pra reler os
primeiros capítulos de sub e acabei revendo os comentários também, né? e
viado, eu gritava de tanto rir, parecia uma macaca. Então obrigadinha por lerem
essa fanfic e me divertirem, vocês são incríveis <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
13 • Cloud Nine
Jungkook piscou devagar enquanto sentia meu toque, também sem parar de
me acariciar com a mão embaixo da minha blusa
Sua respiração quente me alcançou logo antes que ele se aproximasse ainda
mais. Jungkook me beijou devagar e com carinho antes de se afastar de novo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda com sua boca perto da minha, meus pelinhos eriçados pelo beijo e seus
dedos sobre um dos lugares machucados em minhas costelas, ele disse: — Eu
quero saber o nome dele.
Sem saber quais as consequências que isso levaria para quem um dia eu
realmente acreditei ser meu amigo, eu respondi,
— Moon Taeil.
— Você não vai mais precisar se preocupar com ele. — Ele disse,
simplesmente.
Eu o olhei sob meus cílios, apertando um pouco meus lábios ao ouvir sua
entonação.
— Você não vai matar ele não, né? — Eu perguntei, encolhendo meus ombros
quando percebi o quanto aquela preocupação soou ridícula ao ser colocada em
voz alta.
Em resposta Jungkook riu, e o som de sua risada era tão gostoso que eu nem
me importava mais em estar sempre dizendo coisas estúpidas que acabavam
provocando essa reação.
201
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não estava contente por achar que ele merecia, até porque eu ainda estava
muito mais magoado que irritado, mas sim por ver que Jungkook estava
disposto a não deixar aquilo acontecer de novo.
Ele então segurou minha mão que ainda estava em seu queixo e a puxou com
cuidado até sua boca para dar um beijo em minha palma, depois beijou minha
testa e por último me puxou ainda mais para perto, até fazer meu nariz
encostar em seu peitoral exposto.
Mesmo sem querer dormir, meus olhos já estavam pesados e minha mente
pedia ainda mais descanso que meu corpo, então eu deslizei a ponta do meu
nariz em seu peitoral antes de beijar o lugar onde estava sua tatuagem, numa
tentativa meio desastrada de retribuir seu carinho e cuidado.
Mesmo com a dor, eu sorri um pouco ao ver como ele parecia diferente
dormindo com o rosto sereno, as pálpebras sonolentas e suavemente fechadas
e sua respiração lenta, Era como um homem totalmente diferente daquele
sempre tão intenso, mas tão encantador quanto.
202
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu perdi mais algum tempo admirando-o, sorrindo bobo enquanto velava
seu sono e me sentindo o garoto mais sortudo do mundo inteiro por poder vê-lo
daquele jeito, tão exposto e vulnerável.
Mas quando a dor começou a se tornar ainda mais forte, eu deixei seu abraço
com cuidado e insatisfação, fechei a cortina pra que a luz do sol não o
incomodasse à medida que fosse se tornando mais intensa e me arrisquei a
dar um beijinho em sua bochecha antes de sair do quarto, caminhando devagar
em direção à cozinha com um dos comprimidos nas mãos.
Depois de tomar mais um anestésico, mesmo sabendo que ainda estava muito
cedo e que eu poderia voltar a me aconchegar em Jungkook - e, na verdade,
querendo muito fazer isso , eu fiquei por ali e comecei a preparar o café da
manhã logo depois de enviar uma mensagem para Yukwon pedindo que ele
pegasse algumas roupas na loja de sua irmã e levasse pra minha casa.
Nossa família tinha cedido à praticidade ocidental, já que ninguém tinha muita
paciência pra cozinhar logo cedo, então muitas vezes nos comíamos torradas
com ovos mexidos ou qualquer coisa tão fácil de preparar quanto isso. Mas
como eu já sabia que Jungkook gostava de refeições mais tradicionais, eu
revirei toda a geladeira e os armários para pegar tudo que precisava pra fazer
uma sopa de broto de feijão e alguns acompanhamentos para servir com o
arroz.
— Você deveria estar descansando, meu anjo. — Jungkook disse, com a voz
ainda rouca de sono, e toda aquela proximidade repentina fez meus pelinhos
eriçarem.
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Eu neguei, arrumando a última tigela de arroz sobre a mesa. — Você sempre
dorme muito pouco. Eu quis te deixar descansar...
Antes que eu me derretesse todinho com sua resposta e com seu tom de voz
mais grave que o normal, nós ouvimos minha mãe saindo do quarto e então ele
se afastou sem pressa, parando ao meu lado. Eu o olhei só para me certificar
que ele tinha vestido a parte de cima do pijama também, porque minha mãe
provavelmente teria uma síncope se o visse com o tronco exposto em nossa
cozinha e descobrisse que Jungkook tinha uma tatuagem daquele tamanho.
— Bom dia, príncipe — Ela disse, ainda sonolenta, quando caminhou direto até
a geladeira para beber um pouco de água.
Eu quis morrer pelo apelido que ela usou e também por ter praticamente
ignorado a presença de Jungkook ali, mas o que verdadeiramente me fez
querer cavar um buraco no chão foi olhar para o lado e ver a forma como ele
falhava em esconder um sorriso.
— Ai, que susto, meu deus! — Ela quase virou e percebeu que não éramos só
eu e ela na cozinha. — Eu esqueci que Jeon estava aqui!
— Bom dia, senhora Park. Obrigado por me deixar passar a noite aqui. —
Jungkook disse educadamente, como se não fosse minha mãe quem tivesse
insistido para que ele dormisse em casa.
Quando minha mãe também sentou, com o cabelo ainda um pouco bagunçado
e um roupão mal amarrado sobre seu pijama, nós começamos a comer. Antes
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
de levar a primeira porção à boca, entretanto, eu esperei ansioso a reação de
Jungkook ao provar a primeira refeição que eu fiz pra ele, e só depois de ver
seu pequeno sorriso de aprovação é que eu finalmente comecei a comer,
orgulhoso com o resultado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando a cozinha já estava toda arrumada, minha mãe nos deixou sozinhos e
foi se arrumar, porque logo depois ia sair para comprar um presente para um
dos funcionários do hotel que faria aniversário naquele mês.
Enquanto isso, sabendo que Yukwon demoraria um pouco pra chegar com as
roupas para Jungkook, eu pedi que ele esperasse em meu quarto e fui o
primeiro a me arrumar.
Eu revirei os olhos, batendo em suas pernas para que ele me desse espaço
pra sentar ao seu lado.
— Não são pra mim. — Eu disse, tirando as peças de dentro da sacola para
poder ver. Depois eu passo lá na loja dela pra pagar, tá?
— Mas vai mesmo, nem pense em dar calote naquele demônio, ela te esfola
vivo. — Ele disse, abraçando preguiçosamente uma das almofadas, não muito
interessado em descobrir para quem eram as roupas.
Eu sorri meio travesso, sabendo que ele surtaria ao descobrir que Jungkook
estava ali, e então devolvi o casaco de lã branca, a calça jeans de lavagem
clara e a cueca à sacola quando ouvi o som do registro do chuveiro sendo
fechado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tá melhor? — Yukwon perguntou, disputando o espaço sobre minhas coxas
para apoiar os pés enquanto mexia no celular. — Jeonghan disse que você
passou mal ontem
Ele balançou a cabeça e acho que falaria mais alguma coisa, mas se calou
quando Jungkook finalmente saiu do banheiro, enrolado numa toalha. Yukwon
olhou para ele, a princípio com o desinteresse usual, mas logo depois seus
olhos se abriram em choque quando ele viu a tatuagem exposta, e então saltou
do sofá, eufórico, quase tropeçando no próprio pé quando levantou.
— Você pode vestir essas — Eu disse quando ele pegou a sacola de minha
mão, olhando para Yukwon por cima do meu ombro. — Ah, ele é aquele meu
amigo, o Yukwon... — Expliquei, torcendo para que não fosse um problema ter
deixado ele ver Jungkook ali.
Jungkook assentiu, descendo seu olhar até encontrar o meu, ainda sério. -
Venha no quarto comigo.
Eu engoli em seco, meio desesperado, e meu corpo quase virou uma papa
nojenta derretida no chão quando eu o segui até meu quarto depois de
gesticular para que Yukwon esperasse.
Quer dizer, eu achei que podia relaxar depois de minha mãe ter permitido que
eu me envolvesse com Jungkook, mas ainda tinha todo o problema com minha
idade e talvez ele achasse melhor que outras pessoas não soubessem.
Jungkook não disse nada enquanto vestia a cueca, sem tirar a toalha. Depois,
ele a desenrolou de sua cintura para vestir o jeans, parecendo não ter pressa
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
nenhuma para fazê-lo, menos ainda para me responder, mas meu coração deu
uma guinada antes mesmo que ele dissesse a primeira palavra, porque eu o vi
pegar o cinto que estava junto com suas roupas na minha escrivaninha. Depois
ele caminhou devagar em minha direção, ainda segurando-o em suas mãos, e
parou bem em minha frente.
— Você sempre fica tão assustado, meu anjo. — Ele disse, com um
inconfundível tom de provocação.
Meus olhos ainda arregalados acompanharam todo o processo até que o cinto
estivesse preso em sua calça e afivelado, mesmo que Jungkook tivesse feito
tudo isso devagar.
Eu não sei se o suspiro que deixei escapar foi de alívio ou decepção, mas de
uma coisa eu tinha absoluta certeza. Jungkook só estava me provocando.
Pelo menos ele não estava irritado comigo, o que era bom, mas o lado ruim era
que, mais uma vez, eu teria que recorrer à minha imaginação para saber o que
Jungkook poderia fazer comigo quando tinha aquele cinto nas mãos.
Tentando não demonstrar tanto o quanto aqueles gestos tão pequenos tinham
me desestabilizado, eu pigarreei e caminhei até meu armário, peguei meu
desodorante e entreguei a ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você ainda vai precisar de mais roupas, né? — Respondi, logo dando as
costas para pegar uma mochila vazia para guardar minha carteira, dois
cachecóis pro caso de esfriar muito quando estivéssemos fora e meu celular.
— A gente pode ir comprar logo.
Eu segurei minha mochila, voltando a olhar para ele, e vi que ele já tinha
vestido o casaco de la branca.
Jungkook ficou tão bonito e diferente usando roupas mais simples e claras que
eu quase perdi o foco outra vez, precisando balançar minha cabeça para os
lados quando fiquei admirando-o por tempo demais.
Era claro que Jungkook não sabia o que era o family land, mas ele não se
preocupou em perguntar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
todo o dia fora. Depois finalmente encontrarmos Yukwon na sala, então eu o
convidei para ir com a gente até o family land depois de fazermos algumas
compras. É claro que ele aceitou, porque estava escrito em sua testa o quanto
ele queria me fazer passar vergonha, e por último saímos de minha casa e
seguimos até uma das ruas comerciais que ficavam ali perto.
Durante o caminho, Yukwon não parava de olhar para Jungkook, e então ele
virava para mim só pra dizer, de forma muda, o quanto ele era gostoso.
Eu revirava os olhos a cada vez que ele o fazia, mas era impossível discordar,
então eu só ignorava e tentava fazer os dois interagirem, e isso até que
funcionou bem apesar das personalidades tão opostas.
Jungkook era elegante até quando não pretendia ser, e Yukwon... Yukwon era
Yukwon.
E apesar de ter algum receio inicial, porque tudo em meu amigo era excêntrico,
até mesmo sua aparência, eu suspirei aliviado ao ver que Jungkook não
parecia disposto a julgá-lo nem quando percebeu suas unhas pintadas com o
esmalte preto já craquelado.
Quando chegamos à loja, então, Yukwon se separou e disse que nos esperaria
no pequeno café que tinha logo à frente.
Apesar de nunca ter me interessado por esse tipo de coisa, eu passei algum
tempo parado na frente de um dos expositores observando uma gargantilha de
camurça com uma argolinha prateada no centro, presa ao manequim de joias.
Era tão delicada e ao mesmo tempo chamava tanta atenção que, por um
momento, eu quis muito experimentar, mas tentei me livrar da vontade porque,
afinal, era uma peça feminina.
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— É de mulher. — Eu disse.
Depois de ver meu reflexo por algum tempo, eu levei minha mão até a argola
pequena presa à peça, e mordi meu lábio antes de suspirar, deslizando meus
dedos até a parte de trás para soltar o fecho. Eu tinha gostado, realmente achei
bonito, mas não queria que Jungkook me achasse estranho por querer usar
algo tão feminino.
— Você ainda não me respondeu. — Ele disse, colocando sua mão sobre a
minha antes que eu soltasse a gargantilha. — Você gostou?
Jungkook então manteve uma de suas mãos em meu ombro e com a outra
desceu por minhas costas até segurar minha cintura e colar meu corpo ao seu.
Ele aproximou o rosto, fazendo sua bochecha tocar suavemente a lateral do
topo da minha cabeça enquanto seus olhos me observavam pelo espelho
diante de nós.
Eu senti meu estômago revirar com a forma que ele estava me tocando e como
seus olhos escuros não perdiam a intensidade nem mesmo no reflexo,
forçando minha respiração a se tornar mais lenta e cuidadosa, porque eu não
queria ser brusco e arruinar aquele momento.
— Me faz pensar em outra coisa que quero colocar aqui. — Jungkook quase
sussurrou com sua voz grave, subindo sua mão por meu ombro até alcançar
meu pescoço, e então seus dedos correram por minha pele até que sua palma
cobrisse a faixa de camurça.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando ele apertou um pouco mais, fazendo sentir meu pomo de adão
pressionado, eu senti o ar escapar por meus lábios e vi Jungkook umedecer os
seus. No instante seguinte, ele afastou seu corpo e suas mãos de mim, me
fazendo sentir falta de seu toque imediatamente.
— Eu vou levar. — Ele disse, e não sei se foi coisa de minha cabeça, mas sua
respiração parecia tão pesada quanto a minha.
E ele realmente levou. Quando pagou por suas roupas, ele pagou também pela
gargantilha, e eu sai da loja ao seu lado, usando-a e tocando-a, sempre me
perguntando como Jungkook conseguia me desestabilizar com tão pouco todas
as vezes.
Nós éramos tão diferentes em todas as formas que isso possa ser avaliado, e
ainda assim parecia que aquilo era tão natural, mas não era algo como opostos
se atraindo. Nossas diferenças se encaixavam tão bem. Era como se eu. Park
Jimin, tivesse sido perfeitamente moldado para Jeon Jungkook. E eu sentia que
ele tinha sido moldado para mim também.
Mas aquilo era perigoso, porque não eram apenas nossas personalidades que
se entendiam. Nossos corpos também. Cada pequeno toque parecia despertar
algo ainda maior, como se estivéssemos sempre prestes a pegar fogo, e isso
era difícil de controlar a ponto de se tornar doloroso quando nos afastávamos.
— Eu chamei o Jeonghan pra ir com a gente, não vou ficar de vela pra casal,
não. — Yukwon disse, quando nos juntamos a ele na mesa do café, ainda
calados.
Então meu amigo uniu as sobrancelhas, parecendo perceber aquilo que nos
rodeava com o silêncio persistente, meus olhos dispersos e a postura tensa de
Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu deixei um som desastrado escapar por minha garganta e Jungkook ficou de
pé, imediatamente.
— Vou comprar uma água. Quer que eu traga alguma coisa pra você, meu
bem?
Eu balancei minha cabeça, ainda sem jeito. — Pode ser uma água também.
— Se eu acender meu isqueiro, essa porra toda explode porque vocês estão a
isso aqui - Ele levantou só uma das mãos, aproximando o indicador do polegar.
— de pegar fogo. Vocês não iam só comprar umas roupas? Que merda foi que
aconteceu?
Eu passei a mão por minha testa, fechando meus olhos quando suspirei.
— Ele tocou meu pescoço. Ele literalmente só tocou meu pescoço, Yukwon! —
Eu puxei meu casaco, incomodado com a temperatura. — Por que esse lugar
parece tão quente? A gente não tá no inverno?
Yukwon riu alto e exagerado, como sempre. — Olhar pra vocês me deu tesão.
— - Ele disse, completamente casual. — Aliás, gostei da gostei da coleira nova,
ficou bem em você.
Eu não fiz nada além de suspirar acho que pela vigésima vez no dia, e
agradeci por Yukwon não insistir no assunto quando Jungkook voltou para a
mesa e me entregou uma das garrafas de água.
— Acordou agora, aquele preguiçoso do caralho. Quando ele chegar já vai ser
quase hora do almoço, então é melhor a gente comer antes de ir pro family.
— Tá.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então, Jungkook — Yukwon virou para ele, apoiando o queixo sobre a
palma da mão e tamborilando as pontas dos dedos na própria bochecha. —
Posso continuar te chamando de Jungkook? O Jimin é meio sem noção e é
informal com todo mundo, mas eu sou um moço educado, então prefiro
perguntar antes.
— Certo. Vamos ter uma conversa, Jungkook. — Yukwon afastou sua mão de
meu rosto, finalmente.- Será que você não pode ser um pouco mais rápido e
foder logo o Jimin?
Eu quase cuspi toda a minha água, e logo depois comecei a tossir muito.
— Yukwon!
Eu senti minha pressão baixar, meu queixo cair e meu rosto perder a cor antes
de começar a ficar todo vermelho quando senti a vontade de morrer crescendo
exponencialmente.
— Foi mais ou menos essa a reação dele quando percebeu que tava de pau
duro na sala — Yukwon apontou, rindo exageradamente. — O Jimin é um imã
de vergonhas, as vezes dá até pena.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yukwon riu de novo, ainda alto. — Muito natural quando ele pensa em você,
pelo visto. — Eu o vi se inclinar com os braços cruzados sobre a mesa, prestes
a falar algo em tom confidencial. — Você também fica duro quando pensa nele,
Jungkook?
Yukwon abriu os olhos antes de abrir um sorriso e olhar para mim, empolgado.
Esse cara tá mais do que aprovado, Jimin, vai fundo.
Ah, sim, como se eu precisasse ouvir o seu incentivo para ir fundo com
Jungkook.
No fim, nós saímos do café e fomos até um restaurante para almoçar. Depois
de escovarmos os dentes e comprarmos alguns lanches, que foram colocados
na minha mochila junto com as roupas que Jungkook tinha comprado, nós
seguimos até a estação de trem em Bongseon para encontrarmos Jeonghan.
Jungkook estava carregando a bolsa em suas costas para que eu não forçasse
muito meu corpo ainda dolorido, e nós três já estávamos na plataforma quando
Jeonghan finalmente chegou.
— Você tá bem? — Ele perguntou, baixo o suficiente para que Yukwon não
ouvisse, e arrumou meu cabelo carinhosamente com as pontas dos dedos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fiz que sim com a cabeça, oferecendo um sorriso para que minha resposta
parecesse mais convincente, e então ele suspirou, aliviado, e me abraçou
antes de dar o costumeiro beijo em minha bochecha.
Apesar de nem sempre ser confortável receber todo esse carinho dele, eu já
considerava algo normal, por isso não me preocupei que pudesse deixar
Jungkook irritado. Mas não foi isso que percebi quando olhei para seu rosto e vi
seus olhos escuros zangados e sua bochecha sendo empurrada pela ponta de
sua língua num gesto enraivecido.
Quando nós entramos no vagão e nos dirigimos a uma das mesas com quatro
assentos, Jungkook foi rápido em colocar uma das mãos em minhas costas e
me guiar para que eu sentasse ao seu lado no banco acolchoado.
Jeonghan sentou em minha frente e Yukwon ficou ao seu lado, vez ou outra
olhando para nós dois e se juntando aos meus esforços para tentar amenizar o
clima que de repente pareceu desconfortável demais.
Quer dizer, Jeonghan não sabia sobre Jungkook, mas ele sempre foi o mais
esperto de nós três, então acho que não demorou para perceber que Jeon não
era só um amigo, principalmente porque sua mão grande ficou sobre minha
coxa durante todo o caminho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A gente desce em Yongbong as treze e vinte e o ônibus que vai pro family
land passa na frente da estação às treze e vinte e cinco. Se a gente correr, dá
pra pegar esse. — Yukwon disse, quando estávamos quase chegando, depois
de ver os horários no seu celular.
Todos nós concordamos, acho que porque não achávamos que ele estava
falando sobre correr de forma literal.
— Anda, Jimin! — Ele quase gritou, me puxando pelo pulso, mas meu corpo
ainda doía mesmo com os analgésicos e eu não queria correr.
— Uma porra que eu vou ficar esperando por meia hora quando posso ir agora
— Ele rebateu, me puxando de novo, e eu gemi insatisfeito.
— Eu não aguento correr! — Confessei, mas sem dizer o real motivo. — Dei
um jeito no meu pé quando a gente tava descendo do trem...
Assim que percebi o que ele estava fazendo, entretanto, e antes que se
afastasse dos outros dois que pareciam se divertir com a cena, eu segurei a
manga do casaco de Jungkook para que ele também corresse, e fui puxando-o
enquanto Yukwon me carregava por todo o caminho até o ponto de ônibus e
Jeonghan corria ao nosso lado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
precisei me segurar em uma das barras antes de me sentar, porque minha
barriga doía de tanto rir e eu nem conseguia me mexer ou respirar.
— Jungkook — Eu o chamei e comecei a rir ainda mais quando olhei para ele e
vi seus olhos levemente arregalados e suas bochechas vermelhas de
vergonha.
Jungkook pigarreou outra vez, deixando claro que nunca em sua vida precisou
correr atrás de um ônibus.
— Deixa, cara — Eu ouvi Yukwon dizer. — Essa risada é mais gostosa até que
a bunda dele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Esse é o jeito de Yukwon elogiar qualquer coisa, então eu não dei muita
importância e continuei tentando respirar fundo para me recompor. Quando
finalmente consegui, ainda sorrindo e com a cabeça no ombro de Jungkook, eu
levantei meus olhos e o observei dali de baixo. Seu rosto finalmente tinha
recuperado a cor normal e ele tinha virado um pouco para mim, me olhando de
volta.
— Você ainda vai acabar comigo, Jimin. — Ele disse, com um sorriso
escondido no canto dos seus lábios.
Eu sorri mais um pouco e tentei ser discreto quando deixei um beijo tímido em
seu pescoço.
Estava me sentindo tão, mas tão feliz, como se cada toque, cada palavra e
cada segundo desde que Jungkook apareceu em minha porta estivessem
apagando minha mágoa pelo que aconteceu no banheiro do fliperama.
Ainda era difícil acreditar que aquele homem tão incrível realmente se
preocupava tanto logo com uma pessoa tão sem graça quanto eu, mas eu
estava muito grato por ele estar ao meu lado.
Por todo o percurso ele me deixou ficar daquele jeito, bem pertinho dele,
enquanto sua mão tocava minha coxa com muito mais carinho do que quando
me tocou quando estávamos no trem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Isso nem vem ao caso, Jimin. — Jungkook disse enquanto eu olhava para
Yukwon e Jeonghan correndo para comprar nossos ingressos, empurrando um
ao outro como duas crianças. — Você não pensou que pode piorar sua dor?
Eu mordi meu lábio e abaixei meus olhos, movendo meu pé sobre o piso
cimentado. — Mas eu queria vir aqui com você...
— Eu só não quero que você se machuque mais, meu bem. — Ele disse, mais
calmo, e me deu um beijo na testa. — Mas tudo bem, nós vamos.
Eu sorri de novo, balançando a cabeça só uma vez quando ele me puxou para
que caminhássemos juntos até onde meus amigos estavam, ainda naquela
briga boba em frente à bilheteria. Quando Yukwon empurrou Jeonghan com
mais força, o coitado cambaleou para o lado, tropeçou no próprio e desmontou
no chão.
— Acho que montanha russa não é uma boa pra você — Ele disse, parecendo
ter a mesma preocupação que Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não precisa se preocupar, eu cuido do Jimin. — Jungkook respondeu antes
que eu o fizesse, e eu arregalei um pouco meus olhos quando ele segurou
minha mão e começou a me puxar para que eu caminhasse ao seu lado.
Enquanto caminhávamos pelo parque, que não estava tão cheio graças às
temperaturas mais baixas, eu mostrei para Jungkook todos os meus
brinquedos favoritos e finalmente escolhi o trem fantasma para começarmos.
Os carrinhos tinham lugares para duas pessoas e, quando chegou nossa vez,
eu já estava sentindo minhas pernas moles, mas essa sempre foi uma mania
minha. Gostar de coisas que assustam mesmo quando é claro que eu sou
medroso demais para aguentar.
Então assim que nosso carro começou a se mover pelos trilhos e atravessou a
cortina preta que separava o interior escuro do ambiente externo, eu cobri
meus olhos com minhas mãos, assustado demais para aguentar o suspense.
Junto com a risada de uma bruxa, eu ouvi a risada de Jungkook, e logo depois
suas mãos seguraram as minhas, afastando-as de meus olhos.
Eu achei que ele queria me forçar a ser mais corajoso, e estava juntando toda
a minha força para tentar fazer isso, mas percebi que sua intenção era outra
quando, antes de conseguir abrir meus olhos, eu senti sua boca tocar a minha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fiquei um pouco surpreso, paralisado pelo choque de ser beijado tão de
repente, e senti o frio na barriga que montanha russa nenhuma no mundo me
faria sentir.
Pouco a pouco meu corpo cedeu, se tornando mais inconsistente à medida que
Jungkook sugava meus lábios, soltando-os devagar para pressioná-los com a
língua antes de capturá-los outra vez.
Pela primeira vez, um passeio num trem fantasma passou rápido demais, e
quando ele percebeu que o percurso tinha acabado me deu um último selinho
antes de se afastar, me deixando ainda com os olhos fechados e os lábios
entreabertos.
Jungkook me olhou quando eu deslizei meu pulso por sua mão, até encostar
minha palma na sua e entrelaçar nossos dedos, ainda parado no mesmo lugar.
Eu queria mais.
Então seus olhos desviaram dos meus por um instante e ele pareceu procurar
algo ao redor. Quando voltou a me olhar, ele passou a língua pelos lábios,
devagar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
suas duas seguraram minha cintura, empurrando meu corpo contra a parede
metálica
Ele estava em minha frente, respirando devagar, com seus olhos presos aos
meus antes de descerem por meu rosto, até observarem nada além de minha
boca.
E então nenhum segundo a mais passou antes que ele voltasse a me beijar,
pressionando nossos lábios com mais força que quando nos beijamos no trem
fantasma. Quando senti seus dentes me mordendo pela primeira vez, eu
precisei reprimir um gemido ainda em minha garganta, mas fui incapaz de
controlar minhas mãos quando elas apertaram seus braços com mais força,
mostrando o quanto eu gostava daquilo.
Uma hora inteira poderia ter se passado, mas sempre pareceria pouco tempo.
Por isso eu não senti nada além de insatisfação quando duas meninas
resolveram passar por aquele corredor, forçando Jungkook a parar de me
beijar e a me abraçar, cobrindo meu corpo com o seu para que elas não me
vissem.
Eu apertei um pouco meus olhos, confuso, porque quando ele disse que estava
de mãos atadas até que eu fosse maior de idade, eu achei que ele estava se
referindo a me beijar, também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tem uma coisa que eu só posso fazer quando você fizer dezenove. E eu
estou esperando.
Eu ofeguei quando achei que entendi sobre o que ele estava falando.
— Sexo?
Jungkook me olhou com aquele sorriso obliquo quando tocou meu rosto com
sua mão e pressionou seu polegar em meu lábio inferior.
— Aquele ali? — Jungkook apontou com o queixo para o coelhinho cinza numa
das prateleiras, e eu inflei minhas bochechas, chateado, ao confirmar,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E ele conseguiu, mas depois de três tentativas.
— Eu tô com uma puta fome, será que é porque gastei energia demais
ganhando tanto do Jimin? — Ele provocou quando Jeonghan tirou uma manta
de dentro de sua mochila e colocou sobre o gramado de uma área de
descanso.
— Deve ser por ter perdido pro Jungkook todas as vezes — Devolvi, com o
mesmo tom implicante, e me sentei numa das pontas. Então abri a mochila que
Jungkook carregou por todo o tempo e tirei os lanches que tínhamos comprado
antes de irmos.
— Como é que você consegue falar com a boca toda inchada desse jeito? —
Yukwon insistiu, rindo quando me viu cobrir meus lábios com minha mão,
imediatamente.
Então não era só impressão. Jungkook realmente tinha deixado meus lábios
inchados.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Aquela cena dos meus dois melhores amigos aqueceu meu coração e eu tive
vontade até de fotografar, porque eu os amava muito, do fundo do coração, e
ficava emocionado como uma mãe que vê seus filhos brincando juntos, mesmo
que eu fosse o mais novo de nós três.
— Posso tirar uma foto nossa? — Eu perguntei, inclinando minha cabeça para
poder olhar para ele com meus olhinhos pidões.
Jungkook sorriu e beijou minha bochecha duas vezes, como se meu pedido
derretesse seu coração.
— Pode.
Eu bati palmas, empolgado, e logo ativei a câmera frontal, Primeiro tirei uma
selfie com nossos rostos bem próximos, mas eu também queria uma foto que
mostrasse como o pôr do sol estava bonito, deixando o céu com aquela
coloração intensa por trás da roda gigante.
— Acho que ficaram boas — Ele disse quando tirou algumas, olhando para a
tela, analisando-as.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tira mais uma! — Yukwon quase gritou quando levantou de seu colo e
correu para o meu lado e de Jungkook, já fazendo uma pose ridícula como se
estivesse mostrando os músculos do braço.
Jeonghan tirou outras, cada uma com Yukwon fazendo uma pose diferente e
idiota, e quando esticou o braço para me devolver o celular para que eu
pudesse ver as fotos, eu segurei seu pulso e o puxei até que ele estivesse
perto da gente.
No fim, nós elegemos nossa favorita. Era uma meio tremida, com Yukwon com
a boca aberta porque estava reclamando de alguma coisa, Jeonghan olhando
para algum lugar que não era a câmera, eu gargalhando e Jungkook olhando
para mim pelo canto dos olhos, com o mesmo sorriso pequeno de sempre.
Quando finalmente desistimos de tirar uma foto nítida, o sol já tinha sumido e
as luzes dos brinquedos estavam todas acesas, deixando tudo ainda mais
colorido.
Apesar de nunca dizer, eu sabia que ele sofreu por ter passado tanto tempo
não tendo mais ninguém além de sua irmã, por isso ele era tão apegado a mim
e a Jeonghan. E isso era correspondido intensamente, pelo menos da minha
parte.
— Isso. — Ele concordou, e completou sem voz, para que Jeonghan não
ouvisse. -E coma logo o Jimin!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Esse capítulo pareceu muito chato de escrever em algumas partes, mas espero
que a leitura não tenha sido cansativa:
Agora deixa eu fazer um convite: próxima terça, dia 17, é meu aniversário de
23 aninhos yay! E pra comemorar, a próxima att vai sair nesse dia. Vai ser tipo
minha festinha virtual porque eu não tenho amigos suficientes pra fazer festa
de verdade kkkjkk "Mas o que vai ter de diferente nessa att de aniversário?"
Nada, vai ser um capítulo normal, mas pelo menos vendo os comentários de
vocês eu me distraio e me divirto um pouquinho, então deixa eu me aproveitar
disso pro dia não passar tão em branco :(
Por último, quero deixar registrado pra nunca esquecerem: eu amo o Yukwon!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
14 • Monkey Business
Já eram sete da noite quando nos deixamos o family land, mas antes de nos
separarmos e irmos para nossas respectivas casas, nós ainda passamos no
McDonald's próximo à estação.
Nós todos ficamos chocados quando descobrimos que Jungkook nunca tinha
comido um daqueles hambúrgueres, e quando nos sentamos na mesa com
nossos pedidos, ficamos os três esperando ansiosamente a reação dele
quando mordeu o primeiro pedaço.
— Bocal desse jeito nem parece que tava correndo atrás de um ônibus mais
cedo... — Ele disse, com a boca cheia de batatas fritas.
Jungkook passou a língua entre os dentes e o lábio inferior, num gesto ainda
afetado pelo que tinha acontecido.
— Ninguém tava com pressa, Yukwon, a gente só correu por causa dessa sua
incapacidade de esperar. — Jeonghan respondeu, lutando furiosamente contra
um sachê de ketchup que não queria abrir de jeito nenhum.
— E o que é que a gente ia ficar fazendo por meia hora até passar o outro? —
Yukwon resmungou, impaciente com a dificuldade de Jeonghan de abrir um
sachê. — Dá aqui essa merda, eu abro!
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— Conversar, talvez? Mas a gente sabe que você tem um formigueiro na
bunda e não consegue ficar parado. Ele rebateu, rindo quando Yukwon rasgou
o pacotinho de uma vez com os dentes e fez voar ketchup na própria cara,
— Você que é preguiçoso demais, essa peruca aí deve sugar sua energia toda.
Como já estava ainda mais frio, eu tinha tirado os cachecóis da mochila e puxei
o meu até cobrir também meu nariz. Jungkook, ao invés de colocar o que eu
tinha levado para ele, me fez usá-lo para enrolar minhas mãos geladas. Eu não
queria mesmo parecer um pacote ao seu lado, mas foi difícil recusar quando eu
sentia meus dentes batendo.
— Você tem bons amigos — Ele disse, soprando o ar e esfregando uma mão
contra a outra discretamente.
Sem querer deixá-lo com frio por minha causa, eu tirei o cachecol que ele
recusou a princípio e enrolei em seu pescoço antes de juntar minhas mãos às
suas, em seu colo, para que elas ficassem quentinhas juntas.
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Jungkook sorriu com meu gesto e puxou minhas mãos até sua boca, depois
deu um beijo em cada uma delas.
— É? Desculpa.
Eu inclinei minha cabeça um pouco para o lado e beijei sua bochecha, depois
beijei de novo antes de me afastar, porque era muito gostoso dar beijinhos ali.
Jungkook riu, e foi uma risada de verdade, com a mesma expressão que
Yukwon sempre fazia um segundo antes de brigar comigo dizendo que me
achava fofo demais.
Jungkook também parecia me achar fofo, mas pelo menos ele não me deu
bronca por isso.
— Eu achei que você e Yukwon não iam se dar bem. — Confessei, apertando
um pouco meus lábios antes de continuar. — E que você ia gostar mais do
Jeonghan...
Jungkook ficou algum tempo sem responder e sem olhar para mim, parecendo
tão focado em olhar através da janela do ônibus que eu até acreditei que ele
não tinha me escutado, mas então ele finalmente moveu os olhos em minha
direção.
— Eu sei, mas você ficou todo emburrado com ele... — Eu disse, abaixando
um pouco o tom de voz.
Eu sabia que ele tinha ficado com ciúmes, mas parecia pretensioso demais
dizer isso em voz alta na sua frente, então não o fiz.
— Só me incomoda saber que ele pode sempre estar por perto e te tratar
daquele jeito enquanto eu tenho que passar tanto tempo longe. — Jungkook
confessou depois de algum tempo, ainda com a expressão calma e suas mãos
esquentando as minhas.
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Eu desviei meu olhar por um instante, enterrando meu rosto ainda mais no
cachecol felpudo.
Mas eu gostava disso, do jeito como ele nunca parecia ter a intenção de
esconder como se sentia em relação a mim.
Como sempre eu não queria dizer até o fim de nossas vidas. Eu não seria
presunçoso a esse ponto, de acreditar que Jungkook continuaria com esse
estranho interesse por mim durante tanto tempo.
O sempre em questão era todo o tempo que passaria até que ele percebesse
que nada daquilo valia a pena, não para ele, e então não existisse mais um
sempre ou um nós dois.
Mesmo sem coragem de levantar meus olhos para olhar para ele, eu sabia que
Jungkook também não estava olhando para mim. Mas nossas mãos ainda
estavam juntas e ele ainda estava ao meu lado, então eu decidi que me daria o
direito de ficar angustiado com as possibilidades, mas não naquele momento,
não enquanto ele ainda estivesse comigo.
— Não quero abusar da boa vontade de sua mãe, meu bem. — Ele disse,
colocando minha mochila já fechada nas costas e parando em minha frente.
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Jungkook riu outra vez, com mais vontade, e segurou meus braços para se
soltar do meu abraço persistente. Mas então ele beijou minha testa de novo,
depois me deu um selinho.
— Vá trocar de roupa.
Se dependesse dos meus comandos racionais, meu corpo não sairia do lugar,
porque eu ainda estava um pouco surpreso e vergonhosamente excitado, mas
minhas pernas foram capazes de se mover sozinhas, me levando para fora do
quarto depois que eu assenti de forma atrapalhada.
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Eu voltei para o quarto, depois de respirar fundo para juntar coragem para abrir
a porta, e meu rosto todo esquentou quando eu o vi sentado na cadeira da
minha escrivaninha, mexendo despretensiosamente em um dos livros da
escola que eu nunca usava.
Ao perceber que eu estava ali, ele me olhou, ainda sem dizer nada, e eu senti
seus olhos me acompanhando até que eu timidamente caminhasse até a
cama, abraçasse o coelho de pelúcia e me escondesse debaixo da coberta.
Por todo o tempo até que ele voltasse do banheiro, já pronto para dormir, eu
continuei daquele mesmo jeito, com a coberta me escondendo da cabeça aos
pés e o coelhinho cinza sendo dolorosamente esmagado por meus braços
quando eu senti seu peso sobre o colchão e sua mão me tocando sobre o
edredom.
Eu fechei os olhos quando ele tirou a coberta de cima de minha cabeça e seus
dedos me tocaram diretamente, penetrando entre meus cabelos escuros.
É claro que existia algo me incomodando. Quer dizer, como eu não ficaria
incomodado com a reação do meu corpo depois de levar um tapa tão forte?
— Por que eu gosto dessas coisas? — Eu perguntei, ainda com a voz baixa,
quase com vergonha. — Por que eu gosto quando você me machuca?
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Então eu finalmente voltei a abrir meus olhos, ainda sem muita coragem, e
sentindo que deveria estar um pouco ofendido. Ser submisso a algo sempre
me pareceu uma definição tão diminutiva para qualquer pessoa, mas a forma
como Jungkook falou, a forma como continuou me tocando e a forma como me
olhou fez parecer que ele tinha orgulho de mim por isso.
Curioso, mas principalmente confuso, eu precisei abrir a boca duas vezes até
conseguir perguntar.
Acho que ele percebeu toda a minha confusão e falta de entendimento, porque
seu olhar se suavizou e ele sorriu como se tentasse me acalmar.
Jungkook então desceu sua mão por minha perna, até agarrar minha coxa
daquele jeito que eu já tinha experimentado e gostado. Com a outra que estava
em minha bochecha, ele segurou meus cabelos e puxou minha cabeça para
trás, com força, mas também com cuidado, deixando meu pescoço totalmente
exposto para que ele me mordesse, me forcando a ranger meus dentes para
não deixar um gemido escapar.
Dessa vez foi mais difícil, então um som manhoso e baixo acabou escapando
por minha garganta, mesmo que eu pressionasse meus lábios com força.
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— Isso eu gosto de fazer — Jungkook disse, beijando todo o caminho de volta
até meu pescoço sensível.
— Mas isso eu não gosto. — Ele completou, me fazendo sentar sobre suas
pernas outra vez, e então tirou minha mão para beijar o lugar que tinha
acabado de acertar.
— Eu não entendi... — Confessei quando ele parou seu rosto bem perto do
meu, logo depois.
Jungkook abraçou minha cintura com seus dois braços, enquanto eu só tocava
desajeitadamente em seu peitoral coberto com o pijama de moletom.
Como uma epifania, eu abri minha boca, entendendo o que ele quis dizer.
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— Vamos deixar isso pra outra hora. — Ele disse, com o sorriso no canto dos
lábios, e então beijou a ponta do meu nariz antes de deitar na cama, me
levando junto.
— Diga.
— Tira isso — Pedi, segurando as pontas da blusa do pijama que ele estava
vestindo. - Por favor
Jungkook riu um pouco, e então eu precisei me afastar para que ele a tirasse,
mas voltei a me deitar sobre seu corpo quando o moletom foi deixado de lado.
Eu me aconcheguei sobre seu peitoral quentinho, e finalmente puxei a coberta
para cima de nós dois.
Mas mesmo com o cansaço, e diferente da noite anterior, eu não dormi tão
fácil. Na verdade, eu fiquei insistindo em algumas conversas bobas por algum
tempo, como sempre falando muito mais do que ele, mas sempre sentindo que
cada coisinha que saía da minha boca era escutada com muita atenção.
Quando eu finalmente dormi, o fiz sem perceber, ainda sobre seu corpo, e
assim continuei por toda a noite.
Nós estávamos no mesmo lugar, mas ele parecia tão maior e tão mais escuro
do que realmente era. Taeil em minha frente parecia cem vezes mais
assustador do que pareceu naquele dia, e então eu acordei antes que a
lembrança dos seus golpes também me atingisse.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Assustado e sentindo minha garganta seca, eu abri meus olhos e finalmente
percebi que já era manhã.
Jungkook não estava mais na cama comigo, mas eu o encontrei de pé, ao meu
lado, vestindo uma das blusas que tinha comprado no dia anterior.
Algo como ansiedade tomou conta de mim, e eu me forcei a sentar, sem parar
de olhar para ele.
— Você já vai embora? — Eu perguntei, aflito, tanto pelo sonho quanto pela
crença de que JungKook já estava voltando para Seul e me deixando sozinho.
— Você dormiu bem? — Ele perguntou quando eu abaixei meu olhar, distante,
e minha intenção de mentir foi jogada no lixo quando ele se aproximou e
segurou meu queixo para levantar meu rosto.
Então, sabendo que ele tinha percebido meu desconforto, resolvi contar a
verdade. — Eu sonhei com ele...
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— Vou garantir que ele precise sair da cidade. — Jungkook disse, ainda me
acariciando. — Apesar de estar reconsiderando. Talvez eu realmente queira
matá-lo.
Dessa vez eu não ri, por perceber que ele não estava brincando, e
principalmente por descobrir que o que Taeil fez deixou uma marca pior que os
hematomas em meu corpo.
— Isso não vai demorar — Ele garantiu, e eu suspirei quando ele me puxou
com cuidado e me abraçou, fazendo meu rosto tocar seu abdômen pela
diferença de alturas naquela posição. — Mas eu preciso que você faça algo
enquanto isso.
— Converse com sua mãe. Deixe ela saber o que aconteceu.- Jungkook disse,
ainda me tocando com cuidado. Se você não disser, eu mesmo vou fazer isso.
Não vou embora sem a certeza de que ela sabe.
Não sei o que me afetou mais, imaginar a reação de minha mãe ou ter a
confirmação de que Jungkook realmente iria embora naquele dia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando eu me sentei para comer o que minha mãe já tinha preparado para o
café da manhã, mesmo sem muita fome, eu tentei organizar em minha mente a
melhor forma de dizer para ela, mas todo meu ensaio foi em vão porque, assim
que ela reapareceu na cozinha, minha cabeça ficou em branco.
Ela sorriu e fez um carinho rápido em minha cabeça antes de se servir com um
pouco de chá gelado e sentar em minha frente.
Eu neguei, perdendo de vez o pouco apetite que tinha, e deixei minha torrada
comida pela metade sobre o prato.
Eu abaixei meu olhar e escondi minhas mãos debaixo da mesa, sentindo meu
coração acelerar quando percebi que existia uma pequena determinação
dentro de mim para contar de uma vez.
— O que o Jungkook foi resolver é uma coisa minha, mãe. — Eu disse, ainda
sem olhar para ela, mas percebi sua curiosidade quando ela murmurou um
questionamento surpreso.
— Coisa sua? Pelo amor de deus, Jimin, não me diz que você arranjou
problema...
Eu não neguei, dessa vez, porque não tinha confiança em dizer que não tinha
sido eu a arranjar o problema.
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Sua primeira reação foi o silêncio, e só depois eu ouvi seu suspiro ruidoso e
assustado. — O que aconteceu? Como você se machucou tanto assim? — Ela
perguntou, tentando não se exaltar.
Eu respirei fundo, tentando dizer aquilo para ela. Era ainda pior que admitir
para Jungkook, porque minha mãe viu Taeil crescer ao meu lado, e
constantemente ainda me perguntava por ele e Yuta.
— Foi o Taeil... — Eu disse, enfim, ainda sem olhar diretamente para ela e
cobrindo os machucados outra vez, porque era desconfortável como o inferno
deixá-los tão expostos. — Ele disse que eu tô doente porque sou gay e fez isso
comigo. — Eu parei, me sentindo sem ar, antes de conseguir terminar,
— Mas eu nunca disse pra ele, mãe, eu juro, eu nunca disse pra ninguém da
escola que sou assim, só o Yukwon e o Jeonghan sabem—
— Mãezinha, por favor, não faz nada de cabeça quente — Eu implorei, ainda
segurando seu braço. — O Jungkook já foi resolver isso, o Taeil vai ter o que
merece, então por favor... não faça nada agora, eu preciso mais de você aqui
do que lá brigando com ele!
Ela expulsou todo o ar, ainda irritada, e eu repeti meu pedido tantas vezes que
perdi a conta, até que ela finalmente pareceu ceder, embora sua feição e
postura ainda fossem tensas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda com medo que ela mudasse de ideia novamente, eu me aproximei mais
e a abracei, implorando para que ela ficasse comigo.
— Eu vou ficar com você, meu príncipe. — Ela disse, me apertando contra seu
corpo, e sua voz quebrou completamente de um instante para o outro. — Mas
eu não vou deixar ninguém te machucar, nem fazer você acreditar que precisa
se desculpar por ser o que é.
— Meu bebê... — Ela murmurou, alisando minhas costas com seu toque
maternal, tão reconfortante para mim, e eu percebi que toda a euforia em sua
voz sumiu, dando lugar unicamente à tristeza e preocupação. — Como é que
alguém consegue machucar uma pessoa como você?
Quando finalmente nos separamos, muito tempo depois, os dois com os rostos
inchados, ela me disse para tomar um banho. Depois, me chamou para deitar
em seu quarto, e eu fiquei com a cabeça em seu colo enquanto ela me fazia
carinho e me dizia, com mais calma, que iria conversar com os pais de Taeil.
Só depois disso é que Jungkook voltou, mas nós não tivemos muito tempo
juntos. Primeiro minha mãe pediu para conversar com ele, e eu sabia que era
sobre aquele assunto. Depois, nós almoçamos juntos, os três. Duas horas
depois, ele estava se preparando para voltar para Seul.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele me olhou quando colocou uma das alças nos ombros e caminhou em
minha direção. Eu não ofereci resistência quando senti meu corpo ser puxado
até ficar de pé, de frente para ele, e ele segurou meu rosto com as duas mãos.
Quanto tempo seria dessa vez? Três meses? Cinco? Talvez mais?
— Tudo bem se você ficar um tempo sem essa mochila? — Ele perguntou,
finalmente, referindo-se à que tinha nas costas.
Eu neguei, sem muita força, ainda sentindo suas mãos segurando meu rosto.
— Não tem problema, eu nem uso...
— Certo, então. Quer dizer que eu não preciso vir devolver no próximo fim de
semana, não é?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu daria um jeito de vir, mas se você não precisa, acho que vou ficar com
ela por mais um tempo. — Jungkook disse, com uma entonação pensativa, e
eu arregalei meus olhos quando finalmente entendi.
— Não tenho outra opção, anjo. — Ele respondeu, beijando minha bochecha —
Eu não aguento passar mais cinco meses longe de você.
Eu afrouxei meu abraço, só para poder olhar para ele, e eu sabia que meus
olhos e meu sorriso diziam o que eu não conseguia falar com palavras.
— Agora eu preciso ir. — Ele disse, tentando se afastar de mim, mas eu ainda
não conseguia soltá-lo.
Jungkook riu de novo, e eu tentei beijar sua boca quando seu corpo finalmente
encontrou a porta, mas ele não deixou que passasse de um selinho, com suas
mãos me segurando firmemente pela cintura.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nunca vai ser só mais um beijo, meu bem, Você sabe disso.
Eu bufei, irritado e um pouco infantil, mas sabia que não deveria insistir. Ele já
tinha passado todos aqueles dias comigo e eu sabia que tinha muitas coisas
para fazer em Seul, então não podia segurá-lo mais e deixar que ele perdesse
o trem, embora essa fosse minha maior vontade.
❆❅❄❅❆
Jungkook não mentiu. Uma semana depois, ele realmente voltou para me ver,
e nós passamos mais dois dias maravilhosos juntos.
Dessa vez, entretanto, meu pai já tinha voltado de sua viagem e como eu ainda
não tinha coragem de contar para ele sobre minha sexualidade ou sobre
Jungkook, ele se hospedou num dos quartos do hotel.
Dois dias depois de sua ida, enquanto eu remoía a incerteza sobre quando ele
poderia me ver outra vez, algo aconteceu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, eu cheguei a acreditar que o que quer que Jungkook tinha tentado
fazer, não tinha dado certo. Até que uma piada feita do meio da aula de álgebra
o levou até a sala do diretor, e então no dia seguinte ele reapareceu sem o
uniforme, acompanhado de um dos monitores enquanto recolhia suas coisas
do armário na sala de aula e do vestiário de educação física.
— Essa é a única escola boa em Nam-gu, parece que os pais tão mandando
ele embora pra outro distrito.
— Mas isso não é estranho? Parece até que o diretor só tava esperando uma
desculpa pra mandar ele embora.
Nos dias seguintes, era só nisso que se falava. E enquanto eu tinha a certeza
de que aquilo era, afinal, consequência das ações de Jungkook, todos os
outros continuavam discutindo, tentando descobrir o que tinha acontecido para
Taeil ser expulso por um motivo tão bobo.
Depois de tudo, eu tinha perdido a confiança nele, mas sabia que se ele fizesse
qualquer coisa maldosa comigo, Jungkook também daria um jeito de mandá-lo
embora.
Mas ele pareceu ter dificuldade em falar, porque acho que era só isso mesmo
que ele queria fazer. E coçou a cabeça, frustrado, quando finalmente começou.
— Desculpa, Jimin. Se eu não tivesse te deixado sozinho com ele no banheiro,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
as coisas não teriam chegado àquele ponto. Nós realmente passamos dos
limites. Eu sinto muito mesmo.
— O único que passou dos limites foi ele, Yuta, Você até me ajudou. — Eu
rebati, um pouco confuso.
— Eu não falo só desse dia, nós passamos dos limites bem antes disso. Todas
as brincadeiras e provocações... me desculpa, de verdade.
Por um tempo, eu fiquei sem reação. Quer dizer, eu realmente esperava que
Yuta voltasse a agir como se nada tivesse acontecido, embora eu realmente
tivesse percebido que às vezes ele tentava se aproximar, mas acabava
perdendo a coragem.
Quando eu achei que não passaríamos disso, ele continuou: — Diz pro seu
amigo que eu sinto muito por tudo que dissemos sobre ele também.
Então eu o olhei, desconfiado. Yukwon, muito mais que eu, foi o alvo de todas
as piadas maldosas de Taeil, Yuta e de tantas outras pessoas naquela escola.
E ele realmente merecia um pedido de desculpas, mas um cara a cara, não um
repasse de recado.
— Se você realmente sente muito, diz você pra ele. — Eu disse, segurando a
garrafinha de suco recém comprada numa das mãos. — E se você não sente,
me desculpa, mas você ainda é uma pessoa horrível. Yuta pareceu um pouco
assustado por não me ouvir simplesmente concordar. Era isso que eu fazia,
sempre, mas muita coisa tinha mudado desde que eu percebi que ele e Taeil
nunca foram meus amigos de verdade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem esperar uma resposta, eu virei e segui meu caminho até a quadra, mas
confesso que senti algo bom quando percebi que, mesmo depois de relutar um
pouco, Yuta começou a me seguir.
— Que demora da porra foi essa? Foi plantar a fruta pra fazer o suco, foi? —
Yukwon resmungou quando me viu chegando, mas logo depois ele percebeu
quem estava comigo, e sua expressão se tornou impaciente. — Ah, fala sério,
o que é que o bucetão tá fazendo aqui?
— Ele quer falar com você — Eu avisei, subindo os degraus largos para me
sentar entre ele e Jeonghan, que estava deitado com a cabeça em cima de um
casaco grosso, só assistindo o desenrolar da situação inesperada.
Yuta parou embaixo, parecendo muito hesitante sobre o que fazer, e Yukwon
não ajudava enquanto olhava-o como se estivesse prestes a voar no seu
pescoço.
— Fala logo, inferno! — Ele disse, alto, fazendo Yuta ter um sobressalto.
— Por ser um bucetão? Não desculpo, agora sai daqui. — Yukwon respondeu,
impaciente.
— Você não precisa ser tão babaca. — Yuta disse, apertando os olhos.
Yukwon riu, debochado. — Você achou o que, cara? Que depois de anos me
infernizando eu vou estender um tapete vermelho pra você? Vai se foder!
— Yukwon... — Eu chamei, segurando seu braço para que ele entendesse que
estava passando dos limites. — Ele só tá pedindo desculpas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Me erra, Jimin! Esse bosta vem do nada se desculpando, provavelmente tá
se sentindo sozinho agora que o outro bucetão foi expulso e quer voltar a
brincar de ser seu amigo, mas essa história não vai colar comigo, não!
Yukwon jogou a tampinha do meu suco na direção dele, furioso, mas por sorte
não o acertou.
— E depois o quê? Nós íamos virar melhores amigos? — Ele rebateu, como se
minha sugestão fosse um absurdo. — Vai você atrás dele, então, matar a
saudade da amizade caralhuda que vocês tinham!
Eu virei para ele, deixando meu suco de lado quando percebi o que estava
acontecendo. Então não pude conter uma risada.
— Vai se foder.
Eu ainda dei uma risadinha, antes de explicar. — Eu acho que ele só queria se
desculpar mesmo. Quem em sã consciência vai querer andar com a gente?
Vocês estão se achando demais.
De qualquer forma, nós estávamos bem daquele jeito. Três era mesmo nosso
número da sorte.
Seu aniversário já estava chegando e faziam três meses desde a última vez
que eu o tinha visto, o que fazia meu coração doer de saudade a ponto de me
fazer dormir chorando, em algumas noites.
Mas eu tentava não mostrar esse lado para ele. Tentava não ser ingrato, nem
fazê-lo se sentir culpado por não poder fugir das suas responsabilidades. Então
quando eu o ligava, sempre sentindo meu peito doer quando ouvia sua voz, eu
engolia minha tristeza e aproveitava o pouco de tempo que ele podia me
oferecer nos dias mais complicados.
Jungkook não tinha mais tempo para atender minhas ligações e demorava
cada vez mais para responder minhas mensagens. E, por mais que eu
estivesse tentando me convencer de que era tudo fruto de todas as suas
responsabilidades, no fundo eu tinha medo de que ele já estivesse perdendo o
interesse em mim e me deixando de lado cada vez mais.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas eu tinha medo de perguntar e ouvir uma resposta que, inevitavelmente,
partiria meu coração já tão apegado a ele. Por isso, continuei a deixar as
coisas como estavam, mesmo que isso significasse ter menos de Jungkook.
Porque ter pouco dele ainda era melhor que não ter nada.
Quando agosto estava chegando ao fim e seu aniversário estava mais próximo,
eu comecei a arrumar seu presente, que seria enviado para Seul, por mais que
eu quisesse entregá-lo pessoalmente, porque Jungkook já tinha deixado claro
que não nos veríamos quando o dia chegasse.
Mas quando a ligação foi completada, não foi sua voz que eu ouvi.
Eu estranhei, porque aquela era a primeira vez que outra pessoa atendia o
telefone de Jungkook, então eu até chequei o contato discado para ter certeza
que era mesmo o seu número, mas não havia erro.
— Oi? Quem fala? — Perguntei, um pouco confuso, mas tentando não soar
rude.
Eu quase deixei meu celular cair quando ouvi sua resposta, e pareceu que o
mundo inteiro parou de girar. Meu coração bombeou rápido demais e eu sentia
suas batidas desesperadas reverberando em meus ouvidos, me deixando tonto
enquanto eu tentava me convencer de que aquilo era uma brincadeira de mau
gosto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Se tivesse, o que foi tudo que aconteceu entre nós dois? Uma mentira?
Não podia ser. Ele parecia tão sincero. Ninguém conseguiria fingir tão bem do
jeito que ele fingiu, mas... e se?
A mulher riu, do outro lado, incapaz de ver meu estado miserável. — Ele
continua me mantendo em segredo, pelo visto. — Ela disse, bem humorada.
— Um menino com uma voz fofa. — Ela respondeu, e alguns sons arranhados
me fizeram perceber que o celular estava sendo movido. — O nome no visor é
Jimin.
— Jimin? — Ele repetiu, com a voz mais nítida, e eu soube que estava falando
diretamente comigo dessa vez.
Eu estava encolhido no chão do quarto, com uma mão cobrindo minha boca
para conter minha respiração desesperada, enquanto a outra quase esmagava
meu telefone contra minha orelha,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Anjo? — Ele insistiu, diante do meu silêncio, mas eu ainda não conseguia
responder
Eu não conseguia fazer nada. Não conseguia falar, pensar, nem me mover. Só
queria abrir meus olhos e descobrir que aquilo era só um sonho confuso e que
Jungkook não tinha uma noiva, que não tinha me enganado por todo aquele
tempo.
Jungkook ficou calado por tanto tempo que eu soube que meu coração seria
destruído assim que ele voltasse a falar, mas ele não precisou dizer nada para
que eu soubesse exatamente o significado daquele silêncio.
Então eu finalmente ouvi seu suspiro e, por último, sua voz mansa.
Antes que ele terminasse aquela frase, com medo demais de ouvir o resto —
principalmente porque aquelas palavras já diziam tudo que eu tanto temia
ouvir, eu finalizei a ligação e joguei meu celular longe, usando ambas as mãos
para cobrir minha boca para não deixar escapar um grunhido de raiva e
tristeza.
Meu corpo inteiro ainda doía e tremia, naquela hora, como se eu tivesse
presenciado um crime brutal, quase preso num estado catatônico provocado
pela mudança repentina de tudo que eu tinha acreditado, até então.
Depois de tanto acreditar que aquilo era real e que Jungkook realmente
gostava de mim, que ele realmente me levava a sério, eu senti o choque da
realidade caindo sobre minha confiança inconsequente.
Por tanto tempo eu me perguntei o que ele via em mim, e então eu finalmente
descobri. Diversão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Desculpa acabar o capítulo aí, mas eu não tava com cabeça pra finalizar do
jeito que queria. O dia foi tão ruim que eu só consegui ficar deitadinha, sem
fazer nada, nem revisei direito
Mas agora é hora de esquecer e falar de coisa boa yay //desculpa pelas notas
finais imensas e não desiste de mim :(
256
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
pra vocês pra provar que a cara (e a mente também!) é de bebezinha que
precisa ser protegida (a mãozinha no cabelo não era charme, só tava tentando
não deixar ele voar na cara >>>e não deu certo<<<)
Acabou a festinha :( como eu já sei que vocês vão alegrar esse dia horroroso,
deixo desde já meu obrigada!!!!
257
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
15 • Alpenglow
O frio na barriga que eu sentia não era como aquele que eu sempre sentia
quando ele estava por perto. Era algo ruim, como se todo meu corpo tivesse se
transformado num depósito de sensações ruins.
O homem que entrou em minha casa e disse para minha mãe que tinha
sentimentos por mim era de outra pessoa.
Ainda angustiado, sem saber o que fazer com aquele acúmulo crescente de
raiva e tristeza, eu precisei reencontrar o equilíbrio para ficar de pé e sair de
casa, ainda tonto como se tivesse acabado de tomar o maior porre da minha
vida.
Eu precisava colocar aquilo para fora. Precisava gritar para o mundo inteiro
aquilo que de repente tomou conta de mim, depois de uma única ligação, mas
o mundo não se preocupava com o coração partido de um garoto de dezessete
anos, então eu fui ao primeiro lugar onde sabia que seria escutado e, mais que
isso, não seria condenado por tentar extravasar minha raiva.
— Se for aquele vizinho chato do caralho de novo eu juro que vou mandar esse
resto de aborto pra puta que pariu!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda do lado de fora, depois de tocar a campainha, eu já podia sentir o cheiro
de comida e ouvir os barulhos vindos da TV e da ira de Yukwon.
Quando ele abriu a porta, com aquela expressão que deixava claro que ele
estava prestes a matar alguém, e me reconheceu, sua feição suavizou e ele
gritou para sua irmã, do lado de dentro.
— OI, JIMIN! — Taeyeon gritou de volta, ainda fora do meu campo de visão, e
eu acho que ela estava na cozinha.
— Entra aí. — Ele respondeu, mas eu não teria me movido se não fosse sua
mão me puxando pelo braço. Quando me soltou, a única coisa que ele fez foi
pegar uma almofada no sofá para segurá-la na frente do próprio corpo, virado
para mim. - Mete a porrada aqui.
Eu respirei com força, apertando meus dentes uns contra os outros antes de
dar o primeiro soco na almofada. E então eu dei o segundo e o terceiro. O
quarto veio acompanhado de um grito rasgado, e os seguintes foram mais
rápidos e desastrados, até que o décimo primeiro foi mal calculado e eu acabei
socando o ombro de Yukwon com força.
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Aquela era uma resposta arriscada, porque dizer o nome de Jungkook a
Yukwon seria como garantir que nunca mais existiria a chance de uma relação
minimamente amistosa entre os dois. Isso no caso de Jungkook continuar vivo,
o que era um pouco improvável quando se tratava do meu melhor amigo
descobrindo que ele me deixou naquele estado.
Entretanto, essa minha preocupação era fruto de uma esperança que eu não
gostaria de reconhecer, naquele momento, porque fazia de mim um completo
idiota: a esperança de que, no fim, Jungkook ainda faria parte da minha vida.
Então, perdido de raiva não só por descobrir que Jungkook tinha uma noiva,
mas também por perceber em mim o desejo indominável de nunca deixar de
ser dele, eu quis garantir que, no caso de meu coração falar mais alto que meu
orgulho, Yukwon seria a barreira que me impediria de voltar para ele.
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Sem mais força ou determinação para continuar de pé, eu me sentei encostado
no sofá e abracei minhas pernas, inconsolável.
Eu apertei ainda mais meus joelhos, porque revelar aquilo parecia tornar tudo
ainda mais real, definitivamente mais doloroso.
— Mas ele tem uma noiva? — Taeyeon voltou, com chopsticks para os três nas
mãos. — Acho que fiquei confusa.
Antes que eu percebesse, Yukwon estava sentado na minha frente, sem o taco
de beisebol na mão e segurando novamente a mesma almofada.
Sem que ele precisasse me orientar e sem precisar pensar, eu voltei a socá-la,
com mais raiva que antes, buscando naquilo uma forma de aliviar a sensação
dolorosa de ser enganado.
Pouco a pouco, os socos furiosos foram sendo substituídos por socos fracos,
minha respiração completamente atrapalhada e meu rosto quente e úmido
pelas lágrimas que, nem sei quando, finalmente começaram a escapar.
Assim que o último soco, se é que posso chamá-lo assim, atingiu a almofada,
eu engatinhei para a frente e deitei minha cabeça nas pernas dobradas de
Yukwon, encolhendo minhas pernas contra meu corpo no chão e cobrindo
minha boca para não deixar que nenhum outro soluço fosse escutado.
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— Yukwon... — Eu o chamei, com a voz tremendo, puxando o ar mesmo contra
minha vontade. -Yukwon, ele me enganou... O Jungkook, ele...
Eu ouvi seu suspiro, depois sua mão tocou minha cabeça, sem me acariciar.
— Não precisa ter vergonha de chorar. Chore mesmo, até não sobrar nenhuma
lágrima pra derramar no funeral dele — Yukwon disse, paciente.
A risada sem humor algum que eu deixei escapar depois de seu conselho foi
como uma válvula que, depois de ativada, tornou meu choro mais intenso e
mais sonoro.
Nenhum dos dois irmãos falou qualquer coisa enquanto meu corpo sofria os
reflexos do choro violento e eu gemia como uma criança que se perdeu da mãe
no shopping. Porque era exatamente daquele jeito que eu me sentia, naquele
momento. Dolorosa e completamente perdido.
Eu nunca vou saber dizer quanto tempo passou até que lágrima nenhuma
restasse, a despeito da vontade de continuar chorando. Mas minha cabeça
doía, como se seu peso tivesse sido triplicado e eu sentia meus olhos
inchados.
Sua voz era calma, quase como se ela não tivesse acabado de presenciar a
pior crise de choro da minha vida.
Eu quis negar, e neguei, mas não tive forças para impedir Yukwon de me fazer
levantar e me puxar até a mesa de centro, onde o macarrão quase frio ainda
estava apoiado.
Nós comemos em silêncio. Eu, na verdade, quase não comi. Minha mente era
bombardeada com as lembranças que construí com Jungkook, cada uma delas
se tornando manchada pela nova descoberta de que ele tinha outra pessoa.
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Então meus hashis paravam no meio do caminho, com os fios de macarrão
instantâneo pendurado, e eu só os levava à boca depois que Yukwon me
cutucava com seus próprios chopsticks.
Era como estar num transe. Minha mente se distanciava cada vez mais da
realidade imediata, então era arrastada de volta para logo depois se perder em
mais lamentações e ofensas silenciosas que, quando não direcionadas a
Jungkook, eram direcionadas a mim mesmo, porque era claro que eu tinha
culpa naquilo
Como eu pude acreditar tão ingenuamente que ele realmente teria sentimentos
por alguém como eu?
Eu concordei, não sei se com Taeyeon, com Yukwon, ou com os dois. Mas é
verdade que eu reconhecia a vontade de ter o desejo de machucar Jungkook,
de fazer ele se sentir tão miserável quanto eu estava me sentindo. Entretanto,
eu não tinha nem a vontade, nem a coragem de ferir alguém.
Depois, eu me deixei ser arrastado para fora do apartamento deles rumo a uma
loja de conveniência para comprarmos as garrafas de soju que prometiam me
ajudar a superar essa noite. Por mais que minha vontade fosse a de ficar
encolhido em algum lugar fazendo nada além de remoer cada pensamento que
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bombardeava minha mente, a ideia do nada e da solidão me assustava,
naquela hora.
Ninguém precisou me dizer nada para que eu soubesse que Yukwon o tinha
chamado e, mesmo sendo tarde da noite, Jeonghan estava lá.
Talvez ele não soubesse exatamente o que estava errado, porque não acho
que Yukwon se preocuparia em dar os detalhes, mas era fácil olhar para mim e
perceber que eu estava destruído, e não era pelo álcool.
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Sem controle sobre meu raciocínio ébrio, eu deixei escapar a pergunta que
deveria ficar só em minha cabeça. — Por que eu não me apaixonei por você?
O silêncio que se prolongou em resposta dos outros três não foi mais natural,
mas algo desconfortável, me fazendo ter a certeza de que eu deveria ter ficado
calado.
Sem saber quão tonto estava, eu fiquei de pé, cambaleando ao perceber que
meu equilíbrio estava fora do meu controle. Mesmo assim, eu não sentei.
— Eu preciso dar uma volta. — Anunciei, ainda diante dos olhos que me
analisavam com cuidado.
As ruas estavam vazias. O único comércio era a loja onde estávamos, todo o
restante eram casas e apartamentos pequenos, o que fazia nossa caminhada
ser solitária e silenciosa.
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— você não quer saber o que aconteceu — Perguntei, algum tempo depois,
quando finalmente levantei meus olhos, mas ainda sem olhar para ele.
Depois disso, nós ficamos em silêncio de novo, mas ele não parecia
incomodado. Na verdade, Jeonghan era sempre muito paciente comigo, então
não podia ser coisa da minha cabeça.
Jeonghan apoiou as mãos atrás do quadril, inclinando o rosto para ver o céu
sem estrelas.
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— Eu também gosto dos seus olhos. E daquela coisinha que você faz,
franzindo o nariz. É muito fofo. — Ele continuou, olhando só para o céu. —
Gosto de como você canta quando fica entediado, e de como você sabe ser tão
agressivo e tão adorável ao mesmo tempo, sem nem perceber. Gosto da forma
como você é sincero principalmente quando não deve ser e de como é
impulsivo, às vezes, mas nunca se arrepende. E quando você quer alguma
coisa, você não tem vergonha de dizer. Acho que é disso que mais gosto.
Quando Jeonghan terminou de falar, eu não consegui dizer nada. Acho que
meus olhos estavam um pouco arregalados, porque eu realmente não
esperava ouvir tudo aquilo, nem dele, nem de outra pessoa.
Nesse dia, então, eu descobri que receber uma declaração como essa quando
seu coração está partido e seu corpo cheio de álcool pode confundir sua
cabeça.
— Você bebeu e é claro que tá magoado com alguma coisa. — Ele disse,
acariciando minha mão. — Então não faz isso agora.
— Não. — Eu tirei minha mão de debaixo da sua para segurar sua blusa e não
deixar que ele se afastasse outra vez. — Me ajuda, por favor, me faz esquecer
ele...
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favor necessitado contra sua boca, ele finalmente cedeu, e nós nos beijamos
de verdade.
Era lento, cuidadoso e carinhoso. Era bom, mas não durou muito tempo, e
dessa vez fui eu que me afastei, porque aquilo se tornava mais estranho a
cada segundo que passava.
— Desculpa — Eu murmurei, sem jeito por ter sido incapaz de aguentar o que
eu mesmo comecei.
Eu concordei, ainda atordoado, e caminhei ao seu lado por toda a volta até a
loja de conveniência, sem que sua mão soltasse a minha.
Quando nos sentamos, ele não falou sobre o que tinha acontecido, Yukwon e
Taeyeon também não perguntaram. Nós só bebemos mais um pouco, dessa
vez com algumas conversas bobas, e finalmente nos levantamos para ir
embora.
Indo pelo lado contrário pelo qual eu tinha ido mais cedo com Jeonghan, eles
riam com a tentativa embriagada de Taeyeon reproduzir uma coreografia
enquanto caminhava. Eu, por outro lado, não conseguia fazer mais que mostrar
alguns sorrisos sem muita empolgação, mas até mesmo eles desapareceram
quando olhei para o lado e, num beco, vi algo que fez meu coração acelerar.
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E foi então que eu realmente senti minha garganta fechar, quando o reconheci.
— É o bucetão?
— Ei - Insisti, cutucando seu ombro. — Ei, Yuta! — Insisti, mas a única coisa
que consegui foi um gemido que, de qualquer forma, serviu como uma
confirmação de que ele estava vivo. — O que você tá fazendo aqui?
— Deixa ele aí — Yukwon disse, parado atrás de mim com sua irmã.
Mas eu não o deixaria largado ali, principalmente bêbado daquele jeito, então
gesticulei para Jeonghan, pedindo que ele me ajudasse a carregá-lo.
— Você sabe onde ele mora? — Jeonghan perguntou, lutando contra um Yuta
bêbado que tentava de toda forma recusar nossa ajuda para levantá-lo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele tá com o celular? A gente pode ligar pros pais dele... — Taeyeon
murmurou, se apoiando na parede para se manter de pé.
Ele negou com a cabeça, ainda mais abalado, como se estivesse prestes a
enlouquecer com a ideia de voltar para casa. Então ele começou a puxar os
cabelos, ainda balançando a cabeça para os lados.
Eu não sabia mais o que pensar, dizer ou fazer. Nada do que ele estava
dizendo fazia sentido. Mesmo que eu tivesse crescido ao seu, eu conhecia
muito pouco da família de Yuta. Tudo que sabia era que sua mãe tinha morrido
no parto e que a única pessoa com quem ele sempre morou foi seu pai.
Meu peito queimava com a possibilidade de ser justamente ele quem fazia Yuta
parecer ter tanto medo de voltar para a própria casa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, finalmente, Jeonghan e eu o ajudamos a se levantar, mas ele mal
conseguia ficar de pé.
Eu era pequeno, Jeonghan não tinha muita força, Taeyeon estava bêbada
como um porco. O único de nós três que conseguiria carregá-lo era Yukwon, e
nós travamos uma batalha silenciosa com nossos olhares até que ele bufou, se
abaixando para carregar Yuta nas costas até o ponto de ônibus.
Depois de convencê-los que nós dois ficaríamos bem, Yukwon e sua irmã
voltaram andando para casa e Jeonghan esperou comigo até que meu ônibus
chegasse.
Eu fiz o que pude para equilibrar Yuta ao meu lado quando ficamos de pé para
embarcar.
Carregar Yuta até minha casa foi uma tarefa difícil, mas não mais que levá-lo
da porta de entrada até meu quarto sem acordar meus pais.
— Vocês estavam... salvando minha vida e... nem sabiam disso. Ele
completou, num sussurro, e dormiu antes que eu conseguisse responder
alguma coisa.
Eu ainda fiquei do seu lado por um bom tempo, acariciando seus cabelos,
vendo como ele parecia indefeso e inocente enquanto dormia daquele jeito.
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Meu coração estava tão apertado. Por Jungkook, por Jeonghan e por Yuta. Por
isso, foi impossível dormir nessa noite. Quando finalmente tive algum
descanso, o dia já estava quase amanhecendo, e pouco tempo depois meu
despertador tocou. Quando abri os olhos, o colchonete de Yuta estava
enrolado junto com sua coberta e eu vi um bilhetinho junto com meu celular.
Sair da cama foi difícil como nunca. Meu corpo inteiro sofria com os efeitos da
ressaca e eu demorei para conseguir lembrar de tudo que aconteceu no dia
anterior, mas então tudo recaiu em minha consciência com o peso mil vezes
maior. Mas isso ainda não foi o pior. O pior foi ter criado esperança de pegar
meu celular e ver uma mensagem ou qualquer sinal de que Jungkook estava
tentando falar comigo. Mas, assim como na noite anterior, não havia nada.
Então, no fim, eu não consegui ir para a aula. Disse para minha mãe que não
estava me sentindo bem, o que nem de longe era uma mentira, e passei todo o
dia na cama, me recusando até mesmo a comer.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O fim de semana que se seguiu teve o mesmo ritmo. A cada toque do meu
celular com uma notificação, eu sentia meu peito se inflar de esperança para
logo depois murchar ao ver que não era ele.
Nas semanas seguintes, muita coisa mudou. A cada dia que passava sem sinal
de Jungkook, eu aprendia um pouco mais a guardar toda a minha angústia
para quando estivesse sozinho na minha cama, então durante todo o tempo
que estava na escola, eu tentava ao máximo ser o Jimin de sempre, mesmo
que, à noite, fosse impossível controlar aquele aperto no peito.
Talvez essa tenha sido a maior mudança. Depois daquele dia, Yuta começou a
nos sondar constantemente. Ele sempre usava desculpas para se aproximar,
as vezes pedindo o caderno de alguma matéria mesmo quando não tinha
perdido nenhuma aula ou qualquer coisa tão óbvia quanto isso. E nos horários
de descanso, ele sempre aparecia onde estávamos, mas nunca se aproximava,
como se tivesse medo.
— Por que ele não diz logo o que quer? Mas que porra — Yukwon insistiu,
incomodado.
— Porque você fica olhando como se fosse matar o coitado se ele chegar a
menos de dez metros de você — Jeonghan respondeu, com sua cabeça
deitada nas minhas pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E então temos isso. Eu e Jeonghan. Nossa amizade não mudou depois
daquele dia Quer dizer, ainda éramos exatamente como sempre fomos um com
o outro. A diferença é que nosso primeiro beijo não foi o único e, às vezes, nós
ainda nos beijávamos.
— Você nunca foi mentiroso, mas desde aquele dia você tem mentido
bastante.
Eu desviei o olhar, irritado. — Não sei porque você continua dizendo isso.
Ele já sabia o que tinha acontecido. Uma vez que saímos só nós dois, eu contei
tudo. Jungkook tinha uma noiva e não estava preocupado em me explicar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jeonghan suspirou, mas acabou me dando um selinho apaziguador depois de
olhar ao redor e se certificar que Yukwon não estava olhando.
Não que Yukwon não soubesse o que estava acontecendo entre nós dois, mas
ele já tinha deixado muito clara sua objeção quando mandou a gente ir se foder
depois de descobrir, então nós preferíamos não nos beijar em sua frente.
Quando percebemos que ele estava voltando, quase arrastando Yuta pela gola
do seu uniforme, Jeonghan se afastou e nós nem conseguimos conter a risada.
— Fala logo porque você fica vigiando a gente o tempo todo! — Yukwon disse,
com sua agressividade natural, quando soltou a blusa de Yuta, deixando-o um
pouco desorientado.
Nós todos esperamos, acho que eu mais ansioso que eles dois, enquanto Yuta
parecia juntar coragem. Então, com as sobrancelhas franzidas com sua óbvia
falta de jeito, ele finalmente disse o que tanto queria: — Eu posso sentar com
vocês?
Mas não era só por isso que eu estava permitindo. Eu não queria deixá-lo
sozinho, porque a solidão, quando não é opcional, machuca mais que qualquer
outra coisa.
Então ele sorriu, parecendo um pouco aliviado, e ainda hesitou um pouco antes
de subir o degrau e sentar ao meu lado.
Yukwon ficou embaixo, negando com sua indignação fingida. Então finalmente
voltou a sentar com a gente, resmungando baixinho como uma criança
contrariada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não acredito que nós somos a porra do clube das winx.
❆❅❄❅❆
Mas o dia inteiro passou e a última vez que eu olhei meu celular foi quando
terminei de me arrumar para a minha festa.
Eu tinha decidido, jurado para mim mesmo que, se ele não me procurasse até
esse dia, eu o apagaria completamente da minha vida e a primeira coisa que
eu apaguei foi seu número.
Depois, eu peguei a caixa no armário com tudo que ele me deu e com o seu
presente de aniversário que nunca pude entregar, mas algo me fez travar e, ao
invés de levá-la para o lixo, eu a devolvi à prateleira mais alta, me
convencendo de que só estava deixando para depois.
Então eu saí do quarto, me despedi dos meus pais e encontrei Jeonghan perto
de casa.
Eu não estava realmente empolgado para ter uma festa de aniversário, mas ele
me convenceu a fazer uma no apartamento de Yukwon. Era pra ser surpresa,
na verdade, mas eu acabei descobrindo antes, o que forçosamente a
transformou numa comemoração normal.
E Kihyun.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O aniversariante que chega depois de todos os convidados, pode entrar,
Park Enrustido Jimin! — Yukwon anunciou, exageradamente, assim que nos
recebeu em sua porta.
— Eu não tenho mais idade pra isso, porra, me deixem em paz. — Kihyun
resmungou quando nós o forçamos a se sentar na nossa rodinha, algum tempo
depois que eu e Jeonghan chegamos.
Como ele e Hyelin não estavam enturmados com nosso grupo, nós resolvemos
fazer uma brincadeira para que ninguém acabasse se isolando, e é claro que o
jogo escolhido foi o clássico verdade ou consequência, mas sem a parte da
verdade.
— Eu já aprendi uns três palavrões novos com eles dois conversando — Yuta
disse, um pouco risonho.
Yuta murchou, mas eu acabei rindo. Apesar de ter aceitado o novo membro do
nosso grupo, Yukwon ainda o repelia bastante, dizendo que ele estava em fase
de teste.
— Gente, ninguém quer comer uns pés de galinha, não? — Hyelin ofereceu,
balançando a caixa de isopor que tinha em mãos. — Vocês estão muito
alterados, deve ser fome.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Que bom que todo mundo se deu bem e tá todo mundo bem humorado aqui.
— Eu provoquei, falhando miseravelmente em reprimir uma risada.
— Meu deus do céu, alguém troca o disco dessa mulher! Vai se foder você
também!
— Vamos começar, né? — Jeonghan interveio antes que mais alguém fosse
mandado à merda, mas nem ele conseguia parar de rir. — O aniversariante
gira primeiro.
Sem recusar meu privilégio, eu girei a garrafa e ela apontou para Yukwon. Ele
me olhou em desafio, como se estivesse deixando claro que nada que eu
pedisse o abalaria.
Pela primeira vez na vida, eu vi Yukwon perder a cor. — Po... caramba, Jimin,
pra que isso?
Pelas rodadas seguintes, todo tipo de desafio foi feito, menos para mim. Eles
combinaram que todos os meus desafios envolveriam bebidas, então quando
todo mundo estava sóbrio, eu já estava ficando meio bêbado.
— Vocês não vão começar com essa po... porcaria na minha frente, não!
Eu o soltei para virar para Yukwon e provocá-lo, mas senti meu sorriso morrer
quando olhei para a frente e vi que Kihyun me olhava com as sobrancelhas
unidas, parecendo confuso com o que estava vendo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Deixa eu falar com você. — Ele disse, já saindo do nosso círculo e me
puxando pelo braço para que eu o seguisse até a varanda antes mesmo que
eu negasse.
Eu não vou mentir. Eu gostava de Kihyun, depois do que ele fez comigo, mas o
principal motivo para chamá-lo foi esse. Eu queria que ele me visse com
Jeonghan e eu queria que ele dissesse para Jungkook.
— Que merda foi aquela? — Ele perguntou, assim que fechou a porta de vidro.
— Como é?
— Ah, Kihyun, não se faz de sonso, não. Você é amigo dele, é claro que você
sabe dessa noiva, é claro que você sabe também que eu só fui um
passatempo, né?
— Qual o seu problema, Jimin? — Ele riu, como se não acreditasse no que
estava ouvindo. — O cara saiu de Seul só com a roupa do corpo por sua causa
e você realmente acredita que ele só tava brincando com você? Ou que ele tá
noivo daquele mulher porque tá apaixonado por ela?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu demorei para conseguir responder, porque aquilo foi algo que eu ignorei por
todo esse tempo. Lembrar da forma como Jungkook apareceu na minha casa
depois que Taeil me agrediu e da forma como ele pareceu sincero quando
falou com minha mãe era minha maior fraqueza, porque era justamente isso
que me fazia querer acreditar que toda aquela história de noivado tinha uma
explicação.
Eu senti o ar escapar por minha boca, por mais que eu tentasse não me
mostrar tão afetado. Mas foi impossível. Meu coração disparou e minhas mãos
começaram a suar na mesma hora.
Sentir todo meu ânimo murchando foi como um lembrete para que eu nunca
mais na minha vida criasse esperanças sobre Jeon Jungkook. Mas não importa
quanto tempo passe, parece que eu nunca vou aprender.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Provavelmente porque, na verdade, não acabou.
Eu neguei, passando as mãos por meu rosto outra vez, tentando me recompor.
— Acabou. Ele pode não ter dito isso, mas acabou a partir do momento em que
ele não se importou em me procurar pra se explicar.
Kihyun voltou para a sala na frente, mas eu não consegui segui-lo. Aquela
conversa me tirou toda a força e eu tentei respirar fundo para colocar minha
cabeça no lugar, mas nada parecia adiantar.
Eu queria dizer que sim. Ou queria conseguir brigar com ele por continuar me
perguntando isso, mas dessa vez não consegui.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele não podia entrar na minha vida pra bagunçar tudo desse jeito, não
podia...
Jeonghan demorou um tempo antes de dizer algo e acho que ele estava
tentando não mostrar que ficou magoado.
A lembrança do parque, que antes era tão bonita e aquecia tanto meu coração,
tinha se transformado em algo cheio de espinhos para mim.
— Eu sei que isso não te consola, mas eu não menti, Jeonghan. Eu realmente
queria ter me apaixonado por você.
Ainda com sua boca na minha, então, eu ouvi a porta de vidro sendo aberta
com alguma brutalidade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Um pouco assustado, eu interrompi o beijo e olhei para o lado, sentindo que
meu corpo iria desabar se não fosse Jeonghan me segurando.
Foi Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
tá tudo ok? esse capítulo pareceu cheio de abobrinha pra mim, mas eram
coisas que eu não podia deixar de fora :(
de novo, não consegui escrever tudo que tinha planejado, então me perdoem
novamente por terminar o capítulo assim :
vocês lembram que eu disse que essa parte com o Jimin menor de idade é
mais rápida? por isso ela tem esses saltinhos no tempo e várias coisas não são
tão detalhadas. Se mesmo assim ta demorando tanto, imagina se eu
detalhasse tudo hahahaha ele nunca ia fazer dezenove. Mas espero que não
seja desconfortável ou chato. Se for, lembrem de me avisar <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
16 • Repetance
Dedicado a artgoo
Então eu demorei algum tempo para perceber que aquilo era real. Jungkook
realmente estava ali, depois de me ver beijando outro.
Mas minha atenção, toda ela, esteve presa em Jungkook desde que eu o vi ali.
— Bem feito. — A voz de Yukwon foi a primeira coisa que me fez desviar o
olhar e buscar seu rosto, ainda atordoado.
Só então, ao ver sua expressão, é que eu percebi que aquele era seu objetivo
ao deixar Jungkook entrar em sua casa. Yukwon queria que ele me visse com
Jeonghan.
— Espero que isso machuque mais que qualquer surra que eu pudesse te dar.
— Ele completou, amargo, e meus olhos instintivamente rolaram de volta para
Jungkook.
Seu peito subia e descia devagar, seu maxilar estava travado e seus olhos
pareciam ter perdido as pálpebras, porque ele não piscava enquanto
continuava olhando só para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vai ter briga?— Taeyeon perguntou, quebrando o silêncio que se formou
rapidamente depois da fala de Yukwon.
Ironicamente, era com Yuta que eu mais me identificava. Não por não entender
o que estava acontecendo ali- apesar de reconhecer que, afinal, eu realmente
não compreendia bem vários pequenos detalhes —, mas porque eu não sabia
o que fazer.
Não sei se eu quem tinha perdido a familiaridade do seu tom ou se era ele
mesmo quem estava incapaz de falar com a tranquilidade usual, mas aquela
voz ansiosa, talvez magoada, parecia completamente diferente do que eu
sempre ouvi quando ele falava comigo.
Depois, os olhos escuros de Jungkook deslizaram para cima outra vez, até
encontrarem os meus, e eu recuei quando ele deu um passo em minha
direção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O sopro noturno do outono chegava à varanda e bagunçava nossos cabelos,
mas era outra coisa que fazia cada pelo do meu corpo se eriçar. Era o olhar
assustado de Jungkook ao me ver fugir dele, como se isso o afetasse ainda
mais que me ver beijando outra pessoa.
Mas ele não desistiu e, antes que eu pudesse recuar outra vez, ele acabou
completamente com a distância entre nós dois e me puxou de Jeonghan para
me encaixar num abraço só seu, com seus braços me pressionando contra ele
com uma força que nunca usou antes.
A pouca luz da varanda e também o meu choque ao vê-lo ali não me deixaram
notar à primeira vista, mas olhando com mais atenção, assim como ainda
sentindo seus ossos proeminentes sob minhas mãos, era impossível negar que
Jungkook estava mais magro.
Eu senti meu coração apertar tanto que chegou a doer. Os olhos de Jungkook
estavam presos aos meus, seus braços ainda me segurando perto, e de
repente eu parei de lutar contra isso, porque estava concentrado demais
tentando não me quebrar em sua frente.
Mas a verdade é que vê-lo ali como uma fortaleza destruída me destruiu
também, mais ainda do que todas aquelas semanas sem um sinal seu.
Por mais que eu quisesse negar, sua voz mansa, sua aparência frágil e seu
olhar desesperado me desarmaram completamente, porque eu nunca imaginei
que algum dia veria Jeon Jungkook dessa forma.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu olhei para Yukwon, como numa última medida desesperada para ser
impedido de ceder. Mas a despeito do olhar ainda furioso em seu rosto, ele só
respirou fundo numa rara tentativa de se manter sob controle.
— Você merece uma explicação. — Ele disse, fuzilando Jungkook com seus
olhos pequenos e delineados de preto. — Então escuta o que ele tem a dizer.
Depois a gente destroça esse otário na porrada.
Depois, eu olhei para Jeonghan, pedindo desculpas pelo que estava prestes a
fazer, mas tudo que ele fez foi mostrar um sorriso pequeno e compreensivo,
ainda que triste.
Por último, eu olhei para Jungkook, tentando não deixar tão óbvio que, no
fundo, eu nunca poderia negar seu pedido. Eu esperei tanto por uma
explicação que, quando o momento finalmente chegou, orgulho nenhum me
faria desistir de ouvir o que ele tinha a dizer.
Entretanto, eu continuei repetindo para mim mesmo que não importava o que
ele usaria para justificar seu noivado e sua ausência. Eu não voltaria para ele.
Jungkook levou algum tempo para concordar, parecendo ser pego de surpresa
por minha resposta final.
Então Jungkook segurou minha mão para me puxar para fora daquela varanda.
E mesmo que eu sentisse falta de minha palma pequena sendo envolvida pela
sua e de meus dedos entrelaçados aos seus, eu deslizei minha mão para fora
do seu aperto e fui o primeiro a passar para dentro da sala, esperando que ele
me seguisse.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas eu não o levei muito longe. Fomos apenas até o quarto bagunçado de
Yukwon e, com a porta fechada, eu o olhei, em silêncio, com os braços
cruzados numa postura defensiva demais. Porque, na verdade, eu estava com
medo. Medo de ouvir algo que não justificaria toda a dor que eu senti enquanto
ele estava distante.
E mais medo ainda de descobrir que, no final, Jimin e Jungkook nunca passou
de uma mentira.
— Você está com ele? — Foi a primeira coisa que ele perguntou, depois de
nos sufocar com nosso próprio silêncio.
— Você sumiu por sete semanas. Eu não vou te dar o direito de começar a me
fazer perguntas antes de responder todas as que eu tenho, Jeon.
— Então por que você mentiu pra mim? Por que não me procurou depois de
me deixar descobrir daquele jeito que você é noivo de outra pessoa?
— Eu nunca te contei porque esse noivado não teve relação nenhuma com
meus sentimentos. — Jungkook explicou, tentando se aproximar, mas eu
recuei outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não é que eu estivesse tentando puni-lo por tudo que me fez sentir naquelas
semanas horríveis, mas eu sabia que seu toque sempre me faria abaixar a
guarda e eu não queria, nem podia, me deixar levar por isso.
Ele então me olhou, frustrado, e passou as mãos pelo rosto quando se sentou
na ponta da cama de Yukwon.
— Eu só tentei fazer o melhor por nós dois. Entenda meu lado, Jimin, por favor.
— Eu vou entender assim que você se explicar de verdade, porque até agora a
única coisa que eu sei é que você estava mesmo com aquela mulher. —
Respondi, sentindo a certeza ainda me sufocar.
— Eu já disse que não estava com ela. Nosso noivado é um contrato e nunca
passou disso.
— Você quer que eu acredite que você mora com ela, mas nunca aconteceu
nada entre vocês dois? — Eu franzi minha testa, ainda mais irritado, porque eu
já sabia que Jungkook também se envolvia com mulheres. — Ela disse que
você tava só de toalha. Na frente dela! Só um contrato nunca daria essa
intimidade a duas pessoas!
— Vem aqui. — Ele tentou me alcançar de novo, esticando seu braço para
segurar minha mão, sem se levantar da cama. Assim como das outras vezes,
eu tentei fugir de seu toque, mas Jungkook já parecia esperar por isso e foi
mais rápido e incisivo, segurando meu pulso e me puxando para ele.
— Não. — Ele negou, segurando meu outro pulso e me puxando até que eu
estivesse sentado em suas pernas a despeito da minha relutância em fazê-lo.
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— Me solta! — Bradei outra vez, me debatendo quando suas mãos soltaram
meus pulsos e ele me abraçou pela cintura, me segurando sobre suas coxas,
com seu tronco colado ao meu pelo abraço que eu tentava rejeitar.
Eu me odiei por sentir todo o meu corpo perder a força quando ele continuou
dando beijos em minha pele, me pedindo pra ter calma, mas parecia impossível
resistir por mais tempo.
Por tanto tempo eu senti saudade do seu abraço, da sua boca me provocando
arrepios e de sua voz sussurrada só para mim que, mesmo percebendo o
quanto eu estava sendo fraco e vulnerável, eu não consegui relutar mais.
— O nome dela é Yoshikawa Mina. — Ele disse quando sentiu meu corpo
ceder, mas ainda me mantendo preso em seu abraço forte. — Ela é a única
filha do diretor de uma empresa japonesa que atua no mesmo mercado que a
Bangtan.
Eu continuei calado, sentindo meu peito subir e descer junto com o seu, como
se sua respiração calma ditasse o ritmo da minha antes tão furiosa.
— É claro que o diretor queria que sua filha assumisse seu lugar, mas Mina
nunca teve interesse algum nisso. A única coisa que ela quer fazer é continuar
sua carreira como bailarina — Ele continuou, com seus dedos longos
deslizando por minhas costas, tentando me manter calmo. — De qualquer
forma, o diretor não quer que sua família perca o controle sobre a
administração da companhia, então a única saída que ele encontrou foi um
casamento arranjado. Como a Bangtan já estava tentando negociar
a compra da Yoshikawa, ele fez a proposta. Seria vantajoso para os dois lados,
então tanto meu pai quanto os acionistas aceitaram.sa
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu também aceitei. — Ele confessou. — Eu e Mina nos encontramos na
época e nós dois concordamos que poderíamos fazer aquilo sem que isso
interferisse em nossas vidas pessoais. Ela poderia continuar com seus
relacionamentos e eu continuaria com os meus.
— Sim.
— Ele não ficou feliz, mas acabou aceitando. Era algo importante e que ia
muito além dos meus interesses.
— E você quer que eu aceite também? Quer que eu aceite que a qualquer
momento você pode se casar com ela?
— Não, meu bem. — Ele disse, afrouxando seu abraço e subindo uma de suas
mãos até minha bochecha quando afastou nossos corpos para que pudesse
me olhar nos olhos. — Eu quero que você seja só meu, então eu também não
vou ser de mais ninguém.
— Foi por isso que eu estive um pouco afastado desde antes de você descobrir
sobre ela. Eu estava tentando convencer meu pai e os acionistas da Bangtan a
me autorizarem a tentar renegociar com o diretor da Yoshikawa. Isso demorou
um mês inteiro e foi a parte mais fácil. Quando eu consegui, a primeira pessoa
com quem entrei em contato foi Mina.
Eu sentia minha garganta seca, sem saber o que esperar de toda essa história.
— O que... O que ela achou?
— Ela me agradeceu por tentar. Alguns dias antes ela tinha recebido uma
proposta de uma academia de dança em Londres, mas o pai dela nunca
permitiria que ela fosse e ela não podia simplesmente aceitar e prejudicar a
própria família. Então eu pedi sua ajuda, porque ela é quem mais conhece o
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
diretor da Yoshikawa e isso me ajudaria a montar a nova proposta para
substituir o casamento. Por isso ela estava em minha casa naqueles dias. Ela
veio para a Coreia para me ajudar porque o tempo era curto, mas ela não mora
comigo e eu juro que nada aconteceu entre nós dois nem antes, nem depois de
você.
Eu percebi que seus olhos não abandonaram os meus nem por um segundo,
as íris escuras se confundindo com suas pupilas, com um brilho tão sincero
que eu podia ver mesmo com a pouca iluminação no quarto.
— Isso ainda não explica porque você sumiu por tanto tempo. — Eu disse,
então, ainda ressentido.
Jungkook fechou os olhos por um instante, sua feição cansada se unindo aos
ossos mais aparentes que o normal em seu rosto, e isso me desestabilizou
ainda mais. Porque olhar para ele sempre foi como olhar para alguém forte e
inabalável, mas naquele momento ele parecia tão frágil quanto eu me sentia.
— Não, Jungkook. — Eu rebati, quase sem pensar, movido pela angústia ainda
acumulada. — Não foi justo você me fazer sofrer por todo esse tempo sem
saber o que estava acontecendo. Você não sabe o tipo de coisa que passou
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
por minha cabeça, não sabe quanto medo eu senti de não ter passado de um
brinquedo pra você.
Jungkook me olhou com aflição antes de tocar minha bochecha com seu nariz
e me dar um beijo demorado no mesmo lugar, com sua respiração quente
anestesiando todo o meu corpo.
— Eu não percebi quanto tempo tinha passado até descobrir que já era seu
aniversário. — Ele disse e me beijou outra vez, demorando ainda mais. — Me
perdoa, anjo, por favor. Eu nunca quis que você se sentisse assim.
Fechar os olhos foi algo involuntário, assim como o suspiro que escapou
quando ele beijou minha bochecha pela terceira vez.
Mas então o toque de Jungkook sobre minha pele se tornou tenso e ele afastou
seu rosto outra vez, devagar.
— Não. — Ele disse, me olhando outra vez, e eu senti como se o mundo inteiro
desabasse de uma vez. — Eu não consegui.
— Então você ainda vai casar com ela. — Eu afirmei, porque não era
necessário perguntar. Parecia muito óbvio, até mesmo para alguém tão lento
quanto eu, e essa conclusão tão prévia fez minha voz se rachar em um
sussurro dolorido e inconformado,
— Não, anjo. — Ele negou outra vez, mais rápido que da primeira, e seus
braços me envolveram com força novamente. — Eu vou romper o contrato do
casamento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu arregalei meus olhos, sem querer fazê-lo. Mas do pouco que eu entendia,
eu sabia que aquilo não era algo bom. Romper um contrato entre duas
empresas nunca poderia trazer consequências positivas para ele.
— Isso vai te prejudicar! — Eu afirmei outra vez, assustado até mesmo com a
possibilidade de Jungkook realmente considerar essa opção.
— Não importa.
Ainda espantado, eu abaixei meus olhos, deixando de focar em seu rosto para
focar em nada específico. Minhas mãos, o tempo todo agarradas à sua blusa,
pouco a pouco soltaram o tecido fino, e então eu as deixei cair, letárgicas,
sobre minhas pernas.
— Você não pode fazer isso por mim. — Eu disse, sem conseguir me recuperar
da sensação sufocante que aquela nova percepção despertou. — Você se
esforça tanto por essa empresa... não é justo arriscar perder tudo por minha
causa.
— Jimin, eu disse que não importa. — Ele repetiu, mais determinado, tentando
erguer meu rosto para que eu o olhasse.
— Não... — Eu neguei, ainda atordoado. — Eu não quero que você faça isso.
— Anjo, eu já disse que você não vai me dividir com ninguém. Eu vou ser só
seu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não, Jungkook. — Dessa vez, a negativa veio falha, com minha voz
denunciando o quanto me doía dizer aquilo. — Eu não quero que você faça
isso porque... porque nós não vamos mais ficar juntos.
— O que?
Enquanto ele precisava lidar com tudo aquilo, minha maior preocupação eram
minhas notas baixas. Eu também não podia mais lidar com a distância, porque
eu queria muito mais que um fim de semana com ele depois de passar meses
sem vê-lo. Mas enquanto eu parecia ter todo o tempo do mundo, cada segundo
da vida de Jungkook era planejado e eu nem sempre podia fazer parte dos
seus planos.
Mas o que mais machucava nisso tudo não era a distância, era saber que eu e
ele éramos tão compatíveis, mas nossas realidades nunca seriam.
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— Eu te perdoo, Jungkook. — Eu disse sinceramente, usando as costas das
mãos para secar os primeiros rastros úmidos em minhas bochechas, nunca
tendo coragem de voltar a olhar para ele. — Mas eu não vou voltar pra você.
— Para com isso, anjo — Jungkook insistiu, seus braços envolvendo meu
corpo com mais força, me impedindo de sair do seu colo quando eu tentei.
O suspiro de derrota que eu deixei escapar quando percebi que não tinha força
alguma para lutar contra seu abraço veio seguido de um soluço alto, logo antes
de mais lágrimas fugirem.
Jungkook não disse nada, apenas deixou sua respiração lenta queimar minha
pele, com seu rosto enterrado em meu pescoço.
— Então você não precisa romper contrato nenhum, não por mim. — Finalizei,
me agarrando a um último fio de determinação e de voz. — Só vamos acabar
logo com isso.
Ele então me olhou, com os olhos ainda desfocados, puxando o ar pela boca.
Eu balancei minha cabeça uma única vez para dizer que sim, porque não tinha
mais forças para falar.
Mas a verdade é que, naquele ponto, eu não tinha certeza de mais nada.
Jungkook voltou a abaixar o rosto e passou a mão pela boca com alguma
força, como se faz ao receber uma notícia muito ruim.
Ele então segurou meus braços, me empurrando com cuidado para que eu
levantasse e logo depois ele mesmo ficou de pé, em minha frente. Eu vi o
movimento do seu pomo de adão, assim como vi a forma como ele parecia
tentar controlar algum impulso
— Eu realmente sinto muito por não ter percebido antes que te fiz sentir coisas
tão ruins. — Ele disse, enfim, depois de muito tempo sem sequer me dirigir o
olhar, e eu senti meu choro retomar força quando ele segurou meu rosto com
suas mãos e beijou minha testa, apertando seus lábios contra minha pele antes
de se afastar outra vez. — Me perdoe por tudo isso.
E então foi isso. Sem tentar me convencer do contrário, sem tentar impor sua
vontade sobre a minha. Jungkook só respeitou minha decisão e caminhou para
longe de mim, pela última vez, para me deixar sozinho naquele quarto.
Quando ele abriu a porta, Jeonghan caiu para dentro com os olhos
arregalados, e eu vi que todos os meus seis convidados para a pior festa de
aniversário do mundo estavam ouvindo nossa conversa por trás da porta.
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— Eu quero esmagar a cabeça dele por não querer mais esmagar a cabeça
dele — Eu ouvi Yukwon dizer, ainda parado no corredor.
Antes que ele fechasse a porta para nos dar mais privacidade, Jeonghan
também passou para dentro, e então ficamos os três lá dentro, todos sem
saber o que dizer.
Yukwon sentou ao meu lado e Jeonghan logo fez o mesmo, me deixando entre
os dois.
Eu inclinei meu corpo para a frente, com os cotovelos apoiados nas pernas e
meus dedos apertando minhas pálpebras fechadas e úmidas.
— Era mais fácil quando a gente só tava com raiva dele-Yukwon resmungou,
jogando o corpo para trás. — Agora eu não sei o que te dizer.
Depois de tanto tempo sentindo medo do dia em que Jungkook acabaria com o
que quer que tenha acontecido entre nós dois, eu nem conseguia acreditar
que, na verdade, fui eu quem acabei fazendo isso.
Eu nunca, nunca mais teria a melhor coisa que aconteceu em minha vida
porque, por alguns pequenos erros dele, eu ignorei todos os seus acertos.
— Digam que eu fiz a coisa certa — Pedi, então, sentindo os olhos dos meus
dois amigos
— Eu só queria que...
— Que o que? — Yukwon pressionou quando viu que eu nem mesmo consegui
terminar minha justificativa com minha voz frouxa.
— E tem mais uma coisa. Talvez eu esteja errado, porque isso a única pessoa
que sabe de verdade é você, mas eu te ouço falar desse macho desde nossa
primeira conversa e foram poucas as vezes em que você não sorriu feito um
idiota só por dizer o nome dele. Então eu não acredito que ele não te fez bem,
Jimin.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não acredito que você vai me fazer dizer isso no mesmo dia em que me
dispensou, mas eu prometi a mim mesmo que colocaria nossa amizade acima
de qualquer coisa... e como seu amigo, eu preciso concordar com o Yukwon.
Eu sei que esse último mês foi difícil pra você, mas antes disso o Jungkook
sempre te fazia sorrir mesmo quando estava longe. Ele te fazia feliz, Chim,
muito mais do que eu sei que fiz durante esses dias que estivemos juntos.
— Vocês não estão ajudando — Eu gemi, tombando minha cabeça para trás, e
ela parecia mil vezes mais pesada. — Eu não sei mais o que fazer...
— Isso é com você. — Yukwon disse, ficando de pé. Então ele abriu a porta do
quarto, mas parou e me olhou antes de sair. — Eu ainda acho que foi uma
decisão errada do caralho, mas se você resolver insistir nisso, ok. Eu vou
continuar aqui por você. Mas pensa direito, porque arrependimento é a maior
merda que uma pessoa pode sentir.
Quando ele finalmente saiu, eu olhei para Jeonghan e vi o sorriso que ele
sempre me mostrava quando tentava me acalmar.
Eu concordei mais uma vez e apoiei minha cabeça em seu ombro, prendendo-
o no abraço por mais um tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
caminhando de costas em direção à porta. — Qualquer coisa me chama, eu
vou ficar lá na sala com os outros.
Mas Yukwon tinha razão. Eu nunca deveria ter comparado Jungkook com
Jeonghan, não depois de ele me dizer o quanto o incomodava não poder estar
por perto como meu amigo podia estar. E mesmo que eu não tenha feito isso
com o propósito de magoá-lo, ele tinha todo o direito de se sentir assim, da
mesma forma que eu reconhecia o meu direito de também estar magoado com
seu afastamento nas últimas semanas.
Mas, principalmente, eu reconhecia que não queria ser esse tipo de pessoa. Eu
não queria justificar meus erros apontando os seus.
Meu coração batia feito louco e meu estômago parecia estar preenchido com
um iceberg, mas eu tentei me manter tão calmo quanto podia, porque não
queria que minha escolha final fosse confundida com mais uma decisão
impulsiva e impensada. Então eu finalmente voltei até a sala, onde minha festa
de aniversário mais parecia uma cerimônia de óbito.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando me viram ali, um pouco acuado enquanto os olhava, Yukwon parou de
atacar Yuta e Kihyun e Jeonghan interromperam a conversa quase sussurrada
que estavam tendo para prestar atenção em mim.
— Você pode me dar uma carona? — Insisti, ainda tímido, um pouco aflito
quando o vi suspirar com um pouco de impaciência.
— Dou, se você me der o Jeonghan. Ele é bonito demais pra ficar sofrendo por
sua causa.
Eu não sei quem mais se assustou com essa resposta, mas a risada
escandalosa de Yukwon sobrepôs o meu hã? Assustado e a tosse quase
tuberculosa de Jeonghan quando ele se engasgou com o refrigerante.
No carro com as janelas abertas, o vento bagunçava ainda mais meus cabelos
e eu fui por todo o caminho olhando para tudo e nada, com meu coração
batendo mais descompassado à medida que nos aproximávamos de um lugar
que eu conhecia muito bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele tá aí. — Kihyun disse quando estacionou na frente da minha casa,
depois de passar todo o caminho em silêncio.
Eu tirei o cinto, um pouco afobado, mas parei logo depois de abrir a porta e o
olhei, desconfiado. — Você sabia que ele vinha, não é?
Ele só ergueu os ombros numa resposta vaga, mas eu não tinha dúvida de que
foi ele quem disse para Jungkook onde eu estaria nessa noite.
— O que você vai fazer? — Ele perguntou quando me movi para descer.
— Supondo que ele te aceite de volta e sabendo que ele te viu beijando o
Rapunzel, eu gostaria de dizer que você tá fodido. — Ele sorriu, me dando dois
tapinhas pouco motivacionais no braço. — Boa sorte e que deus tenha piedade
da sua alma, porque Jungkook não vai ter.
— Vou cobrar! — Eu ouvi ele gritar quando fechei a porta, correndo para a
recepção do hotel.
Quando vi Jungsu atrás do balcão, eu fui até ele e o empurrei para o lado para
ver no sistema em que quarto Jungkook estava hospedado. Era o mesmo
quarto em que ele estava quando nos vimos pela primeira vez, mais de um ano
antes, e isso irracionalmente aumentou minha ansiedade.
Quando eu caminhei até a passagem dos quartos, então, eu senti meus pés
travarem e dei meia volta, seguindo até minha casa.
Eu fui direto até meu quarto e subi na cadeira da escrivaninha para poder
alcançar a caixa que estava escondida na prateleira mais alta do armário,
então me sentei na cama com ela e tirei de lá o presente de aniversário que eu
não pude entregar a Jungkook e a pulseira que por tanto tempo deixei de usar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu envolvi meu pulso com a corrente de prata e segurei o pingente do
globo terrestre entre meus dedos, respirando fundo para tentar me acalmar,
mas a cada segundo que passava parecia que meu nervosismo só aumentava.
— Vai dar tudo certo. — Eu disse para mim mesmo, respirando fundo com os
olhos fechados antes de finalmente girar a maçaneta.
Então eu mandei aos ares o medo que estava me travando e dei um passo
para a frente, ainda inconsistente.
— Jungkook, espera.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu também tenho que te entregar seu presente. — Ele então olhou para o
outro embrulho que eu ainda segurava e então assentiu, estendendo uma das
mãos. — Não. Lá no seu quarto.
Antes que ele pudesse negar outra vez, eu me aproximei ainda mais e segurei
sua mão, puxando-o suavemente como num pedido para que ele fosse comigo.
Depois de olhar para minha mão segurando a sua e voltar a olhar para meu
rosto que suplicava silenciosamente para que ele aceitasse meu pedido,
Jungkook acabou cedendo e me deixou puxá-lo até o quarto onde eu já sabia
que ele estava hospedado.
Mesmo assim, eu tentei não evidenciar o quanto esse gesto tão simples me
afetou e me sentei perto da pequena mesa de chá, gesticulando um pouco
tímido para que ele se sentasse ao meu lado.
— É crueldade me pedir para ficar perto de você agora, Jimin. — Ele disse,
fazendo meu sorriso, já tão fraco, desaparecer.
— É crueldade você não ficar perto depois de tanto tempo longe. — Eu devolvi,
segurando a manga de sua blusa quando me ajoelhei no chão para segurá-lo.
— Você nem sabe o que quer — Ele disse, parecendo um pouco irritado, mas
eu não o culpei por isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu sei muito bem o que eu quero. — Insisti, sem soltar sua blusa, e o puxei
novamente. — Por favor, Jungkook.
Eu vi a forma como ele travou o maxilar antes de ceder outra vez, finalmente
sentando ao meu lado, mas não tão perto quanto eu gostaria.
Era óbvio que ele não estava tentando ser rude, mas era impossível não
parecer dessa forma quando, depois de tanto tempo, ele se dirigia a mim sem
me chamar de anjo.
Então eu virei meu rosto para o presente, tentando esconder o quanto minha
expressão se tornou cabisbaixa novamente, e respirei fundo antes de tirar o
embrulho bonito com cuidado, até ver que, dentro dele, tinha uma caixa de
madeira pequena com um fecho de metal.
Eu girei a trava e abri a tampa que ficou presa por uma das extremidades,
revelando um livro de capa dura, vermelho, com ideogramas japoneses
gravados num dourado um pouco fosco.
Apesar de ainda não saber ler em japonês, eu já conhecia aquela lenda, e ela
dizia que os deuses amarravam um fio vermelho invisível nos tornozelos de
duas pessoas que estão predestinadas a ficar juntas. Então podia passar o
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tempo que fosse, mas esse fio sempre daria um jeito de unir as duas almas
gêmeas.
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Eu precisei cobrir minha boca com uma das mãos enquanto lia e relia a última
frase.
Eu não acredito que cheguei a pensar, mesmo que por um segundo, que não o
queria mais em minha vida.
— Isso não faz diferença agora, mas é um bom livro e você disse que queria
aprender japonês, então pode usar quando começar a praticar.
Jungkook olhou para ele, sem parecer disposto a condenar minha escolha para
o embrulho, e eu senti meu coração disparar quando ele começou a desfazer o
laço.
— Meus pais tinham cortado minha mesada por causa das minhas notas, então
eu não tinha muito dinheiro... — Expliquei, ansioso, quando ele finalmente tirou
o porta retrato de dentro do papel colorido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook então olhou para a foto emoldurada. Era a mesma que tiramos no dia
do parque, só nós dois, com meu corpo sendo abraçado pelo seu e os
brinquedos enormes fazendo companhia ao céu alaranjado de fim de tarde, ao
nosso fundo. E ele sorriu. Um sorriso grande e tão bonito que me deixou sem
ar.
— Eu sempre lembro desse dia. — Ele confessou, ainda olhando para a foto, e
mal pareceu perceber quando disse as palavras seguintes. — Obrigado, anjo.
— Foi o melhor dia da minha vida. — Eu disse, sem parar de olhar para ele
nem mesmo quando seus olhos encontraram os meus.
Jungkook segurou minha cintura com suas duas mãos grandes quando eu
fiquei de joelhos no chão e tentei aproximar minha boca da sua, sem conseguir
passar de um leve roçar de lábios antes que ele recuasse um pouco, ainda me
segurando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você tinha razão, Jimin — Ele disse, com nossas respirações se misturando
por causa da proximidade entre nossos rostos, me deixando tonto, cada vez
mais necessitado pelo toque de sua boca na minha. — Nós somos muito
diferentes.
— Eu também não posso te dar tanto tempo quanto aquele menino e eu sei
que isso te deixa triste — Ele continuou, ignorando o que eu disse, usando
minhas próprias palavras para me afastar. —, mas se você não sair daqui
agora, eu não vou conseguir desistir de você.
Eu senti todo o peso do mundo cair em minhas costas para depois, num piscar
de olhos, desaparecer, se transformando num alívio genuíno e tão intenso que
quase me fez chorar.
Nossas bocas estavam quase coladas, nossos olhos se atraindo como nunca e
meus lábios já latejando de ansiedade quando eu sussurrei contra os seus,
com a maior certeza da minha vida. — Então não desista.
Então eu não me contive quando gemi ao sentir meu lábio ser mordido com
força como nunca antes enquanto suas mãos apertavam minha cintura a ponto
de machucar, com possessividade.
Então Jungkook desceu com sua boca, mordendo e chupando a pele exposta
do meu pescoço e parando só para puxar minha blusa para cima, arrancando-a
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
de mim antes de voltar a marcar minha pele, me deixando de joelhos, com
minha cabeça tombada para trás enquanto ele descia com sua língua por meu
peitoral até chegar ao meu mamilo e o morder antes de chupá-lo. Eu gemi cada
vez mais alto, sentindo o prazer da dor de suas mordidas logo se misturar a
sensação indescritível de sua língua anestesiando cada uma delas.
Quando ele fez isso pela última vez na pele sensível ao redor da aréola, seus
lábios subiram outra vez até meu pescoço já úmido com sua saliva. Ele então
me provocou com a ponta de sua língua enquanto suas duas mãos apertavam
minha bunda com força.
— Então por que você fez aquilo? — Ele insistiu, com sua boca deslizando por
minha bochecha até encontrar a minha outra vez, mas sem me beijar, com
seus olhos escuros me olhando à espera da resposta, que foi incentivada por
mais um tapa estalado quando demorou a vir. — Eu não ouvi, anjo, fale mais
alto.
— Você deixou outro te tocar porque estava com raiva? — Jungkook repetiu,
sem me impedir quando eu comecei a desabotoar sua camisa, tão afobado que
poderia arrancar um botão. — Eu também estou irritado agora, Jimin, então me
diz... o que é que eu faço?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O que você quiser - Eu respondi, num estado de êxtase quando finalmente abri
sua blusa e a empurrei por seus ombros, deixando-o com o tronco exposto,
assim como sua tatuagem que eu tanto amava. — Faz o que quiser comigo,
Jungkook...
Ainda com nossas calças vestidas, ele roçou sua ereção na minha,
pressionando-as tão deliciosamente que eu gemi manhoso, sem controle sobre
os sons agudos que escapavam por minha garganta.
— Me come — Eu pedi, sem pensar nas palavras, movendo meu corpo contra
o chão frio enquanto tentava provocar mais pressão em minha ereção
necessitada. — Por favor, eu não aguento mais esperar...
— É isso que você quer? — Ele perguntou, sem parar de mover seu quadril,
com aquele sorriso sacana reivindicando seu lugar no canto de seus lábios. —
Você quer que eu te foda com tanta força até esquecer que outro homem te
tocou?
— Então eu não vou te foder hoje, anjo. — Ele declarou, ao fim, com um
sorriso pequeno e sádico enfeitando seu rosto. — Você não merece ter o que
quer depois do que fez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu gemi, num misto de insatisfação e prazer quando seu tronco tocou o meu,
com sua pele roçando na minha enquanto nossas ereções se estimulavam
precariamente através do jeans.
Eu queria tanto senti-lo de verdade, sem tanta roupa entre nós dois, mas ele já
tinha sido muito claro sobre minhas vontades.
Eu subi minhas mãos por suas costas, arranhando sua pele sem medir força
quando ele voltou a beijar meu pescoço e eu soube, vergonhosamente, que ia
gozar.
Jungkook ainda estocou mais algumas vezes, com seu membro duro contra o
meu mole, prolongando a sensação do orgasmo que chegou rápido demais.
— Não tem problema, anjo — Ele disse, com a voz calma me passando algum
conforto enquanto eu continuava recebendo beijinhos por minha bochecha
gorda e vermelha. — Não precisa ter vergonha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E mesmo envergonhado, eu sabia que não tinha muito o que fazer sobre
aquilo, mas outra coisa me preocupava.
Jungkook deslizou a língua pelos lábios e então respondeu, sem parar de olhar
para mim. — Eu vou te ensinar a fazer uma coisa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi. Essa nota vai ficar um pouco longa, mas é algo que eu já quero esclarecer
há algum tempo, então leiam, por favorzinho.
Da forma como eu vi, o bdsm foi mostrado como algo superficial, nocivo e
relacionado somente a sexo, quando na verdade um relacionamento entre um
dom/sub envolve muito mais que prazer. bdsm envolve também confiança,
cuidado e respeito. E eu espero de verdade conseguir mostrar isso pra vocês
aqui em submissive, assim como espero que parem de fazer essas
comparações, ok? :(
Desculpa falar tanto, mas isso era algo que tava entalado há um bom tempo :
Enfim. Sobre o capítulo. Espero que ninguém queira me matar por ter ficado
chato/meia boca/um lixo ou afins depois de tanta espera. Sério, eu nunca vi
tanta gente ansiosa por uma att minha como vi por esse capítulo, até me senti
amada com o tanto de mensagens que recebi hahahahaha mas sério, perdoem
qualquer quebra de expectativas :(
Pra finalizar, um recadinho pra vitória: a anna clara te ama <3 parabéns pelos
dois anos de sistp!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
17 • Hocus Pocus
Eu olhava para Jungkook, ansioso, sem saber exatamente o que ele queria me
ensinar.
Mesmo assim, meu corpo queimava em antecipação. Sua ereção marcada sob
a calça jeans enchendo meus olhos, me deixando mais ansioso a cada
segundo para, pela primeira vez, fazê-lo gozar.
Então eu sentei sobre minhas próprias pernas ainda no chão gelado do quarto,
com a umidade dentro da minha roupa íntima provocando uma sensação
viscosa que funcionava como um lembrete vergonhoso do meu orgasmo tão
apressado, mas que podia ser facilmente ignorada à medida que, depois de
ficar de pé em minha frente, Jungkook começou a desafivelar o próprio cinto.
Sua blusa completamente aberta por mim ainda evidenciava parte da tatuagem
e seu abdômen que, mesmo ainda tão delicioso, estava inegavelmente mais
magro. Isso me fez engolir em seco, dissipando parte de toda aquela tensão
gostosa para que a angústia reivindicasse seu lugar.
— Você não gosta mais do meu corpo, anjo? — Ele perguntou, talvez
percebendo a mudança brusca em minha expressão, enquanto massageava
seu próprio membro com sua mão grande por cima do jeans.
Eu subi meus olhos, devagar, até encontrar os seus, esmagando minha própria
calça com minhas mãos quando vi o sorriso no canto de sua boca.
Aquela era uma pergunta que só poderia ser respondida de uma forma e ele
sabia disso, então eu respondi sem resistir quando a imagem de Jungkook se
estimulando enquanto sorria para mim daquela forma afastou minha
preocupação para que fosse resgatada só depois.
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— Você é lindo... — Eu disse, com a potência de um miado, sem conseguir
parar de olhar para ele.
Seu sorriso desapareceu para que ele passasse a língua pelos lábios, me
provocando logo antes de gesticular para que eu me aproximasse.
— Você quer ver? — Ele perguntou, parecendo se divertir com meus esforços
em vão.
Eu quis dizer imediatamente que, pelo amor de deus, sim, mas logo lembrei do
que ele mesmo tinha me dito instantes antes. Eu não merecia ter o que queria,
não naquele dia. Então meu impulso seguinte foi querer negar, para talvez
assim convencê-lo a me deixar ver.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas antes que eu fizesse isso, Jungkook foi mais rápido. Ainda é seu
aniversário, então por isso, só por isso, eu vou deixar.
Eu acho que prendi a respiração sem perceber que o fazia quando senti o
couro deslizando por minha pele novamente, até não tocá-la mais. Então, com
os movimentos do rosto livres outra vez, eu abaixei meus olhos para encontrar
a imagem enlouquecedora do membro de Jungkook perfeitamente marcado,
pendendo para um só lado, sob a boxer preta.
Não foi num gesto consciente que eu voltei a lamber os lábios, hipnotizado,
mas parecia impossível refrear o impulso quando meus olhos se deliciavam
com o que estava bem diante deles. Mais que isso, eu não queria que a visão
fosse o único sentido agraciado, então eu fui um pouco inconsequente quando
levei minhas mãos ao pênis de Jungkook, apertando-o e suspirando logo em
seguida quando o senti tão duro por mim.
Entretanto, meu êxtase não durou mais que alguns segundos, porque logo o
cinto de Jungkook voltou a me tocar a pele, dessa vez com um pouco mais de
força, fazendo o som estalado reverberar quando o couro acertou minhas
mãos, afastando-as.
Ele continuou me olhando, sempre sustentando aquele sorriso que me fazia ter
uma sensação irracionalmente deliciosa de estar em perigo, e então gesticulou
algo suave com o queixo.
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começou a andar devagar pelo quarto, vestindo apenas sua roupa intima e a
blusa social completamente aberta.
Por isso, eu nem respirava direito quando ele voltou a caminhar em minha
direção e reivindicou seu cinto ao parar em minha frente, olhando-me em
silêncio enquanto aumentava a tensão já acumulada dentro de mim.
— Tire.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Só uma palavra me deu a permissão ou ordem, nunca vou saber, que tanto
desejei.
Sem demorar mais, eu cravei meus dentes em meus lábios e voltei minhas
mãos ao lugar de onde não queria tê-las tirado nem por um momento, uma
apertando o quadril de Jungkook enquanto a outra envolvia seu membro duro.
Mas isso, outra vez, durou muito pouco, porque a ansiedade me tomava por
completo. Assim, eu olhei para cima, encontrando seus olhos escuros antes de
abaixar os meus novamente e ver o movimento de minhas mãos puxando sua
última peça de roupa para baixo.
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Então eu engatinhei, encoleirado, quase sentindo meu corpo derreter com o
sorriso perverso de satisfação que Jungkook me mostrou quando me viu desse
jeito.
Caminhar como um animal não era o tipo de coisa que eu imaginava que faria
minha virilha queimar, mas lá estava eu, com meu membro voltando a fisgar
dentro de minha calça apertada por estar fazendo isso e, mais ainda, por estar
fazendo diante do olhar cheio de desejo de Jungkook.
Ele voltou a tocar meu rosto com a mão livre, deslizando seu toque suave e
preciso por minha pele até segurar meu queixo enquanto sua outra mão ainda
segurava o cinto que me prendia
Depois, ele subiu arrastando o indicador e o dedo médio até pressionar meu
lábio, puxando-o para baixo antes de forçar seus dedos para dentro.
— Chupe.
Num gesto um pouco involuntário, mas que não chegou a ser repreendido, eu
segurei seu punho com as duas mãos, sentindo seus dedos pousados sobre
minha língua à espera de algo, mas eu não sabia como fazer direito, então o
olhei com a súplica dominando meus olhos, implorando para que ele me
guiasse quando eu afastei sua mão, fazendo meu melhor para succionar seus
dedos antes de afundá-los em minha boca outra vez.
Jungkook mordiscou o próprio lábio tão sutilmente que eu quase fui incapaz de
perceber, mas tomei aquilo como uma aprovação e repeti o mesmo movimento,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
sentindo um pouco de vergonha e excitação quando seus dedos escaparam de
meus lábios com um som úmido e estalado.
Mas eu não parei, sempre segurando seu pulso até que Jungkook enrijeceu
sua mão.
— Use a língua — Ele disse, com a voz rouca e baixa, puxando seus dedos um
pouco mais para fora até deixar só a ponta deles entre meus lábios.
Depois, quando eu já tinha movido minha língua contra seus dedos de todas as
formas que considerei possíveis, descobrindo de quais movimentos ele mais
parecia gostar, Jungkook voltou a forçar seu indicador e médio para dentro e
eu voltei a chupar, passando a entender quando ele voltava a travar sua mão,
então eu usava minha língua de novo antes de chupar novamente, até que
estabeleci meu próprio ritmo sem que ele precisasse guiar.
Entretanto, quando voltou a empurrar seus dedos depois de todo esse ensaio,
eu os senti quase em minha garganta pela primeira vez e não consegui impedir
o reflexo da ânsia me atingindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Acho que percebendo minha ansiedade tanto por minha expressão sempre tão
transparente quanto por minhas mãos apertando furiosamente suas pernas, ele
aproximou sua mão novamente, dessa vez para me fazer um carinho manso,
sem dizer nada ou sem me forçar a olhá-lo outra vez.
Ele sorriu quando voltei a olhá-lo nos olhos, concentrando todo meu
nervosismo em minhas mãos ainda cravadas em suas coxas fortes enquanto
esperava ele dizer mais alguma coisa.
Então, depois de parar de me acariciar para entrelaçar seus dedos aos meus
cabelos, Jungkook puxou os fios escuros, forçando minha cabeça a pender um
pouco para trás e expulsando um gemido por minha garganta.
— Você não sabe há quanto tempo eu quero foder sua boca, anjo... — Ele
disse, descendo seus olhos por meu rosto até pousá-los em meus lábios já
doloridos de tanto serem mordiscados.
Sentado no chão, com a cabeça entre suas pernas, eu ouvi ele dizer,
surpreendentemente sério no estado em que estávamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu pensei um pouco, sentindo seu músculo rígido sob minha mão e finalmente
encontrei algo. Eu posso avisar... — então dei dois tapinhas leves em sua coxa
com a mão direita, sem parar de olhá-lo, curioso. assim?
Sem saber exatamente como começar, eu o segurei com minhas mãos e olhei
para Jungkook uma última vez antes de descer meus olhos até sua glande
inchada e então, finalmente, a toquei com meus lábios, sem conseguir fazer
nada além de praticamente dar um beijo um pouco sonoro antes de finalmente
tocá-la timidamente com minha língua.
Ao perceber que Jungkook tinha gostado daquilo, eu voltei a erguer meus olhos
e fiz um gemido ricochetear contra seu membro quando percebi a forma como
ele me olhava dali de cima, com os cabelos escuros caídos sobre a testa, seus
olhos pretos parcialmente fechados, as narinas acompanhando sua respiração
pesada e parte de seu lábio inferior preso entre os dentes.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O desconforto era facilmente ignorável quando meus ouvidos atentos captavam
os suspiros incontidos de Jungkook, mas quando eu tentei forçá-lo além do que
já estava indo, quase sentindo sua glande tocar minha garganta, eu precisei
respirar fundo e empurrei minha língua contra o céu da boca exatamente como
ele tinha me ensinado.
Eu quis gemer ao ouvir meu nome ser pronunciado daquela forma e o reflexo
fez minha língua relaxar, deixando que Jungkook se afundasse ainda mais em
minha boca com um movimento um pouco brusco. Então a ânsia voltou, com
mais intensidade, e eu senti que ia sufocar completamente.
Desesperado, eu pensei muito pouco antes de dar dois tapas em sua coxa.
Como num passe de mágica, Jungkook pareceu retomar o próprio controle e
afrouxou o aperto em meus cabelos, me deixando afastar minha cabeça até
que seu membro fosse colocado para fora com um fio de saliva ainda nos
ligando.
Eu passei as costas da mão pela boca, insatisfeito por não ter conseguido ir
além.
— Desculpa...
Jungkook me puxou pelo cinto, me fazendo ajoelhar outra vez e, antes que eu
sequer entendesse o que ele ia fazer, sua boca encontrou a minha e ele me
beijou. Foi um beijo quente, desesperado e um pouco desastrado, mas que se
encaixava tão bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
cabeça desceu e me fez ficar de pé, forçando nossos lábios a se separarem,
mas me puxando para perto para beijar meu abdômen exposto.
Eu deixei minha cabeça tombar para trás quando ele passou sua mão livre
para a frente e tocou em meu membro sobre minha calça jeans ainda vestida,
apertando-o quando percebeu que eu estava duro de novo.
O couro que envolvia meu pescoço ainda fazia uma pressão gostosa enquanto
a mão de Jungkook me estimulava e sua boca distribuía mais beijos por meu
corpo. A combinação de cada toque me fazia delirar, mas então eu
choraminguei, insatisfeito, quando ele parou.
— Você está vestindo roupas demais, anjo — Ele disse, me olhando de baixo.
Eu senti meu estômago revirar ao entender o que ele queria. Estar sem blusa
já era constrangedor o suficiente, então eu nem conseguia imaginar como me
sentiria ao ficar completamente nu em sua frente.
Jungkook já tinha visto partes de mim, mas nunca tinha visto o todo. Por isso,
eu o olhei com expectativa, apertando meus lábios com medo de encontrar
decepção em sua expressão.
Mas, a despeito do meu medo, tudo que eu vi foi desejo correndo por suas íris
pretas enquanto ele lambia o próprio lábio e analisava demoradamente cada
pedacinho de mim, com suas mãos em minhas coxas e a faixa de couro do
cinto caindo pendurada na linha central do meu peitoral.
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— Como é que você consegue pensar que não é suficiente? — Jungkook
quase sussurrou, deslizando sua mão por minha perna, cintura e costas
enquanto sua boca se arrastava pela pele descoberta do meu pescoço. —
Você é tão lindo, Jimin...
Eu quis gemer de novo quando abracei seus ombros, puxando-o mais para
perto, mas não era um gemido provocado só pela sensação gostosa de seu
toque sobre minha pele sensível. Era algo que ia além do prazer do corpo,
trazido à tona pela forma como, não pela primeira vez, Jungkook deixava tão
claro o quanto me achava bonito.
Mesmo que eu não tivesse seus músculos, sua experiência ou sua segurança,
ele me admirava também, do mesmo jeito que eu o admirava.
Por isso, pouco a pouco parei de me concentrar na vergonha trazida por minha
nudez e me concentrei só em seu toque e em nossos corpos juntos sem
qualquer barreira entre eles.
Acima de tudo isso, nós dois ainda estávamos duros, então minha ereção
tocou a sua quando ele puxou meu quadril na direção do seu e, a partir disso,
não existia mais nada em minha cabeça além do desejo de seguir em frente.
— Calma — Ele disse contra meu pescoço, apertando minha cintura com força
quando eu me impulsionei de novo, tentando fazer meu membro tocar o seu
com mais força. — Devagar, dessa vez.
Eu apertei meus olhos e seus ombros, envergonhado por ser sempre tão
afobado, mas sendo obrigado a deixar isso de lado quando Jungkook me fez
ficar de joelhos ainda sobre ele e desceu sua mão até minha nádega, tocando-
a quase com cuidado enquanto eu empurrava minha ereção contra seu
peitoral, buscando um pouco de atrito.
— Como é que você se toca quando pensa em mim, anjo? — Ele perguntou,
subindo a outra mão pela lateral da minha coxa até segurar minha nádega livre.
Então ele apertou as duas simultaneamente e as afastou, puxando-as cada
uma para um lado.
Então sua mão direita deslizou mais um pouco até que, minha nossa senhora,
eu senti seu dedo me tocando lá.
Jungkook massageou minha entrada, tocando-a com a ponta de seu dedo que
se movia em círculos pequenos e lentos, sem se forçar para dentro.
Mas só por algum tempo porque, depois de me fazer relaxar com seu toque
cuidadoso e experiente, e me fazendo descobrir como aquela região era
sensível, ele me penetrou com seu dedo médio, empurrando-o para dentro
enquanto eu expulsava um gemido um pouco surpreso.
— A partir de agora, você vai fazer isso — Ele disse, me invadindo cada vez
mais quando, a cada segundo, vencia a resistência involuntária do meu corpo.
— Entendeu?
Eu assenti, apertando os olhos com força quando ele estocou pela segunda
vez, com mais força que da primeira, fazendo uma queimação um pouco
dolorida se alastrar, mas aquela dor era gostosa e, combinada à sensação da
minha ereção esmagada contra sua pele quente e sua boca beijando minha
barriga novamente, eu sentia que estava no paraíso.
Eu senti seu sorriso contra minha pele logo antes de sentir ele se retirar só
para ir fundo outra vez, repetindo esses movimentos cada vez com menos
cuidado enquanto eu gemia também cada vez menos contido, empurrando
meu quadril e rebolando para senti-lo ainda mais dentro de mim.
Eu estava insano, nem conseguia deixar meus olhos abertos ou fechar minha
boca enquanto os sons arrastados fugiam por minha garganta e eu repetia seu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
nome a cada vez que uma nova sensação era descoberta. Mas parece que
nada disso passou de uma prévia do descontrole absoluto quando eu ouvi
Jungkook gemendo meu nome com sua cabeça pressionada contra meu
abdômen e vi, ao olhar para baixo, que ele estava se masturbando com a mão
firme e rápida.
Ouvir Jungkook dizendo meu nome daquele jeito e vê-lo se tocando com tanto
desespero por minha causa atiçou ainda mais meus sentidos e então eu fiquei
ainda mais sensível ao seu dedo me penetrando e ao meu pênis lambuzado de
pré gozo sendo estimulado enquanto eu estocava contra a pele de seu peitoral
Eu ouvi um rosnado baixo e suspirei com insatisfação quando ele tirou seu
dedo de mim e me forçou a sentar sobre suas pernas outra vez, com alguma
brutalidade, parecendo tão desesperado quanto eu mesmo me sentia. E antes
que eu pudesse reclamar por não senti-lo mais dentro de mim, enquanto uma
mão agarrava minha cintura com força, com a outra ele voltou a nos masturbar,
empurrando sua ereção contra a minha enquanto as segurava juntas.
Minha cabeça caiu para a frente e eu apoiei minha testa em sua bochecha
enquanto sentia seu gemido rouco se misturar ao meu sempre manso e agudo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
quando ouvia meus gemidos mais intensos, me levando à beira do orgasmo
para me arrastar para longe dele antes que gozasse outra vez.
E essa tortura se estendeu até que ele mesmo pareceu chegar ao seu limite,
gemendo mais alto quando impulsionou seu quadril contra minha mão. Depois
de me negar alívio por tanto tempo, ele finalmente me estimulou até o fim,
fazendo o gozo quente escorrer junto com o gemido mais arrastado de minha
vida, quase sem forças, mas cheio da certeza de que eu nunca tinha gozado
tão gostoso antes.
Meu corpo amoleceu sobre o dele e eu sentia minha respiração queimar, mas
não deixei de sorrir quando o abracei, apertando minha bochecha contra a dele
enquanto meus braços enlaçavam seu pescoço. Pouco a pouco, as mãos
firmes dele também perderam a força e ele as deslizou para minhas costas, me
abraçando de volta logo antes de beijar meu ombro.
Por algum tempo, nós não dissemos nada e continuamos daquele jeito, unindo
nossas respirações para que se recompusessem. Quando isso aconteceu, eu
fiz uma careta, incomodado pela sensação em minha garganta.
Então ele me afastou um pouco e, depois de tirar o cinto que ainda envolvia
meu pescoço, ele deu vários beijos em toda a pele que tinha sido tocada pelo
couro.
— Machucou? — Ele perguntou, sempre mantendo uma das mãos nas minhas
costas para sustentar meu corpo sem energia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Só do jeito bom.
Por fim, ele dobrou a toalha e a colocou de lado antes de subir beijando todo o
caminho até meu rosto, onde deixou vários outros beijos em minhas
bochechas, testa, nariz e pálpebras.
Eu só senti o riso morrer quando ele finalmente beijou minha boca, deixando
meu sorriso fazer companhia ao seu enquanto nossos lábios e línguas se
tocavam com a calma que não existiu antes.
A sensação de estar tão feliz só por tê-lo perto era indescritível e, de repente,
eu me senti um pouco acuado ao lembrar de tudo que aconteceu nas últimas
semanas.
— Nunca mais suma por tanto tempo Eu pedi quando ele parou de me beijar,
mas continuou com seu corpo sobre o meu e encostou nossas testas. — Por
favor, Jungkook, nunca mais faça isso comigo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu prometo, anjo.
— Mas você também tem que prometer uma coisa. — Ele disse, calmo, me
fazendo olhar para ele outra vez. — Mais cedo você disse que não quer mais
nossa complicação...
— Não. Eu vou me esforçar ainda mais e só vou desistir quando você disser
que não me quer mais.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele então sorriu, satisfeito por me ver cedendo, e saiu de cima de mim para
deitar ao meu lado, mas também puxou minha cabeça até seu peitoral para
que continuássemos bem perto um do outro.
— Mas tem uma coisa me deixando triste agora. — Confessei, tocando em seu
abdômen. - E é porque você emagreceu muito...
Jungkook me apertou mais contra seu corpo, forçando minha pele nua contra a
sua de um jeito tão íntimo e carinhoso.
— É tão bom ficar assim com você... — Eu disse, com os olhos fechados,
enquanto sentia seus braços me segurando perto e seus dedos me fazendo um
carinho gostoso nas costas. — Eu senti tanta saudade, Jungkook...
— Eu também senti sua falta, meu bem, todos os dias. Me desculpe por ter
demorado tanto...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu neguei, esfregando minha bochecha em seu peitoral quentinho. — Não
precisa mais se desculpar, mas agora eu tenho que te contar tudo que
aconteceu durante esse tempo.
— Eu não quero saber tudo, Jimin. — Ele disse, com o incômodo aparente na
voz e eu soube no que ele estava pensando.
Mas falar sobre meu envolvimento com Jeonghan nem passou por minha
cabeça, na verdade.
— Sobre o que eu disse mais cedo... — Eu comecei, sem saber muito bem
como terminar. — Me desculpa. Eu nunca deveria ter comparado vocês dois,
até porque o Jeonghan, no fundo, é só um amigo. Mas você... eu amo... — Eu
disse, sentindo minha voz morrer ao perceber o que quase confessei sem
pensar.
— Eu amo ficar com você de um jeito que só sua amizade nunca seria
suficiente.
Por algum tempo, Jungkook não disse nada, eu também não me manifestei,
mas tive a mais absoluta certeza de que minha respiração não foi a única a
ficar mais tensa quando eu voltei a me deitar, incapaz de olhá-lo depois do que
quase falei.
— Não vamos mais nos preocupar com isso. — Ele disse, enfim. — Mas
parece que você tem outras coisas pra me contar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, sim... — Eu respondi, ainda atordoado, demorando a encontrar a
concentração para começar a narrar quase todos os eventos da minha vida
durante o tempo em que estivemos afastados.
Minha falta de coragem não era por ter vergonha de fazer grande caso de
coisas pequenas, porque Jungkook não me condenava nem mesmo quando eu
narrava empolgado sobre Yukwon derramando café pelo nariz como se esse
fosse o tipo de evento mais importante do meu dia.
Ainda era cedo, o que era incomum para mim, mas acredito que isso sempre
acontecia quando eu dormia com Jungkook porque meu inconsciente me
empurrava para fora do sono só para que eu pudesse ver um pouco mais da
cena bonita que era o seu rostinho sonolento.
Dessa vez, entretanto, ele não demorou muito para apertar as pálpebras com
mais força e respirar fundo antes de abrir os olhos inchados pelo sono. Ele
então virou para mim e um sorriso ainda preguiçoso apareceu em seu rosto
quando ele me viu já acordado.
O braço dele me puxou mais para perto e para cima e eu apertei meus lábios
com força quando ele me beijou, sem deixar que aquilo passasse de um
selinho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele riu quando percebeu o porquê da minha resistência em beijá-lo na boca e
então beijou meu pescoço, com um toque tão despretensioso que eu me senti
envergonhado por me arrepiar todo só com isso.
Jungkook passou o nariz por minha pele arrepiada e me deu mais um beijo ali,
sem tirar o sorriso da boca quando o fez.
— Bom dia... — Eu respondi, com a voz um pouco rouca pelo sono, e sorri
fraquinho quando ele me abraçou com mais força.
Nós dois ainda estávamos nus debaixo da coberta que Jungkook colocou sobre
nós no meio da noite, com o calor do seu corpo se misturando completamente
ao meu e me fazendo ter a certeza mais absoluta de que não existia jeito
melhor de acordar.
Ainda com meu corpo parcialmente sobre o dele e usando seu peito como
travesseiro, eu deslizei minha mão por sua barriga, com carinho, enquanto
sentia ele fazer o mesmo em minhas costas.
— Amanhã.
— Eu quero ficar assim por muito tempo. — Respondi, abraçando-o ainda mais
e sorrindo bobo quando senti seus pés brincando com os meus debaixo da
coberta. — Depois... quer sair pra comer comigo? Tô com vontade de comer
tteokbokki...
— Hoje você não vai ficar com vontade, então. — Ele respondeu, com a voz
baixa, e eu suspirei quando sua mão desceu ainda mais por minhas costas.
Meus olhos fechados e a respiração cada vez mais lenta eram uma resposta
natural ao seu toque, mas eu estava me concentrando em não me deixar levar
ou logo teria uma ereção no meio das pernas.
Ele então desceu a outra mão por minha cintura e a segurou, me puxando até
que eu ficasse completamente em cima dele. Meus dedos subiram mais um
pouco, até que minhas unhas se cravaram novamente, dessa vez em seu
peitoral e Jungkook se moveu abaixo de mim, usando seu joelho para abrir
minhas pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu estava quente, inclinando minha cabeça sobre o travesseiro quando
Jungkook pressionou seus lábios abaixo do meu queixo e seguiu todo o
caminho pela linha da minha garganta, parando quando chegou ao ponto
sensível da união do meu pescoço com meu peito e nós dois ouvimos seu
celular vibrando sobre a madeira.
Jungkook então esticou a mão para pegar o celular, sem sair de cima de mim,
e eu também virei o rosto para ver o nome na tela.
Era Mina.
— Jungkook? — Ela chamou e talvez fosse impressão, mas seu tom parecia
completamente diferente de quando eu o ouvi pela primeira vez.
Não tinha mais a mesma animação e leveza, parecia preocupação pura por
trás do sotaque discreto.
— Fale rápido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu sei. — Ela o interrompeu. — Eu sei, Jungkook. Mas eu não posso deixar
você se prejudicar tanto por causa da ambição do meu pai.
— Mina, seu pai não vai te perdoar. — Jungkook disse, atordoado. — Você não
devia ter feito isso.
Jungkook já não estava mais sobre mim. Ele estava sentado, passando as
mãos pelos cabelos, tão frustrado quanto eu nunca o vi antes.
— Eu só quero te pedir uma coisa. — Ela continuou. — Por mais que tenha
sido ambicioso demais e nos tratado como moeda de troca, ele ainda é meu
pai. Então, por favor, não deixe ele se prejudicar tanto. Convença sua empresa
a fazer uma proposta razoável ou... qualquer coisa assim. Eu confio em você,
Jungkook.
Ele só passou as mãos pelo rosto, como se tivesse recebido a pior notícia do
mundo, mas eu não entendia o porquê. Aquilo deveria ser algo bom, não é?
Ele não precisaria mais colocar tudo a perder, então... por que?
A ligação então foi finalizada, mas Jungkook não se moveu nem mesmo um
centímetro e só continuou sentado na mesma posição, de costas para mim,
com o rosto afundado nas mãos e a respiração pesada.
E sem saber o que fazer para ajudá-lo, eu só agi por impulso e me sentei
também, me arrastando até parar atrás dele e envolvê-lo com um abraço
enquanto apoiava minha bochecha em seu ombro, torcendo para que isso o
reconfortasse.
Ele suspirou e demorou até se virar um pouco para trás, só para me segurar
pelos braços e me puxar para que eu me sentasse em seu colo. Então ele me
abraçou de volta, com meu corpo um pouco desajeitado sobre suas pernas,
mas sem que eu ou ele nos importássemos com isso. Eu só deixei que
Jungkook continuasse com sua cabeça escondida em meu pescoço e esperei
até que ele se sentisse melhor ou conversasse comigo.
— Ela teve que abrir mão da própria família porque eu não consegui resolver
as coisas. — Jungkook disse, de repente, com a voz baixa como se estivesse
envergonhado. — Tudo que eu fiz minha vida toda foi me preparar para
situações como essa e mesmo assim... eu não cheguei nem perto de
conseguir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa além de sentir meu coração
doer e abraçá-lo com força, seu celular voltou a tocar e, dessa vez, ele o pegou
já parecendo saber quem era antes mesmo de olhar para o visor.
Ele então atendeu sem colocar no viva voz, mas a pessoa do outro lado falou
tão alto que eu pude ouvir mesmo assim.
— Você ainda está em Tóquio?! — Namjoon parecia cada vez mais alterado.
— Só não me diga que...
— Não, inferno. — Namjoon disse, agitado. — Ainda bem que sua última
proposta foi rejeitada pela Yoshikawa. Essa manhã nós recebemos um
documento anunciando a quebra do contrato do casamento pela parte deles,
mas você precisa vir para cá agora! Nós já marcamos uma reunião com os
acionistas para negociar a compra. Essa é a melhor hora, Jungkook, eles não
podem ser exigentes como antes!
— Quando?
— Hoje. Agora!
— Eu vou levar no mínimo sete horas para chegar em Seul, se tiver sorte. —
Ele disse, massageando a própria testa. — Não sei se algum trem parte agora
pela manhã.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Venha de avião. Dê um jeito de encontrar um vôo com lugares disponíveis
ou venha sentado no colo de alguém, mas esteja aqui! É pelo seu próprio bem
dentro dessa empresa, Jungkook, você sabe disso.
— Eu vou tentar adiar a reunião, mas não te garanto mais que duas horas,
então faça o possível e o impossível para estar aqui antes disso.
Eu neguei, mesmo tão triste por ter que me despedir dele tão rápido. — Não
tem problema. Isso é importante.
Quando começou a passar o cinto pelos passadores da calça, ele olhou para
mim e pareceu perder o foco por um instante. Então, ainda agitado, Jungkook
juntou todas as minhas roupas no chão e as entregou para mim.
— Se vista rápido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por fim, nós finalmente saímos do hotel e ele parou, olhando para os lados.
— O senhor pode colocar duas porções pra viagem? — Ele perguntou assim
que o dono do restaurante, um senhorzinho simpático e franzino, saiu da
cozinha para servir a única mesa ocupada.
Sem perder tempo, Jungkook voltou até o pequeno caixa colocado na entrada
do restaurante e pagou pelo pedido antes de recebê-lo, se adiantando quando
também pediu que um táxi fosse chamado.
— Da próxima vez nós vamos comer juntos. — Ele prometeu quando o taxista
desceu para colocar sua mala no bagageiro do carro. — Mas eu disse que
você não ia passar vontade hoje, não disse?
Eu sorri um pouco triste, sentindo a angústia se tornar ainda maior quando ele
beijou minha testa num gesto de despedida.
— Eu preciso ir agora.
— Eu sei que você tem pouco tempo pra chegar lá, mas não pede pra ele
correr, tá? — Eu pedi, alternando meu olhar entre ele e o motorista. — Os
taxistas daqui são loucos...
Eu concordei mais uma vez, com o coração apertado quando o vi caminhar até
o carro.
Ele riu e concordou com a cabeça antes de finalmente entrar no carro, e então
eu o vi ir embora mais uma vez.
Chateado por ter passado tão pouco tempo com ele, eu suspirei e sentei num
banco numa praça próxima para comer meu tão desejado tteokbokki. Depois,
pensei em voltar para casa, mas quando percebi já estava no apartamento de
Yukwon, porque eu precisava me ocupar.
— Veio arrumar a bagunça que seus convidados deixaram ontem, né? — Ele
disse, bocejando ao final. — Ainda bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— E você tá fazendo o que aqui? — Ele perguntou, mordendo o primeiro
pedaço e apontando a fatia em minha direção. — Quer?
— Ficou tudo bem com o Jungkook. — Eu disse, cabisbaixo. — Mas ele já foi
embora.
— Desfaz essa cara. Pelo menos você ainda vai poder transar com aquele
gostoso. Um gostoso vacilão, mas ainda gostoso pra porra.
— É, então, sobre isso... ontem você perdeu seu desafio e falou muito
palavrão, então agora você tem que recompensar e me responder sem
reclamar e sem debochar de mim.
— O Jungkook mal toca em mim e eu já fico muito duro. Parece mágica, mas
isso nem é o pior! - Eu anunciei, contendo meus gritos em sussurros para que
Yuta não escutasse meu desabafo frustrado. — O pior é que eu também gozo
muito rápido!
— Ah, caralho, não rir agora é pior que não falar palavrão... — Ele resmungou,
passando a mão limpa pelo pescoço. — Ok, vamos por partes. Primeiro, que
bom que você fica duro, né? Pior seria se não ficasse. Segundo, você tem um
problema por gozar tão rápido, sim, e o nome desse problema é virgindade.
Quando eu era virgem qualquer roçada já me fazia jorrar porra por todos os
cantos, era uma loucura.
Eu cobri meu rosto com as mãos, rindo. — Você é tão explícito, meu deus...
Depois que Taeil foi embora da escola, ele começou a mostrar um outro lado
para nós e eu gostava desse novo Yuta, mas também me sentia um pouco
angustiado a cada vez que olhava para ele e percebia como, no fundo, ele
sempre foi tão frágil, mas eu nunca consegui perceber.
— Deixa ele dormir. — Eu disse, ainda controlando o tom de voz antes de virar
para a frente e ver que Yukwon tinha ligado a TV, mas o volume estava tão
baixo que eu nem tinha percebido antes de olhar.
— Bota na boca pra ver se o gosto tá igual também. — Eu disse, fazendo uma
careta. — Nojento.
Yukwon riu, não tão alto quanto costumava rir para não acordar Yuta.
— Não quer colocar um, também? Ou mais uns piercings na orelha?- Ele
sugeriu, enfiando o alargador de volta. — Um no mamilo ia ficar do caralho em
você.
— Ou você pode ir comigo fazer uma tatuagem quando eu for fazer a próxima.
Pode tatuar um "Bem vindo, volte sempre" em cima da bunda.
Eu revirei os olhos, jogando uma almofada em seu rosto para ver se ele calava
a boca, Mas então algo me chamou a atenção, e não foi outro comentário de
Yukwon.
Foi o noticiário local que passava na TV. Na verdade, a legenda abaixo das
imagens na tela.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Enquanto Jimin não tem uma coleira e uma safeword a gente improvisa
Oi, tudo bom com vocês? E com o capítulo? Ficou grandão, mas isso nem é
novidade grrrr
já falei no mural mas vou dizer de novo: se. alguém. debochar. do. pet. play.
(improvisado). eu. apago. esse. capítulo!!!!!!!
Enfim, acho que muita gente fez Enem hoje. Espero que tenham se saído bem
(mas se não, lembrem que essa prova lixo não determina a capacidade de
ninguém) e que essa atualização pelo menos sirva pra vocês relaxarem um
pouquinho!
Ah, algumas pessoas me pediram pra mostrar como eu imagino o Jimin agora
com 18 e é mais ou menos assim (eu tenho vários gifs de todos os
personagens, depois faço um capítulo separado pra vocês verem também)
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
A próxima att sai lá pro dia 22 (me avisem se não gostarem de ficar recebendo
datas, tá? eu aviso pressupondo que vocês gostam kjkjk). Então até lá! <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
18 • Sine Qua Non
Eu nem piscava e, por sorte, respirar ainda era uma ação involuntária, ou meus
pulmões entrariam em colapso assim como minha mente.
— Viado, o que foi? — Yukwon perguntou, acho que pela quarta vez, com a
voz mais preocupada a cada vez que repetia seu questionamento, sem obter
respostas.
Ele passou a mão pela cabeça e soltou um palavrão baixo antes de olhar para
Yuta ainda dormindo em seu sofá.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois nós saímos, e eu nem mesmo percebi quando Yukwon chamou um táxi,
quando informou nosso destino ou quando chegamos a ele. Minha cabeça
estava repleta de um assombroso nada, até que a ficha caiu de uma vez e
ainda no banco traseiro daquele carro, eu comecei a chorar.
Mais de uma hora já tinha se passado quando eu voltei até lá e apoiei meus
cotovelos sobre o balcão frio, unindo minhas mãos em sinal de súplica, com as
lágrimas já secas em meu rosto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Senhor, — uma delas recomeçou o mesmo discurso, insistindo em me
chamar formalmente ainda que eu fosse obviamente mais novo — nós já
dissemos que não podemos informar nada sobre o paciente a não ser que você
seja da família. São as regras.
— Próximos como, senhor? — Ela repetiu a pergunta que tantas outras vezes
foi feita, mas eu não soube responder.
E esse era o problema. Ela não sabia qual o meu relacionamento com
Jungkook, e nisso eu e ela éramos iguais.
Nós não tínhamos um nome, nem existia uma definição para o que acontecia
entre nós dois. Em outras ocasiões isso não me incomodava, mas, ali, eu me
sentia perdido, sem saber o que responder, completamente travado por algo
tão trivial.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook podíamos não ter um rótulo, mas eu pelo menos sabia o que ele era
pra mim.
O silêncio perdurou por mais alguns segundos de puro desconforto, até que
uma delas pigarreou, sem jeito.
— Isso foi tão vergonhoso quanto eu acho que foi? — Perguntei a ele num
sussurro cansado.
Ele abriu a boca, depois a fechou para só então finalmente falar. — Você já fez
coisa pior.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, eu enfiei minha declaração fervorosa e esganiçada na segunda
classe, ignorando que todas as pessoas presentes na recepção me ouviram
gritando que Jungkook era meu homem.
Quando paramos diante de um dos quartos do corredor extenso, ela parou com
a mão sobre a maçaneta e me olhou, suspirando.
Então ela finalmente abriu a porta, revelando um quarto branco, sem vida, e
meu coração quase explodiu quando eu vi Jungkook deitado na cama, ainda
desacordado, com um curativo pequeno na testa e um particularmente grande
em sua panturrilha apoiada em um segundo travesseiro.
Eu olhei para ele, quase prendendo a respiração, antes de voltar a olhar para
Jungkook deitado naquela cama, com os olhos fechados, a respiração lenta e o
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
corpo coberto por uma camisola do hospital, e então nada mais passou em
minha cabeça.
Ainda angustiado, eu olhei para o médico outra vez, suplicando com o olhar. —
Ele vai ficar bem?
— Ele já está bem. Nós tivemos que dar alguns pontos na perna para fechar
um corte aberto quando ele foi tirado do carro, mas não aconteceu nada de
mais grave.
— Ele vai demorar pra acordar? — Eu perguntei, mesmo sabendo que não era
algo que ele poderia prever com exatidão.
— Ele já acordou, mas estava muito agitado e nós tivemos que aplicar um
relaxante para poder tratar dos ferimentos e fazer alguns exames, então ele
acabou dormindo outra vez.
Eu mordi meu lábio, preocupado. — Ele tinha que estar num vôo para Seul
agora. — Eu expliquei o motivo da agitação de Jungkook, mas o médico ficou
com os olhos confusos por trás das lentes dos óculos redondos.
— Não acho que foi isso. — Eu ouvi ele dizer, calmo.— Ele só continuava
repetindo que precisava avisar a algum Jimin que estava bem. Você sabe de
quem ele estava falando?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Dessa vez, então, eu não pude mais controlar. Meu peito inteiro ficou tão
apertado, pequeno demais para tudo que eu estava sentindo, enquanto minha
mente falhava em processar que eu tinha sido o primeiro pensamento e a
primeira preocupação de Jungkook depois de acordar.
— Deixa eu ficar aqui com ele. — Eu pedi, talvez tenha implorado. — Por favor,
não me força a ficar longe do Jungkook agora...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
suportar. A única coisa que eu não suportaria seria descobrir que não só eu
perdi o homem maravilhoso que Jungkook é, mas o universo inteiro também.
— Você quer que eu fique ou quer privacidade pra chorar de alívio? — Yukwon
perguntou, depois, e eu ri um pouco.
Apesar de querer dizer que ele podia voltar para casa, eu o olhei, um pouco
envergonhado. Eu ainda não tinha tomado banho, nem mesmo escovado os
dentes, e apesar do desconforto causado por isso, não teria coragem de sair
de perto de Jungkook.
Ele me olhou desconfiado, com o cenho franzido ao redor dos olhos, mas não
era por estar incomodado com o meu pedido,
— Agora que eu percebi que você tá usando a mesma roupa de ontem... — Ele
murmurou, concentrado, como quem junta as peças de um quebra cabeças. —
A noite foi boa mesmo, hein, safado?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu voltei a olhar para Jungkook, segurando sua mão outra vez, e sorri fraco ao
lembrar das últimas horas. De tudo. Não foi só a lembrança do que Yukwon
pressupunha ter acontecido, mas a lembrança de dormir ao lado dele, com
nossas peles se tocando, e de acordar vendo o seu sorriso.
Dali até que Yukwon retornasse, eu mudei minha posição tantas vezes que
perdi as contas, mas em nenhuma delas saí de perto de Jungkook ou deixei de
prestar atenção a ele.
A forma como Namjoon declarou, tão resoluto, o quão importante era para
Jungkook chegar a tempo fazia algo dentro de mim morrer, provavelmente o
último fio de tranquilidade que eu ainda pudesse ter.
— Sua mãe quase desmaiou quando eu disse que você estava aqui no
hospital. — Ele disse, preguiçoso. — Dai quando eu disse que você tava aqui
por causa do Jungkook, ela quase desmaiou de novo, mas acho que foi de
raiva.
Eu suspirei e apoiei a bolsa no chão, ao lado da minha cadeira. Essa era uma
preocupação que eu gostaria de deixar para depois, mas que se juntou às
outras assim que Yukwon começou a falar.
Mesmo que eu não tenha dito a ela sequer uma vez que Jungkook era o motivo
do meu choro que se estendeu por dias, ela soube. Intuição de mãe ou não, a
minha teve certeza de que ele era a causa da minha dor, e então toda sua
aprovação se transformou em discursos recorrentes sobre não aceitá-lo
comigo, não mais.
Eu ri um pouco, aliviado por ele estar de volta. Yukwon sempre soube me fazer
rir, ou pelo menos mantinha minha cabeça ocupada para que eu não perdesse
o juízo pensando em coisas ruins.
— Você pode ficar aqui mais um pouco? — Eu pedi, olhando para ele. — Você
sabe que eu vou começar a pensar besteira se ficar sozinho...
Ele revirou os olhos e ficou de pé, então arrastou sua cadeira até parar ao lado
da minha. Quando se sentou outra vez, ele esticou as pernas e apoiou os pés
no espaço livre da cama de Jungkook.
— Claro que sei. Vamos manter essa cabecinha ocupada — Ele disse,
ignorando minhas tentativas falhas de tirar seus pés do colchão, e então me
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
mostrou uma expressão pensativa. — Parece que chegou a hora de começar a
falar sobre o que te fez achar que sofre de ejaculação precoce...
— Então você deu uma de ligeirinho, gozou dentro da roupa, e aí? Ficou por
isso mesmo?
— Sempre soube que você ia gostar dessas coisas. Minha intuição não falha
— Se vangloriou, com um sorriso pequeno, meio convencido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Bufei, irritado, mas continuei. — E aí eu chupei o... dele.
— Que vontade de transar — Ele revelou, deixando a cabeça cair para trás
antes de voltar a olhar pra mim. — Mas você gostou de chupar pau? Mais
gostoso que chupar picolé, né?
— Eu fiquei duro de novo quando tava chupando, me deu muito tesão, mas eu
acabei engasgando... — Me lamentei, envergonhado.
Yukwon também riu, se arrumando novamente sobre sua cadeira, mas então
ele olhou para Jungkook e arregalou um pouco os olhos. Assustado, eu virei
meu rosto imediatamente, e toda minha preocupação pareceu ser reduzida a
nada quando eu o vi apertando os olhos antes de abri-los.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então parei, mesmo que seu toque ainda estivesse um pouco fraco, e deixei
meu corpo seguir seu pedido quando ele me puxou. Inclinado sobre ele outra
vez, ele me abraçou da forma que foi possível, com sua mão em minhas costas
e sua respiração quente acertando meu pescoço.
Jungkook ignorou minha pergunta, erguendo sua mão ainda sem muita força
até que seus dedos tocassem a parte abaixo dos meus olhos que eu ainda
sentia um pouco inchadas pelo choro de preocupação e angústia.
— Você tá bem, então não tem problema. — Retruquei, beijando suas mãos
mais uma vez.
Eu ri, constrangido, e voltei a olhar para Jungkook. Então segurei seu rosto e
beijei sua bochecha tantas vezes que ele acabou soltando uma risada ainda
um pouco fraca enquanto suas mãos me seguravam perto.
Jungkook riu mais um pouco e se vingou quando virou seu rosto para beijar
minha boca, mas eu me afastei imediatamente, cobrindo-a com a mão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu deveria ter escovado os dentes quando ele ainda estava dormindo.
Não era culpa de Jungkook, é claro, não existia sequer um motivo para ficar
chateado com ele, mas a forma como aquela mulher continuava olhando-o e
tocando-o desnecessariamente me irritava.
— Você pode pegar meu celular? — Ele pediu, apontando para a mala que já
tinham colocado no quarto desde antes da minha chegada.
Eu assenti e fui até onde ela estava, então peguei o telefone num dos bolsos
pequenos e me arrastei de volta até entregar a ele. Mas antes de pegar seu
celular, Jungkook segurou meu pulso outra vez. Quando ele me puxou, eu fui
pego de surpresa e recebi desastradamente um selinho seu em minha boca.
— Mas não é pra gostar. — Resmunguei, puxando minha cadeira para sentar
mais perto e então tirei um pouco do arroz com a colher, levando-a até a boca
dele. — É pra ficar saudável.
Mas apesar da vontade de rir de sua reação incomum, eu estava falando sério
e ele pareceu perceber isso, então aceitou, ainda a contragosto, a porção que
eu separei, mastigando-a preguiçosamente.
Ali, era minha vez de cuidar dele, e eu me senti feliz em perceber que, apesar
de ser sempre desastrado, eu consegui dar cada porçãozinha sem sujá-lo todo,
mas também sem ouvir qualquer reclamação quando acabava derrubando um
ou outro grão de arroz. Jungkook só aceitou minha ajuda e me deixou cuidar
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
dele do meu jeito um pouco atrapalhado, com sua mão acariciando meu pulso
livre durante cada segundo.
Quando ele acabou, sem reclamar nenhuma outra vez sobre o gosto da
comida, eu sorri orgulhoso e dei um beijo na maçã do seu rosto antes de
finalmente afastar a bandeja.
Tirei sua roupa, primeiro, deixando ele apoiar seu peso em mim para não forçar
a perna que tinha levado os pontos. E diferente da noite anterior, quando eu fiz
exatamente a mesma coisa ao tirar cada uma de suas peças de roupa, dessa
vez não existia sequer um lampejo de excitação em mim. Não porque ele não
me atraía naquele momento, mas porque eu estava tão concentrado em cuidar
dele que nem mesmo sua nudez foi capaz de me distrair.
Então eu lavei seu cabelo, rindo um pouco quando a espuma do meu shampoo
de morango começou a cair em seus olhos, e Jungkook continuou com as
mãos em minha cintura, dando eventuais beijinhos na minha barriga
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por último eu o sequei e o ajudei a se vestir, sorrindo bobo quando senti o
cheirinho de fruta no seu cabelo ainda molhado, e ele escovou os dentes
enquanto eu usava a toalha para tentar tirar o excesso de água dos seus fios
para que ele não ficasse resfriado.
— Hm? Em que?
— Só estou retribuindo o que você já fez por mim várias vezes. — Eu disse,
então, cobrindo seu corpo com o lençol fino antes de dar um beijo em sua testa
e me certificar de que ele estava confortável. — Eu já volto, tá?
Ele assentiu, calmo, e eu fui rápido em voltar ao banheiro e tirar a roupa que
ficou molhada enquanto eu dava banho nele para então me lavar também.
— Vai ficar tudo bem? — Eu perguntei, apertando meus dedos uns contra os
outros, ainda em pé.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu abaixei meus olhos, ansioso. — Eles já sabem o que aconteceu? Você
sofreu um acidente, então não é culpa sua ter perdido a reunião. Eles não
podem te prejudicar por isso...
Com um suspiro, eu deixei claro que não estava mais tranquilo. Na verdade, o
mais prejudicado de toda a situação continuaria a ser Jungkook, mas ainda
assim ele estava preocupado em me acalmar.
— Eu vou dar um jeito, meu bem. — Insistiu, ainda sem se alterar diante da
minha preocupação— - Você não disse que eu sou o melhor? Então confie em
mim. — Ele disse, com uma entonação brincalhona.
Então, tomado pelo cansaço que tinha sido ignorado até aquele momento, eu
deitei minha cabeça no espaço livre ao seu lado, na cama, e virei meu rosto
para continuar olhando para ele.
Quando senti seus dedos me fazendo carinho na cabeça, eu suspirei outra vez.
— Eu não sei o que faria se algo pior acontecesse com você, Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fechei meus olhos e sorri, assentindo.
Jungkook não disse mais nada, mas eu não precisava de uma resposta. A
forma como o silêncio se moldava a nós dois era tudo que eu precisava para
entender que ele sabia que eu não estava mentindo.
À noite, por mais que eu quisesse dormir com ele não importando quão
desconfortável seria passar mais tempo naquela cadeira, eu precisei arrumar
minhas coisas para voltar para casa. Eu já tinha passado toda a tarde
ignorando as ligações de minha mãe e sabia que não seria muito responsável
fazer isso por mais tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Angustiado, eu passei a mão em seus cabelos e tentei sorrir. — Também vou
fazer um café da manhã bem gostoso pra você não precisar comer essa
comida sem sal, tá?
Eu me afastei, ainda incapaz de tirar minhas mãos de perto dele e apertei seus
ombros antes de me debruçar mais uma vez, rápido, só para dar um selinho
antes de dar um passo para trás.
Então eu saí, com o coração apertado por deixá-lo sozinho, torcendo para que
as horas passassem logo e eu pudesse voltar para ficar mais algum tempo com
ele.
— Jimin, porra, você precisa vir pra cá! — Ele disse, com o tom afetado.
— O Yuta, cara — Yukwon respondeu, ansioso. — Vem pra minha casa, Jimin,
é sério!
Eu não sei o que me desesperou mais, se foi o tom de voz de Yukwon ou vê-lo
se referindo a Yuta pelo nome.
De qualquer forma, eu sabia que alguma coisa estava errada, então deixei meu
ônibus passar e peguei o seguinte, que ia até o apartamento de Yukwon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando cheguei, depois de quase esmurrar a porta, ele apareceu com os olhos
tensos e o maxilar travado.
— Entra logo — Ele disse, me puxando para dentro, mas eu travei meus pés
no chão.
Yukwon passou a mão pelo cabelo, bagunçando-os ainda mais. — Ele saiu
daqui depois que eu cheguei do hospital, mas agora ele voltou e... caralho,
Jimin... eu vou matar quem fez isso com ele!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Desculpa — Foi a primeira coisa que ele disse, com a voz sufocada. — Eu
não sabia pra onde ir e acabei vindo pra cá de novo... desculpa...
— Ele disse que ia parar... — Yuta disse, de repente, tão baixo que eu nem sei
se estava falando com a gente.
— Quem? — Yukwon perguntou, sem soltá-lo. — Quem fez isso com você?
A resposta demorou a vir e, quando veio, foi quase num sussurro sem forças. -
Meu pai...
Então o que existia em comum em nossos olhares não era susto ou choque.
Era culpa.
Taeyeon, que tinha se levantado para ir até a cozinha, voltou com um copo de
água e o entregou a Yuta. Nós três esperamos em silêncio enquanto ele bebia,
devagar, com goles espaçados, deixando ele usar aquele tempo para que ele
se acalmasse.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com o copo seco nas mãos, então, ele continuou olhando para o fundo de
vidro, parecendo perdido nos próprios pensamentos.
— Você pode falar com a gente. — Eu disse, sem querer que ele se sentisse
forçado.
Yuta balançou a cabeça num gesto bem fraco e respirou fundo mais de uma
vez.
— Ele me odeia. — Ele disse, ainda sem nos olhar. — Minha mãe morreu no
parto, então ele... ele acha que a culpa foi minha. Eu nem sei quando começou,
mas ele sempre me bateu... era pouco, no começo, mas quando eu cresci... —
Yuta parou, incapaz de conter um soluço.
Yukwon acariciou as costas dele, parecendo nem perceber que o fazia, e nós
esperamos até que ele se sentisse pronto para continuar.
— Ele me batia cada vez mais, por qualquer motivo, sempre nas pernas, na
barriga ou nas costas. Ele nunca me batia onde as pessoas pudessem ver as
marcas... Nunca era por um acesso de raiva ou um momento de descontrole,
meu pai, ele... ele sabia o que estava fazendo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
semana na minha casa, eu achei que era exagero, mas não era. O medo de
Yuta era real, tão real quanto os machucados em seu corpo.
— Onde você ficava quando não podia ficar nem na minha casa, nem na casa
do Taeil? — Eu perguntei, quase sem respirar.
— Na rua.
— Da última vez que ele me bateu, eu ameacei denunciar para a polícia, então
ele disse que não ia mais fazer isso. Eu fiquei tão feliz — Ele disse, voltando a
chorar. — Eu achei que ia parar de sentir medo dentro da minha própria casa,
mas hoje... ele estava bêbado e quando eu ameacei de novo, ele perdeu o
controle e me bateu tanto, tanto... ele disse que eu mereço, porque fui eu que
matei minha mãe, mas a culpa não foi minha — Ele balançou a cabeça para os
lados, negando, desolado. — Eu não matei ninguém...
— Agora eu não quero mais voltar, mas eu não tenho pra onde ir e eu estou
com medo... — Ele confessou, enfim, levantando seu rosto pela primeira vez. A
mancha roxa e irregular ao redor do seu olho brilhava com as lágrimas que
corriam por sua pele maltratada e isso me destruiu completamente. Incapaz de
me segurar, eu chorei junto com ele e junto com Taeyeon, enquanto Yukwon
tentou permanecer como nosso único ponto de força. — Então não me façam
voltar hoje, por favor! Eu posso dormir na varanda, ou no chão, não tem
problema, só não me façam voltar pra lá...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
as pontas enquanto você e o Yukwon não se não se formam na escola. Mas
você não vai voltar pra lá, Yuta.
— Não? — Ele repetiu, com um brilho cheio de esperança nos olhos tristes.
Yuta então olhou para Yukwon, talvez esperando ouvir dele algo diferente do
que saiu da boca de Taeyeon.
— Você vai ficar com a gente. — Ele disse, então, sem hesitar.
Yuta olhou para o chão, como se não acreditasse no que tinha escutado dos
dois irmãos. Mas quando a ficha caiu, ele finalmente deixou o copo de lado e
se desvencilhou do abraço de Yukwon para se ajoelhar no chão, agradecendo
desesperadamente, mas nós todos entramos em estado de alerta quando ele
fez uma careta de dor e levou a mão à barriga, sem conseguir se curvar outra
vez.
— Eu juro que só vou ficar até ter dinheiro pra ir pra outro lugar. — Ele disse
para Yukwon, sem conseguir olhá-lo nos olhos.
— Quando você tiver dinheiro, vai ajudar a pagar as contas daqui de casa, isso
sim.
Eu sorri, ainda triste e angustiado por toda a história que ouvi, mas tranquilo
por saber que, apesar de parecer todo errado, Yukwon é a melhor pessoa para
cuidar de um amigo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
antes de me levantar e ir até a varanda para explicar para ela porque eu ainda
não tinha chegado em casa e porque provavelmente não chegaria naquela
noite.
Quando eu finalizei a ligação e me virei para voltar para a sala, vi que Yuta e
Yukwon ainda estavam conversando e aquela parecia uma conversa que não
deveria envolver mais ninguém além dos dois.
— Me desculpa por todas as coisas ruins que eu disse sobre você Eu ouvi Yuta
dizer, arrependido. — Eu sempre fui tão miserável que queria que as pessoas
ao meu redor se sentissem assim também. Eu sei que não justifica, mas...
— Mas que porra, quantas vezes você ainda vai se desculpar? Eu já disse pra
esquecer isso.—Yukwon o interrompeu, fingindo impaciência.
Yuta pareceu hesitar um pouco, mas se deixou ser levado quando as mãos de
Yukwon o puxaram e o fizeram sentar entre suas pernas, de costas para ele.
Yuta só assentiu, com uma expressão que eu não conseguia interpretar. Ele
parecia confuso, mas não de um jeito ruim.
— Depois nós vamos na sua casa pegar suas coisas. Não vou ficar te
emprestando roupa minha, não — Ele continuou, resmungando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yuta riu um pouco e eu me assustei quando ele se afastou de Yukwon para
ficar de frente para ele, com as mãos apertando sua blusa.
Yukwon pareceu se assustar tanto quanto eu e acabou ficando sem jeito por
um tempo.
— Ah, sim... — Ele disse, sem conseguir falar mais nada, e segurou a cintura
de Yuta para forçá-lo a ficar de costas outra vez, mas quando ele o tocou, Yuta
continuou sem se mexer, olhando para baixo com o lábio sendo furiosamente
pressionado por seus dentes, como se estivesse juntando coragem para fazer
mais alguma coisa.
Então ele subiu as mãos até os ombros de Yukwon, que tinha os olhos tão
arregalados quanto os meus, e o olhou só por um instante antes de se inclinar
e beijá-lo na boca.
O grito surpreso que morreu em minha garganta parece ter tomado forma no
jeito como os olhos de Yukwon quase saltaram. Ele, entretanto, continuou
imóvel, duro como pedra. Eu também continuei parado no mesmo lugar, com a
boca escancarada, e continuei assim por todo o tempo até que Yuta se
afastasse outra vez.
Yuta então esperou a reação de Yukwon, que demorou a vir, mas finalmente
veio em um pigarro. Depois, ele ficou de pé, ainda atordoado.
E a última coisa que eu vi, antes de Taeyeon voltar com uma bandeja nas
mãos, foi o olhar desolado no rosto de Yuta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
esse é, oficialmente, o capítulo que eu mais odiei. perdoem a monotonia :/
mas hein, estão vendo esse hino de ser humano no meu icon? pra quem ainda
não conhecia, ele é o Yukwon. Não é com esse cabelo que eu o imagino aqui
em sub, mas dá pra apreciar na mesma hahahaha <3
A próxima att não vai ter data porque vai ser um capítulo muito diferente, então
eu não consigo prever quanto tempo vou levar pra escrever. Vocês viram que a
fic já passou de 100k??? pois então, o próximo vai ser um especial. A quem
interessar, nele nós vamos conhecer o lado do Jungkook na história toda yay
Ah, eu postei uma fic nova, então quem quiser dar uma olhada, o nome é fated,
é só ir no meu perfil. Não é muito boa não, mas vai que mais alguém se
interessa, né hahahaha
<3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Capítulo Bônus • Especial JungKook
Referente aos capítulos: 03 ao 09
Jeon Jungkook sempre foi o tipo de pessoa que gosta de ter tudo sob controle.
Ditar a forma como as coisas deveriam acontecer era algo natural, assim como
era natural que as pessoas ao seu redor se sentissem motivadas a obedecê-lo.
Entretanto, algo que ele nunca imaginou saiu de seu controle pela primeira vez:
sua mente e, talvez, seu coração.
Aquela viagem a Nam-gu tinha sido marcada com antecedência. Era sua
primeira vez participando de todas as reuniões com os coordenadores das
unidades em outras cidades, mas, como sempre, ele tinha tudo sob controle.
Sabia exatamente os horários dos encontros, já conhecia de cor os relatórios
de desempenho e tinha se adiantado em memorizar os nomes e posições de
todos os funcionários que seriam abordados por ele ou por seu pai.
Foi só o deslizar da porta de seu quarto para o lado, algo que ele ignorou na
mesma hora por imaginar que se tratava de Namjoon procurando-o para
retomar a discussão que tiveram mais cedo.
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Entretanto, a pequena brecha permaneceu da mesma forma, sem que a porta
terminasse de ser aberta e sem que qualquer pessoa anunciasse presença,
mas ele sabia que alguém estava ali, assim como percebeu que não era o
secretário geral da Bangtan.
Jeon sempre foi um exibicionista. Poucas coisas lhe davam tanto prazer quanto
saber que era assistido e admirado, fosse em um momento casual como
aquele ou durante uma foda.
Dessa vez, no entanto, cada movimento foi muito bem calculado. Desde a
forma como ficou de costas para a porta ao tirar a blusa, ou sabia que seu
sorriso maldoso de satisfação seria descoberto, até mesmo à lentidão como
caminhou pelo quarto com seu cinto de couro na mão, decidindo avançar um
pouco naquele jogo que, mesmo não sendo planejado, o divertia.
Então ele abriu completamente a porta que já não estava mais fechada e esse
foi, possivelmente, seu primeiro erro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E diante do rosto assustado, das bochechas volumosas avermelhadas, dos
olhos pequenos arregalados e daquela voz tão delicada e deliciosa, Jungkook
sorriu um sorriso pequeno.
— Por que você parece tão assustado, meu anjo? — Ele perguntou, sem
perceber seu segundo deslize.
Chamá-lo daquela forma não foi algo premeditado. Não foi uma escolha
consciente de palavras, embora todas as suas ações fossem sempre muito
bem delineadas. Foi algo instintivo, que fugiu do seu controle porque, inferno,
aquele menino realmente parecia um anjo.
— Você não precisa sentir medo de mim, boneca. — Jungkook continuou, com
algum prazer sádico ao ver a reação do menino ao ser chamado dessa forma.
Seu intuito era provocar raiva, talvez fazer o garoto reagir de alguma forma
além de olhá-lo paralisado, mas se viu obrigado a reprimir um sorriso ainda
maior quando viu a forma como, indo contra seu objetivo, ele apertou as
próprias pernas uma contra a outra, sem parecer estar consciente sobre esse
movimento.
A cada vez que o garoto apertava ainda mais os punhos fechados, empurrava
uma perna contra a outra tentando conter a própria excitação e pressionava os
lábios grossos, Jungkook sentia algo em sua mente ferver.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Aquela sensação não era nova, entretanto. A onda de desejo que lhe inundava
aos poucos já tinha se formado outras vezes, por outras pessoas, então ele
poderia dizer que, mesmo de uma forma desajeitada, tudo ainda estava sob
controle.
Estava.
Seu erro seguinte foi continuar provocando o garoto, sem perceber que
também estava se levando ao próprio limite.
O movimento de cabeça tímido e inseguro, para cima e para baixo, era algo
que Jungkook podia esperar. Ele só não esperava o que veio a seguir.
Ele sentiu a própria virilha fisgar, a vontade de puxar o menor para dentro do
quarto e ver até onde iriam aumentou, e ele quase cedeu à própria fraqueza,
sem entender como se deixou afetar tanto, tão rápido.
Mesmo assim, tudo que Jungkook ofereceu foi um sorriso sádico, sem
evidenciar suas próprias reações. — Parece que você já viu o suficiente — ele
provocou uma última vez, antes de fechar a porta, incapaz de continuar
testando os próprios limites ou sabia que iria longe demais com alguém que
mal parecia ter chegado aos dezoito anos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sozinho no quarto com a porta fechada outra vez, ele apertou os olhos e
respirou fundo, alarmado pela estranha sensação que ainda percorria seu
corpo, sem conseguir tirar aqueles olhos, aquela boca e aquela voz de sua
mente.
Tudo nele o atraía como nenhuma outra pessoa antes foi capaz de atrair, fosse
pelo olhar ansioso ou pela sinceridade inocente. Jungkook não sabia, e essa foi
a primeira vez que se sentiu assim.
Um pouco frustrado pelo fraco autocontrole que lhe restou, ele finalmente
terminou de tirar sua roupa e foi para debaixo do chuveiro, deixando a água fria
escorrer de sua cabeça até seus pés, mas o calor parecia nunca aliviar. E, por
mais que tentasse ignorar, ele entendia muito bem o motivo.
Não foi sem relutância que ele o fez, mas existia consciência quando Jungkook
apoiou uma mão na parede úmida da área do banho e com a outra alcançou
seu membro semi ereto, deixando a cabeça tombar para a frente quando seu
próprio toque o fez expulsar um gemido baixo, abafado, com sua mente
reproduzindo tudo que gostaria de ter feito com o dono de toda aquela
inocência.
Ele quase delirou quando imaginou quão bem os lábios grossos e rosados
ficariam envolvendo seu falo duro e foi com o desejo de ir fundo naquela boca
que Jungkook gozou, puxando e expulsando o ar com alguma dificuldade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
deixou seu quarto e foi até a recepção antes mesmo que seu pai ou Namjoon
aparecessem.
Park Jimin, filho único dos donos do hotel, tinha ido entregar um bilhete escrito
pela própria recepcionista, mas que nunca chegou ás suas mãos.
Dezesseis anos.
Até aquele momento, apesar de saber que aquele menino ainda era menor de
idade, Jungkook acreditava que ele não era tão novo assim.
E como um balde de água fria, ele percebeu que não poderia tocar em alguém
com tão pouca idade. Inferno, não poderia nem mesmo ter se tocado pensando
nele.
No fim, ele concluiu que o melhor seria evitar que algo do tipo acontecesse
novamente, por mais que aquele menino ainda estivesse impregnando sua
mente, e evitar encontrá-lo até o fim de sua estadia, que só duraria mais dois
dias.
Menos de quarenta e oito horas era tudo que Jungkook precisava suportar,
mas, não pela primeira vez desde que tinha chegado a Nam-gu, as coisas
seguiram fora do seu planejamento.
A tarde já estava chegando ao fim e ele, seu pai e Namjoon estavam em frente
ao prédio da Bangtan, à espera do carro da empresa que os levaria de volta ao
hotel depois de um dia exaustivo discutindo, com os chefes de vários
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
departamentos, as possíveis soluções administrativas para os vários problemas
detectados nos últimos relatórios.
Entretanto, antes que o carro chegasse, seu pai olhou para a avenida e sua
expressão se contraiu em preocupação.
Não muito curioso ou interessado, Jungkook virou o rosto para ver o que tinha
chamado a atenção de seu pai, e ele mesmo arregalou os olhos ao reconhecer
Jimin atravessando a avenida em sua direção, com a expressão quase
sonhadora, sem perceber que um carro se aproximava em alta velocidade.
Assustado, ele ouviu o som de pneu derrapando pela pista asfaltada junto com
a buzina aguda quando o motorista freou bruscamente. Ele sentia os
batimentos de seu coração tamborilando em seus ouvidos quando o carro
parou no último instante, quase acertando o corpo de Jimin que tinha fechado
os olhos com força, assustado, quando percebeu o que estava acontecendo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem perceber, então, Jungkook o apertou ainda mais contra o próprio corpo,
tentando confortá-lo.
— Venha, Jimin.
Ele o chamou pelo nome, embora Jimin não tivesse se apresentado antes.
Disposto a ignorar seu próprio erro, e até mesmo se divertindo um pouco com a
transparência na surpresa de Jimin, ele continuou guiando o mais novo para
uma pequena sala privativa ao lado da recepção, para que Jimin não
precisasse ficar sob os olhares curiosos de todos os que estavam ali.
Então ele o fez sentar, e logo depois Namjoon apareceu, oferecendo um pouco
de água para acalmá-lo.
Aquela sempre foi a natureza do secretário geral. Ele sempre esteve disposto a
ajudar qualquer um, mas também sempre foi capaz de interpretar as mais
discretas nuances de qualquer situação. Por isso, e também por conta da
atitude inconsequente de Jungkook ao revelar que já sabia onde Jimin morava,
Namjoon não demorou em mostrar desconfiança.
— Você não estava indo ver se meu pai já conseguiu acalmar aquele motorista,
hyung? — Foi o que ouviu em resposta, com a entonação calma de Jungkook
mascarando alguma impaciência.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Apesar de reconhecer certa relutância, Namjoon conhecia-o bem o suficiente
para saber que de nada adiantava insistir naquela pergunta, naquele momento.
Então só confirmou, resignado, e deixou os dois sozinhos.
— Beba sua água, Jimin. — Ele disse com uma provocação incontida na forma
como reafirmou, depois de seu pequeno erro, que sabia seu nome.
Jungkook sabia exatamente o que estava deixando-o tão pensativo, por isso
não conseguiu conter uma risada quando, ao invés de ser sincero sobre isso,
Jimin tentou disfarçar fazendo uma pergunta sobre seu apelido.
Ser chamado de Jun foi algo que o incomodou por muito tempo. Quer dizer,
frustração era a única coisa que ele sentia por ter demorado tanto para
aprender a pronunciar o próprio nome, então não era algo de que pessoas fora
do seu círculo imediato de amigos e familiares tivesse conhecimento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
mesmo quando o mais velho falhou em esconder sua insatisfação com a idade
do mais novo.
— Minhas mãos estão atadas enquanto você for menor de idade. — Jungkook
disse, com o tom morno, incomodado.
Talvez Jimin não tenha entendido a totalidade do que Jeon quis dizer. Afinal,
ele nem mesmo sabia como as coisas funcionavam com Jungkook.
Mas Jungkook sabia, bem demais, assim como sabia que nunca poderia fazer
do seu jeito com alguém abaixo da maioridade.
E ele estava certo de que, apesar de ter sido vergonhosamente enfeitiçado por
Park Jimin, nada daquilo passaria de atração, seus desejos não passariam de
algo físico.
Isso, entretanto, não quer dizer que foi o último. Tudo que aconteceu em
seguida foi uma sequência de achismos e decisões equivocadas.
O primeiro foi quando disse que sabia ser paciente. Ele sabia, é claro que
sabia, mas falhou ao acreditar que realmente conseguiria estender sua
capacidade de esperar para algo relacionado àquele menino
Mesmo querendo ignorar qualquer coisa relacionada ao mais novo, ele não
pode fazê-lo quando a mulher lhe teceu os maiores elogios por ser alguém tão
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
bem sucedido com tão pouca idade, além de confessar seu desejo de que seu
filho também fosse alguém assim. Não um homem prestes a carregar uma
empresa tão grande nas costas, mas uma pessoa que ao menos tivesse mais
determinação.
— Eu gostaria que ele pudesse conversar com alguém como você, Jeon. —
Ela disse, com um sorriso triste. — Talvez isso pudesse pelo menos motivá-lo a
querer fazer alguma coisa.
— Eu posso fazer isso quando voltar, numa próxima vez. — Ele disse com a
entonação educada, mesmo que não pretendesse voltar em qualquer futuro
próximo.
Sua posição dentro da empresa era muito mais mérito do sangue que corria em
suas veias que algo conquistado através de seus esforços. Apesar disso, ou
talvez por isso, ele dedicava todo seu tempo e empenho ao trabalho e qualquer
coisa relacionada a ele, tentando provar a si mesmo que, a despeito da
facilidade inicial, ele era merecedor de estar onde estava.
Além disso, ele não via nada de tão errado em um garoto de dezesseis anos
não ter uma ideia clara do futuro. Quando era sincero sobre isso, ele admitia
que achava injusto sobrecarregar um adolescente com algo tão importante
quanto a determinação de toda sua vida adulta.
Ele não estava de acordo com aquilo, mas Seokjin conhecia-o bem o suficiente
para saber que, se não fizesse aqueles esforços para cozinhar para o mais
novo, ele provavelmente acabaria comendo comida pronta todos os dias de
sua vida.
O corpo estava coberto por nada além de uma calça confortável de moletom,
os cabelos suavemente desalinhados e a tatuagem exposta, marcando o
peitoral que subiu e desceu com mais um suspiro incalculado.
— Já fazem três meses desde que ele me deixou, Seokjin. — Ele respondeu,
tentando mostrar o quanto aquela teoria era infundada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, eu sei, mas talvez só agora você esteja deixando isso te abalar na
superfície também. — O mais velho ponderou, com os braços cruzados. — Eu
sei que você esconde seus sentimentos muito bem quando quer, mas às vezes
nem você consegue fazer isso. Talvez esteja acontecendo agora? Prosseguiu,
em tom de dúvida. — Você passou mais de um ano com ele e eu sei que não
esperava que ele te deixasse daquele jeito, então é normal ficar abalado por
um tempo.
Jungkook olhou para o amigo, sem evidenciar alguma dúvida no olhar. Por fim,
ele só secou o copo e o colocou na pia, afastando-se outra vez e deixando seu
silêncio funcionar como uma confirmação à suposição de Seokjin.
Ele não se envergonharia de admitir que ainda estava afetado pelo término
repentino, se essa fosse a verdade. Entretanto, existia relutância em dizer em
voz alta que o motivo de sua falta de concentração recorrente estava ligada a
alguém que nem de longe teve tanta participação em sua vida quanto Kim
Taehyung.
Park Jimin foi um desvio no caminho, uma pessoa com quem não conversou
mais que duas vezes. Ainda assim, era ele quem impregnava sua mente, e não
seu ex-namorado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Quer saber, então? — Ele disse, ficando de pé e puxando Jungkook pelos
braços.
— Por favor, Jun, me faz companhia...você pode até conhecer um sub novo!
— Sim, senhor!
E era por isso que ele gostava tanto da Paradise Lost. Apesar de sempre
precisar cuidar da própria imagem em quase todos os meios de sua vida,
naquela boate Jungkook podia se desfazer de todo o peso de sua posição
como herdeiro da Bangtan e ser ele mesmo, inteiramente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E tantas outras pessoas que viviam mantendo em segredo seus fetiches e
desejos incompreendidos pela construção social, também viam naquele lugar
um ponto de liberdade.
Mas aquele ainda não era o lugar em que pretendiam ficar, então ambos se
esquivaram dos corpos agitados pelo caminho até alcançarem uma porta
pesada no fim do salão. Depois de atravessarem, chegando a uma pequena
sala com isolamento acústico e dois seguranças protegendo uma outra porta,
Seokjin mostrou seus documentos e então a entrada para a verdadeira
Paradise Lost foi liberada.
Um outro casal dançava junto, com a mulher deslizando as pontas das unhas
longas pelos braços expostos do homem, que exibia orgulhosamente a coleira
com o nome de sua dona.
Jungkook respirou fundo, atordoado. Nada daquilo era novo, mas ele se sentiu
vergonhosamente atiçado ao imaginar uma daquelas coleiras no pescoço do
inocente Jimin.
Ele foi diretamente até o bar, disposto no mesmo lugar de sempre, e não
demorou a conseguir uma dose de whisky depois de mostrar sua identidade
outra vez.
Ali, o consumo de álcool era limitado e nenhuma pessoa podia comprar mais
que duas doses por noite, para que nenhum submisso fosse colocado em
perigo caso iniciasse uma sessão.
Seokjin, encostado ao seu lado, não pediu mais que uma água, tomando-a vez
ou outra para umedecer os lábios enquanto passava os olhos afiados por todas
as pessoas em seu campo de visão.
Diferente de Jungkook, sua posição como submisso ou dominador não era fixa.
Ele alternava, dependendo do próprio humor e da pessoa que estivesse com
ele, mas naquele dia ele definitivamente gostaria de ser dominado.
— Tudo bem se eu for dar uma volta? — Ele perguntou contra o ouvido do
mais novo, que assentiu. Então tocou-lhe o ombro, com um sorriso travesso. —
Guarde sua última dose pra mais tarde.
Sem muito interesse em nada do que estava acontecendo ao redor, ele secou
o resto da bebida em seu copo e caminhou também para longe do bar, mas
seguindo um outro caminho, até chegar a um pequeno corredor que já
conhecia tão bem.
Sem hesitar, Jungkook seguiu até chegar a uma sala menor, de onde a música
quase não era escutada e um pequeno palco no fundo era ocupado por um
casal de homens. O submisso estava preso a uma cruz em formato de X,
sendo provocado pelo chicote do dominador, que provocava-o, acertando-lhe a
pele sempre que um gemido de antecipação escapava.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook olhou para a cena sem se sentir verdadeiramente estimulado,
diferente de todas as outras pessoas que assistiam, extasiadas.
Mas ser um observador não era sua posição. Ele sentia prazer em estar lá, no
palco, sendo assistido.
Do outro lado da sala, uma mulher mantinha os olhos presos a ele, desviando-
os assim que percebeu que era encarada de volta, mas Jungkook não parou de
olhá-la até que ela ergueu o rosto novamente, com timidez, e ele percebeu que
não tinha sido só impressão.
Sem perceber, ele deslizou a língua pelo lábio, analisando-a com mais cuidado.
Conhecendo-a, ele percebeu que não estava enganado, ela era uma submissa
e estava claramente interessada nele. A recíproca não era tão verdadeira, mas
Jungkook sentia uma faísca de desejo se acender a cada vez que olhava para
aquela boca, para logo depois se apagar quando ele lembrava que, ali, não era
Jimin.
Frustrado, sua conversa com aquela mulher não passou disso, porque ele
nunca se envolveria com uma pessoa, nem mesmo por uma noite, quando sua
mente só visualizava um único rosto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Isso o atormentou por dias seguidos, até que seu aniversário chegou e ele
soube que, naquelas conjunturas, só existia uma coisa, ou pessoa, que o faria
se sentir realizado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Se não estivesse, eu expulsaria o inquilino só pra deixar livre pra você, gato
— Kihyun disse, com o tom sugestivo de sempre. — Mas você não disse que
vinha no domingo?
Jungkook pensou em negar e finalizar a ligação ali mesmo, mas algo estalou
em sua memória, e ele prosseguiu ao reservar de antemão um dos bilhetes
para o trem que sairia em duas horas.
Ele sabia que não poderia levar Jimin sem a permissão dos pais, assim como
não se sentiria confortável em tentar se aproximar dele debaixo dos olhos de
tantos conhecidos, então decidiu se aproveitar vergonhosamente do desabafo
que a mãe do mais novo tinha feito em sua estadia no hotel.
Quando finalmente chegou em Nam-gu, já no final de tarde, ele sabia que Jimin
ainda estaria na escola, então aproveitou o tempo que ainda tinha para
convencer seus pais a deixá-lo passar uma noite fora.
Ele sabia que estava sendo irresponsável e impulsivo como nunca, mas estava
disposto a ignorar tudo isso só para passar mais algum tempo com aquele
menino.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, não, por favor, não precisa fazer isso! — A mãe rebateu, sentada de
frente para Jungkook na sala espaçosa. — Já é tanto você pensar em fazer
isso por ele, não posso deixar que você gaste seu dinheiro, também!
— Ah, não. Ele riu com um pouco de culpa, conhecendo muito bem as próprias
motivações. — Eu não sou tão bom assim.
Mas a verdade é que nenhum dos dois acreditou nisso. Para eles, Jungkook
estava sendo genuinamente generoso, e por isso não pensaram em negar
aquele pedido. Assim, trinta minutos depois de ter chegado, Jeon já estava
saindo da casa, pensando em esperar Jimin do lado de fora, mas
completamente despreparado para encontrá-lo assim que fechou a porta atrás
de si.
A verdade é que, mesmo sem querer admitir, Jungkook estava ansioso. Ele
queria tanto reencontrá-lo que seu coração acelerou pela primeira vez em
muito tempo, como se tivesse quinze anos outra vez.
Entretanto, ele não tinha pensado que Jimin poderia estar magoado. E ele
estava.
Por um momento, Jungkook sentiu medo como não costumava sentir. Ele sabia
que Jimin tinha correspondido todo seu interesse no primeiro encontro, mas
depois de ser enganado, talvez sua atração tivesse sido convertida em algo
que nem de longe podia ser considerado bom.
— Você mentiu pra mim! — O menino acusou, furioso, depois de estapear seu
peito.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook o olhou, entendendo e aceitando toda a raiva.
Ele mesmo sentiu raiva depois de ir embora daquele jeito, mas como poderia
prever que não conseguiria tirá-lo da cabeça? Aquilo não era racional, nem
mesmo fazia sentido,
— Eu realmente sinto muito por isso, meu bem — Ele disse, calmo, deslizando
o chamamento carinhoso quase sem perceber que o fez. — Não imaginei que
ia demorar tanto para conseguir voltar.
E então ali estava sua pequena mentira consciente. Entretanto, não teria
coragem de dizer que não pretendia reencontrá-lo até que completasse os
dezenove anos, mas não conseguiu lidar com a forma como sua mente foi
completamente impregnada por alguém quase desconhecido.
Era vergonhoso.
— Eu vim te buscar, meu anjo — Ele disse, então, depois de ser acusado de
mentiroso mais uma vez, sem resistir ao impulso de tocar aquele rosto,
segurando-o pelo queixo com os dedos longos.
— Você vem? — Ele perguntou, desejando ouvir uma única resposta, que veio
num abanar fraco de cabeça.
Jungkook então sorriu, tão aliviado que quase deixou um suspiro inoportuno
escapar, e então a mão que estava no queixo do menor subiu pela bochecha,
acariciando-o com cuidado.
— Arrume uma mala pequena, só para hoje e amanhã. — Ele disse, com a voz
mansa, deixando cada pequena parte do seu corpo ser tomada pela sensação
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
inexplicável que só a presença de Jimin provocava. — Eu vou te esperar no
carro.
Então ele viu o mais novo correr para dentro de casa, afoito, e mesmo dizendo
que esperaria do lado de fora, Jungkook levou algum tempo até conseguir sair
do lugar.
Ele não sabia o que estava fazendo, depois de uma vida inteira calculando tão
bem cada uma de suas decisões. Mas ele estava feliz. Vergonhosa e
imensamente feliz.
Por mais que o todo fosse um borrão incompreensível, aquilo, pelo menos
aquele detalhe, parecia muito óbvio.
— Eu só queria passar algum tempo com você. — Ele explicou, então, sendo
inteiramente sincero.
— Você não parece feliz. — Jungkook disse, sem pensar, sentindo medo de
ser visto, por aqueles olhos bonitos, da mesma forma que ele mesmo se via.
Como um louco.
— Eu não tenho tempo para esse tipo de coisa, Jimin. — Ele disse,
sinceramente, com a entonação um pouco mais séria não para assustá-lo, mas
para mostrar que estava falando a verdade. — Se eu vim até aqui, foi porque
queria te ver. E só.
E talvez, por um lapso de esforço, ele acabou por evidenciar que não estava
exatamente satisfeito com aquilo e Jimin, chateado por vê-lo com a expressão
carregada, se arrastou pelo banco, sentando exatamente ao seu lado, com as
pernas se tocando e as mãos pequenas e gordinhas segurando seu braço.
E durante toda a viagem de carro, ele reafirmou a certeza que já tinha aceitado.
A forma como Jimin olhava, como falava e como não parecia preocupado em
esconder o quanto estava encantado por Jungkook faziam ele se sentir um
homem incrível.
Cada mínima nuance daquele menino parecia se encaixar tão bem nas suas
próprias particularidades que ele não pode evitar aquela sensação que o
inundou, tão rápido.
— Finalmente, gato. — Ele ouviu aquela voz familiar assim que entrou no flat
que sempre alugava quando tinha negócios para resolver em Gwangsan-gu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu só pedi para deixar a porta aberta, Kihyun — Jungkook disse, ignorando
qualquer cumprimento mais convidativo, um pouco incomodado por ver o
amigo ali.
Aquilo não era novidade para Jungkook. Kihyun sempre agiu daquela forma,
mas nunca foi necessariamente um incômodo. Entretanto, ele percebeu o
desconforto de Jimin e afastou o amigo, pouco tempo depois.
— Já chega.
— Meu nome é Jimin e eu vim como Jungkook — Ele rebateu, com o rosto
bonito contraído em uma expressão defensiva, um pouco irritada.
Então Kihyun olhou novamente para Jeon, com um sorriso ainda provocador.
— Sério que você vai ficar de babá logo no dia do seu aniversário, gato?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda emburrado com a terceira presença no apartamento, Jimin se aproximou,
quase batendo os pés no chão a cada passo irritado, e Jungkook não deixou
de achar completamente adorável, ainda que um pouco infantil.
Então quando o viu perto, mas sem saber o que fazer, ele levou as mãos até a
cintura do menor e o puxou com cuidado até encaixá-lo, ainda de pé, entre
suas pernas.
Sem dizer nada, deixando que o silêncio tentasse amenizar o incômodo criado
por seu amigo inconveniente, ele puxou o suéter do uniforme escolar de Jimin,
com uma ponta crescente de satisfação quando, sem se opor ou se incomodar,
o mais novo só levantou os braços, permitindo que a peça de roupa fosse
tirada. Depois, Jungkook afrouxou sua gravata e também a tirou,
cuidadosamente, antes de desabotoar o primeiro botão da blusa com o brasão
da escola bordado no lado direito.
— Vá tomar um banho. — Ele disse quando percebeu que Jimin parecia ter se
concentrado unicamente em seus gestos, esquecendo da presença de Kihyun.
— Nós vamos jantar depois.
— Só nós dois.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então eu prefiro o que Jungkook preferir.
Ele sorriu, sem entender como aquele menino parecia sempre dizer as coisas
que faziam Jungkook se sentir no controle, mesmo que fosse ele que tornasse
tudo tão difícil de controlar.
Com um sorriso enorme, ele viu Jimin se afastar e pegar a própria mochila
antes de seguir até o banheiro, e então voltou seu olhar para Kihyun, que
observou tudo em silêncio, com um sorriso divertido nos lábios.
— Não provoque o Jimin. Eu não o trouxe aqui para ser vítima desse seu
humor — Jungkook alertou, cansado.
— Ah, que dom protetor... — Kihyun insistiu, sentando-se ao seu lado, ainda
com o sorriso enfeitando seu rosto. — Me dói admitir que ele é exatamente do
tipo que você gosta. Sabe o que mais? Me lembra um pouco o Taehyung antes
de vocês terminarem...
Apesar do sorriso ainda inabalável, o mais velho não contestou, sabendo que
algo como aquilo não fazia parte da natureza de Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O de cabelos tingidos ficou de pé, tomando aquilo como uma confirmação e
feliz por ver que o amigo não estava sofrendo por ter sido deixado por quem
todos acreditavam ser seu par perfeito.
Jungkook não se afetou pela provocação, deixando que o amigo fosse embora
e sabendo que, no fim, Kihyun tinha razão. Jimin era, sim, seu presente de
aniversário.
Aquela altura, entretanto, ele sabia que a forma como o mais novo o afetava ia
muito além de atração carnal, o que lhe deu mais confiança para acreditar que
conseguiria chegar até o outro dia sem ultrapassar nenhum limite.
Entretanto, Jimin era mais imprevisível do que Jungkook podia medir, e foi com
um pouco de surpresa que ele descobriu que o mais novo ouviu sua conversa
com Kihyun.
— Você não me disse que era seu aniversário — Ele ouviu a voz mansa
dizendo, um pouco insegura, quando Jimin apareceu na sala outra vez.
Surpreso, Jungkook parou de desabotoar a própria blusa e olhou para o mais
novo, sentindo a tensão retornar quando viu os passos que foram dados em
sua direção. — Eu sou seu presente, Jungkook?
— Não faça isso, Jimin. — Ele alertou, tenso, mas percebeu que, dessa vez,
seria deliberadamente desobedecido.
Jimin era lindo, delicado, e sua impulsividade o tornava tão único que Jeon não
soube o que fazer, sem conseguir parar de admirar o menino diante de seus
olhos. No entanto o mais novo não parecia compartilhar de sua adoração por
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aquele corpo, e usou os próprios braços para escondê-lo quando foi tomado
pela vergonha.
Então, sem pensar direito, Jungkook o tocou, mesmo depois de jurar para si
mesmo que não o faria, afastando os braços que tentavam cobrir algo que
nunca deveria ser motivo de vergonha, e sem se controlar quando deslizou as
pontas dos dedos pelo peitoral exposto, descendo até um ponto abaixo do
umbigo, hipnotizado pela pele, pelo corpo, por tudo em Jimin.
Não existia malícia em seu toque. Não existia nada além de uma admiração
silenciosa por tudo que Jimin era, mas ele soube que tinha ido longe demais.
Mesmo assim, não queria voltar atrás.
Então ele ficou de pé, diante do mais novo, vendo-o com os olhos fechados
ainda pela vergonha.
— Não tenha vergonha do seu corpo, Jimin. — Jungkook disse, mais como
num pedido desesperado, tocando-o suavemente no pescoço. — Você é lindo.
Ele então acompanhou, com a respiração lenta, enquanto cada botão era
passado para fora. Quando os dedos curtos e ansiosos terminaram de
desabotoar sua blusa e exibiram seu corpo, Jungkook sentiu o frio na barriga
se tornar ainda mais intenso, por perceber a forma como Jimin o olhava, tão
devotamente.
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— Isso não é normal... — Ele ouviu o mais novo dizer, perdido, e não teve
dificuldade em entender sobre o que ele falava
— Eu sei que não é, meu anjo — Ele disse, sem conseguir se conter quando
sentiu os braços de Jimin envolvendo-o em um abraço, com a cabeça
pressionada contra seu peitoral, e então o abraçou de volta, puxando-o para
mais perto. — Mas eu adoro a forma como você me faz sentir — Confessou,
então, sentindo o calor gostoso daquele corpo contra o seu.
Apesar de não ser um fiel apreciador de abraços, pelo menos não quando a
outra pessoa envolvida não tinha um relacionamento próximo com ele,
Jungkook percebeu que ter Jimin em seus braços trazia uma sensação tão boa
que quase não podia ser descrita, por isso não o soltou, segurando-o perto por
um tempo que, em outra situação e com outra pessoa, julgaria como
desconfortável.
Mas quando Jimin o olhou outra vez com os olhos pequenos e ansiosos, ele
percebeu que já tinha ido longe demais.
Ele quase desistiu quando sentiu as mãos pequenas se agarrando a seu corpo
com ainda mais força, desejando mantê-lo naquele abraço por muito mais
tempo, mas Jungkook não confiava mais em si mesmo.
— Eu vou te perdoar por ouvir minha conversa com Kihyun, mas nós não
vamos sair se você não ficar pronto logo — Ele disse, tentando convencer o
menino a deixar seu abraço, porque ele mesmo não conseguiria soltá-lo.
— Minha roupa...
Ele então viu Jimin puxar a mochila mais para cima, até esconder o rosto
contra ela, e falhou em conter um riso afetado pela inocência da reação.
Então, tentando fazer essa verdade se tornar uma certeza na mente ainda
insegura do mais novo, ele se aproximou e tirou a mochila de seus braços
antes de se ocupar em dobrar cuidadosamente as mangas da blusa social
bege que o menor vestia, envergonhado.
— Não se preocupe com isso, meu bem. Ele tranquilizou-o, então, ao arrumar
a gola amarrotada. — você fica lindo de qualquer jeito.
— Eu não vou me desculpar por isso — Ele ouviu o menor dizer, tímido, mas
com alguma segurança.
Jungkook então sorriu, mesmo que aquele breve toque tivesse levado sua
mente para a beira de um abismo. Porque ele gostou. Porque aquele beijo
roubado, tão inocente quanto poderia ser, revirou seu estômago mais que
qualquer outra vez que beijou alguém.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Diante da reação do mais velho, Jimin apertou os lábios, querendo sorrir. —
Você também queria me beijar! — Ele disse, quase acusatório, mas satisfeito
como nunca.
Em resposta, foi a vez de Jimin perder o controle sobre suas reações, e então
nenhuma veio, por algum tempo, o que fez Jungkook sorrir ao perceber que,
apesar de se perceber inconsequentemente transparente quando se tratava
daquele menino, o mais novo não via da mesma forma.
Então, disposto a deixar aquilo tão claro quanto lhe fosse possível, Jungkook
segurou o rosto de Jimin, com firmeza, quando se aproximou ainda mais.
Seus lábios ainda estavam pressionados contra o mais novo quando ele sentiu
as mãos pequenas amassando sua blusa, e então ouviu o suspiro incontido
quando o menor fechou os lábios, completamente entregue.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então faz, por favor... — Ele pediu, num sussurro quase sem forças, quando
moveu o rosto para o lado, tentando fazer as bocas se tocarem outra vez, de
verdade.
Jungkook permitiu, por muito pouco não seguindo em frente para dar o que ele
e Jimin tanto queriam. Mas então ele sorriu, frustrado, e se afastou do menor
ao se agarrar a cada pequena partícula de força de vontade presente em seu
ser.
— Por enquanto nós só vamos jantar, anjo. Você está pronto? — Ele disse,
então, determinado a recobrar alguma consciência antes que fosse longe
demais com alguém tão novo e, principalmente, tão inocente.
— Eu não gosto de fazer isso, Jimin, mas você entende que eu preciso, não é?
– Jungkook disse, mas, ainda que aquela necessidade incômoda estivesse
baseada na pouca idade do mais novo, ele sabia que Jimin não se importava
com isso, então justificou com a primeira coisa que veio à cabeça. — Você não
pode ouvir minha conversa com outras pessoas e achar que não vai ser
castigado por isso.
— Eu não quero mais ir. — Ele ouviu o menor responder, com a raiva se
misturando à frustração.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então vamos ficar. — Ele anunciou, também repentinamente indisposto para
sair, antes de voltar a caminhar até o sofá. Quando se sentou, já com o celular
numa das mãos, ele olhou para Jimin, tentando não prolongar o pequeno atrito
que surgiu. — Eu vou pedir nosso jantar. Você gosta de galbi-jjim?
Ele só viu Jimin olhá-lo, ainda mais frustrado, antes de erguer os ombros numa
resposta vaga. E dali até que o jantar chegasse e eles terminassem de comer,
Jungkook se fechou numa pequena bolha dentro de sua mente, tentando não
cometer mais nenhum deslize, mas sentindo que falharia quando erguia os
olhos e via Jimin observando-o, adoravelmente, com as bochechas estufadas
de comida.
Inferno, por que tudo que aquele menino fazia o afetava tanto?
— Você pode dormir no quarto. — Ele disse, então, quando Jimin se juntou a
ele na cozinha, olhando-o com uma expectativa que o desestabilizava ainda
mais. — Amanhã nós vamos sair cedo.
Jungkook negou, ainda que quisesse permitir. A pouca confiança que tinha em
seu autocontrole estava, agora, completamente destruída.
— Você não está se comportando bem, meu anjo — Ele disse, verdadeiro,
porque Jimin parecia querer levá-lo ao limite mesmo sem perceber que o fazia.
— Va dormir. Sozinho.
Deixando o mais novo sozinho, ele foi até o banheiro, onde o banho frio, não
pela primeira vez, falhou em colocar suas ideias no lugar.
Quando saiu, vestindo somente sua calça de moletom, ele estava determinado
a passar as horas seguintes concentrado em seu trabalho, mesmo já sabendo
que não teria muito sucesso em assimilar qualquer coisa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook... — Jimin o chamou quando o viu, tão desesperado quanto o
próprio Jungkook estava com toda a situação.
— Vá dormir, Jimin. — Foi tudo que ele disse, ficando de costas quando se
sentou no chão com os documentos, para não evidenciar a própria frustração.
Então ele perdeu todo o tempo seguinte sentindo a própria pulsação acelerar
enquanto seus olhos pareciam atentos a cada mínimo detalhe daquelas coxas,
da blusa grande demais para o tamanho de Jimin e da expressão
envergonhada.
Afetado como nunca e sentindo seu bom senso ser destroçado, ele não pensou
quando gesticulou para que o mais novo se aproximasse, assim como não
calculou o risco de deixar suas mãos seguirem seu desejo incontrolável de
tocar aquela pele, e ele quase suspirou quando tocou as coxas grossas pela
primeira vez.
Também pela primeira vez, Jungkook não se importou. Com nada. Tudo que
sua mente processava, naquele instante, era a imagem de Jimin tão irresistível
bem diante de seus olhos.
Então ele o puxou, pelas pernas, quase suspirando quando sentiu o corpo
menor cair sobre o seu, e seus dedos se enterraram naquela coxa tão deliciosa
enquanto a outra mão segurava-o pelo maxilar, com força, enlouquecido por ter
Jimin tão perto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você realmente dificulta as coisas pra mim, anjo — Ele disse, sem controle
algum quando mordeu o lábio grosso, puxando-o com seus dentes até soltá-lo
para pressionar suas bocas. — Prometa que não vai deixar ninguém saber.
— Abra a boca — Ele ordenou, tomado pelo descontrole, quando percebeu que
Jimin parecia perdido, travado, sem saber como retribuir quando Jungkook
mordia e chupava seus lábios.
Ainda que não soubesse o que fazer, Jimin, só com aquilo, o enlouqueceu mais
que qualquer outra pessoa experiente com quem Jungkook já tivesse se
envolvido.
Entretanto, foi depois de gemer ao sentir as unhas curtas apertando seu ombro
e sentir Jimin empurrando suas ereções juntas que a mente de Jeon estalou,
aflita, e ele o empurrou pelo quadril quando interrompeu o beijo, de repente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Apesar de insatisfeito, Jimin acabou por aceitar que, naquela noite, nada mais
aconteceria. Mas o último gesto dele, aquele impensado e tão inocente, afetou
Jeon mais uma vez.
Apaixonado.
E ali, pela primeira vez, ele soube que Park Jimin era um caminho sem volta.
Mas não tinha problema, não para ele. Porque ainda que fosse seu pior e mais
inconsequente erro, Jeon Jungkook não se arrependeria.
[1] Switch (ou versátil) é uma pessoa que pode assumir tanto a posição
como dom ou como sub. Nessa fanfic, o Seokjin é um exemplo de switch.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
oioioioiiii, que saudade de vocês :(((parece que passou uma vida inteira desde
a última att, credo
to com saudade do Yukwon também :( mas nem tanta assim porque... ops não
vou colocar a carroça na frente dos bois, mas na próxima att talvez eu traga
uma notícia boazinha pra vocês ihu
mas enfim conhecemos o lado do Jungkook e acho que agora não restam
dúvidas sobre o bichinho ser doido pelo Jimin, né? //vou confessar que
escrever esse capítulo foi muito difícil, parte dele eu escrevi meio bêbada e
outra parte quando tava triste, tristinha, então o resultado final talvez esteja
meio (?) esquisito, mas espero que tenham gostado mesmo assim
tá, quem me conhece sabe que eu falo muito e sou meio viadakkk mas vou
tentar ser breve na minha declaraçãozinha que não podia faltar
submissive não teria tanta gente lendo se não fossem vocês mesmos, eu perdi
as contas de quantos leitores já disseram que começaram a ler por
recomendação de amigos e vocês não sabem como isso me deixa feliz, porque
compartilhar uma história com alguém que a gente gosta pra mim é sempre a
maior prova de que realmente gostamos dela v
escrever e postar sub tá sendo uma experiência muito boa e divertida, apesar
de as vezes passar umas raivinhas (é porque eu sou estressada e chatona
mesmo), em 95% do tempo eu só me divirto com os comentários ou me derreto
com o carinho de vocês, que era algo que eu não esperava mesmo, ainda mais
nessas proporções. Espero conseguir retribuir isso com capítulos bem tope por
muito tempo (até porque essa fanfic vai ser grandinha pra um caralhokkk não
me abandonem pofavo)
muito muito muuuito amor por vocês! nos vemos segunda, dia 11 ♡
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
19 • Breakdown
Eu não soube o que fazer, por tempo demais. Ver Yuta beijando Yukwon foi
algo que nem mesmo uma mísera vez se passou por minha cabeça.
Quando finalmente voltou, ele entregou uma muda de roupas limpas e uma
toalha para Yuta, sem olhá-lo diretamente.
Yuta hesitou por algum tempo, parecendo indeciso sobre olhar para Yukwon ou
para o chão, mas acabou concordando, com a cabeça baixa.
- Eu vou fazer alguma coisa pra ele comer antes de dormir. — Taeyeon disse,
preocupada, com a voz contida quase num sussurro. — Acho que o coitado
não deve ter comido nada antes de fugir de casa, né?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu assenti, ainda sentindo meu estômago revirado com toda aquela história,
apesar de meus olhos estarem fixos em Yukwon, que só reiterou minha
resposta com um gesto fraco.
— Eu já volto, então — Ela disse, ainda com os olhos inchados pelo choro
anterior, quando ficou de pé e sumiu na cozinha pela segunda vez.
Sozinho com Yukwon, eu olhei para ele, ainda parado feito uma estátua no
mesmo no lugar, antes de perceber que ele me olhou de volta enquanto
desdobrava o lençol para se cobrir, tentando encaixar o corpo esguio no sofá
pequeno.
Eu engoli a saliva em minha boca, sentindo-a quase seca, e olhei para o resto
da sala para confirmar que estávamos mesmo só nós dois ali, para só então
voltar a olhar para ele.
— Não foi nada. — Ele disse, então. — Ele só ficou meio errado das ideias
depois de passar pelo que passou hoje. Nós dois sabemos que ele é hétero.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Só porque tá cedo eu não posso dormir? Vai se foder.
— Eu vou dormir aqui, vai mais pra lá — Afirmei, ainda empurrando-o, e ele
bufou violentamente antes de se afastar, deixando parte do sofá vazio.
— Ei. — Eu o chamei quando ele já estava com os olhos fechados, vendo que
sua expressão parecia tão diferente do usual, um pouco tensa. — E se o Yuta
gostar de você?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu me mexi no sofá, tentando vê-lo melhor. — Pode perguntar. — Incentivei,
percebendo que ele parecia ter vergonha de finalizar o questionamento
anterior.
Eu tentei não tirar conclusões precipitadas, mas minha mente viajou sozinha
pelas possibilidades do que aquilo significava e eu me assustei ao perceber
que, talvez, não fosse tão absurdo assim Yuta estar descobrindo que gostava
de meninos. Ou, melhor dizendo, que gostava de Yukwon.
— Por que você quis saber isso? v Eu perguntei, paciente. — Você acha que
gosta de algum menino ou... alguma coisa assim?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele demorou algum tempo, parado, antes de erguer os olhos e mover a cabeça
para cima e para baixo.
— Se um cara me faz rir muito mesmo que passe a maior parte do tempo me
provocando, eu gosto muito de ficar perto dele, meu coração fica meio doido
quando ele chega perto e... as vezes... eu sinto vontade de beijar ele... quer
dizer que eu gosto, né? Não só como amigo...
Yuta assentiu mais uma vez. — Eu acho que também fiquei um tempo em
negação, como você, mas...
Eu sabia que ele estava com medo. Eu também estive, também acreditei que
tinha algo de errado em mim, e talvez continuasse acreditando nisso por muito
tempo se não fossem as pessoas que ficaram ao meu lado e me fizeram
perceber que o erro nunca esteve em mim, e sim em quem me fez acreditar
nisso.
E assim como Jungkook, Yukwon, Jeonghan, minha mãe e até Kihyun foram
responsáveis por todo esse processo até que eu me aceitasse, eu pretendia
ser também aquele a ajudar Yuta a manter a cabeça erguida mesmo se alguém
tentasse colocá-lo para baixo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele riu um pouco, fazendo meu coração se aquecer um pouquinho por ver seu
sorriso tomando o lugar do choro sofrido de antes. E então eu confirmei que
queria vê-lo sempre, sempre sorrindo.
Depois de não ter nada além de seu silêncio em resposta, ele se remexeu
sobre o estofado. — Se ele estava falando de mim, então eu sinto muito, mas
não vai rolar.
Ainda estava muito cedo, então eu tomei cuidado para me arrumar em silêncio
quando usei as coisas que estavam na bolsa que estava comigo no hospital.
Quando fiquei pronto, eu sai ainda sem fazer barulho e fui até o ponto de
ônibus para voltar para casa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Um pouco receoso, eu deixei a bolsa em cima da poltrona e caminhei até me
abaixar ao seu lado e tocar seu corpo com cuidado, tentando acordá-la.
— Park Jimin. — Ela chamou baixo, mas furiosa como uma leoa ao se sentar
no sofá, ainda com os cabelos despenteados e a roupa amassada.
— E eu disse que não acreditei! — Ela rebateu, enraivecida. — Você ficou até
agora no hospital com aquele... aquele mau caráter, não foi?!
Eu quase revirei os olhos, mas estava com medo demais para isso.
— Eu parei, coçando minha nuca com alguma aflição. — E não fala assim do
Jungkook, ele não é mau caráter...
— Mau caráter é pouco pra um monstro que fez meu bebê chorar! Eu estou me
controlando para não chamá-lo de uma coisa realmente feia!
— Foi um mal entendido! — Eu insisti, porque nem de longe Jungkook era uma
pessoa ruim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não acredito nisso. Minha decisão não vai mudar, eu não permito mais que
aquele homem chegue perto de você, então você não vai mais naquele
hospital, nem em nenhum outro lugar onde ele esteja.
Eu arregalei meus olhos, desesperado. — Mas ele vai embora hoje! Eu prometi
que ia me despedir dele, mãe!
— Vá! A polícia vai logo atrás de você e Jeon direto pra cadeia. Não esqueça
que você ainda é menor de idade, Jimin.
— Ah, mas acredite! Eu disse que nunca ia deixar ninguém te machucar e não
importa se você não concorda agora, no futuro você vai ver que eu só fiz o
melhor pra você.
— Para de me tratar como uma criança indefesa, eu não sou mais um bebê! —
Quase gritei, furioso, e tropecei no meu pé quando corri até a poltrona para
pegar minha bolsa antes de correr para o quarto.
— Jimin! — Ela gritou, mas eu não parei de me afastar e ainda vi meu pai
saindo do quarto deles, confuso, antes que eu batesse minha porta, metendo
força o suficiente como se quisesse derrubar a casa.
Meu rosto todo estava quente como o inferno, de raiva, e meus olhos
lacrimejavam de desespero.
Ainda atordoado, eu fiquei andando de um lado para o outro no quarto, até que
toda a fúria começou a ser subjugada, dando lugar unicamente ao medo de
realmente ser tirado de Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu li sua única mensagem e meu coração disparou feito louco, sem saber o
que esperar de um encontro entre Jungkook e minha mãe, que aquela altura, o
repudiava. Mas o pior não era isso. O pior é que meu pai estava em casa, e ele
não sabia. Sobre nada. Nem sobre Jungkook, nem sobre minha orientação
sexual.
Ansioso, também com o medo fugindo pelos poros, eu esperei ainda dentro do
meu quarto, apertando o celular nas mãos até que a campainha ecoou pela
casa.
— Me dá isso. — Eu disse, puxando a mala de sua mão para que ele não
carregasse todo o peso, e logo depois a coloquei ao lado da entrada, no chão.
— Você tá bem?
— Eu vou conversar com ela, meu bem. — Ele disse, com a voz calma, mas eu
sabia que era só uma daquelas vezes em que ele continha a própria ansiedade
para me tranquilizar.
— Jimin! — Ela gritou, furiosa, e eu logo senti sua mão segurando meu braço e
me puxando para longe dele. — O que foi que eu te disse?!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
o Jimin chorando todas as noites do último mês. Então poupe seu tempo,
porque eu não vou mudar de ideia. Enquanto ele for menor de idade, você está
proibido de chegar perto dele.
— Mãe, eu já disse que foi um mal entendido. — Eu insisti, apertando uma mão
contra a outra em súplica. — Já está tudo bem. O Jungkook me faz feliz, sim, a
senhora sabe disso!
— O que eu sei é que isso — Ela apontou de mim para Jungkook, irredutível.
— não vai mais acontecer. Então com licença, Jeon, mas você não é mais
bem-vindo nessa casa.
— O-o que você está fazendo? — Minha mãe balbuciou, completamente pega
de surpresa.
Minha mãe ainda estava paralisada, os olhos quase saltando de seu rosto, e só
então eu finalmente despertei do meu próprio transe e me lancei na direção de
Jungkook, parando ao seu lado para tentar fazê-lo se levantar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook, sua perna! — Eu anunciei, desesperado, quando percebia que
meus esforços eram em vão. Não importava quanto eu o puxava, ele não se
mexia. — Jungkook!
— Eu... — Minha mãe começou, ainda sem reação e sem conseguir articular
qualquer coisa além disso.
Ela olhou para mim, ainda com os olhos arregalados, antes de piscar e
finalmente assentir desastradamente. Então ela também se aproximou, ainda
incerta, mas não o tocou quando se ajoelhou na frente dele.
— Jeon, não faça isso — Ela pediu, atordoada. — Fique de pé, pelo amor de
deus!
— Me deixe tentar outra vez. — Foi o que ele disse em resposta, ainda sem
atender nossos pedidos — Por favor. Eu amo seu filho, então, por favor, me dê
só mais uma chance.
— Eu vou deixar você se explicar. Eu vou deixar, então fique em pé, não
precisa mais fazer isso! — Minha mãe disse, sem perceber o tamanho do que
tinha acabado de sair da boca de Jungkook.
Ainda paralisado, eu não percebi quando ele ergueu o rosto, nem quando
minha mãe o ajudou a ficar de pé e o guiou, enquanto ele mancava, até se
sentar no sofá. Só fiquei parado, no mesmo lugar, incapaz até mesmo de
piscar.
Jungkook me amava?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O que está acontecendo? — A voz de meu pai foi o que ouvi em resposta ao
meu questionamento silencioso e, ainda paralisado, eu o procurei com os olhos
e vi sua expressão confusa.
Eu não estava preparado para aquilo. Não estava preparado para ouvir
Jungkook dizendo que me amava e não estava preparado para deixar meu pai
descobrir sobre todo o resto.
— Você está bem? — Meu pai perguntou para Jungkook quando parou ao lado
de minha mãe, optando por ficar de pé. — Parece que se machucou.
— Eu tinha uma noiva. — Ele disse, então, depois de mais alguns segundos de
silêncio. — O noivado nunca foi mais que um negócio, na verdade, mas eu não
queria manter aquele contrato e o Jimin acabou descobrindo sobre ele da
forma errada porque eu não expliquei como deveria ter explicado, mas eu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
também não o fiz enquanto tentava rompê-lo, Eu realmente achei que seria
melhor deixá-lo de fora de tudo isso, mas agora sei que errei, Eu sei que fiz o
Jimin sofrer por todo esse tempo e eu sinto muito por isso, mas eu juro que vou
fazer tudo que estiver ao meu alcance para que ele nunca mais chore por mim.
Minha mãe demorou algum tempo, parecendo digerir tudo aquilo, e então
respirou fundo. — E esse noivado acabou?
— Sim, senhora
Ela passou a mão pela testa, consternada. — Da próxima vez que você fizer
meu filho chorar, não importa qual seja a justificativa. Eu não vou te perdoar...
mas eu vou confiar só mais uma vez em você.
Quando sua mão segurou a minha e eu senti a tensão se dissipar, não lutei
contra o impulso do meu corpo e me sentei mais perto dele, deitando a cabeça
em seu ombro, mas então um pigarro finalmente me fez lembrar que ainda
tínhamos deixado uma ponta solta.
— Alguém quer me explicar o que é tudo isso? — Meu pai perguntou, com as
sobrancelhas levantadas e os olhos desconfiados.
— Juntos como um casal? — Ele insistiu, olhando para cada um de nós. Minha
mãe assentiu, silenciosa, e meu pai ficou calado até arrumar os óculos sobre o
nariz num gesto casual. — Então era isso que vocês dois estavam escondendo
de mim? — Questionou, alternando o olhar entre minha mãe e eu.
— Eu não sabia como o senhor ia reagir e pedi pra mamãe não te contar...
desculpa...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu pai suspirou, assentindo suavemente, — Eu imaginei que seria algo
assim... — Ele confessou, e eu não soube se ele estava decepcionado ou não.
Mas, de qualquer forma, aquela reação foi muito melhor que todas as trágicas
que eu tinha imaginado.
— Você já teve a conversa com ele? — Perguntou, então, olhando para minha
mãe.
Minha mãe pareceu um pouco sem jeito, quase tímida. — Sobre cuidados no
sexo, filho...
E mesmo sem saber com certeza se meu pai estava decepcionado comigo ou
não, eu me senti feliz. Porque, ainda que no fundo ele desaprovasse minha
orientação sexual, ele me aceitou.
Mas nem tudo são flores e eu já deveria saber disso. Porque diferente de
minha mãe, a quem convenci, meses antes, a deixar que Jungkook dormisse
comigo no quarto, meu pai estava irredutível e não queria nos deixar ficar lá
juntos pelo tempo que tínhamos antes que ele precisasse ir para o aeroporto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, fomos obrigados a ficar na sala, sob seus olhares curiosos e
desconfiados sempre que ele passava de um lado para o outro.
Jungkook riu e até mesmo eu sorri quando ele puxou a mão que estava presa à
sua e a beijou, demoradamente,
Eu ainda não sabia reagir à quilo. Não sabia se ele só tinha dito aquilo para
convencê-la ou se disse sem perceber. A única coisa que eu sabia é que
estava com medo de ser a primeira opção.
— Ah, — balbuciei, cobrindo meu rosto com as duas mãos logo depois. — que
vergonha... eu falei aquilo sem querer, mas... sim, eu aprendi...
Jungkook beijou o topo da minha cabeça e eu senti seu sorriso contra minha
pele, me arrepiando quando ele desceu com a boca e beijou o canto dos meus
lábios, sem que meus pais vissem..
— Isso é bom. — Ele disse, beijando minha bochecha. Não sei se era por
estarmos limitados, mas cada um de seus toques parecia provocativo como o
inferno, e meus pelos todos eriçaram quando ele alcançou meu ouvido e
completou, com sua voz baixa: — Não vejo a hora de te foder, anjo...
Eu quase gemi, afetado, mas percebi que seria ridículo se o fizesse porque
logo depois Jungkook riu, esmagando minha bochecha com um último beijo.
— Você parecia distraído. Ele justificou, então, comprovando que aquilo tudo
tinha sido só uma provocação para me chamar a atenção
Emburrado, eu dei dois tapas em seu peitoral e contorci toda minha expressão
em uma careta, mas acabei rindo quando Jungkook beliscou minha barriga
sem muita força e beijou a pontinha do meu nariz.
— Pai!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mesmo assim, nós não tínhamos muito tempo. Na verdade, nós nunca tivemos
muito tempo. Por isso, eu tentei ser rápido em vencer o embaraço e mesmo
que não pudesse tocá-lo e beijá-lo como desejava naquele instante, aproveitei
as poucas horas que passamos juntos até que ele tivesse que ir embora.
Minha mãe não tinha me deixado ir além dali porque, mesmo depois de
resolver permitir meu relacionamento com Jungkook, ela ainda estava
determinada a me punir por ter passado o dia anterior fora de casa, sem sua
permissão.
— E quando vai ser a próxima vez? Perguntei, apertando sua mão com a
minha, sem querer deixá-lo ir.
Porque, àquela altura, eu já tinha percebido que minhas notas baixas estavam
baixas demais, e eu sinceramente não sabia se conseguiria me formar com o
resto da turma.
— Mesmo assim, meu bem. Você vai se formar no ensino médio, é uma data
importante. Eu vou tentar estar aqui.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu assenti, pressionando meus lábios numa linha tensa, quase medrosa. — Tá
bom, então...
— Vou esperar você me dizer o dia. — Ele disse, olhando para trás de mim. Ao
se certificar que meus pais não estavam por perto, ele me deu um selinho
rápido. — Eu preciso ir.
Eu mordi meu lábio, chateado por não poder beijá-lo de verdade. Então, depois
de pensar um pouco, eu também olhei para trás e depois o empurrei com
cuidado um pouco mais para fora para que pudesse fechar a porta. Finalmente
sozinhos, longe dos olhares de meu pai, eu segurei sua camisa e o puxei de
volta para mim, ficando na ponta dos pés para beijar sua boca.
— Finalmente... — Ele disse baixinho contra minha boca, sugando meu lábio
inferior logo depois, para então se afastar com mais dois selinhos demorados.
Ainda na ponta dos pés e com um sorriso mais sincero no rosto, eu abracei seu
ombro, aproveitando os últimos minutos do calor do seu corpo pertinho do meu.
— Vá com cuidado, por favor. — Eu pedi, sem soltá-lo e sem sentir seus
braços me deixarem também. — Me avisa quando chegar no aeroporto,
quando embarcar, quando pousar em Seul e quando chegar em casa, tá?
Ele assentiu, tocando seu nariz no meu antes de me dar mais um beijinho
rápido na boca.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Promete de mindinho. — Exigi, já erguendo meu dedo na altura do rosto e
me sentindo satisfeito quando, mesmo rindo, Jungkook entrelaçou o seu ao
meu e pressionou nossos polegares, selando a promessa. — Não pode
quebrar promessa de mindinho.- Alertei, com a pele ao redor dos olhos
franzida.
— Você é tão fofo, que inferno. — Ele resmungou, sem conseguir se conter, e
eu ri quando ele quase me esmagou com outro abraço. — Não quero te deixar,
mas eu realmente preciso voltar agora.
Jungkook também sorriu, manso, quando passou a mão em minha cabeça num
carinho suave, e então eu senti, por um instante, que ele sabia muito bem o
que eu queria perguntar, mas não consegui.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entretanto, com o passar dos dias, eu continuei evitando o assunto, fugindo
sempre que ele me perguntava se eu sabia quando seria o dia da minha
formatura.
Eu reprovei.
Apesar de não querer estar ali e na verdade ter o único desejo de me esconder
longe de qualquer ser humano, nós tínhamos combinado muito tempo antes
que iriamos fazer aquilo depois do último dia de aula, e eu estava com medo de
voltar para casa e anunciar o resultado negativo para meus pais.
Por isso, meu corpo estava lá, mas minha mente estava muito distante,
ignorando a existência do meu celular desligado na mochila para que eu não
precisasse atender ligações de ninguém.
— Eu reprovei duas vezes, mas deu tudo certo, não foi? Então relaxa. Seus
pais vão comer seu couro, mas depois fica tudo certinho. — Yukwon continuou,
fazendo pouco caso e fazendo a sala de espera do estúdio parecer ainda mais
sufocante.
— Como é que eu vou passar mais um ano naquela escola sem vocês? — Eu
resmunguei, ficando de pé por estar agoniado demais para continuar sentado.
— Eu não acredito que deixei isso acontecer!
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— Não pensa nisso agora — Yuta disse, parecendo preocupado. — Você só
vai sofrer por antecipação.
— Meus pais vão ficar com vergonha de mim. Jungkook vai ficar com vergonha
de mim. Como é que eu não vou pensar nisso agora?!
— Eu vou esmagar sua cabeça com aquele extintor se você não parar com
isso, seu enrustido! Ninguém vai ficar com vergonha de você porque essa
merda desse sistema escolar não mede a capacidade de ninguém, então ter
reprovado não faz de você um bosta como você tá pensando.
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— Sempre. — Ele respondeu, jogando a mochila nas costas e ficando de pé
para caminhar até o outro, e eu me assustei ao perceber a proximidade entre
eles. — Sentiu minha falta?
— Você sabe que sim — cara grande respondeu e a mão dele tocando a
cintura de Yukwon não me passou despercebida. — Por que não respondeu
minhas mensagens?
— Eu tinha coisa melhor pra fazer. — Meu amigo respondeu, displicente, com
um sorriso provocador.
— A gente pode ir direto pra parte em que você me leva pra sua casa, não?
— Yukwon... — A terceira voz não foi minha, nem de Jeonghan. Era Yuta, que
parecia dolorosamente incomodado com o que estava acontecendo diante dos
nossos olhos. — Você disse que ia assistir aquele filme comigo depois que
saíssemos daqui.
Yukwon olhou para ele por cima do ombro e suspirou, cansado. — A gente
deixa pra outro dia.
Toda sua expressão antes de ficar de pé e, segurando a mochila pela alça, ele
saiu do estúdio, sem dizer mais nada.
— Yuta! — Eu o chamei, aflito, mas ele não me respondeu. Então eu olhei para
Yukwon, irritado. — Por que você faz isso com ele?! — Questionei,
acusatoriamente.
Mas a verdade é que eu já estava ficando chateado com a forma como Yukwon
passou a agir com Yuta, como se desprezasse os sentimentos que nós dois
sabíamos que ele tinha.
Apesar de nem mesmo uma vez dizer que estava arrependido de deixar Yuta
morar com ele e Taeyeon, a barreira que ele tentava erguer era muito óbvia.
— E dai se ele gosta de mim? Eu não gosto dele desse jeito, caralho!
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— É. E a culpa é do Yukwon! — Resmunguei, ainda irritado. — Você viu pra
onde o Yuta foi? O coitado não devia ter se apaixonado por aquele coração de
pedra...
Jeonghan apertou os lábios num gesto preocupado. — Vamos achar logo ele,
então.
Quando nos finalmente encontramos nosso amigo, ele estava sozinho num
banco de uma praça ali perto, com a expressão completamente derrotada
enquanto olhava para a tela do seu celular.
Ele me olhou, sem parecer muito surpreso por ver que nós tínhamos
encontrado-o, e assentiu com um sorriso fraco, sem sinceridade alguma.
— Não foi bem uma briga, mas eu tô com raiva dele. Ele é um babaca! Não é,
Jeonghan?
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— Ele não é um babaca. — Yuta disse, olhando para as próprias mãos. — Não
tem problema desmarcar comigo, era só um filme mesmo... e ele parecia muito
mais interessado naquele tatuador...
— Isso não importa, você ficou magoado e ele sabe disso — Insisti, irredutível.
Yuta negou mais uma vez, com um sorriso triste. — Eu fiquei magoado
porque... — Ele começou, mas pareceu precisar de algum tempo para
finalmente se explicar.- Porque eu vou voltar pra casa do meu pai depois da
formatura. E eu queria passar mais tempo com ele até lá, mas ele não tinha
como saber disso, então a culpa não é dele...
— Por que você vai voltar pra casa do seu pai? Depois de tudo que ele te fez?!
Você não pode fazer isso, Yuta!
— Yuta...
— Vai ficar tudo bem, Jimin. — Ele sorriu mais uma vez, mas não existia
sinceridade alguma naquele sorriso. — Eu fiquei muito feliz nos últimos dias
porque vocês todos se preocuparam tanto comigo e eu não esperava isso
depois de tudo que fiz. Vocês me deram outra chance, então eu vou dar outra
chance ao meu pai também.
Eu olhei para Jeonghan, implorando para que ele me ajudasse a fazer Yuta
mudar de ideia, mas ele só suspirou, conformado.
— Eu espero que ele saiba valorizar isso, Yuta. — Ele disse, sorrindo para
nosso amigo.
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— Ah... — Ele disse, então, como se lembrasse de algo, mas na verdade
parecia que só estava tentando mudar de assunto. — Eu ainda vou ver aquele
filme no cinema, vocês querem vir comigo?
— Não digam pra ele ainda, tá? — Yuta pediu quando compramos nossos
ingressos. — Eu convenci meu pai a me deixar ficar com eles até o dia da
formatura e eu queria passar esses últimos dias sem ouvir tudo que sei que o
Yukwon vai dizer quando descobrir que eu vou voltar pra casa...
E pela semana seguinte, até a formatura deles, nós realmente não dissemos
nada.
E, apesar de estar com saudades, eu estava aliviado porque dessa forma, pelo
menos, eu tinha uma justificativa para continuar adiando a notícia.
Jeonghan, por outro lado, tinha se afastado porque o vestibular seria algumas
semanas depois e ele estava determinado a ser aprovado na Chosun, então
passou todos aqueles dias também afastado, revisando tudo que vimos ao
longo do ano.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
chorava, me sentindo um inútil, e eu não tinha nenhum deles ao meu lado para
me dizer que tudo ficaria bem.
Mas nada se compara ao tanto que eu chorei naquele dia, o dia da cerimônia.
Apesar de não ser um dos formandos, eu realmente queria ver meus amigos
recebendo seus certificados, por isso chorei até meu rosto inteiro ficar inchado,
implorando para que minha mãe me deixasse ir. Apesar de relutante, ela
finalmente permitiu, e então, pela primeira vez em tantos dias, eu pude sair de
casa, mas me arrependi assim que cheguei no auditório da escola e vi todos os
meus colegas com o uniforme, sendo saudados pelos professores e pelo
diretor enquanto recebiam seus diplomas.
Ao meu lado, Taeyeon chorava como nunca, feliz por finalmente ver Yukwon se
formando, e eu tive vontade de chorar como ela.
— Ele passou por tanta coisa... meu irmãozinho... — Taeyeon quase gemeu
quando viu Yukwon recebendo seu certificado, apertando as rosas que
entregaria a ele e a Yuta no final da cerimônia.
— Ainda bem que ele teve você. — Eu disse, abraçando-a pelo ombro, e ela
deitou a cabeça em mim enquanto chorava com um sorriso enorme. — Vocês
dois se saíram muito bem, Taeyeon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando eles desceram, no final da cerimônia, os três se aproximaram da
gente. Os pais de Jeonghan entregaram a ele um buquê enorme e ele ficou
todo vermelho de vergonha. Os buquês que Taeyeon deu para Yukwon e para
Yuta eram menores, muito mais discretos, e mesmo assim Yukwon resmungou
sem parar, dizendo que achava aquela tradição idiota. Yuta, por outro lado,
agradeceu como se tivesse ganhado o presente mais incrível do mundo, e ele
não parava de admirar as rosas em suas mãos.
— Senti sua falta esses dias... — Confessei, olhando para ele pelo canto do
olho,
– Você sumiu, nem respondeu minhas mensagens, achei que tava com raiva
de mim, mas aí eu fui na sua casa e sua mãe disse que era porque você tava
de castigo. — Ele riu, dando um soco no meu ombro. — Se fodeu.
Eu revirei os olhos. — Esquece o que eu disse. Não senti sua falta não.
Um pouco confuso, eu olhei para a direção que ele apontou e quase senti meu
coração parar quando vi Jungkook parado ao lado do portão de metal, com o
sobretudo preto cobrindo sua roupa escura e só uma flor vermelha em sua mão
se destacando com alguma cor.
Meus olhos quase saltaram quando eu percebi que não tinha mais escapatória.
Todos os formandos estavam com seus uniformes e eu só estava com uma
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
calça velha e um casaco enorme, completamente desleixado, deixando mais
que claro que não fazia parte da cerimônia.
— Por que você tá tão apavorado? — Yukwon perguntou, confuso. — Não vai
correr até ele como um maluco pra ficar com aquele grude nojento de vocês,
não?
Yukwon fez uma careta que não me ajudou em nada, e eu quase cambaleei
quando caminhei em direção à entrada, consciente de que Jungkook já tinha
me visto.
— Então eu não posso dar uma flor ao meu Jimin? — Ele perguntou, inclinando
um pouco o rosto, como se estivesse curioso.
Ele não parecia surpreso por descobrir que eu tinha reprovado, e eu quis
chorar de novo ao perceber que talvez ele também já esperasse aquilo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Obrigado... — Eu disse, aceitando a rosa, mas ainda sem olhá-lo.
— Sua mãe me contou. — Ele falou, acariciando meu braço. — Ela me ligou
para dizer que você ia ficar um tempo sem seu celular e me disse o porquê.
Eu o olhei, finalmente, ainda inseguro, sem fazer ideia de que minha mãe tinha
feito aquilo.
— Próximo ano nós vamos nos esforçar mais, tudo bem? Eu vou te ajudar.
— Jungkook... — O chamei, sentindo minha ser abafada por sua roupa quando
o apertei ainda mais, sentindo sua mão fazendo carinho em minhas costas. —
Eu achei que você ia ficar com vergonha de mim...
— Nunca, anjo. — Ele disse, calmo. — Você também não deveria ficar, nem
deixar isso fazer você acreditar que é menos do que realmente é. Lembra do
que eu te disse uma vez? — Ele perguntou, descendo sua mão até tocar minha
pulseira por baixo do casaco.
Então eu sorri, mesmo ainda querendo chorar, mas o alívio de não ser uma
vergonha para Jungkook foi tanto que eu nem consegui me conter e lá estavam
meus olhinhos fechados contra minha vontade.
Entretanto, minha alegria durou pouco, porque logo a voz de Yukwon, não
muito distante, me fez perceber que algo estava errado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Solta ele! — Meu amigo gritou, possesso, e eu olhei para ele assustado.
Sem precisar pensar muito, eu entendi o que estava acontecendo ali. Aquele
homem era o pai de Yuta. E aquele era o dia em que nosso amigo voltaria para
casa.
— Por que você tá fazendo isso? — Ele perguntou, olhando só para nosso
amigo. — Você tá magoado comigo? É isso? É por que eu agi como um idiota
com você nos últimos dias?
— Yuta, por favor — Yukwon pediu, com os olhos assustados. — Ele vai te
machucar de novo!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não vai! Só vai ficar tudo bem se você continuar morando com a gente! —
Ele insistiu, tentando se aproximar mais uma vez, mas novamente sendo
impedido por Taeyeon, que parecia tão desesperada quanto os outros dois,
mas conseguia manter alguma calma e perceber que a situação só pioraria se
Yukwon agisse como sabíamos que queria agir. — A gente vai ver aquele filme
que eu prometi assistir com você, ok? Desculpa por ter desmarcado no outro
dia, mas nós podemos ir assistir agora, se você quiser, só desiste disso!
— Eu preciso ir. Obrigado por tudo. — Ele disse, então, antes que fosse
puxado como um animal selvagem por seu próprio pai.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
finalmente voltamos à programação normal! como vocês estão?
na att de 100K eu disse que talvez trouxesse uma notícia boa pra vocês, mas é
só pra quem shippa yukta (Yukwon e o bucetão, no caso). Vocês shippam??
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
20 • Nalina
— Eu não posso fazer nada. — Ela rebateu, também atordoada. — Foi uma
decisão dele, Yukwon...
— Se você não pode, então deixa eu fazer! — Ele insistiu, se livrando das
mãos de Taeyeon e se virando, preparado para ir atrás de Yuta e seu pai, mas
foi parado novamente pelas mãos da sua irmã. — A gente não pode deixar ele
ir com aquele desgraçado!
— Você não percebeu como ele nem considerou a possibilidade de ficar com a
gente? — Ela disse, tentando soar calma, enquanto segurava os braços de seu
irmão e olhava-o, firme. — Ele não vai desistir disso agora, Yukwon, e forçar a
barra só vai fazer aquele louco do pai dele sentir mais raiva. Vai ser pior pro
Yuta. Então vamos esperar e depois conversamos com ele.
Taeyeon apertou os olhos, confusa. — Claro que não é! Por que você acha
isso?
— Ele gosta de mim... eu não sei que merda ele tem na cabeça pra se
apaixonar logo por mim, mas ele gosta e eu não me sinto desse jeito por ele,
então acabei sendo um escroto várias vezes pra fazer ele mudar de ideia...
— Jungkook... você não pode fazer nada? — Eu perguntei, ainda mais afetado
por ver Yukwon daquele jeito. — Você sempre consegue dar um jeito nas
coisas... então ajuda o Yuta também, por favor...
Ele apertou minha mão e passou o braço livre por meu ombro, me puxando
para perto para beijar o topo da minha cabeça enquanto me abraçava.
Meu coração palpitou sem esperança quando ouvi seu tom derrotado.
Jungkook era meu herói, a pessoa mais incrível do mundo, e se nem mesmo
ele parecia poder fazer alguma coisa, eu também não conseguia ter fé de que
tudo aquilo acabaria bem.
— Vamos voltar pra casa. — Taeyeon sugeriu, para todos nós. — Eu não sei o
que fazer, mas... eu vou pensar em alguma coisa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A gente vai dar um jeito, — Eu disse, com uma certeza que na verdade não
me pertencia. — mas por enquanto vamos descansar, ok? Agir de cabeça
quente não vai ajudar o Yuta.
Por um momento, acreditei que ele estava enciumado por me ver abraçando
Jeonghan. Entretanto, mesmo que eu conhecesse seu ciúme, Jungkook nunca
tentou me forçar a me afastar dele e, naquela situação mais que em qualquer
outra, eu sabia que essa não era sua maior inquietação. Por isso tudo, concluí
que seu incômodo era fruto da minha preocupação tão transparente, e então
tentei suavizar minha expressão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, tudo bem. Não vamos poder ficar juntos, de qualquer jeito... — Eu disse,
tentando soar menos atordoado do que realmente estava, mas percebendo que
falhei miseravelmente.
Durante todo o percurso que fizemos a pé até minha casa, poucas coisas
foram ditas, porque eu realmente não conseguia aquietar minha mente, então
me vi preso a ela, quase ignorando a presença de Jungkook ao meu lado, mas
sempre consciente sobre seus olhares em mim.
Eu abri um pouco meus olhos, surpreso por ter esquecido completamente dela,
e a peguei de volta
— Me desculpa por não poder ajudar seu amigo, — Ele disse, então, tocando
em minha bochecha com seus dedos longos. - mas não fica chateado comigo,
por favor.
Ele suspirou, sem parecer aliviado, quando beijou minha testa antes de
pressionar seus lábios contra os meus, demoradamente, Então eu abracei seu
ombro sem soltar a rosa em minha mão, enquanto com a outra brinquei com os
cabelos em sua nuca, segurando-o perto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Obrigado por ter vindo hoje, Jungkook... isso significou muito pra mim. E
desculpa por não poder ficar mais tempo com você, mas eu ainda tô de castigo
e minha mãe vai ficar brava se eu demorar mais pra voltar...
— Não tem problema, anjo. Nós podemos passar mais tempo juntos da
próxima vez. — Ele disse, calmo, arrumando os fios de cabelo em minha testa.
Pode ir. Sua mãe é um pouco assustadora quando fica irritada.
Eu ri, mesmo sabendo que aquilo era verdade, e mordi meu lábio enquanto
juntava toda minha força para conseguir me afastar.
Eu suspirei quando finalmente caminhei para longe dele e segui até a minha
casa, deixando que ele também continuasse seu caminho até os quartos do
hotel. E meu coração doeu, sabendo que ele passaria as próximas horas tão
perto de mim, mas que eu não poderia ficar com ele.
Por mais que eu soubesse que tinha sido completamente irresponsável por não
me esforçar o mínimo quando se tratava da escola e reconhecesse minha
culpa no resultado final, em que acabei reprovado, ser mantido longe de
Jungkook numa das poucas oportunidades que tínhamos de ficar juntos
parecia cruel demais.
Por isso, não ter meu celular ou meu notebook para me ajudar a passar o
tempo não foi mais o real problema. O que me fez passar horas a fio deitado
em minha cama, angustiado e abraçado ao coelhinho de pelúcia que Jungkook
ganhou para mim no parque, foi justamente a restrição que me impedia de ir
até ele quando estávamos tão próximos
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu voltei para a minha cama, depois de me preparar para dormir, e
gastei mais horas tentando arranjar consolo em um bichinho de pelúcia,
revirando de um lado para o outro, sem conseguir descansar.
A casa já estava silenciosa quando eu sai das minhas cobertas para beber um
pouco de água, esperando conseguir aliviar um pouco a sensação ruim na
minha garganta. Entretanto, ao perceber que meus pais já estavam dormindo,
eu parei meu caminho ainda antes de chegar à cozinha e olhei para a porta de
casa.
Ela estava lá, livre para que eu saísse e fosse até Jungkook, e eu o fiz. Meu
único cuidado foi trancar meu quarto para que meus pais não descobrissem
caso acordassem nas horas seguintes, e logo depois me esgueirei para fora,
ainda de pijama, sentindo o frio me abraçar assim que deixei o sistema de
aquecimento interno de casa para trás.
Sem saber em que quarto Jungkook estava e sem meu celular em mãos para
perguntar a ele, eu fui sorrateiro até a recepção, encontrando Hyelin fazendo
suas horas extras detrás do balcão para cobrir a folga de Jungsu, e a vi quase
batendo a testa na mesa quando sua cabeça tombou no meio de um cochilo
para que só então ela acordasse, assustada.
— Chim? — Ela chamou, com a voz sonolenta, depois de me ver parar em sua
frente.
Ela assentiu, mas a confusão continuou presente em seu olhar quando ela
hesitou, antes de finalmente perguntar. — Jimin... o que está acontecendo
entre você e o Jungkook?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ela não pareceu tão surpresa, mas ainda assim vi algum choque em seu rosto
antes que ela assentisse, talvez decepcionada.
— Você não estava de castigo? — Ele perguntou, deslizando a mão por minha
coxa e dando vários outros beijos despretensiosos por meu ombro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não ia aguentar ficar lá em casa sabendo que você estava aqui. Confessei,
sem culpa. — Então eu fugi.
Eu senti seu sorriso contra minha pele depois que ele beijou meu pescoço pela
última vez, antes de afastar seu rosto e tocar o meu, carinhoso.
— Ainda bem. — Ele disse, sorrindo para mim com o rosto bem pertinho do
meu, então eu não me contive e colei nossas bocas num selinho rápido, um
pouco atrapalhado.
Eu mordi meu lábio, um pouco confuso porque nunca fui muito ligado a todas
essas coisas do direito, mas Jungkook continuou explicando mesmo assim,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
importante de tudo aquilo. Jungkook estava fazendo o possível para tentar
ajudar meu amigo.
— Eu não acredito que você se preocupou tanto com alguém que nem conhece
direito...
— Se é importante para você, também é para mim, anjo. — Ele disse, ainda
me tocando carinhosamente por baixo do moletom grosso. — Me desculpe por
não poder fazer nada mais cedo.
Eu neguei, abraçando-o outra vez, com ainda mais força de antes e com um
sorriso enorme no rosto, porque eu amo o homem mais incrível desse mundo
inteiro.
— Não agradeça ainda, meu bem. Primeiro seu amigo precisa concordar.
Ele ainda não sabia que eu tinha furado o mamilo, meu deus, eu nem sabia se
queria que ele soubesse.
— Nada não. — Eu disse, tentando sorrir, mas é claro que não deu certo, o que
só aumentou sua suspeita.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jimin... — Ele chamou, o tom de voz quase ameaçador.
— Tire sua blusa. — Ele disse, então, quando tentei impedir pela segunda vez
que ele a levantasse, mas eu continuei relutando, quase choramingando de
desespero. — Agora, Jimin
Ele continuou olhando para o piercing, e sua mão subiu por minhas costelas
até seu polegar pressionar com cuidado a pele ao redor do mamilo, antes de
tocar numa das extremidades metálicas.
— Não? — Ele repetiu, me segurando com força quando investiu seu membro
duro contra minhas nádegas.
— Ai, minha nossa senhora, que alívio! — Eu disse, sem pensar, quando me
lancei em outro abraço, apertando-o, nem mesmo conseguindo dar atenção às
reações que a ereção dele poderiam me provocar. — Achei que você ia perder
o tesão por mim!
Jungkook ficou calado, por um tempo, mas depois explodiu numa gargalhada
gostosa, e só então eu percebi como minha reação foi boba.
Eu mordi meu lábio, risonho, e saí de seu colo quando ele se moveu para se
aproximar do notebook ainda ligado.
— Eu vou dormir aqui com você. — Anunciei, abraçando-o pelas costas para
que ele pudesse usar seu computador livremente. — Tá?
Ele colocou uma de suas mãos sobre a minha, em sua barriga. — Certo, meu
bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda sorrindo, eu apoiei meu queixo em seu ombro, e não foi proposital
quando eu olhei para o documento que ele estava salvando antes de fechar,
assim como não pude evitar um pequeno sobressalto.
O documento era longo, cheio de termos formais que eu não conhecia, mas
nem mesmo precisei passar do primeiro parágrafo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele suspirou e, sem que eu o impedisse dessa vez, ele voltou a abaixar a tela,
completamente.
— Você vai me deixar falar, Jimin? — Ele perguntou, rígido, e eu senti minhas
narinas dilatando quando respirei fundo.
— Todo mundo faz isso agora. Yukwon fica agindo como se finalmente se
formar não significasse nada pra ele, mas eu sei que significa, e Jeonghan se
formou como o melhor aluno do ano e todos os professores têm certeza de que
ele vai ser aprovado na Chosun, mas ele nem toca no assunto quando eu tô
perto. — Desabafei, angustiado. — Eu não sou uma pessoa ruim! Eu sei que
sou burro e me odeio por ter que passar mais um ano naquela escola, mas eu
não vou ficar triste por ver que vocês estão se saindo bem, caramba!
— Ninguém acha que você é uma pessoa ruim ou um fracasso, anjo, pare de
pensar assim. — Ele disse, acariciando minha cintura como se tentasse me
acalmar. — Eu não te contei antes porque isso é temporário.
— Temporário por quê? — Perguntei, ainda desconfiado. — Por que você vai
ficar no lugar do seu pai?
— Mais trabalho? — Eu perguntei, atordoado, mas percebi que esse não era o
ponto principal. — Seu pai... Jungkook, eu sinto muito...
Ele negou, me apertando contra seu corpo. — Ele vai ficar bem. Os médicos
dizem que ele tem boas chances de recuperação.
Meu peito apertou com a culpa e eu escondi meu rosto detrás das mãos,
envergonhado.
— Meu deus... eu não acredito que briguei com você, Jungkook, me desculpa...
Ele me abraçou com mais força, puxando meu corpo contra o seu, e beijou
meu ombro exposto.
— Eu sei que você está frustrado, meu bem, e você pode desabafar comigo,
mas nunca mais pense que eu te acho um fracasso. Essa é a única coisa que
eu não vou tolerar.
As vezes Jungkook mentia para mim. Eu sei disso. Ele dizia que tudo estava
bem, mesmo quando não estava, e fingia estar despreocupado quando no
fundo eu sabia que ele estava tenso, tudo tentando me poupar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Dessa vez, não foi diferente. E, como das outras, eu sabia que ele estava
mentindo.
❆❅❄❅❆
Três meses
Por três meses, a vida de todo mundo pareceu mudar completamente. Menos a
minha.
Yuta foi convencido por Yukwon, não sei como, a denunciar seu pai, e a
promotoria autorizou que ele morasse com Taeyeon durante todo o tempo do
julgamento, que continuou se estendendo por aqueles meses.
Por três meses inteiros, eu só o vi por chamadas de vídeo, que nem eram tão
frequentes, e toda a frustração da saudade e do horror de enfrentar mais um
ano na escola sem meus amigos começou a se acumular em mim como
estresse.
— Eu não aguento mais isso! — Bradei, furioso, quando fechei o livro de física
em minha escrivaninha, cansado de tentar entender aquela porcaria de
empuxo.
— Anjo, você ainda não terminou nenhuma questão. — Jungkook disse através
da chamada de vídeo, e eu olhei para a tela do notebook, irritado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Atrás dele, eu podia ver a janela de sua sala na Bangtan. Seus cabelos
estavam um pouco despenteados, as mangas da blusa preguiçosamente
repuxadas até os cotovelos e seus olhos cansados.
— Leia para mim de novo. Eu vou tentar lembrar como se resolve. — Ele
insistiu, olhando para mim através da imagem da tela, podendo ver a raiva
acumulada em minha expressão.
— Você está agindo como meu pai, isso sim. — Ralhei, incomodado. — Eu
nem consigo mais ficar feliz quando você me liga.
Ele apertou os olhos com força e passou as mãos pelos cabelos mais uma vez
antes de suspirar
— Eu também estou cansado, Jimin. — Ele admitiu, então, pela primeira vez
desde que nos conhecemos. — Você está sendo incompreensivo.
A expressão de Jungkook poderia ser quase neutra para qualquer um que não
o conhecesse bem, mas eu sabia que seus lábios sutilmente pressionados e
seu maxilar travado eram um sinal claro de sua irritação, e então ele só tocou a
parte interna da bochecha com a língua antes de assentir, devagar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tudo bem. Isso também está me desgastando. — Ele disse, e eu vi sua mão
se aproximar do notebook, ouvindo só uma despedida rápida e distante antes
que a chamada fosse encerrada. — Boa noite.
Eu bati em meu rosto, tomado pela raiva e pela angústia de discutir com ele,
mas tudo que fiz foi desligar meu notebook antes de me enfiar debaixo dos
meus lençóis, sem conseguir dormir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Preciso de um tempo. Por dias, essa única frase continuou ecoando em minha
cabeça, e eu sentia meu coração palpitar a cada vez que pensava nos
significados dela.
Eu só bufei violentamente, sem paciência. Aquela tinha sido uma ideia boba,
uma decisão tomada antes da minha discussão com Jungkook, mas que foi
levada até o fim porque Yukwon não me deixou desistir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ver todo mundo mudando suas vidas me fez sentir deixado para trás, e então
eu queria mudar, também. Mas eu não podia mudar da mesma forma que eles,
ainda não, e então eu mudei o que podia ser mudado, a cor do meu cabelo.
— Irrita? — Repeti, quase sem acreditar. — É bom ele trabalhar, pelo menos
ocupa a cabeça e não fica tanto tempo pensando no julgamento do pai.
— É, mas aquela mulher não parece ser tão profissional. Você precisa ver
como ela fala com o bucetão, vive tocando nele, e eu tenho certeza que só
arranja esse tanto de coisa pra ele fazer porque quer ficar dando em cima dele.
Escrota.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Se você ficar falando assim, vai parecer que tá com ciúmes. É melhor parar.
— Alertei, abrindo a câmera frontal do celular para ver o resultado do meu
cabelo. — Pode acabar dando esperanças a ele.
Yukwon ficou algum tempo em silêncio até socar uma almofada, de repente, o
que acabou me assustando.
— Eu sei, caralho! Eu nem posso falar nada porque depois do que aconteceu
entre a gente, ele vai acabar pensando isso mesmo, mas, porra, não é ciúmes.
— Aconteceram coisas, ok? Várias vezes. E eu nem sei porque, mas não
deveriam ter acontecido.
Eu abri a boca, surpreso, mas apático demais para fazer algo além disso.
Depois, movi meus olhos e respirei fundo, sabendo que não deveria fazer
grande caso disso.
— Eu nem vou perguntar. Isso não vai dar em nada mesmo. — Suspirei, ao
final, e Yukwon pareceu satisfeito com minha conclusão. — E eu sinceramente
nem quero saber.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas eu, sinceramente, não tinha cabeça para isso. Eu só conseguia pensar em
Jungkook, na saudade que estava sentindo e no medo de não tê-lo outra vez.
Por isso, quando cheguei em casa naquela noite, a primeira coisa que fiz foi
abrir o aplicativo de mensagens, determinado a tentar fazê-lo falar comigo.
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O ar fugiu completamente de mim quando eu vi sua resposta e, sem saber
mais o que fazer, fiquei sentado na cama, com o coração batendo tão forte que
chegava a doer.
— Não, não, não... — Balbuciei, sozinho, com as mãos tremendo como nunca
quando tentei ligar de novo, mas sem resultado. — Jungkook, por favor...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu ouvia minha própria respiração preencher o quarto quando eu não soube
mais o que fazer, ponderando até mesmo a possibilidade de ir até Seul no meio
da noite, mas eu não tinha dinheiro para isso, então, sem saber o que fazer, eu
abri a conversa com Yukwon, sem conseguir digitar direito por sentir as mãos
tremendo demais.
— Você vai mesmo atender uma ligação agora? — A voz que eu ouvi do outro
lado quando a ligação foi aceita não foi a de Yukwon, mas a de Yuta, que
parecia furioso.
— Pra onde você vai? — Yukwon perguntou, ainda gritando, e eu do outro lado
da ligação quase morrendo de chorar.
— Pra longe de você, seu insuportável! — Foi a última vez que eu ouvi a voz
de Yuta, seguida do som de uma porta batendo.
— Eu mandei uma mensagem pedindo pra ele voltar logo pra mim, mas ele só
respondeu um não. Um não, Yukwon! — Eu disse, sem parar para respirar. —
O que isso significa?!
— Que talvez ele não vá voltar logo pra você e vai continuar te dando um gelo
por mais um tempo pra você aprender a parar de ser nervosinho. — Ele
ponderou, quase desleixado. — Sério que você atrapalhou minha briga porque
não consegue interpretar uma mensagem?
Mas, durante a semana que se seguiu, isso começou a ficar mais difícil.
Jungkook continuou sem dar sinal de vida mesmo que eu ainda tentasse falar
com ele, e só deus sabia o que Yukwon estava planejando - até porque,
sinceramente, eu nem sei se na sua cabeça existia espaço para algo além da
surpresa que faríamos a Jeonghan.
Diferente dele, que passou as últimas quarenta e oito horas antes da viagem
falando só sobre isso, eu não estava tão animado, mas não pude continuar
indiferente quando vi sua última recomendação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Porque o presente que ele me deu no natal foi uma duchinha portátil para fazer
a chuca.
Por isso, sem querer, um sorriso enorme apareceu e só então eu tive uma dose
de ânimo para parar de tentar estudar e finalmente arrumar minha mala.
Quando chegamos, então, nós fomos direto para o flat de Kihyun, o mesmo em
que fiquei com Jungkook quando, ainda em meus dezesseis anos, ele
reapareceu de repente e me levou para passar a noite com ele.
Entrar naquele lugar foi tão nostálgico que, depois de abrir a porta, eu não
consegui me mover por uns bons minutos, relembrando de cada pedacinho
daquele apartamento e invariavelmente sentindo meu estômago revirar quando
olhei para a mesa de centro ao lado da qual demos nosso primeiro beijo.
Nós nunca tínhamos brigado daquele jeito antes. Eu nunca tinha ficado tão
irritado a ponto de dizer que não me sentia mais feliz quando ele me procurava,
e Jungkook nunca tinha perdido a paciência comigo, não daquela forma. E era
estranho, porque aquilo não parecia natural.
Nós nos dávamos bem. Mesmo com as diferenças, ou talvez por causa delas,
nós sabíamos encontrar nosso equilíbrio sem precisar de esforço. Nós nunca
cansávamos um do outro ou nos evitávamos propositalmente, e então essa
nova configuração do nosso relacionamento não me deixou só triste. Me deixou
confuso, também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Kihyun disse que já estão chegando. — Yukwon avisou, mexendo no seu
celular, quando já estávamos sentados numa das várias mesas vazias.
Eu suspirei, me sentindo mal por não estar tão animado para rever um amigo
tão especial quanto Jeonghan, por isso tentei me livrar da tristeza e ansiedade
em minha expressão e mostrei meu melhor sorriso quando o vi entrando no
bar. Entretanto, ele ainda não tinha nos visto, e Kihyun andou ao seu lado,
segurando sua cintura, até que se inclinou para falar algo em seu ouvido e, no
fim deu um beijo em seu pescoço. Jeonghan só sorriu, como se aquilo fosse
algo comum entre os dois, mas seus olhos quase saltaram de sua cara quando
ele finalmente nos notou.
Jeonghan me abraçou com mais força, rindo. — Também sinto sua falta, Chim.
Prometo que vou visitar com mais frequência quando me acostumar com o
ritmo da universidade,
— Será que ninguém vai falar do beijo no pescoço quando esses dois
entraram? Yukwon perguntou quando segurou sua caneca de cerveja,
provocativo.
— Essa criança ainda não sabe o que é foder, para de fazer inveja. — Yukwon
disse, sem se importar quando Yuta sorrateiramente bebeu um pouco da sua
cerveja.
Kihyun bufou, ou riu, ou os dois. -Não sei como o Jungkook tá sendo tão
paciente. Deve bater muita punheta pra aguentar tanto tempo sem foder
— Ué, ele deve transar com outras pessoas, né. — Yuta disse, meio sem
pensar, e arregalou os olhos quando percebeu o que tinha dito. — Quer dizer...
— Pronto, mais uma paranoia pra cabeça desse menino. — Yukwon disse,
debochado. — Parabéns, bucetão.
— Não, Jimin, eu falei sem pensar. — Ele tentou se corrigir, nervoso, tocando
em meu braço.
Entretanto, tudo que eu fiz foi olhar para as bolinhas de gás do refrigerante em
meu copo estourando na superfície, repetidamente.
Aquilo não era algo novo para mim. A ideia de que Jungkook nunca se privou
de sexo depois de me conhecer sempre esteve viva e eu tentei me acostumar
com ela, mas ouvi-la de alguém como se fosse tão óbvio revirou algo dentro de
mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu acho que ele não consegue ficar duro por outras pessoas. — Yukwon
comentou, casualmente, acho que tentando me acalmar. — Sério, é um nojo
de tanto grude quando esses dois ficam juntos.
— Uma pena, né? — Jeonghan repetiu, com uma risada um pouco irritada. —
Tá bom, Kihyun.
— Você acha que eu ia brincar com uma coisa dessas? — Ele perguntou,
muito menos determinado que eu a se conter.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você brinca com tudo! — Rebati, frustrado. — Você faz piada dos meus
sentimentos por Jungkook o tempo todo e até os sentimentos do Yuta parecem
ser um brinquedo pra você!
Antes que eu tentasse dar algum foco à imagem, os braços fortes me puxaram
num abraço, e meu corpo foi levado com facilidade ao reconhecer aquele
toque. Ele me abraçou com força, então, e eu me senti seguro como não me
sentia há meses.
— Jungkook...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin pistolou com todo mundo, tá virado no raio o menino
Mas olá! tenho vários avisos hoje, então leiam porque são importantes, ok??
Primeiro: ele explicitamente fez a chuca, e não foi a toa. Então, sim, to dando
spoiler... vai ter smut no próximo capítulo. E só estou avisando porque não sei
quanto tempo vou demorar pra escrever esse sexo gostoso, então a próxima
att não vai ter data (mas acredito que sai na primeira semana de janeiro)
com o nome de safe harbor e vocês podem encontrar no meu perfil. Por
enquanto, o único capítulo que tem lá é o de avisos, mas resolvi postar logo
porque quem tiver interesse já adiciona na biblioteca. O primeiro capítulo de
verdade deve sair dia 27!
3. sou de aracaju-SE
4. já falei aqui no wattpad, mas não sou boa em nada além de escrever (e não
me considero tão boa assim)
6. demorei pra me aceitar como bissexual (mas hj dou graças aos deuses por
ser)
10. conhecer bts foi uma das melhores coisas da minha vida
É isso. Até o próximo e se não abrirem o wattpad antes de 2018, feliz natal e
feliz ano novo!! Espero que o próximo ano seja melhor pra todos nós <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
21 • Bushfire
Minha mente continuou agitada como nunca, mas meu corpo pareceu ser
anestesiado do choro compulsivo quando Jungkook, o meu Jungkook, me
abraçou.
— Vamos sair daqui. — Ele disse com o tom de voz calmo, mas talvez um
pouco distante, quando me segurou com mais firmeza para me ajudar a ficar
de pé.
Eu assenti, deixando meu corpo ser levado por suas mãos até que eu me
levantasse da calçada. Depois, ele usou as pontas das mangas compridas de
sua blusa para secar meus olhos, cuidadosamente, e eu finalmente senti sua
mão segurando a minha para me levar para longe dos olhares curiosos.
Ele não me beijou. Jungkook não encostou seus lábios à minha testa como
costumava fazer para me acalmar, nem selou minhas
bochechas no gesto tão carinhoso que eu nunca rejeitaria. E isso foi estranho.
— Jun... — Insisti, apertando sua mão com a minha quando tentei chamar sua
atenção, mas ele só parou quando estanquei meus pés no lugar.
Ele finalmente olhou para mim e então eu vi sua expressão com mais clareza.
Não era de impaciência, tampouco de raiva, mas aquele não era o olhar que
Jungkook costumava mostrar para mim.
Ainda que vez ou outra eu fosse dominado por algumas inseguranças, quando
eu via o olhar de Jungkook para mim, todas elas pareciam sumir e então eu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
tinha a mais absoluta certeza de que era correspondido. Entretanto, do jeito
que ele estava me olhando, eu tive dúvidas pela primeira vez.
E eu só queria falar com ele. Sobre qualquer coisa. Mas tudo na minha vida
pareceu se reduzir a notas e questões resolvidas, até mesmo no nosso
relacionamento. Então não foi só uma vez que eu deixei de sentir meu coração
acelerar quando via seu nome no visor do celular. Eu ficava irritado antes
mesmo de atender suas ligações e uma vez cheguei a ignorar sua chamada de
propósito, dizendo no dia seguinte que estava dormindo quando ele me ligou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas eu o amava, meu deus, como amava. Mesmo com toda a frustração, eu
sentia falta dele, dolorosamente, e esperava pelo dia em que as coisas
retornariam ao seu lugar. Eu só não gostava do jeito como elas estavam
naquele momento.
Por isso, eu não estava preparado para perdê-lo, e o medo tomou conta de
mim.
Uma resposta que negasse aquela suposição era tudo que eu precisava.
Entretanto, quando senti sua mão acariciando minhas costas com cuidado, o
que ele disse foi algo pior que uma confirmação.
Ele segurou meus braços com força e, apesar da minha relutância, conseguiu
me fazer soltá-lo, até me afastar. Seu olhar ainda era carregado e eu me
encolhi com medo do que estava por vir.
— Venha, Jimin. — Ele insistiu, dessa vez sem segurar minha mão para me
fazer acompanhá-lo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
A subida pelo elevador foi sufocante e eu nem consegui dizer nada quando
saímos da caixa metálica e paramos diante da porta do apartamento onde uma
pequena bagagem de mão, que pressupus ser a de Jungkook, estava. 21
Então eu tirei a chave do bolso da minha calça e tentei destrancar a porta, mas
minhas mãos tremiam demais para que eu acertasse a fechadura. Na terceira
tentativa falha, eu solucei, finalmente consciente sobre as lágrimas descendo
pelo meu rosto.
Jungkook disse alguma coisa que não consegui ouvir e então uma de suas
mão segurou a minha, com seu polegar deslizando pelas costas trêmulas da
minha palma, enquanto a outra tirou a chave de mim para que ele mesmo
abrisse a porta.
Depois, Jungkook gesticulou na direção da sala para que eu seguisse até ela,
mas ele entrou na cozinha. Ainda sem forças, eu arrastei meus pés
preguiçosos pelo piso frio até me sentar no chão abraçando minhas pernas,
entre o sofá e a mesinha de centro, enquanto esperava Jungkook voltar. E ele
o fez, pouco tempo depois, reaparecendo diante dos meus olhos com um copo
de água em mãos.
— Não sabia que você tinha pintado o cabelo. — Ele disse com um sorriso
morno, tão diferente da forma como eu gostava de vê-lo sorrindo para mim. -
loiro ficou bem em você.
Depois de tanto esperar para descobrir sua reação quando ele me visse com o
cabelo loiro, algo que eu achei que ficou tão bem em mim, foi completamente
desanimador ouvir um elogio que parecia quase forçado.
Eu me senti tonto mesmo sem ter bebido uma gota de álcool e um arrepio aflito
fez cada pelo do meu corpo se eriçar quando, contra minha vontade, minha
mente viajou sozinha pelas possibilidades.
Ele morava a mil quilômetros de mim e seria tão fácil me enganar. Seria tão
fácil para ele dormir com outras pessoas sem que eu sequer desconfiasse
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
disso e seria tão fácil ele se interessar por uma dessas pessoas e me deixar de
lado.
— Você... você transou com outra pessoa, não foi? — Acusei, atordoado,
sentindo minha voz falhar. — É por isso que você tá tão estranho comigo há
tanto tempo...
Por isso, levantei meu rosto para buscar o seu, e o fiz a tempo de ver a forma
impaciente como ele passou as mãos sobre os olhos, nariz e bochechas,
impaciente.
Eu mordi meu lábio furiosamente quando fogo pareceu ser injetado em meus
olhos, que ardiam como nunca.
— Você disse que a gente ia conversar, então por que você não tá dizendo
nada? — Eu pressionei, aflito. — Eu já entendi que não é coisa boa, então só
diz de uma vez! Você veio aqui pra terminar comigo, não foi? Diz logo!
Jungkook pressionou os lábios antes de passar a língua entre eles num gesto
irritado, para então responder minha pergunta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
controlar nada do que sinto e isso não sou eu. — Ele parou, respirando fundo.
— Sabe quantas vezes eu deixei minha vida pessoal interferir em meu
trabalho?- Ele questionou, retoricamente.
— Antes de você, nenhuma. Mas agora meu pai está internado naquele
hospital, eu tenho mais responsabilidades que em qualquer outro momento da
minha vida e mesmo assim tudo, o tempo todo, é sobre você.
Eu sabia que seu pai estava fazendo quimioterapia, mas não que ele tinha sido
internado. Jungkook nunca tinha me dito isso antes.
— Eu tentei, de verdade. Eu usei um tempo que não tinha só para ligar para
você, mas toda vez você me atendia como se eu estivesse incomodando, toda
vez você começava uma discussão diferente. E eu sei que você estava
cansado, mas eu também estava! — Ele confessou sem a calma que nunca,
nem mesmo uma vez, tinha deixado sua expressão. Nunca, até então. — Eu
também me canso, Jimin, eu também me estresso e eu também sinto medo!
Essa empresa é tudo para minha família e agora todo o peso dela está em
minhas costas e eu sinceramente não sei se consigo fazer isso. Eu não sei se
consigo assumir o lugar do meu pai e mesmo assim eu dei tudo de mim por
você, mas você nem consegue mais reconhecer isso.
Talvez se eu tivesse desabafado com ele as coisas seriam diferentes, mas tudo
que eu fiz durante todo aquele tempo foi derramar acusações egoístas, mesmo
que eu soubesse que não estava sendo fácil para ele também e eu sinto tanta
vergonha de ter agido assim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu acho que esse é nosso limite. — Ele continuou, com a voz mais fraca,
quase derrotada. — Então eu vim aqui terminar com você.
Eu ergui meu rosto imediatamente, negando com o desespero fugindo por cada
um dos meus poros.
— Eu vim para acabar com isso tudo, ele repetiu, sem levantar o rosto, com a
postura totalmente exposta e vulnerável. — mas eu não consigo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Nunca vou saber durante quanto tempo ficamos daquele jeito, buscando
reconforto e ao mesmo tempo matando a saudade de nossos corpos um contra
o outro porque, no fim, era daquilo que nós dois precisávamos. Nós
precisávamos estar juntos.
Sem poder beijar minhas maçãs, ele me beijou nas mãos, uma de cada vez,
demoradamente.
— Eu sei, Jungkook. — Eu disse, deslizando meus lábios por sua pele até
beijá-lo de novo, em sua bochecha, com minhas mãos ainda segurando seu
rosto. — Eu sei disso, porque eu também sou seu desde a primeira vez que te
vi.
Eu senti o ar que deixou seus lábios atingir meu queixo e então suas mãos
deslizaram por minhas coxas, que ainda abraçavam seu quadril.
— Me desculpa também por ter dito aquilo... Eu sei que você nunca faria algo
assim... - Eu pedi, encostando minha testa à sua quando deixei meus dedos se
prenderem aos fios escuros em sua nuca.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu senti seu nariz tocar o meu e sua respiração alcançar meu rosto e pisquei
demoradamente, completamente entorpecido pela sensação.
Jungkook suspirou contra minha boca e todo o meu corpo se acendeu quando
ele sugou meu lábio, soltando-o devagar.
Eu senti meu corpo inteiro travar e meus olhos quase saltaram para fora
quando eu me afastei, completamente atordoado, porque não esperava aquilo.
— Ama?
— Eu sei que você ficou assustado quando eu disse para sua mãe, —
Jungkook falou baixo, com seus lábios roçando os meus. — mas eu não disse
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
da boca pra fora. — Ele me deu um selinho demorado, então, antes de
encostar seu nariz ao meu outra vez. — Eu amo você, Jimin.
Dois anos. Quase dois anos depois de nos conhecermos, Jungkook ainda fazia
meu coração acelerar feito louco.
Por isso, quando entreabri meus lábios tentando dizer alguma coisa, som
nenhum foi criado. Eu só consegui deslizar minhas mãos por seus ombros e
braços, tocando-o e apertando-o, querendo sentir que era mesmo ele ali, era
real.
Jungkook me puxou pelo quadril, colando-o ainda mais ao seu, e beijou meu
queixo, minha boca e minha bochecha antes de voltar a me olhar, sem
hesitação alguma nos olhos escuros.
— Eu te amo.
Eu o observei por mais algum tempo, sem conseguir assimilar aquelas três
palavras.
Entretanto, meu corpo as entendeu tão bem que, antes que eu sequer
comandasse, meus braços o envolveram novamente e eu colei minha boca à
sua, beijando-o com vontade, talvez com um pouco de desespero.
Quando um gemido escapou por minha garganta, eu não soube dizer se era
pelo beijo ou se ainda eram aquelas palavras fazendo explodir, dentro de mim,
uma felicidade que eu nunca tinha sentido até então. Mas isso não importava.
A única coisa que eu queria era entregar meu corpo inteiramente a Jungkook,
assim como minha alma já era dele há muito tempo.
Assim, foi quase instintivo quando eu afastei meu tronco do seu, sem parar de
beijá-lo e comecei a desabotoar sua blusa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O som úmido e estalado da minha boca se unindo à sua ecoou pelo
apartamento e eu gemi quando ele sugou meu lábio, sem que minhas mãos
parassem de empurrar sua camisa por seus braços.
Ele soltou minha cintura e se moveu, deixando que a blusa caísse esquecida
no sofá, e seus braços me envolveram completamente, com força, quando ele
voltou a me abraçar, colando nossos corpos outra vez.
— Jungkook... — Eu o chamei, quase sem voz, quando senti minha pele ser
succionada novamente, presa entre seus lábios e sendo simultaneamente
tocada por sua língua.
Ele não disse nada, mas sua mão subiu pela parte interna da minha coxa até
chegar à minha virilha e então ele roçou de leve, provocativo, na ereção que já
tinha começado a se formar debaixo da minha calça.
Eu ofeguei, ansioso, e não pensei antes de levar minha mão até a sua,
apertando-a mais num pedido mudo para que ele aliviasse aquela sensação
que queimava como fogo, mas Jungkook empurrou minha mão e balançou a
cabeça em uma negação sucinta, com sua boca ainda sugando minha pele.
Eu expulsei o ar, louco para que ele me desse algum alívio, mas tudo que ele
fez foi me provocar ainda mais quando empurrou meu quadril contra seu
membro duro, pressionando-o em minhas nádegas através de toda a roupa
que ainda usávamos.
Quase levado por algum instinto, eu rebolei em seu colo e suspirei arrastado
quando ouvi um gemido seu escapar e ricochetear em meu pescoço já úmido
com sua saliva.
— Eu... — Tentei falar, mas perdi completamente o poder sobre minha própria
capacidade de alocução quando Jungkook segurou meu quadril com seus
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
dedos apertando minha carne e movendo-o com mais força sobre sua ereção,
forçando um gemido agudo e incalculado para fora da minha garganta.
Eu quis praguejar furiosamente, mas tudo que consegui fazer foi deixar minha
cabeça cair sobre a sua, ofegando em antecipação quando ele chupou meu
lábio outra vez, para só então conseguir dizer, mas não com muita potência na
voz:
– Então fode...
Eu me agarrei a ele, assustado, quando senti seu corpo ser impulsionado para
cima e então ele ficou de pé, me segurando com suas mãos quando eu
automaticamente abracei seu corpo com minhas pernas e voltei a beijá-lo,
incapaz de parar.
Jungkook então me carregou até o quarto e eu ofeguei quando meu corpo caiu
sobre a cama de casal, com as pernas dobradas e entreabertas e minhas mãos
apoiadas atrás do meu quadril para me dar alguma estabilidade enquanto eu o
via de pé, em minha frente, começando a desafivelar o cinto.
Eu pisquei atordoado e levantei meus olhos quando ouvi uma risada baixa,
sacana, e então eu procurei seu rosto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você gosta do couro, anjo? — Ele perguntou, deixando o cinto
cuidadosamente sobre o colchão.
Jungkook então deslizou seus lábios pela lateral do meu rosto num toque
dolorosamente provocativo e finalmente beijou meu queixo ao mesmo tempo
em que suas mãos empurravam meu cardigã.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Foi involuntário quando eu levei minha mão à sua cabeça, enquanto a outra
continuou esmagando a colcha debaixo do meu corpo arqueado, mas como se
desaprovasse minha ação instintiva, Jungkook ergueu seu rosto, negando,
quando segurou meu braço e o afastou.
Eu apertei meus olhos e meus lábios quando tentei empurrar meu quadril mais
para cima, em busca de atrito, com a sensação dos meus pulsos presos por
sua mão me fazendo gemer de insatisfação e excitação.
Ele sorriu numa aprovação sádica quando aproximou seus lábios dos meus,
tocando-os com sua língua antes de me beijar na bochecha, manchando-a de
saliva.
Assim, eu ainda demorei algum tempo para conseguir articular uma resposta
coerente. — Porque eu fui mimado e egoísta...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Isso, anjo. — Jungkook disse, sem se livrar do sorriso sádico quando
separou minhas mãos e as fez segurar uma das placas de madeira na
cabeceira. Continue assim.
— Sim, senhor. — Jungkook instruiu, então, descendo suas mãos por minha
cintura até chegar em minha calça. — Vamos fazer um pouco mais do meu
jeito. Entendeu, anjo?
— Sim, senhor...
Ele sorriu, e eu senti que o beijo que recebi em meu pescoço foi uma
recompensa por meu acerto.
Sem falar mais nada, Jungkook seguiu beijando todo o caminho por meu
peitoral e abdômen, que se contraiu involuntariamente quando eu senti sua
boca e língua marcando-o num caminho que levava até minha virilha.
Eu ouvia minha própria respiração e sentia meu coração pulsar como um louco
quando ele desceu o zíper e segurou as laterais do jeans, sem precisar dizer
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
nada para que eu erguesse meu quadril, permitindo que ele o tirasse de mim
com meu corpo inteiro sensível demais, sentindo o tecido grosso deslizar por
minhas pernas até que não as cobrisse mais Com o corpo exposto, coberto por
nada além de minha roupa íntima, Jungkook tocou em minha coxa nua,
acariciando-a com cuidado enquanto olhava para a pontinha de pré-gozo já
marcando minha boxer.
Eu senti algo fisgar dentro de mim e meu estômago inteiro congelou quando,
num movimento rápido, ele segurou minhas duas coxas e forçou minhas
pernas a flexionarem, ainda ajoelhado entre elas. Depois, eu estremeci quando
sua boca beijou a parte interna de minha coxa e fui pego de surpresa quando
ele passou seus dentes por minha carne sensível, virando os olhos para mim
sem afastar seus lábios dali.
Mesmo assim, meu gemido não foi ocasionado por nada além de prazer,
porque aquela sensação, junto à expectativa de sentir sua boca descendo cada
vez mais em direção à minha virilha, era indescritível.
Quando chegou à união da parte interna da minha coxa com minha virilha,
Jungkook passou sua língua sobre minha cueca, até que seus lábios
capturaram meu pênis através do tecido escuro e ele o beijou, sem pudor
algum, umedecendo tudo numa bagunça de pré-gozo e saliva que me deixou
louco.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
adiantava pedir, por isso eu continuei calado, me desfazendo em suspiros
arrastados a cada provocação.
E eu amava isso. Amava a forma como ele conseguia revirar tudo dentro de
mim e me deixar ainda mais excitado só com seu jeito de me olhar.
Segurando minha ereção com uma mão, Jungkook lambeu a glande mais uma
vez, pressionando-a antes de colocá-la na boca.
Eu delirei quando ele começou a me colocar para fora, com sua língua
pressionando toda a extensão do meu pênis até se concentrar na glande outra
vez, que foi mantida dentro de sua boca enquanto ele a succionava e lambia
com força com sua mão estimulando a base da ereção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu não aguentava mais. Eu queria ir fundo de novo, por isso meu corpo
desobedeceu meus comandos e minhas mãos se soltaram, agarrando seus
cabelos e empurrando sua cabeça com um pouco de desespero.
— O que foi que eu disse? — Ele questionou contra meu ouvido com uma
agressividade deliciosa, e então sua mão serpenteou para baixo do meu corpo
e agarrou meu pênis, pressionando-o.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, sem mais demora, Jungkook sorriu contra minha pele e deu um último
beijo em meu pescoço antes de deslizar seus lábios por toda a linha da minha
coluna, roçando-os de forma tortuosa até chegar em minha lombar, quando se
afastou completamente, mas eu ainda o sentia ajoelhado entre minhas pernas.
Depois, substituindo sua boca, ele tocou o cinto flexionado em minha nuca,
arrastando-o pelo mesmo caminho, suavemente, até deixar minha pele para
acertá-la depois, com mais força, fazendo um som estalado ecoar pelo quarto
quando o couro acertou minha nádega.
Sem poder vê-lo graças à minha posição, eu estive alheio aos movimentos de
Jungkook até que ele tocou minha bunda novamente, dessa vez com sua mão,
apertando-a antes de dar um tapa.
— Você gosta de me irritar, não é, anjo? — Ele questionou, então, com mais
um tapa estalado.
Pego desprevenido outra vez, Jungkook acertou minha nádega com o cinto no
mesmo lugar.
— Não o quê?
Eu mordi meu lábio, tentando não deixar muito óbvio quando tentei friccionar
minha ereção contra o colchão mais uma vez.
— Não, senhor.
— Às vezes parece que sim. — Ele retrucou, movendo seus dedos de uma
mão até deslizá-los entre minhas nádegas, da base da lombar até minha
entrada, mas sem pressioná-la. Depois, ele moveu a mão um pouco mais para
fora, deixando somente seu dedo médio me provocar com movimentos suaves
e circulares.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu estava completamente arrepiado, com cada terminação nervosa do meu
corpo mais sensível que o normal, atento a cada pequeno toque de Jungkook.
Por isso, eu quase fui tomado por insatisfação quando ele afastou sua mãos,
mas, antes que isso acontecesse, ele segurou minha cintura e empurrou meu
corpo para cima, me forçando a me apoiar em meus joelhos, com meu quadril
empinado no ar.
— Hm?
— Os dois tapas não vão funcionar agora. — Ele explicou, mexendo no cinto
que prendia minhas mãos. — Escolha uma palavra para dizer caso queira
parar. Alguma que você não vá dizer sem querer.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu assenti, com uma certeza devastadora de que aquela palavra não sairia da
minha boca, não naquela noite.
Eu ofeguei contra o colchão, apertando meus olhos com força porque nunca
tinha me sentido tão exposto quanto naquele momento e mesmo com a
excitação que fugia por cada poro do meu corpo, eu não pude evitar alguma
vergonha.
Eu não entendi o que ele estava fazendo e me senti até desconfortável, mas só
até sua língua pressionar minha entrada.
Sem me responder com palavras, ele atendeu meu pedido quando sugou a
pele ao redor da minha entrada, soltando-a com um som estalado antes de
voltar a me beijar sem pudor algum, molhando tudo com sua saliva quente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sua língua então me pressionou mais uma vez, no mesmo lugar, movendo-se
em círculos pequenos e demorados antes de se empurrar para dentro de mim
como numa penetração.
Eu esmaguei minhas mãos ainda presas uma contra a outra, sentindo que
minhas pernas falhariam a qualquer instante e desesperado para sentir
Jungkook dentro de mim.
Eu senti seus dedos saírem de mim lentamente, depois suas mãos começaram
a soltar o cinto que prendia meus pulsos até que, livre, ele segurou meu corpo
com cuidado e me fez virar na cama outra vez, me deitando com as costas
apoiadas no colchão e a cabeça afundada nos travesseiros.
Meus cabelos estavam começando a grudar em minha testa por causa do suor
e eu quase delirei quando vi o rosto também suado de Jungkook quando ele
subiu beijando toda minha barriga até parar com seu rosto sobre o meu,
usando os cotovelos para não deixar seu peso cair em cima de mim.
Com as mãos livres, eu toquei seus braços, segurando-o perto. Sua boca então
tocou a minha e eu senti sua mão acariciando minha bochecha, o que me fez
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
respirar fundo com o coração cheio de confiança de que eu não poderia me
entregar a ninguém além dele.
Ele suspirou contra minha boca antes de me beijar de novo, mas só por um
instante porque, logo depois, Jungkook se afastou de novo para se ajoelhar
entre minhas pernas e continuou me olhando, sem parar, quando começou a
desabotoar sua calça,
Não pela primeira vez, eu perdi o ar ao vê-lo por completo e, mais que isso, por
ver como Jungkook ficava duro por mim, sem deixar passar despercebida a
quantidade de pré-gozo que saía de sua glande.
Eu apertei meus lábios, hipnotizado, quando vi sua mão envolver seu membro
e estimulá-lo, passando seu polegar pela cabeça e depois descendo por toda a
extensão, espalhando o líquido pelo corpo com as veias inchadas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem tentar conter o impulso, eu deixei que minhas mãos alcançassem sua
ereção e comecei a masturbá-lo, sem parar de olhar para seu rosto, atento a
cada lufada de ar que ele deixava fugir quando meus dedos pequenos o
estimulavam.
Sua mão então tocou minha cintura e ele me guiou para que eu deitasse outra
vez, com seu corpo sobre o meu e minha mão ainda tocando-o sem muita
experiência. Entretanto, eu me atrapalhei todo quando sua ereção tocou a
minha e ele investiu contra meu membro duro, que latejou ao sentir o contato
direto entre as peles finas e sensíveis.
Eu passei meu braço por baixo dos seus e levei minhas mãos até seus
cabelos, puxando-os para tentar aliviar aquela sensação que desesperava, de
tão deliciosa.
Jungkook chupou meu lábio, ofegando, quando moveu seu quadril e eu senti
sua glande pressionando o espaço entre minhas nádegas, movendo-se
devagar entre elas, ainda sem me penetrar.
Minhas pernas abraçaram seu quadril com ainda mais força e o ar fugiu para
fora de mim quando Jungkook se empurrou um pouco mais para dentro,
forçando minha entrada que se contraiu, querendo expulsá-lo.
Ele gemeu rouco e segurou meu quadril com mais força, erguendo-o um pouco
quando me penetrou ainda mais, devagar.
— Caralho... Jimin... — Eu o ouvi praguejar contra minha boca, com sua testa
apoiada sobre a minha, sem forças.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu senti o ardor quando ele continuou me penetrando e fui tomado pela
inconsistência da minha mente, enterrando minhas unhas em suas costas, sem
conseguir parar de gemer.
Ele continuou fodendo, surrando o mesmo ponto sensível vez atrás de vez até
que, involuntariamente, eu contraí todos os meus músculos, estrangulando seu
pênis ainda dentro de mim. Jungkook gemeu alto e eu me assustei quando ele
me puxou pelo braço e me fez sentar sobre suas pernas, ainda abraçando seu
quadril com as minhas, e ele empurrou nossos corpos até fazer minhas costas
se chocarem contra a cabeceira da cama.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Envolvendo seus ombros com meus braços, eu o segurei perto e movi meu
quadril junto com o seu enquanto ele estocava com força, fazendo meu corpo
se chocar contra o estrado de madeira repetidamente sem que eu me
importasse de verdade com isso.
Minha voz ressurgiu, rouca, e eu ouvi meu gemido agudo preencher todo o
quarto junto ao seu, grave e tão desesperado quanto o meu.
Meu corpo já não tinha forças quando algo pareceu explodir dentro de mim,
minhas pernas tremeram, ainda agarradas ao seu quadril, e minha cabeça
pareceu pesar uma tonelada inteira, tombando sobre a sua quando eu senti o
gozo começar a jorrar em jatos, sujando minha barriga e a sua enquanto
Jungkook continuou me masturbando até o último segundo.
Jungkook continuou se movendo dentro de mim, devagar, até que seu corpo
pareceu perder a força e ele respirou com dificuldade, me puxando pelas
pernas para que eu me deitasse sobre a cama, com seu corpo sobre o meu.
Eu estava radiante e sentia que podia brilhar mais que o próprio sol, mas
estava tão fraco que nem mesmo consegui sorrir, mas não rejeitei o beijo
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
calmo que Jungkook me deu. Eu segurei seu rosto com minhas mãos e
continuei com os olhos fechados mesmo quando ele parou de me beijar,
apenas roçando nossos lábios. Eu senti o suor em em sua pele e sua
respiração ainda ofegante e, mesmo ainda sem força, não senti quando um
sorriso pequeno se abriu.
— Tudo bem?- Ele perguntou, um pouco preocupado, e afastou seu rosto para
poder ver o meu.
E com seu ouvido sobre meu coração, eu esperava que ele escutasse o que eu
ainda não tinha coragem de colocar em palavras.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
todo mundo achando que o ano ia começar bem por causa dessa att daí eu
chego com esse smut meio pombo kk desculpa):
tinha mais coisa pra acontecer no capítulo (porque eles não vão dormir sem
tomar banho, deus me libre), mas eu já tava achando a leitura muito cansativa
e resolvi acabar aí mesmo, me perdoem por isso também:
mas ok, então: sub chegou a 200k!!! se isso for um sinal, imagino que 2018 vai
ser um ano muito bom pra nossa filhinha (por favor @deus, não me ilude). Eu
realmente ainda não acredito que nossa nenê tá crescendo tão rápido):
por hoje é só esse início de ano tá bem corrido pra mim por causa da uni (é, eu
não to de férias cry), então a próxima att só deve sair dia 14 )): nos vemos lá!
<3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
22 • Double-handed
Porque apesar da probabilidade de que nada naquela noite daria certo, a última
hora foi, provavelmente, a melhor de toda minha vida.
Mesmo sem saber para onde ele estava indo, eu me deixei ser levado e
abracei seu pescoço, escondendo meu rosto em seu ombro quando ele passou
um braço por minhas pernas e o outro por minhas costas, me erguendo da
cama quando também ficou de pé.
— Ah, pelo amor de deus, o Jimin tava quase gritando dez minutos atrás, mas
eu não posso fazer um barulhinho sem querer?! — Meu amigo resmungou de
volta e eu arregalei os olhos ao perceber que eles tinham chegado a tempo de
ouvir alguma coisa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eles já terminaram, inferno, você não ouviu aquele último gemido altão?
Com certeza foi de quem desentupiu o pau e gozou!
Eu não sabia dizer, ao certo. Entretanto, foi outra coisa que me fez morder a
parte interna da minha bochecha quando eu subi as mãos por suas costelas,
até pousar as palmas sobre seu peitoral, uma sobre a tatuagem marcada em
sua pele, acariciando-a quase sem perceber.
Jungkook subiu as mãos até minha cintura, passando seus braços para minhas
costas quando me abraçou, me puxando mais para perto, e beijou minha
bochecha demoradamente.
— Eu nunca tinha ficado tão irritado com alguém antes, anjo. — Ele disse,
cuidadoso. — Foi estranho perder o controle sobre minha calma e com tudo
que vem acontecendo, minha cabeça às vezes parece estar a ponto de
explodir, então eu realmente pensei nisso. — Continuou, e eu reconheci
alguma vergonha em sua voz. — Mas foi impossível continuar pensando assim
depois de te ver de novo. Eu não consigo deixar você ir...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Durante todos os meses que passamos juntos, ele nunca tirou meu direito de
me sentir cansado ou estressado. Mais que isso, ele sempre me entendeu ou
pelo menos fez seu melhor para isso. Eu, por outro lado, anulei completamente
sua liberdade de se abrir comigo quando assumi que Jungkook não poderia se
sentir da mesma forma que eu, tudo isso porque eu sempre o vi como alguém
tão incrível que não conseguia entender que ele também se sentia
pressionado, assustado e exausto.
Arrependido por todo meu egoísmo, por não ver nada além dos meus próprios
problemas, eu segurei seu rosto com minhas mãos e o beijei, pressionando
meus lábios contra os seus.
Ele negou com a cabeça, me dando mais um selinho. — Não foi culpa sua,
anjo. Você também está numa situação difícil. Eu deveria ter sido mais
compreensivo.
Eu ouvir o ar pesar em sua respiração quando ele riu baixo, quase orgulhoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu respirei fundo, tomando coragem para falar, mesmo sabendo que Jungkook
nunca me condenaria por pedir algo assim.
— Quando você tiver tempo e puder me ligar, não precisa tentar me ajudar com
as coisas da escola. Eu sei que você só está pensando no melhor pra mim, eu
sei mesmo, mas eu juro que estou estudando dessa vez e não vou ter
vergonha de pedir sua ajuda quando tiver dificuldade, mas quando você me
liga eu só quero ouvir sua voz, contar como foi meu dia e saber como foi o seu,
então... só conversa comigo, por favor. Eu sinto muita saudade de conversar
com você...
Eu o abracei também com as pernas, segurando-o perto para não perder nem
um segundo do calor do seu corpo nu contra o meu, e deitei minha cabeça em
seu ombro.
Eu mordi meu lábio, risonho, quando respondi com o tom de voz brincalhão: —
Sim, senhor.
O peito de Jungkook se chocou contra o meu quando ele riu e beliscou minha
coxa de leve numa repreensão distraída.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu fiquei todo mole... — Murmurei sem conseguir segurar uma risada quase
infantil. — Quero fazer sexo todo dia agora!
— Eu não posso estar aqui todos os dias, meu bem, — Jungkook relembrou,
acariciando minha cintura. — então vai ser um problema se você conseguir
isso.
Eu neguei com a cabeça, ainda envolvendo seus ombros com meus braços
quando afastei meu rosto para poder olhá-lo com um sorrisinho incontido.
— Eu só quero fazer com você. — Eu apertei meus olhos quando ri, ainda
atordoado pela sensação maravilhosa. — Meu deus, Jungkook, é tão bom...
como você aguentou ficar tanto tempo sem?
Jungkook fingiu estar pensativo por muito pouco tempo e depois me deu um
selinho rápido, quase empurrando minha cabeça para trás.
— Eu tô tão feliz que parece que vou explodir... — Confessei com toda a
sinceridade do mundo, sem conseguir parar de sorrir.
— Agora você sabe como eu me sinto sempre que posso te ver, anjo.
Eu quase grunhi quando me lancei contra ele de novo, escondendo meu rosto
em seu ombro porque sei que fiquei vermelho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não aguento mais! Você é muito fofo! — Resmunguei, nervoso nem sei
porque.
Antes que ele pudesse me responder com algo além de mais uma risada,
entretanto, alguém bateu na porta com força, como se tentasse derrubá-la.
— Será que as madames podem adiantar e sair logo do banheiro? Tem gente
querendo mijar! — Yukwon gritou, furioso, do lado de fora.
— Minha pele vai cair, Jimin. — Ele resmungou, tentando sair de debaixo do
chuveiro, mas eu apertei os olhos sem entender. — A água ficou muito quente.
— Faz bem pra pele. — Ele provocou, usando o outro braço para me segurar
quando eu tentei correr e acabei estapeando seu peito, rindo em meio ao
desespero, mas senti o riso morrer quando ele me beijou, me pegando
completamente de surpresa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem resistência alguma, eu senti meu corpo relaxar e o segurei pelos braços,
sem parar de retribuir seu beijo até que a temperatura da água pareceu um
problema muito distante.
Até o fim do banho, eu perdi as contas de quantos outros beijos ele me deu,
mas sei que mais nenhuma reclamação surgiu em minha mente sobre o frio ou
sobre qualquer outra coisa, e só um sorriso pequeno ocupou o lugar da minha
voz enquanto Jungkook também ensaboava meu cabelo sem dizer nada e sem
precisar dizer.
Quando acabamos, ele pegou a toalha e secou meus cabelos, meu rosto,
meus ombros e braço, descendo pela barriga, até começar a secar minhas
pernas.
Eu senti seu sorriso contra minha boca antes que ele me desse um último
selinho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o vi sair do banheiro logo depois e, sozinho e com a porta fechada, eu parei
na frente do espelho, olhando com atenção as marquinhas avermelhadas em
meu pescoço e ombros e precisei conter um grito mudo quando elas
funcionaram como um lembrete de tudo que tinha acontecido no quarto.
Eu estava eufórico, mais feliz que nunca em minha vida, mas precisei me
conter um pouco quando Jungkook voltou e agi como se não tivesse acabado
de dar dez soquinhos vitoriosos no ar.
Ele então me deu a blusa de botões que tinha sido deixada no sofá e retirou da
mala pequena uma calça de dormir para ele. Quando terminamos de nos vestir,
com o tecido branco da camiseta engolindo meus braços e se estendendo até
minhas coxas, nós finalmente saímos do banheiro e voltamos para o quarto.
Eu suspirei contra sua pele, ainda sem entender direito toda a situação.
— Yukwon. — Ele respondeu, com a voz cansada. — Ele ligava todos os dias
para o meu celular e para todos os números possíveis da empresa. Os
funcionários estavam ficando loucos e Namjoon já estava falando em fazer
uma denúncia, então eu não tive outra opção. — Ele deixou um suspiro
escapar antes de seguir. - Você ter um amigo tão dedicado quanto ele complica
minha vida, porque eu realmente não podia estar longe da Bangtan agora. —
Confessou, talvez um pouco preocupado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Merda... — Praguejei, frustrado, quando bati em minha testa. — Merda,
merda, merda!
— Ele vai entender. — Jungkook disse, sem parecer duvidar disso. — Yukwon
te adora e agora até os funcionários da Bangtan sabem disso.
— Espero que isso não traga problemas pra você... — Eu desejei, sincero.
— Do jeito que as coisas estão, um problema a mais não faz diferença. — Ele
confessou, ainda com a voz sonolenta.
Eu me movi sobre ele até levantar meu rosto para poder olhá-lo, e o vi com os
olhos fechados, parecendo completamente exausto, quase cedendo ao sono.
— Eles podem fazer isso? — Insisti, muito mais afetado que ele parecia estar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
posso ser afastado. Minha única vantagem agora é ter conseguido fechar a
aquisição da Yoshikawa, mas todo o resto pode ser usado contra mim.
Eu engoli a saliva em minha boca, tenso, quando percebi que eu não entendia
nem mesmo um terço do quanto a vida de Jungkook estava complicada.
Entretanto, quando abriu os olhos preguiçosos e olhou para mim, a despeito da
minha preocupação, ele sorriu pequeno.
— Eu adoro o jeito como você trata seus amigos e sua família e adoro a forma
como você sempre consegue voltar a sorrir depois de uma situação difícil. —
Jungkook continuou, mesmo que meu coração já estivesse batendo tão forte,
prestes a colapsar. — Eu amo sua sinceridade, seu jeito de me olhar e a forma
como nós dois aprendemos a conhecer bem o jeito um do outro. E eu também
amo lembrar de você depois de um dia difícil e me sentir melhor só por isso...
mas o que eu mais amo é poder ser seu, Jimin.
— Não precisa chorar, anjo.— Ele disse, ainda risonho e com os olhos cheios
de carinho.
— A culpa é sua por dizer essas coisas. — Acusei num muxoxo fraco. — Você
sabe que eu sou chorão...
— Sei, sim. E eu também amo isso. — Ele disse com a voz lenta, quase
arrastada, e eu acariciei sua cabeça quando percebi que aquela era a primeira
vez que eu via Jungkook ceder ao cansaço daquela forma.
Então eu me movi sobre o colchão e puxei sua cabeça até que ele pudesse
deitá-la sobre meu corpo, e eu o abracei forte quando senti que ele parecia
quase sem forças.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Hm? O que foi? — Perguntei baixinho, como se tivesse medo de espantar
seu sono caso falasse alto demais.
— As vezes eu sinto que não sou capaz de algum dia assumir o lugar do meu
pai, mas então eu lembro que você acredita em mim e isso é o suficiente para
me fazer continuar tentando. — Jungkook disse, falando baixo, devagar. —
Então obrigado por confiar em mim. Essa é mais uma das coisas que eu amo
em você.
Eu sorri sem perceber que o fiz, beijando sua testa quando juntei minha mão à
sua, entrelaçando nossos dedos. Não propositalmente, o pingente da minha
pulseira ficou preso entre nossas palmas, e então nós dois tínhamos o mundo
em nossas mãos.
Sem precisar dizer nada, eu só mantive nossas mãos e nossos corpos unidos,
apreciando cada segundo do peso de Jungkook se desfazendo sobre mim
quando ele começou a ressonar baixo, finalmente vencido pelo cansaço que,
ali, eu soube que o acompanhava por dias.
Por algum tempo eu continuei acordado com uma mão presa à de Jungkook e
a outra fazendo carinho em suas costas, sem conseguir desligar minha mente
enquanto ouvia os sons de Yukwon e Yuta conversando, ou se matando, na
sala.
E mesmo sabendo que minha vida ainda estava uma completa bagunça, eu me
senti bem pela primeira vez desde que vi a palavra reprovado em meu histórico
escolar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu amava e era amado por um homem maravilhoso, tinha os melhores amigos
do mundo e, apesar de tudo, sabia que podia contar com minha família.
Quando cheguei na sala, ainda bocejando por ter levantado tão cedo, eu vi
Yuta e Yukwon dormindo no sofá-cama da sala e me assustei um pouco por
ver a forma como meu melhor amigo estava todo torto sobre o estofado, com o
corpo curvado, a cabeça apoiada na barriga de Yuta e seus braços
envolvendo-o em um abraço letárgico.
Depois de fazer torradas para todos, então, eu arrumei algumas numa bandeja
para mim e para Jungkook, que eu conhecia bem o suficiente para saber que
não demoraria a acordar mesmo com todo o cansaço, e deixei outras para
quando Yuta e Yukwon acordassem. Depois, eu servi minhas torradas com
geleia e fiz alguns ovos mexidos para Jungkook já que ele não gostava tanto
de doces.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não era o melhor café-da-manhã que eu já tinha feito, mas era o melhor que
poderia fazer naquele momento. Então, depois de servir dois copos de água e
equilibrá-los sobre a bandeja, eu voltei para o quarto sem nem me preocupar
em passar na frente de um espelho para analisar o estado do meu rosto e dos
meus cabelos, mas me arrependi disso quando vi que Jungkook já estava
acordado.
— Vem cá.
Mesmo sem entender porque ele parecia ainda mais carinhoso que o normal,
eu sorri, encolhendo meu corpo contra o seu quentinho.
— Eu já disse que sou o homem mais feliz desse mundo por ter você? — Ele
perguntou, então, e eu ri um pouco abobalhado quando ergui meu rosto para
poder vê-lo.
— Tive um sonho estranho. Ele confessou, sem me soltar e dando vários beijos
em minha cabeça.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu deslizei minha mão por seu abdômen e dei uma risadinha, achando
engraçado descobrir que ele estava daquele jeito por causa de um sonho, e
senti seu abraço se tornar mais forte.
Eu senti a ponta do seu nariz acariciando minha bochecha quando ele negou
com a cabeça antes de pressionar meus lábios com Os seus.
Eu sorri, apertando meus lábios, e segurei seu rosto com minhas mãos antes
de dar um beijo em sua bochecha, para logo depois me afastar um pouco e,
com os joelhos apoiados no colchão, eu me estiquei até alcançar a bandeja
que estava na ponta da cama. Eu não tinha nenhuma má intenção ao fazer
isso, mas então a blusa subiu quando eu me movi e eu não estava vestindo
nada por baixo dela, por isso senti a mão de Jungkook diretamente na lateral
da minha coxa, quase na minha bunda quando ela ficou exposta.
— São oito da manhã e você já está fazendo isso comigo... — Ele repreendeu
em um tom inconfundivelmente brincalhão quando apertou minha nádega, e eu
ri porque acabou fazendo um pouco de cócegas.
— Não foi por mal, poxa. — Me defendi, manhoso, quando voltei a me sentar
sobre suas pernas depois de puxar a blusa para me cobrir melhor, já com a
bandeja bem diante de nós dois.
Jungkook envolveu minha cintura com seus braços, me puxando até que eu
estivesse sentado de lado sobre sua coxa, com nossos rostos bem próximos, e
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
eu senti o arrepio familiar quando senti seu sorriso contra a pele do meu
pescoço depois que ele me beijou ali.
— Você acredita que já faz tanto tempo? — Questionei, nostálgico, e nem medi
as palavras seguintes. — Já fazem quase dois anos desde aquele dia que eu
fiquei com uma ereção só de olhar pra você lá no hotel...
— Você era tão lindo. — Jungkook disse, ainda sem conseguir parar de rir.
— Era? — Repeti, olhando para ele com uma chateação um pouco fingida. —
Não sou mais?
— É, sim. Mais lindo a cada dia que passa. — Ele respondeu e eu me encolhi,
risonho, quando ele passou a mão em meus cabelos tingidos até tocar em
minha bochecha. — O loiro ficou tão bem em você, anjo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
bochecha: — E mesmo assim fica lindo até quando está quase rasgando o livro
de física.
Mas eu não me importava, porque não existia nada nesse mundo que fizesse
meu coração bater tão forte e tão feliz quanto receber e demonstrar todo o
carinho que existia entre nós dois.
Jungkook demorou para responder, beijando meu ombro com cuidado e então
eu já sabia o que ele diria.
Eu quis pedir para que ele ficasse por mais um tempo, mas eu já sabia que ele
ficaria se pudesse, então só assenti, cabisbaixo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu prometo que as coisas vão melhorar quando meu pai reassumir o cargo.
Jungkook garantiu, me abraçando forte. — Só espere mais um pouco, por
favor.
Eu senti as mãos de Jungkook deslizando por minhas costas antes que ele me
abraçasse ainda com mais força, sem reprimir um suspiro carregado.
— Eu vou arrumar minhas coisas. — Ele avisou, então, mas sem me soltar.
Depois de juntar nossas roupas espalhadas pelo quarto, ele foi até sua mala e
pegou algumas limpas para vestir enquanto eu o assistia, em silêncio,
abraçando minhas pernas encolhidas contra meu corpo e apoiando meu queixo
sobre os joelhos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
outras vezes, me perdi completamente na imagem tão bonita quanto
ameaçadora. Sem mais conter a curiosidade que sempre tive, então, eu
finalmente perguntei: - Por que uma cobra?
Ele demorou algum tempo para entender sobre o que eu estava falando, e
então colocou suas roupas limpas sobre a cama, ao lado de sua mala
pequena.
— Você não gosta? — Ele questionou, se aproximando de mim até inclinar seu
corpo sobre o meu, com suas mãos espalmadas ao lado do meu quadril.
Mesmo sem ter minha atenção focada em seu rosto, eu percebi o movimento
da língua de Jungkook fazendo uma breve aparição entre seus lábios, até que
ele finalmente respondeu.
— Eu posso te explicar agora, mas prefiro fazer isso depois que você fizer
parte do meu mundo. Ele parou por um instante, antes de se corrigir. — Se
você quiser fazer parte dele.
Eu apertei meus olhos, finalmente voltando a olhar para seu rosto com a
confusão estampada em minha expressão.
— Como assim?
Jungkook sorriu, com o rosto bem perto, e eu me arrepiei quando senti seus
lábios se aproximando de meu pescoço, pelo lado direito, e beijando-o com um
selar demorado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nós chamamos de bondage e disciplina, — Ele deslizou até o outro lado,
então, beijando-o também. — dominação e submissão, — por último, voltou a
pousar seu rosto em frente ao meu, me beijando nos lábios, pela última vez. —
e sadismo e masoquismo. Esse é o meu mundo, anjo.
— É uma conversa que nós precisamos ter com calma. — Ele disse, então,
voltando a pegar suas roupas para ir até o banheiro. — Eu vou te explicar aos
poucos, tudo bem?
Eu precisava me desculpar com eles todos por ter estragado a primeira noite
que pudemos passar juntos depois que Jeonghan foi embora, mas meu maior
erro ainda tinha sido cometido contra Yukwon e a agonia estava me matando.
Então, assim que Jungkook saiu do banheiro, eu corri para tomar meu banho e
escovar meus dentes, para só depois finalmente aparecer na sala, onde todos
estavam.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook estava sentado no sofá com Kihyun, que agarrou seu braço para me
provocar quando me viu, enquanto os outros três se reuniam ao redor da
mesinha de centro, comendo as torradas que eu tinha preparado e mais
algumas coisas que pressupus terem sido levadas por Kihyun ou Jeonghan.
— Aham. — Ele respondeu, seco, virando as costas para sair de perto de mim,
mas eu sempre soube ser bem insistente e o acompanhei, impedindo que ele
saísse da cozinha. O que, invariavelmente, o irritou mais. — Sai de perto,
carrapato chato do caralho! Eu não tô com paciência pra você agora.
— Não vou sair. Vou grudar em você até você me desculpar. — Insisti,
abraçando-o com mais afinco, quase literalmente me pendurando nele.
— Vai se foder se você realmente acha que eu brincaria com algo que pudesse
te magoar. — Ele disse, então, ainda ressentido. — Eu quero mesmo que você
vá tomar bem no meio do seu cu e fique todo arrombado.
— Eu sei que você não brincaria com isso, você é meu melhor amigo,
caramba... — Murmurei, abaixando meus olhos. — E eu meio que já tomei
naquele lugar...
Yukwon me olhou de relance e eu sei que ele estava se controlando para não
perguntar, então fui rápido em dizer o que eu sei que ele queria descobrir.
— Foi a melhor coisa que eu já fiz na vida e eu não estou nem exagerando. -
Confessei, sonhador. — Mas você nunca me disse que ele podia me beijar...
sabe? Lá naquele lugar... Eu fui pego de surpresa!
— Ah, beijo grego é isso?- Murmurei, pensativo. — Eu achava que era outra
coisa...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele revirou os olhos, se recostando no balcão da pia com os braços cruzados.
— Desembucha. — Ele pediu, então, ainda tentando não mostrar todo seu
interesse.
— Então tomara que você exploda. Nem quero saber mesmo. — Ele retrucou,
orgulhoso, já dando as costas para sair da cozinha, mas eu o segurei de novo,
cedendo.
Eu apertei meus olhos, sem muita certeza de como responder aquilo. Porque,
sim, doeu, mas eu gostei da dor,
— Deixa você ser fodido sem lubrificante pra ver se é gostoso também...
Yukwon arregalou os olhos e seu queixo quase foi no chão. — O cara te comeu
no seco?! Na sua primeira vez?!
— Foi, ué.
— Você é doido, seu porra? Como é que você trepa sem camisinha?!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É que...
Jeonghan riu, colocando o resto das coisas sujas dentro da pia para lavá-las.
— Mas vocês estão bem, né? Não gosto quando vocês brigam. — Ele
questionou, olhando para a gente com um sorriso pequeno.
— Não precisa se desculpar, Chim, eu fiquei muito feliz por poder ver vocês. E,
você sabe, nós somos seus amigos, então você não precisa fingir que tá tudo
bem se não estiver. Eu não quero que você se sinta pressionado a parecer
bem quando estiver perto da gente.
— Eu já disse que vou visitar vocês com mais frequência assim que me
organizar. — Ele disse, me abraçando forte, e eu sorri fraquinho quando ele
beijou o topo da minha cabeça. — E nós ainda temos o dia todo juntos, então
não fique se lamentando, ok?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nós quem? — Yukwon resmungou, ainda emburrado ao nosso lado. — o
bucetão já vai embora, caso você não lembre.
— Ah, lembro, sim. Lembro muito bem. — Jeonghan respondeu, risonho, sem
que qualquer um de nós tentasse quebrar o abraço. — O que é que tá
acontecendo entre vocês, hein?
— Ontem depois que você foi embora, Yukwon começou a brigar com ele
porque Yuta me avisou que ia precisar voltar pra Nam-gu hoje pela manhã, por
causa do trabalho. — Ele disse, mas nada disso era novidade para mim. — E
eles ficaram discutindo até a hora que a gente saiu, o Yukwon não parava de
xingar a chefe do Yuta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu até poderia acreditar nisso, mas eu lembro claramente de Yuta dizendo
algo como "eu já disse que não vou mais deixar você me beijar", o que quer
dizer que vocês já se beijaram outras vezes.
Como se recebesse uma pancada dolorosa, meu riso perdeu a força no mesmo
instante e eu virei meu rosto para Yukwon com tanta força que quase quebrei
meu pescoço.
— Nada.
Jeonghan suspirou, quase desistindo. — Não parece ser nada e você tá quase
morrendo de ciúmes dele. Se não quer ser sincero comigo, tudo bem, mas
você devia ser sincero pelo menos com você mesmo, porque seja lá o que
aconteceu entre vocês, Yuta já parece ter perdido a paciência com essa sua
negação chata.
Yukwon passou a língua entre os lábios, ainda sério, sem dizer nada e sem
olhar para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sinceramente, parece que você já fez Yuta desistir de você. — Jeonghan
confessou ainda sério, mas calmo.
— Larga meu macho e vai atrás do seu, criança chata. — Kihyun insistiu, se
aproximando e me empurrando para longe do meu amigo, que riu quando logo
foi abraçado pelo de cabelos cor-de-rosa.
Eu também dei uma risadinha, mas senti o riso morrer quando vi Jungkook se
aproximando com a mala em mãos.
Por um segundo, eu esqueci que ele não poderia ficar por mais tempo, mas foi
só lembrar que meu ânimo murchou inteiro, embora ainda existisse uma
pontinha resistente de felicidade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu nunca vou me acostumar com isso... — Me lamentei contra ele, sentindo
sua mão acariciar minha cabeça enquanto eu o abraçava com força, sem me
importar com nossa plateia.
— Mas você sabe ser chato, hein? — Jeonghan resmungou, mesmo rindo.
— Sabe o que você faz, Jimin? — Foi Kihyun quem disse, então. — Vai lá com
o Jungkook no aeroporto e dá um tempinho pra gente falar mal de você, vai.
Eu olhei para ele, meio emburrado pela sugestão, mas ao mesmo tempo
seduzido por ela. Eu queria ir com Jungkook e aproveitar uma última hora com
ele, mas também tinha medo de agir como se estivesse menosprezando a
companhia dos meus amigos, principalmente depois de ter agido como agi na
noite anterior. Por isso, eu abaixei meus olhos, juntando forças para descartar
a possibilidade.
Eu olhei também para Jeonghan, tentando confirmar que não tinha problema,
porque no fundo eu sabia que eles não iam falar mal de mim e só estavam
tentando aliviar minha consciência. E não diferente dos outros dois, ele
também me incentivou, mas com um sorriso.
— Você vem? — Ele perguntou, ainda acariciando minha cabeça e com sua
boca bem perto da minha. Eu me inclinei para devolver seu beijo logo antes de
sorrir, assentindo
— Vou!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook também sorriu e, sem mais atrasos, eu o acompanhei para fora do
flat. Nós entramos no primeiro táxi que encontramos e sentamos agarrados,
com minhas pernas repousadas sobre sua coxa e meus braços envolvendo seu
pescoço como se o taxista não estivesse ali, logo na frente, reprovando o que
estávamos fazendo.
Quando finalmente saímos da fila, nós paramos antes que ele fosse para o
embarque e eu suspirei, diante dele, segurando sua mão.
Sem pensar muito, eu me afastei de Jungkook com uma ideia e o puxei pela
mão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu vou te dar um presente. — Anunciei, apressado para não acabar
atrasando-o, e logo nós estávamos dentro da loja.
— Ai, que alívio... — Eu suspirei, sem perceber, quando abri minha carteira e vi
que minhas poucas economias seriam suficientes.
— Deixe que eu pago, meu bem. — Jungkook disse depois de me ver retirando
quase todas as notas da carteira, mas eu neguei, decidido.
— Quando eu fico com saudade de você, eu abraço aquele coelhinho que você
ganhou pra mim no parque. Então quando você ficar com saudade de mim,
pode abraçar o gatinho também.
Jungkook riu genuinamente, parecendo ter sido pego de surpresa por minha
intenção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu acho que nunca vou me acostumar com esse seu jeito lindo. — Ele
disse, então, ainda com o sorriso estampado nos lábios e nos olhos enquanto
olhava para o bichinho. — Obrigado, anjo.
Eu mordi meu lábio, feliz por ele ter gostado do meu presente de última hora,
mas percebendo que não tínhamos mais tempo quando os alto-falantes
anunciaram a última chamada para o seu vôo.
Ele então suspirou, tão chateado quanto eu, e nós ficamos em silêncio quando
demos o último abraço e o último beijo até que pudéssemos nos ver numa
próxima vez, que não sabíamos quando chegaria.
— Eu já vou. — Ele disse baixinho com sua mão livre acariciando meu
pescoço, e então me deu mais um beijinho rápido. — Volte com cuidado, tudo
bem?
Eu assenti e selei seus lábios mais uma vez, sentindo sua relutância antes de
se afastar um pouco.
Eu apertei minhas mãos uma contra a outra e fiquei não sei quanto tempo
parado no mesmo lugar, até que meu celular vibrou com mais duas novas
notificações e finalmente o puxei para fora do bolso, vendo que eram
mensagens de Yukwon e uma de Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
a a a oiii): atrasei um tanto na att, mas foi por causa da manutenção do
wattpad.eu percebi que muitos de vcs não viram o recado que postei no meu
mural, mas realmente não tinha condições de postar com o wtt daquele jeito e
espero do fundo do meu coração que as coisas melhorem agora :
então, hm, capítulo tranquilo, eu acho, mas espero que não tenha sido chato!
eu virei saco de pancada da uni nos últimos tempos e por isso os capítulos
estão saindo com um monte de erros, porque eu não tenho mais tempo pra
revisar )))): então me desculpem por isso, tá? eu realmente gosto de trazer
tudo bem bonitinho pra vcs mas ultimamente não tá dando):
vou tentar postar o próximo dia 27. se chegar o dia, ficar muito tarde e eu não
tiver postado a att ainda, deem uma olhadinha no meu mural porque é lá que
eu vou explicar caso tenha algum atraso, okay? Tchã
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
23 • Lemon Squeezy
Já faziam quase cinco meses desde a última vez que eu tinha encontrado
Jungkook e, não que eu esperasse que fosse diferente, ele continuava sem
muito tempo para mim. As coisas pareciam cada vez piores e ele chegava a
passar dias inteiros sem dar sinal de vida, mas eu tentava manter em mente
que não deveria cobrar sua atenção quando sabia que aquilo tudo estava
sendo mais difícil para ele que para mim, e sempre mandava mensagens
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
lembrando o quanto eu acreditava nele. Não era muito, mas era o máximo que,
tão longe, eu podia fazer
Enquanto isso, eu também tentava vencer minha própria batalha com a escola.
Era exaustivo me dedicar a conteúdos que eu tinha tanta dificuldade para
entender, principalmente quando meu coração, mesmo compreensivo,
continuava sofrendo pela saudade de Jungkook.
Ainda assim, aquela foi a primeira vez que eu realmente me dediquei a algo por
tanto tempo, e me surpreendi ao descobrir que não era tão burro assim, não
desde que as matérias não envolvessem números.
Por isso, eu não peguei mais meu celular nessa noite e voltei a tentar resolver
algumas questões de química, mesmo sem tanto sucesso assim.
No dia seguinte, depois da aula, eu fui direto para a casa de Yukwon para
passar a noite com ele, Yuta e Taeyeon. Nós fazíamos isso sempre que nossas
rotinas permitiam já que não nos víamos mais todos os dias na escola,
Jeonghan também começou a nos visitar com mais frequência, às vezes
sozinho, às vezes acompanhado de Kihyun, e assim nós íamos dando nosso
jeito de não deixar a distância nos afastar.
Yuta estava do seu outro lado e Taeyeon, deitada sobre a colcha que tínhamos
colocado no chão da sala, usando a perna dele como travesseiro enquanto
tentava beber seu refrigerante sem precisar levantar a cabeça.
Eu arrumei a almofada que tinha colocado entre minhas costas e o sofá, que
estava usando como encosto
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Lembrei. — Respondi, já pegando um punhado de pipocas enquanto
esperávamos o filme começar na TV. — Mas pra que você me pediu pra
trazer?
— Vou te levar num lugar amanhã. — Ele explicou, sem tantos detalhes assim,
e começou a se remexer até deitar exatamente como sua irmã, apoiando sua
cabeça na perna livre de Yuta, que nem falou nada, como se aquilo fosse
completamente normal, e logo começou a fazer carinho na cabeça de Yukwon.
O filme que tínhamos escolhido assistir num dos canais da televisão finalmente
tinha começado, mas eu ainda perdi alguns segundos olhando para os três,
sem conseguir segurar um sorrisinho.
Apesar de tudo, eles pareciam estar indo bem. Yuta ganhou o processo contra
seu pai e estava recebendo uma espécie de pensão, além de ter conseguido
sua emancipação. E como Yukwon e Yuta já podiam ajudar com as contas de
casa, Taeyeon finalmente pode deixar o emprego como barista e continuou
trabalhando somente na loja de roupas.
De uma forma ou de outra, eles pareciam bem e era isso que importava para
mim.
— Você vai ser o primeiro a morrer, seu otário! — Taeyeon bradou, furiosa com
um dos personagens do filme depois de algum tempo. — Não entra aí!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu também continuaria rindo da infantilidade dos dois, mas quase me
engasguei com o milho da pipoca quando percebi que, a despeito da fúria de
Taeyeon, Yukwon continuou deitado na mesma posição como se nada estava
acontecendo e, meu deus, a mão dele estava fazendo carinho na perna de
Yuta por baixo da bermuda que nosso amigo estava usando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jeonghan provavelmente estava estudando ou transando com Kihyun, então
não me responderia tão cedo, mas ainda assim eu considerava um assunto
relevante para ele.
Jungkook, por outro lado, não podia gastar tempo com os dramas do meu
grupo de amigos, por isso a mensagem seguinte eu enviei só para ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fiquei sorrindo para a tela do celular como um bobo, com o coração batendo
forte de alegria só porque poderia conversar um pouco mais com Jungkook no
dia seguinte. Entretanto, meu sorriso morreu quando eu ouvi as risadas de
Yukwon e Yuta através da porta do banheiro, e acabei bufando.
Provavelmente estavam olhando para uma foto minha e rindo da minha cara de
bobo por ter acreditado por tanto tempo que eles realmente eram só amigos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Emburrado, eu peguei a almofada que usaria como travesseiro e dei a volta até
o outro lado da sala para me deitar ao lado de Taeyeon, sentindo os olhares
dos outros dois me acompanhando em silêncio.
Eu ouvi seus murmúrios confusos, mas só dei as costas para eles e fingi estar
dormindo, mas na verdade estava planejando a melhor forma de encurralar
Yukwon e fazer ele me dizer de uma vez por todas se estava acontecendo algo
entre ele e Yuta, ou não. Entretanto, nunca levei muito jeito para ser um gênio
do mal e acabei dormindo antes de sequer pensar em um plano decente.
— Para, Yukwon, daqui a pouco eles acordam... — Ele disse, quase como se
estivesse ofegando.
— É agora que eu pego vocês, seus mentirosos — Anunciei para mim mesmo
quando fiquei de pé, sentindo todo o sono ser substituído pela determinação, e
fui de fininho, me escorando na parede até vê-los ao lado da porta do banheiro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Só mais um pouco... — Yukwon pediu, pressionando ainda mais o corpo
contra o dele, e eu estava tão atento que vi até mesmo os dedos de Yuta se
movendo sobre as costas do meu melhor amigo, segurando-o perto a despeito
da forma como dizia querer parar.
Quando ouvi um gemido baixo, eu senti meu rosto inteiro esquentar e corri de
volta para me deitar ao lado de Taeyeon, cobrindo meus ouvidos com a
almofada para não escutar mais nada que pudesse me deixar ainda mais
assustado.
— Você tá muito estranho. — Yukwon comentou, acho que pela sexta vez,
enquanto almoçávamos os quatro juntos.
— É... — Eu murmurei, distante, sem ouvir de verdade o que ele tinha dito. —
A comida ta gostosa.
Os três trocaram mais alguns olhares confusos, e eu enchi minha boca com
mais uma porção exagerada de arroz, mastigando enquanto olhava para
algum ponto perdido na parede.
Durante parte da tarde isso não mudou, e Yukwon quase teve que me obrigar a
trocar de roupa quando disse que já estava na hora de irmos ao lugar secreto
ao qual ele tinha prometido me levar.
Quando saímos de casa só nós dois já no meio da tarde, ele mal esperou
fecharmos a porta do apartamento antes de me encurralar, desconfiado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ok, chega, fala logo porque você tá todo estranho. — Ele pressionou, com
os olhos pequenos apertados. — O macho da tatuagem fez alguma coisa? Se
fez, me avisa logo que eu já me resolvo com aquele bosta!
— Não fala assim dele. — Resmunguei, ofendido. — Jungkook não fez nada.
Quando finalmente voltei a olhar para ele, eu disse, baixinho. — Você e Yuta...
— Confessei, enfim.
— É ciúme, sim. Você acha que eu estou te trocando por ele ou algo assim, é?
— Insistiu, pensativo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu apertei meus punhos, com a pele ao redor dos olhos franzida antes de
soltar o ar furiosamente e passar ao seu lado, voltando a descer as escadas
sem esperá-lo e sem responder sua pergunta idiota.
— Vai pro inferno. — Praguejei baixinho, sem parar de pisar fundo a cada
degrau descido.
— Você sabe que é meu melhor amigo, né? — Ele relembrou, mas eu estava
emburrado demais para responder. — Só não te contei porque ele ainda não
quer que ninguém saiba e eu tenho que respeitar a discrição dele. Eu sei que
não parece, mas existe um pouco de moralidade em mim, também.
— Você conta tudo pra todo mundo, seu fofoqueiro. — Ele resmungou. — Mas
não, não pode dizer nem pro gostoso. Ainda não.
Yukwon olhou para trás com um sorriso pequeno antes de voltar a olhar para
mim com um sorriso pequeno e finalmente revelar: — Nós estamos
namorando.
Eu pulei para trás, cobrindo minha boca com as mãos. — Como é? Como isso
aconteceu? Quando?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Yukwon, isso é sério? — Insisti, caminhando ao seu lado, sem parar de
olhar para seu rosto.
Ele então olhou para mim também, com um sorriso um pouco insatisfeito. —
Na verdade ele ainda não aceitou, por isso não quer que ninguém saiba.
— Eu vou tentar uma coisa. — Ele disse. — Vou fazer uma surpresa pra ele.
Espero que funcione.
— Não, vai ser só eu e ele. Ele pode se sentir pressionado se outras pessoas
estiverem por perto e eu não quero isso. — Ele me olhou de canto, então, e
completou. — E eu não vou te dar esse gostinho de me ver fazendo coisa
idiota de gente apaixonada.
— Eu também
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Quem sabe, nada. Você vai me dizer tudinho. — Retruquei, e então
aproveitei a brecha para continuar. — Inclusive pode dizer também pra onde tá
me levando, né?
— Já que seu macho não pode estar por perto pra te foder, nós viemos
comprar um consolo pra você. — Ele respondeu, sacana.
— Consolo?
Eu franzi a testa, ainda confuso, e ele finalmente me guiou por uma escada
estreita na lateral de um dos prédios baixos. Quando chegamos no andar de
cima, ele empurrou uma porta no final de um corredor curto e nós fomos
recepcionados pelo sopro frio do ar condicionado, o que aliviou o calor que me
fazia sentir que meu corpo estava prestes a derreter.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu ouvi um grito agudo, então, quando uma pessoa saiu de uma sala dentro da
loja com os braços cheios de embalagens fechadas de umas bolinhas presas
umas às outras por um tipo de corda, e todas elas foram ao chão quando os
olhos do sujeito pousaram em meu amigo
— Yukwon! — Ele gritou, ainda com a voz fina, antes de se lançar num abraço
espalhafatoso. — Meu melhor cliente voltou!
Yukwon deu uma risada enquanto tentava afastar o moço barulhento, mesmo
que não parecesse verdadeiramente incomodado com o abraço.
— Eu sei que você sentiu falta foi do meu dinheiro, seu safado.
— Disso também. — Ele arrumou o cabelo loiro e só então olhou para mim, de
cima a baixo. — Gente, que gostosinho!
— Ele é tão passivo quanto nós dois, fique tranquilo. — Meu amigo disse, rindo
da minha cara apavorada e caminhando até o balcão, que estava cheio de
lubrificantes perfeitamente arrumados.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu amigo olhou para mim por cima do ombro e depois olhou para Jackson,
que arrumava as tais bolinhas tailandesas em uma prateleira ao lado daquela
pavorosa parede cheia de pênis de borracha.
— Preciso?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Gosto, mas... — Respondi, atordoado, e quase gritei quando o atendente
quase jogou um pênis artificial na minha cara.
— Isso aqui que é um dildo, bebezinho. — Ele disse, balançando aquela coisa
enorme e vermelha na minha frente.
— Jimin não tem esse problema. — Yukwon disse, sacana. — Eu ouvi os dois
fodendo e olha... fico duro até hoje só de lembrar.
— Ai, que delícia. — Ele levou as mãos ao peito, sonhador. — Queria eu uma
transa assim, mas os homens estão cada vez mais decadentes. Tem uns que
nem beijam na hora do sexo! Agradeça por ter um homem que sabe foder, viu?
— Tá, mas lembre que ele mora longe e você precisa dar alívio ao seu corpo.
— Yukwon insistiu, apontando com o queixo para as prateleiras. — Escolhe
um.
Eu apertei meus olhos, um pouco sem jeito, mas finalmente respirei fundo e me
aproximei, passando os olhos por cada uma das figuras até que meus olhos
recaíram em um lilás, um pouco translúcido, não muito grande e com várias
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ondinhas pelo comprimento. Seria bem fofo se não fosse a representação de
um pênis.
— Ótima escolha! — Jackson disse, batendo palmas mais uma vez. — Vou
pegar um fechadinho pra você, espera só um pouco.
Eu encolhi meus ombros quando assenti e olhei para Yukwon, que roía a pele
ao redor da unha casualmente como se não estivéssemos bem no meio de
várias formas obscenas.
— Ah... com dinheiro mesmo. — Respondi, ainda sem acreditar que eu estava
mesmo comprando aquilo, mas quase desisti quando vi o preço registrado no
computador. — Custa isso tudo?
— Isso tudo? — Jackson rebateu, ofendido. — Isso aqui vai ser seu melhor
amigo, amor, é um preço muito justo!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
❆❅❄❅❆
Seis meses sem vê-lo. Sem pode beijar, tocar e amar meu homem do jeito
certo, tentando fazer tudo caber em mensagens que, não importava quão
longas fossem, nunca pareciam dizer tudo que eu sentia.
Mas a maior dor era a de acordar todos os dias e lembrar, depois de alguns
segundos de distração, que ele continuava longe. Doía saber que, apesar de
tudo, nosso amor sempre estaria de mãos dadas com a distância.
Entretanto, eu tentei não pensar em nada nisso naquela noite. Era aniversário
de Jungkook e ele tinha prometido que me ligaria, então eu estava contando
com isso porque o presente que eu tinha preparado para ele não poderia ser
entregue de outra forma.
Estar sozinho em casa naquele domingo foi pura coincidência, mesmo assim
eu tranquei a porta do quarto quando me posicionei em cima da cama, e apoiei
meu notebook em cima de dois travesseiros, elevando-o um pouco. Sentado
diante dele com a ansiedade me consumindo, eu mantive o dildo e o
lubrificante escondidos, enquanto repuxava o tecido da blusa cinza e grande
que estava vestindo, sem nada além dela cobrindo meu corpo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De repente, quando o aplicativo de chamadas de vídeo anunciou uma nova
ligação de Jungkook, eu lembrei de mais um detalhe e corri até meu armário,
onde peguei a gargantilha de camurça que ele tinha me dado muito tempo
antes, e a coloquei em meu pescoço antes de voltar para a cama, checando o
ângulo da câmera para só então aceitar a chamada.
— Oi, anjo. — Ele respondeu e, pela movimentação de seus olhos, soube que
estava analisando todo o meu corpo, então repuxei mais um pouco a camiseta,
ansioso.
— Parabéns. — Eu disse, não pela primeira vez. Nesse mesmo dia, assim que
o relógio marcou meia noite, eu já tinha mandado um texto enorme
parabenizando-o o desejando todas as melhores coisas da vida para ele. —
Como você tá?
Eu apertei meus lábios e brinquei com uma das mechas loiras do meu cabelo,
enrolando-a em meu indicador.
— Eu também tô com muita saudade... mas não vou chorar hoje, prometo!
— Você é lindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu deixei escapar uma risadinha e encolhi meus ombros, abaixando um pouco
o olhar. Foi uma percepção um pouco tardia, mas já fazia algum tempo que eu
tinha notado como Jungkook nunca dizia que eu estava lindo. Ele dizia que eu
era, e isso sempre teve um efeito incontrolável sobre mim.
— Como foi seu dia? — Ele perguntou, então, como sempre fazia.
— Você não me disse como foi seu dia. — Eu devolvi seu questionamento,
tentando me livrar daquela sensação que já parecia querer tomar conta de
mim. — Você ganhou muitos presentes?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Meu único presente foi uma reunião de emergência. — Ele riu um pouco,
sem parecer muito ressentido por isso. — Meu irmão queria me levar para
passar o dia com ele, mas mal tive tempo. Então foi um dia comum, mas não
tem problema, meu bem, pelo menos eu estou falando com você.
— Muita carne. — Respondi, risonho. — Eu sei que você não se importa muito
com o resto desde que tenha um montão de carne pra comer.
— Uma massagem. Uma bem gostosa, pra você se sentir novinho em folha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu deixaria você foder do jeito que quisesse. — Respondi com a voz
inconsistente, apesar de ser sincero. — Você sempre pode fazer o que quiser
comigo, Jungkook...
Ele sorriu, satisfeito, e disse a mesma coisa que fez meu estômago revirar de
ansiedade dois anos antes.
— Bom garoto.
— Obrigado...
Eu neguei com a cabeça, sem parar de morder meu lábio e sem controlar
minhas mãos quando, quase instintivamente, uma delas esfregou o início da
ereção debaixo da blusa.
— Eu quero te chupar todinho antes de te foder até você não aguentar mais,
anjo. Você gosta com força, não é?
— Mostre como você fica por mim. — Ele ordenou, então, quando eu
resfoleguei baixo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, senhor... — Eu disse, ou gemi, e usei toda minha força de vontade para
parar de estimular precariamente meu membro, para então, com as mãos
livres, puxar a blusa para cima, prendendo-a atrás da ereção já formada.
Ele negou mais uma vez, e eu esmaguei o lençol debaixo de meu corpo
quando Jungkook abaixou um pouco mais a tela do seu notebook e eu o vi
massageando a própria ereção por cima da calça de moletom.
— Era isso que você queria, aparecendo assim para mim? — Ele perguntou,
segurando seu falo duro e marcando-o sob o tecido grosso da calça.
— Eu só queria te agradar...
Jungkook deslizou os dedos sobre sua ereção uma última vez, antes de
abaixar um pouco o cós de seu moletom e serpentear sua mão para dentro
dele.
Ele negou mais uma vez, balançando a cabeça suavemente para os lados, e
sem dizer nada, começou a se masturbar devagar. Eu nem piscava enquanto
via sua mão subindo e descendo, demorando mais na glande inchada antes de
voltar a estimular a base, e não me surpreendi quando senti a pontinha de pré-
gozo manchando minha blusa.
Quando ele gemeu baixo, com a voz rouca, eu senti que ia explodir e implorei
mais uma vez, desesperado, me assustando quando vi sua cabeça se mover
da direção contrária, para cima e para baixo.
Foi como se uma amarra invisível se desfizesse com sua permissão, e eu não
demorei nem mesmo dois segundos antes de segurar meu membro, gemendo
em êxtase assim que senti a pressão da minha mão percorrendo toda sua
extensão necessitada, com a mente completamente nublada pelos sons da
masturbação e dos gemidos de Jungkook me alcançando pelos alto falantes do
notebook
Ele demorou a falar, me provocando com seu silêncio, até que finalmente
respondeu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vai. — Ele disse, então, com a voz mais baixa e mais grave. — Senta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
As pontinhas dos meus dedos estavam dormentes e eu demorei algum tempo
tentando normalizar minha respiração, vendo Jungkook fazer o mesmo
enquanto me olhava pela câmera, com os olhos escuros e intensos de sempre.
Eu sorri um pouquinho e cobri meu rosto com as duas mãos, sem tocá-lo
diretamente.
— Que vergonha... — Murmurei, com uma risada sem jeito, e ouvi a risada dele
também.
Ainda com o rosto um pouco vermelho pela vergonha do que tinha acabado de
fazer, mas nem a menor ponta de arrependimento, eu deitei de bruços na cama
e apoiei meus cotovelos no colchão antes de apoiar o queixo sobre as mãos,
olhando para ele.
Eu mordi meu lábio quando senti mais uma risada ansiosa escapar, porque
aquela foi a primeira vez que fizemos algo do tipo e, mesmo que não se
comparasse com a sensação de Jungkook me tocando, tinha sido bom, mas a
sensação depois que acabamos foi um pouco esquisita.
— Isso foi planejado? — Ele perguntou, então, sorrindo por causa do meu riso
bobo.
— Você gostou mesmo? Eu não tinha mais dinheiro porque gastei tudo
comprando aquele dildo, daí o atendente da loja me deu a ideia de fazer algo
assim... — Confessei, porque nunca me senti muito motivado a esconder as
coisas de Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele riu, beliscando suavemente o próprio lábio. — Me lembre de agradecer a
esse atendente depois.
— Pra que?
Eu continuei confuso, e minha expressão me denunciou, por isso ele foi mais
claro sem que eu precisasse pedir por isso.
— Eu vou comprar suas passagens, anjo. Nós vamos passar seu aniversário
juntos.
Jungkook sorriu daquele jeito lindo, confirmando. — Sim, meu bem. Nós vamos
viajar.
— Pra onde nós vamos? — Insisti, com meu corpo inteiro quase tremendo de
felicidade.
— Você quer ver o mar?— Ele perguntou, sabendo que eu nunca tinha ido à
praia antes, e eu assenti furiosamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Quero! Quero muito!
Jungkook riu da minha euforia. — Então nós vamos ver o mar, anjo. E essa é
só uma parte do seu presente.
Eu senti a curiosidade surgir, violenta, mas nem mesmo ela foi capaz de vencer
toda a alegria por saber que eu finalmente veria Jungkook novamente, por isso
pulei mais uma vez na cama, ouvindo a madeira ranger com o peso do meu
corpo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
esse capítulo teve um total de coisas importantes e ainda ficou menor que o
normal, mas existe uma justificativa: chegamos oficialmente ao fim da
primeira fase! joga confete
ah, eu comecei a postar sub lá no spirit tb. Meu user é o mesmo, então é fácil
achar caso alguém tenha preferência de ler por lá (mas eu to postando aos
poucos, então vai demorar pras postagens de lá acompanharem as daqui do
wtt)
meu tempo continua corrido demais e o próximo capítulo precisa ser escrito
com calma porque o Jungkook finalmente vai explicar sobre o bdsm e eu
quero fazer tudo direitinho pq tem muito leitor que ainda não tá familiarizado
com esse universo, então a próxima att só sai dia 11/02 ): beijos e até lá!
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24 • Moonshine
[ 2ª Fase]
Foram sete meses longe de Jungkook, o maior tempo que passamos um longe
do outro, até então, e eu mal podia acreditar que finalmente o veria em poucas
horas.
— Eu sei que você tá louco pra dar até a bunda assar, mas sério, se controla.
— Aham, tá bom que eles estão deixando você passar um fim de semana só
com seu macho e não imaginam que você vai dar uma trepadinha. Por favor,
né, Jimin,
Eu revirei os olhos, ainda sem conseguir ficar parado no mesmo lugar. Levar
Yukwon até o aeroporto não foi uma decisão espontânea, ele mesmo que
apareceu na porta de casa quando eu estava saindo com os meus pais,
dizendo que iria me dar meu presente de aniversário antecipadamente, em
nome dele, Yuta e Taeyeon.
Imaginando que não seria nada adequado para meus pais verem, eu só o
empurrei dentro do carro e mandei ele ficar quieto até que ficássemos
sozinhos, por isso insisti até convencer meu pai a ir comprar o bendito
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milkshake, que eu nem sabia se conseguiria tomar sem vomitar de nervoso, na
mesma hora em que minha mãe foi ao banheiro.
— Quantas vezes será que você vai trepar? — Yukwon insistiu, desleixado,
enquanto olhava as próprias unhas, sentado num dos bancos na frente da sala
de embarque. — Pelo menos o dildo já te deixou com a bundinha treinada, né?
— Só tô curioso, eu hein.
— Aqui, Jimin. — A voz de meu pai foi o que me impediu de completar a frase
mal criada, e eu forcei um sorriso quando ele estendeu o copo de milkshake de
morango para mim.
— Não acredito que meu bebê vai viajar pra tão longe assim, sozinho. — Minha
mãe se lamentou, manhosa como era, quase me esmagando em seu abraço.
— Jeju não é tão longe, mãe, é menos de uma hora de vôo. — Tentei
tranquilizá-la e Yukwon fez o mesmo logo depois, mas de um jeito
completamente indesejado.
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Em resposta, meu pai coçou a pequena área calva no topo de sua cabeça,
resmungando alguma coisa para ele mesmo antes de dizer para todos nós.
— E eu não acredito que estou aqui esperando meu filho viajar com um
homem. — Ele disse, ainda em seu longo, porém inofensivo, processo de
aceitação.
que ele diria em resposta, porque já sabia que seria alguma besteira.
— Olha, senhor Park, eu realmente não sei qual a surpresa. Dá pra ver de lá
do espaço que o Jimin é gay.
Minha mãe me esmagou de novo e meu pai deu um tapinha em meu ombro,
parecendo querer falar alguma coisa constrangedora, mas por sorte desistindo
no meio do caminho. Yukwon, por outro lado, nem se levantou do banco e só
acenou com um sorriso sacana.
— Vou ficar com seu milkshake. — Ele disse e eu nem fiz questão de discutir,
porque já estava sentindo minhas pernas virarem uma papa mole e nojenta, de
novo. — Lembre de ficar sempre limpinho, ok? A limpeza de hoje não vai
aguentar o fim de semana todo, não.
Eu agradeci furiosamente por ele não usar o termo chuca e, depois de mais
algumas despedidas emotivas demais por parte da despedidas emotivas
demais por parte da minha mãe, como se eu fosse passar um ano inteiro longe,
finalmente segui para a sala de embarque depois de mostrar meu cartão do
check-in e passar por todo o processo chato de vistoria.
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O portão de acesso ao meu vôo ainda estava fechado, então eu sentei em um
dos lugares livres e peguei meu celular, quase gritando quando vi que
Jungkook já tinha mandado mensagens.
Meu coração disparou ainda mais, mesmo que eu considerasse isso um feito
impossível, e eu segui todo o caminho até a sala de desembarque, com as
pernas tremendo e a visão turva pelo nervosismo, sentindo meu rosto inteiro
queimar com o choro iminente quando atravessei as portas de vidro e vi meu
Jungkook encostado numa pilastra lateral, à minha espera.
Eu senti meu corpo ser erguido do chão quando ele me abraçou de volta e não
me importei com o fato de estarmos no meio de um aeroporto cheio quando
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envolvi sua cintura com minhas pernas e segurei seu rosto com minhas mãos,
buscando sua boca para beijá-lo.
Ter meu corpo junto ao dele, sentir sua boca tocando a minha e suas mãos me
segurando com tanta força me fizeram sentir completamente acolhido, como se
eu estivesse voltando para casa depois de uma longa viagem, mesmo que meu
lar estivesse a quilômetros de distância.
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— Seu rosto tá tão gordinho — Apontei, ainda segurando-o com minhas mãos,
e me lancei para dar mais um monte de beijinhos nas bochechas redondas. —
Ainda bem...
— Eu não seria louco de aparecer aqui mais magro que da última vez que você
me viu.
— Ele confessou, sem parar de receber meus beijos. — Você seria capaz de
me matar se isso acontecesse.
— Nós precisamos ir para o hotel. — Ele disse, mas não fez menção nenhuma
de me soltar e, na verdade, só me abraçou com ainda mais força.
— Ok... — Eu respondi, tão pouco motivado quanto ele para sair do nosso
abraço.
Jungkook riu contra minha cabeça e me deu mais um beijo na testa antes de se
afastar um pouco, ainda a contragosto. Ele então pegou minha mala e com a
outra mão segurou a minha, me puxando para caminharmos. Sem relutância
alguma, eu me deixei ser levado, mas soltei sua mão quando ele passou o
braço por meu ombro e eu passei os meus por sua cintura, abraçando-o como
podia enquanto seguíamos para o ponto de táxi em uma das saídas do
aeroporto.
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Eu estava quase sentado em seu colo, todo encolhido contra seu corpo, e
esfreguei minha bochecha em seu peitoral, sorrindo quando ele me deu mais
um beijo na testa, sem parar de acariciar minha cabeça.
— Foi chata. Só conseguia pensar em descer logo daquele avião pra poder te
ver — Eu respondi baixinho. — Você reservou o assento da janela pra mim,
mas eu nem consegui prestar atenção na vista...
Jungkook entrelaçou seus dedos aos meus e eu senti seu sorriso contra minha
pele. — Nós vamos ver tudo que você quiser enquanto estivermos aqui.
— E eu quero muito ouvir, anjo, mas a conversa que precisamos ter é outra.
Eu encolhi um pouco meu corpo quando afastei meu rosto, aflito. — Ah, não...
— Resmunguei num muxoxo, porque essa coisa de precisar conversar nunca
acaba bem.
Eu dei uma risadinha e o abracei com mais força, todo bobo. — Eu tô com
vontade de comer um hambúrguer de camarão, com um montão de batata frita
bem salgada e quentinha.
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— Tão específico assim?- Ele riu, mas não se opôs. — Vou descobrir algum
lugar que sirva isso, então.
Enquanto esperava ele pegar minha mala e pagar a corrida, eu analisei o lugar
onde ficaríamos pelos dias seguintes. Não era um prédio tão grande, um pouco
simples, até, mas parecia confortável e acolhedor, e eu sorri quando Jungkook
finalmente parou ao meu lado na calçada e me guiou para dentro. 152
A recepção não estava tão movimentada, talvez por já ser outono, e nós fomos
direto a um corredor ainda no térreo, passando direto pelos elevadores.
Depois, nós chegamos a um caminho aberto que dava acesso a uma outra
construção, mas essa era térrea, com algumas portas enumeradas. Jungkook
me levou diretamente até o quarto no extremo direito e usou um cartão-chave
para destrancar a porta, deixando-a aberta para que eu fosse o primeiro a
entrar.
Não foi nada dentro do quarto que fez meus olhos se abrirem tanto quanto meu
sorriso, porque luxo nenhum no mundo se compararia ao que estava do outro
lado das portas de vidro.
— Jungkook! — Eu olhei para ele sem conseguir parar de sorrir, e logo depois
voltei a olhar para as portas de vidro, correndo até elas e apoiando minhas
mãos na superfície limpa, com meus olhos varrendo toda a imensidão bem à
minha frente. — O mar tá aqui, Jungkook!
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Eu não consegui piscar nem mesmo quando senti seu corpo atrás do meu e o
beijo que ele deixou em minha cabeça antes de girar a chave para poder correr
a porta para o lado. Na mesma hora, eu senti a brisa envolver meu corpo
todinho e eu senti meu interior agitado como as cortinas finas que começaram
a balançar com o vento.
Sem pensar, eu caminhei para o lado de fora, onde uma varanda de madeira
se estendia até o quarto no outro extremo, sem divisões, coberta por um
pergolado e protegida por uma cerca baixa. Uma escadinha de três degraus na
lateral quebrava o pequeno desnível e ancorava direto na areia da praia vazia
àquela hora.
No caminho do aeroporto até ali, nós passamos por vários outros hotéis, alguns
que pareciam muito mais luxuosos, mas nenhum deles se comparava aquilo. E
eu estava imensamente feliz por confirmar mais uma vez que Jungkook sabia o
que era realmente importante para mim.
Eu não queria uma suíte presidencial no topo de algum hotel caro. Eu só queria
aquilo.
Queria Jungkook, queria o cheiro do sal e um oceano inteiro bem perto de mim.
Por isso tudo, eu não ofereci resistência alguma quando ele segurou minha
cintura e me fez virar até ficar de frente para ele, assim como não esperei que
ele fizesse o movimento seguinte e eu mesmo tomei a iniciativa de ficar na
ponta dos pés, cruzando meus braços ao redor de seu pescoço e alcançando
sua boca com a minha.
Eu suspirei com o toque de sua mão em meu rosto e com seus lábios sugando
o meu antes de me prender a mais um beijo lento, com a calmaria se
confundindo com euforia pura dentro de mim.
Sem perceber, eu sorri ainda sentindo sua boca contra a minha, e acabei rindo
um pouco quando ele sorriu também.
— Nós vamos jantar agora, — Ele disse, então, e me deu mais um selinho,
com seus dedos arrumando os cabelos sobre minha testa. — eu só preciso
descobrir onde podemos comer o hambúrguer que você quer.
— Tudo bem se não achar. — Eu disse, sorrindo quando senti seu nariz tocar o
meu antes de receber mais um beijo rápido. — Eu não me importo muito com
isso agora.
Eu olhei para ele por cima do ombro, e sorri ainda mais. — Gosto!
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Eu abri minha boca para logo depois fechá-la num bico, movendo meu rosto
até olhá-lo sob os cílios, negando. — Não...?
— Ah, sim. Pensei ter escutado você dizendo que eu estava mentindo. -Ele
disse com um sorriso atravessado e eu mordi a parte interna da minha
bochecha, deliciosamente afetado por seu tom de voz e por sua mão ainda
repousada em minha bunda.
Eu repuxei meu lábio para conter um sorriso e assenti como uma criança
obediente antes de correr até minha mala. Depois de me agasalhar melhor, eu
arrumei o cadarço dos all stars amarelos em meus pés e finalmente segui
Jungkook para fora do quarto, entrelaçando meus dedos aos seus quando ele
segurou minha mão.
Ele riu do nosso pequeno desastre e passou o braço por minhas costas, me
abraçando de volta, sem me repreender por quase ter nos derrubado.
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Sem perceber, eu deixei a euforia dentro de mim se desfazer ao mesmo passo
em que minha expressão metamorfoseou, com meus olhos bem atentos a
Jungkook e meu sorriso morrendo aos poucos. Não porque de repente minha
felicidade desapareceu, mas porque ficou grande demais, a ponto de
anestesiar todo o meu corpo.
Não pela primeira vez, eu tive mais uma pequena demonstração do quanto
Jungkook me aceitava exatamente pelo que eu era. Eu podia ser irritante para
algumas pessoas, podia parecer inconveniente e completamente incapaz de
controlar as coisas que saíam da minha boca, e então eu sempre me obrigava,
sem perceber, a podar minhas ações perto de tantos que me rodeavam.
Quando minha impulsividade tornava minhas tentativas falhas, eu me via
dolorosamente arrependido nos instantes seguintes, me amaldiçoando por dito
ou feito algo que fazia tanta gente me olhar torto. Entretanto, com Jungkook
isso nunca acontecia. Eu podia ser o meu eu, inteiramente, sem medo, porque
ele nunca me julgava. Eu podia quase nos derrubar no meio da rua com um
abraço inesperado, ou falar uma idiotice atrás da outra, e mesmo assim,
mesmo sendo uma verdadeira máquina de desastres, ele sempre sorria para
mim, ou ria comigo, mas nunca de mim.
E talvez esse seja o significado mais puro de liberdade. Talvez, por me sentir
sempre tão livre ao seu lado, eu me sentia cada vez mais preso.
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Eu senti seu corpo relaxar depois de me ouvir, e senti seu suspiro contra minha
cabeça quando ele me segurou pela nuca, fazendo um carinho suave.
— Então não precisa se sentir culpado, tá? — Eu insisti, abraçando ainda com
mais força.
— Eu amo ficar pertinho de você, mas amo mais ainda saber que você faz de
tudo pra que a gente dê certo mesmo com a distância. Isso é o mais importante
pra mim.
Jungkook me apertou ainda mais contra seu corpo e me deu um, dois, três
beijos na testa.
— O que eu fiz pra merecer você? — Ele perguntou, então, com o tom de voz
bem baixinho.
Eu sorri um pouco quando afastei meu rosto para olhar para o dele e ergui
meus ombros, brincalhão. — Alguma coisa muito boa numa vida passada,
talvez?
Ele me mostrou um sorriso lindo, e eu poderia passar mais uma hora inteira me
declarando para ele, mas meu estômago fez o desfavor de interromper a linha
dos meus pensamentos apaixonados quando roncou. Eu acho que Jungkook
nem ouviu, mas mesmo assim eu suspirei, frustrado, porque lembrar que eu
estava com fome me deixou abalado.
Jungkook riu a mesma risada gostosa de sempre para logo depois entrelaçar
nossas mãos mais uma vez.
Como Jungkook já tinha garantido, nós não precisamos caminhar muito para
chegar a um McDonald's, mas eu sinceramente não me importava em
atravessar a ilha inteira com ele, porque a cada segundo de nossa busca pelo
hambúrguer de camarão, nós conversamos muito, e eu sempre amei conversar
com Jungkook.
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— Eu posso pedir uma tortinha de maçã também? — Perguntei, empolgado,
quando já estávamos fazendo nossos pedidos.
Jungkook riu, obviamente percebendo minha intenção. — Não, meu bem, mas
você pode pedir, se quiser.
— Então adiciona mais uma tortinha de banana e pronto, pode fechar o pedido.
É só isso mesmo.
Eu esperei Jungkook pagar e depois nós esperamos até que nossos lanches
estivessem prontos para que só então voltássemos para o hotel, e eu estava
com tanta fome que não aguentei e fui roubando batatas fritas por todo o
caminho, em alguns momentos tão eufórico que nem sabia se falava ou comia,
e acabava fazendo os dois ao mesmo tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
o colchão até sentar entre as pernas de Jungkook, de frente para ele, enquanto
ele apoiava suas costas na cabeceira da cama.
— Você vai acabar passando mal se comer tão rápido, anjo. — Ele alertou,
ainda risonho, depois de se esticar para pegar o copo de refrigerante no criado
mudo, posicionando o canudo bem em frente aos meus lábios e, sem pensar
em recusar, eu tomei um gole generoso. Logo depois ele mesmo tomou um
pouco, lambendo os lábios ao final, parecendo insatisfeito com o sabor doce.
Impulsivo, eu não me contive quando me inclinei para a frente e beijei sua boca
de leve, sugando seu lábio como ele sempre fazia com o meu e tomando
cuidado para não derrubar meu precioso hambúrguer.
Ele negou com uma careta de desagrado, mas logo depois sorriu comigo e
retribuiu meus beijos, mas em minha bochecha.
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Ele me olhou consternado e não se desfez da expressão emburrada nem
mesmo quando finalmente cedeu e comeu a tortinha, mastigando-a
preguiçosamente. Eu esperei com os olhos ansiosos, mas encolhi meus
ombros, frustrado, quando ele negou, reprovando o sabor.
— Não deixa de ser uma verdade, — Ele respondeu, então, me puxando com
cuidado para que eu sentasse mais perto. — mas eu nunca me canso de você.
Jungkook riu um pouco, afetado. — É a primeira vez que eu faço isso. — Ele
explicou, e logo depois se fez mais claro. — É a primeira vez que eu tenho a
responsabilidade de explicar tudo para alguém.
— Você disse que ia me explicar depois que eu fizesse parte do seu mundo...
— Repeti suas palavras, que não foram esquecidas nem mesmo depois de
todos aqueles meses, apesar de esquecer o que vinha na sequência. — Bon...
— Tentei lembrar, mas não consegui, só sabia que era bon alguma coisa.
Dessa vez, eu não disse nada, talvez um pouco assustado com o peso
daquelas denominações, algumas que eu nem conhecia e outras que me
intimidavam com o conceito já estabelecido em minha mente.
O meu silêncio pareceu deixá-lo ainda mais nervoso, e foi com algum choque
que eu vi Jungkook coçar a própria nuca, sem jeito.
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— Eu não sei como fazer isso. — Ele confessou, passando as mãos pelos
cabelos, aflito, e sua confissão seguinte explicou porque ele estava tão
ansioso, quando ele abaixou o rosto, enterrando-o nas próprias mãos. — Eu
não quero que você entenda errado e fique com medo de mim...
Ver Jungkook tão assustado quanto eu mesmo estava disparou alguma coisa
dentro de mim, e eu tentei levantar seu rosto quando amenizei minha
expressão. Mesmo com as mãos tremendo, eu fui firme quando respondi:
Jungkook fez uma pequena pausa, talvez ponderando o que dizer a seguir, e
finalmente completou:
— Gosta?
— Nós podemos tentar tudo que você se sentir confortável para experimentar,
anjo.
Eu sorri quando senti sua mão pousar em minha coxa, acariciando-a com
cuidado, o que para mim foi um sinal claro de que, assim como eu, Jungkook
estava mais tranquilo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Fisicamente. — Ele especificou, antes de prosseguir. — Ou
psicologicamente. Eu posso te punir com alguns tapas, ou posso fazer isso me
afastando de você até considerar que o fiz por tempo suficiente para você
aprender a lição.
Eu não fiquei tão satisfeito com a última parte, e encolhi um pouco meus
ombros. — Eu não gosto disso. — Confessei. — Eu gosto dos tapas e gosto
quando você usa o cinto, mas vou ficar muito triste se você se afastar de mim.
Jungkook sorriu, compreensivo, quando subiu suas duas mãos até minha
cintura e me abraçou, beijando minha bochecha.
Eu balancei a cabeça para cima e para baixo. — Desde que não me machuque
de verdade.
— Nunca.
— Esse não é o único jeito de punição física. — Ele explicou. — Mas eu vou
sempre me certificar de que você está confortável em receber cada um dos
castigos antes de aplicá-los, tudo bem?
— Qual é o próximo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É como... — Eu parei, sem saber muito bem como colocar em palavras. —
Eu não sei explicar. Mas é mais ou menos o que acontece entre a gente? Uma
vez você me disse que eu sou submisso, então...
— Então um submisso sempre tem que fazer tudo que o dominador quiser?
— Se você quiser que eu faça algo que eu não me sinto confortável pra fazer,
eu posso falar, então?
Eu pisquei devagar, absorvendo tudo aquilo, e meu sorriso foi se abrindo mais
a cada segundo que eu interpretei todo o significado daquela entrega e
dedicação.
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Jungkook riu, com os olhinhos brilhando para mim. — Eu ainda não expliquei o
sadomasoquismo, meu bem.
— Sim. — Outra vez, eu fui parabenizado com outro beijinho, dessa vez na
ponta do nariz.
— Ele me contrariou, ainda risonho. — Uma pessoa sádica é alguém que gosta
de provocar dor, e um masoquista é alguém que gosta de sentir a dor. Você já
sabia disso?
— Mais ou menos...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah! — Eu quase gritei, empolgado. — É como aquela coisa dos dois
tapinhas? — Perguntei, lembrando de quando ele me instruiu a dar os dois
tapas caso passasse dos limites.
— Pode.
Jungkook segurou minhas mãos e beijou cada uma delas, rindo da minha
reação.
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Eu nem sabia o que era acrônimo, mas balancei a cabeça, ansioso, esperando
para ouvir sua resposta que veio logo em seguida
— É chamado de BDSM.
A mão de Jungkook deslizou por minha nuca, com seu polegar pressionando
suavemente meu pomo de adão e sua outra mão acariciando minha perna.
— Isso, meu bem. Usar aliança é uma forma de mostrar aos outros que aquela
pessoa é comprometida com outro alguém, mas no BDSM nós temos algo que
vai além de um anel.
Eu o olhei, sem saber muito bem onde ele ia chegar, ainda sentindo sua mão
em meu pescoço.
— Quando um dominador tem uma relação forte com seu submisso, ele
oferece uma coleira. E o submisso aceita essa coleira se aceitar também ser
do seu dominador.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não, não é uma coleira de cachorro. — Ele negou, e continuou sua
explicação. — Uma coleira é uma das simbologias mais importantes, e é algo
que só deve ser usado se ambas as partes aceitarem se entregar uma à outra.
— Nunca, anjo.
— Ah... — Murmurei, tentando não evidenciar o alívio que senti com isso. Se
uma coleira significava tanto, eu odiaria saber que Jungkook já entregou uma a
outro alguém.
Ele olhou para o relógio outra vez, e já passava da meia noite. Então olhou
para mim de novo, sorrindo.
— Abra minha mala. — Ele disse, então. — É uma caixa que está em cima das
roupas.
Eu assenti e me movi devagar sobre o colchão, até pousar meus pés nus no
chão frio e caminhar até a mala de Jungkook. Eu peguei a caixa que ele
indicou e, sem querer, meus olhos recaíram em uma corda preta, enrolada ao
lado do meu presente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook tinha se movido até a ponta do colchão, e gesticulou para que eu me
ajoelhasse entre suas pernas. Depois de tirar a corda de minhas mãos e deixá-
la de lado, ele pegou a caixa de madeira com o meu presente e a colocou
sobre a própria coxa, liberando as mãos para me tocar.
— Você aceita ser submisso? — Jungkook foi além, dessa vez acariciando
minha bochecha.
Eu balancei a cabeça mais uma vez, com mais intensidade que da primeira.
Ansioso, ainda ajoelhado sobre o chão, eu puxei a caixinha e movi sua trava
até abrir a tampa. Todo seu interior era forrado com um tipo de pano, e ali
dentro existiam três coisas. Uma corrente de metal, uma gargantilha de couro
com um pingente em forma de argola.
E uma coleira.
Eu senti meu corpo inteiro travar, e meus olhos não desgrudaram da última
peça, seguindo-a devotamente quando Jungkook a tirou dali de dentro, depois
de colocar a caixa ao seu lado, e posicionou a coleira em minha frente.
Eu subi meus olhos até seu rosto, apertando suas coxas com força,
completamente afetado pelo que estava acontecendo ali.
Jungkook disse que uma coleira é um símbolo de entrega mútua. Ele disse
também que nunca tinha dado uma a alguém antes. E ele estava dando uma
para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então ele finalmente perguntou, falhando em esconder o nervosismo na voz.
Ainda atordoado, então, eu caminhei sobre meus joelhos mais para a frente,
encaixando meu pescoço na faixa preta de couro ainda nas mãos de Jungkook,
que pareceu perder o ritmo da respiração quando eu o fiz. Ainda
completamente afetado, eu levantei meu rosto para encará-lo, e movi minha
cabeça numa resposta silenciosa, muito mais serena que todo o caos delicioso
dentro do meu coração.
Quando desceu suas mãos até meus ombros, com a coleira já presa em mim,
Jungkook sorriu como eu nunca o vi sorrir antes. Foi tão genuíno, tão intenso.
Tão puro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
[1] Pra ter mais destaque, eu vou deixar essa nota aqui. Então, Jungkook
finalmente acabou com todo esse mistério sobre o BDSM e, assim como o
Jimin, eu sei que muitas pessoas tiveram esse primeiro contato através
desse capítulo. Eu me sinto honrada, mas também me sinto na obrigação
de dizer que, se alguém se interessar por esse mundo, , não se restrinja
ao que é explanado nessa fanfic. Eu tento trazer tudo de uma forma
responsável pra vocês, mas O BDSM vai muito além do que eu, Ruth,
conheço. O que é mostrado aqui é o meu ponto de vista, são os meus
fetiches, e isso não representa nem 1/10 de todo esse universo. Então, se
você está interessado, pesquise mais, forme suas próprias opiniões,
descubra os seus fetiches. Sub pode ser uma porta de entrada pra vocês
nesse mundo maravilhoso, mas nunca vai representar o todo incrível que
ele é.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
FINALMENTE ENTRAMOS OFICIALMENTE NA SEGUNDA FASE, pode entrar
Jimin maior de idade!!!
próximo capítulo tem o smutzinho né rs e como eu sei que mts não prestaram
tanta atenção no que Yukwon disse antes do Jimin viajar, vou deixar bem claro
aqui: o Jimin fez a maldita da chuca sim!!!!!!!!!!
Como vem acontecendo nos últimos capítulos, eu não revisei, então por favor!!!
perdoem qualquer erro):
2)Todo mundo achando que jk tem poder de ler mentes (quando na vdd ele só
sabe interpretar o óbviokkk)
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
25 • Bird Set Free
Eu sentia minha respiração pesada e meu coração continuou batendo forte por
tempo demais, porque eu não conseguia me recuperar das sensações
provocadas pelo que tinha acabado de acontecer.
O peso do couro contra minha pele era como um lembrete daquilo que já era
verdade há tanto tempo.
Meu coração, que já estava acelerado como um louco, ficou ainda mais
descontrolado quando eu vi o brilho nos olhos de Jungkook, o sorriso em sua
boca e soube, com toda a certeza do mundo, que nós compartilhávamos
exatamente a mesma alegria. Por isso, não me sobrou força alguma para
resistir quando ele me puxou com cuidado e me fez sentar sobre suas pernas,
na cama, acariciando minha cintura com uma mão enquanto com a outra
tocava na coleira em meu pescoço, parecendo hipnotizado.
— Parece que a gente deu um passo tão grande... — Eu falei, sonhador e com
um sorriso pequeno, sem nem perceber quando coloquei minha mão sobre a
sua.
Jungkook subiu a outra mão até minha bochecha e eu acomodei meu rosto
sobre sua palma, manhoso, quando ele aproximou sua boca e me deu um beijo
no outro lado logo antes de roçar seu nariz contra minha pele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, meu bem. — Ele disse, dando mais um beijinho em minha bochecha, e
eu me arrepiei quando senti seu riso fraco me acertar em cheio. — Eu acho
que nunca fiquei tão feliz antes...
Então ele o fez, afastando seu rosto por um segundo para logo depois voltar e
sugar meu lábio, massageando-o com sua língua quando o soltou.
Jungkook riu mais um pouco antes de se inclinar para dar um beijo em meu
pescoço e finalmente começar a escovar os próprios dentes. Quando terminei
de enxaguar minha boca, eu puxei uma das toalhas no apoio ao lado da pia e
sequei meu rosto, ainda um pouco frustrado, mas perdendo um pouco do foco
quando pela primeira vez prestei atenção na banheira ao lado, então voltei a
olhar para Jungkook, esperançoso.
Ele me olhou, ainda usando as duas mãos para passar o tecido macio ao redor
da boca, secando-a.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
segurando pela cintura, com seu polegar deslizando suavemente sobre minhas
costelas.
Ele me deu outro beijo demorado, dessa vez na bochecha. — Seu namorado
também.
Eu sorri como nunca mesmo sem entender como um simples rótulo, que na
verdade nunca fez falta, tampouco diminuiu a intensidade do que sentíamos
antes, foi capaz de me deixar tão feliz.
Ele riu da minha reação um pouco boba. Quer dizer, depois de tudo que já
tínhamos passado, eu não deveria ficar tão afetado com uma constatação
como essa, mas ainda assim lá estava eu, completamente impressionado.
— Eu!
Ele negou, roçando sua boca na minha antes de repuxar meu lábio de leve e
pressionar seu corpo mais contra o meu.
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— Você namora um cara chato que não tem tempo pra nada e está há mais de
dois anos tentando aprender a usar emojis, mas não consegue. — Jungkook
contrapôs e eu não aguentei quando deixei uma risada alta escapar, ouvindo o
tom também risonho em sua voz quando ele questionou: — É isso que você
chama de sorte?
Em resposta, Jungkook uniu sua boca à minha e foi difícil tentar iniciar um beijo
quando nenhum de nós conseguia parar de rir, mas não foi isso que nos fez
desistir de continuar tentando
Eu fui logo atrás, quase enterrando minhas unhas em seu braço enquanto me
encolhia atrás dele, assustado porque já passava da meia noite e,
sinceramente, eu não fazia ideia de quem poderia ser. Entretanto, meu medo
se mostrou completamente infundado quando eu vi que a mulher do lado de
fora parecia inofensiva, toda enrolada em um edredom do hotel por causa do
vento frio que vinha do mar.
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acontecer e ela pode precisar falar com a gente. Então, hm... algum de vocês
tem um carregador de Iphone?
— Não precisa ter pressa. — Mesmo de costas para mim, eu pude imaginar
perfeitamente o sorriso no rosto de Jungkook quando ele completou, agitando
tudo dentro de mim: — Nós não vamos dormir agora.
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Jungkook negou com a cabeça quando riu, ainda me acariciando.
— Fofo. — Ele disse ainda com uma risada discreta e eu fiz uma caretinha
tentando não evidenciar um sorriso do tamanho do mundo, fechando os olhos
sem nem perceber quando Jungkook beijou minha testa, ainda com o sorriso
persistente em seus lábios. — Eu amo tanto esse seu jeito...
Eu sorri ainda mais, mesmo acreditando que não era possível, sem controlar
minhas mãos quando elas pousaram em seu quadril, segurando-o pelos
passadores do cinto em sua calça
Ainda sentindo sua boca contra minha testa, deslizando seus lábios sobre
minha pele num carinho suave, eu inclinei um pouco o rosto para aproveitar
mais daquele toque que fez meus pelinhos todos eriçarem.
Com cuidado, Jungkook passou a segurar meu rosto com as duas mãos e
beijou minhas pálpebras fechadas uma de cada vez, demoradamente, antes de
descer seus lábios por minha bochecha, beijando-a também e fazendo minha
pele formigar com o toque provocante, mas cuidadoso, para então me fazer
suspirar quando ele finalmente beijou minha boca, pressionando-a com
suavidade, no começo, antes de massagear meus lábios com sua língua,
sugando-os ao final.
Ansioso por mais, eu estiquei meu pescoço, sentindo Jungkook recuar sua
boca quando eu tentei aprofundar nosso beijo, mas sentindo-o voltar logo
depois para me beijar com vontade, segurando meu rosto com força e
encaixando seus lábios nos meus e sua língua na minha com tanta precisão
que eu senti meu corpo amolecer em meio a outro suspiro incalculado,
provocado pela forma como Jungkook me beijava, intenso e quente como o
próprio fogo.
Levado pelo desejo de ter mais daquilo, eu puxei minhas pernas para cima da
cama e me ajoelhei sobre o colchão, sem parar de beijá-lo nem mesmo por um
segundo e subindo minhas mãos por seus braços quando me agarrei a eles
para não perder a pouca força que encontrei para erguer meu corpo. Jungkook
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então desceu suas mãos até minha cintura e me segurou com força, colando
nossos peitorais e me deixando ainda mais tonto quando sugou minha língua
demoradamente e enterrou seus dedos em minha pele.
No instante seguinte, ele afastou sua boca da minha e eu fui tomado por um
pouco de insatisfação, mas a deixei para trás assim que Jungkook me deu um
selinho demorado que, apesar de singelo, pareceu provocante como nunca.
— Você não sabe como eu senti falta disso... — Ele disse com a voz baixa,
deslizando seus lábios lentamente por minha bochecha
Mesmo depois de tanto tempo, ou talvez por causa disso, minha certeza
continuava inabalável. Eu nunca poderia desejar ser tocado por ninguém além
de Jungkook, nunca poderia desejar trocar o jeito como meu ser inteiro
respondia a cada um de seus toques devotos, porque sempre foi mais que
excitação física. Sempre foi entrega mútua, sempre foi confiança. Entre nós
dois, sempre foi amor.
E enquanto ele me fizesse sentir tudo isso, enquanto ser dele me fizesse tão
feliz, eu continuaria suportando todos os obstáculos impostos entre nós porque,
no fim, valia a pena.
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Ainda um pouco inseguro, eu pressionei meus lábios e me afastei só o
suficiente para ver seu rosto, encontrando-o carregado com um olhar denso de
aprovação.
Diante de sua permissão silenciosa, eu voltei a unir minha boca à pele exposta
de seu pescoço, beijando-a sem muito jeito enquanto tentava fazer exatamente
como ele fazia quando me beijava no mesmo lugar.
Eu não sabia se estava fazendo certo e segurei seus braços com ainda mais
força, tentando aliviar a tensão da inexperiência enquanto enterrava minhas
unhas em seus músculos. Entretanto, eu senti parte da insegurança se dissipar
quando Jungkook respondeu ao meu toque subindo sua mão até minha cabeça
e enterrou seus dedos em meu couro cabeludo, me pressionando ainda mais
contra seu pescoço.
Eu senti seu peito subir e descer devagar, com força, quando dei um último
beijo ali, com meus lábios se desprendendo de sua pele vagarosamente ao me
afastar novamente, já com as mãos guiadas até o primeiro dos botões
fechados.
Sem me responder com qualquer palavra, a permissão que foi dada a mim veio
na forma como Jungkook colocou suas mãos sobre as minhas, incentivando-as
a seguirem em frente. Tremendo em antecipação, então, eu desabotoei o
primeiro e parei antes de passar para o seguinte, me forçando a respirar fundo
para não perder o controle quando me senti completamente atiçado pela
imagem tentadora do peito de Jungkook sendo lentamente exposto para mim,
por mim.
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Quase sem piscar, atento como se aquela fosse a primeira vez que eu pudesse
ver seu corpo, eu finalmente desabotoei o segundo, devagar, e então o
terceiro, seguindo até que sua blusa estivesse completamente aberta. No
instante seguinte, eu empurrei o tecido fino sobre seus ombros até fazer a peça
cair no chão, e senti o ar escapar de mim numa lufada arrastada quando a vi
de novo, marcando seu peitoral com a tinta preta e as presas expostas.
Ainda em silêncio, Jungkook usou sua mão livre para guiar as minhas até seu
cinto enquanto eu o olhava, dali de baixo, com os olhos ansiosos.
Entendendo sua ordem muda e sob seu olhar intenso e escuro, eu me apressei
em desafivelar o cinto, sentindo o couro pesar em minhas mãos quando, um
pouco desastrado, eu o puxei, retirando-o de cada um dos passadores em sua
calça até tê-lo completamente em minhas palmas.
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— Eu acho que já disse que você deve ter mais respeito. — Ele relembrou,
deslizando a parte flexionada do cinto por meu braço numa provocação, ou
ameaça. — Se eu te der uma ordem, eu não quero seu silêncio. Eu quero ouvir
sua resposta, e é melhor responder do jeito certo.
A forma como Jungkook sorriu, tão lascivo quanto orgulhoso, foi a confirmação
de que eu tinha finalmente acertado, e eu mesmo pude apreciar a forma como
fui tomado por uma pontada de satisfação por conseguir agradá-lo.
— Sim, senhor...
Eu estava necessitado como nunca. Foram sete meses sem vê-lo, precisando
me aliviar sozinho enquanto imaginava seu toque, sua voz firme me dizendo o
que fazer e seu jeito de me foder com força.
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Meu corpo inteiro precisava de Jungkook, desesperadamente.
Sem parar de olhá-lo, completamente capturado pela confusão entre suas íris
tão negras quanto as pupilas, manchadas pelo desejo que também me
escapava pelos poros, eu pedi, necessitado:
Eu fui pego de surpresa quando a mão de Jungkook saiu de meu queixo e seus
dedos nos meus cabelos, puxando-os e inclinando minha cabeça ainda mais
para trás quando sua boca se aproximou da minha e ele mordeu meu lábio,
arrastando seus dentes sobre ele antes de chupá-lo de um jeito que me deixou
tonto.
— Chupa gostoso, — Ele finalmente respondeu com a voz baixa, ainda com o
rosto tão próximo que eu sentia sua respiração quente tocando minha pele. —
ou eu vou foder sua boca com tanta força, anjo...
Por isso, eu ainda fiquei aéreo por alguns poucos segundos quando Jungkook
arrumou sua postura em minha frente, massageando a própria ereção por cima
da calça enquanto esperava minha reação, sem se desfazer do sorriso obliquo,
quase sádico.
Diante dessa imagem, eu senti meu pênis fisgar de novo, incomodado por
senti-lo sufocado por tantas peças de roupa que, eu sabia, só deixariam meu
corpo quando Jungkook assim quisesse,
Uma das mãos de Jungkook continuou repuxando meus cabelos com cuidado,
dessa vez, enquanto a outra segurou seu próprio membro pela base e subiu,
estimulando-o devagar.
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Ainda com a lembrança viva de quando ele me ensinou a usar minha língua, e
também depois de praticar em meus próprios dedos em momentos de tédio ao
longo daqueles meses, eu massageei a cabeça do seu pênis, pressionando-a
com algumas lambidas antes de sugá-la com meus lábios.
Quando ele impulsionou devagar outra vez, eu empurrei minha língua contra o
céu da boca e senti o aperto em meus cabelos se tornar mais forte ao mesmo
tempo em que
Eu não conseguia deixá-lo ir fundo, mas sabia satisfazê-lo dentro dos meus
próprios limites. Por isso, me empenhei em segurar minha língua naquela
posição, tentando não perder o controle sobre meu próprio corpo enquanto
continuava olhando-o dali de baixo, sentindo suas estocadas lentas fodendo
minha boca devagar.
Um gemido baixo, mais grave que os outros, preencheu meus ouvidos quando
eu aumentei a pressão e movi minha língua para os lados, deslizando o
músculo sob a glande de Jungkook, repetidamente.
Eu senti um gemido subir por minha própria garganta, sem tomar forma,
quando ele apoiou seu joelho sobre a cama e o empurrou entre minhas pernas,
pressionando minha ereção.
Quando eu gemi um pouco mais alto e arrastado depois que ele aumentou a
pressão contra minha ereção, Jungkook ofegou, parecendo afetado por minha
própria reação, e meu corpo seguiu seu comando quando ele me puxou e me
fez ficar de joelhos sobre o colchão novamente, aproveitando a proximidade
entre nossos rosto para me beijar sem calma, com uma mão ainda maltratando
meu couro cabeludo e a outra apertando meu membro através da calça jeans.
Eu movi meu quadril, buscando por mais, e passei minhas mãos por sua
cintura até pressioná-las contra suas costas nuas, puxando-o mais para mim.
— Tire sua roupa. — Jungkook ordenou ainda com sua boca contra a minha,
apertando minha ereção uma última vez antes de recuar com um passo.
Mesmo insatisfeito por senti-lo longe de mim, eu balancei minha cabeça numa
concordância resignada, atento ao movimento de suas mãos repuxando o
tecido de sua roupa intima para voltar a cobrir seu pênis.
— Sim, senhor...
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Eu vi minha própria imagem refletida, depois vi Jungkook subir na cama e,
sobre seus joelhos, se aproximar até parar atrás de mim, usando suas mãos
para me guiar quando me fez sentar sobre meus calcanhares.
— Eu vou imobilizar seus braços agora, — Ele disse, paciente. — mas lembre
que podemos parar quando você quiser.
Entretanto, o nervosismo que eu senti não foi ruim. Não foi por achar que algo
daria errado ou por acreditar que não gostaria do que estava prestes a
acontecer. Eu estava nervoso justamente porque já sabia que gostaria, e muito.
Ainda ajoelhado atrás de mim, então, Jungkook passou a corda por baixo dos
meus braços, dando duas voltas por meus ombros. Depois, a mesma
quantidade de voltas foi dada em meu peitoral, até que o tecido trançado,
porém macio, começou a envolver meus braços já posicionados em minhas
costas.
Ver a forma como Jungkook checava o aperto de cada volta ao redor do meu
corpo, se certificando de que não estava me machucando antes de passar para
o próximo passo, fez meu coração bater mais forte com algo que ia além da
expectativa.
Por causa de todo seu cuidado, foi um processo um pouco lento até que meus
braços estivessem imobilizados contra minhas costas, esticados, com a
pressão cuidadosa da corda estimulando-os do topo até meus cotovelos.
Eu senti minha respiração pesar deliciosamente quando vi, ainda pelo espelho,
Jungkook se afastar um pouco de mim, parecendo admirar a forma como meu
corpo estava domado, completamente à sua disposição.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, suas mãos voltaram a tocar meus braços, acariciando-os com cuidado
até que seus dedos corressem para minha cintura, deslizando sobre minhas
costelas, e ele me puxou para que eu virasse e ficássemos frente a frente.
Eu suspirei, deixando minha cabeça tombar para trás quando ele aproximou
sua boca, beijando a base do meu pescoço demorada e deliciosamente.
Em seguida, suas palmas desceram pelas laterais nuas das minhas coxas até
passarem para o lado de dentro, forçando-as a se abrirem enquanto ele se
encaixava entre minhas pernas, inclinando seu corpo sobre o meu até que eu
estivesse deitado na cama, com a cabeça no limite do colchão, pendendo para
fora.
Eu senti o peso do meu corpo sobre meus braços presos, senti a mão de
Jungkook correr suavemente por minha coxa quando abracei seu quadril com
minhas pernas e senti a pressão enlouquecedora de seu membro contra o
meu, ainda com sua calça e nossas roupas íntimas impedindo o contato direto,
enquanto seus lábios deixavam vários beijos ao longo da linha do meu ombro.
Quando Jungkook percorreu o caminho de volta até meu pescoço, eu senti sua
boca sugar minha pele com mais força logo abaixo da coleira, me deixando a
primeira marca.
Eu inclinei ainda mais minha cabeça, pedindo por mais uma marca sua em
minha pele, e quase delirei quando ele fez exatamente a mesma coisa que
antes, chupando a união entre meu pescoço e meu ombro.
Entretanto, junto ao suspiro que veio em resposta a isso, eu abri meus olhos,
forçando as pálpebras pesadas a se erguerem, e senti minha atenção recair na
porta de vidro e cortinas ainda abertas.
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— Sohyun... a mulher do quarto ao lado — Relembrei, tentando controlar
minha respiração enquanto sentia a língua de Jungkook descer por meu
peitoral até capturar o piercing em meu mamilo.
Ele sugou meu mamilo uma última vez antes de arrastar sua boca por minha
pele, subindo até seu rosto pairar sobre o meu, beijando meu maxilar.
— Ah, sim, — Ele deslizou seus lábios por minha mandíbula até alcançar
minha orelha e eu me remexi, desesperado, quando ele investiu sua ereção
contra a minha. — ela vai voltar, e vai poder ver como você geme para mim
quando eu te fodo com força, anjo...
— Por isso você não vai gemer meu nome hoje, meu bem — Jungkook
continuou, pressionando nossos membros juntos. — Você vai me chamar de
senhor, para que ela saiba como você se submete a mim.
Depois disso, Jungkook voltou a beijar meu corpo, deixando um rastro sensível
por cada parte que sua língua e lábios tocaram e quase me fazendo delirar
quando ele passou a língua sobre meu pênis necessitado, ainda sem tirar
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
minha boxer, me forçando a me contentar com a umidade deixada no tecido
antes de se afastar.
Eu tentei forçar minha para cima, sentindo o desconforto provocado pela falta
de apoio. Entretanto, minha determinação para saber o que Jungkook faria a
seguir foi maior e eu pisquei, atordoado, quando o vi pegar um dos outros dois
itens que ainda estavam na caixa do meu presente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
apertando minha cintura com força quando empurrou meu tronco um pouco
mais para baixo, me forçando a ficar empinar minha bunda ainda mais.
Sem me dar tempo para superar a intensidade dessa sensação, então, ele
voltou a correr suas palmas até meu quadril, segurando o elástico da minha
cueca e puxando-o suavemente numa provocação demorada antes de
finalmente começar a tirar a peça de mim.
Eu movi minhas pernas somente quando ele me disse para fazê-lo, deslizando
o tecido macio por minhas pernas até deixá-lo de lado e meu corpo nu,
exposto, pronto para ele.
Dessa vez, entretanto, eu soube que não estava sendo punido. Seu tapa não
foi um castigo, foi um agrado.
— Você quer mais, anjo? — Ele perguntou, esfregando sua mão contra minha
bunda, e eu assenti, desesperado.
Eu ouvi uma risada baixa em resposta e prendi a respiração quando senti a sua
tão próxima da minha pele. Depois, soltei todo o ar de uma vez em deleite,
junto a um gemido de dor quando ele mordeu minha nádega esquerda, com
força, antes de beijá-la demoradamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sabia que aquela seria mais uma das marcas deixadas em minha pele
depois daquela noite, e estava ansioso para ver cada uma delas quando
acabássemos.
Mais uma vez, eu resfoleguei, surpreso, quando recebi mais um tapa e então
outro, que foi seguido de sua palma apertando minha carne outra vez,
deliciosamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas, talvez tão necessitado quanto eu, Jungkook não se prolongou muito em
sua provocação maliciosa e um gemido alto me deixou sem ar quando ele me
penetrou de uma vez.
A dor se alastrou por meu corpo inteiro, queimando, e eu fechei meus olhos
com força quando eu mesmo me movi um pouco, pedindo que ele continuasse.
Aquela dor intensa não era tão gostosa quanto as outras, mas havia algo
completamente irresistível na forma como eu senti Jungkook dentro de mim tão
rápido, tão forte, assim como eu confiava que ele pararia se eu dissesse minha
safeword.
Jungkook estocou outra vez, rebolando seu quadril devagar quando estava
completamente dentro de mim, e eu suspirei quando senti seu corpo se inclinar
sobre o meu.
Mesmo com a visão comprometida, eu soube o que ele estava fazendo quando
voltou à posição anterior, porque logo depois senti o choque do couro contra
minha nádega, acoitando a quando ele me penetrou de novo.
Eu gritei quando senti meu corpo tremer em resposta, acompanhado pelo som
do couro estalando em minha bunda outra vez, e quase não tive forças para
me erguer quando Jungkook enrolou a corrente da coleira em sua mão e me
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
puxou para trás, forçando meu tronco a se levantar quando fiquei sobre meus
joelhos assim como ele.
Assim, eu deixei minha cabeça cair para trás ao lado da sua, deitando-a em
seu ombro enquanto ele continuou me penetrando em busca do mesmo ponto
que fritou completamente meu juízo, e eu delirei completamente quando
Jungkook me fez virar o rosto para beijar minha boca sem calma alguma,
sugando minha língua e lábios enquanto engolia meus gemidos incontroláveis.
Aquele já parecia meu limite. Era impossível acreditar que podia sentir ainda
mais tesão do que já estava sentindo, mas então Jungkook me provou
completamente errado quando segurou meu queixo com força e me fez olhar
para a frente. Lá na frente, o espelho refletia nossos corpos juntos, a união
insana entre nossos quadris, meus braços ainda presos, a coleira em meu
pescoço e a corrente ainda presa à mão de Jungkook.
Hipnotizado, eu não consegui parar de olhar para nossos reflexos, sem saber
se focava no movimento dos nossos corpos ou se mantinha meus olhos
presos aos de Jungkook através da imagem refletida.
Entretanto, ele pareceu tomar a última decisão por mim quando seu olhar
abandonou o espelho e focou em algo ao lado, na porta de vidro, e um sorriso
completamente sacana apareceu em sua boca.
Incentivado por sua expressão maliciosa, eu também busquei o que ele passou
a observar e me desmanchei em um gemido alto quando vi a mulher do quarto
ao lado parada do lado de fora, paralisada, com os olhos arregalados e atentos
à forma como eu e Jungkook fodíamos.
Eu não sabia há quanto tempo ela estava lá nos assistindo, mas Sohyun não
parecia estar disposta a sair. Seus dedos esmagavam o carregador de
Jungkook em suas mãos e eu senti minha visão turva, talvez prestes a chorar
de tesão por ser admirado daquela forma, naquele momento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tão estimulado quanto eu por nossa pequena plateia, Jungkook desceu sua
mão que estava em meu pescoço, guiando-a por minha barriga até segurar
meu pênis com um movimento firme, começando a estimulá-lo sem parar de
me foder.
— Senhor... — Eu o chamei, sem controle algum sobre minha voz que parecia
incapaz de soar como algo além de um gemido. — Senhor, senhor...
Eu fui o primeiro a gozar com um gemido manhoso quando jorrei em sua mão,
intercalando-o a uma lufada de ar surpresa quando eu percebi que, dessa vez,
Jungkook gozou logo depois, dentro de mim.
Eu senti meu corpo perder a força como se fosse desmontar, sem conseguir
respirar direito, e a única coisa que me impediu de cair letárgico naquela cama
foi o braço de Jungkook me segurando na mesma posição.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, nada foi dito quando Jungkook me virou cuidadosamente e começou
a desatar os nós da corda que prendia meus braços, liberando-os pouco a
pouco.
Completamente livre, então, a primeira coisa que eu fiz foi reunir os resquícios
de força que nem sabia que ainda existiam em mim e lancei meus braços em
sua direção, abraçando-o com força quando ele se inclinou sobre mim para
beijar minha testa cuidadosamente.
Ainda com a fala comprometida, eu só balancei minha cabeça para cima e para
baixo. Talvez ele não tenha entendido exatamente o que aquilo significava,
mas eu quis dizer que estava nas nuvens.
Ainda com o corpo todo dormente, ele praticamente teve que me carregar para
fora da cama, e me levou com cuidado até o banheiro, onde me colocou
sentado sobre a tampa do vaso sanitário enquanto enchia a banheira.
Eu mordi meu lábio quando neguei sem muita forca. Entretanto, a fraqueza não
foi ocasionada por alguma dúvida e sim pela letargia do orgasmo.
— Eu preciso saber se você não gostou de algo, Jimin. — Insistiu, talvez por
não perceber que não existia a menor pontinha de arrependimento em mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tentando convencê-lo, eu segurei seu rosto com minhas mãos e me inclinei
para beijar sua boca com carinho e depois dei um beijo demorado em sua
bochecha.
Ele pareceu ter sido pego de surpresa por minha constatação e acabou rindo,
sem se afastar de mim e me deixando dar outro beijinho em sua bochecha.
Depois de me ouvir dizer com todas as letras, ele finalmente pareceu mais
tranquilo e retribuiu o beijo em minha bochecha, suspirando contra minha pele.
— Por favor, seja sempre sincero comigo. — Ele pediu, calmo. E não tenha
medo de usar sua safeword por achar que vai me decepcionar por isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu ainda vou te dar muitas coisas de couro, mas todas elas precisam desse
cuidado. — Ele continuou dizendo, com calma. — Ajuda a preservar por mais
tempo e também garante sua segurança.
— Sim. — Ele respondeu, com as mãos livres para me segurar pela cintura e
me puxar mais para perto. — Você ainda precisa conhecer muitas coisas. O
que eu te expliquei foi muito pouco, então eu preciso que você também faça
algumas pesquisas quando voltar para casa, tudo bem? Sempre tem algo novo
a se aprender sobre o BDSM.
Jungkook não se afetou por minha pergunta, talvez por perceber que eu não
estava desconfiado. Se ele tinha me dito que nunca tinha dado uma a alguém
antes, eu não tinha motivos para duvidar, mas fiquei verdadeiramente curioso
para saber o porquê.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não existe um motivo. — Ele respondeu, sincero, quando começou a limpar
meu outro braço. — Mas é como uma aliança. As pessoas não dão alianças
sempre que se relacionam com outras, não é?
— Você quer lavar o cabelo? — Ele perguntou, então, talvez percebendo como
eu parecia tenso, reunindo a coragem para dizer algo que, no fundo, ele já
sabia.
Eu fui direto até sua blusa jogada no chão, pretendendo vesti-la, mas ele me
chamou antes que eu o fizesse e se sentou na ponta da cama com um frasco
de hidratante que pegou em sua mala.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
envolvia minha cintura. Então eu o vi derramar um pouco da loção em suas
mãos, e ri um pouquinho quando ele começou a massagear minhas nádegas.
— Por que você tá fazendo isso? — Questionei, risonho, mas muito longe de
me incomodar com seu gesto.
Jungkook sorriu também, sem malícia alguma enquanto deslizava suas mãos
sobre minha bunda.
— Minha nossa senhora... — Eu balbuciei, cada vez mais surpreso com tanto
cuidado. Você é um príncipe...
— Diga.
Jungkook segurou minha mão, puxando-a de seu peito para levar até sua boca
e beijá-la na palma, carinhosamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
renovação e a sabedoria, mas as pessoas não veem isso porque se prendem a
uma imagem ruim que não representa nem o todo, nem a verdade. — Ele
continuou, pegando sua blusa e me ajudando a vesti-la. — E é exatamente o
que fazem com o BDSM. As pessoas o condenam porque propagam uma
imagem errada e não se preocupam em entender o que ele é de verdade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
esse é um daqueles capítulos em que ninguém comenta e quando comenta é
só pra dizer que ninguém tá comentando kjkkkk mas oi, agora já podem
comentar e conversar comigo): como estão? <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
26 • Forecast
Enquanto isso, ele esperou paciente, terminando de abotoar sua blusa em meu
corpo já que eu estava tão absorto em minhas ponderações silenciosas que
seria incapaz de sequer me preocupar em me vestir.
Naquele ponto, entretanto, isso não me inibia tanto assim. Jungkook já tinha
me provado mais de uma vez o quanto adorava meu corpo e nós já tínhamos
intimidade o suficiente para que a nudez não fosse nada além de um detalhe
natural em um momento como aquele.
— Doeu muito?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu quis enfiar as agulhas nos olhos do tatuador. — Confessou rindo, dessa
vez caminhando em direção ao banheiro. Quando chegou lá, ele gritou,
completando. — Doeu.
Ele sorriu, e eu fechei um pouco os olhos quando ele virou o rosto mais para
trás e beijou minha bochecha. Depois, Jungkook ficou de pé, deixou o meu
presente em cima do criado mudo e caminhou até sua mala para pegar uma de
suas calças de dormir, enquanto eu esperava ansiosamente que ele voltasse
para a cama e se deitasse comigo. Quando ele voltou, eu estiquei meus
braços, pedindo por um abraço, e tive meu pedido atendido quando ele me
deixou encaixar meu corpo ao seu ainda antes de nos deitarmos.
Jungkook deslizou uma mão por minhas costas e beijou minha testa antes de
me apertar ainda mais contra seu corpo e começar a fazer uma massagem
gostosa ao longo da minha coluna enquanto eu descansava minha cabeça
sobre seu peito, acariciando-o também.
640
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Nós deixamos a porta da varanda um pouquinho aberta, a meu pedido, porque
eu gostava de sentir o cheiro e o ventinho frio do mar enquanto o som distante
das ondas rasas se quebrando acompanhavam nosso silêncio cúmplice.
Eu não sei por quanto tempo nós continuamos calados, trocando carinho, mas
eu sei que poderíamos continuar daquele jeito por muito mais tempo se não
fosse aquela dor persistente que me fez rir, talvez até de desespero, quando
percebi que não ia passar tão cedo.
Eu apoiei minhas mãos sobre seu peito quando ergui um pouco meu rosto para
olhá-lo, negando.
— A gente ficou sete meses sem transar. Ir com calma não era uma opção... —
Contrapus num muxoxo que acabou por arrancar outra risada gostosa de
Jungkook.
— Ainda assim. — Ele disse, com os olhos escuros encontrando sua própria
mão quando ele deslizou os dedos até tocar no chupão que tinha deixado em
mim instantes antes. — Seu pescoço ficou ainda mais bonito com minhas
marcas, anjo...
— Faz outra aqui? — Pedi, ansioso. — Eu quero que todo mundo veja que eu
sou seu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ficou bonita? — Eu perguntei, risonho.
Jungkook expulsou o ar pelo nariz quando riu, e eu senti seu peitoral balançar
debaixo da minha cabeça.
Eu voltei a erguer meu rosto, dessa vez olhando-o com uma desconfiança
divertida. — Desde o primeiro dia? — Repeti, incrédulo, porque lembrava bem
de como nosso primeiro contato tinha sido desastroso. — Quer dizer, o
primeiro, primeiro mesmo? Aquele dia lá no hotel?
— Você também é. — Eu acusei, no mesmo tom. — Mas tudo bem por mim.
Jimin e Jungkook pode ser um caminho sem volta. Eu não quero voltar a lugar
nenhum mesmo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele suspirou, tenso. — Eu acho que você não consegue ver meus defeitos. As
vezes isso me assusta, porque algum dia você vai perceber e eu não sei se vai
continuar se sentindo assim quando isso acontecer.
Eu percebi seu olhar vacilar debaixo do meu e então segurei seu rosto com
minhas mãos, determinado, pedindo que ele continuasse a olhar para mim, pra
perceber que eu não estava falando da boca pra fora quando segui em frente,
sem hesitação alguma,
— Mas você sempre teve paciência comigo, sempre aceitou meus defeitos e
me ajudou a melhorar cada um deles. Então eu vou fazer o mesmo por você,
agora. Eu vou cuidar de você, como você sempre fez por mim.
— Anjo... — Ele tentou começar a falar, mas eu neguei, porque ainda precisava
dizer mais uma coisa.
— Eu só preciso que você confie em mim. Eu sei que muitas vezes ajo como
uma criança e amo quando você me trata como uma, porque eu me sinto
protegido e me sinto tão livre... mas eu não sou mais um menino de dezesseis
anos, Jungkook. Eu sou seu homem, como você é o meu, e eu quero que você
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se apoie em mim quando precisar, do mesmo jeito que eu sempre vou fazer
quando precisar de você.
Não era surpresa, ele nem mesmo estava impressionado, porque Jungkook
sempre foi a primeira pessoa a acreditar e confiar no meu amadurecimento. O
que estava tão claro, estampado nos olhos escuros que eu sempre amei tanto,
era algo mais profundo, mais bonito e muito mais significativo. Era gratidão.
Ainda sem insegurança alguma, eu aproximei minha boca de seu rosto e beijei
sua testa, demoradamente, antes de descer meus lábios e beijar também sua
pálpebra, como ele sempre fazia comigo.
Sua mão em minhas costas me pressionou com mais força e a outra, em minha
bochecha, guiou meu rosto até que minha boca estivesse próxima à sua.
Sinceramente, não sei quanto mais continuamos nos beijando, mas sei que
nunca tínhamos nos tocado daquela forma por tanto, tanto tempo. Depois, nós
ainda conversamos sobre tantas coisas e os minutos passaram tão rápidos
que, quando nos demos conta, já eram quatro e pouca da manhã.
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Mesmo ainda querendo falar sobre tudo e nada com ele, por horas seguidas,
eu sabia que ele precisava descansar. A vida de Jungkook sempre foi tão
complicada, mas estava ainda mais desgastante naquele tempo, então eu
contive minha vontade de continuar falando pelos cotovelos e me estiquei
sobre o corpo dele para desligar o abajur preso à parede, logo ao seu lado da
cama.
Eu senti seu nariz deslizar por minha cabeça antes que ele aspirasse o cheiro
do meu cabelo, para só então aceitar minha sugestão pertinente.
Agarrado a ele, como sempre ficava nas poucas chances que tínhamos de
dormir juntos, eu percebi que Jungkook não era o único cansado, porque muito
pouco tempo depois eu mesmo cedi ao sono, prolongando-o pelas horas
seguintes sem que nada fosse capaz de me acordar, quase como se eu tivesse
me transformado numa pedra.
Quando abri os olhos pela manhã, eu percebi que tinha dormido muito menos
do que imaginava, já que o relógio ao lado da cama indicava que pouco tinha
passado das oito. Apesar de não ter aproveitado mais que quatro horas de
sono, entretanto, eu me sentia suficientemente disposto para levantar e
aproveitar o máximo possível com Jungkook, e percebi que ele sentia o mesmo
quando notei que eu estava sozinho na cama e ele já estava de pé,
organizando nossas malas que tinham ficado largadas no meio do quarto.
— Acordar e poder ver você sempre vai ser a melhor coisa do mundo... — Eu
anunciei, baixinho, finalmente mostrando que já tinha acordado.
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Ele olhou para mim por cima do ombro, com os olhos ainda inchadinhos e
preguiçosos, e só fechou a porta espelhada do armário antes de caminhar em
minha direção e se sentar ao meu lado na cama. Sem perder tempo, eu me
arrastei até deitar a cabeça em seu colo, fechando meus olhos em satisfação
quando ele começou a fazer carinho em mim.
— Eu sempre durmo bem perto de você, anjo. — Ele disse, me fazendo conter
um grunhido de satisfação. — Eu ia sair e comprar nosso café da manhã, mas
achei melhor te levar comigo. Eu quero conhecer Jeju com você.
Eu balancei a cabeça outra vez e juntei minhas forças ainda letárgicas para me
sentar sobre o colchão enquanto coçava meus olhos, tentando expulsar o
sono.
Jungkook riu alto, espontâneo, e foi a coisa mais bonita do mundo vê-lo tão
natural sem suas roupas sérias, vestindo só uma calça confortável de dormir,
com o cabelo ainda bagunçado e o rosto preguiçoso enquanto ria sem precisar
se conter.
Eu resfoleguei baixo antes de apertar meus lábios e negar, sem jeito. — Banho
pode...
Ele riu de novo, alto, e eu quase me desequilibrei quando ele me puxou ainda
mais, mas dessa vez para beijar minha barriga por cima da blusa.
Apressado, eu finalmente fiz meu xixi matinal e logo depois saltei para dentro
da banheira, mas ligando o chuveiro ao invés de enchê-la. Quando ouviu o
barulho da água, Jungkook entrou no banheiro, sem fazer qualquer comentário
sobre minha demora, e eu observei em silêncio, meio oportunista, quando ele
tirou sua roupa antes de se juntar a mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O banho foi rápido, embora eu não tenha perdido a chance de aproveitar
enquanto ele lavava meu cabelo, nem tenha me recusado a ensaboar suas
costas. Depois, nós escovamos os dentes juntos e só então fomos pegar
nossas roupas no armário.
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— O contraste é muito grande... — Eu anunciei, ainda risonho, quando olhei
para baixo, analisando minha própria roupa.
Ele sorriu para mim pelo reflexo e depois virou o rosto para beijar minha testa.
— Eu só vou calçar meus pés e nós já saímos.
Eu assenti, deixando que ele se afastasse para calçar seus sapatos de couro, e
só então senti falta de algo.
Eu olhei para a caixa de madeira no criado mudo e voltei a olhar para ele
quando lembrei da gargantilha também de couro que estava ali dentro. Antes
que eu perguntasse qualquer coisa, entretanto, Jungkook ficou de pé e a tirou
dali de dentro antes de parar em minha frente.
— Essa é sua coleira social. — Ele explicou, envolvendo meu pescoço com a
faixa de couro discreta, com uma argolinha de metal presa ao meio, como se
fosse uma versão mais delicada da minha coleira. — Não chama tanta
atenção quanto a outra, então você pode usar sempre.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fiquei pensativo por um tempo, apertando meus olhos com a dúvida: — Eu
nunca mais vou poder usar a outra? — Questionei, chateado.
Eu concordei outra vez, mais aliviado. Não que eu não tivesse gostado daquela
que Jungkook nomeou como minha coleira social, mas eu realmente gostava
da outra, do peso do seu couro envolvendo meu pescoço e do seu significado
Eu fiquei na ponta dos pés para dar um beijinho rápido em sua boca e anunciei,
ainda sorridente. — Tô com fome.
— Meu Jimin não pode ficar com fome. — Ele disse, então, e me deu um
beijinho na ponta do nariz ainda antes de abrir a porta. — O que você quer
comer agora?
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Eu concordei, enérgico, e uni nossas mãos, puxando-o por todo o caminho até
chegarmos à recepção. Como sempre, eu estava tagarelando sobre alguma
coisa sem muita relevância, mas senti meu ânimo murchar completamente
quando meus olhos encontraram Sohyun, a mulher do quarto ao lado do nosso.
— Eu, hm... — Ela quase gaguejou, tentando sorrir. — Foram eles que me
emprestaram o carregador...
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— Não incomodaram... — Ela confessou, então, apesar de alguma confusão
estampada no rosto do seu marido.
Depois, ela olhou para mim e eu senti meu rosto esquentar ainda mais. Em
resposta, ela também pareceu ficar mais vermelha e eu instintivamente
escondi minha cabeça contra o braço de Jungkook.
— Isso foi muito constrangedor. — Soltei num muxoxo junto a uma risada. —
Como você conseguiu agir tão naturalmente? Quer dizer, ela viu a gente
transando há umas poucas horas...
— Não é a primeira vez que algo assim acontece. — Ele confessou, sem
perder a naturalidade no tom quando voltou a entrelaçar sua mão à minha, me
puxando para que seguíssemos andando.
— Você não quer me dizer por que ficou tão calado de repente? — Jungkook
perguntou com a voz calma, sentado ao meu lado, enquanto usava um
guardanapo para limpar o cantinho da minha boca.
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Eu olhei para ele, terminando de mastigar o último pedaço de panqueca em
minha boca e forçando-o garganta abaixo quando aproveitei a oportunidade
para tentar me livrar daquela dúvida.
— É por isso? — Ele questionou, dessa vez fazendo carinho em minha nuca. -
Você já ouviu falar em voyeurismo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
talvez tenha pensado que eu gostaria de te observar também e quis me
agradar assim. Eu pensei nisso durante muito tempo. Hoje, acho que foi um
pouco dos dois.
Eu ouvi seu relato com atenção, até um pouco impressionado. — Então eu sou
voyeur e exibicionista?- Questionei, surpreso. — Acho que eu sou mais safado
que você...
Quando seu riso perdeu força, ele respirou devagar, tentando se recompor. -
Isso é o que eu acho, anjo. Talvez eu esteia errado. por isso é importante que
você se conheça também. Eu disse ontem que nossa relação deve ser
prazerosa para nós dois, na mesma intensidade, então você precisa saber se
realmente sente prazer em ser observado ou se aceitou isso para me agradar.
Se for a segunda opção, eu vou precisar me esforçar para deixar esse fetiche
de lado e respeitar os seus limites.
— Se descobrir é uma das coisas mais prazerosas da vida, Jimin. Você não
precisa se assustar com isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu olhei para o balcão no fundo do restaurante, não muito longe, onde vários
tipos de doces estavam exibidos numa vitrine, e mordi meu lábio antes de
balançar a cabeça num sim, com um sorriso travesso.
— Pode.
Eu levantei quase num pulo, sorrindo ainda mais quando comecei a caminhar
apressado em direção ao balcão. Um senhor detrás da bancada parecia
receber os pedidos feitos ali e eu o cumprimentei, animado, antes de me curvar
para ver melhor as opções. Eu estranhei um pouco não receber nem um bom
dia em resposta, mas o verdadeiro incômodo só tomou conta de mim quando
eu voltei a erguer meu rosto para finalmente fazer o pedido e vi a forma como
ele me olhava.
Ele negou novamente, com a expressão ainda mais fechada, e o nojo em seu
olhar me fez sentir ainda pior. — O mundo está perdido mesmo, mas esse
restaurante ainda é um lugar decente, então vá fazer suas libertinagens longe
daqui.
Eu quis retrucar e reafirmar que não tinha feito nada de errado, mas a
vergonha que tomou conta de mim ao ser olhado daquela forma me fez recuar
completamente e então só me calei e, com o rosto abaixado, completamente
derrotado, voltei até a mesa onde Jungkook ainda estava me esperando.
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— Não tem nada que eu queira. — Menti, puxando-o pela manga do seu
casaco, desesperado para sair dali. — Vamos embora. — Eu senti a relutância
do corpo de Jungkook, então o puxei com mais afinco. — Vamos logo, por
favor.
Eu neguei, abaixando ainda mais meu rosto para não deixar Jungkook ver
como meus olhos estavam vermelhos. — Eu vou te esperar lá fora. —
Anunciei, então, soltando-o para tentar me afastar, mas ele foi mais rápido e
me segurou pelo braço com firmeza, mas cuidado, quando ficou de pé.
— Por favor, Jungkook. — Eu insisti pela terceira vez, segurando sua mão para
forçá-la a me soltar, e repeti: — Eu vou esperar lá fora.
Dessa vez, ele não tentou me impedir, e eu cortei todo o caminho até a saída
do restaurante sem coragem de levantar o rosto. Parte de mim se recusava a
dizer o que tinha acontecido por vergonha, enquanto a outra queria poupar
Jungkook de se sentir mal como eu me senti com aquilo.
Eu olhei para ele, angustiado, e não relutei quando ele me segurou pelos
braços e me puxou, me abraçando bem apertado.
— Aquele homem te disse alguma coisa? — Ele perguntou, aflito, ainda sem
entender minha mudança brusca de humor.
Cabisbaixo, eu apertei sua blusa entre meus dedos, escondendo meu rosto
contra seu pescoço. Ainda que tocá-lo daquela forma tivesse sido o motivo de
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
um comentário tão maldoso, o abraço de Jungkook ainda era meu porto
seguro, por isso fui incapaz de afastá-lo.
Eu fechei meus olhos com força, ainda afetado demais para conseguir afetar
meu rosto de seu pescoço.
Depois de tempo demais sem dar uma resposta, eu neguei com a cabeça e
finalmente juntei minhas forças para me afastar um pouco. — Deixa isso pra
lá...
— Eu não vou deixar ninguém te magoar desse jeito sem fazer nada, Jimin. —
Retrucou, incisivo.
— Eu prefiro não pensar mais nisso... — Insisti. — Não quero deixar uma coisa
pequena estragar nossa viagem, então só... SÓ vamos esquecer e aproveitar,
por favor... Nós temos tão pouco tempo, Jungkook...
Caminhando lado a lado, nós dois em silêncio, eu percebi que, por mais que
tenha tentado evitar, aquela situação afetou Jungkook também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook parou de andar aos poucos, olhando ao redor e parecendo tão
perdido quanto eu. Eu estava prestes a sugerir que voltássemos para o hotel,
mas então ele pareceu se atentar a um mapa ilustrado da ilha, plotado no
fundo de um ponto de ônibus, e seus olhos recaíram em um dos pontos
coloridos antes que ele segurasse minha mão, me puxando para que
voltássemos a andar.
— Nós vamos para Seongsan Ilchulbonga. — Ele disse, nem sei se para mim
ou se para o motorista.
— Sim, meu bem. — Ele respondeu, se inclinando para beijar minha testa. —
Você disse que quer aproveitar nossa viagem, então vamos fazer isso.
Ele também sorriu para mim e eu mordi meu lábio, ansioso, quando deitei a
cabeça em seu ombro, vez ou outra levantando para poder ver as ruas de Jeju.
Depois de passarmos alguns minutos dentro do carro, então, nós descemos no
estacionamento do Seongsan e depois de pagarmos nossas entradas e de
recebermos instruções sobre a subida e descida, nós nos dirigimos à trilha que
nos levaria ao topo do pico.
A primeira parte do caminho era plana, por uma trilha de pedra ladeada por
cerquinhas de madeira, e tudo que se podia ver ao redor era verde e o mar ao
longe. Eu sorri, encantado com tudo que se estendia diante dos nossos olhos,
porque era a primeira vez que via algo como aquilo, de perto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A vista lá de cima deve ser ainda mais bonita. — Jungkook contrapôs, sem
soltar minha mão enquanto andávamos até o início da segunda parte do
caminho, que era uma escadaria gigante que se dobrava ao longo do pico.
Eu parei ainda antes de pisar no primeiro degrau e ri, sem jeito. — Mas até
chegar lá deve cansar um tantão, né?
Outono não é uma época de tantos turistas, então não tinha tanta gente ao
nosso redor. Ainda assim, seria constrangedor. — Vai ficar todo mundo
olhando.
— E vão ficar com inveja porque não estão sendo carregados também. —
Rebateu, com um sorriso meio sacana, e eu recuei com um passo, assustado,
quando ele começou a tirar seu casaco grosso.
Eu ri ainda mais, empurrando o casaco contra seu peito antes de dar uns
soquinhos fracos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu realmente não me importo. — Ele respondeu, também rindo, sem parar
de subir degrau por degrau.
— A gente vai cair e vai morrer! — Dramatizei. — Eu sou tão novo pra morrer,
meu deus, só transei duas vezes... não é justo partir agora!
— Jungkook pabo!
Ele me segurou pela nuca, com cuidado, e eu não consegui parar de rir nem
mesmo quando ele uniu sua boca à minha num beijo rápido e despretensioso.
Eu abri minhas mãos fechadas sobre seu peito, segurando-o pela camisa, e
retribuí seu beijo.
Jungkook negou, como se dissesse que aquilo não era nada demais.
Entretanto, o sorriso que permaneceu no meu rosto mesmo depois de subir
todos aqueles degraus só estava no meu rosto por causa dele.
Lá de cima, a vista era incrível. Dava pra ver toda a ilha e o mar ao redor, com
as oscilações de cores e o movimento que, de longe, parecia tão calmo.
Enquanto apreciávamos tudo aquilo, nós ficamos calados, sentindo o frio um
pouco mais intenso, mas sem reclamar enquanto dividíamos o seu casaco da
forma que foi possível, tentando nos esquentar juntos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, nós tiramos fotos da vista para que eu pudesse mostrar para meus
pais e para meus amigos, e também tiramos várias fotos nossas com aquele
lugar lindo ao fundo, para deixar aquele momento sempre guardado.
— Tudo bem. — Ele cedeu, risonho. — Acho que você ainda está em fase de
crescimento.
Eu sorri, vitorioso. — E o que a gente vai comer? Será que tem algum lugar
perto do hotel que vende kimbap? Me deu vontade de comer um daqueles
triangulares...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Claro, anjo. — Jungkook respondeu, sem hesitar. — O senhor pode nos
deixar lá?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você não deveria saber isso, já que acabou de fazer dezenove anos. —
Provocou, com as sobrancelhas levemente arqueadas.
— Não vou longe. — Foi o que ele respondeu, me dando um beijo na testa
antes de se afastar.
Com as bebidas embaladas e as outras compras nas mãos, então, eu segui até
a entrada do mercado, como pedido por Jungkook, e me encostei ao lado de
uma banca de revistas, esperando-o. Como ele demorou um pouco, eu acabei
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
passando o tempo lendo as manchetes das revistas, até encontrar uma de
celebridades.
"Kim Taehyung, o rosto que ganhou fama nas passarelas internacionais, fala
sobre seus planos de voltar para a Coreia do Sul e muito mais! Veja a
entrevista completa na página 15."
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu perdi algum tempo olhando o rosto do moço, porque ele era muito bonito
mesmo, parecia ter sido esculpido, e por um segundo senti um pouco de inveja.
Entretanto, meu pequeno lapso durou apenas um segundo, porque logo depois
Jungkook finalmente apareceu, chamando minha atenção.
— Nós podemos ir agora. — Ele disse, e eu não consegui impedir meus olhos
de caírem na sacola que ele tinha em mãos.
Como o hotel não era longe, nós fomos andando por todo o caminho de volta, e
eu suspirei aliviado quando deixei as compras em cima da cama, finalmente
podendo liberar minhas mãos, mas sem me afastar da sacola de bebidas.
Eu sorri, empolgado e curioso para finalmente saber o que ele tinha comprado,
e dei vários pulinhos de comemoração, ainda sentado na cama, quando vi que
eram vários doces diferentes.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
comer primeiro. — Todos parecem tão gostosos, não sei por onde começar...
— Choraminguei, indeciso.
Ele alertou,
Depois, nós rimos também das fotos que tiramos ao longo do dia, vendo que
algumas tinham ficado realmente ruins.
— Meu deus, olha essa que horror! — Eu arregalei meus olhos diante de uma
foto minha que Jungkook tinha tirado sem que eu soubesse.
— Essa boca nunca fica esquisita. É a boca mais bonita que eu já vi. — Ele
disse, quase como se me repreendesse com os olhinhos preguiçosos pelo
álcool e as bochechas vermelhinhas pelo mesmo motivo.
— Isso só é possível se você nunca tiver olhado pra sua boca. — Eu rebati,
inconformado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook negou sem muita força, deitando ao meu lado. — Você é todo
perfeito. — Ele apontou, olhando para mim. — Olha esse rosto, Jimin. Olha
esse nariz! É tão lindo que me deixa triste.
— Mas você não vai me perder. — Eu disse, até rindo um pouco porque aquela
preocupação era infundada.
— Não pensa assim. — Pedi, angustiado. — Seu pai vai ficar bem. E se as
coisas piorarem, eu vou continuar aqui por você. Eu não vou desistir de nós
dois.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele passou a mão pela testa, parecendo ainda mais incomodado com minha
resposta.
— Se você insistir em nós dois, mesmo que não te faça bem... — Ele parou,
antes de completar: — Eu não quero perder você, Jimin, mas se isso
acontecer, eu vou precisar te deixar.
[3] Acredito que todos saibam o que é kimbap, mas por desencargo de
consciência, é aquele "sushi" coreano. O que eles comeram nesse
capítulo é um que vem em formato triangular, como um sanduíche, onde
o arroz é o "pão", o recheio é colocado dentro dele e por fora são
envolvidos com alga.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi?): acho que esse capítulo ficou extremamente cansativo): me desculpem por
isso. Eu até tirei algumas coisas que deveriam acontecer nele pra não ficar tão
maçante, mas nem isso deu jeito
ainda sobre isso, eu ando com a impressão de que esses capítulos enormes
são um pouco inconvenientes, talvez vocês fiquem cansados na metade da
leitura e tenham que fazer várias pausas até conseguir chegar ao final, não sei,
eu sei que os capítulos-bíblia são a marca registrada de sub, mas talvez seja
melhor mudar isso): como pra mim não faz muita diferença (eu só vou precisar
reorganizar a divisão dos capítulos mesmo), eu vou deixar essa decisão pra
vocês, então comentem abaixo no que acharem melhor, por favor:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
27 • Counterpoise
Dedicado a whyparkjimin
— Eu não falei isso por causa da bebida, Jimin. — Jungkook contrapôs ainda
com a voz arrastada.
Sua expressão, por outro lado, eu não consegui avaliar porque estive
concentrado arrumando a cama só para me ocupar com algo além daquela
conversa, tentando não evidenciar que, no fundo, eu estava assustado.
Não foi a primeira vez que ele me disse coisas como essa. Eu me lembro bem
de termos uma conversa semelhante mais de um ano antes, um dia depois do
meu aniversário de dezoito, num dos quartos do hotel dos meus pais. Jungkook
me fez prometer que eu seria sincero e o deixaria saber caso nossa relação,
em algum momento, deixasse de me fazer bem.
Nessa vez, ele disse que não desistiria de mim. Ele disse que se esforçaria
cada vez mais para me fazer feliz. O que me assusta, agora, é ouvir ele dizer o
contrário.
— Não importa se você falou por causa da bebida ou não. Essa conversa é
chata. — Eu finalmente disse, mexendo sem parar nas coisas que coloquei
sobre o criado mudo, só para não precisar olhar para ele enquanto fingia
arrumá-las.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele suspirou e eu percebi seus movimentos quando se sentou, passando as
mãos pelo rosto, ainda empacotado em várias peças de roupa e com as
bochechas avermelhadas.
— Você foi compreensivo com tudo que eu te expliquei ontem e hoje, anjo.
Tente ser compreensivo agora também.
Jungkook então riu, passando as mãos pelo rosto outra vez antes de se
arrastar sobre o colchão e parar bem em minha frente, me puxando pelos
braços até que meu corpo estivesse contra o seu.
— Eu só quero o melhor para você. Você sabe disso, não é? — Ele perguntou,
acariciando minha cabeça quando eu a encostei em seu ombro.
Meu erro foi acreditar, com isso, que ele tinha cedido e aceitado meu pedido,
quando só estava desistindo de discutir comigo naquele momento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
A verdade é que ele estava inseguro em relação a tudo na sua vida. Com toda
a responsabilidade que repentinamente caiu em suas mãos depois da evolução
agressiva da doença de seu pai, Jungkook parecia perdido, às vezes, e
constantemente com medo de deixar tudo isso me afetar.
No fundo, vê-lo se sacrificando dessa forma me doía, sim, mas que diferença
faria se eu fosse obrigado a me afastar dele? Que bem faria ao meu coração
ter que deixá-lo por estar em uma situação difícil? Como algum dia eu poderia
finalmente ter a coragem de dizer que o amava se virasse as costas para ele?
Por isso, minha decisão já estava tomada. Eu não o deixaria, não importava
quão complicadas as coisas viessem a se tornar, porque eu passei a ter a
confiança de que, comigo ao seu lado, Jungkook seria capaz de suportar e
superar tudo isso.
Mesmo parecendo frágil, eu seria seu ponto de força, como ele sempre foi o
meu.
— Você disse que não falou essas coisas por causa do álcool, mas eu sei que
foi. — Contrapus, acariciando-o sobre as costelas, através de seu casaco
grosso. — Tem bêbado que é chato pra caramba mesmo, não precisa se
desculpar...
— Eu disse que não tinha resistência a álcool. — Ele relembrou, ainda fazendo
carinho em minha cabeça, e eu ouvi seu suspiro fraco antes de ouvir sua voz
outra vez: — Anjo?
— Oi...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu nunca amei alguém como amo você. — Jungkook confessou, fazendo
meu coração bater ainda mais forte quando eu afastei meu rosto para olhá-lo
num reflexo e senti seus olhos recaírem sobre os meus, sinceros, ao mesmo
tempo em que sua mão me tocou carinhosamente na bochecha. — Ser seu foi
a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você pode lembrar disso?
Ele sorriu para mim, feliz com minha resposta, e eu fechei os olhos quando
recebi um último beijo na testa.
Eu nunca soube dizer com certeza se Jungkook sorria tanto ao meu lado
porque me amava, ou se ele me amava porque eu o fazia sorrir. De qualquer
forma, eu sempre me orgulhei de ser a causa do seu sorriso, porque ele era
lindo como maravilha nenhuma no mundo conseguia ser.
À noite, pela segunda vez, nós tivemos algumas poucas horas de sono. Nesse
dia, entretanto, nós não transamos porque meu corpo ainda estava dolorido,
mas Jungkook me masturbou devagar, gostoso como nunca, enquanto beijava
meu pescoço como mais um presente pela chegada dos meus dezenove anos.
Todas as outras horas, depois que nos deitamos para dormir, nós gastamos
em conversas e carinhos, como tanto gostávamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O dia seguinte era o nosso último dia juntos e meu vôo de volta para Nam-gu
partiria ainda no início da tarde, então nós não tínhamos muito tempo. Por isso,
eu programei o alarme do meu celular para despertar logo cedo, assim eu
poderia aproveitar meu Jungkook o máximo possível.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sabendo que Yukwon provavelmente não acordaria até a hora do almoço, eu
precisei conter minha curiosidade e deixei o celular de lado, voltando minha
atenção ao que realmente me importava no momento.
Não importa quanto tempo passe, ver Jungkook dormindo tão calminho sempre
vai ser uma das minhas coisas favoritas.
Dessa vez, ele expulsou em algo que pareceu uma risada letárgica, e seus
braços me apertaram ainda mais mesmo que ele parecesse sem forças para
falar.
Ainda com os olhos fechados, ele inclinou seu rosto em direção ao meu e,
como sempre, eu apertei meus lábios até quase fundi-los em um só, impedindo
que Jungkook fosse além de um selinho quando me beijou.
— Meu Jimin acordou cedo hoje. — Ele apontou, ainda sem levantar as
pálpebras e moveu seu corpo até pressionar sua cabeça contra meu peito,
preguiçosamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nós não precisamos ir embora hoje. — Ele disse, ainda com a voz
arrastada. - Não precisamos ir embora nunca. Quero passar o resto da vida
aqui com você.
— Então vamos ficar. Eu não volto mais para Seul e você não volta para Nam-
gu. Vamos continuar aqui e comer o kimbap do mercado até nossa morte.
— Certo. Vamos fazer isso. — Eu disse num murmúrio fraco, desejando que
fosse simples assim e que não precisássemos nos despedir em algumas horas.
Jungkook suspirou e me deu um beijo no peitoral coberto por sua blusa antes
de afastar seu rosto e me olhar nos olhos, me deixando reconhecer em sua
expressão a mesma tristeza que também estava estampada na minha.
Nos despedir parecia cada vez mais difícil, porque nunca sabíamos quanto
tempo levaríamos até podermos nos ver de novo. A única certeza que
tínhamos era que cada segundo longe um do outro seria doloroso.
Diferente de mim, Jungkook sempre foi organizado, então quando ele saiu do
banho algum tempo depois, gastou muito pouco tempo para arrumar sua mala.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook, — Eu o chamei quando ele começou a vestir as roupas que tinha
deixado separadas depois de organizar tudo, e puxei nervosamente a barra da
sua blusa escura de botões em meu corpo.- eu posso ficar com essa camisa?
Eu sorri também, entendendo aquilo como uma permissão, feliz por poder levar
mais um pedacinho dele comigo quando voltasse para casa.
Aproveitando o tempo que ele levaria para voltar, eu passei bons minutos no
banheiro e, quando saí, cheguei se Yukwon ou mais alguém tinha mandado
mensagens, mas as únicas notificações que vi eram de Jungkook, que tinha
mandado fotos de dois tipos de tortas diferentes, perguntando qual eu preferia.
Eu fiquei em dúvida, então escolhi as duas.
Quando ele voltou para o quarto, nós tomamos café juntos, em silêncio,
incapazes de nos desvencilhar daquela tristeza que se tornava mais intensa à
medida que o tempo passava e nos aproximava da despedida inevitável.
— Eu tô muito triste...
— Venha. — Ele chamou, então, quando se levantou com calma sem soltar
minha mão e me puxou para que levantasse também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem entender o que ele pretendia, a principio, eu só o segui quando ele
colocou o próprio celular no bolso de sua calça enquanto me puxava com
cuidado até atravessarmos a porta de vidro que levava à varanda
compartilhada. Ali fora, o vento frio que vinha do mar fez meu corpo tremer um
pouquinho, mas eu não reclamei, nem mesmo pensei em fazê-lo, apesar de
ficar um pouco confuso quando Jungkook continuou me puxando até a escada
que desembocava direto na areia da praia.
— Nós precisamos voltar aqui no verão. — Ele disse, me puxando pela mão
para que começássemos a descer a escada de poucos degraus.
— Pelo menos a gente tem uma desculpa pra vir aqui de novo... e eu quero
muito voltar aqui com você...
— Nós vamos voltar, então. — Ele disse, parando de frente para mim e
erguendo o mindinho de sua mão livre. — É uma promessa.
— Lembro, coisa linda. — Ele respondeu, passando seu braço ao redor do meu
pescoço, sem soltar minha mão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Em silêncio, então, nós voltamos a caminhar pela praia, em direção ao mar e
molhamos nossos pés na água gelada, que me fez resmungar um pouquinho,
mesmo que eu não desaprovasse a sensação.
Depois, nós tentamos tirar mais algumas fotos com o mar de fundo, mas
nenhuma parecia ficar boa o suficiente, então acabávamos rindo com os
resultados desastrosos de nossas capturas tremidas com os cabelos voando
de um lado para o outro.
— Eu deveria ter trazido o Yukwon na mala pra ele ser nosso fotógrafo. — Eu
disse, brincalhão, inclinado sobre Jungkook enquanto víamos as fotos em seu
celular, ainda parados no meio da praia vazia.
— Você sabe que ele ia querer sair em todas as fotos fazendo aquelas poses
estranhas. — Jungkook disse, certeiro, mas bem humorado.
Mesmo depois de mais de dois anos, e mesmo que Jungkook se tornasse mais
aberto comigo a cada dia que passava, muitas coisas de sua vida eu só
conhecia através das histórias que ele me contava, sem que eu tivesse
qualquer contato real com elas. Por isso, eu ainda me sentia um pouco distante
de sua realidade, enquanto ele já estava completamente imerso na minha.
— Mas você quase nunca fala sobre eles... — Eu contrapus, brincando com a
manga comprida de seu casaco.
— O que você quer saber? — Ele perguntou, esfregando suas mãos em meus
braços para tentar me aquecer. — Não tem muito o que dizer. Seokjin invade
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
meu apartamento toda semana porque acha que tem a obrigação de encher
minha geladeira e Junghyun vive ocupado com o emprego e a nova família
dele. Nós só nos encontramos quando vamos visitar nosso pai no hospital. E é
isso. Eu não passo muito tempo com nenhum deles, então nunca tenho o que
falar.
— Você fala de mim pra ele? — Eu perguntei, desacreditado, mas feliz por
essa descoberta,
Eu sorri ainda mais, muito, muito, muito feliz por descobrir que Jungkook falava
sobre mim para seu amigo.
— Não pense que eu estou tentando te deixar fora do que acontece na minha
vida, — Ele pediu, então, depois de me dar um beijo demorado na bochecha.
— mas ultimamente tudo se resume ao meu trabalho, então eu não tenho
muito o que dizer além disso.
Eu concordei, compreensivo, e fiquei nas pontas dos pés para abraçar seu
pescoço.
— Você pode dizer pro Seokjin que eu também quero muito conhecer ele? —
Perguntei, manhoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você me faz parecer tão bobo, às vezes. — Ele resmungou, apertando
ainda mais os braços ao redor da minha cintura.
— Desde que seja bobo só por mim, não tem problema. — Eu disse, inclinando
o rosto para dar um selinho em sua boca, e estremeci quando uma rajada de
vento ainda mais forte envolveu meu corpo, arrepiando meus pelos todos. —
Ai, que friozinho...
Jungkook riu da minha reclamação manhosa e subiu suas mãos até meus
braços, desencaixando-os de seu pescoço para deixá-los entre nossos corpos,
então puxou um pouco mais as mangas do meu moletom grosso para cobrir
minhas mãos, e por fim me abraçou de volta, dessa vez me deixando todo
encolhido contra seu corpo para me proteger melhor do frio.
Naquele momento, então, eu me senti grato como nunca por tê-lo ali comigo.
Talvez não tivesse passado por minha cabeça ainda o quanto Jungkook
precisou se esforçar para conseguir se afastar do seu trabalho e dedicar
aqueles dias somente a nós dois, e me angustiou pensar no quanto ele deve
ter se sacrificado e se desgastado só para poder estar comigo.
Jungkook me amava e eu tinha cada vez mais certeza disso. Não por ouvi-lo
dizendo essas palavras mais de uma vez, mas porque cada uma de suas
ações, cada um de seus esforços demonstravam tudo que ele dizia sentir por
mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu amo você.
Entretanto, assim como eu fiquei quando ele disse as mesmas palavras para
mim, Jungkook pareceu perder a reação por alguns instantes, e no fim me
abraçou ainda com mais força, quase erguendo meu corpo do chão, quando riu
contra minha pele.
Eu ri com sua reação e dei um monte de beijinhos em seu pescoço, feliz como
nunca por vê-lo feliz também.
— Mas eu te amo muito mesmo. — Repeti, deslizando a ponta do nariz por sua
pele arrepiada. — Eu amo tanto você, Jungkook, que acho que nunca mais vou
conseguir parar de dizer isso...
— Você pode dizer todos os dias. — Ele permitiu, segurando meu rosto com
suas duas mãos para me afastar um pouco e poder me olhar, e eu quase fiquei
tonto quando vi seu sorriso enorme, tão bonito e sincero, brilhando só para
mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele sorriu ainda mais, enrugando completamente a pele ao redor de seus
olhos, e eu me entreguei por completo quando sua boca tocou a minha em um
beijo carinhoso.
Nós precisaríamos nos despedir dentro de algumas horas, mas ainda tínhamos
tempo, e eu queria aproveitar cada segundo.
Eu me deixei ser levado, sem resistência, como sempre acontecia quando era
Jungkook, o meu dominador, que me guiava.
Ele tirou minha roupa devagar, peça por peça, e eu senti meu coração bater
mais forte quando ele tirou minha gargantilha para colocar minha coleira mais
uma vez. Depois, ele me deitou na cama e beijou cada parte do meu corpo,
deixando novas marcas onde mais ninguém poderia ver e me arrancando
suspiros arrastados a cada toque e cada olhar apaixonado.
Dessa vez, nós nos despimos da dor que eu tanto amava receber e que ele
gostava de provocar. Nos despimos das provocações, dos tapas, da corda e do
cinto. Ali, éramos só eu e ele em nossas formas mais cruas, como um
dominador e seu submisso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, eu deixei que ele fizesse tudo como queria, em seu ritmo, do seu jeito.
Eu o aceitei quando ele cobriu meu corpo com o seu e deslizou sua mão por
minha coxa, ordenando que eu envolvesse seu quadril com minhas pernas. Eu
retribuí seu beijo quando sua boca alcançou a minha e arranhei suas costas
com sua permissão, quando ele me penetrou devagar.
Depois, ainda nus na cama, nós passamos todo o tempo que ainda tínhamos
juntos, nos beijando o tempo todo porque já sabíamos que provavelmente
passaríamos muito tempo sem poder fazer isso.
Antes de sairmos do hotel, então, nós tomamos nosso último banho juntos e
voltamos a nos vestir, grudados um ao outro enquanto fazíamos o check-out na
recepção e nos dirigíamos ao aeroporto dentro de um táxi.
— Eu acho que Jeju é meu lugar favorito no mundo todo... — Eu disse com um
sorriso triste quando nos sentamos em frente à sala de embarque,
aproveitando nossos últimos minutos juntos.
Jungkook me puxou para me dar um último abraço, e eu passei a mão por meu
rosto, secando a primeira lágrima que escapou antes que ele visse.
— Boa viagem, anjo. — Ele desejou, beijando meu rosto várias vezes com
suas mãos me segurando perto, sem querer me deixar ir. — Avise quando
chegar em casa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você também... — Eu pedi, e precisei usar uma força que nem sabia que
existia em mim para me afastar dele.
❆❅❄❅❆
— Mas esse é muito esquisito. Eu não gostei. Coisa de doido sentir tesão por
pé.
— Você gosta dos tapas, não é? Existem pessoas que não entendem isso,
mas você gostaria de ver uma delas debochando simplesmente porque não
entendem como isso pode ser bom para você?
— Então não faça isso também. — Alertou, com calma apesar da seriedade. —
Não menospreze nenhum fetiche só por não entender como eles podem dar
prazer a alguém.
— Tudo bem, anjo. Eu sei que você não fez por mal.
— Eu vou continuar estudando muito, tá? Você ainda vai ter muito orgulho do
seu Jimin.
— Mas você tá bem? — Eu perguntei, então, mesmo que já tivesse feito essa
mesma pergunta no início da ligação. - Tá falando tão baixinho...
— É porque estou no hospital, meu bem. — Ele explicou. — Vim visitar meu
pai.
— O estado dele não piorou muito. Acho que esse é o mais próximo de uma
boa notícia que podemos esperar.
— Eu preciso desligar agora, anjo. — Ele avisou, sem dar atenção ao meu
chamado angustiado. — O médico dele disse que precisa conversar comigo.
Eu suspirei, consternado, mas sem me opor. — Certo. Boa sorte, tá? Eu vou
continuar aqui torcendo pro seu pai ficar bom logo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
DOMin_Yoongi enviou uma solicitação
de amizade
Aceitar pedido?
[ x ] Sim [ ] Não
[ x ] Sim [ ] Não
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu continuei olhando para a tela do celular, à espera de uma resposta que não
veio nem nos minutos seguintes, nem nos dias que se seguiram. Entretanto,
aquele cara não foi o único a demorar para me dar uma resposta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook não me disse que estava bem. Eu poderia me tranquilizar ao
acreditar que ele só tinha esquecido de me dizer isso, mas essa hipótese foi
direto para o lixo quando, no dia seguinte, ele me ligou e somente disse que eu
não precisava me preocupar. Entretanto, quanto mais ele me dizia isso, mais
eu me preocupava.
Com a preocupação me sufocando e a distância entre nós dois cada vez maior,
os dias passaram, e finalmente chegou a data marcada da minha formatura.
Mas como todos os anteriores, esse não começou bem. O céu estava
completamente nublado, e eu acordei atordoado depois de um sonho estranho.
E eu sabia que não veria Jungkook, apesar de querer como um louco vê-lo ao
lado dos meus pais quando eu recebesse meu diploma. Ainda assim, aquele
seria meu dia. Até mesmo Jeonghan, que não nos visitava há um bom tempo,
foi para Nam-gu só para assistir a minha cerimônia.
— Quando eu conheci esse menino, ele se recusava a comer porque dizia que
tinha que emagrecer pra ficar bonito. — Yukwon anunciou, apoiando o queixo
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
na mão, e estendeu a outra novamente fingindo segurar um microfone. — Diz
pra gente, Park Jimin, que milagre aconteceu pra enfiar juízo nessa sua cabeça
oca?
— Eu queria que ele viesse hoje. — Yukwon disse, depois de algum tempo. —
Até eu tô com saudade daquele otário.
Eu estava feliz por eles. Por muito tempo, a ideia de vê-los juntos como um
casal sequer passou por minha cabeça, mas, naquele ponto, eu já não
conseguia mais imaginá-los separados.
Antes que eu passasse tempo demais sorriso como um bobo para o casal
inesperado em minha frente, entretanto, meu celular vibrou e eu me apressei
para puxá-lo do bolso, eufórico pela possibilidade de ser uma mensagem de
Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
DOMin_Yoongi respondeu sua mensagem.
Abrir conversa?
[ x ] Sim [ ] Não
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu voltei a guardar o celular, sem interesse algum em conversar com aquele
cara e um pouco desconfiado em relação às suas intenções ao falar comigo.
Eu entrei naquele fórum para encontrar novas coisas sobre dominação e
submissão, não para tentar encontrar um novo dominador ou algo assim. O
meu já me satisfazia mais que qualquer outro poderia satisfazer.
Como Jungkook tinha dito, aquele era um segredo só nosso. Para qualquer um
que olhasse, aquilo não passava de um acessório. Para mim, entretanto, era o
lembrete constante de que eu era dele.
Eu sorri, e venci sua resistência quando o abracei, mesmo sabendo que ele
nunca foi muito adepto a demonstrações de afeto.
Eu ri, mesmo sabendo que não teria coragem de fazer algo como aquilo, e me
despedi dele, de Jeonghan, de Yuta e dos meus pais antes de ir para as
cadeiras organizadas para os formandos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
que a escola criou em minha vida estavam lá no fundo, com meus pais, à
minha espera.
Quando nós fomos organizados em filas para começar a subir no palco para
receber nossos diplomas, eu fechei os olhos e respirei fundo, me concentrando
para não tropeçar na frente de todo mundo quando chegasse lá em cima.
Eu o busquei com meus olhos, sem acreditar que ele estava falando de
Jungkook, mas quando o encontrei, ele estava abraçando-o pela cintura como
se tentasse levantá-lo do chão para que eu o visse melhor.
Quando eu vi seu rostinho risonho pela agitação do meu amigo, sem recriminá-
lo pelo escândalo apesar da vergonha no rosto dos meus pais e de Jeonghan e
Yuta, meu próprio sorriso ganhou força e meu coração pareceu explodir de
felicidade.
Jungkook estava ali. Ele realmente tinha dado um jeito de estar ali por mim,
mesmo que eu entendesse caso ele não fosse.
Mas eu não me importei. Eles podiam rir, podiam sentir vergonha por mim, e
ainda assim eu seria o mais sortudo do dia porque era por mim que Jeon
Jungkook estava esperando, não por eles.
Quando desci do palco, apesar de querer correr para ele, eu ainda não podia e
tive que esperar todos os alunos serem chamados, para só então começar o
encerramento. A cada segundo de espera, no entanto, eu virava para trás na
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ponta dos pés e tentava encontrá-lo no meio de todas aquelas pessoas, então
sorria para ele como uma criança boba.
Quando eu parei em sua frente diante dos olhares curiosos dos meus amigos e
família, então, acho que a incredulidade ainda estava tomando conta de mim,
porque eu só fiquei parado, olhando-o de cima a baixo, com medo de que ele
evaporasse caso eu o tocasse.
Em resposta, ele só deu fim à pequena distância que ainda existia entre nós
dois e me abraçou forte, pressionando minha cabeça contra seu peito. Só
então eu soltei o ar, aliviado, e o abracei de volta, amassando sua roupa com
minhas mãos desesperadas.
Eu neguei com a cabeça, sem soltá-lo. — Eu não me importo. Você aqui vale
mais que qualquer tradição idiota.
Eu ri, usando minhas mãos para secar meus olhos úmidos, e me afastei para
olhar melhor para Jungkook, o que fez meu riso morrer outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele tinha emagrecido de novo, embora não tanto quanto da última vez, e as
olheiras abaixo de seus olhos estavam muito mais profundas do que pareciam
de longe.
Angustiado, eu voltei a abraçá-lo com força, sentindo que essa era a única
coisa que eu podia fazer para ajudá-lo naquele instante.
Ele então deslizou a mão por minhas costas num carinho suave e suspirou
contra minha cabeça, visivelmente cansado.
— Nós podemos ficar sozinhos? — Ele perguntou, sem se afastar. — Não vai
demorar muito.
Eu fiz que sim com a cabeça, sem hesitação alguma. Eu sei que meus amigos
entenderiam e, além do mais, nós sairíamos juntos à noite, junto também com
Taeyeon e Kihyun, que não pôde ir com Jeonghan para a cerimônia, mas tinha
prometido chegar para nos encontrar depois.
Por isso, eu me despedi deles um a um, deixei meu diploma com meus pais e
segurei a mão de Jungkook, puxando-o para que saíssemos dali. Sem saber
exatamente para onde ir, nós só caminhamos juntos, seguindo um caminho
incerto.
— Quer sentar ali? — Eu apontei para um dos bancos de madeira perto dos
balanços, e Jungkook balançou a cabeça em uma concordância silenciosa.
Depois de nos sentarmos lado a lado, nós ficamos em silêncio. Ele estava
olhando para a frente, enquanto eu olhava somente para seu rosto,
preocupado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook... — Eu o chamei, cuidadoso. — Tá tudo bem?
Assim como das últimas vezes em que perguntei isso, nenhuma resposta direta
veio, e isso foi só mais uma confirmação de que nada estava bem.
Eu ouvi seu suspiro fraco e senti seu braço me envolver em um novo abraço,
me segurando perto, mas ele não disse nada.
Por algum tempo, eu aceitei que ficássemos calados, mas aquele silêncio não
era confortável como os que compartilhávamos em outras situações. Era tenso,
incômodo, até.
Essa atmosfera me deixou aflito e eu mordi meu lábio, sem conseguir conter
aquela sensação ruim. Depois, eu levantei um pouco meu rosto para poder
olhar para o dele, e senti meu coração virar pó quando vi seu maxilar travado e
seus olhos vermelhos, quase transbordando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
A respiração dele parecia ainda mais desastrada que a minha, e seu peito se
moveu violentamente pelos instantes seguintes, enquanto eu esperava alguma
resposta. Entretanto, quando ela finalmente veio, meu desespero só
aumentou.
Meu corpo inteiro pareceu congelar, minhas mãos pararam sobre seus braços,
sem ação, e eu só fiquei parado, com os olhos assustados e o coração
maltratando meu peito, de tão forte que batia.
Em resposta, mais silêncio, mais incerteza e mais medo até que ele passou as
mãos pelo rosto, parecendo tentar se recompor, mas sem olhar para mim.
Dessa vez, fui eu quem não consegui dizer nada. Ainda que soubesse que a
situação de seu pai não era boa, eu ainda tinha esperanças de que ele
melhorasse, e me destruiu descobrir que não porque eu sabia que isso tinha
destruído Jungkook também.
— Eu sei que você não concordou, mas eu fui sincero quando disse que te
deixaria se isso fosse o melhor para você. — Ele continuou, parecendo incapaz
de olhar para mim.
— E eu disse que essa decisão não era sua! — Rebati, angustiado e irritado,
sem acreditar que ele estava mesmo fazendo aquilo.
Depois de tanto tempo fugindo do meu olhar, ele finalmente ergueu o rosto. —
Você não entende, Jimin? Meu pai vai morrer! As coisas já estavam difíceis
como nunca e agora só vão piorar. Da última vez nós passamos sete meses
longe um do outro, quanto você acha que vai demorar agora? Um ano? Você
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
acha que eu vou te fazer esperar esse tempo todo para passarmos um fim de
semana juntos e depois nos separarmos de novo?
Eu esfreguei as mãos por meu rosto, sentindo meu sangue ferver de tanta
raiva, e sequer consegui continuar sentado.
— Você não tá dizendo isso... — Eu disse baixo, talvez o suficiente para que
ele nem escutasse, e continuei andando de um lado para o outro mesmo
quando senti a primeira gota de chuva caindo em minha testa. — Que ódio de
você, Jungkook, você é um idiota!
— Se era pra terminar assim, então por que você me deu aquela coleira? Por
que você prometeu que cuidaria de mim e prometeu que me levaria de novo
para Jeju?! — Eu questionei, ríspido.
Jungkook me olhou ainda mais assustado, porque eu nunca, nem mesmo uma
vez, tinha falado daquele jeito com ele. Mas eu não voltei atrás, porque eu
estava verdadeiramente furioso.
— É diferente, Jimin.
— Diferente por quê? — Eu insisti, tão cego pela irritação que quase não
percebi as gotas de chuva se tornando menos esparsas. — Você acha que eu
não consigo aguentar? Você acha mesmo que eu sou frágil assim?
Ele moveu a cabeça num gesto confuso, parecendo querer fugir daquela
conversa, e sequer me deu uma resposta quando ficou de pé também e tentou
segurar meu braço.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vamos sair da chuva. — Ele disse, tentando me puxar, fingindo uma calma
que não poderia existir naquele momento. — Você vai acabar pegando um
resfriado.
Ele me olhou em silêncio, com os cabelos escuros caindo em sua testa cada
vez mais molhados, e eu precisei começar a falar mais alto para vencer o
barulho da chuva.
— Eu pedi pra você confiar em mim. Eu pedi pra você me deixar cuidar de você
e você tá fazendo tudo ao contrário! Eu sei que sou um desastre em muitas
coisas, que choro por tudo e que sou pequeno demais pra parecer forte, mas
eu não sou fraco, Jungkook! Eu posso e quero aguentar isso com você até as
coisas melhorarem, porque eu sei que elas vão melhorar, mesmo que demore.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Anjo, eu não posso fazer isso com você. Me entende, por favor...
Eu neguei e voltei a tocar nele, mas com cuidado. Porque, naquele instante,
era Jungkook quem precisava da minha proteção.
— Por todo esse tempo eu fiz você acreditar que a responsabilidade era sua.
Era você quem tinha que vir até Nam-gu para me ver, era você quem tinha que
organizar sua vida para arranjar um tempo para mim. Eu disse, segurando seu
pescoço carinhosamente, afetado por seus olhos escuros cheios de
insegurança, com a chuva molhando-o completamente, deixando-o como uma
criança indefesa. — Mas agora eu me formei, Jungkook. Eu ainda não sei o
que fazer da minha vida, mas eu vou começar a trabalhar, Eu vou ter meu
próprio dinheiro e não vou mais precisar esperar você vir até aqui.
— Se você não pode vir até mim, eu vou até você. — Disse, para não deixar
dúvidas. — Eu vou até Seul por você, Jungkook.
— Eu não posso deixar tudo pra trás assim. Eu ainda não posso ir embora de
uma vez, mas eu vou até você sempre que puder, porque abrir mão de você
não é uma possibilidade.
Eu me inclinei para beijar sua boca, sentindo seus lábios gelados pelo frio, e
acariciei os cabelos molhados em sua nuca quando encostei meu nariz ao seu
num gesto cheio de carinho.
Ele pareceu hesitar um pouco quando levou suas mãos à minha cintura, mas
me segurou com força quando as apoiou sobre minhas roupas molhadas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook expulsou o ar, completamente aliviado, e seu abraço se tornou mais
forte quando ele me beijou de novo, dessa vez com vontade.
E foi assim, depois de tudo, que eu vim para Seul pela primeira vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
olá nenéns, como vocês estão?
como eu disse no último capítulo, nessa att a fanfic ia ter uma pequena
mudança e muita gente ficou com medo, mas acabou que é uma mudança boa!
agora a história vai começar a se passar bastante em Seul tb yay claro que
isso não garante paz ao nosso sagrado jikook, acho que vcs imaginam o
porquê
aliás, enquanto Kim Taehyung não aparece, a gente vai tendo a participação
de Min Yoongi. E ele é de Seul, tá, gente? Seul não vai ter paz mesmo kjkkk eu
gosto de dar spoiler, desculpa ):
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
28 • To Be Continued
Eu avisei a ele com antecedência o dia e horário da viagem, só para não pegá-
lo desprevenido, e uma das poucas mensagens que ele me mandou foi para
confirmar que eu vou ficar em seu apartamento.
No apartamento de Jungkook.
Tanto tempo depois, eu finalmente vou poder conhecer o lugar onde ele mora,
vou poder ver sua vida de perto. E, principalmente, vou poder estar ao seu lado
agora que as coisas estão tão complicadas.
Eu estou ansioso por isso. Estou ansioso para mostrar que posso cuidar dele
tão bem quanto ele sempre cuidou de mim e que ele não precisa se preocupar
com tudo sozinho. Eu estou ansioso para fazer com que ele se sinta seguro.
Como o que recebo no hotel não é muito, em duas semanas eu não recebi
muito mais que o suficiente para poder pagar as passagens de ida e volta de
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
trem, já que as de avião são bem mais caras e eu ainda quis reservar um
pouco para o que precisar gastar quando estiver em Seul durante esses cinco
dias.
Cinco dias com meu Jungkook. Deus, eu realmente estou eufórico, por isso
não reclamei quando descobri que o tempo total para desembarcar em Seul é
de quase sete horas, assim como não reclamei quando meu celular
descarregou logo depois do embarque e não encontrei meu carregador na
bagagem de mão, nem mesmo fiz cara feia quando um problema com o
controlador do trem fez a viagem atrasar em quase uma hora e meia.
Tudo parecia estar dando errado, mas no fim está tudo certo. Eu estava vindo
encontrar Jungkook, afinal.
Quando desci na estação de trem de Seul, com o corpo todo dolorido depois
ficar tanto tempo na mesma posição lendo um livro que por sorte tinha enfiado
na bolsa, eu recebi minha bagagem maior, que tinha sido colocada junto a
outras num vagão específico, e a abri ainda no meio da plataforma para
procurar meu carregador, já que precisava do celular carregado para avisar a
minha mãe
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu levei muito pouco tempo para reconhecer o nome, e então abri meus olhos,
surpreso, antes de abrir um sorriso,
— Ah, meu deus, é você! — Eu disse, eufórico. Jungkook nunca tinha muitas
histórias para contar sobre Seokjin graças à sua vida corrida, mas eu gostava
do pouco que sabia e estava mesmo ansioso para conhecê-lo.
— Sou eu. — Ele confirmou, bem humorado. — Não acredito que finalmente
pude conhecer a pessoa que faz Jeon Jungkook parecer um retardado.
Eu apertei os olhos quando ri, checando que minha mala estava fechada antes
de puxá-la, mas Seokjin se prontificou a carregá-la para mim, me deixando
apenas com a bagagem de mão.
— Ah, sim, me desculpe por ter feito você esperar tanto. Foi algum problema
no trem, eu nem entendi direito o que aconteceu...
— Jungkook quem deve estar preocupado. Ele parecia bem ansioso quando
me pediu para vir te buscar
— O que foi que você fez com ele, hein? Eu juro que nunca o vi desse jeito por
ninguém, e olha que eu o conheço desde que ele não conseguia falar o próprio
nome.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Meu deus — Ele disse em meio a uma risada que não entendi muito bem. —
Agora eu entendi porque ele se derrete todo quando fala sobre você. Que
coisinha mais fofa você
— Dom?
— Eu sei. — Expliquei, porque essa foi uma das primeiras coisas que descobri
quando comecei a pesquisar. O que me deixou confuso foi descobrir que
Seokjin sabe, porque Jungkook já me disse que quase ninguém de fora do
meio BDSM conhece esse seu lado. — Você também pratica?
— Dominador?
— Ou submisso. Ele disse, com um sorriso satisfeito, sem olhar para mim. —
Depende.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah... você é... switch? É assim que fala, né? — Lembrei, porque também já li
sobre personalidades assim, que alternam entre dominação e submissão e
conseguem desempenhar os dois papeis.
— Alguém fez o dever de casa. — Ele disse ainda sorrindo, mas sem deboche.
— Sim, sou switch.
Meu coração fica agitado só de pensar no orgulho que ele vai sentir quando
perceber que eu continuo me esforçando para descobrir mais, e espero que ele
me parabenize, porque eu gosto muito quando ele me diz que eu sou um bom
garoto.
— Eu vou te levar até a Bangtan. Ele não quer esperar até a hora de voltar pra
casa para poder te ver. — Ele expôs, rindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando passamos diante da sede da bangtan, então, eu mal pude conter um
suspiro surpreso. Não é um prédio mais alto que aqueles ao redor, mas é o
único que tem a estrutura de pedra e os vidros escuros, diferente dos outros
escritórios com os vidros espelhados, e é definitivamente mais alto que o polo
de Nam-gu, que não tem mais que cinco andares.
— Wow.
Eu balancei a cabeça num sim agitado, enlaçando meus dedos uns nos outros
para tentar aliviar a ansiedade.
— Que homem ocupado. — Ele suspirou. — Nós vamos esperar aqui, tudo
bem?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, fiquem à vontade. — Ela sorriu diretamente para mim como num
cumprimento receptivo. — Querem bala de café? — Ofereceu, então,
apontando para um recipiente de cristal sobre sua bancada.
Seokjin já estava sentado num sofá acinzentado diante de uma mesa de centro
e eu pensei em recusar educadamente, mas quando dei por mim, já estava na
frente da secretária, enfiando a mão na tigela.
— Eu vou aceitar, sim. — Disse meio sem jeito, aproveitando para pegar logo
duas, e curvei meu corpo timidamente antes de me afastar. — Obrigado...
É meio desconfortável estar aqui, desse jeito. Sunhee parece bem receptiva e
Seokjin, apesar de ter toda essa pose de galã, também é bastante amistoso.
Entretanto, todo o ambiente parece sério demais, enquanto eu estou usando
um moletom com a cara enorme de um pug estampada, jeans rasgados e
justos demais e um par desgastado de all stars.
— Imagino. Você deve se identificar com eles. — Ele sorriu, e então seus olhos
desceram até meus pés, que mal conseguiam tocar o chão graças à altura do
sofá.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não que minhas pernas sejam curtas nem nada assim.
Então Seokjin deixou uma risada nervosa escapar e passou as mãos pelo
rosto, parecendo atordoado.
— Anjo?
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— Você veio...
— Eu ainda não posso voltar para casa, — Ele disse, sem se afastar
completamente. — mas você pode ir na frente, se quiser. Seokjin pode te
deixar lá.
Eu mordi a parte interna da minha bochecha, não muito de acordo com sua
sugestão. Tem problema se eu ficar aqui com você? Eu prometo que fico
quietinho!
— Então fique.
— Cadê suas coisas? — Ele perguntou, percebendo que a única coisa que eu
tinha em mãos era um agasalho extra.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu me encolhi um pouquinho, risonho, apertando ainda mais meu corpo contra
o de Jungkook e recebendo mais um beijinho na cabeça como recompensa.
Não pareceu haver malícia em seu tom de voz, então eu não me senti
enciumado e até ri de como ele parece bobo por Jungkook.
Jungkook agradeceu com um movimento suave para então me guiar até sua
sala. Eu o segui feliz da vida e soltei um suspiro surpreso que se misturou a um
novo sorriso quando, logo depois de fechar a porta, ele levou as mãos à minha
cintura e me empurrou contra a parede.
Eu mordi meu lábio, ansioso pelo que ele faria a seguir, e passei meus braços
por seu pescoço quando ele se aproximou, me fazendo ficar nas pontas dos
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
pés para alcançar sua boca. Entretanto, antes de me beijar de verdade, ele
deitou sua testa sobre a minha com um suspiro derrotado.
— Eu não vou nem insistir, porque eu sei que você fica excitado muito rápido
quando me beija e você não vai conseguir trabalhar com uma ereção... eu
acho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook me deu a permissão com um beijo singelo no pescoço antes de se
inclinar para pegar seu telefone sobre a mesa. Quando ele o fez, eu aproveitei
para olhar os dois porta retratos ali em cima. Não me surpreendi ao descobrir
que uma das fotos é de sua família, mas me assustei ao perceber que a outra é
uma foto nossa.
Enquanto jogava, entre uma fase e outra, eu aproveitava para olhar para
Jungkook concentrado em seu trabalho, e ri todas as vezes em que olhei para
ele e percebi que ele também olhava para mim, então eu mandava um beijinho
ou fazia um coração com os dedos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu termino em casa. — Ele decidiu, então, juntando cuidadosamente os
papeis sobre sua mesa. — O que você quer comer?
Jungkook, entretanto, não pareceu tão de acordo. — Sua viagem foi longa,
anjo. Você deve estar cansado.
Ele se aproximou de mim e deixou suas coisas sobre a mesa de centro antes
de se abaixar em minha frente. — Não faça nada muito trabalhoso, então. Você
precisa descansar. — Colocou sua condição, começando a calçar os sapatos
em meus pés, e eu esperei até que os dois já estivessem prontos para então
esticar meus braços em sua direção.
Ele sorriu e, ainda agachado em minha frente, puxou meu corpo pela cintura,
me fazendo deslizar pelo sofá, e me abraçou forte, deixando dois beijinhos no
meu pescoço. Com minhas pernas abraçando sua cintura e meus braços
envolvendo seu pescoço, ele colocou as mãos em minhas coxas para me
sustentar antes de ficar em pé, me levando junto como um bebê coala.
— Vamos para casa agora. — Ele avisou e eu afrouxei o aperto em sua cintura
para ficar sobre meus próprios pés, e segurei sua mão depois que ele
pendurou a alça da sua maleta executiva no ombro, seguindo-o finalmente para
fora da sala.
Sunhee já tinha sido liberada duas horas antes e todo o andar parecia vazio,
assim como o estacionamento subterrâneo, que não tinha mais nenhum carro
além do que pressupus ser o de Jungkook, que ele comprou não muito tempo
atrás.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é sempre o último a ir embora? — Eu perguntei, sem conseguir evitar
o calafrio por ver o estacionamento completamente vazio, digno de uma cena
de filme de terror ruim.
— Quase sempre. — Ele respondeu sem parecer ter o mesmo receio que eu, e
deixou sua maleta no banco de trás do SUV preto antes de abrir a porta do
lado do carona para mim.
Ele me olhou pelo canto dos olhos, sem se livrar do sorriso pequeno. — Faça
isso, por favor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
enorme. Eu finalmente estou conhecendo a realidade de Jungkook depois de
mais de dois anos juntos e depois de deixá-lo conhecer a minha tão bem.
Jungkook riu quando percebeu que eu nem piscava enquanto ele separava a
chave para abrir a porta, e me puxou com cuidado para o lado de dentro
quando o fez, imediatamente acendendo a luz da entrada. E, meu deus, a foto
no escritório não é a única. Ainda no pequeno corredor de entrada, em frente
ao armário de sapatos, um aparador sustenta o porta retrato que eu dei em seu
aniversário, com a foto que tiramos no parque de diversões.
Mesmo que não seja um lugar luxuoso, meu sorriso ficou ainda maior e eu
caminhei entre o sofá e a mesa de centro até chegar à maior janela da sala, e
tremi quando a abri um pouco e senti o vento frio invadir imediatamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o abracei ainda com mais força antes de me obrigar a soltá-lo, e neguei
com a cabeça porque ele não precisa agradecer.
— Vai tomar um banho pra relaxar, tá? — Eu pedi, segurando a gola de sua
blusa social já sem o terno. — Eu vou fazer nosso jantar.
— Eu ajudo, anjo.
Ele riu da minha insistência mansa e acabou por ceder depois de me dar um
beijo na testa. Depois que ele entrou no banheiro, eu fui atrás das minhas
malas e as encontrei em seu quarto, e eu sorri ao sentir o cheiro de lençóis
limpos junto ao de Jungkook numa mistura suave.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu suspirei, frustrado, decidido a ir resolver isso amanhã mesmo.
Ele voltou a fechar a porta do banheiro para terminar seu banho, enquanto eu
tentei vencer a batalha de fazer um jantar decente sem o mínimo de
ingredientes necessários. Não deu muito certo, obviamente, mas pouco depois
que ele apareceu com uma calça confortável e os cabelos molhados, eu servi
uma panela de lámen com ovo e uma porção de kimchi pronto de
supermercado, contrariado por não poder fazer mais que isso.
— Obrigado, anjo.
Eu peguei meus hashis, ainda insatisfeito. — Eu queria ter feito algo melhor pra
você. Isso nem é saudável.
— É a coisa mais gostosa que eu comi essa semana. — Ele disse, usando a
língua para limpar o lábio.
Eu sei que é mentira e que ele só quer me agradar, mas mesmo assim sorri um
pouquinho antes de começar a comer também. Quando acabamos, ele me
disse para ir tomar banho também, enquanto ele arrumava a cozinha. Depois
de uma pequena discussão, onde eu queria que ele fosse descansar e
deixasse a limpeza por minha conta, é claro que ele venceu, e ainda levei uma
bronca e um tapa na bunda por ser teimoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando voltei para a sala, ele já tinha terminado de lavar os pratos e já estava
no sofá, mexendo nos papeis que trouxe do escritório.
— Vai te atrapalhar...
Eu movi meus lábios, triste. Graças ao hotel, meus pais nunca costumaram
viajar muito, pelo menos não os dois de uma vez, mas uma vez eles decidiram
tirar férias e como eu já tinha idade suficiente, fiquei sozinho em casa. Nos
primeiros dias eu achei sensacional ter a casa toda só pra mim, mas logo
depois o silêncio e o vazio começaram a me incomodar e eu quase morri de
felicidade quando eles voltaram.
A diferença é que Jungkook está sempre sozinho aqui. Nunca tem ninguém
para voltar para casa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Verdadeiramente afetado por isso, eu dei um beijo demorado em sua
bochecha. — Prometo que enquanto estiver aqui eu vou fazer um monte de
barulhinhos, tá? Aí você não se sente sozinho.
Sem querer atrapalhá-lo, eu me afastei um pouco para que ele ficasse com as
mãos livres para mexer em seus papeis, e liguei a TV com o volume bem
baixinho, deixando em um canal de desenhos.
Algum tempo depois, mesmo com o aquecedor ligado, eu comecei a sentir frio
nas pernas e aceitei uma manta que Jungkook ofereceu, assim como aceitei
seu convite para deitar a cabeça em seu colo, mas só quando garanti que não
o incomodaria. Quentinho por causa da manta grossa e sentindo a mão dele
fazer carinho em meus cabelos sempre que possível, eu comecei a ceder ao
cansaço, sentindo minhas pálpebras pesadas demais até que não consegui
mais deixá-las abertas, por mais que tentasse.
Não sei quanto tempo levou até sentir acordar, um pouco tonto por causa do
sono, mas percebi que eu estava nos braços de Jungkook, sendo colocado
cuidadosamente sobre a cama.
— Não, meu bem. — Ele se sentou ao meu lado depois de me cobrir com o
edredom, e se inclinou para beijar minha testa. — Mas você vai.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu suspirei fraquinho contra sua boca, brincando com os cabelinhos em sua
nuca, e aceitei seu selinho quando ele se afastou um pouco.
Eu não estou pedindo isso para poder aproveitar melhor o tempo com ele, só
quero, verdadeiramente, que ele descanse, porque a exaustão em seu rosto é
muito visível por mais que ele tente esconder.
Eu sorri, um pouco mais tranquilo, e esperei que ele fosse apagar a luz da sala.
Quando retornou, eu só esperei ele se deitar ao meu lado debaixo da coberta e
me arrastei até deitar sobre seu corpo, abraçando-o bem apertado com os
braços e pernas,
Nos primeiros minutos, eu senti seu carinho em minha cabeça, mas logo sua
mão parou de se mover e só então percebi como ele dormiu rápido. Feliz por
poder vê-lo descansar, mas também triste por saber que ele está tão cansado,
eu dei um último beijo em sua bochecha e finalmente dormi também, pertinho
dele.
Quando acordei pela manhã, Jungkook não estava mais ao meu lado na cama.
Ainda demorei algum tempo para lembrar onde tinha deixado meu celular e,
quando o encontrei, descobri que ainda não passava das sete. Eu poderia
voltar a dormir, porque ainda estava com sono, mas decidi sair do quarto e,
ainda sonolento demais, acabei batendo meu ombro no batente da porta.
Eu olhei para a cozinha e não vi sinal nenhum de que ele comeu alguma coisa
depois de levantar, e seus olhos cansados provam que ele não dormiu bem,
também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook... — Eu o chamei, preocupado, e arregalei os olhos quando o
toquei. — Você tá queimando de febre!
Ele segurou minha mão, afastando-a com cuidado. — Não é nada, anjo.
— Isso acontece sempre, Jimin. — Ele disse um pouco mais sério, incomodado
por eu estar preocupado com razão. — Daqui a pouco passa.
— E você acha que é normal ter febre o tempo todo? — Eu insisti, tirando os
papeis de que estavam de sua mão e colocando-os sobre a mesa. Ele parece
tão abatido que sequer teve forças para me impedir, mas seu olhar deixa bem
claro que eventualmente eu vou ser punido por isso.
Ele apertou as sobrancelhas e, meu deus, eu realmente vou ser muito punido
por isso.
— Desde quando você fala assim comigo? — Ele perguntou, com um tom que
me fez querer implorar por desculpas imediatamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu estou fazendo isso por você. — Ele respondeu, impaciente. — Eu estou
tentando adiantar as coisas para poder ficar mais tempo com você amanhã.
Eu murchei todinho, sem acreditar que ele está se esforçando tanto por isso.
— Eu não vim até aqui pra isso, Jungkook. — O tranquilizei, acariciando suas
bochechas. — Eu não vim pra cobrar sua atenção. Eu só quero cuidar de você,
então me deixa fazer isso, por favor.
Eu senti sua expressão se tornar menos tensa sobre meu toque e o abracei,
arrependido.
Eu suspirei, tranquilo, ao sentir ele deslizar a mão por minhas costas num
gesto que selou a paz depois do nosso pequeno momento de discórdia.
— Não fale assim comigo de novo. — Ele alertou, me fazendo perceber que
não vou ser punido dessa vez. — Entendeu?
— Você pode dormir agora? — Eu voltei a sugerir, dessa vez muito mais em
tom de pedido que de ordem. — Não adianta tentar se concentrar no trabalho
assim. Então descansa, quando eu voltar faço alguma coisa pra te deixar mais
fortinho e depois a gente vai no médico pra ver porque você tá tendo tanta
febre. Pode ser?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu neguei, mesmo rindo. — Você só sabe que precisa se cuidar pra ficar
saudável e poder cuidar do seu submisso também. Não é isso que um
dominador faz?
Ele concordou com a cabeça, acabando por esfregar o nariz em meu pescoço,
o que me fez arrepiar um pouco.
Eu estou parecendo um doido, mas não conheço ninguém por aqui então não
acho que isso seja um problema.
A última coisa que fiz antes de sair do apartamento foi lavar o rosto e escovar
os dentes, então busquei pela internet do celular o supermercado mais próximo
e fui até ele, torcendo para ter dinheiro suficiente para pagar tudo que pretendo
comprar.
A primeira coisa que eu fiz foi comprar os legumes e as verduras, mas quase
chorei no meio da seção de hortifruti ao ver o preço das frutas.
Seguindo só com umas miseras laranjas para fazer um suco, então, eu comprei
mais alguns ovos, arroz, massa de macarrão, pasta de soja e um pouco de
carne, além de comprar os condimentos para fazer kimchi de verdade, e não
deixar Jungkook comer aquela porcaria pronta de loja de conveniência.
Na fila, minha vez chegou bem rápido, porque parece que a população de Seul
não é muito disposta a fazer compras no sábado pela manhã, e eu lutei para
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
conseguir equilibrar todas as sacolas nas mãos e para não surtar por ter
literalmente gastado todo o meu dinheiro, inclusive o que tinha separado na
cota de emergência. Mas tudo bem, estar com a carteira vazia não é grande
novidade para mim.
Eu não o reconheci de longe, mas quase derrubei tudo no chão quando, mais
de perto, lembrei de ter visto esse rosto estampado na capa de uma revista
quando estava em Jeju.
Ele, por outro lado, tem a pele com um tom dourado espetacular, os cabelos
perfeitamente alinhados e hidratados caindo sobre o rosto bonito, simétrico
como uma obra de arte, sem falar em suas roupas que devem custar mais que
todo o meu guarda roupa.
Olhar diretamente para ele foi como um receber um soco furioso em minha já
baixa auto-estima, e eu só desviei os olhos para me poupar do sofrimento,
decidindo entrar de uma vez no condomínio para esquecer que existe uma
pessoa tão bonita assim.
— Com licença? — Eu ouvi a voz grave, potente, e por um segundo achei que
ela veio do além, porque não deu pra acreditar que o dono de uma voz assim é
esse cara parado ali do lado de fora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é morador desse prédio? — Ele perguntou, com as mãos nos bolsos
de sua jaqueta. — Sabe me dizer se Jeon Jungkook ainda mora aqui?
Minha boca ficou seca em questão de segundos e eu quis muito negar, dizer
que, não, senhor, não tem nenhum Jeon Jungkook por aqui, mas talvez seja
uma visita importante, então eu só balancei a cabeça num sim, ainda tomado
por uma sensação completamente incômoda.
— Que sorte. — O moço bonito suspirou, aliviado. — Achei que ele poderia ter
se mudado.
Eu olhei para a porta de entrada, depois olhei para ele de novo. — Você... você
vai subir pra falar com ele?
— Sim. Espero que ele não fique incomodado por eu vir sem avisar.— Ele
ponderou, se aproximando de mim. — Quer ajuda com isso? Parece pesado.
Eu olhei para as compras em minhas mãos, percebendo que nem mais sentia
seu peso, mas aceitei a ajuda mesmo assim para ter uma mão livre para
destravar a porta, usando a mesma senha que Jungkook usou quando
chegamos antes.
Eu senti seu olhar recair na gargantilha em meu pescoço, e então ele voltou a
olhar para o meu rosto, me mostrando outro sorriso simpático, mas parecendo
um pouco mais inseguro, dessa vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu nem me apresentei. Meu nome é Kim Taehyung.
Quando a porta abriu no décimo andar, eu fui direto até a porta do apartamento
de Jungkook, e senti o olhar de Taehyung se tornar ainda mais afetado quando
percebeu que eu abri a porta.
Mesmo assim, ele não falou nada, e eu peguei as compras de sua mão,
deixando a porta aberta para ele, e coloquei tudo sobre o balcão da cozinha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Conseguiu descansar? — Perguntei, sem tocá-lo. — Eu já vou preparar algo
pra você comer...
— Tem visita pra você... — Eu anunciei, então, quando ele afastou a coberta e
colocou as pernas para fora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Hm...Oi? Esse capítulo ficou um pouco menor que o normal, mas acredito que
o conteúdo monótono de boa parte dele fez parecer que vocês acabaram de ler
20k de palavras
Uma parte de vocês sabe que essa semana foi bem complicada pra mim, e eu
gostaria de aproveitar essa att pra dizer que já tá tudo bem. me desculpa pela
demora em responder suas mensagens e por ter causado tanta preocupação,
mas obrigada de verdade por todas as coisas boas que vocês me disseram
nesses dias, cada mensagem que eu li me ajudou pelo menos a sorrir um
pouquinho
Mas infelizmente, essas mensagens boas não foram as únicas que eu li.
Ultimamente eu ando vendo muitos comentários maldosos sobre submissive e
eu sinceramente não sei filtrar muito bem, então acabo absorvendo até aqueles
que obviamente são feitos com motivação nenhuma além de uma raiva que eu
não compreendo. eu vi gente dizendo que sub virou um lixo porque é muito
enrolada, vi gente espalhando por aí que retrata relacionamento abusivo,
comparações desnecessárias com outras obras... enfim. Tanta coisa tóxica,
sabe? Isso aqui deveria ser um refúgio, mas muitas vezes eu até evito abrir o
wattpad pra não me deparar com certas coisas que não me fazem bem.
Meu único intuito em falar sobre isso aqui é pra lembrar que vocês podem, sim,
me dizer sinceramente o que acham da fanfic. Vocês podem me chamar no
privado, no meu mural ou até aqui nos comentários e dizer que "poxa, não
achei tal coisa legal por isso e isso". Eu não vou ficar ofendida, não vou ficar
com raiva e vou tentar conversar numa boa pra gente chegar a uma conclusão,
mas não cheguem jogando acusações sem mostrar fundamento nenhum além
de ódio gratuito. Eu não sou um robô e certas coisas que acontecem aqui no
wattpad me magoam a ponto de me fazer duvidar se isso aqui me faz bem de
verdade. Enfim. Acho que era isso. Aproveitando a brecha, vou pedir pra vocês
deixarem aqui comentários sinceros em relação ao que acham da obra, não
importa se são pensamentos negativos ou positivos. Só levem em
consideração tudo que eu disse ali em cima, por favor
— Taehyung?
Eu não entendi porque Jungkook pareceu tão surpreso ao vê-lo, assim como
não entendi porque a forma como o tal Taehyung sorriu ao olhar para ele
disparou ainda mais violentamente o alerta no fundo da minha consciência.
— Ei, Jungkook... — Ele finalmente respondeu, com a voz ainda mais mansa
que aquela que usou para falar comigo. Foi suave, tímida... quase submissa.
Jungkook olhou para mim e eu percebi que ele quis dizer alguma coisa, mas se
atrapalhou todo e então voltou a olhar para Taehyung, com as sobrancelhas
franzidas e os olhos confusos.
— Ah, eu... eu estou voltando para a Coreia e precisei vir até Seul para acertar
a documentação com minha nova agência. Eu só vou ficar alguns dias, mas
queria muito te ver...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vocês dois estão juntos?
Eu senti todo o meu corpo tensionar e foi num movimento quase defensivo que
eu me afastei de Jungkook e passei para a cozinha, tentando sair do campo de
visão de Taehyung. Eu odeio minha aparência nesse segundo, e ouvir seu
questionamento me faz sentir completamente inadequado para ser a pessoa
que está ao lado de Jungkook.
Meu coração bateu um pouco mais forte, acompanhando o som da porta sendo
fechada outra vez.
— Você não gosta de doces. — Eu respondi, sem força para me afastar dele,
sentindo seu corpo febril envolver o meu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu balancei os ombros, finalmente me afastando, e sei que ele percebeu minha
relutância em ficar perto dele.
— Você sabe que não deveria se preocupar com isso. — Jungkook contrariou,
ainda parado no mesmo lugar.
Mesmo sem olhá-lo, eu senti a atenção de Jungkook focada em mim, até que
ele finalmente me deu as costas e voltou para o quarto. Sozinho, eu apoiei
minhas mãos no balcão e abaixei minha cabeça, com os olhos fechados,
tentando colocá-la no lugar. A sensação de que Kim Taehyung não é só um
conhecido de Jungkook me desespera completamente, e minha mente só é
arrastada para longe dos pensamentos assustados quando, com um
sobressalto, eu percebi que Jungkook voltou à cozinha e parou atrás de mim,
recolocando a faixa de cabelo que eu tirei quando entrei no quarto, levado pelo
impulso da insegurança.
Sem sair da sua posição atrás do meu corpo, ele desceu as mãos até meus
ombros e, me segurando com firmeza, se curvou até deixar sua boca na altura
do meu ouvido.
— Eu tenho certeza de que você lembra quem dá as ordens aqui, Jimin. — Ele
disse baixo, mas resoluto, e o arrepio foi involuntário quando ele me deu um
beijo suave no pescoço, em contradição ao tom de voz quase severo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Rendido ao seu lembrete, eu assenti envergonhado para logo depois sentir ele
me afastar cuidadosamente da pia, deixando-a livre para que ele fizesse o que
tinha decidido fazer. Ainda calado, então, eu deixei o arroz cozinhando na
panela elétrica e depois preparei o caldo com a pasta de soja para cozinhar
com os legumes que Jungkook preparou.
Nós não trocamos nenhuma outra palavra até o momento em que servimos a
comida na mesa e eu sentei de frente para ele, sem muita vontade de comer.
— A comida vai esfriar, anjo. — Ele alertou, atento à forma como eu continuei
remexendo o caldo em minha tigela funda, sem efetivamente começar a tomá-
lo.
— Eu não tô com muita fome... — Respondi, sem parar de olhar para a colher
parcialmente imersa na sopa.
Em resposta, eu ouvi seu suspiro fraco e o som sutil de sua colher sendo
deixada de lado.
— Olhe para mim quando estiver falando comigo, meu bem. — Ele relembrou
e eu finalmente ergui os olhos, ainda desajeitado, encontrando-o com o
cotovelo apoiado sobre a mesa e o queixo descansando sobre seu punho
fechado.
Eu quase abaixei os olhos outra vez, apertando minhas mãos uma contra a
outra debaixo da mesa, inseguro sobre a forma em que colocaria minha
explicação em palavras.
Eu já imaginava isso. Ficou óbvio pela forma como Taehyung o olhou, mas eu
quis acreditar na possibilidade de Jungkook nunca ter se envolvido com ele,
porque é dolorosamente desesperador saber que alguém tão melhor que eu já
ocupou o meu lugar ao lado do homem que eu amo. Me faz sentir, mais que
nunca, que eu nunca vou ser suficiente.
Eu respirei fundo antes de ter a coragem necessária para levantar meus olhos
outra vez, e senti meu lábio tremer quando voltei a olhar para ele.
— Eu não o via, nem falava com ele há muito tempo e de repente ele apareceu
em minha casa. É natural ficar um pouco confuso. — Jungkook explicou,
paciente.
— Por que ele veio aqui? — Eu insisti, ainda inseguro. — Se vocês não se
falavam há tanto tempo... por que ele veio atrás de você agora?
Saber que Jungkook tinha um passado com outras pessoas sempre foi
irracionalmente incômodo, mesmo que no fundo eu soubesse que não devesse
pensar muito nisso. Ele já era um homem adulto quando o conheci e era
natural que já tivesse se envolvido com outros homens e outras mulheres.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com esforço, eu conseguia evitar meus pensamentos de viajarem nessa
direção e então me poupava da sensação ruim, mas agora que me deparei
diretamente com uma parte de seu passado e comprovei que ele já esteve em
um relacionamento com uma pessoa tão bonita e tão bem sucedida, é
insuportável.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Taehyung tinha outras prioridades, meu bem. Ele tinha acabado de começar
a carreira como modelo, mas não queria ficar preso à Coreia, então assim que
viu a primeira oportunidade de ir embora, ele foi.
— Isso eu não tenho como saber, mas eu acredito que as coisas aconteceram
da forma que deveriam acontecer. — Eu o olhei, talvez um pouco confuso, e
ele sorriu carinhoso.
— Cada coisa que aconteceu comigo, boa ou ruim, me fizeram o homem que
eu sou hoje, anjo. E se é esse o homem que você ama e que te faz feliz, então
eu agradeço por tudo que passei até agora.
Eu puxei o ar devagar, afetado por seu sorriso sereno, e ainda fiquei algum
tempo parado quando ele gesticulou, pedindo que eu me sentasse ao seu lado.
Eu soltei o ar de um jeito desastrado e passei minhas mãos por sua pele ainda
quente, segurando-o nessa posição por mais tempo.
Não é que eu duvide do amor de Jungkook por mim, porque eu confio nele com
toda minha vida. Ao mesmo tempo, entretanto, eu falho vez atrás de vez em
confiar em mim mesmo, em me achar merecedor desse sentimento, e o medo
vem como consequência.
— Você jura que não sente mais nada por ele? — Eu ainda perguntei, tentando
soar mais calmo. — Nem raiva por ele ter te deixado?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu nunca senti raiva por isso, meu bem. — Ele explicou, se afastando com
cuidado para então finalmente me deixar sentar ao seu lado, e eu sorri um
pouquinho, ainda tenso, quando ele se virou para mim e beijou minhas mãos.
— Eu ainda desejo coisas boas a ele, mas é só isso. Por ele, não existe
nenhum outro sentimento em mim.
Jungkook sorriu, esfregando sua bochecha contra minha mão antes de retribuir
o beijo em minha bochecha.
Nós saímos de casa depois que eu também tomei meu banho e troquei de
roupa, tomando o cuidado de vestir algo mais apresentável que um conjunto
ridículo de moletom. E como a bula do remédio alertava para evitar atividades
como dirigir, já que pode causar sonolência, eu insisti para que chamássemos
um táxi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook, eu acho que o pronto atendimento é pra lá... — Eu apontei para a
direção indicada num painel de informações, percebendo que ele me levava
pelo lado oposto.
Meus olhos quase saltaram da cara e eu apertei sua mão com força, expondo
meu nervosismo.
Eu já sabia que Junghyun é médico, e foi por ser tão devoto à sua carreira que
sequer considerou a possibilidade de assumir a direção da Bangtan, mas
realmente não esperava conhecê-lo hoje, agora.
— Ah, pronto, agora quando eu for conhecer sua mãe eu vou desmaiar...
Jungkook riu de meu óbvio desespero, e na verdade eu nem sei se ele estava
exagerando ou não. Sua mãe é uma das pessoas sobre quem ele menos fala,
o que significa que ele não falou sobre ela mais que três vezes, então eu
realmente não sei o que esperar dessa mulher.
Por enquanto, só vou torcer para que meu encontro com ela seja adiado o
máximo possível. De preferência até minha morte.
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e só nos percebeu quando finalizou a ligação, mas seus olhos pousaram direto
em Jungkook e ela se atrapalhou toda com as mãos.
— Bom dia. — Ele respondeu com o mesmo tom educado de sempre, parando
diante do balcão, ainda me mantendo ao seu lado. — Junghyun está ocupado?
— Ele está com um paciente agora, mas deve fazer uma pausa assim que a
consulta terminar. — Ela explicou, e eu percebi quando usou a mão para
arrumar uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Eu posso avisar que o
senhor está aqui, se quiser...
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provavelmente pelos efeitos da febre. — E ser atendido por ele é mais rápido.
Você sabe que eu não gosto de esperar.
— Você anda muito malcriado, anjo - Ele disse, em claro tom de aviso.
— Só quando quer ser. — Contrariou, e eu senti sua mão deslizar por minha
perna num carinho provocante quando ele virou o rosto e beijou o topo da
minha cabeça antes de dizer ainda mais baixo: — Talvez eu precise começar a
te punir de outras formas...
Em resposta, Jungkook revirou os olhos sem tirar sua mão de minha coxa
apesar da minha velocidade em me distanciar um pouco dele.
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Isso ainda é um pouco intimidante. Por todo esse tempo, nós nos relacionamos
em meio à minha realidade, aos meus amigos e minha família. Agora, inserido
no seu próprio ciclo, eu continuo sem fazer ideia de como agir.
O velhinho assentiu e eu achei muito fofo quando ele sorriu, com o rosto todo
enrugadinho e a coluna curvada pela idade, antes de caminhar devagar até a
porta de vidro.
Assim que ele já estava longe, Junghyun virou para Jungkook, fuzilando-o com
o olhar. - Ok. Agora eu quero saber que milagre fez meu irmãozinho vir me ver.
— Ele olhou para mim e então apertou um pouco os olhos, confuso. — Quem é
esse?
— Meu namorado.
— Felizmente fiquei sabendo que você tem uma folga agora. — Jungkook
respondeu, segurando minha mão e começando a me puxar em direção à sala
de atendimento. — Ande logo, eu quero voltar para casa.
Eu fiz uma careta meio tensa quando entramos na sala antes do médico, e o vi
coçando a cabeça antes de suspirar, resignado.
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— Me avise quando o próximo paciente chegar... — Ele pediu à recepcionista,
que concordou um pouco desajeitada. No instante seguinte, estávamos os três
dentro da sala fechada com uma decoração bizarra de próteses de corações, e
Junghyun sentou detrás da mesa de vidro, gesticulando para que sentássemos
nos dois assentos em frente.
— Ele não vai nos apresentar formalmente, pelo visto. — Ele resmungou. —
Meu nome é Jeon Junghyun, você já deve saber que sou o irmão mais velho
da Miss Simpatia que você namora. É um prazer.
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— Ele provavelmente não faria nada se eu não insistisse. — Entreguei. —
Jungkook trabalha até a exaustão, não dorme e pula um monte de refeições,
então eu pensei que ele pode estar com a imunidade baixa — Eu me encolhi
ao perceber que eu, completamente leigo, estou adiantando um prognóstico
diante de um médico, então completei, envergonhado: — Ou algo assim...
— É óbvio que não está. — Ele olhou para mim depois de carimbar a guia,
entregando-a para mim. — Dê um jeito de arrastar ele para fazer esses
exames o mais rápido possível. Continue dando o antitérmico de seis em seis
horas e faça ele se alimentar direito e ter uma noite decente de sono, também.
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— Cala a boca que você nem sabia falar seu nome até os cinco anos, quem
garante que vai saber seguir recomendações médicas?
Junghyun revirou os olhos antes de focá-los em mim outra vez. — Você pode
continuar cuidando dele, Jimin? Por favor. Esse ingrato se afastou
completamente da família e só aparece para visitar nosso pai, então eu
gostaria de contar com você.
— Eu vou cuidar dele. — Prometi, apertando meus dedos uns contra os outros.
— Mas não fique chateado com ele por ter se afastado... O Jungkook faz o
melhor que pode...
— Eu sei que faz. — Ele confessou, ainda sorrindo. — Mas por hoje só deixe
ele fazer o melhor para se recuperar. Nada de trabalho e pelo amor de deus
faça ele ter oito horas de sono pelo menos nessa noite, nem que você precise
amarrá-lo na cama.
Pelo menos essa minha boca grande sempre faz meu amorzinho rir.
— Que nada.
— Quase que seu irmão descobre que você gosta de bondage, meu deus —
Eu disse, ainda rindo.
No caminho de volta para casa, eu pedi para o táxi parar numa farmácia para
comprar mais uma cartela de antitérmicos, um termômetro e um chá para
ajudá-lo a dormir melhor à noite. Por sorte, Jungkook tomou a iniciativa de
pagar as compras antes que eu precisasse pedir por isso, ainda com a carteira
vazia a ponto de dar dó.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por mais que seja gostoso ficar assim com ele, eu percebi seu desconforto por
adiar seu trabalho e por isso fiquei um pouco triste. Ele sequer se dá o direito
de tirar um dia para cuidar de sua saúde.
— Quando seu pai... quando ele estava bem e ainda trabalhava, ele também
se desgastava tanto assim? — Questionei, cuidadoso.
Em resposta, eu não tive nada além do seu silêncio por tempo demais, até que
ele negou com a cabeça, sem levantá-la.
— Ele nunca levava trabalho para casa e eram poucas as vezes que precisava
ficar no escritório até tarde. — Jungkook confessou, falando baixo. — Ele
também sempre tinha tempo para mim e para o Junghyun... quando eu era
mais novo, ele sempre reservava os domingos para ficar com a família, não
importava o que estivesse acontecendo na Bangtan.
— A diferença entre nós dois é que eu não tenho a confiança que ele tinha,
anjo. — Ele disse depois de mais algum tempo de silêncio, e eu senti sua
dificuldade em falar sobre isso. — Os acionistas não confiam em mim e eu sei
que qualquer erro pode me tirar do lugar que eu ocupo agora. — Ele se moveu,
parecendo um pouco desconfortável em me confessar essas coisas. — Então
quando um relatório ou projeto já revisados chegam em minhas mãos, tudo que
eu preciso fazer é assinar porque existem equipes treinadas responsáveis por
todo esse serviço. Mas eu não posso deixar nada de errado acontecer sob
minha direção e por isso acabo refazendo todo o trabalho, revisando
documento por documento e acumulando cada vez mais coisas... — Eu
respeitei sua pausa, e senti meu coração apertar quando ele terminou: — A
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
verdade é que eu não tenho competência para ocupar um cargo tão alto numa
empresa como a Bangtan.
Jungkook sorriu fraco, deslizando sua mão por minhas costas antes de me
puxar e me fazer deitar ao seu lado outra vez.
— Eu te ajudo a confiar em você. O que eu mais tenho são motivos pra mostrar
que meu homem é o mais incrível da face da Terra.
— Vai ficar tudo bem, tá? Nem que eu tenha que matar todos os acionistas
idiotas que duvidarem de você.
Jungkook riu e eu apertei meus olhos quando ele beliscou meu nariz,
brincalhão. — Um gatinho do seu tamanho não deve conseguir machucar
alguém a esse ponto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Yukwon as vezes diz que eu sou uma naja e najas têm veneno, então é
melhor eles tomarem cuidado antes de mexer com o homem da pessoa errada
— Eu me defendi, todo orgulhoso.
Eu assenti antes de me aninhar contra ele, aliviado por sentir seu corpo
perdendo os sinais da febre.
Ele me mostrou uma expressão séria, mas suave, e eu aceitei o beijo que ele
me deu como uma resposta. Com o rostinho dele ainda perto do meu, eu
devolvi seu beijo e acariciei sua bochecha, que ainda não está gordinha como
eu gosto.
Pelo tempo seguinte nós ficamos em silêncio, quietinhos, até que Jungkook
suspirou fraco.
— Eu queria sair com você amanhã — Ele confessou, então. — Mas acho que
vamos que deixar para a próxima vez.
— Por isso mesmo que eu vou continuar vindo. — anunciei com um sorriso
convencido.
— Quando tiver dinheiro... — Eu ri, sem graça. — Lembre que seu namorado é
meio pobre...
— Só vou pagar dessa vez. Vai ser seu presente de natal adiantado.
Eu acabei rindo ao confirmar que Jungkook parece tão ansioso quanto eu para
passarmos o máximo de tempo possível juntos. E, meu deus, é muito bom
amar alguém que me ama de volta do mesmo jeitinho.
Enquanto ele tomava banho, então, eu aproveitei para ligar para minha mãe e
responder as mensagens de Yukwon, que lotou minhas notificações com todo
tipo de inutilidade, inclusive com fotos da nova espinha que nasceu em sua
testa.
Afetado por isso, eu desisti de vestir a camisa de Jungkook e fui até minha
própria mala, onde peguei uma calça de pano e uma blusa de mangas longas
para cobrir todo o meu corpo.
— Tá meio frio... — Menti, sentando ao seu lado e puxando uma almofada para
meu colo.
Ele riu ainda mais e puxou minhas pernas para seu colo, mantendo sua mão
em minha coxa. — Você não precisa de um motivo para ficar assim, meu bem.
— Anunciou, deslizando a ponta do nariz por minha bochecha antes de me dar
um beijo no mesmo lugar.
Jungkook concordou, mas eu não saí do lugar ao sentir ele me dar outro beijo,
e depois outro, arrastando os lábios por meu rosto até chegar em minha boca.
— Pode trocar. — Ele disse baixo, roçando seus lábios contra os meus. Eu
suspirei baixinho e fiz que sim com a cabeça, mas ao invés de buscar o
controle, eu subi uma mão até seu rosto e deixei a outra em sua nuca,
repuxando de leve seus cabelos escuros.
Que os deuses abençoem o beijo de Jungkook e esse seu hábito de não usar
blusas dentro de casa, porque logo minha mão se aproveitou dessa exposição
e correu por seu abdômen nu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Em resposta, ele mordeu meu lábio com força antes de chupá-lo, me fazendo
gemer baixo pela dor gostosa, e eu deixei meu corpo seguir seu comando
quando ele me fez deitar com a cabeça apoiada no braço do sofá e deitou por
cima de mim, entre minhas pernas.
Eu passei minhas mãos por suas costelas até pressioná-las em suas costas,
puxando ainda mais seu corpo para o meu, e revirei meus olhos sob as
pálpebras fechadas quando ele deixou minha boca e beijou meu queixo,
seguindo toda a linha do maxilar.
Ele não parou de beijar minha orelha para responder, mas essa acabou
parecendo uma resposta muito óbvia.
Meu estômago fisgou quando ele se moveu ainda mais rápido, sendo
estimulado por meus dedos pequenos enquanto simulava uma penetração
contra eles.
Eu suspirei contra seu pescoço quando senti seu membro direto contra minha
palma, ainda estocando contra ela devagar, e senti o tesão explodir quando,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
guiado por sua vontade, voltei a beijar sua pele, massageando-a com meus
lábios e minha língua, às vezes também usando meus dentes com cuidado, e
ouvi seu gemido rouco de aprovação.
A princípio eu achei que ele não gostou, mas então ele ergueu um pouco o
corpo e puxou minhas pernas, me fazendo deslizar pelo sofá. Ainda com meu
corpo deitado, ele apoiou um joelho de cada lado da minha cabeça e voltou a
me segurar pelos cabelos, usando a outra mão para puxar seu pênis para fora
da calça.
— Chupa e engole tudo. — Ele ordenou, guiando seu membro até minha boca.
Ele parou de se mover, então, e eu respirei fundo para tentar ignorar a ânsia
provocada por sua glande tão próxima da minha garganta, sem querer dar os
dois benditos tapinhas para que ele parasse.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Como eu já esperava, a ânsia retornou quando ele se afundou ainda mais em
minha boca e eu engasguei de novo, mas ainda sem querer parar.
Uma lágrima escorreu pelo canto do meu olho esquerdo e deslizou até minha
orelha quando ele finalmente começou a se mover, fodendo minha boca
devagar e aumentando o acumulo de saliva misturada ao pré-gozo liberado por
seu pênis completamente duro.
Muito pouco tempo depois, ele expulsou algum palavrão e gozou em minha
garganta, pela primeira vez. Eu tentei engolir tudo, sentindo-o ainda dentro da
minha boca enquanto eu sentia o gozo quente preencher tudo com o gosto
característico e um pouco desagradável, mas ainda assim satisfatório porque é
a porra do meu homem, que gozou só para mim.
Eu puxei o ar, piscando devagar para tentar limpar minha mente anuviada, e
senti Jungkook passar seu indicador e médio pela mistura úmida sobre minha
pele, levando-os até meus lábios logo depois. Entendendo o que ele queria, eu
chupei seus dedos, limpando-os completamente enquanto sentia meu interior
queimar de satisfação ao vê-lo me olhar com um orgulho lascivo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook sorriu de forma obliqua, safada, e eu delirei quando ele voltou a
deitar sobre meu corpo antes de me beijar sem pudor algum.
— Sua boquinha é tão boa de foder, anjo — Ele disse, então, antes de deslizar
sua língua sobre meu lábio inferior, para então chupá-lo. — Você é o melhor.
Eu sorri completamente satisfeito e achei que íamos parar por aí, mas então
ele colocou suas mãos sob minha blusa, puxando-a para cima.
Não que eu pretenda esconder meu corpo para sempre, mas pretendo, sim,
escondê-lo até emagrecer pelo menos um pouco. É uma vergonha deixar
Jungkook me ver do jeito que estou agora.
Entretanto, ele não pareceu entender meu pedido e mais uma vez me deparei
com sua expressão desconfiada.
— Por que eu deveria deixar? — Ele retrucou, então, mantendo suas mãos
sobe a blusa de mangas longas.
— Eu estou esperando uma justificativa válida, Jimin. — Ele disse, sério. — Por
que eu deveria deixar sua blusa?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando levantei, sua mão envolveu meu pulso e ele me puxou até seu quarto,
posicionando meu corpo diante do espelho na frente do qual repudiei meu
corpo há alguns minutos atrás, e então ficou atrás de mim.
— Tire sua roupa. — Ele voltou a ordenar, com o mesmo tom severo.
— Eu te dei uma ordem, Jimin. — Ele apontou, e repetiu: — Tire sua roupa.
Agora.
— Você disse que nunca iria me obrigar a fazer algo que eu não quero fazer.
— Rebati, chateado. — E eu não quero fazer isso agora, Jungkook. Eu não
quero olhar para essa porcaria gorda no mesmo dia em que vi como seu ex-
namorado parece muito mais adequado pra você.
Essa pergunta nunca pareceu tão difícil, porque eu confio nele de olhos
fechados, mas ao mesmo tempo não consigo ver nada de bom sendo originado
dessa sua intenção de me fazer olhar para meu corpo feio.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Levado pela forma como ele pediu, eu respirei fundo e pouco a pouco voltei a
encarar o espelho, me deparando outra vez com minha imagem nua. Eu quis
gemer de tristeza e abaixar o rosto novamente, mas Jungkook segurou meu
queixo quando me viu vacilar.
— Eu quero que você enxergue o que eu vejo quando olho para você. — Ele
disse, mantendo meu rosto erguido.
— Você é lindo, Jimin. — Ele voltou a falar, deslizando sua mão por minha
barriga flácida. — Não existe absolutamente nada que eu mudaria em você. —
Continuou, subindo suas palmas e deslizando-as por meus ombros, depois
descendo por meus braços. — Esse aqui é o corpo da pessoa que eu amo, —
Dessa vez, ele desceu até minhas coxas grossas. — e eu não vou deixar
ninguém desmerecê-lo, — Por último, ele subiu uma única mão por minha
virilha, até segurar meu pênis num toque íntimo. — nem mesmo você
— Não olhe para mim agora. — Ele disse, descendo e subindo sua mão por
minha ereção ainda incompleta, em movimentos lentos. — Eu quero que olhe
só para você.
— Veja como seu corpo se encaixa bem em minhas mãos, — Eu ouvi sua voz
como se estivesse distante, ainda mantendo meus olhos unicamente em mim.
— como sua barriga deliciosa se contrai sob meu toque e como suas coxas
ficam ainda mais bonitas com minhas marcas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu suspirei, sentindo ele subir a mão que estava em minha perna por meu
abdômen até chegar em meu pescoço, pressionando-o de forma suave, mas
precisa, como se o encaixe fosse combinado, de tão compatível.
Meus olhos subiram até o reflexo do meu rosto e eu deixei uma lufada surpresa
ao ver minhas bochechas avermelhadas, meus lábios grossos separados,
tentando puxar o ar, e meus cabelos loiros bagunçados caindo sobre minha
testa.
Mesmo sem saber ao certo o motivo, um gemido agudo escapou quando meu
estômago se contraiu e eu senti minhas pernas tremerem, fracas, quando o
gozo fluiu para fora do meu corpo e, desesperado, eu agarrei o braço de
Jungkook em busca de sustento. Ele então me abraçou com mais força,
puxando minhas costas completamente contra seu peitoral firme e me
ajudando a continuar de pé.
Eu não quero parecer convencido, porque isso é algo que definitivamente não
condiz com minha personalidade. Entretanto, a visão do meu corpo sob o toque
de Jungkook me fez enxergar as coisas de um jeito diferente. E eu gostei do
que vi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu amo você, anjo. Amo por inteiro.
Eu acabei sorrindo dentro do seu abraço, ainda tomado pela sensação gostosa
mesmo quando ele se afastou um pouco. Curioso, eu o observei pegar uma de
suas blusas de algodão e meu sorriso aumentou quando ele me vestiu, num
gesto ainda mais íntimo que tirar minhas roupas.
— É assim que você gosta de se vestir, — Ele disse, passando as mãos pelo
tecido branco cobrindo meu corpo até minhas coxas. — então é assim que eu
quero que você se vista.
Eu concordei, extasiado, e fui fácil quando ele me virou até me deixar de frente
para ele. Então ele colocou as mãos debaixo dos meus braços, quase nas
axilas, e me puxou para cima. Em reflexo, eu abracei sua cintura com minhas
pernas e seu ombro com meus braços, deixando ele me carregar desse jeito
até a sala.
Agora, as coisas estão muito mais claras para mim. Eu não sou o pilar de
Jungkook, assim como ele não é o meu. Nós não sustentamos um ao outro. Na
verdade, ele me ajuda a vencer minhas fraquezas para que eu aprenda a me
sustentar sozinho, e eu faço o mesmo por ele.
Talvez o amor seja exatamente sobre isso. Talvez o amor, afinal, seja sobre
fraquezas transformadas em força.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olá. Espero que tenham gostado do capítulo e relevem qualquer eventual erro
Hoje a nota final vai ficar grandinha porque tem algumas imagens que eu
gostaria muito de compartilhar com vocês, mas antes disso eu gostaria de me
desculpar por (mais uma vez) estar meio ausente. Eu não consegui responder
todos os comentários do capítulo passado, mas eu juro que li todos, de
verdade. Eu só to num desânimo absurdo em relação a submissive e a várias
outras coisas tb. Além disso, eu to doente desde segunda e já tenho um monte
de coisa da uni pra fazer. Enfim, me desculpem mesmo, prometo que vou
tentar voltar a ser mais ativa assim que essa fase chata passar (a não ser que
eu apague a fanfic antes disso kkkk)
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por último não é nada tão maravilhoso quanto essas fanarts, mas eu quis
compartilhar com vcs tb. É a planta em 2D e 3D do apartamento do jk (não tá
tão bacana pq o site que eu gostava de usar pra fazer essas coisas foi
desativado, então tive que me virar com outro mais chatinho e restrito)
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
30 • Soft Attack
Dedicado a sprkjiimin
Quando o filme estava mais ou menos na metade, eu fiz uma pausa para
preparar o chá que comprei mais cedo, porque sabia que ele o ajudaria a
dormir melhor. Talvez isso, combinado ao seu cansaço acumulado, tenha feito
com que ele dormisse enquanto eu me acabava de chorar com uma das cenas
da animação, mesmo já tendo assistido-a vezes sem conta.
No fim, eu tentei de todo jeito encontrar uma forma de levá-lo até o quarto sem
precisar acordá-lo, porque definitivamente não queria interromper seu sono tão
merecido, e acabei usando todas as minhas forças para carregá-lo.
Obviamente não deu certo e, antes mesmo de me afastar do sofá tentando
equilibrar seu corpo ao lado do meu, nós dois despencamos no chão e o
pobrezinho acordou todo assustado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o vi servir o arroz com um ovo frito em cima de cada porção, depois pegar
uma jarra de suco na geladeira, que ele deve ter preparado com as laranjas
que comprei ontem.
— Eu não cozinho bem como você, então não é nada muito elaborado. —
Avisou, começando a carregar as coisas para a mesa.
— Por que você fez isso? — Eu perguntei ainda meio anuviado, girando sobre
meus pés para acompanhá-lo com os olhos quando ele caminhou até a sala de
jantar.
— Porque eu fico feliz quando você cozinha para mim. — Ele respondeu,
simplesmente. -E eu quero te deixar feliz também.
Num instante, meu rosto todo se iluminou com um sorriso enorme e eu senti
meus olhos ainda inchados de sono se fechando completamente, mas não me
importei.
— Sente comigo hoje. — Ele pediu suave quando afastou uma das cadeiras e
se sentou, deixando espaço suficiente para que eu sentasse sobre o seu colo.
— Bom dia, meu bem. — Finalmente desejou, então, apertando um pouco mais
o abraço ao redor do meu corpo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Bom dia, Jungkook. — Desejei de volta, com o rosto quase se partindo em
dois de tanto que sorri.
Jungkook sorriu feliz com minha certeza, mas eu a senti murchar assim que
levei o arroz com um pedaço do ovo à boca.
Eu senti seu suspiro aliviado e quase chorei quando ele finalmente começou a
comer, se engasgando com a comida na boca ao perceber que eu menti
descaradamente.
Mas não é que esteja ruim. O ovo fritou bem, a gema ficou do jeito que eu
gosto e o arroz tá gostoso, mas tem um pouquinho a mais de sal do que é
recomendado para qualquer ser humano.
— Não coma isso! — Ele alertou tentando afastar minha cumbuca para longe
de mim, mas eu fui mais rápido e fiquei de pé num
— Jimin, você vai morrer se comer tanto sal assim. — Ele se levantou também,
e eu corri ao redor da mesa quando percebi que ele tentou se aproximar.
— É a comida que meu Jungkook fez pra mim e eu vou comer! — Eu quase
gritei, correndo novamente ao vê-lo fazer menção de vir em minha direção.
Desesperado, eu enchi a colher com tanta comida que quase não consegui
colocá-la toda na boca. Mas se eu consigo fazer um boquete em Jungkook,
também consigo enfiar um tanto de arroz na boca sem morrer sufocado.
— Eu vou comprar algo na loja de conveniência, não precisa comer isso. Ele
insistiu, segurando o riso enquanto eu mastigava com as bochechas estufadas
como um hamster.
Incapaz de falar, sentindo minha boca arder com tanto sal, eu só neguei outra
vez e corri ainda mais rápido quando ele deu duas passadas largas em minha
direção. Eu acho que meio que tentei gritar também, porque voou um
pouquinho de arroz pra fora da minha boca e eu engasguei feito um louco
quando ri por isso, sem parar de correr até me proteger detrás do balcão da
cozinha.
Talvez minha escolha de me refugiar aqui não tenha sido a melhor, porque ele
logo me alcançou e me encurralou, me prendendo com seus braços quando eu
ainda tentei fugir.
— Para de ser teimoso. — Tentou dizer em tom de aviso, mas sua risada
anulou completamente sua tentativa.
— Não pode comer algo salgado assim, anjo — Ele tentou explicar como um
pai paciente explica algo óbvio ao filho pequeno, e eu resmunguei baixinho
quando ele tirou a cumbuca das minhas mãos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu levei mais uns sete segundos para conseguir engolir tudo na boca,
desesperado.
— Menino mimado.
Eu encolhi meus ombros, sem descer do balcão mesmo quando ele se afastou
e pegou as cumbucas na mesa, despejando as porções de arroz numa panela
junto com a sopa que eu preparei ontem de noite.
Jungkook riu sob meu corpo, e eu me pergunto como ele não sente dor depois
de me deixar ficar sentado em sua perna por tanto tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É assim que eu gosto. — Ele confessou, então. — Fico chateado quando
você acha que precisa comer menos
— Sei, mas não entendo. Seu corpo é o mais bonito desse mundo, anjo.
— Jura? — Perguntei mesmo assim, ainda sorrindo meio bobo, sentindo seu
carinho sobre minha barriga enquanto eu me esparramo sobre seu colo.
— Juro. — Ele respondeu, me abraçando com mais força. — Me deixa tão duro
só de olhar, meu bem...
Eu virei meu rosto para encará-lo, mordendo meu lábio para conter um sorriso
travesso.
Eu apertei meus lábios num biquinho descontente, mas não tentei contrariá-lo.
Ele não trabalhou durante todo o sábado e, mesmo que eu prefira que ele
descanse, sei que ele não vai se tranquilizar enquanto não terminar tudo que
tem para fazer.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu quase quebrei o copo que tinha nas mãos, pego de surpresa e, antes que
eu sequer contestasse, Jungkook já tinha enfiado a escova de dentes na boca
e voltado para o banheiro.
Tudo bem. Não é nada demais. Eu já conheço seu pai, certo? Tudo bem
também que nosso único encontro aconteceu mais de dois anos atrás e ele
provavelmente nem lembra de mim. Pior! Se lembrar, é porque eu quase fui
atropelado em sua frente enquanto atravessava a rua, enfeitiçado por seu filho.
Eu realmente fico preocupado com isso e com a reação de seu pai, mas não
verbalizo nada ao longo do dia e tento me ocupar assistindo TV, lendo um de
seus livros ou vendo aleatoriedades no twitter.
Ainda era de tarde quando ele guardou os papeis que passou o dia todo
analisando, e eu me perguntei secretamente se ele estava fazendo aquilo que
me confessou fazer, de revisar documentos sem necessidade alguma de fazê-
lo somente por ser inseguro demais, mas decidi não pressioná-lo sobre isso.
— Você não precisa ir cumprimentar meu pai se não se sentir confortável para
isso,
Eu deixei um sorriso frouxo, mas sincero dar as caras, e respirei fundo quando
Jungkook deu duas batidas suaves na porta antes de finalmente abri-la.
É estranho e doloroso ver como uma doença pode mudar tudo num piscar de
olhos. Antes, ele parecia o imbatível CEO da Bangtan, mas agora título
nenhum em uma empresa pode anular sua fragilidade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jun... — Eu ouvi a voz fraca e letárgica me arrastando para longe dos
pensamentos ruins, e percebi Jungkook apoiado de leve na beirada da cama
reclinável, sorrindo de forma carinhosa para seu pai. — Eu achei que você não
vinha hoje...
O mais velho negou, sem conseguir esconder uma expressão de dor quando
se moveu cuidadosamente e seus olhos recaíram em mim, ainda parado no
meio do quarto.
— Esse é Park Jimin, pai. — Ele anunciou, cuidadoso. — É essa a pessoa que
eu amo.
Eu devo me desculpar?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não estou te condenando, mas confesso que chegamos a ter algumas
discussões por conta disso. — Ele explicou com mais uma careta de incômodo,
mas acho que pelas dores em seu corpo. — Nunca vou esquecer da
determinação dele em anular o contrato de casamento com a Yoshikawa e por
todo esse tempo eu me perguntei quem o levou a isso. Então é mesmo um
prazer te conhecer, eu estava curioso.
— O senhor vai assustar o Jimin falando desse jeito, pai. — Jungkook alertou.
— Eu não quero te assustar, filho — Ele disse calmo, olhando para mim. —
Olhe para mim agora. Quem eu assusto com essa aparência?
Dong-yul riu com a força que seu estado lhe permitiu, e ele findou por negar
com a cabeça.
— Sim, sim... Me desculpe. Ele pediu, e olhou para mim antes de suavizar a
expressão. — Não quer se sentar? Não me diga que você acredita naquilo que
dizem sobre ficar de pé ajudar a crescer.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não precisa. Eles já me dopam o suficiente durante todo o dia, mas é
inevitável ter algumas dores por passar tanto tempo na mesma posição.
Eu, por outro lado, ri com a imagem de um Jungkook menor chorando agarrado
à perna de seu pai.
— Todos sempre acharam que meu maior orgulho nessa vida foi ter levado a
Bangtan até onde ela chegou, mas não tem nada no mundo de que eu me
orgulhe mais do que meus filhos. — Ele disse, sorrindo fraquinho para mim. —
E agora que estou aqui, eu não me preocupo com a empresa, porque sei que
Jungkook vai cuidar bem dela. É com ele que me preocupo, porque eu falhei
também em mostrar a ele que a Bangtan é importante, sim, mas não mais que
ele e sua felicidade. E eu acho que você começou a mudar isso mesmo sem
querer, Jimin, então obrigado. Eu fico feliz de saber que meu filho encontrou
uma pessoa como você.
— Me desculpe por despejar todas essas coisas em você logo depois de nos
conhecermos, mas eu não acho que vou ter uma oportunidade melhor de
deixar meu filho saber que eu o amo e me orgulho dele, independente do
gênero da pessoa que ele escolheu para estar ao seu lado.
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Eu movi minha cabeça numa concordância compreensiva e pisquei para tentar
afastar as lágrimas que sei que vou derrubar se não me controlar, e me senti
mais motivado a fazer isso quando uma enfermeira entrou no quarto e nos
cumprimentou, carregando uma bolsa com uma solução esbranquiçada, que
passou por um processo de limpeza antes de ser colocada num suporte ao
lado da cama e conectada ao cateter no braço de Dong-yul.
— É o meu jantar. — Ele explicou assim que a enfermeira saiu, sorrindo com a
própria situação trágica.
Já faz um tempo que ele não consegue mais comer, então sua nutrição é feita
quase integralmente através dessas soluções fisiológicas. Eu lembro de como
Jungkook ficou triste quando descobriu isso.
Dong-yul assentiu com a expressão fraca, e olhou para mim uma última vez
quando fiquei de pé e parei ao lado de Jungkook. — Foi mesmo um prazer
finalmente te conhecer, Jimin.
— Obrigado... — Ele disse baixo, fechando os olhos com força antes de beijá-
lo de novo e só então se levantar, ainda um pouco atordoado.
Seu pai voltou a sorrir, e eu senti meu coração bater forte, emocionado, quando
percebi a forma como eles se olharam brevemente, como se esse contato no
silêncio falasse ainda mais que todas as palavras que foram ditas aqui. Foi um
pai se redimindo, e um filho perdoando-o.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando Jungkook se moveu, eu não me senti chateado ao não sentir sua mão
envolvendo a minha para me guiar para fora do quarto.
Quando saímos os dois e eu fechei a porta, então, ele ficou parado no mesmo
lugar, recostado contra a parede e pressionando os olhos num gesto confuso, e
eu me aproximei com cuidado, envolvendo seu tronco com meus braços e
deixando um beijo em seu ombro antes de deitar minha cabeça ali, fazendo
carinho em suas costas.
— Eu nunca imaginei que ele diria isso e ele disse logo hoje... — Jungkook
confessou, subindo uma de suas mãos até segurar minha cabeça com cuidado,
e então apoiou sua testa sobre mim. — Você atrai as melhores coisas da
minha vida, anjo...
Eu sorri, me apertando ainda mais contra ele e decidido a continuar desse jeito
até que ele se sinta confortável para voltarmos para casa. Mesmo que nunca
tenha mostrado ressentimento em relação ao seu pai, eu sei que isso foi
importante para Jungkook, então eu quero que ele tenha todo o tempo do
mundo para absorver cada palavra dita.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entretanto, Jungkook não pareceu muito surpreso, e eu entendi o porquê
quando entramos e eu olhei para a cozinha, reconhecendo Seokjin diante da
geladeira aberta. Ao perceber nossa chegada, ele nos olhou com uma
expressão apavorada, mostrando uma cenoura.
— Amém, Jeon Jimin! Ele levantou as mãos para o alto, me venerando como
um deus.
Enquanto isso, eu estando meio atordoado mas sonhador com sua previsão,
Jungkook se aproximou e me abraçou pelas costas, me fazendo deixar escapar
um barulhinho frouxo quando me apertou bem forte.
— Ah...
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— Não acho que seja proibido manter o sobrenome de solteiro. — Jungkook
ponderou, apertando sua bochecha contra o topo da minha cabeça. — Mas nós
podemos decidir isso depois.
Seokjin continuou com os olhos bem abertos, e eu senti meu queixo quase
parar no chão. Nenhum de nós disse nada por sei lá quanto tempo, enquanto
Jungkook franziu as sobrancelhas diante dos nossos olhares chocados, e
então eu perguntei:
— É sério?
Ele pareceu meio incerto quando moveu a cabeça uma única vez para cima e
para baixo, me olhando com desconfiança, quase como um viciado que se
conforma em ir para a reabilitação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então eu só levei mais um segundo antes de deixar um grito muito empolgado
subir por minha garganta, e bati meu cotovelo no balcão quando me virei num
movimento desastrado para ficar de frente para ele e abraçá-lo, mas nem
liguei. Eu também nem sei quando Seokjin se aproximou e nos abraçou
também, gritando e pulando junto comigo enquanto comemoramos o evento
mais inesperado da noite.
— Uma boate fetichista, ou seja, um lugar pra gente que tem as mesmas taras
que nós três!
— E um lugar para o qual não vamos hoje. — Jungkook me fez murchar ainda
antes que eu demonstrasse minha empolgação. — Amanhã é segunda e eu
preciso ir para o escritório. Só estou tirando essa noite de folga, não abuse.
— Tá bom, tá bom. Mas nós ainda podemos sair, não é? Pra comer! — Ele
olhou diretamente para mim. — O que você gosta de comer, bebezinho? Pode
escolher o que quiser que nos encontramos pra você!
— Você quer tudo? Se quiser, não tem problema. — Ele garantiu, empolgado.
— Amanhã o Jungkook tem que fazer exame de sangue, então ele não pode
jantar muito tarde e é melhor a gente comer algo rápido, mas também não
pode ser fast food porque ele tava meio doentinho e eu prefiro que ele coma
algo saudável...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Os ombros de Seokjin murcharam, apontando na direção do chão, e ele me
olhou com o rosto sem reação alguma.
— É muito fofo. Meu deus, eu vou te esmagar... — Ele ameaçou, ainda com
essa expressão engraçada.
— Só um pouquinho...
— Você deve ser mais resistente que o Jungkook, então já estou no lucro. Nós
dois bebemos e ele dirige. — Decidiu, por fim. — Tudo bem se eu pagar umas
bebidas pro seu pagar umas bebidas pro seu sub, né, Jun?
Eu assenti, ansioso, mas só porque ele aparentemente não vai beber também.
Deus que me livre de ver Jungkook bêbado de novo.
— Não precisa devolver nada. — Ele segurou minha mão, de frente para mim,
acariciando-a com seu polegar. — Você já pagou sozinho as compras do
supermercado. E eu não estou tão confortável com a ideia de tirar a noite de
folga, então eu pago seu jantar e você retribui me distraindo para que eu não
pense muito nisso.
Eu concordei outra vez, agora com um sorriso pequeno, rendido, e o segui para
fora do quarto, depois saímos os três do apartamento e fomos até o carro de
Jungkook. Eu fui no banco do carona, então me autoproclamei como o
responsável pela escolha da música, e enquanto eu e Seokjin surtamos com
aquelas que descobrimos gostar em comum, Jungkook não pareceu conhecer
nenhuma delas.
E, bem, eu descobri que meu namorado não sabe quem é a Ariana Grande.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Para o jantar, nós pedimos carne cozida no vapor com couve chinesa, arroz
integral, kimchi e uma sopa aromática, que eu insisti em pedirmos porque é
saudável e Jungkook precisa comer bem.
E para beber, Seokjin escolheu uma bebida azul que eu nem sei de que é feita
ou como se chama, mas é gostosa e docinha, então eu aceito o segundo copo
que ele me oferece depois de secarmos os primeiros.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Seokjin já estava com a cabeça deitada sobre a mesa, cantarolando uma
música bem baixinho e soluçando a cada verso, e levantou o rosto, todo
atrapalhado, quando ouviu o que Jungkook disse.
Eu choraminguei junto com Seokjin e depois nós rimos quando quase caí de
novo.
Eu não entendi muito bem seu desespero repentino, mas só até olhar por cima
do ombro para onde ele também estava olhando e ver Kim Taehyung sentado
sozinho no bar, olhando em nossa direção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim... — Ele respondeu, escondendo as mãos nos bolsos de trás da sua
calça bem alinhada. - Eu não dei notícias durante todo esse tempo, sinto muito
por isso. Como você está?
— Você não estava sozinho ali no bar? — Seokjin perguntou, então, com os
olhos embriagados e a voz arrastada.
— Bom, eu vou voltar para o bar. — Anunciou, sem jeito, mas com um sorriso
bonito e quadradinho nos lábios. — Foi bom encontrar vocês. Boa noite.
Eu continuei com uma expressão meio ciumenta, mas acabei deixando uma
risada escapar quando tocou minha barriga por baixo da blusa discretamente,
apertando minhas gordurinhas e me fazendo cócegas.
Talvez eu deva ser editor chefe de alguma revista pra ser rico também.
— Venha, meu bem, nós vamos para casa agora. — Jungkook me chamou
quando eu já estava quase cochilando no sofá de couro, e eu estiquei meus
braços para ele me carregar de novo, aproveitando o percurso até o carro para
ir com a cabeça deitadinha em seu ombro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando chegamos em casa, eu quase chorei porque não queria escovar os
dentes e só queria deitar na cama, mas ele me arrastou para o banheiro depois
de tirar minha roupa e me vestir com uma de suas blusas.
— Vem. Faça sentado, anjo. — Ele disse, tanto porque mal consigo ficar de pé,
quanto porque eu com certeza vou errar a mira e provavelmente fazer xixi no
chão.
Um gemido baixo deslizou por minha garganta quando minha cabeça latejou
um pouquinho e eu olhei para Jungkook, que se moveu com cuidado para sair
da cama.
— Eu vejo quem é. — Ele disse, arrumando a coberta sobre meu corpo depois
de deixar minha cabeça sobre o travesseiro. — Pode voltar a dormir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
É a voz de Taehyung.
Agitado e sem saber que inferno ele veio fazer aqui a essa hora, eu joguei a
coberta para longe e tropecei no meu próprio pé quando levantei, mas
consegui caminhar com mais facilidade que antes até chegar na sala e ver a
porta escancarada, Taehyung caído no chão rindo como um louco e Jungkook
com uma expressão incomodada tentando levantá-lo.
— Vim te ver!
Eu senti meu sangue ferver todinho e me senti mais tonto quando, ao puxá-lo
novamente, dessa vez Taehyung se deixou ser levado e tentou beijar a boca
de Jungkook num movimento rápido, mas ele foi mais rápido em recuar.
— Eu já disse que vou chamar um táxi para você. — Ele disse, ignorando sua
declaração completamente embriagada. — Sente e espere.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Como da primeira vez, ele o impediu, mas sua paciência parece ter sido jogada
no lixo com essa segunda tentativa.
— Anjo, vá para o quarto, por favor. — Jungkook pediu, sem deixar sua
impaciência refletir no tom de voz usado comigo. — Ele só bebeu demais, já
vou mandá-lo embora.
— Eu também bebi demais e nem por isso tentei beijar o homem dos outros!
Eu ouvi um barulho irritado vindo do sofá e logo depois uma das almofadas
voou direto na minha cara.
Ok. Agora ele foi longe demais dizendo que o meu Jungkook é dele.
Cego pelo ódio e pelo álcool ainda circulando em meu corpo, eu virei minha
cabeça para trás e mordi o braço de Jungkook com força, até ouvir ele gemer,
assustado, e aproveitei sua distração para fugir de seu abraço, então catei a
almofada mais próxima antes de voar na direção de Taehyung, segurando-a
com as duas mãos para chocá-la vez atrás de vez contra esse safado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Mesmo que eu devolvesse, ele não vai querer me trocar por você, nem por
ninguém! — Eu disse, intercalando cada palavrinha aos meus ataques contra
seu corpo, até ele usar os braços para tentar cobrir o próprio rosto.
Ao lado, Jungkook passou as mãos pelo rosto umas três vezes, completamente
frustrado, desistindo de tentar intervir.
— Só bata com a almofada. — Ele disse, com o tom de voz derrotado, e virou
para caminhar até seu celular. — Eu vou chamar o táxi.
— Jimin, para, eu vou vomitar... — Taehyung gemeu depois de mais uns dez
segundos, e eu ainda bati mais duas vezes antes de deixar a almofada cair ao
lado do meu corpo, completamente ofegante,
— Deu mesmo!
— Eu queria uma! Eu queria tanto uma e ele nunca me deu e agora você tem o
que eu sempre quis! — Taehyung esticou o pé, tentando me chutar, mas nem
raspou perto.
Eu ofeguei, ultrajado.
Eu bufei, irritado, e caminhei meio desajeitado até a cozinha, depois voltei com
um copo cheio de água e entreguei a ele.
— Eu vou junto. — Respondi, passando para o lado de fora antes que ele me
impedisse, e logo apertei o botão do elevador.
Não quero nem saber se eu só estou vestindo uma cueca e uma blusa sua.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você fica, Jimin. — Jungkook disse, reticente.
— Me obrigue!
— Você vai ser punido pra caralho — Taehyung avisou, cambaleando para fora
do apartamento também, e eu só balancei meus ombros, com os braços
cruzados.
Taehyung olhou para nós dois com os olhos bêbados e só bufou, irritado, antes
de se sentar no banco de trás. Nem pediu desculpas, o desgraçado.
Estando só nós dois, ele virou lentamente seu rosto em minha direção e seus
olhos escuros me avaliaram em silêncio. me fazendo estremecer ainda mais,
até que, ainda sem dizer nada, ele começou a caminhar em direção ao prédio.
Eu o segui uns dois passos atrás, meio acuado, e não ouvi nem um a seu até
chegarmos ao apartamento.
De volta ao quarto, eu parei ainda de pé, olhando-o com uma ansiedade mal
contida.
Jungkook respirou fundo e puxou a coberta do meu lado da cama, numa clara
ordem para que eu me deitasse. Sem a ameaça de Taehyung por perto, eu me
percebo obediente outra vez e logo faço o que ele quer, meio nervoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não fico nervoso por estar com medo de Jungkook ou de suas punições,
porque sei que ele não vai fazer nada que eu não queira, mas porque eu
realmente não gosto de agir como agi instantes antes.
— Então descanse bem, anjo. — Jungkook completou. — Amanhã o dia vai ser
longo para você.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
oi, tudo bem?
acho que a maioria viu que sub sumiu do wattpad e depois voltou, por isso
vocês receberam um monte de notificação, eu já expliquei os motivos lá no
twitter, mas quem não viu não precisa ir lá olhar, basta saberem que sub vai
ser continuada sim
de qualquer forma, quero lembrar aqui o que disse lá: escrever sub me faz
bem, por isso não vou parar, mas certas coisas aqui estavam me fazendo mal
como vocês bem sabem, então eu vou me afastar um pouco por um tempo, por
isso ainda vou demorar pra responder todas as mensagens que vocês me
mandaram, ok? me desculpem por isso, mas preciso fazer isso por mim até
colocar a cabeça no lugar ou sou capaz de surtar de novo ): (mas as atts
seguem normalmente, não se preocupem
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
31 • Amenability
Eu tenho certeza absoluta de que essa foi a primeira vez que Jungkook não me
abraçou para dormir, e a sensação é estranha.
Eu puxei o edredom até cobrir meu nariz quando ele caminhou pelo cômodo,
me olhando em silêncio, até parar diante de seu armário.
Jungkook ficou de costas para mim por um breve momento, tirando uma blusa
social de um dos cabides, e virou para mim outra vez quando quebrou a
distância até a cama, deixando-a cuidadosamente sobre o colchão.
Meus olhos se atentaram à sua expressão, depois correram, teimosos, até seu
peitoral úmido, e eu engoli com alguma dificuldade quando vi a tatuagem
parecendo ainda mais atraente sob as gotículas de água escorrendo por sua
pele.
Por último, toda minha atenção recaiu na marca da mordida em seu braço,
como um hematoma suave.
Merda. Meu arrependimento por isso não é nem por saber que vou ser punido,
e sim porque só agora eu percebo que o mordi com força demais, já que
estava muito bêbado para controlar a pressão da mordida.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Levante e se arrume. — Ele disse, voltando ao armário. — Você vai para o
escritório comigo.
Nem um "bom dia", ou um anjo" foram ditos para amenizar a ordem, como ele
sempre faz.
— Sim, senhor. — Ele lembrou, dessa vez me olhando por cima do ombro em
tom de aviso. — Hoje eu não vou tolerar nenhum desrespeito, então fale direito
comigo.
Eu não sei se é pela lembrança atrelada a essa expressão, mas repeti-la agora
sob seu olhar duro e ameaçador me deixa um pouco excitado, os deuses que
me perdoem por ser tão fácil.
De qualquer forma, eu posso me preocupar com isso quando voltar para Nam-
gu, e por enquanto só me apresso em terminar de me arrumar. Com a roupa
vestida, então, eu fui até a cozinha e separei duas porções da comida que
Seokjin deixou na geladeira para comermos depois que Jungkook fizer seu
exame de sangue, já que ele não deve comer nada antes.
Quando voltei para o quarto, ele tinha separado um sobretudo seu e estava
colocando um casaco e um cachecol na mochila que eu emprestei tempos
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
atrás e nunca foi devolvida, e depois eu o acompanhei, vendo que ele arrumou
uma nécessaire com nossas escovas de dente, guardando-a ali também antes
de me entregar a bolsa.
Entretanto, no fim, ele somente pressionou meu queixo antes de afastar sua
mão de mim.
Por isso, eu estou determinado a ser o melhor submisso do mundo hoje, e sou
rápido em segui-lo para fora do apartamento quando ele me chama. Primeiro,
então, nós fomos diretamente ao laboratório para recolher as amostras de
sangue para seu exame, e eu me preocupei quando o vi um pouco pálido
depois do exame, mesmo sabendo que não é raro a pressão cair nessa
situação.
— Sem doces hoje. — Ele avisou baixo, me olhando pelo cantos dos olhos
antes de seguir caminhando até a sala.
Ele manteve uma mão no bolso de sua calça social e a outra ao lado do seu
quadril, relaxadamente. É óbvio, então, que nenhuma segurando a minha.
Sozinhos nós dois do lado de dentro de sua sala, com a porta fechada,
Jungkook moveu os braços para tirar seu terno, colocando-o cuidadosamente
sobre o encosto de uma das poltronas junto ao seu sobretudo. Depois, ele
desabotoou os dois primeiros botões de sua blusa e eu pisquei, parado no
mesmo lugar, sentindo seu olhar sobre mim a cada segundo.
Sem pensar em fazer birra, eu puxei o telefone para fora do bolso e entreguei
diretamente em sua mão estendida.
— Ele vai ficar comigo. — Jungkook explicou, com a voz comedida. — Você
pode aproveitar esse tempo para pensar em como agiu com seu dominador
ontem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu quis choramingar e fazer manha, talvez bater os pés no chão, mas somente
assenti, resignado.
Conformado, então, eu fui até o sofazinho da sua sala e me sentei sobre ele,
vendo-o deixar minha mochila junto ao seu terno e sobretudo e meu celular ao
lado do seu, em sua mesa de trabalho.
No fundo, eu sei que Jungkook não está com raiva de verdade, porque ele
nunca me pune quando está irritado, e é essa certeza que sequer me deixa
ficar triste com esse castigo, sabendo que é apenas a construção de um
cenário para nossa relação de dominador e submisso malcriado.
Por outro lado, entretanto, eu estou acostumado a ser muito mimado por ele,
então também não consigo conter uma pontinha birrenta que clama por pelo
menos um apelido carinhoso.
Eu nem tenho nada contra meu nome, mas odeio quando é Jungkook quem me
chama por Jimin.
Mas nem sou doido de falar isso em voz alta agora. Talvez eu diga, bem
manhoso, quando a punição acabar.
E tudo bem, eu penso em mais mil coisas que posso dizer a ele depois,
também penso em tudo que vou precisar contar para Yukwon quando voltar
para Nam-gu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele definitivamente precisa saber como eu destrocei Kim Taehyung com uma
almofada!
Sem meu celular para me entreter, minha mente foi longe pensando em
diversas formas de contar essa história e deixá-la ainda mais emocionante, e
eu precisei segurar o riso quando lembrei de toda a briga.
Eu paguei o equivalente a dois dólares num aplicativo da play store com toques
engraçados e faço bom uso dessa aquisição.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu vi o osso do maxilar de Jungkook travar por um instante e, meu deus, ele
fica tão gostoso assim.
— Eu não vou ler suas conversas. — Ele disse, então, reticente. — Venha
colocar seu celular no silencioso.
De qualquer forma, eu não daria a ele o poder de me afastar dos meus amigos,
então caso tentasse algo assim, nós certamente entraríamos em conflito.
Merda. Acho que eu não vou ganhar beijinhos e mimos tão cedo.
— Esse tal Min Yoongi sabe que você já tem um dominador? — Ele perguntou,
ainda apertando minha nádega.
— Pois diga agora. — Ele ordenou, então, e eu acho que quase deixei escapar
um gemido quando ganhei mais um tapa por demorar a responder
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Invariavelmente, eu vi sua última mensagem, mas nem dei bola para ela antes
de digitar o que me foi ordenado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Pelo resto da manhã, o cenário não mudou muito. Eu continuei sentado,
entediado e carente, fantasiando com cenários impossíveis e vez ou outra
olhando para Jungkook
Eu acabei rindo sozinho com esse pensamento quando ele fechou o notebook
e arrumou a papelada sobre sua mesa, de forma metódica, até voltar a fechar
os botões abertos de sua camisa. Depois, ele vestiu novamente seu terno,
ajustando-o em seu corpo bonito, e eu quase babei porque ele fica irresistível
nessas roupas.
Mas é claro que eu prefiro quando ele não está vestindo nada.
Entretanto, Jungkook olhou para minha mão estendida, depois seu pomo de
adão se moveu de forma tensa quando ele pareceu engolir em seco, e então
ele fechou os olhos por um instante antes de virar o rosto e sair da sala sem
aceitar meu pedido carente de andarmos com as mãos juntas.
Eu murchei todo e nem levantei o rosto quando o segui até o elevador e depois
por todo o caminho até o refeitório da Bangtan, sem esquecer de suspirar
tristemente umas três vezes para tentar comovê-lo, mas nem adiantou.
Poxa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu quero. carinho!
Infelizmente, minha carência aflorada teve que sair do foco quando finalmente
chegamos ao salão do refeitório para os funcionários e eu vi o chão polido, a
iluminação artificial auxiliada pela iluminação natural que vem das grandes
janelas de vidro, as mesas brancas com cadeiras verdes organizadas de forma
matricial e o grande balcão no canto direito, ao longo do qual, numa fila, todos
se servem.
Mas acho que, no fundo, o que chama mais atenção é o fato de uma pessoa
assim estar acompanhando Jeon Jungkook, o poderoso chefão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por último, ele saiu da fila sem dizer qualquer coisa e eu o segui com um
sorriso tão grande que quase parei de enxergar, com os olhinhos
completamente fechados,
Ele me olhou pelo canto dos olhos e eu percebi o sorriso que tentou esconder
ao me ver tão feliz, o que me deixou ainda mais alegre, porque meu Jungkook
realmente não resiste a mim.
Quase saltitando enquanto o sigo, então, ele finalmente escolheu uma mesa já
ocupada para se acomodar, e eu me surpreendi brevemente ao ver que um
dos dois homens sentados é o destruidor de frigobar.
— Ah, então o general tem um coração, afinal? — Ele brincou, depois estendeu
a mão para mim. — Oi, Jimin. Eu sou Jung Hoseok do setor de marketing.
— Você não tem noção nenhuma por fazer algo assim. Quem falou a seguir foi
Namjoon, mas olhando para Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Só então eu percebi que sequer comecei a comer, e então levei a primeira
porção à boca, desconcertado pela óbvia desaprovação do destruidor de
frigobar.
— Ele está um pouco estressado porque as roupas dele estão cheias de pelo
de gato. — Hoseok tentou aliviar a tensão e enfiou um pedaço de frango na
boca, gesticulando desleixadamente antes de completar, com as bochechas
estufadas: — Não liga pra ele.
— Ele encontrou o filhote na rua, ficou com pena e levou pra casa. — Hoseok
explicou, apertando a bochecha de Namjoon. — Não é um docinho?
O cara do marketing começou a falar mais alguma coisa, mas antes que me
atentasse a isso, minha mente entrou em colapso quando Jungkook apoiou sua
mão sobre minha coxa discretamente, sem que qualquer um dos outros dois
percebesse seu movimento.
Eu o olhei, surpreso por seu toque repentino, e fiquei ainda mais confuso
quando o vi com a mesma feição quase indiferente enquanto usa a outra mão
para continuar segurando seus hashis.
Eu sorri inocente ao acreditar que ele finalmente decidiu me dar o carinho que
tanto me foi negado, até vitorioso me senti. Mas essa sensação durou muito
pouco, porque logo depois ele deslizou sua palma em direção à minha virilha e
apertou a parte interna da minha coxa, e então eu percebi a provocação
explícita em seu toque.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não é carinho, é só mais uma parte da minha punição.
Sempre que mereço, sim, mas Hoseok e Namjoon não precisam saber que
nosso relacionamento envolve um punhado de dominação e submissão e mais
um tanto de disciplina, então apenas concordo com sua afirmação,
engasgando novamente quando ele apertou meu pênis ainda mais.
Fofo? Ele está quase arrancando minha pimentinha por baixo da mesa, seu
tonto.
— Você está bem? — Alguém perguntou, e honestamente não sei quem foi,
tampouco me importa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu abri os olhos imediatamente, envergonhado, e vi os olhos de Namjoon e
Hoseok arregalados, enquanto Jungkook sequer se esforçou para conter um
sorriso obliquo, satisfeito.
— Jungkook, eu acho que ele não está bem. — Dessa vez eu sei que foi
Namjoon quem falou, dividido entre preocupação e suspeita.
Hoseok riu sem muito jeito e Namjoon pigarreou antes de ficar de pé com sua
bandeja já vazia.
Eu até tentei sorrir, mas é difícil fazer isso quando eu tenho uma ereção
inconveniente no meio das pernas e a certeza de que meus gemidos foram
ouvidos.
Não menos importante, ainda que gere alguma frustração, toda essa punição
também é prazerosa para mim porque eu sinto prazer em ver meu dominador
se impondo e assumindo, a rédeas curtas, o controle que eu o deixo ter.
Ele deixou um sorriso pequeno dar as caras e eu sorri também, lembrando que
por trás de toda essa encenação ainda somos exatamente os mesmos,
completamente apaixonados um pelo outro.
Por uma parte da tarde, então, o ritmo da manhã se repetiu e eu aceitei bem
meu castigo de ficar sentado no sofá sem qualquer distração, mas em algum
momento eu comecei a ficar muito entediado e, consequentemente, logo ficaria
irritado também, mas toda minha confiança no cuidado de Jungkook se
mostrou coerente quando eu percebi que ele me lançava olhadelas atenciosas
e esporádicas e, quando percebeu que o ócio dessa punição logo me deixaria
mal, ele me devolveu meu celular.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tê-lo de volta em mãos logo reverteu meu humor e então eu respondi todas as
mensagens de Yukwon, também conversei um pouco com Jeonghan e depois
passei o restante do tempo jogando e vendo vídeos.
— Vista o casaco que coloquei na sua mochila. — Ele ordenou, então, quando
vestiu seu sobretudo de lã preta.. — Nós vamos passar em um lugar antes de
voltarmos para casa.
— Pra onde a gente vai? — Questionei, curioso, vestindo o agasalho extra que,
por ser seu, engoliu completamente meus braços.
Eu apertei meus lábios, seguindo-o sem ter minha mão entrelaçada à sua. — O
que é?
Eu assenti, com a boca e nariz escondidos pelo tecido quentinho da peça de lã.
Quando descemos do carro e deixamos o aquecedor para trás, eu entendi
porque ele se preocupou em trazer agasalhos extras para mim. Nós
caminhamos por cerca de cinco minutos por uma viela somente para
pedestres, e eu certamente congelaria se não estivesse aquecido com todas
essas roupas,
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Quando finalmente paramos diante de uma construção de pedra, com um quê
medieval, de portas maciças e vermelhas, Jungkook utilizou o batedor de porta
metálico para anunciar nossa chegada.
Eu sei que dominatrix se refere a uma mulher que assume a posição como
dominadora no BDSM, mas eu ainda não sei o que é uma masmorra e isso faz
meu coração acelerar com o nervosismo.
— Domme Sera está à sua espera, senhor. — Ele disse ainda com a cabeça
baixa, dando espaço para que passemos para o lado de dentro.
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Eu arregalei os olhos, assustado. — Eu não quero ter uma sessão com ela!
— Eu não faria algo assim sem te consultar antes, Jimin. — Jungkook quase
me repreendeu por minha interpretação errônea.
Meus olhos então viajaram para o outro canto da sala de paredes de pedra,
onde uma mulher de cabelos pretos, lisos e longos está sentada sobre uma
poltrona com as pernas elegante cruzadas, usando saltos e vestindo uma calça
de couro e um corselet também de couro.
Sua aura é tão dominante que quando seus olhos pousam em mim, eu abaixo
a cabeça em reflexo exatamente como o outro submisso fez ao ver Jungkook,
embora meu movimento tenha sido muito mais afobado e agora eu sinta meu
rosto quente.
— Você está atrasado, Jeon. — Ela disse, então, com uma entonação firme,
mas naturalmente sensual e desafiadora. — Eu te disse para chegar às oito em
ponto.
— Eu não sou um de seus submissos para acatar suas ordens, Sera. — Ele
respondeu com o mesmo tom, quase como se um desafiasse o outro, e eu
tropecei quando Jungkook apoiou a mão na base da minha coluna, guiando-me
mais para perto da mulher. — Separou o que pedi?
Por último, ele posicionou uma caixa no centro da mesa antes de abri-la,
revelando um punhado de agulhas descartáveis.
— E as agulhas?
— São usadas para perfurar a pele. Agulhas desse calibre não causam dor se
aplicadas do jeito certo, mas podem causar sangramentos. O nome disso é
needle play.
— Tudo bem com os outros três? — Jungkook voltou a perguntar, e dessa vez
minha resposta foi positiva. — Está confortável para experimentar todos hoje?
— Sim, senhor.
Instantes depois, Jungkook pagou pelos objetos que decidimos levar para casa
e nós saímos da masmorra, caminhando todo o percurso de volta até o carro
antes de voltarmos para o apartamento.
Assim como durante todo o dia, eu acatei sua ordem como um bom submisso e
limpei o couro das algemas como Jungkook já tinha me ensinado, depois limpei
o anel e o vibrador acoplado a ele. Não nego que há algo de provocante na
forma como sou ordenado a fazer a limpeza dos objetos que serão utilizados
em minha própria punição, mas eu gosto.
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Quando Jungkook saiu do banho, foi então minha vez de me lavar, e eu me
preparei para o que quer que possa acontecer durante o restante da noite.
— Não precisa se vestir. — Ele avisou quando apertei o passo até minha mala.
Jungkook sorriu discreto com meu pedido, e eu sorri também quando ele me
segurou pela cintura, me puxando para sentar sobre suas pernas, com meu
corpo de frente para o seu.
— Não, senhor...
— Shh... — Sibilou, usando a outra mão para tocar em meu rosto, e então
pressionou seu polegar em meus lábios. — A partir de agora você só fala
quando eu mandar.
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Eu gemi baixo e fechei meus olhos quando ele puxou meus cabelos ainda
mais, deslizando a ponta do nariz por uma pequena faixa de pele exposta no
meu pescoço, logo abaixo da coleira, antes de me morder ali com força.
— Lembra que você fez isso comigo? — Ele perguntou, me forçando a deixar a
toalha cair antes de descer mais com sua boca e morder meu mamilo. —
Agora você vai pagar por ter me desrespeitado desse jeito, Jimin —
Completou, então, antes de mover nossos corpos com um movimento brusco,
me jogando de costas na cama.
— Você acha que vai ficar deitado enquanto eu faço todo o trabalho? — Ele
perguntou, também subindo na cama e posicionando seu corpo com a cabeça
sobre os travesseiros. — Fique de quatro sobre mim.
Eu respirei fundo, devagar, sentindo meu corpo inteiro responder ao seu tom
severo.
Tão nervoso quanto excitado, eu logo movi meu corpo da forma que ele
indicou, apoiando um joelho de cada lado de sua cabeça e meus cotovelos um
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de cada lado de seu quadril, com minha boca pairando sobre seu membro
ainda coberto pela calça.
Eu tremi quando ele subiu as mãos por minhas coxas até apertar minha bunda,
puxando as nádegas para os lados e me expondo completamente.
Não importa quanto tempo passe, isso sempre vai ser um pouco
constrangedor.
Entretanto, sobrou pouco espaço para pensar na vergonha quando ele puxou
meu quadril mais para baixo e passou a língua entre minhas nádegas
demoradamente antes de chupar a pele ao redor da minha entrada.
Eu quis gritar ao sentir minhas bolas sendo chupadas antes de receber uma
mordida leve, provocativa.
— É melhor começar a usar sua boca, amor — Ele avisou, usando o novo
apelido de forma quase ácida.
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Ele afastou seu dedo de minha entrada, substituindo-o por sua língua e
empurrando-a para dentro de mim apenas uma vez antes de dizer: — Sim?
Eu senti seu sorriso contra minha nádega quando ele a beijou ao mesmo
tempo em que começou a massagear minhas bolas.
— Então fode minha boca — Eu pedi, chupando sua glande outra vez antes de
completar, manhoso: — Por favor, senhor, fode com força...
Eu senti seu gemido rouco ricochetear contra minha bunda, e então ele dobrou
um pouco as pernas para ter mais sustento para impulsionar seu quadril, e eu
abri minha boca na mesma hora, envolvendo a cabeça inchada do seu membro
com meus lábios e recebendo-o bem quando ele estocou pela primeira vez.
Ainda com minha boca sendo fodida, eu suspirei deliciosamente pelo tom
áspero de suas palavras combinado à sua incapacidade de me rejeitar.
Jungkook sabe que eu estou manipulando-o para fazer do jeito que gosto, e se
deixa manipular mesmo assim.
— Você acha que está ganhando, não é? — Ele questionou, então, e eu gemi
violentamente com seu membro em minha boca quando ele me penetrou com
dois dedos cheios de saliva de uma vez. — Mas lembre que quem sempre
ganha sou eu, anjo.
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Instintivamente eu rebolei meu quadril em seus dedos e não foi de propósito
que eu raspei meus dentes em seu pênis quando movi minha cabeça,
colocando-o para fora para respirar, mas aconteceu.
— Chega de pegar leve com você. — Ele avisou, então, e eu gemi quando ele
enterrou seus dedos em meus cabelos e me puxou, me fazendo engatinhar até
ficar mais próximo da beirada da cama, com a cabeça para o lado de fora.
Eu esperei, ansioso, até vê-lo puxar as algemas de couro antes de dar a volta e
parar de pé atrás de mim. Ainda me deixando de quatro, ele puxou meu braços
por baixo do meu corpo, até meus pulsos ficarem entre minhas pernas
apoiadas no colchão pelos joelhos. Sem meus cotovelos para apoiarem a parte
superior do meu corpo, eu me sustentei com a bochecha apoiada na cama e o
quadril empinado no ar.
É a primeira vez que eu fico imobilizado dessa forma, e estou ansioso para ver
o que vai acontecer daqui para a frente, porque ainda faltam dois brinquedos,
mas Jungkook não parece esquecer deles e eu vejo precariamente quando ele
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lambuza o anel peniano com lubrificante antes de deslizá-lo por meu membro
até a base, prendendo também minhas bolas.
Só então ele voltou a dar a volta até parar em minha frente, com o controle do
vibrador em mãos, e eu movi meu quadril tentando aliviar a sensação
enlouquecedora de tantas coisas combinadas de uma só vez.
Minha única resposta foi um gemido sem força, e eu ofeguei quando ele me
segurou pelos cabelos outra vez, posicionando melhor minha cabeça.
— Você disse que quer que eu foda sua boca com força, não disse? — Ele
questionou, sem soltar o controle quando puxou seu pênis para fora da calça
outra vez, guiando-o até empurrar a glande contra meus lábios. — Então eu
vou te dar o que você quer, seu bratzinho.
Eu grunhi, irritado.
Por que todo mundo começou a me chamar assim? Eu não sou um brat, mas
que inferno!
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estocando contra minha boca enquanto minha próstata é diretamente
estimulada a cada vez que a cabecinha do vibrador gira.
Não demorou para uma lágrima escorrer e dessa vez não foi pelo reflexo da
ânsia ao sentir o membro de Jungkook chegando em minha garganta.
Quando eu achei que não poderia sentir mais que isso, Jungkook aumentou a
velocidade do vibrador e eu literalmente gritei com seu pênis em minha boca, o
que me fez engasgar como um tuberculoso e, consequentemente, fez
Jungkook afastar seu membro, sorrindo malicioso por me ver desse jeito,
completamente rendido, chorando e gritando de tanto tesão.
— Meu deus... — Eu gemi, sem força, quando meu corpo inteiro tremeu e
minha virilha se contraiu como se estivesse prestes a explodir.
— Você já quer gozar, anjo? — Ele perguntou, então, se divertindo com meu
estado miserável.
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— Você vai se comportar melhor, a partir de agora?
— Eu vou! Eu prometo!
Jungkook sorriu satisfeito e chupou meu lábio uma última vez antes de dar a
volta novamente. Primeiro eu senti o vibrador ser desligado, depois ele foi
retirado de dentro de mim, e por último eu senti o membro de Jungkook sendo
pressionado contra minha entrada quando se ajoelhou atrás de mim, apoiando
seus joelhos um de cada lado externo das minhas pernas imobilizadas.
Sem controle algum, eu empinei minha bunda ainda mais, empurrando-a para
trás e querendo senti-lo logo dentro de mim, e eu não entendo porque perceber
que Jungkook ainda está usando sua calça me tira o resto de sanidade que
ainda restava.
Quando ele segurou minha cintura com suas mãos grandes e firmes, eu
afundei meu rosto no colchão.
Entretanto, apesar do meu pedido feito quase às lágrimas, o que Jungkook fez
foi levar a mão ao meu pênis já tão sensível para começar a estimulá-lo ainda
mais, e eu choraminguei e gemi tão alto que é provável que o prédio inteiro
tenha escutado.
Agora som inteligível nenhum deixa meus lábios e eu somente sou capaz de
continuar chorando e gemendo como um louco.
Meu corpo já não tem mais força e meu desespero só parece aumentar quando
Jungkook começou a estocar mais rápido, mais forte, me levando à completa
insanidade.
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— Por favor! — Eu juntei todo o meu fôlego para implorar uma última vez
quando ele saiu de dentro de mim e gozou em minhas costas, derramando o
líquido viscoso e quente por minha pele completamente suada e sensível.
Só então ele levou a mão ao meu pênis e deslizou o anel para fora, e mais
nada precisou ser feito para que o gozo jorre para fora de mim enquanto meu
corpo inteiro treme num espasmo violento, porque nunca, nunca, nunca gozar
foi tão gostoso como agora.
Ele acabou rindo também e começou a tirar minhas algemas. Quando meu
corpo ficou livre, a única coisa que consegui fazer foi desabar no mesmo lugar,
completamente derrotado.
Quando Jungkook voltou, ele usou uma toalha úmida para limpar o gozo em
minhas costas e depois quase teve que me carregar nos braços para conseguir
tirar a colcha suja da cama para então me deitar de novo, dessa vez com a
cabeça apoiada nos travesseiros.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele riu e se deitou ao meu lado, me puxando para deitar abraçadinho com ele.
Eu lembro bem que quando ele citou esse tipo de punição, eu logo me mostrei
completamente contrário à ideia e por isso não pesquisei muito sobre, então
não tenho certeza.
— Sim, meu bem. — Respondeu, puxando minha perna para cima do seu
corpo.
— Mas você disse que não tinha interesse em punições assim... — Lembrei,
então, um pouco confuso.
— Eu realmente não tenho, porque sei como é difícil resistir a você. Não te dar
atenção é um sacrifício enorme, anjo. — Ele disse, deslizando as pontas dos
dedos por meu braço apoiado em seu abdômen, enquanto eu acaricio a pele
de seu peitoral marcada pela tatuagem
— Então por que você me puniu assim? — Questionei, ainda mais curioso.
— Porque parece que você teve a impressão errada quando eu expliquei sobre
punições psicológicas. — Ele confessou, sinceramente,
— Por mais que eu não tenha tanto interesse nelas, eu queria te mostrar que
não são ruins como parecem ser. Eu deveria ter conversado melhor com você
antes de te punir assim... me desculpe por isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tudo bem... — Eu disse, tranquilo. — Eu não fiquei triste porque sei que
você não tava bravo de verdade comigo, só fiquei meio carente... e nem foi tão
ruim assim. Quer dizer, você fica muito gostoso todo sério e mandão daquele
jeito.
— E tem mais uma coisa... — Retomei, porque sei que as conversas que
temos depois de uma prática ou punição é tão importante quanto as que temos
antes dela.- Por que você nunca me pune quando tá com raiva de verdade?
— Me diga você. — Rebateu, calmo. — O que você faz quando está com
raiva?
Ele fez mais uma pausa antes de prosseguir, sério, mas suave.
— O objetivo do BDSM é dar prazer, meu bem, tanto para o corpo quanto para
a mente.
Eu concordei silenciosamente, porque tudo isso faz sentido demais, mas então
arregalei meus olhos quando lembrei de algo tão importante quanto.
— Eu vou esquentar alguma coisa para nós dois. — Avisou, rolando com o
corpo para cima do meu, então me deu um beijo demorado e se levantou.
Sozinho no quarto, eu surrupiei uma blusa sua para cobrir meu corpo nu, e
então esperei ele voltar com nosso jantar servido numa bandeja.
Não pela primeira vez, nós comemos juntos na cama, trocamos beijos e
carinhos e ele disse que me ama e que eu sou o melhor submisso do mundo,
compensando toda a atenção que me foi negada ao longo do dia.
E tudo isso me faz pensar como eu fui bobo. Eu tive tanto medo que a volta de
Taehyung fragilizasse nossa relação, mas agora vejo que isso só nos
fortaleceu ainda mais.
É... talvez o universo precise se esforçar muito mais se quiser nos separar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
oi a ): vou logo me desculpando pelos erros e pela transição entre as cenas
que pode estar especialmente ruim nessa att ): mas espero que o capítulo no
geral esteja pelo menos ok
desculpa tb por AINDA não ter respondido todas as msgs, juro que to tentando,
mas são muitas mesmo. por favor, não achem que é desleixo ou má vontade,
tá?):
eu sei que muitos de vocês esperavam sexo do início ao fim, mas eu achei
importante aproveitar essa att pra esclarecer algumas coisas que repito aqui
pra não ter erro: 1) o relacionamento amoroso e monogâmico entre os jikook é
só uma das inúmeras possibilidades do bdsm; 2) punições psicológicas não
são ruins como o nome faz parecer; 3) é OBRIGAÇÃO do dominador saber
quando deve ou não punir um submisso, caso contrário isso pode gerar
consequências traumáticas e esse definitivamente não é o objetivo do bdsm.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
32 • Felix Culpa
Faz pouco tempo desde que me formei, então eu ainda lembro bem de como,
em algumas aulas, o tempo parecia não passar.
Uma hora dentro daquela sala parecia uma eternidade, como se os ponteiros
do relógio lutassem contra seu curso natural, retardando todo o processo.
Por que os ponteiros não param de correr quando estou com ele? Por que,
assim como faziam quando eu estava na escola, eles não giram mais devagar?
E sim, eu sei que dessa vez nosso reencontro não levará meses para
acontecer. Sei que vamos nos ver ainda nesse mês, talvez passar o natal
juntos se nossos planos derem certo, mas ainda assim... é difícil me despedir.
Talvez, no fundo, eu tenha medo de que não seja diferente. Talvez eu tenha
medo de passar mais que a metade de um ano inteiro sem vê-lo, sem tocá-lo,
sem sentir seu cheiro suave e gostoso quando dormimos juntos.
Ou, talvez, eu só não queira passar sequer uma semana sem isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Claro que a versão oferecida aos meus pais será censurada, e a versão
contada a Yukwon terá detalhes explícitos, mas essas são preocupações para
depois.
Eu movi um pouco o rosto quando ele desceu a mão até minha bochecha,
esfregando-a contra sua palma antes de virar um pouco mais e beijá-la.
— Não precisa se preocupar. Eu sou um bebê fofinho, mas sei me virar muito
bem.
— Mas você volta pra almoçar comigo, né? — Perguntei, ainda sentado sobre
a cama, com a mala aberta diante de mim.
— Volto, meu bem. — Respondeu, segurando meu rosto com as duas mãos
para me dar um beijo na testa. — Eu vou deixar a chave extra no móvel da
entrada. Lembre de levar com você, ela é sua agora.
Jungkook sorriu com minha pequena vitória e ainda me deu mais uns dois
beijos demorados antes de finalmente ir para a Bangtan. Como hoje ele tem
uma reunião no período da manhã, eu preferi ficar em casa, assim aproveito
para cozinhar mais algumas coisas e guardar no congelador, para que ele
coma ao longo da semana.
Eu sei que ele comeu bem nos últimos dias, mas também sei que foi porque eu
estava aqui para cuidar disso como um general, mas um general manhoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entretanto, agora que estou indo embora, não sei se ele vai preservar o hábito
ou se vai novamente ceder à exaustão do trabalho, como se nada mais
importasse.
Ele sabe que precisa diminuir o ritmo do trabalho e eu sei que está se
esforçando para superar essa necessidade nociva, mas ainda é difícil para ele
confiar que tudo vai ficar bem caso se dedique um pouco menos, Por isso,
depois de deixar minhas coisas organizadas, eu passei as horas seguintes na
cozinha, preparando e separando porções de comida já pronta para congelar,
além de preparar o último almoço que compartilharei com Jungkook antes da
minha volta para Nam-gu.
E eu vou sentir falta disso, até o nosso reencontro. Vou sentir falta de sentar no
seu colo, do seu carinho em minha barriga estufadinha depois que acabar de
comer, dos doces que ele compra só porque sabe que eu adoro e de todos os
outros pequenos detalhes da convivência com meu Jungkook.
— Seokjin me ligou e pediu desculpas por não poder vir se despedir de você.
Acho que ele ficou preso na editora — Jungkook disse quando, logo depois
do almoço, eu terminei de me arrumar e ele carregou minha mala para fora do
quarto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando chegamos na entrada do apartamento, eu peguei meus all stars no
móvel para sapatos, onde já tínhamos arrumado um espaço permanente para
os meus, e os calcei nos pés.
— Ele também me pediu seu número, então é provável que ele te mande mais
mensagens se lamentando sobre isso. — Concluiu, envolvendo minha mão
com seus dedos longos quando finalmente saímos.
Eu lembro de quando ele era tão bom em esconder seus sentimentos a ponto
de ser sempre uma incógnita para mim. Agora, eu não sei se ele desistiu de
tentar escondê-los de mim ou se eu que aprendi a lê-lo tão bem que não
consigo deixar passar esse reflexo cabisbaixo em seus olhos.
— Então... chegamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Resposta nenhuma veio quando ele puxou meu corpo, me fazendo sentar
sobre o seu antes de apoiar sua cabeça em meu ombro, me abraçando com
força.
— Fica mais um pouco, por favor — Ele pediu, então, sem levantar seu rosto.
Eu fechei meus olhos com ainda mais força, no limite antes de começar a
chorar.
— Você sabe que eu não me importo de pagar nada de que você precise
enquanto estiver aqui, anjo — Jungkook ainda insistiu, dessa vez afastando
seu rosto para poder me olhar.
— Eu sei. Mas você também sabe que eu não me sinto confortável com isso —
Insisti, acariciando suas bochechas para tentar aliviar o peso das palavras. —
Eu quero ter meu próprio dinheiro, Jungkook...
— Pelo menos lembre que eu vou pagar as passagens da próxima vez que
você vier. — Ele relembrou, então, quando voltou a me olhar, com suas mãos
fazendo um carinho suave em minha cintura.
— Assim eu posso vir mais rápido. — Repeti sua justificativa, antes de rir um
pouquinho. — Vai ser meu presente de natal. Eu lembro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu vou sentir sua falta. — Ele disse, junto a outro suspiro.
Eu dei mais um monte de beijos em seu rosto, sem precisar dizer que a
reciproca é dolorosamente verdadeira, porque ele sabe.
Eu sei que ele me ama e sei que ele também sofre com a saudade, então para
pensar em me deixar, mesmo fazendo questão de me ter por perto dessa
forma tão intensa, Jungkook deve ter acreditado do fundo do seu coração que
nossa relação não me faz bem.
Por isso, eu mostro meu melhor sorriso quando volto a segurar seu rosto,
dando um último selinho bem demorado em sua boca lindinha.
— Eu também vou sentir muita saudade, mas vou voltar bem rapidinho e a
gente vai dormir abraçado de novo, eu vou cozinhar muita coisa gostosa pra
você e a gente vai transar muitão também, você vai ver!
— Ei, não rouba minha mania de dizer meu deus pra qualquer coisa! — Eu dei
um soquinho em seu peito, mas bem fraco pra não machucar. — É minha!
— Tá.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu inflei minhas bochechas, inconformado. - Você tá me imitando!
— Claro que não estou, coisa linda, de onde você tirou isso?
Eu dei mais um soquinho em seu peitoral, mas acabei rindo quando ele
segurou meu pulso e me puxou de volta para dar um beijo em minha bochecha,
rindo também.
Aproveitador, eu virei meu rosto quando ele me deu mais um beijo no rosto, e
então acabou beijando minha boca.
— Então tudo bem, anjo. — Ele cedeu, enfim. — Me avise quando chegar em
Nam-gu.
Eu concordei, abraçando-o uma última vez antes de sair do seu colo e descer
do carro, tropeçando no meu próprio pé quando o fiz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
trem. Quando mostrei meu bilhete e entrei num dos vagões, eu ainda parei
uma última vez para olhar para trás e vi meu Jungkook ainda me olhando, no
mesmo lugar em que o deixei, com as mãos nos bolsos de sua calça e os olhos
escuros atentos a mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu acabei rindo alto no meio do vagão quando vi mais uma das pérolas do meu
namorado em sua saga de usar emojis, e passei a primeira hora e meia da
viagem conversando com Seokjin enquanto bombardeamos um ao outro com
ideias de como continuarmos cuidando do nosso precioso Jungkook.
E não que já não tivesse chegado a essa conclusão antes, mas eu gosto muito
mesmo de Seokjin.
Conversar com ele é divertido porque ele faz um monte de piada tão ruim que
chega a ser engraçado e também compartilha da minha preocupação por
Jungkook.
Ah, ele também gosta de mandar fotos, então logo o grupo ficou lotado de
imagens do seu escritório, do seu rosto e dos seus bichinhos de estimação
fofos.
Seokjin é incrível e eu fico muito feliz por Jungkook ter um amigo assim.
Eu estava com saudades também e especialmente mais sensível por ainda ter
a memória fresca do momento de Jungkook com seu pai, então os abracei
apertado, agradecido por poder tê-los ali saudáveis à minha espera.
— Não precisa agradecer por isso, príncipe. — Minha mãe disse ao virar para
mim, com o sorriso bonito e as ruguinhas discretas que o tempo fez aparecer
em seu rosto.
Eu sei que é algo completamente normal em nossa realidade. É claro que eles
vão me buscar depois de uma viagem e é claro que eles vão me buscar depois
de uma viagem e é claro que vão ouvir atentamente cada relato meu, e talvez
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
antes eu não fosse capaz de dar o devido valor a essas coisas, mas agora eu
realmente acredito que esses pequenos gestos merecem todo o
reconhecimento do mundo.
O sorriso de minha mãe se tornou ainda maior, mas antes que ela se
derretesse, meu pai me mirou com os olhos desconfiados e a testa franzida,
evidenciando sua calvície acentuada na parte frontal de sua cabeça.
— Você fez alguma besteira, não foi? — Ele perguntou, quase já conformado
com a possibilidade.
Só depois de garantir que não fiz nada de errado é que eu mandei uma
mensagem para Jungkook avisando que cheguei bem e outra no grupo das
winx, intimando-os para saírem comigo agora que estou de volta.
Durante o resto da semana, então, eu não me ocupei com muito além das
coisas no hotel, trabalhando desde a manhã até a noite com os meus serviços
de faz tudo, desde a limpeza dos quartos até atividades da pequena
administração
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E honestamente, mesmo que receba por isso, é um saco.
— Não precisa fazer teste, não, de cara eu já sei sua vocação: — Kihyun disse,
com o inconfundível tom provocativo. - Ser chato.
Ele me mostrou o dedo do meio depois de se certificar que meus pais não
estavam por perto e eu revirei os olhos. Tem vinte e sete anos, mas age como
um adolescente.
Antes de podermos dar início a mais uma troca de farpas diante do desespero
de Jeonghan em querer que eu e seu quase-namorado-ou-qualquer-coisa-
assim nos demos bem, entretanto, a campainha tocou e eu levantei do sofá
num pulo só, sabendo que finalmente é Yukwon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não faz tanto tempo, mas parece que eu os encontrei pela última vez há uma
eternidade.
— Como você tá, Chim? — Ele perguntou, então, quando eu o puxei para
dentro depois de esperar que tirasse os sapatos, e ele pareceu curioso ao olhar
para o meu pescoço. — O que é essa marquinha aqui?
Eu coloquei a mão sobre a marca a qual ele se referiu, ciente do que ele está
falando, e ri sem graça.
— Yukwon também vive deixando essas coisas em mim. Ele confessou, ainda
rindo.
Eu apertei meus lábios para conter um sorriso malicioso quando nos juntamos
aos outros três e nos sentamos no chão, ao redor da mesa de centro.
Eu, por outro lado, acabei rindo sozinho e então os outros quatro olharam para
mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— To rindo de você. — Eu expliquei, depois apontei para Yuta. — Você sempre
se afirmou o mais gay da galáxia, mas agora namora um bucetão. — Mais uma
risadinha escapou, meio infantil. — Seu hétero!
— Não teve tanto sexo quanto você tá achando, mas aconteceu um negócio
muito louco. — Eu anunciei e me inclinei sobre a mesinha de centro, prestes a
contar a maior aventura da minha vida. — Eu desci o cacete em um cara!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu vi os olhos de Kihyun se comprimindo, surpresos, mas a primeira reação
audível foi a de Yuta.
Podia ter feito um estrago maior naquele desgraçado lindo, mas só dei umas
pancadas inofensivas com uma almofada.
— E isso me deixou muito inseguro porque ele estava dizendo que queria o
meu homem e eu não quero competir com aquilo tudo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nem pensa muito nisso, bebê — Foi Kihyun quem disse, relaxado. — Pela
parte do Jungkook eu sei que o relacionamento de vocês tá seguro, então não
seja você a pessoa a fazer merda.
— E você não está entendendo que a beleza dele não anula a sua. — Ele
insistiu, calminho. — Você é lindo demais e eu nem falo só da sua aparência.
Sua energia muito bonita, Jimin. É impossível não se apaixonar por você e eu
tenho certeza de que Jungkook é capaz de reconhecer a pessoa incrível que
está ao lado dele.
Eu quase ri, mas acabei sentindo o bom humor morrer no meio do caminho
quando olhei de relance para Kihyun e vi sua expressão fechada,
repentinamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Aproveita e pinta o meu também! — Pedi, aproveitando a oportunidade. —
De preto!
— Cansei do trabalho que ele dá, isso sim. Meu cabelo vive ressecado por
causa dessa bosta.
Yukwon deu de ombros, ao meu lado. O cabelo dele também é tingido de loiro
e vive parecendo uma palha até nos melhores dias, a diferença é que ele não
está nem aí.
— Quem nasceu pra ser Jeonta nunca vai ser Yukmin. — Yukwon cantarolou,
implicante, e eu bati minha palma contra a sua quando ele pediu por um high
five. — Jeonta. Nome feio do caralho.
Kihyun, por outro lado, continuou calado e com a expressão fechada, e isso
não mudou muito pelo tempo seguinte. Mesmo que ele tenha nos respondido
com a mesma entonação debochada de sempre a cada vez que pedimos sua
opinião, eu percebi que ele se esquivou das duas vezes que Jeonghan tentou
tocá-lo carinhosamente.
Já era fim de tarde quando nós pedimos delivery de uma lanchonete perto de
casa e comemos assistindo um programa realmente bobo na TV, e tê-los
comigo fez algo simples assim ser divertido.
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Quando terminamos de comer, eles me ajudaram a limpar as coisas, e eu fui
um pouco descuidado quando deixei Yukwon e Yuta limpando as migalhas no
chão da sala e fui até a cozinha para pegar uma folha de papel toalha, sem dar
a devida atenção ao fato de que Jeonghan e Kihyun estavam ali.
— Eu já disse que não quero falar sobre isso agora. — Foi o mais velho quem
disse secamente, enquanto ensaboava a louça suja.
— Então você fecha a cara pra mim do nada e ainda diz que não quer
conversar? — Jeonghan rebateu, parecendo irritado.
Eu sei que deveria sair daqui e dar a eles privacidade, mas somente me
encolho fora da visão deles e fico parado, um pouco tenso.
— Supera isso, Kihyun. Você é a única pessoa que ainda pensa nessa coisa
que aconteceu tanto tempo atrás. — Eu percebi a irritação crescente na voz de
meu amigo, e ele completou: — Se eu ainda sentisse alguma coisa pelo Jimin,
não estaria com você. Quantas vezes eu vou precisar dizer?
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— Como eu vou oficializar alguma coisa com uma pessoa de vinte e sete anos
que age como um adolescente imbecil? — Jeonghan retrucou, impaciente. —
Entende logo que a única coisa que me impede de aceitar fazer isso é esse
seu ciúme idiota, não o Jimin!
— Não tem problema, nós também não escolhemos um lugar muito discreto
para discutir.
— Mesmo assim... e me desculpa também por ter causado essa briga toda...
— A causa da briga foi o ciúme dele. Fica tranquilo, ok? Se Kihyun não
consegue aceitar que nós somos amigos, isso não vai dar certo de qualquer
jeito.
Eu ainda pensei em dizer mais algo, mas desisti por perceber a seriedade por
trás do seu tom de voz manso, deixando claro que ele não quer seguir em
frente nesse assunto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu diria que é quase impossível tirar a calma de Jeonghan. De verdade
mesmo, e olha que eu já tentei bastante como o amigo pentelho que sou, só
para descobrir o limite de sua paciência.
E ele realmente valoriza seu estado de espírito assim, tranquilo, então qualquer
intervenção negativa em seu humor não é bem recebida por ele. O ciúme de
Kihyun decididamente se encaixa nessa classificação, então não me
surpreende sua pouca determinação em pensar demais nisso.
— Eu adoro o Jungkook só por ele te fazer sorrir assim. — Ele disse, ainda
risonho, e eu dei mais um pulinho antes de correr até a sala.
— Oi, meu bem. — Ele respondeu do outro lado, e apertou um sorriso ao ver
meus amigos também. — E oi, clube das... como é o nome mesmo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, sim. Jimin pode assistir, se quiser, mas só assistir. — Jungkook disse,
meio divertido, e é engraçado porque o tom brincalhão dele sempre parece
sério demais.
Ele é tão desajeitadinho para algumas coisas, meu deus, e eu me derreto todo
com isso.
— Não fala assim do meu Jungkook! — Condenei, girando minha mão para
trás até empurrá-lo pelo rosto, e ele empurrou minha cabeça em resposta. —
Você que não entende o humor dele!
— Meu sonho é assistir uma foda de vocês dois. — Yukwon disse, colando
sua bochecha à minha de novo. — Quando é que vai rolar?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Yuta revirou os olhos e Jeonghan riu, puxando nosso amigo tarado pela gola
da blusa para longe de mim.
— Eu preciso ir agora, anjo. Ele então avisou, olhando para mim. — Vou visitar
meu pai antes que fique muito tarde.
— Tá bom. Diz pra ele que eu tô sempre mandando boas energias! — Pedi,
agitando minha mão livre diante da câmera. — Amo você!
— Eu quero assistir!
— Pronto, agora ele não esquece essa história tão cedo... — Jeonghan
suspirou atrás de nós.
E, é, ele estava certo. Pelo resto do nosso final de semana juntos, Yukwon
basicamente só falou sobre nossa nova decisão de pintar o cabelo e sobre
Jungkook e eu transando.
Jeonghan então veio no fim de semana seguinte outra vez, não falou muito
sobre Kihyun, e instalou um tipo de programa que permite o acesso em tempo
real aos arquivos da administração do hotel, a partir de qualquer computador,
desde que o usuário tenha a senha, como uma rede intranet.
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Honestamente, é muito bom ter alguém que estuda computação no meu
restrito ciclo de amigos.
Yukwon gostou tanto do resultado que disse que eu deveria ter voltado para o
preto muito tempo atrás. Eu não discordo, porque estou mesmo me sentindo
mais bonito.
Eu ri sozinho com meu questionamento, porque no fundo sei que ele vai gostar,
sim, e eu estou ansioso para ouvir seus elogios e ver sua reação ao me ver
com a nova cor de cabelo, porque eu decidi fazer surpresa.
— Você ficou tão lindo com o cabelo assim, príncipe — Minha mãe disse acho
que pela quarta vez desde que voltei para casa, e eu ri quando ela usou seu
celular para tirar uma foto minha, logo admirando-a. — Olha esse rostinho! Fui
eu que fiz!
— O corte ficou bom também. — Meu pai elogiou, um pouco mais contido,
enquanto jantamos juntos. — Yukwon realmente é bom nisso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jin...? — Eu o chamei, um pouco sem jeito, porque é a primeira vez que
ele me liga.
— Jimin, pelo amor de deus, me diz que você falou com o Jungkook hoje!
— O que? — Murmurei, confuso. — Não falo com ele desde sexta, acho que
ele está trabalhando demais de novo...
Em resposta, meu coração deu uma guinada tão violenta que chegou a
machucar, e eu quase deixei o celular escorregar de minha mão. Logo meus
pais me olharam, preocupados, mas eu só consegui focar meus olhos perdidos
num vazio à minha frente.
— O funeral foi hoje, mas Jungkook não apareceu e ele não atende ninguém!
A família toda dele está tentando falar com ele, mas ele não atende, e eu estou
aqui na porta do apartamento dele mas a chave extra sumiu e ele não me deixa
entrar!
— Merda! — Ele praguejou com a voz esganiçada, mas não parece ser por
descobrir que a chave está a mil quilômetros. — Jungkook, o que foi isso? —
Ele perguntou, então, e eu ouvi batidas fortes através da ligação. — Abre essa
porta, pelo amor de deus!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu ouvi um barulho estranho — Ele respondeu com a voz tão trêmula que
quase pude visualizar seu corpo tremendo também, e eu tenho certeza de que
ele está chorando agora. — Merda, merda, merda! Abre essa porcaria de
porta, Jungkook!
— Jin, por favor... — Foi a única coisa que eu consegui dizer antes de
soluçar, assustado.
Todo o meu corpo está tremendo como nunca e eu tenho certeza de que nunca
senti tanto medo assim, nem mesmo quando fui espancado pela pessoa que
chamei de amigo por anos.
— Eu vou dizer. Fica calmo, eu juro que vai ficar tudo bem. Eu já vou dar um
jeito de entrar e digo para ele te ligar, ok?
Incapaz de esperar, ainda sob a preocupação dos meus pais, a única coisa que
eu fiz foi discar o número de Jungkook que sei de cor. Mas ele não me atendeu
nem na primeira, nem seis ligações depois.
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— Filho, o que aconteceu? — Meu pai perguntou acho que pela décima vez,
talvez mais.
— Não mente pra mim. — Pedi, com o coração pulsando forte. — Ele disse
que ouviu um barulho estranho, o que aconteceu? Deixa ele entrar, por favor!
— Eu só quebrei uma garrafa. — Ele ignorou meu pedido ainda com a voz
desse jeito meio preguiçoso, e eu logo entendi a causa. — Foi sem querer.
— Não.
— Jimin, — Fui interrompido novamente, dessa vez por uma entonação mais
severa. — só me deixa em paz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu deixaria se você pelo menos estivesse sóbrio, mas agora eu tô com
medo do que você pode fazer! — Eu disse, assustado e um pouco magoado.
Do outro lado, eu não ouvi nada além da respiração ruidosa de Jungkook por
bastante tempo, até que ele finalmente pareceu suspirar de forma arrastada.
— Você quer que eu vá ficar com você? Ofereci, diante do seu tom
arrependido. — Se você quiser, eu vou pra Seul no próximo vôo disponível. Se
você preferir ficar sozinho, tudo bem, eu vou ficar preocupado, mas vou
entender... mas eu realmente quero estar com você agora, Jungkook.
— Não se preocupa comigo agora, por favor. Pelo menos dessa vez pensa no
que é melhor pra você, Jungkook... você quer que eu vá?
— ... quero. — Ele disse, e seu tom fraquejou antes que ele confessasse,
sofrido. — Eu quero tanto você aqui comigo agora, anjo...
Cada célula dos meus olhos pareceu entrar em combustão quando os senti
ardendo com a vontade explosiva de chorar diante do meu Jungkook tão frágil
assim.
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— Eu preciso ir pra Seul. — Avisei, mantendo os olhos na tela do notebook.
Assim que fiz login, eu abri uma página da internet e busquei os voos
disponíveis para Seul depois de ver que o próximo trem só parte em dois dias.
— Por que isso tão de repente? — Meu pai quem questionou, dessa vez.
Eu senti o desespero crescer quando percebi que talvez eles não me permitam
viajar sei lá por qual motivo, mas ela acabou por se aproximar e se sentar ao
meu lado, me abraçando pelo ombro antes de dar um beijo suave em minha
cabeça.
Eu me controlei esse tempo todo, eu juro, mas agora é impossível. Meus pais
são absolutamente os melhores desse mundo, eles se esforçam tanto para me
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
fazer feliz, e isso faz meu coração transbordar de vez, então logo começo a
chorar como um bebê, abraçando minha mãe e gesticulando todo atrapalhado
para que meu pai se aproxime e eu o abrace também.
A viagem inteira foi como uma tortura e meu coração continuou agitado,
ansioso por estar perto de Jungkook. Dessa vez, eu não infernizei os
comissários de bordo pedindo balas a cada cinco minutos, bem como não perdi
o juízo com nenhuma criança chorando ao longo do vôo.
Até porque, honestamente, o único bebê chorão dessa viagem fui eu.
— Jin! — O chamei, assustado por vê-lo aqui a essa hora, e soltei minha mala
para me agachar em sua frente, preocupado. — Você ficou aqui o tempo todo?
Ele levantou o rosto ao ouvir minha voz e me destruiu inteiro vê-lo com os
olhos vermelhos e inchados.
— Jungkook nunca fez isso antes. Eu o conheço desde pequeno e ele nunca
se isolou desse jeito, Jimin, eu fiquei preocupado...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu concordei com um movimento pequeno, entendendo dolorosamente bem
sua aflição. — Você pode descansar agora...
Ele passou as mãos pelo rosto, tentando se recompor, e acabou por concordar
logo antes de ficar de pé.
Eu não quero ter a falta de consideração de dizer para ele ir para casa, porque
honestamente prefiro deixá-lo entrar no apartamento de Jungkook, mas
também sei que se Jungkook não o deixou entrar até agora é porque realmente
não está pronto para isso, e nós precisamos respeitar a forma como ele está se
sentindo agora.
— Eu acho que Jungkook não quer que eu esteja por perto agora, mas eu fico
tranquilo já que você vai ficar com ele — Ele disse, esfregando uma mão contra
a outra. — Me avisa se precisarem de alguma coisa, qualquer coisa. Eu venho
a qualquer hora, tá?
Eu fiz um movimento fraco com a cabeça e nem pensei antes de dar um passo
em sua direção e abraçá-lo, porque Seokjin é uma pessoa incrível, mais bonito
por dentro do que é por fora.
Quando ele finalmente entrou no elevador, então, eu peguei a chave que levei
comigo para Nam-gu e abri a porta cuidadosamente, deixando a mala ao lado
da entrada quando vi o apartamento completamente escuro e silencioso, e
tateei a parede em busca do interruptor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
de seus dedos feridos, como se ele tivesse socado alguma coisa dura várias
vezes seguidas.
Incerto sobre acordá-lo ou não, eu acabei acariciando seu rosto antes de dar
um beijo leve em sua bochecha, decidindo deixá-lo dormir, e me afastei para
arrumar a bagunça no chão. Entretanto, quando eu peguei as três garrafas
ainda inteiras, eu ouvi um gemido baixo e sofrido.
— Jimin...
Pela primeira vez, ouvi-lo me chamar pelo nome não foi desconfortável, porque
me parece que, agora, ele está me chamando assim para ter certeza de que
sou eu quem estou aqui.
Foi difícil encaixar meu corpo junto ao seu, mas eu fiz o meu melhor para ficar
o mais próximo possível, imediatamente puxando sua cabeça contra meu peito
quando ele me abraçou com necessidade.
Pode parecer uma pergunta estúpida, mas eu quero que ele me responda
sinceramente. Eu não quero ouvi um estou bem falso, como ele sempre faz por
não querer me preocupar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Em resposta, Jungkook ficou calado, e eu o abracei também com as pernas
quando ele acabou por se encolher mais contra meu corpo, tentando não me
desesperar ao sentir suas lágrimas molhando meu ombro.
— Me desculpa... — Ele pediu, e eu fechei meus olhos com força quando senti
meu amor soluçar, indefeso. — Eu não consigo ficar bem agora...
— Eu não vou machucar você, Jimin. — Ele logo disse, entendendo mal
minha intenção.
— Eu sei que não vai. — Garanti, puxando-o pelos braços, e foi trabalhoso
deixá-lo sentado da forma que quero, de frente para mim, então eu peguei a
primeira almofada ao meu alcance e segurei em frente ao meu peito, como
Yukwon já fez por mim, sempre que precisei. — Pode bater aqui, até seu
corpo não aguentar mais.
— Se você precisa colocar todos os sentimentos ruins pra fora, então coloca.
— Eu disse, segurando a almofada com ainda mais firmeza. — Você não
precisa ter vergonha de me mostrar como tá se sentindo, Jungkook. Eu tô do
seu lado pra tudo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele negou outra vez, e eu fui mais incisivo quando usei uma mão para segurar
seu pulso, forçando-o a acertar o punho contra a superfície macia.
Meu coração dói, agora. Por que é tanta dor... eu consigo ver e sentir como o
homem que eu amo está sofrendo, e isso me machuca também.
Ao mesmo tempo, entretanto, eu o sinto mais leve e mais livre a cada golpe
desferido contra a almofada em minhas mãos. Jungkook está me mostrando
pela primeira vez tudo de ruim que está sentindo, e eu estou ajudando-o a se
livrar do peso de tudo isso.
O último soco veio depois de que ele já estava sem forças, respirando com
dificuldade e com suor escorrendo por sua testa, e eu deixei a almofada de
lado assim que percebi que ela não é mais necessária.
— Obrigado, anjo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sei que, por mais que eu sempre diga o contrário, Jungkook ainda sente
que toda a responsabilidade é sua. Que é ele quem tem que cuidar de mim e
que é ele quem nunca pode fraquejar. Mas ele pode, porque não importa se
sua natureza é de um dominador. Eu já aprendi que, acima de tudo, ele é
humano e não pode ter suas fraquezas negadas.
Eu vou cuidar do meu homem sempre que ele precisar, assim como prometi
que faria.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
oi gente, eu sobrevivi ao comeback (com ajuda de aparelhos), o atraso foi por
causa do wattpad mesmo): ALIAS VOCÊS VIRAM O JUNGKOOK DE
HARNESS??
hoje as notas vão ficar ENORMES, então vamos por partes respira fundo
e é claro que eu não posso deixar isso passar em branco, né?? por isso o
próximo capítulo vai ser narrado pelo JungKook. não em terceira pessoa, vai
ser pelo JungKook MESMO!!
mas eu realmente acho que isso não é suficiente, então vou deixar aqui um
espaço pra sugestões de vocês, o que vocês acham que deve complementar a
sub1Mparty?? eu analiso as ideias de vocês e na próxima att já devo trazer a
escolhida <3
quarto (gente tenham calma daqui a pouco acaba): sub tem um fc!!!! UM FC!!!
eu sou muito tabaroa e to gritando até hoje por isso aaa o perfil é esse:
FicSubmissive
quinto: postei fanfic nova!!! (por enquanto só tem os avisos, mas já vou fazer
logo o convite). O nome dela é Eros e vocês podem encontrar no meu perfil,
mas atenção: EROS É JIKOOK FLEX!! só vão lá se curtirem <3
sexto: (vocês já tão me xingando, né?) eu recebi muitas fanarts da última att
pra cá e como essa nota já tá IMENSA, não vou mostrar aqui no capítulo hoje,
mas a partir do próximo eu volto a trazer aquelas obras de arte, caso alguém
queira ver antes, tem uma thread fixada lá no meu tt com todas as fanarts
(quase todas, na verdade, to precisando att): grr). meu user é panthereve, e o
perfil é aberto, não precisam seguir pra poder ver a thread
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
33 • Taikatalvi
Dedicado a euroseole
JUNGKOOK
Honestamente, não posso dizer que foi uma surpresa. Pelo contrário, pois nos
últimos meses eu vi a decadência de seu estado evoluir tão ou mais rápido que
a queda de seus cabelos durante a quimioterapia.
Eu o vi deixar de ser o homem que nos meus tempos de criança era como uma
muralha indestrutível, para se tornar um corpo frágil, incapaz de se manter vivo
sem a intervenção de máquinas e medicamentos que combatiam o câncer na
mesma intensidade em que destruíam o resto de sua sanidade física e mental.
Pelas últimas semanas, não posso dizer que meu pai viveu, mesmo que o
monitor cardíaco mostrasse seus batimentos contínuos. Seu coração continuou
pulsando, mas tudo que ele sentiu foi dor e medo a cada cirurgia arriscada que
cortou e modificou seu corpo, prendendo sua consciência a esse mundo.
Pelas últimas semanas, meu pai não estava vivo. Ele foi apenas um boneco
torturado, revirado e recosturado para satisfazer nossa necessidade egoísta de
tê-lo por perto, centrados demais em nossa dor para sequer deixá-lo descansar
e se livrar da sua.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E enquanto uma pequena parte de mim se alivia por não precisar mais vê-lo
sofrendo, todo o restante sofre com sua ausência. Porque, no final, nós nunca
estamos prontos para dizer adeus a um herói.
Foi e ainda está sendo doloroso não poder cumprir meu dever para com meu
submisso.
Por outro lado, é intensamente reconfortante tê-lo aqui comigo agora, abrindo
mão de receber meus cuidados para cuidar de mim sem me cobrar que eu
fique bem antes do meu tempo, sem me cobrar que eu volte a ser o Jungkook
que, por esses dias, deixou de existir.
Por isso, para mim, ele é perfeito. Mesmo com sua teimosia e temperamento
impulsivo, Jimin é a pessoa a quem nunca vou me arrepender de me entregar
inteiramente.
— Bom dia, Jungkook — Eu ouvi sua voz mansa e cuidadosa quando acordei
nessa manhã depois de me mover sobre o colchão com algum desconforto,
mas logo relaxando ao sentir sua mão no topo da minha cabeça, me fazendo
um carinho suave. — Dormiu bem?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E não que essa mudança tenha me passado despercebida, mas até agora
elogio nenhum foi feito de minha parte sobre isso.
Mas ele está lindo, ainda mais do que já era. Na verdade, reconheço que se
hoje ou amanhã ele resolver voltar para o loiro, ou se talvez decidir que quer se
livrar de todo seu cabelo, minha constatação será a mesma porque eu vou
apoiar e me apaixonar por cada mudança que ele ache necessária ou
prazerosa.
Honestamente, existem muitas coisas as quais não consigo fazer com minha
mente nesse estado, inclusive, talvez principalmente, aquelas relacionadas ao
meu trabalho.
Por sorte, e eu sequer sei se posso utilizar esse termo na situação atual, tudo
isso veio a acontecer próximo ao recesso natalino, que é o único momento do
ano em que o ritmo dos negócios na Bangtan é refreado para que os
colaboradores tenham um pouco de descanso ao lado de suas famílias.
Não é um costume meu ceder à indisposição, mas dessa vez eu aceito sua
proposta com um único movimento breve e preguiçoso, porque sair da cama se
tornou uma tarefa que exige esforço demais.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tá bom. Pode descansar mais um pouquinho — Ele anunciou, apertando
seu corpo contra o meu antes de me dar um beijo na bochecha.
Eu sorri sem muita força, diferente do meu abraço que se tornou mais forte, e
Jimin resmungou envergonhado quando sua barriga fez um barulho discreto ao
ser pressionada.
— Dorme mais um pouco comigo.— Eu pedi, sem querer deixá-lo ir sequer até
o cômodo ao lado.
— Hm, é que... eu preciso... — Ele disse, sem jeito. — fazer xixi. É, xixi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então fica muito claro, para mim, que ele está arranjando desculpas para
esconder que vai defecar.
O que veio em resposta ao seu gesto aflito foi o mais próximo de um sorriso
real que eu consegui esboçar nos últimos dias, e até fiquei sem ar quando ele
deitou em cima de mim sem muito cuidado, com seus cabelos arrepiados
fazendo cocegas em meu pescoço.
Eu apoiei minha mão em sua cabeça, ainda com um sorriso frágil. Eu sinto que
o mundo se torna um lugar um pouco melhor toda vez que ele me chama
assim.
Eu neguei, deslizando minha mão pela base da sua coluna. — Claro que não,
anjo.
Pode ir fazer seu xixi e tomar seu banho, Confirmei, aceitando sua mentira
inocente. — eu vou dormir mais um pouco.
Enquanto ele me lança mais uma olhadela insegura, eu acabo por sorrir mais
um pouco. Ainda que minha natureza enquanto dominador faça meu ego ser
amaciado toda vez que Jimin me responde com um sim, senhor, assim como o
disciplinei a fazer sempre que a situação for propícia, eu sou completamente
apaixonado por seu jeito inocente de me responder com um tá ou um tá bom
em todas as outras vezes.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, sem nunca perceber como sua resposta que pode soar tão malcriada a
tantos outros dominadores na verdade me desmonta por inteiro, ele se arrasta
para fora da cama, pousando seus pézinhos nus no chão antes de usar as
mãos pequenas para repuxar a barra da minha camisa que cobre seu corpo,
arrumando-a.
Talvez essa seja mais uma afirmação óbvia, mas eu também amo esse hábito
que ele criou de sempre vestir minhas blusas dentro de casa.
E eu não precisei de muito esforço para isso, então logo voltei a ceder ao
cansaço da minha mente agitada, acordando nem sei quanto tempo depois
com algum barulho vindo da cozinha.
Me levou algum esforço para sair da cama e ir até o banheiro já vazio para
aliviar minha bexiga antes de caminhar até a sala onde, através do balcão, eu
vi Jimin com os cabelos molhados do banho recém tomado e vestindo
novamente uma blusa minha enquanto prepara nosso café da manhã.
Eu o ouço cantando baixinho alguma música que não conheço, mas também
não me importo em descobrir qual é. Porque, sinceramente, eu não preciso
reconhecê-la para admirar a cena de Jimin cantarolando distraidamente
enquanto prepara mais uma refeição para compartilharmos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Essa é a cena que eu gostaria de encontrar todos os dias ao acordar. Meu
Jimin distraído, fazendo qualquer coisa em um lugar que possa ser chamado
de nosso.
E mesmo sabendo que em algum momento ele precisará voltar para Nam-gu,
eu me permito apreciar sua presença aqui durante o tempo que nos for
disposto, enquanto desejo que esse tempo se estenda o máximo possível.
Quando sem querer deixei escapar mais um sorriso por isso, ele se virou para
pegar algo no balcão e acabou se assustando ao me notar, para logo depois se
aperceber do meu sorriso e por fim parecer desconfiado e envergonhado,
embora eu saiba que não é por ter sido pego cantando, já que isso aconteceu
tantas outras vezes e ele nunca se importou.
Eu estou carente.
— Hm... — Ele murmurou, virando o rosto para mim, e eu fico confuso ao ver
suas bochechas vermelhas. — Tá...
Eu confirmei, mas ainda o abracei por mais tempo e dei vários outros beijos em
seu pescoço e ombro, até finalmente conseguir me afastar
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sei que sou exageradamente carinhoso e as vezes me pergunto se Jimin
não se incomoda com todas essas minhas demonstrações de afeto.
Agora, entretanto, é outra coisa que parece incomodá-lo, e eu não sei bem o
que é. Jimin só parece envergonhado demais, suas bochechas estão
constantemente vermelhas e ele não parece ter a mesma facilidade de me
olhar nos olhos. Tudo isso se prolongando até enquanto comemos juntos.
— Não tô, não! — Respondeu, na defensiva. — Você lava a louça, eu vou pro
quarto! — Disparou, então, antes de fugir de mim rapidamente.
Tudo bem. Não que ficar com a responsabilidade de cuidar da louça suja seja
algo inédito para mim, porque eu sempre assumo essa tarefa já que não sou
grande contribuição para o ato de preparar as refeições. Entretanto, são muitas
coisas estranhas de uma só vez.
Jimin acabou de me dar uma ordem e xingou quando tropeçou em sua corrida
desesperada para longe de mim.
Depois, eu caminhei de volta até o quarto para pegar uma calça limpa para
levar ao banheiro e vestir depois do meu banho, porém parei ao encontrar a
porta entreaberta e, através da pequena fresta, vi Jimin encolhido na cama, de
costas para mim, com o telefone pressionado contra a orelha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
mas a justificativa chegou aos meus ouvidos antes que eu fizesse isso: — Eu
acho que Jungkook me ouviu fazendo cocô!
Depois da minha primeira reação de choque, tudo que me restou foi uma
vontade incontrolável de rir, como não senti por todo esse tempo.
— Não, deixa eu explicar. Eu tava com muita dor de barriga e achei que o
Jungkook tava dormindo enquanto eu tava no banheiro, daí eu soltei um pum
bem alto, mas agorinha eu tava fazendo o café e ele tava parado me olhando e
rindo! Yukwon, meu namoro vai acabar!
Eu me sinto péssimo por essa ser a minha primeira risada depois de uma
experiência tão dolorosa. Eu realmente me envergonho por estar rindo do meu
anjo, mas não consigo acreditar que todo seu desconforto durante nosso café
da manhã foi provocado por algo assim.
E por mais que agora eu esteja ainda mais impulsionado a ir até ele e dizer
como o amo e como ele é capaz de me fazer sorrir até quando não tem a
menor pretensão, eu me contenho porque sei que ele vai entrar em uma crise
irreversível se descobrir que ouvi sua conversa, então acabo por dar as costas
e entrar no banheiro de uma vez onde, trancado e sozinho, preciso cobrir
minha boca para não deixá-lo ouvir meu riso incontrolável.
Meu deus, eu amo tanto sua dualidade. Esse jeito como uma coisa pequena e
insignificante pode levá-lo ao extremo desespero, mas como ele também
consegue ser a pessoa mais forte do mundo diante de uma situação difícil.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E diante do espelho, eu vejo o reflexo ainda fragilizado do homem que foi
capaz de conquistar alguém tão maravilhoso como meu pequeno, e me sinto
um pouco melhor ao lembrar que esse homem sou eu.
Talvez levado pela pequena dose de otimismo que isso gerou em meio a um
tempo tão negativo, eu me senti impulsionado a cuidar de mim. Eu não quero
me forçar a estar bem quando claramente não posso me sentir assim por
inteiro, mas quero me estimular a ficar melhor a cada segundo, porque eu
quero ser como ele. Eu quero ser forte como meu Jimin consegue ser.
Depois então de fazer a barba, tarefa essa que foi assumida por Jimin durante
as duas últimas semanas, eu aparei também todos os outros pelos do corpo
que costumava manter sob um controle mais rígido, e tomei um banho
demorado com intuito nenhum além de relaxar.
E eu sei que talvez pareça exagero, mas eu sinto que, por isso, recuperei um
pouco do controle da minha própria vida.
Eu sei que ele não se incomodou de ter precisado fazer isso por mim durante
os últimos dias, mas acho que ele entende o significado que algo assim tem na
situação atual.
— Por que você está assim, meu bem? — Perguntei, então, mesmo que agora
saiba o motivo. — O que aconteceu?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin me olhou pelo canto dos olhos, depois se encolheu ainda mais,
desviando seu olhar para a frente.
— Anjo...
— Certo. — Eu juro que estou tentando não rir, mas é difícil. — Sobre o que?
— Eu sei que você me ouviu fazendo O... número dois... tá?! — Ele acusou,
inconformado. — Mas todo mundo faz cocô e Yukwon mandou dizer que você
é um idiota se quiser terminar comigo por causa disso! Pronto, falei.
— E você acha que eu sou um idiota? — Pressionei, usando toda minha força
para não me desmanchar completamente em um riso frouxo.
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— Você pode ficar só feliz, meu bem. — O tranquilizei, sentindo suas
mãozinhas se apoiando em meu peitoral nu quando sua cabeça foi empurrada
um pouco para trás com o último beijo que dei em seu rosto lindo. — Eu
também faço cocô, então não tem por que se envergonhar por isso.
Ele relaxou um pouco e mordeu o lábio antes de confessar, com uma risadinha
boba: — É engraçado ouvir você falando cocô.
— Eu prefiro o verbo defecar, mas não posso usar termos muito sérios para
falar com um bebê.
— Então você não vai mesmo me dar um pé na bunda porque agora sabe que
saem coisas por ela, né? — Questionou, mais confiante.
Quando eu fiz um gesto negativo, ele abriu um sorriso lindo e me deu mais um
beijo antes de deitar a cabeça no meu ombro.
Jimin provavelmente é a única pessoa que fica tão feliz depois de uma
conversa sobre fezes.
— Oi.
Eu passei a mão por sua cabeça, acariciando seus fios escuros, antes de dar
um beijo em sua testa.
— Me desculpe por não ter dito nada até agora, mas você ficou lindo com o
cabelo assim.
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O rosto de Jimin enquanto ele sorri é a obra de arte mais bonita que já tive a
honra de ver de perto.
Eu sorri, encantado por sua reação. É por isso que o mimo tanto. Não existe
nada mais prazeroso, para mim, que vê-lo feliz assim,
Ele apertou os lábios num sorriso contido, e acho que foi num reflexo que
acabou por beijar minha boca.
Isso não deveria ser estranho. Nós estamos juntos há anos e mesmo que antes
não fossemos afortunados em relação à frequência dos nossos encontros, já
trocamos incontáveis beijos. Entretanto, nos últimos dias, o contato entre
nossos corpos se limitou a carinhos despretensiosos, livres de qualquer desejo.
Eu não posso dizer que tenho uma lista exaustiva de pessoas com as quais me
relacionei sexualmente, porque nunca me senti muito impulsionado a me
envolver fisicamente se não existisse também algum mínimo envolvimento
emocional.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entretanto, já me envolvi vezes o suficiente para me considerar experiente,
mas Jimin faz toda minha experiência se reverter a um grande nada porque
estar com ele me faz sentir tudo como se fosse exatamente a primeira vez de
todas as primeiras vezes.
Logo depois, senti seus dedos pequenos correndo por minha pele até se
agarrarem aos meus ombros, e usei meu braço envolvendo sua cintura para
puxá-lo inteiramente para o meu colo, sem me atrever a separar nossas bocas.
— O que foi, meu bem? — Perguntei, movendo minha mão até posicionar
meu polegar entre nossos lábios, pressionando o seu inferior.
Eu sei que Jimin teve a prudência de avisar a Seokjin e a meu irmão que
cuidaria de mim durante esses dias, bem como os deixou saber que eu não
queria receber visitas e pediu que eles avisassem a todos os outros que
pudessem ter o súbito desejo de compartilhar o luto ao meu lado. Isso parece
ter funcionado durante todos os últimos dias, mas alguém claramente cansou
de esperar.
— Quer que eu veja quem é? — Ele perguntou, acuado, saindo de meu colo
para se sentar diretamente no sofá outra vez.
— Anjo, vá vestir uma calça. — Eu avisei para ele, ainda antes de abrir a
porta.
Eu suspirei, derrotado.
— Minha mãe
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Os olhos dele se arregalaram completamente e seu rosto perdeu a cor quando,
num pulo, colocou seu corpo de pé e correu até o quarto.
Sozinho, eu fecho meus olhos e respiro fundo por alguns segundos, tentando
me preparar para a inevitável dor de cabeça que estou prestes a sentir, e só
então abro a porta.
Do lado de fora, minha mãe me olha com suas orbes escuras, até um pouco
frívolas, o cabelo preto e longo preso num rabo de cavalo baixo, e uma pasta
classificadora pressionada contra seu peito.
— O que a senhora está fazendo aqui? Devolvo sua pergunta sem respondê-
la, cansado em antecipação.
Eu não vou dizer que minha mãe é uma pessoa ruim, mas ela pode ser
extremamente exaustiva e inconveniente em determinadas situações.
— Vim ver se meu filho estava vivo. Não posso? — Respondeu, direcionando
seus olhos para algum ponto apartamento adentro, e insistiu: — Com quem
você estava falando?
Sem cerimônia alguma, ela apenas deixou seus saltos na entrada antes de
caminhar até a sala, acomodando-se no sofá depois de deixar a pasta que
tinha em mãos sobre a mesa de centro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
aspectos negociais que não necessitem de intervenção advocatícia imediata,
então não deixa de ser suspeito tê-la aqui sob essa alegação.
— Oi, é... bom dia - Jimin cumprimentou, meio desajeitado, assim que os olhos
carregados de minha mãe pousaram nele, e eu tenho certeza de que o senti
estremecer quando ele parou ao meu lado e agarrou meu braço, escondendo-
se parcialmente atrás de mim.
Ao invés de respondê-lo, então, minha mãe olhou para mim com óbvia
reprovação no olhar. — Quem é esse, Jeon?
— Jimin. Eu sei que Junghyun já falou sobre ele para a senhora, então vou
poupar as explicações. — Eu disse, honestamente sem me importar com sua
aprovação ou falta dela, e me preocupei mais em acalmar meu Jimin. — Anjo,
essa é minha mãe, Jeon Seojeong.
— É um prazer conhecer—
— Sim, seu irmão falou sobre esse... menino. - Ela o interrompeu, rudemente.
— Espero que você não o esteja levando a sério, porque isso obviamente não
pode durar muito.
Mas, por fim, ele somente concordou, ainda curvando o corpo respeitosamente
para ela antes de se adiantar até o quarto.
— A senhora sempre foi difícil de lidar, mas não sabia que era mal educada
também. — Eu disse assim que ficamos sozinhos, me aproximando do sofá.
— Não precisava interrompe-lo daquela forma.
— E você não deveria perder tempo com relações que não vão te levar a lugar
algum. — Ela rebateu, abanando os papeis em minha direção mais uma vez.
— Eu sei que você sabe o que isso significa. — Ela disse, relaxadamente. —
Uma hora ou outra esse seu namoro vai ter que acabar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ela piscou demoradamente, do jeito que sempre antecede algum sermão que
eu nunca estou disposto a ouvir, tampouco a concordar.
— Você sabe que seu cargo como CEO não foi oficializado. Sua permanência
nessa posição depende dos acionistas e sua imagem com eles não é muito
positiva depois que você simplesmente resolveu que não queria honrar o
contrato de casamento com a Yoshikawa. — Ela apontou para os papeis que
acabei por deixar sobre a mesa de centro, já que ela não os aceitou de volta.
— Essas mulheres são herdeiras de companhias relevantes para a Bangtan.
Casar com uma delas é a melhor forma de provar ao conselho que você não é
um mimado brincando de dominar o mundo.
— Zelando pelo que eu e ele lutamos tanto para conquistar enquanto estava
vivo. Sim, é assim que eu ajo.
Ela suspirou, inclinando-se sobre a mesa para juntar todas as folhas, depois
guardando-as na classificadora e por fim deixando-a sobre a mesa de centro
quando ficou de pé.
Eu voltei a fechar meus olhos, com o corpo ainda mais curvado, sem acreditar
no que acabei de ouvir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é uma bruxa! — A voz aguda atravessou minha consciência e eu
olhei para trás, sobressaltado, encontrando Jimin parado no meio da sala com
as mãos pequenas apertadas em punho e o rosto todo vermelho.
Eu sei que os olhos de minha mãe quase saltaram das órbitas, porque os meus
também.
Não importa quanto amadureça, eu me conformo desde já que Jimin nunca vai
perder o péssimo hábito de ouvir as conversas alheias.
— Você mentiu pro Jungkook! Tem muita gente que confia nele, sim, sua
mentirosa! Eu confio, o Seokjin confia e... o Yukwon! E o Yuta, o Jeonghan, o
Kihyun e meus pais também!
— Isso é jeito de falar com uma pessoa mais velha, seu moleque? — Ela
acusou, quase perdendo a pose sempre superior.
Jimin se aproximou ainda mais e foi num reflexo que eu apoiei minha mão em
cima de todas as almofadas, sem saber o que ele pode fazer se pegar qualquer
uma delas.
— Isso é jeito de falar com uma pessoa que tá magoando meu Jungkook! —
Ele contrariou, furioso. — Ele já tá sofrendo porque perdeu o pai, então não
precisa de uma bruxa velha como você falando besteira pra ele!
Minha mãe olhou para mim, obviamente ofendida e surpresa. — É com esse
tipo de animal selvagem que você se relaciona, Jeon?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
na mesa de centro, correndo em direção à porta logo depois. — Isso é um
absurdo!
— Absurdo é alguém dizer coisas ruins pro Jungkook! — Ele rebateu, ainda
possesso. — Pode não parecer, mas ele é sensível, tá?!
— Sai logo! — Jimin gritou e eu honestamente não sei como minha mãe
consegue sentir medo dessa coisa fofa, mas ela obviamente se assustou,
dando um pequeno pulo em reflexo.
Depois, ela ainda me olhou numa última repreensão silenciosa, mas acabou
por sair do apartamento, deixando-me sozinho com um Jimin furioso.
Entretanto, assim que a porta se fechou, ele olhou para mim e sua expressão
metamorfoseou imediatamente, como se ele estivesse prestes a chorar.
— Não liga pra ela, tá? — Ele pediu, se lançando em minha direção e me
abraçando com força. — Ela é doida!
Talvez não seja prudente, mas eu acabei rindo e puxando-o de volta para o
meu colo, de onde nem deveria ter saído. Eu sinceramente não acredito que
perdi bons minutos que poderia gastar com ele para ouvir as barbáries de
minha mãe.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não sabia que meu bebê seria tão bom em me defender. — Confessei,
então, beijando-o na bochecha.
Eu sorri de novo, abraçando-o ainda mais. Santo deus, eu nunca vou conseguir
agradecer o suficiente ao universo por ter colocado essa coisa linda em minha
vida.
O rostinho dele voltou a ficar vermelho e ele apertou os lábios cheios, tentando
esconder um sorriso satisfeito.
— Que bom. Porque eu não ia deixar você casar com nenhuma delas — Ele
apontou para as folhas na mesa de centro, fazendo uma careta.
Dessa vez, fui eu quem arregalei meus olhos, só então percebendo o que falei
sem perceber.
Sim, Jimin não mora comigo. Em qualquer dia desses ele vai embora e logo
todo o ciclo de saudades vai ser retomado. Logo eu vou sentir a dor de me
despedir dele outra vez e logo vou deitar para dormir sem tê-lo ao meu lado e
vou acordar sem ver suas mãos pequenas coçando os olhinhos inchados de
sono.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Porra.
Eu não sei por que, por um instante, me deixei acreditar que seria ao contrário.
— Mas você sempre vai ficar na minha casa quando vier para Seul. — Eu
tentei justificar, talvez falhando em esconder o desapontamento ao lembrar de
algo que nem deveria ter sido esquecido. — Foi isso que eu quis dizer, meu
bem.
Eu não quero interpretar isso da forma errada. Eu sequer posso fazer isso.
Isso não quer dizer que dominadores não cometem deslizes, tampouco que
todos devem ser carinhosos como eu sou. Cada dom tem sua essência e ela
pode e deve ser reconhecida, porque o BDSM é sobre muito mais que prazer.
BDSM é sobre a liberdade de ser quem você é, pouco importa se seus
prazeres estão ligados a reservar práticas de humilhação ao seu parceiro, ou
se o que te satisfaz é tratar essa pessoa como um tesouro a ser protegido.
Desde que todas as partes envolvidas estejam previamente de acordo - bem
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
como tenham sanidade mental para validar esse consentimento - e desde que
o prazer seja uma via de mão dupla, não existem restrições.
Tudo isso sendo dito, retomo minha primeira afirmação sobre esse assunto:
um dominador é responsável por quem se submete a ele seja casualmente em
uma sessão ou em um relacionamento a longo prazo. Dessa forma, ainda que
nos seja reservado o direito de, como humanos, cometermos certos deslizes,
existem limites que devem ser respeitados, não importa o que.
Por isso, tão logo me descobri como mais uma parte do mundo fetichista, eu
acatei os meus deveres e isso me levou a uma longa jornada de estudos que
pouco se limitou às diversas práticas que me interessavam. Eu estudei sobre
linguagem corporal, me arrisquei a estudar sobre psicologia e me aprofundei
em questões sobre o comportamento humano. Tudo porque, desde o início, me
foi ensinado que um dominador não deve confiar unicamente nas noções de
limite de seu submisso. Por diversos fatores, como desejo de agradar ou
inexperiência, um sub pode se forçar a ir além do que seu corpo e mente
aguentam, e é dever do seu dom estar atento aos sinais do seu corpo para
saber identificar até onde ir mesmo que a safeword não seja dita.
Eu vejo sua chateação ao relembrarmos que não moramos juntos, mas não
consigo entender se é porque ele gostaria de mudar esse cenário ou se
porque, por outro lado, não se sente pronto para mudá-lo.
Se eu disser que quero tê-lo aqui comigo todos os dias, como será que ele
reagira?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jimin... — Eu o chamei, incerto, e logo os olhos castanhos pousaram
ansiosos em mim.
Ele se moveu sobre meu colo e eu suspirei ao perceber que não tenho
coragem de tentar descobrir.
Ele pareceu surpreso por um instante, mas logo seu rosto foi tomado pelo
sorriso que eu tanto amo e seus braços envolveram meu pescoço, deixando-o
mais próximo de mim.
Eu passei a mão por sua perna sem qualquer má intenção ao fazê-lo e fechei
os olhos ao receber outro beijo, sentindo Jimin se mover sobre meu colo,
colando seu peito ao meu.
Ele mantém uma mão em meus cabelos enquanto a outra logo alcança meu
ombro, onde nós dois já sabemos de cor que está minha tatuagem, e eu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
preciso conter um suspiro ao senti-lo arranhando-a cuidadosamente com suas
unhas curtas, ao passo em que retribuo seu gesto ao segurar seu quadril com
mais força e sugar seu lábio cheio entre meus dentes.
Quando eu deslizei meus dedos, subindo-os até sua cintura por baixo de sua
blusa, eu quase gemi ao sentir a pele macia sob meu toque, percebendo o
quanto sinto falta de tocá-lo assim.
Obediente como o bom submisso que é quando quer ser, Jimin não demorou a
se afastar um pouco e puxar a blusa para cima, retirando-a de seu corpo e
deixando-o mais exposto para mim.
Diante dessa imagem, eu segurei seu quadril e o afastei com cuidado, somente
para poder observá-lo melhor.
Ele diz que engordou nos últimos tempos e eu não posso discordar, porque as
mudanças são visíveis. Entretanto, não consigo entender como ele ainda não
consegue perceber que isso não diminui em nada toda a sua beleza.
A calça jeans que ele vestiu para poder aparecer diante de minha mãe é
apertada, assim como todas as suas outras calças, e o cós justo marca sua
cintura, fazendo a gordurinha ao redor de seu quadril sobressair. E, caralho, é
lindo.
Talvez Jimin não consiga entender agora, mas existem apenas duas coisas
que eu sinto ao ver seu corpo assim. Uma delas é uma sensação deliciosa de
admiração porque, honestamente, é adorável.
A outra é tesão.
Eu voltei a olhar para seu rosto, tentando não mostrar chateação. Eu sei que
ele está levando seu próprio ritmo para aceitar seu corpo do jeito que é, assim
como sei que essa pode ser uma batalha difícil de vencer. Então, mesmo que
sua aceitação não dependa de mim, eu sempre vou fazer o que estiver ao meu
alcance para ao menos ajudá-lo a perceber que não existe absolutamente nada
de errado em nada no seu corpo.
— É difícil não olhar para algo tão bonito, anjo. — Eu disse, finalmente,
puxando-o outra vez para aproximar nossos corpos.
Ele sorriu um pouco tímido, mas logo voltou a me beijar, talvez se sentindo
mais confortável assim.
Não diferente da minha situação atual, eu confirmei que Jimin está duro outra
vez assim que o toquei através do jeans justo, e ele repuxou meus cabelos e
me beijou com mais intensidade ao sentir minha mão sobre seu membro.
— Acho que é melhor a gente fazer por cima da roupa — Ele sugeriu,
respirando com dificuldade enquanto eu mantenho minha mão sobre seu pênis,
estimulando-o precariamente através do jeans.
— Você não quer? — Questionei com a respiração não muito mais calma que
a sua, usando a outra mão para subir até seu mamilo, estimulando-o com meu
polegar juntamente ao piercing.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin certamente não se preocupou em destruir o meu juízo ao fazer isso, mas
ainda hoje, tanto tempo depois, eu ainda fico louco ao vê-lo.
— Não é isso, é que... — Ele perdeu a voz, tombando a cabeça para a frente
e arranhando minha nuca quando eu massageei a aréola antes de repuxar seu
mamilo entre meus dedos.
— Ai, meu deusinho... — Ele choramingou, juntando nossas bocas outra vez,
mas somente para morder meu lábio quando voltou a mover seu quadril
também, e dessa vez fui eu quem falhei em conter um gemido.
— Eu te fiz uma pergunta, meu bem. — Relembrei, apertando seu pênis com
mais força ainda através de sua calça.
— É que eu não tô... sabe? Lisinho... — Ele disse, com a voz manhosa. — Eu
não me depilei...
Eu usei somente uma mão para abaixar sua calça um pouco mais, me dando
mais liberdade para tocá-lo através da roupa íntima.
Não vai ser a primeira vez, honestamente. Apesar de hoje me deparar com sua
notória preferência por sempre se livrar de todos os seus pelos, acredito que
por influência de toda a mídia relacionada ao sexo que parece girar em torno
de uma política opressora de zero-pêlo, eu lembro de vezes no passado em
que ele não esteve depilado, por serem encontros repentinos para os quais não
teve a chance de se preparar apropriadamente, seja lá o que ele julgue como
apropriado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Para mim, pouco importa. Entretanto, se hoje ele não se sente mais à vontade,
não tem muito o que eu possa fazer, então vamos precisar encontrar outra
forma de finalizar o que começamos sem deixá-lo desconfortável
Quando eu o puxei para se sentar sobre minhas pernas novamente, ele voltou
a apoiar seus joelhos ao redor do meu quadril e a me beijar intensamente.
Mantendo uma mão sobre sua ereção, eu subi a outra por suas costas até
puxar seus cabelos, assumindo o controle que, por estar por cima, ele talvez
ache que tem em mãos.
Eu sorri ainda contra seu próprio sorriso, mas sem malícia. Foi um gesto
genuíno, carregado pelo prazer de me sentir um pouco mais como o eu que
deixou de existir durante as últimas semanas.
— Vem comigo? — Ele perguntou, deslizando seus lábios pelo canto da minha
boca, beijando-me suavemente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
pequenos entrelaçados aos meus e o pingente da sua pulseira se chocando
contra nossos pulsos.
E é estranho admitir como uma mão tão pequena, tão menor que a minha, é a
única capaz de me fazer sentir seguro.
Ele sorriu com o lábio preso entre os dentes quando se inclinou sobre meu
corpo, beijando meu maxilar, depois meu pescoço e descendo por todo meu
peito e barriga até chegar ao cós da minha calça de moletom, tirando-a sem
muita dificuldade até me deixar nu e voltando a fazer meu corpo inteiro
responder ao seu toque quando tocou minha coxa com sua boca, deixando um
rastro de beijos singelos, cuidadosos, enquanto uma de suas mãos toca
carinhosamente na cicatriz que ficou em minha perna depois do acidente.
Ele usou uma mão para posicionar meu falo contra sua própria entrada, e
respirou devagar quando começou a ser penetrado, enquanto eu seguro seu
quadril com força, lutando contra o impulso de tentar ir rápido demais.
Ainda que algumas vezes façamos sexo assim, agora não é a hora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De qualquer forma, a sensação de estar dentro de Jimin é completamente
enlouquecedora. Vai muito além do prazer do sexo. É sobre me conectar ainda
mais a ele sempre que nos amamos assim.
Quando ele me aceitou por inteiro, um suspiro arrastado escapou por seus
lábios e ele deslizou as mãos por meu peitoral antes de encostar sua testa à
minha e beijar minha bochecha suavemente.
— Eu amo você, Jungkook — Ele repetiu com a voz baixa, deixando tantos
outros beijos por minha pele.
Completamente tomado por tudo que Jimin me faz sentir, eu segurei seu
quadril, invertendo nossas posições com cuidado até deixá-lo deitado sobre o
colchão, com meu corpo entre suas pernas ainda envolvendo meu quadril.
Depois, eu voltei a beijar sua boca e ofeguei em meio ao nosso beijo quando
comecei a me mover dentro dele, buscando sua mão com a minha para voltar a
entrelaçar nossos dedos.
Eu não sei quantas vezes repetimos que nos amamos, tampouco sei por
quanto tempo fizemos amor. Mas quando chegamos ao final, eu percebi que
gozar foi o menor dos nossos prazeres. Cada beijo, cada suspiro e cada
declaração sussurrada foram ainda mais prazerosos. Foram como cura, para
mim.
Não suficiente, nós ainda ficamos abraçados por um tempo que poderia se
estender por uma eternidade inteira, com sua mão acariciando minha cabeça
deitada contra seu peito, sem que ele tenha reclamado sequer uma vez de ter
todo o peso do meu corpo sobre o seu.
Eu o amo. Não importa quantas vezes repita isso, nunca vai ser suficiente. Eu
o amo e não sou mais capaz de tê-lo longe de mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Antes que ele dissesse qualquer outra coisa, entretanto, seu celular começou a
tocar, esquecido lá na sala, e nós dois sabemos que é sua mãe ou seu pai, já
que eles ligam todos os dias no mesmo horário para saber como nós estamos.
Jimin então fez menção de que iria se levantar, mas desistiu um segundo
depois.
— Eu ligo pra eles depois. — Ele decidiu, me abraçando com mais força. —
Não quero sair do seu lado.
— Não vou. Vou ficar aqui. — Anunciou, me abraçando também com suas
pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
aaaa oláá! eu to bem insatisfeita com o conteúdo do capitulo enquanto
entretenimento, mas acho que me dou por satisfeita com alguns
esclarecimentos que foram feitos através dele. acho, mas caramba, que difícil
entrar na cabeça desse Jungkook, viu? eu passei por uns maus bocados
escrevendo esse capítulo espero que tenham gostado, de qualquer forma, ou
que pelo menos não queiram me apedrejar a
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
34 • Carpe Noctem
Dedicado a chxrrymin
— Eu não aguento mais ficar longe de você, anjo. — Ele justificou, ansioso. —
Eu quero estar sempre perto de você...
A decepção em seu olhar foi visível e eu nunca me senti tão sufocado quanto
durante os segundos em que ele ficou em silêncio, obviamente tentando não
evidenciar sua reação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook balançou a cabeça numa concordância fraca, diante da minha
incerteza sobre como me justificar.
Eu não menti quando disse que realmente quero estar sempre perto dele.
Entretanto, estar perto de Jungkook significa estar longe de todas as outras
pessoas importantes da minha vida e eu não sei se estou pronto para isso.
Dessa forma, eu não insisti nesse assunto nem no momento em que ele foi
trazido à tona, nem durante os quatro dias que se seguiram. Agora, nós
finalmente chegamos ao último dia do ano e eu não estou nem perto de chegar
a uma conclusão.
Eu gostaria de dizer que, apesar disso, as coisas não mudaram com Jungkook
e eu vejo que ele se esforça para não deixar isso acontecer, mas é impossível
negar que durante os últimos dias existe um desconforto persistente entre nós
dois e é estranho porque uma das coisas mais marcantes em nosso
relacionamento sempre foi a liberdade de estarmos confortáveis ao lado um
com o outro.
— Junghyun vai ver a queima de fogos hoje. Acho que as crianças que
insistiram nisso
Eu viro meu rosto para ele, vendo-o com o celular em mãos, e suspiro ao
perceber a distância pequena e sutil, porém perceptível, entre nós dois,
diferente de todas as vezes em que sentamos um grudado ao outro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você quer ir? — Eu perguntei, abraçando a almofada em meu colo, mas no
fundo querendo abraçar Jungkook.
Eu apertei meus lábios e, um pouco sem jeito, me arrastei sobre o estofado até
parar pertinho dele, sentindo minha perna tocar a sua, e não ofereci resistência
quando ele me abraçou, deixando um beijinho em minha testa
Eu sorri sem muita força, devolvendo o beijo em seu ombro e envolvendo seu
abdômen com meu braço também.
— Eu sei que você não se importa por termos passado o natal desse jeito,
porque você é a coisa mais preciosa desse mundo — Jungkook voltou a dizer,
então. — Mas eu realmente acho que deveríamos fazer algo diferente agora
que chegamos ao último dia do ano.
— Então você quer ir ver a queima de fogos com seu irmão? — Perguntei,
curioso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Paradise lost? — Chutei o nome depois de revirar minha mente atrás da
lembrança. — Lembro...
— Hoje? — Insisti, porque não sei se uma boate é o ambiente mais propício
para ele agora. — Jungkook, se você preferir ficar em casa, eu realmente não
me importo... não precisa fazer isso por mim.
Eu umedeci meus lábios, analisando-o com concentração até decidir que ele
parece estar sendo sincero. Por isso, acabei por ceder: — Então eu quero ir
também.
— Nós precisamos chegar cedo. É sua primeira vez indo lá e existe um pouco
de... burocracia para novatos.
— Claro que não, eu vou estar lá com meu bebê. — Ele tentou me tranquilizar,
mas o efeito imediato foi me deixar muito bobo.
Um tempo atrás eu com certeza ficaria ofendido por ser chamado de bebê com
tanta frequência, talvez por ser complexado com minha idade e imaturidade e
poder achar que ser apelidado assim significaria deboche. Agora, entretanto,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
eu assumidamente amo ser o bebê do Jungkook e ser chamado assim por ele
me desmonta todinho.
Jungkook me puxou um pouco mais até me fazer sentar sobre sua perna e eu
fui rápido em envolver seu pescoço com meus braços, aceitando de bom grado
o nosso grudinho.
— Uma das principais regras é que as roupas dos convidados devem ser
eróticas ou ligadas a algum fetiche, não importa qual. — Ele explicou
pacientemente, como sempre faz.
900
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook pareceu completamente satisfeito com meu pedido e mesmo que eu
tenha sido guiado pela indecisão ao pedir isso, vê-lo tão feliz assim por algo
que eu disse faz de mimo sub mais feliz e orgulhoso desse mundo todo.
E isso me deixa ainda mais feliz, a ponto de sentir que tanta satisfação não
cabe em mim.
Por outro lado, vê-lo se recompondo é muito mais prazeroso, porque é assim
que eu posso voltar a ver seu sorriso lindo e a ter a certeza de que meu
Jungkook está começando a se sentir bem aos pouquinhos. E vê-lo bem e feliz
é tudo que eu mais quero nessa vida.
Por isso, ser carregado por ele dessa forma e vê-lo sentindo o prazer de voltar
a me dominar do jeito que nós dois tanto amamos me deixa feliz por muito mais
que poder me submeter ao meu dominador outra vez. Me deixa feliz por saber
que ele está feliz também.
— Você tem muitos jeans — Ele apontou enquanto vê todas as roupas que,
depois de todos esses dias que passei aqui, foram retiradas da mala e
colocadas num cantinho do seu armário reservado para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não. Jeans são proibidos, principalmente os claros — Ele explicou sem me
olhar e acabou por retirar uma calça preta, lista e justa da minha pilha
bagunçada de roupas. — Você pode vestir essa. — Anunciou, colocando-a
sobre meu colo e me deixando um beijinho na testa antes de voltar para
escolher o restante.
— Deve. — Respondeu, virando para mim outra vez, agora com uma blusa
branca e simples nas mãos. — Vista essa blusa por enquanto. Tive uma ideia
melhor.
— Como assim?
— É porque você fica lindo quando está curioso, anjo. — Explicou, mas parece
balela.
— Torça pra eu não morrer de curiosidade, então, porque senão você vai ficar
aí se lamentando pelos cantos porque matou o pobrezinho do Jimin, tá?
Eu nunca vi Jungkook vestindo uma dessas, mas posso imaginar desde já que
vai ficar maravilhoso, porque tudo fica maravilhoso no meu homem.
— Vem, vamos tomar banho. Ele estendeu a mão para mim, depois de deixar
as peças de roupa sobre a cama.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim. — Respondeu, sorrindo com meu entusiasmo. — Mas só vamos tomar
banho.
Depois, nós secamos nossos cabelos tão bem quanto nossa paciência nos
permite e vestimos nossas roupas previamente escolhidas.
As coxas bem torneadas ficam perfeitamente delineadas pela peça justa, sua
bunda também fica maravilhosa e dá pra ver a elevação sutil que seu membro
deixa na região de sua virilha. Não suficiente, ele também afivelou seu cinto e
escolheu uma blusa preta sem mangas que deixa seus braços amostra e eu
lamento muito por todas as pessoas que vão olhar para isso tudo e não vou
poder tocar, porque é tudinho meu.
Por fim, ele colocou minha coleira em meu pescoço, nós pegamos nossos
casacos e calçamos nossos pés. Aparentemente usar um all star amarelo ou
qualquer uma das minhas opções de tênis coloridos não é muito apropriado,
então Jungkook calçou um par de botas de combate e me emprestou um par
de sapatos de couro casual, sem cadarço.
Mas como seu pé é um pouco maior que o meu, eu tive que enfiar uns três
pares de meias bem grossas para o diabo do calçado não ficar saindo e ele
ficou rindo disso até chegarmos ao carro.
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Durante todo o percurso eu amassei as mangas do meu casaco de botões,
curioso para saber para onde estamos indo, e me assustei um pouco quando
ele estacionou diante da casa de Seokjin. Eu só estive aqui uma vez, bêbado,
mas nunca esqueceria dessa fachada luxuosa.
— Se ele quiser vir, não vejo problema. — Jungkook respondeu. — Mas nós
viemos aqui pedir uma coisa.
Mesmo cada vez mais curioso, eu não insisti em minhas perguntas e esperei
em silêncio até que a porta foi aberta e um Seokjin com um conjunto de
moletom cor de rosa, meias e óculos nos recebeu, com os olhos arregalados
ao nos reconhecer.
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Com um sorriso frágil, Seokjin me soltou e pareceu hesitar um pouco antes de
dar um passo em direção a Jungkook, estendendo os braços para ele. — Então
me abraça você.
— Nunca mais faça isso comigo! — Ele disse, afastando-se com os olhos
avermelhados.
Seokjin tentou fazer pose de durão, mas se desmanchou num suspiro rendido
antes de gesticular para o lado de dentro. — Entrem logo antes que eu comece
a chorar, vai. - Ele disse, e questionou quando o seguimos até sua sala: — Não
que eu não esteja feliz por ver o bebezinho e o amigo ingrato, mas o que estão
fazendo aqui?
— Sim, meu bem. — Ele respondeu, puxando minha mão até sua boca para
beijá-la com cuidado. — Nós vamos providenciar um para você depois.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu concordei, sem objeções a isso, e me mantive calado até chegarmos ao
que pressuponho ser o quarto de Seokjin, depois fomos guiados ao seu closet
e ele abriu uma das portas compridas, revelando um compartimento cheio de
acessórios de couro e objetos de práticas sadomasoquistas.
— Eu disse que tenho kink pra dar e vender... — Ele explicou e eu até ri com o
contraste disso tudo com sua roupa toda cor de rosa e suas meias cheias de
bolinhas coloridas.
Depois, ele retirou quatro harness diferentes e os apoiou numa superfície livre,
exibindo-os para mim. Depois de receber a permissão para escolher o que
mais me agrada, eu acabei escolhendo o mais simples de todos mas me é hem
bonito.
— Sim. Apenas com o arreio — Ele disse, afivelando-o até deixá-lo bem preso
ao meu corpo, e depois me guiou pelos ombros até me posicionar em frente a
um espelho de corpo inteiro.
Eu olhei para meu reflexo, vendo a calça preta ser acompanhada apenas pelos
sapatos de couro, minha coleira grossa e pelo harness simples, com quatro
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faixas de couro que formam um X na parte frontal e posterior do meu tronco,
com as alças preenchidas por tachinhas passando por meus ombros e por
minhas costelas.
— Você pode se vestir como quiser. — Ele disse, descendo as mãos por minha
cintura, com seu corpo posicionado atrás do meu. - E é por isso que não vou te
obrigar a ir desse jeito, mas eu realmente quero te ver assim quando
estivermos lá.
— Tá. Eu vou - Murmurei, ainda sem muita certeza. — Mas a gente pode levar
a blusa? Eu vou querer vestir se me sentir desconfortável...
— Claro que podemos, meu bem. — Ele garantiu, sorrindo orgulhoso com
minha decisão, e eu sorri também ao receber um abraço bem apertado por
isso, e então se vangloriou: — Os outros dominadores vão ficar com tanta
inveja por não poder ter esse submisso lindo, sabia?
— Você é todo perfeito, só seus olhos que não funcionam direitinho, né?
Porque pra achar que alguém vai sentir inveja por não poder ter isso... — Eu
provoquei, brincalhão, e recebi um aperto na cintura em repreensão.
— Não gosto de brincadeiras assim, então não faça. — Ele foi duro ao dizer, e
eu murchei.
— Tá... desculpa...
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Ele respirou fundo, depois se afastou e pegou meu casaco, voltando a colocá-
lo sobre meu corpo. — Vista isso até chegarmos lá. — Ele disse, também
pegando a blusa, porém levando-a em sua mão.
— É, eu sabia. Impossível alguma coisa não cair bem nesse tesourinho lindo!
Jungkook sorriu e eu me encolhi todo com uma risada boba, porque Seokjin é
muito fofo.
— Certo, mas antes... — Seokjin gesticulou para mim, voltando até seu closet,
e eu o segui depois de receber a autorização de Jungkook.
Jungkook sorriu num gesto suave, sem tirar os olhos da pista à frente. — Não
precisa se sentir assim, meu bem. Eu acredito que você vai gostar. — Ele me
tranquilizou, com sua mão pousada sobre minha perna. — E se você não
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gostar, tudo bem também, nós podemos sair de lá a qualquer hora e arranjar
um lugar para comprar doces para você. Certo?
Quando ele estacionou, nós tivemos que caminhar mais um bocado, porque as
ruas nessa região são majoritariamente exclusivas para pedestres e existem
boates e clubes noturnos em todo canto, embora ainda seja cedo demais para
que qualquer um deles esteja funcionando.
Depois de andarmos mais um pouco, então, nós paramos diante de uma boate
particularmente maior que as outras, com as paredes num tom acinzentado de
pedra e com o nome Paradise cravado em tons coloridos logo acima da
entrada principal.
Como as outras, ela não parece estar no seu horário de funcionamento, mas
nossa entrada foi liberada por um segurança depois que Jungkook anunciou
que íamos até a Paradise lost, e só então eu percebi que a Paradise e a
Paradise lost são dois lugares distintos, um dentro do outro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A boate só abre as 22h — O segurança informou com a voz suave apesar
de seu tamanho assustador. — Então acredito que estejam aqui para
assuntos.. administrativos.
Eu olhei um pouco confuso para Jungkook, sem entender direito tudo isso que
está acontecendo, e ele me fez sentar ao seu lado, mantendo sua mão presa à
minha enquanto parece se tornar consciente sobre minha confusão
Eu concordei outra vez, com um sorriso quase orgulhoso, mas tive minha
resposta seguinte interrompida quando a porta pela qual entramos foi aberta
outra vez e um outro homem entrou, resmungando.
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— Quase. A última noite do ano vai ser agitada, pelo visto. Tem um novato
para você — O segurança informou, bem humorado, e só então os olhos do
recém chegado pareceram se atentar à nossa presença,
— É esse o novato? E não tem mais ninguém para atendê-lo? — O tal Min
Yoongi perguntou para o segurança, então, e voltou a olhar para mim depois
de ter confirmação às duas perguntas. — Então parece que você é meu, Jimin.
— Eu prefiro que ele seja atendido por outra pessoa. — Jungkook disse,
friamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você não parece novo por aqui, então deve saber que não é assim que
funciona - Yoongi devolveu, gesticulando para mim. — Aliás, você também
deve saber que esse processo pode ser bastante demorado, mas eu prometo
que vou cuidar bem dele enquanto estivermos juntos.
Eu juro que nunca vi Jungkook se irritar dessa forma, tão fácil, e honestamente
entendo o porquê, já que esse cara parece falar tudo em óbvio tom de
provocação. E eu não gosto disso.
— Vamos, Jimin?
— Não quero ir com você, não. — Eu respondi, bravo, até mal educado.
Eu olhei para Jungkook mais uma vez, ainda inseguro, e só levantei depois de
receber sua confirmação, sem deixar de perceber seu olhar voltando para
Yoongi logo em seguida, fuzilando-o.
— Aquele homem que estava com você já te explicou algo sobre esse lugar?
— Ele perguntou, atento ao computador que acabou de ligar
Eu lancei uma última olhadela irritada para ele antes de abaixar meus olhos,
me deparando com várias cláusulas e esclarecimentos. Em suma, tudo na
Paradise lost é regido por um sistema eletrônico e os direitos de cada um ali
dentro dependem de sua conduta e do seu tempo frequentando o lugar. Existe
um bar, mas só pessoas que frequentam há mais tempo podem comprar
bebidas alcoólicas e ainda assim a quantidade é estritamente limitada. Existem
também ambientes fechados como quartos de motel dentro da própria boate,
além de quartos com paredes de vidro para práticas exibicionistas e uma sala
exclusiva para exibições sadomasoquistas. Como o álcool, esses lugares são
vetados a novatos e nos é permitido apenas o direito de assistir.
Basicamente, eu tenho agora acesso ao bar, desde que para comprar qualquer
coisa sem teor alcoólico, à pista de dança e ao banheiro.
Existem várias outras regras que enumeram comportamentos que não são
aceitos de forma alguma dentro do clube, bem como os que geram
advertências que, acumuladas em mais de duas, podem levar à expulsão
permanente.
— Não? Aquele seu dominador não parece estar fazendo um bom trabalho em
te guiar...
Ele ergueu as mãos, rendendo-se, e acabou por rir de mim. — Certo, novato,
me desculpe. Estou me deixando levar por meu interesse em você, confesso,
mas vou me comportar.
— Você nem me conhece, seu maluco. E eu vou te dizer o que fazer com esse
interesse daqui a pouquinho — Resmunguei.
— Eu estou interessado por sua descrição no fórum e por sua aparência, não
estou aqui confessando sentimentos. É interesse puramente carnal. E você é
adoravelmente agressivo, Jimin, desse jeito vai ser difícil perder o interesse por
você. Eu adoro um bratzinho que não sabe o seu lugar.
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— Você me chamou do quê? — Eu quase enfiei a caneta no olho desse cara
de pau, ofendidíssimo.
Eu bufei, já cansado de estar na presença dele, mas acabei por fazer o que me
foi pedido e apontei para cada nomezinho que me era estranho. Isso levou
mais um tempão e só depois do cadastro ser finalizado é que eu fui liberado,
finalmente.
— Que é?
— Está tudo bem? — Ele perguntou, um pouco surpreso por minha reação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois de mostrar meu documento junto ao de Jungkook para o segurança,
nossa entrada para a Paradise lost foi liberada e eu passei tanto tempo
naquela saleta com o chato do Yoongi que o lugar além de já estar
funcionando, também já está começando a ficar cheio.
Logo depois da porta tem uma pequena escada que leva ao salão e eu
aproveito para dar uma olhada ao redor.
A música que ecoa por todo o salão iluminado por flashes vermelhos tem uma
batida agressiva, meio gótica, e as pessoas... é tudo muito diferente de tudo
que eu já vi.
Mesmo assim, eu o sigo até o local onde os casacos são deixados e deixamos
também a blusa que trouxemos pro caso de me sentir desconfortável usando
somente o harness, mas por enquanto decido deixá-la junto com nossos
agasalhos. Pelo pouco que vi, eu já tenho a sensação de que nesse lugar não
vão me julgar por estar vestido assim, nem por meu corpo ser como é.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
outra vez, visivelmente incomodado. — eu não quero que você mantenha
contato com ele de qualquer maneira. Entendeu?
— Eu não tô nem aí pra ele, Jungkook, mas eu não gosto que você fale assim.
Eu nunca te dei o direito de decidir isso por mim.
Eu entendo que existem submissos que dão esse poder aos seus dominadores
e não vejo nada de errado, mas eu, Jimin, não vou dar. Eu não vou sentir
prazer em abrir mão do meu direito de escolher quem quero ter por perto e
quem não quero. E Yoongi é definitivamente uma pessoa de quem não quero
me aproximar, mas essa é uma escolha minha, não de Jungkook, e eu não
quero que ele pense o contrário.
— Eu posso ir? — Perguntei, então, depois que ele ficou em silêncio por tempo
demais e eu me senti um pouco desconfortável com a situação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
para a pista de dança extensa e cheia de pessoas coloridas pelas luzes
vermelhas, procurando por meu Jungkook.
Eu estou ansioso para dizer para ele tudo que vi e o quanto gostei desse lugar,
por isso fiquei na ponta dos pés, procurando-o, mas senti meu corpo ser
abraçado por trás antes mesmo de achá-lo.
Eu sorri ao ouvir sua voz contra meu ouvido logo antes de receber um beijo
abaixo da orelha, e me virei rápido para ficar de frente para ele, sem sair de
seu abraço.
Ele sorriu, me dando um beijo na testa. — Quer? Nós podemos fazer isso.
— Você pode ser o que quiser, meu bem. — Jungkook disse, carinhoso, e
minha cara quase se partiu em duas de tanto que sorri.
— Quero! Tudo!
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— Passou mesmo, mas eu desculpo... se você dançar comigo
Ele passou suas mãos por minhas costas, até me segurar pela cintura, me
guiando mais em direção à pista. — Então vamos dançar.
Jungkook então me guiou por entre todas as pessoas que também dançavam e
ao pararmos, eu parei um minuto, apreciando-o sob as luzes vermelhas, com a
música alta e potente reverberando em meus ouvidos.
— Você é lindo — Ele disse quando a batida da música ficou mais suave, em
transição, e só então percebi que ele se afastou brevemente para me observar
enquanto eu danço com os olhos fechados.
Meus olhos continuaram atentos ao movimento das mãos e dos quadris das
mulheres ao nosso lado, passando despercebidas pelo resto da multidão.
— Você sabe como tem que pedir, anjo — Ele disse, sorrindo contra minha
mandíbula quando eu estremeci ao sentir sua mão massagear meu pênis sobre
a calça.
Como prova veio o beijo que ele deixou em minha mandíbula antes de virar
meu corpo outra vez, voltando a colar nossos peitorais e logo apertando minha
nádega com sua mão firme. Com a mão livre ele foi hábil em desabotoar minha
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
calça para logo depois voltar a me massagear, dessa vez tocando meu
membro diretamente por dentro da calça e da cueca, já úmida com o pré-gozo.
Com um suspiro violento em resposta, eu me agarrei aos seus braços nus,
enterrando minhas unhas em seus músculos quando senti sua língua deslizar
por meu pescoço já suado antes de chupá-lo.
Agora eu estou irritado por não poder usar as cabines de exibição, nem os
quartos privados porque, meu deus, eu quero foder. Quero sentir tudo isso
dentro de mim, me comendo com força, do jeito que eu gosto.
Jungkook resfolegou contra meu pescoço, talvez sentindo o mesmo que eu, e
eu perdi o ar quando ele me começou a me beijar, sem qualquer aviso,
completamente desesperado. Entretanto, com a mesma brusquidão com a qual
me beijou, ele se afastou ao ouvir o DJ avisar que faltam vinte minutos para a
meia noite.
Ele não está sendo especialmente delicado ao me puxar assim, mas se tem
algo que eu descobri é que fico louco de tesão quando Jungkook é bruto
comigo desse jeito.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando entramos no banheiro vazio, ele não passa a ser mais cuidadoso e
logo suas mãos agarram minha cintura e me empurram contra a parede gelada
quando ele cola seu corpo ao meu, pressionando nossas ereções uma contra a
outra enquanto ele volta a me beijar com ainda mais desespero que antes.
Sem controle algum, eu ergui uma perna até seu quadril, tentando aumentar a
fricção entre nossos corpos, e deliro quando Jungkook agarra minha coxa,
investindo seu pênis contra mim com ainda mais força.
Quando eu subi minhas mãos até sua nuca e puxei seus cabelos, alguém
entrou no banheiro e riu safado ao logo nos ver, mas eu sequer vi a cara do
afortunado porque Jungkook foi mais rápido em me empurrar para a cabine
mais próxima e nos trancar aqui dentro.
Olhando por cima do ombro, eu vi seus olhos tomados pelo desejo, suas
narinas dilatando-se enquanto ele respira e seus lábios vermelhos depois de
tanto me beijar, mas o que mais me chama a atenção é a forma como ele
abaixa minha calça já desabotoada junto com minha boxer num movimento
brusco logo antes de começar a desafivelar seu cinto, para então abrir sua
própria calça e puxar seu pênis para fora, revelando sua glande inchada,
gotejando por mim.
— Você gosta de me ver assim por você, não é? — Ele provocou, segurando
minha cintura para me empinar ainda mais, deixando minha bunda na altura de
seu membro para esfregá-lo entre minhas nádegas, sem me penetrar.
— Você ainda vai acabar com seu homem desse jeito, Jimin — Ele alertou,
com um sorriso pequeno, completamente malicioso.
Sem força, eu deixei minha cabeça tombar para a frente quando suspirei em
deleite, sentindo suas mãos afastarem minhas nádegas uma da outra.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ao perceber que não existem condições de termos preliminares aqui, eu me
contorci todo e acabei rindo quando precisei tentar alcançar o sachê de
lubrificante no bolso da calça, agradecendo a todas as divindades ao ver que
está intacto.
Eu gosto de fazer sem lubrificante, mesmo que o esforço seja maior. Mas só é
bom na hora, porque depois eu fico pra morrer de tanta dor, parece que rasga
tudo.
Ele então rasgou o pacote com o dente antes de derramar todo o líquido
viscoso em seu pênis, espalhando-o com um movimento de vai-e-vem que
arrancou um gemido seu e me deixou ainda mais desesperado, então eu
empurrei meu quadril para trás, pedindo por ele, e logo senti sua glande se
enterrando entre minhas nádegas, me penetrando devagar enquanto lambuza
tudo com o lubrificante.
Ele continuou entrando e saindo devagar, deixando meu corpo se adaptar para
acomodá-lo cada vez com mais facilidade, enquanto seus movimentos vão
ganhando força e eu impulsiono meu quadril para trás na mesma intensidade,
ajudando-o a me foder.
Depois. Jungkook subiu sua mão por minhas costas até chegar em meu
cabelo, puxando minha cabeça para trás ao agarrar meus fios com força, e eu
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
não conseguir conter um grito manhoso quando ele saiu de dentro de mim para
se enterrar logo depois, com força a ponto de fazer meu corpo ter um
solavanco. Com a outra mão, ele agarrou com força as tiras de couro do meu
harness, mantendo seu apoio para meter de novo, bem forte e fundo.
Nesse ritmo, minha próstata foi surrada devagar, adiando meu orgasmo, e eu
já estou cansado, ofegante e com suor escorrendo por toda parte, mas eu não
quero parar. Quando eu olho para trás e vejo o cabelo de Jungkook grudando
em sua testa e sua blusa presta grudando em seu tronco por conta do suor,
meu desejo de parar se reduz a algo abaixo de zero e eu volto a empurrar meu
quadril junto com o seu, ainda olhando-o sobre o ombro e sendo olhando
também enquanto fodemos assim.
Eu sorri para ele pelo que estamos fazendo, onde estamos fazendo, e percebi
que ele sorriu de volta depois de piscar um olho para mim.
Nesse ritmo não demorou muito para meu corpo chegar ao seu limite e
enquanto do lado de fora todos terminavam a contagem regressiva para o novo
ano com um grito de comemoração, eu gritei por meu orgasmo.
Jungkook veio pouco depois, saindo de dentro de mim para deixar seu gozo
ser liberado em minha bunda, escorrendo por minhas nádegas enquanto eu
respiro dolorosamente mal, tentando me recompor.
Jungkook riu também, puxando meu corpo fraco para trás até me deixar
completamente de pé, então me deu um beijinho na bochecha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Feliz ano novo, anjo.
Pelo menos eu posso dizer orgulhosamente que comecei essa transa em 2017
e só gozei em 2018.
E também posso dizer que transar no banheiro tem lá suas vantagens. Depois
de acabarmos e darmos mais uns beijinhos, Jungkook usou o papel higiênico
para nos limpar e eu já aproveitei para fazer xixi com ele dentro da cabine
mesmo.
— Eu deixei meu Jimin com fome por todo esse tempo? — Ele perguntou,
ultrajado.
Eu tenho certeza de que meus olhos brilharam mais que as estrelas no céu. —
Quero!
Do lado de fora, Hongdae está muito mais viva do que quando chegamos. As
ruas estão cheias, letreiros de vários estabelecimentos brilham por todo canto e
tem música em cada esquina.
Já no carro, nós tivemos que usar o GPS para encontrar o Mc Donald's aberto
mais próximo e pedimos nosso jantar pelo drive thru quando chegamos lá.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, Jungkook dirigiu de volta para casa enquanto eu roubava todas as
batatas fritas, tentando ser discreto.
Quando ele estacionou na frente de seu prédio, nós não descemos do carro.
Nós comemos ali mesmo, ouvindo uma música que eu escolhi, e nós rimos
quando um grupo de adolescentes visivelmente bêbados passou pela rua,
gritando para nós dois enquanto nos desejavam um feliz ano novo.
Vê-los me fez sentir falta dos meus amigos, mas esse sentimento, apesar de
ruim, não estragou tudo de bom que eu estou sentindo agora.
E é estranho pensar que muito pouco tempo atrás eu era como eles. Eu era
jovem, inconsequente, totalmente despreparado para a vida. E não que agora
eu seja o oposto de tudo isso, mas eu me sinto mais maduro, mais pronto para
lidar com as coisas.
Eu quero estar com ele, sempre. E eu estou disposto a correr os riscos que
vêm com isso.
— Ei, Jungkook... — Eu o chamei, puxando sua mão até minha boca para
beijá-la carinhosamente quando ele me olhou. - Eu acho que já sei.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
[1] O termo "baunilha" no bdsm se refere a tudo aquilo que não está
ligado a fetiches. Uma pessoa baunilha, por exemplo, é alguém que não
tem interesses em práticas sadomasoquistas ou de dominação e
submissão de qualquer forma. É o que é visto pela sociedade como o
"normal".
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
35 • Beyond The Scene
— Caramba... você mudou de ideia e não quer mais morar comigo, né? —
Concluí, me enterrando no banco do carro enquanto cubro meu rosto com
minhas mãos, envergonhado.
— Que você mudou de ideia e não quer mais morar comigo... poxa, eu devia
ter decidido antes de você pensar melhor...
— Antes disso. — Ele pediu, ainda com a expressão vazia. — O que você
disse antes disso?
— Não diz isso se você não tiver certeza, Jimin, por favor. — Ele pediu ainda
sem erguer o rosto, com a voz abafada. — Não me dê esperanças se você não
tem certeza do que está dizendo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tudo bem. Isso faz mais sentido. Ele acha que eu estou sendo impulsivo, e
talvez esteja, mas a certeza existe em mim. Ela definitivamente existe,
— Jungkook, olha pra mim — Eu pedi tocando seu braço com carinho, e insisti
diante da sua relutância. — Jun, por favor...
— Eu sei que é uma decisão grande, ok? — Eu disse, então, deixando para me
derreter por ele depois. — Eu sei que preciso organizar muita coisa e sei que
não vai ser fácil, mas eu tenho certeza de que quero tentar, Jungkook, Eu
quero morar com você e quero tentar fazer isso dar certo. Disso eu tenho
certeza. Tá?
— Quero. — Garanti, disposto a fazer isso mais mil vezes até ele acreditar,
mas não acho que vai ser necessário, porque no instante seguinte ele voltou a
abaixar os olhos e sua expressão se transformou ainda mais, até eu perceber o
que está acontecendo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu ri de sua pergunta, sentindo meu próprio choro tentar forçar o caminho para
fora, e segurei seu rosto antes de dar dois beijinhos em sua bochecha cada vez
mais gordinha.
Foi ao som de 2U, sob a voz angelical do cantor, que nos decidimos emaranhar
nossos destinos de uma só vez, e eu não poderia escolher momento melhor
que esse.
Depois, nós ainda passamos mais algum tempo dentro do carro, trocamos mais
beijos, mais carinhos e mais sorrisos frouxos até finalmente decidirmos entrar
no apartamento. Uma coisa levou a outra e nós transamos, de novo. Foi um
sexo muito louco e no final Jungkook ficou tão acabado quanto eu, mas foi
muito gostoso. Tipo, muito gostoso.
Por último, depois da virada de ano mais intensa e inesperada da minha vida,
nós dormimos juntinhos, tão calmos que nem parece que instantes antes
Jungkook estava deixando chupões e arranhões em todo meu corpo.
Hoje pela manhã, nós enrolamos bastante para levantar da cama e ficamos um
tempão agarradinhos até a fome finalmente falar mais alto. Entretanto, ainda
preguiçosos, nem eu nem ele estávamos com disposição para cozinhar, então
pedimos comida por delivery e sentamos ainda com as roupas de dormir no
sofá, com as caras de sono e o noticiário na TV fazendo uma retrospectiva do
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ano passado enquanto comemos nosso almoço direto nas caixinhas do
restaurante.
Eu estou ansioso para ter essa conversa com eles, mas o pior, definitivamente,
vai ser precisar contar para Yukwon.
— Jungkook disse, o que me fez sorrir mais tranquilo. Eu sei que ele tem
condições de me sustentar, bem como não se importaria em fazê-lo, mas me
deixa feliz saber que ele entendeu que eu não me sinto confortável com isso e
sequer sugeriu a possibilidade. — Mas tem outra coisa que gostaria de fazer
hoje, também
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah. Isso tudo bem-Sorri, mais aliviado. Sexo é muito bom, mas meu
corpinho também cansa, poxa.
— Tá bom. Mas Jungkook... a gente pode esperar antes de contar pra ele que
eu vou me mudar? Eu quero conversar direitinho com meus pais antes de dizer
a todo mundo....
Eu sorri, agradecido, e voltei a comer enquanto ele conversa com seu irmão.
Depois, nós usamos meu notebook para procurar algumas vagas de emprego,
salvamos as poucas que posso ter chance de conseguir e no finalzinho da
tarde saímos de casa para ir até a casa de Junghyun.
Eu não estava muito preocupado, mas confesso que meu coração disparou
quando paramos diante da porta do apartamento de seu irmão, que fica na
cobertura de um prédio bem luxuoso.
Apesar de não saber me comportar muito bem nesses lugares chiques demais,
o problema não é esse. O problema é ouvir a voz de crianças assim que
tocamos a campainha.
— É o tio Jun! — A voz de uma menina chegou até nós através da porta ainda
fechada, e eu arregalei meus olhos.
Eu sei que sou meio distraído, mas não sei como esqueci que Junghyun tem
três filhos pequenos. Três. É quase uma creche!
— TIO! — A mesma menina gritou, então, assim que Junghyun abriu a porta e
o protótipo de gente voou em Jungkook, abraçando-o pelas pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu fiquei meio apavorado, a despeito de Jungkook que abriu um sorrisão para
a menina e logo se abaixou para pegá-la no colo, deixando os bracinhos
pequenos envolverem seu pescoço e logo recebendo um beijo na bochecha.
— Meu deus, Yerin, como você cresceu! — Jungkook disse sem colocá-la no
chão, e a menina sorriu toda orgulhosa.
Jungkook olhou para mim, carinhoso, ainda segurando-a. Minha nossa, ele não
vai soltar essa criança mais nunca?
A menina apertou os olhos, mas não parece ser por descobrir que seu tio
namora um homem, e eu a olhei de volta, desconfiado e assustado.
Eu tenho medo de criança, sim, porque nunca se sabe o que vai sair da boca
de uma.
Eu sou um exemplo.
— Não gosto dele. — A desgraçada disse, então, e minha cara foi no chão.
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— Não liga, Jimin, essa criança nasceu odiando todos os homens, inclusive o
próprio pai. — Junghyun suspirou, exaurido. — Ela só gosta do tio Jun. — Ele
afinou a voz, fuzilando o irmão com o olhar.
— Eu dei o videogame novinho que ela me pediu, mas você acha que ela se
gaba do meu presente? Ele perguntou para mim, gesticulando furiosamente. —
Eu não posso com essa criança, Jimin! Eu vou, ah, grr, que inferno! Mas oi,
pode entrar, fique à vontade.
— Seokjin? — Eu o chamo, não muito surpreso por vê-lo aqui já que é amigo
intimo da família de Jungkook, mas definitivamente um pouco mais aliviado.
— Aquele feio. Eu te dou atenção, não se preocupe, viu? Coisinha linda — Ele
apertou sua bochecha no topo da minha cabeça e eu concordei, ainda
agarrado a ele.
Jungkook, sentado num dos sofás enquanto Yerin se gaba do diabo dos seus
patins novos, olhou para mim e sorriu, mas eu só fechei a cara para ele e
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continuei abraçando Seokjin, deixando-o me guiar até um dos assentos, longe
do meu dom malvado, que fez uma careta confusa para isso.
No meio da sala espaçosa com janelas enormes que dão vista para a cidade,
em cima de um tapete entre os sofás brancos, estão as duas outras crianças,
um bebê num andador e o outro um menino que parece ter quase e idade de
Yerin, montando um quebra cabeça.
Eu bufei furiosamente, mas virei o rosto com um bico enorme quando Jungkook
olhou para mim. Ele que fique com essa grudenta.
— Anjo, senta aqui do meu lado. — Ele disse com a voz mansa, mas não é um
pedido. Entretanto, eu continuei de cara fechada e o ignorei, virando para falar
com Seokjin.
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— A esposa do Junghyun não tá aqui? — Eu perguntei, como se Jungkook
nem tivesse falado comigo.
— Jimin, eu falei com você. — Jungkook me chamou outra vez, com o tom um
pouco mais firme.
Entretanto, antes que eu decidisse entre ignorá-lo mais uma vez ou deixar de
ser malcriado, Junghyun voltou para a sala, carregando o bebê babão num
braço e uma bandeja no outro.
— Espero que você goste de doces — Ele disse, apoiando a bandeja sobre
uma mesa de centro. — Eu só encontrei esses biscoitos de mel na dispensa...
Eu acho que meus olhinhos brilharam mais que a golfada do neném em seu
ombro e eu automaticamente olhei para Jungkook para mostrar como estou
feliz, mas murchei quando vi que ele voltou a prestar atenção em Yerin, que
começou a contar alguma nova história.
Meu dom não quer me dar atenção, então que fique com inveja ao ver outra
pessoa me mimando.
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Quase ao meu lado, a outra criança chamada Jaehyo esticou a mão até a
bandeja e também pegou um biscoito, mas sem tirar os olhos do quebra
cabeça parcialmente montado no chão.
— Fiz o possível, por enquanto, mas isso ainda deve me render muita dor de
cabeça. — Ela suspirou, brincando com o bebê Kyung. — Ele golfou no seu
ombro, amor. É o bebê nojentinho de mãe, é sim!
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— Siyeon, pelo amor de deus, é o Jimin — Junghyun corrigiu com um tom meio
desconfiado, balançando o bebê. Será que ele não vai golfar mais assim? —
Jimin do Jungkook.
— Oi, seu negligente. Como você está? — Ela perguntou, depois de lançar
uma olhadela esquisita para mim.
Eu parei até de mastigar o biscoito na boca, tenso. Será que eu fiz alguma
coisa de errado?
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responsabilidade se certificar de que seus funcionários estejam trabalhando
num ambiente seguro.
— Eu sei. — Ela suspirou, complacente. — E além disso, tenho que lidar com o
pessoal de recursos humanos perdendo a cabeça porque não tínhamos verbas
destinadas a novas contratações, mas agora vamos precisar de um novo
funcionário para substituir o que se acidentou. Honestamente... quanto azar. O
já começou de mal a pior.
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Eu acreditei que Jungkook arrumaria uma desculpa, já que concordamos em
não anunciar para ninguém até que eu tenha conversado com meus pais.
Entretanto, o que ele disse com um sorriso enorme, foi:
Que se dane.
— Meu deus, você vai vir definitivamente para Seul? — Questionou, ainda
desacreditado. — Meu casal vai ficar sempre junto, agora?
— Eu fico muito mais feliz perto dele. — Jungkook anunciou, envolvendo meu
ombro com seu braço antes de me puxar para deixar um beijo demorado no
topo da minha cabeça.
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e... se você quiser mesmo, Jimin, eu posso entregar seu currículo para o RH
analisar. Não posso garantir que a vaga é sua, mas é uma possibilidade.
Eu arregalei meus olhos, percebendo que essa história deve ter se espalhado
pela família toda.
Então foi por isso que ela ficou me olhando esquisito o tempo todo?
Puta merda.
Jungkook deixou uma risada breve escapar. Até hoje ele não me repreendeu
por ter feito o que fiz. Acho que ele sabe que eu só estava tentando protegê-lo.
— Ok, aqui está. — Junghyun finalmente voltou, estendendo um pen drive para
Jungkook. - Seu presente de natal.
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— Eu tenho uns sete desses — Jungkook resmungou.
— O presente não é o pen drive, moleque chato, é o que tem nele. Eu tive que
pagar pra converterem esse vídeo velho, então é melhor você não reclamar.
— Certo, tudo bem. — Ele riu, aceitando o dispositivo. — Mas eu não trouxe
nenhum presente para você.
Ou não. Eu acho que sou atrapalhado demais para cuidar de outras pessoas.
De qualquer forma, eu estou tentando não perder a cabeça com isso agora. É
claro que quero descobrir algo em que sou bom e investir nisso, transformar
numa carreira, mas enquanto não descubro... eu não vou me desesperar. Vou
respeitar meu próprio tempo e me virar da forma que for possível até lá.
Eu ainda tentei fazer cara feia, mas me desfiz num suspiro manhoso, ficando
na ponta dos pés para beijar sua boca.
— Mas foi bonitinho te ver com ela. Você é muito bom com crianças!
Jungkook sorriu, envolvendo minha mão pequena com a sua quando as portas
do elevador abriram no térreo.
— Falando nisso, tem algo que eu quero conversar com você há algum tempo,
meu bem.
— Age play.
— Tá bom!
Depois, Jungkook sentou também em seu assento e nós voltamos para casa.
Como comemos muito na casa de Junghyun, tudo que fazemos ao chegar é
tomar um banho e voltar para nossas confortáveis roupas de dormir.
— Que vídeo será que é? — Eu perguntei, ansioso, quando Jungkook ligou seu
notebook e sentou ao meu lado na cama, conectando o pen drive que
Junghyun lhe deu de presente.
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Na tela do computador, as cenas de um vídeo que parece muito antigo
começam a seguir sequência, e logo a imagem foca em dois meninos sentados
numa cama.
— Você quer que o papai chegue de viagem e veja que você ainda não
consegue dizer seu nome?
— Jeon. Jeong. Guk. — Meu amorzinho repetiu, usando a mão miúda para
secar as lágrimas.
— Jeon Jun-guk!
A gravação ficou em silêncio por um tempo, até que um soluço alto ecoou pelo
alto falante do notebook e o Jungkook do vídeo correu pelo quarto, se
encolhendo no cantinho enquanto chora.
— Não fala essas coisas para o seu irmão, Junghyun! — A voz por trás da
câmera finalmente se pronunciou, e parece ser a voz da mãe deles. — Agora
ele não vai mais parar de chorar!
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— O que está acontecendo aqui? — Uma quarta voz surgiu, e logo a câmera
se voltou para um homem, que logo reconheço como o pai de Jungkook. Ainda
novo, forte, tão diferente da última imagem sua que tive.
— E ele está chorando por isso? — Perguntou, afrouxando sua gravata. — Ei,
campeão — Dong-yul começou a caminhar até Jungkook, e a câmera o
acompanhou até se agachar na frente do filho. — Eu espero que você esteja
chorando de saudades do seu pai, porque então não vai mais precisar chorar.
Eu já voltei.
— Você não foi achado no lixão, filho - Seu pai disse, parecendo querer rir. —
E você não é burro. Você é o menino mais inteligente que eu já vi!
— Pelo menos agora... — A mãe voltou a dizer, mas logo se interrompeu antes
de gritar e posteriormente encerrar a gravação. — Eu esqueci o jantar no forno!
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Logo em seguida, o marcador do vídeo voltou para a posição inicial, indicando
que todo o conteúdo já foi reproduzido, e só então eu finalmente me dei conta
de que estou quase chorando, e nem sei por que.
Jungkook demorou algum tempo para responder, mas quando o fez, pareceu
ser sincero.
Eu não quero impedi-lo de sentir saudades de seu pai. Não quero tirar o seu
direito de, em alguns momentos, voltar a se sentir triste com a perda, mas me
deixa feliz vê-lo assim, reerguido. Mas mesmo quando ele enfraquecer eu vou
continuar aqui, ajudando-o a redescobrir sua força.
Entretanto, pelos próximos dias, eu não poderei estar ao seu lado. Jungkook
precisa voltar para a Bangtan depois de tanto tempo afastado e eu... eu preciso
voltar para casa, para anunciar aos meus pais e meus amigos que, em breve,
meu lar estará em outro lugar.
Nossa casa.
Em breve eu vou voltar para meu homem, meu dominador, meu amigo. Em
breve, eu estarei de volta para a nossa casa.
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❆❅❄❅❆
Entretanto, não é isso que me faz hesitar, porque eu não estou nem perto de
desistir. Eu quero ir. Do fundo do meu coração, eu quero tentar. Mas minha
certeza morre quando o assunto é a reação dos meus pais.
Na verdade, não estou tão preocupado com meu pai. Mas minha mãe...
— Príncipe? — Eu ouvi sua voz, então, e só assim fui arrastado para fora da
minha distração. — Você está bem? Parece tão distraído, nem tocou na
comida direito...
Eu olhei para baixo, vendo meu jantar quase intocado enquanto eles dois já
parecem ter terminado de comer.
— Hm? Sobre o que? — Ela questionou, distraída, sem imaginar o que está
por vir. — Espera só um minutinho que eu vou servir logo a sobremesa, ok?
Tem sobremesa?
— Não, mãe, deixa eu falar logo antes que eu perca a coragem... — Eu pedi,
quase implorei, e vi o olhar confuso que ela trocou com meu pai. — Eu... eu
tomei uma decisão recentemente e gostaria muito de ter o apoio de vocês
dois...
— Que decisão? — Foi meu pai quem perguntou, até mudando a postura.
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Seja o que deus quiser.
Ok. Consegui. Foi fácil, até, agora só preciso esperar a resposta deles, mas os
dois parecem chocados demais para me dar alguma.
— Eu fiz o bolo que você gosta.- Ela anunciou, então, ignorando meu olhar
tenso. — Termine de jantar que eu corto seu pedaço.
Ela fechou a expressão, sentando novamente em seu lugar. — Nós não vamos
ter essa conversa, Jimin. Você não vai e pronto.
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— Você quer morar com ele e abandonar todas as outras pessoas da sua
vida? — Ela acusou, ressentida. — Você acha que é assim fácil, Jimin?
Quando eu me casei com seu pai, eu tinha vontade de matar esse homem com
um travesseiro todos os dias, porque é isso que a convivência faz!
— Que bom descobrir isso agora. Acho que é melhor começarmos a dormir em
quartos separados — Meu pai disse, um pouco assustado, mas até brincalhão.
— Você acha que eu estou brincando? Minha mãe o fuzilou com o olhar,
furiosa.
Ok, agora eu também estou preocupado com a integridade física de meu pai.
— Eu sei que não vai ser fácil, — Eu intervi antes que alguém morra. — eu
realmente sei disso. Mas eu quero muito tentar e quero muito que vocês me
apoiem. Então por favor...
Desesperado, eu olhei para meu pai, esperando sua ajuda, mas tudo que ele
fez foi gesticular para que eu espere, mas não sei por quanto tempo tenho que
esperar. Mesmo assim, resolvo fazer o que ele me pediu e não toco mais no
assunto, sentindo a angústia se acumular no fundo da minha garganta.
Até o fim do jantar, pouca coisa mudou. Minha mãe não falou mais sobre isso,
assim como não falou sobre qualquer outra coisa. No dia seguinte, nenhuma
mudança.
No total, ela passou dois dias e meio sem falar direito comigo, mas eu a ouvia
conversando com meu pai quando eles se fechavam o quarto à noite. Ontem,
eu a ouvi chorando.
Eu evitei dizer isso tudo para Jungkook, apesar de querer muito desabafar com
ele, porque estou verdadeiramente angustiado. Entretanto, eu sei que ele tem
muitas coisas para resolver na Bangtan e eu não quero preocupá-lo com mais
nada, pelo menos por enquanto
Mas eu também não posso falar com Yukwon, nem com qualquer outro amigo
meu, porque nenhum deles sabe o que está acontecendo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu guardei o celular antes de ver sua resposta, sentindo o coração disparar ao
ouvir minha mãe batendo na porta do meu quarto antes de perguntar se pode
entrar.
— Posso falar com você agora? — Ela perguntou, com a expressão um pouco
abatida.
— Você não mudou de ideia? — Ela perguntou, sem esperança. — Você está
mesmo decidido a ir embora? — Eu fiz que sim, um pouco acuado. — Mesmo
sabendo de todas as dificuldades que pode encontrar? — Eu assenti outra
vez, esperançoso quando a vi ficar em silêncio por mais algum tempo. — Você
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
não é mais uma criança, Jimin... eu não posso te proibir mesmo não estando
de acordo com isso.
— Eu só preciso que a senhora aceite. Por favor, eu não quero brigar, eu não
quero que a senhora ache que eu estou escolhendo entre vocês e o
Jungkook... eu só acho que esse é o melhor pra mim agora e eu quero muito
seu apoio...
Ela respirou fundo para segurar o choro quando me aproximei para abraçá-la,
deitando a cabeça em seu ombro.
— Se não der certo e você quiser voltar para casa, — Ela disse, sem me soltar.
— não importa quando, eu vou estar aqui pra te receber de braços abertos, ok?
Você sempre vai ter um lugar pra voltar!
Ela continuou me abraçando por tempo demais e depois nós ficamos grudados
o resto do dia. Fizemos o jantar juntos, lavamos a louça juntos e depois
assistimos TV juntos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Só então eu finalmente anunciei para Jungkook que estava tudo certo e nós
reservamos minha passagem para daqui a duas semanas, tempo durante o
qual eu tive a árdua tarefa de informar aos meus amigos que estou indo
embora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu conversei mais um pouco com todos eles e expliquei melhor toda a
situação. Ou, melhor dizendo, com quase todos eles, porque Yukwon não me
respondeu nem quando o chamei em nossa conversa privada. Desde então, eu
venho me dividindo entre organizar minhas coisas e implorar para que ele fale
comigo, mas ele nunca me responde, e até me enxotou quando fui em sua
casa.
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Eu sorri para a tela do celular, feito um bobo. Yukwon me mandou tomar no cu,
mas e daí? Ele sempre diz coisa pior. Pelo menos agora ele está me
respondendo!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu gritei sozinho, no meio do quarto, ainda desacreditado nisso tudo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
pizza e dormir juntos na casa de Yukwon, como sempre fazíamos antes da vida
começar a separar nossos caminhos.
Quando eu cheguei ao apartamento onde vivi tantas coisas nos últimos anos,
meu coração apertou com a saudade em antecipação. É estranho pensar que
não vou mais poder correr para cá quando estiver triste, irritado ou somente
entediado.
— Para de ser chato! — Yuta apareceu logo atrás, dando um soco no ombro
do namorado, empurrando-o para o lado para me deixar entrar.
Eu ri de como eles dois nunca mudam um com o outro. Acho que é por isso
que esse é meu casal favorito.
— Ah, ele não te falou nada? — Jeonghan — perguntou, com uma entonação
um pouco esquisita. — Acho que ele não vem.
— Não conta, não, deixa ele de fora mesmo. Agora que ele é de cidade grande
não precisa mais saber dos dramas de Gwangju! — Yukwon resmungou,
amargo.
— Não é nada demais. — Jeonghan tentou sorrir, mas parece um sorriso tão
falso. - É só que... nós terminamos quando você ainda estava em Seul...
— Ah, nós já pedimos as pizzas. — Yuta avisou, saindo do sofá para sentar no
chão com a gente.
— Não fica bravo comigo... pensa que pelo menos agora você vai ter onde ficar
de graça quando quiser ir pra Seul!
— Desiste, Jimin, ele tá mais amargo que aquela cerveja horrorosa que a gente
dividiu na virada de ano de 2017 — Jeonghan disse, risonho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Pobre nerdzinho que namora uma pessoa que não liga para seus filmes de
super-herói.
— Não sei por que você ainda se ilude desse jeito, Yuta... — Jeonghan disse,
rindo baixo.
— É isso? Ok! A gente transa na sua frente quando você for pra Seul! — Eu
disse de prontidão, mas meio que só para convencê-lo a não ficar bravo
comigo. — Quer dizer... tudo bem, Yuta?
— Por mim. Vai ser como assistir um pornô e ele já vive assistindo pornô —
Ele deu de ombros, desleixado. — Mas eu prefiro ver Vingadores.
Enfim, resolvido com meu melhor amigo, nós continuamos jogando conversa
fora ao longo da noite. Taeyeon apareceu para comer pizza com a gente,
depois, mas não ficou muito tempo, porque ela está estudando para fazer uma
prova de readmissão na universidade para voltar a fazer o curso que foi
obrigada a abandonar quando seus pais morreram.
— Eu tenho uma coisa pra vocês — Yuta disse, por volta das três da manhã.
— Mas vocês não podem rir, nem dizer que é besteira!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jeonghan está deitado ao meu lado, quase se sufocando com os próprios
cabelos, e Yukwon está se alongando, sabe deu pra quê.
— Eu te amo também por lembrar que odeio vermelho com todas as minhas
forças — Yukwon disse, dando um soquinho no braço dele.
— E pra mim eu fiz a branca, porque branco significa gratidão. Vocês todos
ficaram do meu lado e me salvaram de todas as formas possíveis, mesmo com
todos os motivos do mundo pra virarem as costas pra mim. Por isso eu sou
muito grato. Vocês são os melhores amigos que eu poderia desejar ter ao meu
lado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu e Yuta já passamos dessa fase e estamos chorando como dois nenéns,
mesmo.
— Eu sei que é cafona ter pulseiras que combinam, mas agora que Jimin vai
embora e Jeonghan mora em Gwangsan-gu... eu só queria dar algo pra vocês
nunca esquecerem de nós quatro.
Sério, eu sou uma cachoeira. Meu deus do céu, nunca mais vou conseguir
parar de usar.
— Eu vou usar todos os dias. — Prometi, deslizando a pulseira por meu punho,
até colocá-la junto com a que Jungkook me deu.
— Caralho, Yuta, sério que você precisava fazer todo mundo chorar agora? —
Yukwon resmungou outra vez, inconformado, usando a manga da blusa para
secar as lágrimas antes que elas caíssem.
— Eu não gosto dessa coisa sentimental, vocês sabem disso. — Meu melhor
amigo voltou a dizer, fungando. — Então vai me desculpando, Jimin, mas eu já
adianto logo que não vou me despedir de você no aeroporto. Não vou chorar
mais de uma vez na mesma semana nem a pau.
Por isso, no dia seguinte, eu voltei para casa com a certeza de que essa foi a
última vez que vi meu melhor amigo antes de minha ida. E está tudo bem,
porque nada disso é um adeus.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tem certeza, filho? — Minha mãe perguntou aos prantos quando, no dia da
viagem, me acompanhou até a entrada da sala de embarque. — Se quiser
desistir agora, não tem problema!
— Querida, por favor... — Meu pai pediu e, logo atrás, Yuta e Jeonghan riem
da minha situação.
— Eu não acredito que meu bebê vai mesmo embora... — Ela se lamentou, me
abraçando com força pela sétima vez, até fez alguma parte do meu corpo
estalar.
— Diga a Jeon que é melhor ele cuidar muito bem do meu príncipe! — Ela
disse, em tom de ordem. — E você cuida bem dele também... eu vou torcer
com minha vida inteira pra que você seja muito feliz, eu juro.
Minha mãe assentiu, sendo amparada por meu pai quando seu choro se
intensificou ao me ver segurando o puxador da minha bagagem de mão.
Entretanto, antes que eu virasse as costas, um grito muito alto ecoou pelo
aeroporto e eu logo olhei assustado para o lado, vendo Yukwon correndo como
um louco enquanto empurra as pessoas pelo caminho.
Eu arregalei meus olhos na mesma hora, surpreso por vê-lo aqui, e não me
contive quando, ao invés de ir para o embarque, caminhei em direção ao meu
melhor amigo
— É bom você não achar nenhum outro melhor amigo lá em Seul — Ele disse,
em tom de aviso. — Ou eu juro que arranco seu cu com os dentes.
Eu ri, sem conseguir soltá-lo. — Eu não sou louco de chamar outra pessoa de
melhor amigo depois de Kim Yukwon ter ocupado esse cargo. Ele vai ser
sempre seu.
— Vai logo. Eu realmente não gosto dessa coisa sentimental — Ele disse, com
o nariz vermelho empinado, mal olhando para mim.
Eu concordei, rindo mais uma vez, e acenei para meus pais e para Yuta e
Jeonghan antes de finalmente embarcar.
E é só quando o avião deixa o aeroporto da minha terra natal que a ficha cai.
Eu estou indo embora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas eu não vou mais chorar, mesmo com o coração apertado, mesmo com
medo do que me espera. Eu estou seguindo em frente e vou dar orgulho para
todas as pessoas que ficaram para trás.
Entretanto, agora, eu tenho uma certeza: nós não vamos precisar nos despedir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
OLÁÁÁ! vocês também sentiram que esse capítulo teve um gostinho de final de
fanfic?
então, existe um motivo, esse capítulo marca, sim, o fim de uma era de
submissive. vocês podem considerar como o final de uma primeira temporada
da fanfic e no próximo capítulo começamos a segunda. mas, caso alguém já
esteja meio cansadinho da história, acha que já absorveu o que ela tinha pra
oferecer ou algo assim, eu deixo aqui esse final pra vocês! Para os que
desejam continuar, então nos vemos na próxima atualização!!
mas ah!! nós só temos mais cerca de 15 capítulos antes do fim definitivo de
sub, ok?):
acho que por hoje é só! Nos vemos dia 22, com a chegada de um novo
personagem rs até lá!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
36 • Boy Meets Evil
Eu sabia que me mudar para Seul me faria vivenciar coisas novas, algumas até
assustadoras, mas eu não imaginei nada como isso.
O céu já está escurecendo, a temperatura cai cada vez mais rápido e minha
roupa não faz mais um bom trabalho em me aquecer. Mas o pior é estar
sozinho nesse lugar.
Já sem esperança, pensando até que posso morrer congelado nesse lugar sem
que sequer sejam capazes de encontrar meu corpo, eu voltei a pegar meu
celular e fui até a página da internet, tencionando buscar o número de
atendimento do hospital, assim posso notificá-los que estou aqui para que
alguém venha me buscar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Não a melhor coisa a se fazer justo no dia em que vim fazer minha entrevista
de emprego, mas pior é morrer aqui.
Kim Wonsik.
❆❅❄❅❆
2 dias antes
Ele já resmungou algumas vezes que precisa me deixar em casa e voltar para
o escritório, mas em nenhuma dessas vezes ele me soltou. Na verdade, em
todas elas ele voltou a me beijar, me tirando também toda a força para
incentivá-lo a retornar para o trabalho.
— Eu não vou conseguir ficar longe de você — Ele disse quase sem voz,
voltando a me beijar intensamente no instante seguinte.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu posso ir pra Bangtan com você... — Eu consegui dizer quando ele
abandonou minha boca para deixar vários beijos em minha bochecha. — Se
não for atrapalhar...
— Machucou? — Ele se virou para mim, substituindo minhas mãos pelas suas
numa massagem muito mais gostosa.
— Não se preocupe, de agora em diante eu vou poder te dar tudo isso que
você gosta, anjo. — Ele garantiu, me agraciando com outro beijinho. —
Melhorou?
— Melhorou demais. Pra quem só podia transar tipo três vezes por ano...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Foi a última do dia, juro, juradinho. — Garanti, cruzando meus indicadores
na frente dos lábios e beijando-os em seguida, de ambos os lados. — E minha
perna melhorou sim, obrigado!
Eu poderia levar só um ou dois, mas com certeza vou querer comer muito mais
que isso, então melhor garantir e levar tudo de uma vez mesmo.
— Eu acho que tem uma maçã perdida lá em algum lugar. Só não sei se ainda
presta — Ele respondeu com um sorriso quase cínico, me puxando para dentro
do elevador.
— Mas eu comi bem, anjo. — Ele garantiu, como se lesse meus pensamentos.
— Só não comprei muitas coisas porque realmente não tenho tempo para
cozinhar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele sorriu, puxando minha mão entrelaçada à sua até seus lábios, beijando-a
logo depois.
— Fiquei com saudade da sua comida. — Ele disse, então. — E de dormir com
você.
Jungkook sorriu para mim, parecendo feliz pelo lembrete, e não me soltou
quando saímos do elevador no andar de sua sala privada. Ao fazermos isso, no
entanto, logo nos deparamos com duas mulheres além de sua secretária, e
meu corpo congelou ao ver que uma delas é sua mãe.
A outra é uma mulher jovem, talvez um pouco mais velha que Jungkook, mas
não muito.
Meu instinto foi tentar me afastar dele, como uma forma de tentar protegê-lo de
qualquer problema que possa ser gerado pela forma como estamos juntos
agora, mas ele foi mais rápido em reforçar o abraço em meu ombro, mantendo-
me perto.
— Você não deveria sair durante seu expediente. — Ela o repreendeu, sob o
olhar atento da outra mulher.
— Eu faço tantas horas extras nesse lugar, mãe, que mal tem compensar isso
agora?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Largue essa criança. — Ordenou, azeda. — E venha cumprimentar Lee
Eunbyul. Ela é filha do diretor da D-Lite. Estou apresentando a Bangtan a ela,
só faltava apresentá-la ao nosso CEO.
Ela não tem um rosto que se classifique pelos padrões como bonito, mas ela é
atraente de alguma forma, talvez por sua óbvia autoconfiança.
— Bom, Jeon-ssi, não vou tomar muito do seu tempo, que deve ser curto.—
Seu olhar em seguida recaiu em mim. — Acredito que vamos nos encontrar
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
outras vezes, então teremos oportunidade de conversarmos sem atenções
indesejadas.
— Eu espero que isso não seja o que estou pensando — Jungkook disse para
sua mãe com uma entonação firme, quase agressiva, contendo a voz para ser
ouvido apenas por ela.
— Escolha bem suas palavras antes de falar do Jimin. — Ele alertou, arisco,
sempre contendo a voz em sussurros irritados. — Nós estamos juntos,
estamos morando juntos, também, então é melhor aceitar de uma vez que seus
esforços em me arranjar um casamento serão todos jogados no lixo. —
Anunciou, enquanto eu me sinto acuado e desconfortável. — Agora com
licença. Vou finalizar meu trabalho o quanto antes para poder aproveitar a
companhia do meu namorado.
Entretanto, antes que qualquer outra coisa seja dita por qualquer das partes,
Jungkook me puxou pela mão em direção à sua sala, fechando a porta assim
que passamos para o lado de dentro. Sozinhos, então, ele me soltou, passando
as mãos pelo rosto num gesto nervoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele abriu um sorriso sem força para mim ali do meio da sala, estendendo um
braço para que eu me aproxime, e eu o faço depois de deixar meu pacote de
doces sobre sua mesa, me encaixando em seu abraço e apertando-o com um
montão de força, até arrancar uma risada sua
— Me desculpe por fazer você precisar lidar com minha mãe novamente — Ele
se lamentou, com a bochecha deitada sobre o topo da minha cabeça. — Eu
não sabia que ela estaria aqui, ainda mais com aquela mulher.
— Não tem problema, eu não me importo muito com aquela bruxa. Só tenho
medo de fazer você se prejudicar por minha causa... — Confessei, um pouco
acuado.
— Eu sou capaz de fazer tudo por essa empresa, meu bem, menos deixar de
ser seu, Se isso me prejudicar de alguma forma, que seja, mas eu não vou
abrir mão de nós dois. Lembre disso, tudo bem?
Será que sou muito egoísta por ficar feliz ao ouvir isso?
Eu não desejo de forma alguma que Jungkook tenha momentos difíceis dentro
ou fora da Bangtan, porque ele merece sempre o melhor do mundo inteirinho.
Entretanto, me acalenta saber que mesmo se algo assim acontecer, ele não
abrirá mão de mim, porque eu também não abriria mão dele.
— Eu preciso adiantar meu trabalho agora. — Ele avisou, então, mas ainda
sem me soltar.
— Não.
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Eu sorri, muito mais satisfeito com a possibilidade de ficar pertinho dele, e logo
me adiantei até a poltrona, sentando relaxadamente sobre ela enquanto
Jungkook se acomoda ao meu lado,
Com um olhar rápido, eu vejo que o porta retrato com nossa foto continua aqui,
no mesmo lugar de antes, o que me faz sorrir ainda mais.
Eu arregalei os olhos, porque essa não era a resposta que queria ouvir.
— Ai, ainda bem que eu não desarrumei minhas malas ainda. — Eu murmurei,
de brincadeira. — Acho que vou voltar pra Nam-gu...
Ele riu, se inclinando para me dar um selinho, e deixou seu rosto próximo antes
de esclarecer: — Foi brincadeira, meu bem. Eu nunca vou cansar de dar
carinho ao meu menino. Você, por outro lado...
— Espero que sim, mas eu te conheço. — Ele disse, sem parecer ressentido.
— Se você se sentir incomodado de alguma forma e achar que precisa de mais
espaço, lembre de ser sincero comigo, certo?
Eu ainda o olhei meio desconfiado, até ceder com uma expressão mais mansa.
Acho que ele tem razão. Deve ser como minha mãe falou, apesar de acreditar
que eu não vou querer matar Jungkook sufocado com uma almofada durante o
sono, como ela sentia por meu pai.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Aliás, — Ele voltou a dizer, lembrando de algo de repente. - eu estava
pensando em mudar para um lugar um pouco maior agora que vamos morar
juntos.
— Então você não quer morar numa casa com um jardim? E um quarto de
visitas para quando Yukwon vier te visitar?
— A gente pode ter uma banheira pra tomar banho juntinho? E uma cozinha
bem grande?
— Podemos ter o que você quiser. Eu vou passar todas as suas exigências
para a corretora. — Ele sorriu, cedendo ao meu pedido. — O que mais você
quer?
— Vou mandar encontrarem a casa com a maior porta de todas, então. — Ele
garantiu.
Eu me encolhi com um risinho. Depois ele ainda acha que a culpa é minha por
ser mimado.
— Mas de verdade, tudo bem por você? Eu entrei em contato com uma
imobiliária para pegar algumas informações, mas ainda não oficializei o pedido
de serviço. Nós vamos morar juntos, agora, então a decisão é sua também, por
isso preciso saber se você quer mesmo.
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Ele sorriu, devolvendo meu beijinho antes de segurar um de meus pulsos para
massageá-lo, então acabou sentindo as miçangas da pulseira que Yuta me deu
através da manga comprida do meu casaco.
— - Foi o Yuta que fez. — Eu lembrei, sorrindo pequenininho. — Ele deu uma
dessa pra todo mundo na minha festa de despedida...
— Ficou muito bonita. — Ele disse, olhando para mim. — Combina com você.
— Algo que você me disse que queria. — Ele respondeu, sem maiores
explicações. — Não lembra o que é?
Eu tentei forçar minha mente em busca da recordação de algo que pedi para
ele, até que lembrei e finalmente abri bem meus olhos, esperançoso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, meu bem. Mas ainda vamos conversar melhor sobre isso. Eu acabei
comprando por impulso, mas nós ainda não conversamos sobre pet play.
— Pet play e age play. — Eu citei, com a boa memória que tenho somente para
essas coisas. — Tô lembrado de tudo que você disse que precisa me explicar,
tá? Não me enrola...
— Você gosta, não é? — Ele apontou, me segurando pelo queixo para dar um
último beijinho na boca. — Claro que não vou te enrolar. Eu estou mais ansioso
que você.
Eu sorri um pouquinho. Assim como age play, eu já sei um pouco sobre pet
play, mas nunca vou perder a chance de aprender através das explicações de
Jungkook. Por isso, eu resolvo me manter em silêncio sobre o que já aprendi
em minhas pesquisas, e finalmente me calo para deixá-lo se concentrar em seu
trabalho.
— Eu acho que vou fazer as compras agora — Anunciei depois de checar pelo
celular qual o mercado mais próximo. — Você pode me pegar quando sair
daqui?
— Tudo bem, mas vá com cuidado. Ele cedeu, me afastando um pouco para
poder tirar seu terno, logo oferecendo-o para mim. — Eu não demoro a sair
daqui.
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— Tá. — Agradeci, deixando mais um beijo em sua bochecha fofa. Depois, eu
ainda o fiz rir quando vesti seu terno, que ficou enorme em mim, como era
esperado, e por último saí de sua sala.
Entretanto, a primeira coisa que notei foi um cara na fila do caixa ao lado do
meu. Ele tem muitas tatuagens, o cabelo tingido de vermelho e suas compras
parecem se resumir a um engradado de cervejas e vários pacotes de macarrão
instantâneo, mas o que realmente me chama a atenção é percebê-lo olhando
para mim, sem desviar o olhar nem mesmo quando me percebeu encarando-o
de volta.
-Eu ainda não acredito que isso está mesmo — Eu sei. — Eu disse, vendo as
ruas da minha nova cidade passarem pela janela do carro. — A gente não vai
mais ficar meses sem se ver, nem poder se falar só por telefone... meu deus,
Jungkook, eu vou poder te ver todo, todo dia!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim. — Ele concordou, com seu inconfundível tom de quem vai tentar fazer
um comentário engraçado: — E eu sempre vou saber quando você fizer cocô.
— Poxa, Jungkook. Você sabe que esse ainda é um assunto delicado pra
mim...
— E obrigado por me fazer tão feliz. Eu juro que vou me esforçar todos os dias
para te fazer feliz também.
Ele abriu um sorriso enorme com minha confissão, acho que por me ouvir
chamando-o também de amigo pela primeira vez. Mas é isso que ele é, para
mim.
No fim da noite, depois de mais umas coisinhas aqui e acolá, nos deitamos
para dormir juntos, assim como sua pelúcia de gatinho e a minha de coelhinho
ficaram juntas no criado mudo.
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Mas antes de cedermos ao cansaço do dia intenso, nós ainda conversamos um
monte. Falamos sobre minha entrevista de emprego no hospital, sobre como
vamos decorar nossa nova casa e sobre meus últimos dias em Nam-gu.
Eu contei tudo em mínimos detalhes para ele. Desde a conversa com meus
pais até o momento em que Yukwon apareceu correndo no aeroporto com um
cupcake, e Jungkook me ouviu atentamente como sempre faz.
Na manhã seguinte, ele precisou ir cedo para a Bangtan, mas nós tomamos
café juntos e nos beijamos um tantão antes de nos despedirmos.
— Como foi seu dia, meu bem? — Jungkook me perguntou quando, à noite,
voltou para casa — Você precisou de alguma coisa? Os canais do pacote da
TV a cabo são suficientes? Eu posso contratar um plano melhor.
— Não precisei de nada, não. O tranquilizei, ainda risonho. — E o seu dia? Foi
bom?
Eu acho que vou ficar muito mais mimado agora que vamos estar sempre
juntos.
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Mas, honestamente, não estou reclamando. Eu amo ser mimado desse jeito,
assim como amo toda a atenção e carinho que Jungkook me dá ao longo da
noite, mesmo que eventualmente eu tenha precisado dar um pouquinho de
espaço para ele trabalhar.
Depois, ele escolheu minha roupa para estar bem apresentável na entrevista.
Como ele tem um discernimento muito maior que eu em relação a essas
situações, não hesitei em pedir que ele o fizesse, assim como ele não hesitou
em aceitar.
— Eu acredito que você consegue fazer isso, anjo. Mesmo se não der certo
dessa vez, você pode tentar de novo, em outros lugares.
— Lindo. — Ele elogiou meio bobo, então, ao ver o resultado dos seus
esforços.
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Eu fiz uma caretinha meio sem jeito, depois aceitei o casaco que ele me deu
para o caso de fazer frio e, por fim, nós saímos de casa.
Eu concordei, animado com sua ideia, e esfreguei uma mão na outra antes de
beijá-lo rapidamente.
— Ok. É isso. — Eu disse, com uma risada nervosa. — Até depois, Jungkook.
Ele sorriu para mim num gesto encorajador, e eu finalmente saí do carro,
entrando no hospital em seguida e pedindo algumas informações antes de
conseguir encontrar o local onde será feita minha entrevista.
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— Então, Park Jimin... — Ela manteve o sorriso amistoso. — Como você está,
além de nervoso?
Eu não vou conseguir esse trabalho, é certeza. Meu deus, eu nunca vou
conseguir trabalho nenhum.
— Então vamos ser rápidos, não quero que você desmaie aqui. Jisoo riu,
alternando seu olhar entre o monitor de seu computador e eu. — Muito bem.
Seu currículo diz que você teve experiência em um hotel. Pode me falar sobre
isso?
— Mais ou menos...
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— Não é isso. — Ela riu, parecendo comovida. — Eu te expliquei isso para que
você entenda melhor a responsabilidade. O departamento de logística é
complexo, se ele desandar, tudo no hospital desanda. Então suponha que você
seja contratado. Sua função é básica, ela não envolve tomada de decisões.
Tudo que você precisa fazer é manter o sistema do hospital atualizado, verificar
os pedidos feitos por cada departamento e direcionar esses pedidos á lista de
fornecedores, depois repassar para o orçamentário. Não parece difícil, não é?
— Ótimo. — Ela ficou de pé, oferecendo sua mão para mais um aperto. —
Você pode esperar na sala ali fora, já vou contatar um funcionário para te
acompanhar. Boa sorte, Jimin.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é o candidato? — Uma voz próxima, meio grave, soou próxima, então
eu levantei o rosto antes de poder questionar a escolha do último emoji na
mensagem de Jungkook.
— Oi. — Ele disse parecendo não lembrar de mim, o que é estranho pelo tanto
que ele me encarou no outro dia. — Você pode vir comigo, eu vou te
acompanhar até a sala de treinamento
Sem falar mais nada, eu apenas concordei, seguindo-o pelo hospital, até uma
ala um pouco mais distante.
— É aqui, Park. — Ele disse, dando batidas na porta de uma sala antes de
abri-la, evidenciando um escritório grande e bem iluminado.
— Você soube por que essa vaga ficou disponível tão de repente, Jimin? —
Jinyoung questionou, mexendo no kimchi em sua bandeja quando nos
sentamos no refeitório.
— É, só que não foi acidente. — Jinyoung disse com algum desleixo amargo,
levando um pouco de arroz à boca logo depois.
— Para com isso, Jinyoung, não foi nada confirmado. — O outro advertiu. —
Ficar falando assim prejudica a imagem do hospital.
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— Você sempre defende demais o ponto de que foi só um acidente. Talvez
tenha sido você quem empurrou o Dongsun daquela escada?
O funcionário ao meu lado pareceu ofendido, mas antes que uma discussão se
iniciasse, ele acabou rindo.
Eu arregalei meus olhos, pego de surpresa. Meu deus, a situação é muito pior
do que eu pensava. E isso aconteceu aqui no hospital.
Já passa das quatro e meia da tarde quando ele finalmente me libera, mas
ainda está muito cedo para Jungkook vir me pegar. Mesmo assim, eu decido
esperá-lo e ainda antes de sair da ala administrativa eu olho para cima e vejo
uma das placas de sinalização indicando os sanitários, o departamento
financeiro e o acesso ao terraço do prédio, ao qual o elevador não dá acesso,
Sem muitas opções, eu desisto de ir até lá, subindo o lance de escadas que
leva até uma porta metálica já aberta, e eu me surpreendo ao encontrar uma
enfermeira recostada sobre a grade de proteção enquanto come o que parece
uma barrinha de cereal. Ela então logo me viu e eu fiquei incerto sobre me
aproximar ou não.
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— Cuidado com a pedra. — Ela avisou antes de qualquer coisa, e meus olhos
logo recaíram no pequeno bloco acinzentado que mantem a porta aberta. —
Nós não queremos ficar presos aqui em cima nesse frio.
— Ah, entendo. — Ela disse, com o vento gelado bagunçando os fios de cabelo
que escapam do seu coque firme, e sua entonação parece cansada — A vaga
no departamento de logística, não é?
— Sou. — Ela sorriu, parecendo não ter muita energia. — Minhas olheiras
devem deixar isso ainda mais claro que meu uniforme.
— Então muda... — Eu sugeri, como se fosse fácil assim. — Faz alguma coisa
que a senhora goste.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ela sorriu mais uma vez, mas não para mim.
— Não tem problema, sabe? — Eu ouvi seu tom brando. — Não saber o que
fazer, até se sentir perdido... não tem problema. Eu também não sabia o que
fazer da vida até encontrar a enfermagem.
Mas eu ainda não sei, e não preciso me sentir culpado por isso. Eu não vou
correr se nem mesmo sei aonde quero chegar.
— Tem uma música que diz isso, não é? — Ela olhou para o céu acinzentado,
com a expressão calma. — Tudo bem viver sem um sonho, desde que você
tenha momentos de felicidade?
Eu concordei com um movimento fraco, sem saber a que música ela está se
referindo, mas sentindo o significado desse trecho ir direto na alma.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Enfim. Ela suspirou, se afastando da barra de proteção e checando as horas
em seu relógio. — Meu horário de descanso acabou. Obrigada pela
companhia, menino. E boa sorte com sua vida.
Sozinho, eu puxei meu celular para ver as horas. Jungkook ainda deve
demorar um pouco para sair da Bangtan e como minha bateria está acabando,
eu volto a guardar o telefone no bolso. Depois, eu me viro para a barra de
proteção e me debruço sobre ela, ainda com um sorriso pequeno.
A pedra que a segurava um minuto atrás não está mais ali e eu honestamente
não sei como isso aconteceu, mas tento não me desesperar e caminho até ela,
tentando abri-la em vão.
— Tem alguém ai? — Eu chamei, esperançoso. — Por favor, abre a porta pra
mim, eu fiquei preso aqui fora!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Pra completar, o nervosismo intensificou o frio em meu corpo, e eu já sinto
meus pelos eriçados sob o casaco que Jungkook teve o cuidado de escolher
para mim.
Jungkook!
Eu esperei ansioso por uma resposta, mas não recebi nenhuma por quase
vinte minutos. Cada vez com mais frio, eu continuei batendo na porta e pedindo
ajuda enquanto isso, até perceber que é em vão e decidir ligar para Jungkook.
Eu só preciso do número de Junghyun ou sua esposa, assim posso pedir que
eles me ajudem sem deixar o hospital inteiro descubra que eu fiquei preso aqui,
mas Jungkook continuou sem me atender, provavelmente ainda está preso em
sua reunião.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Já prestes a passar para minha última alternativa antes que meu celular
descarregue de vez, eu ouvi a porta finalmente ser aberta, como o som dos
portões do paraíso sendo abertos.
— Ei, — Disse o ser iluminado que veio para me salvar. — Por que você está
aqui?
Eu não estou em condições de negar seu pedido, ordem, ou seja lá o que foi
isso, e acompanho-o para dentro.
— Você quer uma bebida quente? — Ele ofereceu, gesticulando para que eu
continue seguindo-o, e eu só me atenho à pedra, que antes segurava a porta,
ao lado do topo da escada.
— Sente. — Ele disse, apontando para uma das duas cadeiras pretas. — Foi
pela câmera do telhado que eu te vi preso.
Eu pensei em perguntar por que ele demorou tanto para perceber, já que esse
aparentemente é o trabalho dele, mas acho que seria indelicado perguntar
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
então apenas aceito e agradeço quando ele me serve chá de uma garrafa
térmica.
Vendo nisso minha desculpa para sair daqui, eu termino de tomar um chá
rapidamente, até queimo minha língua, um pouco desconfortável com a forma
como o segurança nunca tira os olhos de cima de mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Obrigado pelo chá. — Eu disse para Wonsik, estendendo a xícara de volta.
— Mas eu preciso ir agora... meu namorado vem me buscar.
Ele é muito estranho, de um jeito assustador, mas eu não deixo de ser educado
e curvo meu corpo respeitosamente antes de sair da saleta.
— O que foi, meu bem? — Ele perguntou, aceitando meu abraço, bem como
retribuindo-o.
— Fiquei com saudade. — Foi o que respondi, mesmo que essa não seja toda
a verdade, deixando seu cheiro suave me anestesiar.
Eu neguei ainda aninhado contra ele, sentindo a calmaria voltar a tomar conta
de mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
esse capítulo ficou um tantinho menor que o normal): a
mas ele introduziu várias das coisas que vão acontecer aqui nessa segunda
temporada, algumas que acredito que vocês sequer perceberam ainda, mas
não tem problema. vamos com calminha <3
só peço aqui que, como sempre, venham com a mente aberta. através de sub
eu tento quebrar certas imagens erradas que as pessoas costumam ter sobre
bdsm, mas eu não posso fazer isso se a pessoa já vem com "amas age play
romantiza pedofilia", por exemplo, sem disposição nenhuma a tentar entender
como ele funciona. então vamos fazer assim, eu me esforço pra explicar
direitinho através da história e vocês se esforçam pra abrir a mente, ok? por
favorzinho <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
37 • Omotenashi
JUNGKOOK
Às vezes, tudo isso ainda parece um sonho, e não me refiro somente à sua
mudança para Seul. Me refiro a absolutamente tudo que o envolve.
— Jungkook? — A voz de Namjoon reverbera por minha sala quando ele abre
a porta depois de anunciar sua chegada com duas batidas suaves.
No fundo, eu sei que ele não se importa de verdade. Sei que, apesar de
confessar alegremente sua vontade por uma cozinha grande, um quarto de
visitas para quando recebermos seus amigos e qualquer outro detalhe similar,
Jimin não precisa de nada disso para se sentir genuinamente feliz. Mesmo
assim, eu gosto de me esforçar por ele, de dar tudo que ele merece receber de
mim.
— Você precisa ver isso. — Ele disse, estendendo uma prancheta com alguns
papeis que logo reconheço como a ata de uma reunião.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
É um documento referente à Bangtan, um dos campos está preenchido com o
nome daqueles convocados para a reunião, mas o meu não está presente.
Quando desço os olhos até o campo seguinte, entendo o por quê.
— Não era para você ser notificado, Jungkook. — Namjoon disse, em tom de
aviso. — Eu descobri isso por acaso quando fui reservar a sala principal de
reuniões. Eles não pretendiam te deixar saber.
Desde que fui obrigado a assumir abruptamente o cargo mais alto na direção
da empresa, eu tenho consciência de que os acionistas não estão em total
acordo com essa decisão, mas aceitaram-na baseados na possibilidade de que
meu pai melhoraria e logo reassumiria sua posição. Entretanto, nada saiu como
planejado. Agora, eu ainda não tenho a experiência que meu pai tinha, logo
não tenho a confiança dos sócios, bem como minha nomeação enquanto CEO
é provisória e não é particularmente difícil me tirar da posição atual.
Entretanto, saber o que fazer é algo que foge completamente da minha ciência,
nesse momento.
— Eu vou pensar melhor, talvez conversar com minha mãe. — Concluí, enfim,
porque ainda que não seja um exemplo de figura materna, ela é a única pessoa
que conhece a Bangtan como meu pai conhecia. E, além de tudo, ela é a
pessoa mais inteligente que eu já conheci quando se trata de negócios.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você deveria fazer isso. Eu a encontrei antes de vir em sua sala, mas não
quis comentar antes de te deixar saber. — Meu amigo e secretário geral disse,
cuidadoso como sempre.
Ele anuiu a cabeça, girando sobre os próprios pés para se dirigir à porta. Antes
de sair, entretanto, eu o vi parar com a mão na maçaneta e me olhar outra vez.
— Aliás, Jun, eu sei que isso não tem nada a ver com o que vim tratar com
você... mas você por um acaso não sabe de alguém que queira adotar um
gato? Eu não consigo arranjar um lar definitivo pro filhote de jeito nenhum. 590
— Sinto muito, hyung. A única pessoa que eu conheço e que gosta de gatos é
o Jimin.
— Eu vou falar com ele. — Foi o que respondi, então, porque essa não é uma
decisão que possa ser tomada impulsivamente por mais que eu queira mimá-
lo.
— Ótimo, melhor que nada — Ele suspirou já mais aliviado, depois me olhou
em silêncio por mais alguns instantes: — E... como vocês estão? Você e o
Jimin?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Namjoon me mostrou uma expressão condescendente, sorrindo sem muito
entusiasmo.
Eu sei que ele não desaprova nossa relação, apesar de se mostrar bastante
receoso com as consequências que meu relacionamento com um outro homem
pode trazer à minha carreira e à empresa, e sei que seu receio não é
infundado. Mesmo assim, eu não vou esconder nem mesmo por um minuto o
quanto amo meu Jimin, em nenhuma instância de minha vida.
Sei também que isso é irresponsabilidade, chega a ser egoísmo, mas eu não
consigo calar a voz no fundo da minha consciência que me diz que tenho que
amá-lo sem medo das consequências.
— Fico feliz por saber disso. — Ele anunciou, então. — Mas sugiro que você
abra os olhos e seja mais cuidadoso a partir de agora. Sua situação já é
complicada o suficiente e eu não quero te ver com mais problemas.
— Não se preocupe. Eu estou determinado a fazer o que for melhor para mim.
Namjoon pareceu aliviado diante do meu anúncio, sem perceber que o que
julgo como melhor para mim não é o mesmo que ele pensa.
Por toda minha vida, eu coloquei a Bangtan em primeiro lugar. Tudo que eu fiz,
cada decisão tomada, foi sempre baseado cuidadosamente nas consequências
que todo mínimo detalhe acarretaria em minha vida profissional, mesmo
quando eu sequer ainda tinha uma. Por muito tempo eu não soube dizer o que
me motivava dessa forma, mas hoje sei bem que meu maior desejo era dar
orgulho ao meu pai.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O mundo já é um lugar ruim demais e eu não quero perecer diante disso me
curvando às suas imposições sociais cruéis. Por mais inconsequente que
pareça, aceitar o amor que me cabe independente de qualquer rótulo e ser feliz
assim é meu manifesto silencioso contra toda essa sociedade que oprime e
condena.
Mesmo que seja historicamente comprovado que rebeliões nem sempre têm o
desfecho esperado.
Eu assenti uma última vez, antes de finalmente vê-lo sair. Sozinho, eu terminei
de confirmar o compromisso com a imobiliária antes de voltar ao meu trabalho,
afundando-me em relatórios até a hora do almoço, quando só então deixei
minha sala e encontrei minha mãe para acompanhá-la até o restaurante
italiano em que ela fez reservas.
— Pelo menos dessa vez você não trouxe aquele menino junto. — Ela disse
assim que me aproximei o suficiente do carro.
— Acredite, não foi por falta de vontade. — Rebati, sempre impaciente para
sua insensibilidade.
Seu motorista abriu a porta do banco dos fundos para nós, e eu a deixei entrar
primeiro
— Eu dedico minha vida inteira ao meu trabalho, perco horas de sono para
fazer o melhor que posso por essa empresa, mas a senhora me julga
irresponsável porque a Bangtan não é a única coisa importante em minha vida?
— Devolvi, sem perder a mansidão na voz. — Tudo bem. Eu sou irresponsável,
então, e estou muito mais feliz assim
Ela balançou a cabeça num gesto de desaprovação, mas não tentou rebater
minha colocação. Na verdade, ela se manteve calada por todo o restante do
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
percurso e apesar de não ser de seu feitio perder oportunidades de réplicas e
tréplicas, eu não fiquei verdadeiramente confuso sobre isso. Não até que
chegamos ao restaurante e o motivo se tornou claro como água.
— Eu não acredito que a senhora fez isso. — Anunciei, como alguém que é
apunhalado pelas costas.
Apesar de tê-la visto somente uma vez, eu reconheço Lee Eunbyul, a mulher
que esteve na Bangtan dias atrás e que foi escolhida por minha mãe como
minha parceira ideal.
Ao seu lado está o homem que me leva menos tempo ainda para reconhecer.
Seu pai, Lee Jong Suk, CEO da D-lite, uma das maiores concorrentes da nossa
empresa.
Meu desejo é virar as costas e sair daqui, porque não confio nas intenções de
minha mãe. Entretanto, eu percebo que pai e filha notam nossa presença antes
que eu possa fazer isso, e a única coisa que me move em direção a eles é
minha educação,
Até porque não estar disposto a abrir mão de Jimin não quer dizer que eu perdi
toda a noção sobre o que devo ou não fazer enquanto representante da
empresa de minha família. Eu ainda levo meu trabalho a sério, só não o tenho
mais como única prioridade.
— Nos desculpem por termos feito vocês esperarem — Minha mãe disse
quando nos aproximamos e os outros dois ficaram de pé para nos
cumprimentar educadamente.
Minha mãe sorriu, aliviada. Esse deve ser o primeiro sorriso seu que vejo em
meses.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, nós todos nos sentamos, aceitamos os cardápios rapidamente trazidos
por um dos garçons e nos afundamos num breve silêncio, até que Eunbyul
tomou controle da situação com sua confiança inabalável.
— Foi seu pai quem se manifestou a seguir. — Mas agora é você quem parece
desconfortável, Jeon.
Pessoas como Jong Suk são capazes de ler as pessoas com mais facilidade. É
assim que temos mais chances de nos sucedermos nos cargos que ocupamos
nesse meio corporativo.
Jong Suk sorriu, deixando seu ego cegar brevemente sua distinção sobre
minhas reações. Não culpo unicamente seu egocentrismo, entretanto, já que
tenho consciência sobre minha habilidade de atuar bem em situações assim, e
eu definitivamente estou mentindo ao afirmar a existência de qualquer
sentimento positivo sobre esse encontro.
No fundo, por outro lado, eu me sinto cansado. Não bastasse a notícia trazida
por Namjoon mais cedo, ainda preciso lidar com isso, e tudo isso cansa.
Eu só quero voltar logo para casa e ver meu Jimin, aceitar seu carinho
despretensioso e dar toda minha atenção para ele, porque cuidar do meu
submisso renova todas as minhas energias.
— Acredito que o senhor tenha uma ideia. Estou errada? — Minha mãe quem
respondeu, e eu vi o sorriso afiado de Eunbyul em resposta a isso.
— Não disse? — Eunbyul apontou, com acidez por trás do tom brando. — Ele
logo se empolga com a ideia.
— Não o julgo. Uma união como essa seria favorável a ambos os lados.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Poderia ser, não é? — Ela disse ainda com o sorriso afiado, e me
surpreendo ao ouvir seu complemento: — Mas isso somente eu e Jeon-ssi
podemos dizer.
— Oh, não confie tanto no julgamento individual de meu filho para assuntos
como esse. — Minha mãe riu, como se fosse mesmo uma grande piada.
Minha mãe exibiu outro sorriso para ela, embora esse tenha parecido menos
verdadeiro, assim como a expressão de Jong Suk não parece inteiramente
satisfeita. Entretanto, o assunto casamento não foi mencionado outra vez
durante nenhum momento do almoço que compartilhamos.
— Você notou como meu pai é uma pessoa antiquada para algumas coisas,
não é? — Ela me perguntou, então, repentinamente. — Imagine como ele não
se sentiu derrotado ao descobrir que sua única herdeira seria uma mulher.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu quero assumir a D-lite um dia, mas preciso me esforçar dez vezes mais
que um homem para provar que sou capaz disso. Não espero que você
entenda, — Eunbyul continuou, diminuindo a velocidade de seus passos. —
mas um negócio bem sucedido com a Bangtan é minha oportunidade de
mostrar minha competência.
— Insensibilidade é você achar que essa é minha única forma de alcançar meu
objetivo. — Ela retrucou, afiada.
— Me desculpe. Não foi isso que quis dar a entender, só queria esclarecer o
que foi conversado mais cedo.
— Eu posso ainda ser jovem, mas te garanto que nunca conheci alguém com
uma desenvoltura tão natural quanto a sua. — Confessei, tentando tranquilizá-
la. — Tenho certeza de que todas essas pessoas estão erradas.
— Você ainda não está me entendendo. Eu não preciso que você amacie meu
ego. Eu sei que sou capaz, e é isso que quero mostrar a eles. — Ela puxou a
mão de dentro do bolso do sobretudo que cobre seu vestido, estendendo-a
para mim, e eu vi que está discretamente oferecendo seu cartão de contato. —
Eu quero te encontrar novamente. Para falar sobre negócios e unicamente
sobre isso. Já tenho algumas propostas para te fazer, espero que esteja
disposto a ouvi-las.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu olhei para sua mão ainda estendida para mim antes de apertá-la para
aceitar seu cartão.
— Ótimo. — Ela disse, com um último sorriso oblíquo, e se virou para mim
mais uma vez antes de caminhar até seu pai: — Aliás, me desculpe a
sinceridade, mas é melhor baixar sua bola sobre casamento e tudo o mais.
Você nem faz meu tipo, então pare de achar que eu tenho esse interesse em
você.
Eu acabei deixando uma risada surpresa escapar, e vi que ela sorriu também,
pela primeira vez parecendo sorrir de verdade.
— Você sabe como o mundo funciona, Jeon. — Ela disse, olhando para a rua
através da janela do carro.
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Na dúvida, eu aceitei como algo positivo, e não fiz nenhum outro comentário
até chegarmos à Bangtan outra vez, onde nos despedimos antes que eu
voltasse para a minha sala e ela, para a sua.
Agora que ele está aqui, voltar para casa é sempre a melhor parte do meu dia.
Distraído, ele sequer percebeu quando me aproximei por trás até que toquei
em seus ombros cuidadosamente para chamar sua atenção, e a surpresa o fez
ter um pequeno sobressalto, para logo em seguida fechar seu notebook com os
olhos arregalados como quem foi pego cometendo um crime.
Eu me abaixei para beijar sua bochecha, sem questioná-lo sobre sua reação
em esconder o que estava pesquisando. Eu ainda consegui ver que ele estava
lendo algo numa página de aconselhamento vocacional para estudantes e,
apesar de curioso sobre isso, não o pressiono para descobrir o porquê, já que
sua rapidez em esconder de mim deixa claro que não queria que eu visse.
— Tudo bem, eu que tava distraído. — Ele finalmente abriu um sorriso e virou o
rosto para me dar um beijo na bochecha. — Nem fiz jantar. Você tá com fome?
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Jimin assentiu, só então tirando seus fones de ouvido, e eu puxei a cadeira ao
seu lado para me sentar, já abrindo o aplicativo de delivery pelo celular.
Ouvir isso me deixa triste porque eu sei que meu Jimin também está, mas ele
mesmo prossegue antes que eu tente consolá-lo de alguma forma:
— Mas tudo bem, né? Eu vou ter outras oportunidades — Ele disse
conformado, mas tentando permanecer positivo. — Eu passeio dia procurando
outras vagas, segunda já levo meus currículos.
Eu sorri diante de sua reação sobre isso. É normal que ele se sinta frustrado,
mas ver que ele não se deixou abater por isso me deixa realmente feliz.
— Você pode levar seu currículo na Bangtan. — Eu sugeri, então, ainda com
um sorriso orgulhoso. — Não quer trabalhar comigo?
— Você está cada vez mais orgulhoso. — Apontei, mas de forma alguma como
uma crítica.
— Não é orgulho... eu só quero provar pra mim mesmo que sou capaz...
Eu sorri, completamente rendido por ele. — Você é muito capaz, meu bem.
Quando você perceber isso, eu vou estar aqui para dizer que já sabia desde o
começo.
Ele deixou uma risada boba escapar e esticou os braços em minha direção,
abraçando-me pelos ombros quando o puxei para se sentar em meu colo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— E como foi seu dia? — Ele perguntou, fazendo carinho em minha nuca com
seus dedos pequenos e gordinhos.
— Quer tomar banho juntinho pra relaxar? — Ele ofereceu, com os olhos
brilhando em expectativa.
Eu sorri mais uma vez. Um banho com Jimin é tudo de que preciso agora.
— Eu almocei com ela, hoje. Com ela, o pai dela e minha mãe. — Anunciei,
porque honestamente não vejo motivos para esconder isso, e eu confio que
Jimin não vai reagir mal mesmo sabendo as intenções de minha mãe sobre
essa mulher.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele sabe que pode confiar em mim, e isso me deixa feliz
Eu ri, beijando-o só mais uma vez antes de voltar a pegar meu celular para ver
nossas opções.
Eu não consegui conter uma risada alta com sua constatação, e acho que
posso tê-lo machucado de tão forte que o abracei em resposta a isso.
Entretanto, não posso assumir a culpa por isso. Meu menino que é adorável
demais, então é impossível controlar esses impulsos.
Pela manhã, nós levantamos logo cedo e Jimin preparou nosso café enquanto
eu tomava meu banho, depois eu lavei a louça enquanto ele se arrumava.
Como ainda não existe uma divisão de tarefas bem definida entre nós dois,
viemos fazendo dessa forma desde que ele se mudou para Seul há alguns
dias.
Ele passa mais tempo em casa por ainda não estar trabalhando, então
naturalmente, por enquanto, tem mais oportunidades de cozinhar e arrumar o
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
apartamento, mas nós dois sabemos que isso vai mudar quando ele começar a
trabalhar e eu prefiro tomar responsabilidade por parte das tarefas domiciliares
mesmo que ele insista que não é preciso e que devo usar meu tempo livre para
descansar. Eu prefiro evitar que ele de alguma forma sinta que é sua obrigação
fazer tudo isso, então deixo claro desde já que o que é nosso deve ser cuidado
por nós dois, sempre.
Por isso, eu tomei o cuidado de deixar a cozinha limpa antes de sairmos para
encontrar a corretora que nos acompanhará na visitação das casas que a
imobiliária selecionou.
— Vamos ver se você gosta dela por dentro também. — Eu disse, ainda
deixando um beijo em sua mão antes de descermos do carro.
Os muros da casa são baixos, mas a vizinhança parece tão tranquila que não
vejo isso como um problema, e o jardim é bastante espaçoso, o que faz o
sorriso de Jimin se tornar ainda maior e consequentemente me faz sorrir
também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jeon Jungkook e Park Jimin? — A mulher sentada na varanda nos chamou
quando nos percebeu, logo exibindo um sorriso receptivo para nós. — Eu sou
Na Yubin, a corretora de vocês.
— Essa casa tem dois quartos, um deles é suíte, o outro fica logo ao lado do
banheiro, A sala tem espaço para dois ambientes, um de estar e outro de
jantar, e a cozinha é bem ampla, sem muitas paredes. — Yubin explicou, sem
ouvir a confissão empolgada de Jimin. — Ah, também temos um outro cômodo
que pode ser usado como escritório, quarto de estudos, enfim... isso fica por
conta de vocês.
Jimin soltou sua mão da minha, afastando-se um pouco para olhar ao redor
com mais atenção, e a corretora me mostrou outro sorriso amigável.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu vou dar privacidade para que vocês conheçam a casa. — Ela anunciou,
apontando para sua prancheta. — Se ela for do seu agrado, eu apresento as
negociações possíveis antes de levar vocês à próxima residência, Tudo bem?
— Esse aqui seria o nosso quarto, né? — Jimin perguntou, caminhando pelo
espaço vazio em direção à porta do sanitário, e ofegou assim que a abriu. —
Jungkook! Tem uma banheira!
— Aqui não teríamos esse problema. Nós poderíamos dormir com a janela
aberta no verão — Supus, apoiando meu queixo no topo de sua cabeça antes
de girar nossos corpos um pouco mais para trás. — E poderíamos colocar
nossa cama ali.
— E a gente pode colocar uma mesa de trabalho pra você naquele quartinho. -
Dessa vez, foi ele quem sugeriu. — Não faz bem pro seu corpo trabalhar
sentado no sofá, sabia?
— Justo. — Eu ri, deixando um beijo sob seus cabelos escuros. — Você disse
que tem uma banheira? Nós podemos tomar banho juntos nela, como quando
estávamos em Jeju.
— Bota pra fora, vou dar um beijinho pra sarar — Jimin ofereceu, rindo sozinho
quando fez um bico para me beijar.
— Não machucou, meu bem. — Menti, abraçando-o com força outra vez.
Eu o acariciei, olhando ao redor mais uma vez. Eu gostei dessa casa e, assim
como Jimin, consigo nos imaginar construindo nossa vida nesse lugar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas na verdade, com ele, qualquer lugar pode ser meu lar.
— Eu sei que a gente não pode escolher sem pensar direito, mas eu realmente
gostei daqui... — Ele confessou, baixinho, como se lesse meus pensamentos.
— Eu gostei do jardim, gostei da cozinha, a porta de entrada é bem grande,
tem um quarto pro Yukwon e dá pra gente transar na banheira...
Um dia com Jimin me deixa feliz como eu nunca me senti durante toda a minha
vida, e é por isso que eu quero sempre fazer o mesmo por ele.
Jimin assentiu, com os olhos fechados de tanto que está sorrindo agora. Eu me
sinto mais próximo do paraíso a cada vez que ele sorri assim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entretanto, uma rajada mais forte de vento adentrou pela janela aberta e fez a
porta do quarto bater com força, o que o assustou e logo fez seu sorriso bonito
desaparecer para dar lugar a uma expressão tensa.
Jimin assentiu, mas manteve os pés cravados no chão quando puxei sua mão
para sairmos do quarto.
— Anjo?
Ele continuou olhando para a porta por alguns segundos, até que virou seu
olhar para mim e respirou fundo, apertando minha mão com mais força.
— Não é isso, é que... eu fiquei preso no telhado. Tinha uma pedra segurando
a porta porque ela não abre por fora, mas de repente a pedra não estava mais
lá e a porta bateu...
— No telhado?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
segurança por lá. Provavelmente algum segurança não te viu e fechou a porta
para impedir que outras pessoas subissem.
— Foi por isso que você parecia tão desconfortável quando fui te buscar? —
Perguntei, me sentindo um pouco culpado por não ter dado a devida atenção a
isso e acreditado que ele só estava preocupado por conta da entrevista de
emprego.
Ele fez que sim mais uma vez, mas logo deu de ombros,
— Mas deve ter sido o que você disse. Eu que sou medroso mesmo. — Ele
concluiu, exibindo seu sorriso lindo mais uma vez.
No total, nos visitamos outras quatro casas, todas maiores e mais luxuosas,
mas nenhuma delas nos cativou tanto quanto a primeira.
— Olha essa aqui — Jimin virou seu celular para mim quando paramos num
sinal vermelho, exibindo uma foto de Yukwon fantasiado de palhaço, com seu
riso ecoando dentro do carro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Anuí em concordância, mas logo senti meu próprio celular tocar com uma nova
notificação, e o alcancei depois de me certificar que o contador do sinal ainda
está longe do zero. Quando vi que é uma mensagem da transportadora,
entretanto, minha vontade foi de ultrapassar o sinal vermelho na mesma hora.
Eu acho que nem precisava responder, porque minha expressão satisfeita deve
deixar isso muito mais que óbvio.
— Eu quero ver logo! — Ele quase exigiu quando voltou e sentou ao meu lado
no sofá, puxando a caixa de minhas mãos para cortar as fitas adesivas.
Depois, ele tira todos os itens de dentro da caixa, um por um. As duas coleiras
coloridas, o plug anal com uma cauda felpuda e a tiara com orelhas da mesma
cor.
Eu não deveria ter comprado antes de conversar melhor com ele. Entretanto,
fui facilmente vencido pela imagem de Jimin engatinhando para mim com as
orelhas felpudas, o rabo de gato entre suas nádegas e o sino em uma coleira
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
chacoalhando a cada movimento seu. Agora, corro o risco de ter me
precipitado.
O que me alivia é ter total confiança nele enquanto submisso. Meu Jimin já
provou mais de uma vez que reconhece suas limitações e é fiel a elas
independente dos meus desejos, então caso ele não se sinta confortável com o
que estou prestes a apresentar, sei que ele será sincero sobre isso
independente de ter ou não os objetos em suas mãos.
— Coloca em mim?
— Ficou bom? — Meu menino perguntou, ansioso. — Você tá com uma cara
de bobo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu o puxei para meu colo para abraçá-lo com força outra vez, completamente
rendido por mais que não seja a primeira vez que ele me chama de dom-dom.
Eu honestamente não tenho condição emocional para lidar com isso.
— As coleiras também são lindas. — Ele disse, apontando para elas. Uma tem
um tom esverdeado, com as duas faixas de couro unidas por um anel metálico
em forma de coração, onde também está preso o sino. A outra é cor-de-rosa
com alguns rebites de tom azul bebê e o sino preso diretamente a ela. — Eu
nem sei de qual gostei mais...
Ele assentiu e não saiu do meu colo quando eu me movi para pegar a primeira
coleira, retirando-a da embalagem e usando a flanela que veio com ela para
limpá-la antes de colocá-la no pescoço de Jimin.
— Essas coleiras não têm o mesmo significado que a sua primeira.- Eu disse,
tirando sua coleira social para deixá-lo somente com a nova. — Coleiras como
essas são usadas durante algumas práticas, mas não têm valor emocional
Eu o movi sobre meu colo para deixá-lo mais confortável, depois beijei sua
bochecha unicamente pelo prazer de fazê-lo.
— Tudo bem, então. — Cedi facilmente, sempre apaixonado pela forma como
ele se mostra disposto a aprender comigo. — Eu sei que você anda fazendo
suas pesquisas, então provavelmente já sabe um pouco sobre o que é o pet
play, não é?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sei, sim. — Ele anunciou, todo orgulhoso. — É um tipo encenação onde
uma pessoa finge ser um animal. E eu vi também que os animais mais
populares nessas encenações são cachorros, gatinhos e pôneis, mas tem
outros também
— Isso, meu bem. — Eu o parabenizei com outro beijo suave, porque sei que
ele ama ser recompensado por seus acertos.
Jimin sabe amaciar meu ego e sabe agradar seu dominador, mas não afirmo
isso pelas coisas que ele diz e sim pelas palavras exatas que escolhe para
dizê-las. É sempre sincero, mas esperto, também.
Um manipulador nato.
— Certo. Acho que também é óbvio que cada tipo de animal play envolve um
contexto diferente para melhor se adequar ao pet em questão. — Continuei,
enfim. — Mas algumas coisas se aplicam a todos. Por exemplo, animais não
falam, não têm polegares e a maioria anda sobre quatro patas, então quando
um animal role play está em cena, esses aspectos devem ser respeitados.
— Eu não sei te responder com muita precisão, anjo. No meu caso, o pet play
me atrai pela troca de poder e pela responsabilidade que vem com ele. É
sobre me tornar momentaneamente ainda mais responsável sobre as
necessidades de meu submisso, e você sabe que me faz bem cuidar de você.
No caso de quem interpreta o pet, o prazer pode estar na possibilidade de se
transportar para um estado mental menos complexo. — Expliquei
cuidadosamente, sempre sob sua atenção inabalável. — O BDSM é praticado
por pessoas adultas e a vida adulta traz muitas preocupações, então role plays
como esse ajudam a fugir da realidade por um tempo e dão descanso à mente.
— Acredito que sim, mas essa é apenas a minha forma de ver. Podem existir
outras interpretações, outros motivos. Como eu disse, é tudo muito flexível, e a
forma como nós interpretamos e colocamos em prática qualquer coisa
relacionada ao BDSM pode ser muito diferente da forma como outras pessoas
fazem, mas isso não quer dizer que um está errado e o outro está certo.
Eu disse.
Manipulador do caralho.
— Eu não me mudei pra Seul pra ver meu namorado todo vestido dentro de
casa. — Ele resmungou, risonho. — Tira, por favorzinho...
— Muito. Obrigado.
Eu sorri, deslizando a ponta do meu nariz sob sua testa antes de beijá-la.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Dentre todas as possibilidades — desde a dominação e submissão que se
restringem às sessões, até aquelas em que o submisso cede total controle de
sua vida ao seu dono, eu sei que essa troca parcial de poder é a que mais
combina com nossa relação.
Nós encontramos nisso o equilíbrio que funciona para nós dois. Somos
dominador e submisso, mas somos também namorados, parceiros e amigos.
É por isso que, às vezes, eu não o puno mesmo quando ele se comporta mal,
nem vou cobrar que ele acrescente um senhor a cada pedido que me fizer. É
sempre uma questão de oportunidade. As vezes uma punição fora de hora
pode deixá-lo magoado, e esse nunca é o objetivo
Mesmo que, não de hoje, eu desconfie que meu Jimin tem uma porcentagem
de brat em meio à sua submissão, então ele costuma amar suas punições.
— Não acha que já recebeu muitas informações, meu bem? Você precisa
assimilar tudo que já te disse.
— Eu sei, e eu vou estudar mais depois também... mas eu tô muito curioso pra
ouvir você falar sobre isso...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tudo bem. — Cedi, afastando-o brevemente, e ele ficou de pé quando
percebeu o que estou tentando fazer. — Mas antes você vai tomar um banho e
comer alguma coisa. Nós passamos o dia todo fora, então você precisa
descansar um pouco.
— Tá...
Eu sorri quando ele fez o mesmo com a coleira, deixando-a em meu colo antes
de caminhar até o banheiro, um pouco emburrado.
Ainda esperando-o sair do banho, eu aproveitei para fazer algo para ele comer,
depois nós lanchamos juntos e por último foi minha vez de passar meu tempo
no banheiro para me lavar.
Assim como Jimin, eu preciso estar com a mente descansada para ter essa
conversa. Age play é, provavelmente, o mais complexo pelo que ele já se
interessou e vai me custar algum esforço explicá-lo de forma clara, além de ter
consciência de que não sou capaz de explicar tudo de uma só vez por mais
que queira.
Por isso, eu não poupo meu tempo debaixo do chuveiro, tentando organizar
minha mente e as informações que considero mais importantes para serem
oferecidas a ele nessa primeira conversa. Ao fim, eu consigo traçar uma linha
de raciocínio que engloba os pontos que acho mais importantes e já
perceptíveis em nosso relacionamento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não é isso, meu bem. Só precisei pensar um pouco. — Garanti, terminando
de vestir minha calça de dormir antes de me juntar a ele, vendo-o vestindo
nada além de uma blusa minha, com os cabelos escuros ainda úmidos caindo
ao redor de seu rosto ansioso.
— Antes de começar, eu quero deixar claro que o que vou explicar agora é
muito pouco perto de tudo que o age play oferece, tudo bem? Então você
sempre vai precisar estudar para entender melhor todas as possibilidades.
— Sempre, anjo. Com isso você não precisa se preocupar. — Ele sorriu ainda
mais, parecendo confiante sobre minha garantia.
— Então... assim como o pet play, o age play é um tipo de role play, mas nesse
caso o cenário é formado por pessoas que se portam como tendo uma idade
diferente da biológica. Uma pessoa de trinta anos, por exemplo, pode assumir
um papel como um adolescente de quinze, ou como um idoso de sessenta.
Muitas pessoas acham que o age play consiste em alguém no cenário sempre
se portar como tendo menos idade, mas isso não é uma regra, apesar de ser n
mais comum.
— Também como o pet play, o age é sempre praticado por pessoas adultas e
com condições mentais de compreender em que estão se envolvendo, e ele
pode ou não ter conotação sexual. No caso em que não existe intenção sexual
durante a prática, os envolvidos costumam fazer isso como uma forma de se
afastarem um pouco da vida adulta, relembrar momentos bons do passado ou
simplesmente se libertar da pressão social que os obriga a agir de determinada
forma, quando essa forma não condiz completamente com a sua natureza. Os
motivos são vários, mas via de regra, como tudo que eu já te apresentei, o age
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
play sempre busca a obtenção de prazer de todas as partes envolvidas. Nesse
caso, o prazer está muito mais ligado à mente que ao corpo, entende?
— Esses mesmos motivos podem ser usados como ponto de partida para a
prática do age play sexual, a diferença é que existe espaço para outras práticas
sexuais durante o role play. Na maioria dos cenários envolvendo essa forma, o
submisso costuma se portar como um adolescente, também chamados de
middle, então o próprio comportamento do sub abre portas para a inserção do
erotismo e do sexo propriamente dito. De qualquer forma, a prática sexual
ocorre sempre entre pessoas que têm total capacidade de medir suas atitudes
e as consequências delas, e é isso que as pessoas de fora não entendem. Por
mais que o age play envolva alguma mudança comportamental, a consciência
das pessoas envolvidas permanece como a de alguém que pode e vai ser
responsabilizado por seus atos.
— Não, meu bem. Não tem nada de errado na forma como você age. — Me
apressei em tranquilizá-lo, porque ele parece incomodado, agora. — É
somente um traço da sua personalidade. Lembra que eu disse que algumas
pessoas se envolvem no age play para se libertar da imposição social sobre
seus comportamentos? Muitas das vezes, isso acontece antes mesmo de
serem apresentadas ao role play, porque é algo que pertence a elas. É
completamente natural.
— Mas isso não é ruim? — Ele insistiu, brincando com seus dedos de forma
frustrada.
— Depende, meu bem. Não é algo ruim quando a pessoa consegue discernir
os momentos em que pode agir dessa forma, ou não. Você, por exemplo,
assume esse papel mais infantil quando se sente confortável para isso.
Comigo, até com Seokjin, porque ele te dá essa abertura, às vezes com seus
amigos. Não é um problema, porque assim como sabe que pode agir dessa
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
forma em determinadas situações, você também já mostrou que não perde a
consciência sobre as responsabilidades que precisa ter. É diferente de quando
acontece uma desconstrução completa da pessoa enquanto adulta e ela
regressa quase definitivamente a um estado mais novo e dependente. Pode,
sim, acontecer e não é bonito, nem fácil de reverter, por isso é preciso ter
bastante cuidado.
— Lembra como você cuidou de mim logo depois da morte de meu pai?
Questionei, sem soltá-lo sequer por um segundo. — Lembra como você abriu
mão completamente de toda essa postura mais infantil e esteve ao meu lado,
sem falhar nenhuma vez? E lembra como ontem, quando cheguei em casa,
você me disse que passou o dia procurando novas vagas de emprego?
Ele fez que sim com a cabeça, e eu sinto suas mãos apertando o tecido de
minha blusa.
— Jimin, você pode não perceber porque essa mudança é muito natural para
você. Você age como meu menino quando pode, e quando não pode você
automaticamente assume a postura de alguém de dezenove anos, alguém
responsável e maduro o suficiente. Nunca deixa de ser adorável, mas
consegue perceber a diferença?
— Sim...
— Então? Quer saber mais? — Questionei, ciente de que talvez seja melhor
para por hoje. Entretanto, Jimin optou por continuar ao balançar a cabeça num
movimento tímido. — Certo, agora acho que posso explicar melhor os papeis
numa relação que envolve age play.
— Tá bom...
— Little é como é chamada a pessoa que age como alguém mais novo. Essa
atitude pode ser algo encenado ou apenas a libertação de um traço real de
personalidade, como eu já falei. Um little pode agir literalmente como um bebê,
como uma criança com mais ou menos idade, até como um adolescente,
Também falei sobre esse último, o middle, que é um tipo de little normalmente
um pouco mais rebelde e sexual. Eles têm muito do comportamento de um
brat.
Espero que ele não me morda, nem me ataque com um travesseiro pelo que
vou dizer agora.
— Não exatamente. Você não pode ser classificado como brat porque é óbvio
que não gosta de me desafiar, apesar de fazer isso quando está irritado. Mas
você também gosta de ser punido, eu consigo ver o sorriso que você tenta
esconder toda vez, então você também não é completamente submisso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
No fundo, eu acho que entendo sua relutância em ser associado de qualquer
forma a um brat. Apesar de saber que não é algo ruim ou desmerecedor, Jimin
e muito mais submisso que um rebelde, então seu desejo de me agradar quase
sempre é maior, e ser associado a uma personalidade que gosta exatamente
do oposto deve deixá-lo um pouco cismado.
Ele ficou irritado. Consigo ver pela forma como seus olhos estão comprimidos e
como suas bochechas estão avermelhadas agora.
— Exato. Quase o tempo todo, até se irritar com algo. Você sabe que isso não
é ruim, não é?
— Eu sei... mas...
— Não tem mas, Jimin. Esse é outro traço de sua personalidade, e eu o amo
como todo o resto em você.
— É esse traço de personalidade que faz você oscilar entre um little obediente
e um middle, dependendo da situação. Isso é bastante normal, na verdade,
littles dificilmente apresentam um único tipo de faixa comportamental.
— Tá, então eu sou sub, brat, little, middle, tudo de uma vez. Que bagunça. —
Ele resmungou. — E você é o que, Jungkook?
Ele apertou os lábios num sorriso ansioso, se afastando um pouco mais para
me olhar bem.
— Ainda não tínhamos formalizado, mas sim. Nossa relação não vai mudar só
porque demos um nome a isso. Você vai continuar sendo meu menino sempre
que se sentir confortável para isso, e vai ser o Jimin responsável quando for
preciso. A única diferença é que agora você conhece termos novos e já sabe
os cuidados que deve ter pra não deixar isso virar uma bagunça.
— Sim, anjo. E eu vou amar e cuidar de você não importa o que você escolha
ser.
Jimin abriu um sorriso enorme e eu fui pego de surpresa quando ele pulou em
meu pescoço repentinamente, o que me fez cair para trás enquanto ele me dá
vários beijos pelo rosto inteiro.
Eu toquei em sua cabeça, puxando-o para deitar sobre mim depois de toda sua
euforia. Entretanto, antes de relaxar completamente, seu celular tocou no
criado mudo e ele resmungou baixinho antes de pegá-lo, e eu logo vi seus
olhos se abrirem em surpresa quando ele desbloqueou a tela.
Ele voltou a olhar para seu celular e, depois de mais alguns segundos de
suspense, um sorriso enorme se abriu em seu rosto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook... eu consegui! — Meu Jimin comemorou, voltando a pular em
cima de mim. — A vaga é minha!
[2] Acho que o Jungkook deixou isso bem claro ao longo da narração,
mas faço questão de enfatizar: age play é algo MUITO extenso e o que foi
mostrado aqui foi somente o princípio básico dele e a forma como se
aplica ao relacionamento dos jikook, mas existem várias outras
possibilidades além dessa. Lembrem sempre de pesquisar mais caso se
interessem, ok?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olá!!! que saudade):
eu sei que vocês já estão cansados, então não vou falar muito mais, só vou
avisar que tem um vídeo mostrando a planta 3D da Paradise lost lá no meu tt
(@panthereve, fixado > coisinhas de submissive > personagens de
submissive). Foi feito pela nenê mais linda desse mundo (não fui eu, eu sou
nenê, mas não sou linda) e eu tentei colocar aqui mas sou meio burra e não
consegui, então quem ainda não viu pode ver lá
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
38 • Arquimedes
É engraçado. Não é meu emprego dos sonhos e eu sequer fui a primeira opção
para ocupá-lo, mas ainda assim todas essas pessoas importantes para mim
ficaram genuinamente felizes por minha conquista.
É muito adorável a forma como ele está orgulhoso de mim, todo bobo por conta
de algo que eu não acreditei que o deixaria tão, tão, tão feliz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sei que vou receber meu uniforme hoje, mas não quis dar as caras no meu
novo emprego vestindo qualquer coisa, então pedi outra vez para Jungkook
escolher minha roupa, mesmo que logo precise trocá-la.
— Eu só chego em casa à noite, então não vou mais poder fazer nada muito
elaborado como antes. Desculpa...
Na verdade, eu sei que não preciso me sentir culpado por isso, mas eu
realmente gostei de cozinhar várias coisas diferentes para Jungkook durante os
últimos dias, já que tinha tempo livre. Hoje, entretanto, isso já mudou e eu nem
pude fazer o café da manhã tradicional que nós dois gostamos. Na verdade,
quem preparou nossa comida foi Jungkook, e nós saímos de casa tão
apressados que sequer tivemos tempo de lavar a louça.
— Pode ser o que você quiser, anjo — Ele disse, parando o carro na área de
desembarque de uma das entradas do hospital. — Meu Jimin vai querer
hambúrguer, então?
Dessa vez fui eu quem ri, e me livrei do cinto antes de abraçá-lo rapidamente e
roubar um selinho seu, que acabou sendo acompanhado por mais outros três.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tchau, Jungkook. Obrigado por me trazer — Eu me despedi, ainda
sorridente. — Bom trabalho!
Jungkook acariciou minhas costas só mais uma vez antes de deixar que eu me
afaste.
Ela é linda. Ou talvez eu ache isso pela emoção de receber meu primeiro
uniforme que não seja escolar.
— Você é o baixinho do outro dia, não é? — 0 moço que me lembro ter o nome
de Youngjae perguntou, sorrindo ao me ver entrar timidamente na sala.
— Isso. Jimin. — Me apresentei outra vez, pro caso de que algum deles não
lembre como me chamo. — Eu vou trabalhar com vocês a partir de agora
então, hm... é um prazer...
— mas é realmente um inferno trabalhar com esse cara ai. É o dia todo com
teoria da conspiração pra cá e pra lá. — Ela provocou, e começou a imitá-lo: -
Existem aliens infiltrados entre nós, oh, meu deus, o presidente é um Iluminatti
e o onze de setembro foi um atentado cometido pelo próprio governo dos
Estados Unidos!
— E não esqueça das teorias loucas sobre aquele grupo que ele acompanha -
Youngjae completou, brincalhão.
— O conceito deles é muito complexo, vocês fãs de artistas rasos não são
capazes de entender. — Jinyoung rebateu, amargo.
Eu acenei para ela, rindo das provocações entre os três, e Youngjae gesticulou
para mim, apontando para a última mesa vaga na sala, que é ao lado da sua e
de frente para a de Lalisa.
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— Você pode decorar sua mesa depois do jeito que quiser, viu? — Lalisa
disse, se esgueirando na lateral de seu computador para poder olhar para mim.
— A gente não gosta de coisa sem decoração.
— Lisa que o diga. Ela tem três fotos do cachorro e uma da namorada só
nesse espacinho aí que você está vendo.
— Ah, sim, outra regra da nossa sala: sem preconceitos. — Lalisa disse, me
olhando com uma expressão de aviso.
— Uh, toca aqui — Ela estendeu sua palma aberta, e eu choquei minha mão
contra a sua em um toque amigável.
Youngjae riu alto enquanto Jinyoung só mostrou um sorriso amistoso, mas sem
tirar os olhos da tela de seu computador. Eu também acabei sorrindo um pouco
mais, porque acho que vou gostar muito dos meus colegas de trabalho.
Kim Wonsik.
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procurar uma mesa para se sentar e Youngjae acenou para ele alegremente,
convidando-o para se sentar na nossa.
— Ei, Jae — Wonsik disse ao se aproximar com uma blusa de gola alta por
baixo da camisa do seu uniforme de segurança, provavelmente para esconder
suas tatuagens.
Ela meio que parece estar ligada numa tomada de duzentos e vinte volts,
constantemente.
É engraçado e fofo.
Mas Wonsik não é fofo, e eu não sei muito bem como agir quando ele senta
num dos dois bancos disponíveis e olha para mim, então tudo que faço é
abaixar o olhar na direção da minha comida, me sentindo um pouco intimidado.
Dongsun?
Eu já ouvi esse nome antes, acho que é o cara que caiu da escada.
— Ei, não pensa assim! — Lalisa disse, tentando ser positiva. — Ele vai
acordar, sim, e você vai ser padrinho no casamento dele, ok? Diga ok!
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— Quem liga para esse casamento, Lisa? — Ele questionou, um pouco mais
severo. — Eu só quero que ele acorde, o casamento que se exploda.
— Não dá pra ter certeza disso. — Jinyoung insistiu. — Eu ainda acho que não
foi só acidente.
— Ei. — Ele disse quando o olhei com a bandeja na mão, segurando-a com
uma força desnecessária. — Posso falar com você?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sobre o outro dia... — Ele começou com algum desconforto. — Eu fui rude
com você Queria me desculpar. Eu devo ter te deixado com uma má
impressão, não é?
— É por isso que quero me desculpar. Eu te tratei daquele jeito porque você
estava fazendo a entrevista para ocupar a vaga do Dongsun e eu e ele éramos
muito próximos. Não faz sentido, mas parecia que ele não tinha valor por ser
substituído com tanta facilidade e isso me irritou, mas eu não deveria descontar
em você, então me desculpe.
Ele sorriu também, e eu percebo que até agora não soltou meu pulso.
Eu fiz menção de me afastar para que ele me solte, mas então lembrei de outra
coisa,
— Ah... eu tenho a impressão de ter te visto dois dias antes da entrevista, num
supermercado. Era mesmo você? — Ele fez que sim, e eu me atrapalhei um
pouco para questionar: — E por que você ficou me olhando quando me viu lá
se nem me conhecia?
Wonsik sorriu com os lábios fechados, e eu apertei meus olhos ao sentir seu
polegar acariciar meu pulso.
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— Obrigado. — Eu murmurei. Eu não tenho a autoestima muito boa, mas meu
namorado também sempre me diz que eu sou muito bonito.
— É, hm... eu vou voltar pra minha sala, mas obrigado por esclarecer as coisas
— Eu disse, acenando uma última vez com a cabeça antes de finalmente me
afastar, deixar minha bandeja suja no recolhedor e sair do refeitório.
Eu realmente não sei se faz sentido acreditar que Wonsik está interessado por
mim ou se isso me faz parecer alguém autoconfiante demais, coisa que não
sou, ao menos sobre minha aparência.
Quer dizer, eu conquistei Jeon Jungkook, que é o homem mais incrível que já
conheci em toda minha vida. Com minha personalidade, com meus defeitos e
minhas manias, eu conquistei alguém como ele, alguém que não só aceita meu
jeito, mas alguém que verdadeiramente o ama. Isso me faz perceber que existe
mesmo algo bom dentro de mim e me faz ter mais confiança sobre o que sou.
Entretanto, o processo de aceitação sobre meu rosto, principalmente sobre
meu corpo, é algo que está me dando mais trabalho.
É meio estranho, mas eu não vou pensar muito nisso porque pouco me importa
se ele está interessado ou não. A única pessoa que eu quero que tenha esse
tipo de interesse por mim é meu Jungkook, e ele já sente muito mais que
atração, há muito tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De resto, eu só me preocupo em lutar para me aceitar um pouquinho mais a
cada dia para me sentir bem comigo mesmo, não para conseguir perceber se
essa ou aquela pessoa estão interessadas por mim.
Eu quis perguntar o que ele tem, mas seria indelicadeza então somente
continuei olhando-o enquanto tento ser discreto e me sinto mal por ele, porque
sua expressão parece de dor, ou medo.
O senhor não disse nada, mas um sorriso pequenininho apareceu em seu rosto
franzino, e eu juro que só isso me fez querer chorar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
fechar enquanto ela sai com o velhinho. — Obrigada, menino. Boa sorte com
seu trabalho.
Sozinho, eu suspirei.
Mas essa não foi a única vez que pesquisei sobre isso. No começo, eu só o fiz
por curiosidade, depois de ouvir a enfermeira falar sobre o quanto ama sua
profissão. Mas depois, eu continuei pesquisando, lendo, me apaixonando pelos
relatos.
Na verdade, eu não sei se sirvo para isso. Eu sei que sou muito bom em cuidar
de Jungkook, mas não sei se teria essa mesma habilidade em cuidar de outras
pessoas.
Isso me deixa confuso, mas acho que não me resta muito além de pesquisar
mais um pouco antes de tomar qualquer decisão.
— Ei, Jimin, chegou na hora certa! — Lalisa comemorou assim que entrei na
sala, rapidamente estourando minha bolha reflexiva. — Nós ainda temos tempo
de descanso, então vamos jogar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jogar o que? — Questionei, me sentando de volta em minha cadeira quando
vejo que todos eles também estão em seus lugares, Lisa com os pés em cima
da mesa, inclusive.
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Eu guardei o celular no bolso e apertei meu agasalho contra meu corpo, já que
o estacionamento está muito mais frio que o interior aquecido do hospital, e
logo encontrei o carro de Jungkook dentre todos os outros, correndo para me
esquentar com o calor do aquecedor, mas também com um abraço do meu
dom.
— Como foi? — Ele perguntou depois que eu entrei no carro, sorrindo apesar
do frio.
— Foi bom. Meus colegas são divertidos — Eu disse, já esticando meus braços
para pedir um abraço quentinho. — Obrigado... — Agradeci assim que ele
aceitou meu pedido, ainda me dando vários beijinhos de brinde. — E o seu
dia?
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— Bom, anjo. Entrei em contato com Lee Eunbyul. Temos uma reunião
marcada para depois de amanhã.
Eu assenti, sem me preocupar muito sobre isso. Jungkook disse que vai tratar
apenas de negócios com ela, e eu acredito.
Além de tudo, fico feliz por ver que as coisas na Bangtan andam bem para ele.
— Vamos logo para casa, — Ele disse, então. — seu jantar já está esperando.
— Ah, eu nem te contei. Lembra que eu fiquei preso no telhado, no outro dia?
— Questionei, tirando meus sapatos para apoiar meus pés no painel do carro.
— É que assim, eu o vi pela primeira vez quando fui fazer compras naquele
supermercado perto da Bangtan e ele tava olhando pra mim, tipo, muito! Mas
dois dias depois, quando eu vim fazer a entrevista, ele agiu como se me
odiasse e quisesse devorar minha alma. E hoje ele me pediu desculpas e
depois me disse que me acha muito bonito. — Eu contei tudinho, mas claro que
numa versão resumida. — Quão estranho é uma pessoa assim?
— Ele te tratou mal? — Jungkook parece incomodado. Ele não gosta que
ninguém destrate seu subzinho.
Eu o olhei, incerto no começo, para logo acabar rindo ao perceber que ele está
enciumado, mas não quer evidenciar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu disse, ele é doido... — Avisei.
— Não tão doido se pelo menos sabe quão lindo você é. — Ele respondeu,
sem fazer grande caso apesar de seu ciúme. — Mas se ele fizer qualquer coisa
estranha, me avise.
Menos de dois minutos depois, ele voltou e abriu a porta outra vez com um
sorriso meio suspeito no rosto. Eu estranhei ainda mais ao perceber que ele
não acendeu qualquer luz, mas assim que passei para dentro vi que a sala está
iluminada por velas acesas em cima da mesa arrumada, com os lanches do
McDonald's servidos como um jantar de cinco estrelas.
Ele tirou a mochila de minhas costas, depois me abraçou por trás e beijou meu
pescoço, e eu percebo que ele está sorrindo também.
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Meu riso perdeu força até se transformar em um sorriso persistente, e eu
pousei meus braços sobre os seus ao redor de minha cintura, sem parar de
olhar para nossa mesa de jantar toda decorada.
Eu sorri ainda mais, tanto que meus olhos fecharam todinhos e ficou tudo ainda
mais escuro.
Jungkook sorriu, e eu vi que o seu lanche veio com meu outro hambúrguer
favorito, e eu acho que ele fez isso para que eu pudesse escolher entre os
dois, mas eu sei que Jungkook não gosta muito do de camarão, então
contenho minha indecisão e não peço para trocar.
Parece que faz tanto tempo, mas mal se passaram quatro meses de la para cá.
Mesmo assim, tanta coisa mudou.
— Você está com saudade da viagem? Jungkook perguntou. Eu fiz que sim,
porque foi a melhor da minha vida. — Quando voltarmos lá, vamos ficar no
mesmo hotel, tudo bem? De frente para o mar.
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— Eu prometi que voltaríamos, não foi? No verão. — Ele lembrou, enquanto eu
devoro meu hambúrguer. — E não pode quebrar promessa de dedinho, não é o
que você sempre faz questão de dizer?
— Então eu vou planejar minhas férias pra quando você puder viajar! Mas eu
acho que não vou poder tirar férias por um bom tempo...
— Almoçar com meu Jimin todas as quintas? É claro que posso. Vou dar um
jeito de vir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Aham, fodi minha mão trabalhando na festa de um catarrento ontem e tá
bem ruim pra digitar.
— Que susto! — Eu ri, apertando o celular contra a orelha. — Mas que bom
que você ligou, eu tava com saudades...
— Você foi embora há duas semanas, Jimin, como já está com saudade? Que
carência da porra.
— Vai se foder, você é chato pra caralho, ninguém vai aguentar ser seu amigo
por muito tempo.
— Você aguentou...
— Enfim, eu só liguei pra saber como você tá mesmo, e pelo visto tá carente -
Ele disse. — E liguei também pra mandar você me passar seu endereço
depois, vou enviar um negócio pra você.
— Vou ficar esperando meu presente! — Anunciei antes que ele desligue em
minha cara. — Tchau, Yuk, amo você!
— Ainda é reciproco — Foi tudo que ele disse antes de encerrar a chamada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Já acertei o dia da mudança para a próxima quinta. — Jungkook anunciou,
três semanas e meia depois que me mudei para Seul.
Alguns dias atrás nos anunciamos nossa decisão para a corretora e fechamos
o negócio para nossa nova casa, a mesma que tem um jardim, um escritório
para Jungkook trabalhar e uma banheira pra gente transar.
Jungkook deu o apartamento como entrada, então ele vai ficar sob
responsabilidade da imobiliária assim que nos mudarmos, e para cobrir o valor
restante nós vamos pagar parcelas mensais, para as quais eu vou contribuir
com parte do meu salário.
Um tempo atrás eu mal conseguia lidar com a escola, agora estou em uma
cidade completamente nova, trabalhando e comprando uma casa.
Acho que Jungkook tem razão. Por mais que eu aja como uma criança quando
me sinto confortável para isso, a vida adulta já infiltrou em mim tão
naturalmente que eu sequer me dei conta.
— Pode colocar na caixa, meu bem. — Ele respondeu e eu sorri quando ele se
agachou ao meu lado e colocou uma máscara descartável sobre meu rosto. —
Para te proteger do pó.
— Na verdade, existe muita coisa ruim nas universidades além dos professores
maldosos ou das matérias difíceis. A vida universitária definitivamente não foi
minha experiência favorita.
Nós ficamos em silêncio por algum tempo, embora não seja desagradável.
Mas, pensativo, eu fiz uma pausa e abaixei minha máscara, olhando para
Jungkook.
— E... mesmo assim, você sempre acreditou que era isso que queria fazer?
— Acho que sim. Eu sempre quis ser como meu pai, então não tinha muitas
outras possibilidades.
— Que inveja...
— Você não precisa sentir inveja disso, anjo. — Ele me tranquilizou e me deu
um beijinho quando me passou outro livro. — Junghyun não soube o que fazer
até os vinte, até fez dois semestres de um curso que acabou abandonando. Só
depois ele se encontrou na medicina. Cada um tem seu tempo, então não se
pressione assim.
— Eu sei, mas... e se eu decidir que quero uma coisa, mas descobrir que não
serve para mim só depois de tentar? É muito tempo perdida e isso me
assusta...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Hm? De verdade? — Ele parece ter sigo pego de surpresa. — O que, meu
bem?
Eu respirei fundo, me sentindo nervoso, até deixei uma risada afetada escapar
antes de voltar a olhar para ele.
Eu apertei meus olhos e esfreguei uma mão contra a outra antes de rir um
pouco mais, completamente ansioso.
— Não é o que você esperava, né? Desculpa, mas eu quero muito tentar...
— Eu disse que quero tentar, Jungkook... não sei se vai dar certo...
— Só não vai dar certo se você mudar de ideia, meu bem. — Ele garantiu, e eu
até gemi um pouquinho de dor quando ele me abraçou com ainda mais força.
— Você é tão bom em cuidar dos outros, anjo, e tão dedicado quando
realmente quer alguma coisa. Eu sei que você vai conseguir, se realmente
quiser isso.
Eu mordi meu lábio, então o abracei de volta e escondi meu rosto em seu
ombro. É um pouco assustador confessar isso em voz alta, mas é tão bom
compartilhar tudo isso com meu Jungkook. Ele é tão carinhoso, me dá tanto
apoio e confia tanto em mim.
Sem precisar ouvi-lo dizer mais uma vez, em apertei o globo terrestre preso à
minha pulseira. Eu posso ter o mundo nas mãos, não é? O Jimin de dezesseis
anos ouviu isso e não acreditou, mas o de dezenove realmente quer acreditar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então eu vou tentar de verdade. Eu vou estudar muito e vou ser o melhor
enfermeiro que você já conheceu!
Eu sei que isso não é nada perto do tempo que ficávamos sem sequer nos ver,
mas eu não consigo deixar de estranhar isso tudo. Porque depois que me
mudei, Jungkook não me procura mais como antes, nem parece perceber as
minhas investidas.
Agora que o dia finalmente chegou, nós acordamos às quatro da manhã para
termos tempo de levar tudo até a nova casa antes de Jungkook ir para a
Bangtan.
As caixas com nossas coisas vão uma parte no carro, o restante vai no
caminhão de frete que ficou responsável por levar a cama nova e os poucos
móveis que compramos nos últimos dias na verdade, eu não tive muita
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
contribuição financeira nessas compras - e o restante dos móveis são os que já
estavam mobiliando a casa.
— Vai levar uma eternidade pra arrumar isso tudo... — Eu choraminguei, vendo
nossa nova sala cheia de caixas em todo canto.
— Não arrume sozinho. — Jungkook alertou, segurando meu rosto para deixar
um beijo em minha testa. – Aproveite seu dia de folga, no fim de semana nos
arrumamos tudo.
— Eu preciso ir agora. O caminhão com o resto das coisas deve chegar logo —
Ele disse, acariciando meu rosto. — Tem certeza de que vai ficar bem sozinho?
Eu quis suspirar em frustração por vê-lo tão indiferente a algo que antes
facilmente o excitava, mas tudo que faço é assentir com um sorriso pequeno.
— Você também, anjo. — Mais uma vez, um beijo na testa. — Qualquer coisa
me ligue. Mais tarde eu volto para almoçar com você.
Antes de ir embora, então, ele me deu mais um beijo morno. Sem língua.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Frustrado, eu passei o resto da tarde pensando nisso. Os montadores dos
móveis fazendo um barulho desgraçado e eu só pensando que meu namorado
não sente mais tesão por mim como antes. E o pior de tudo é que essa
mudança foi repentina, então eu realmente não entendo.
Eu sei que nada disso é uma punição, porque Jungkook nunca me puniu sem
me deixar saber que estava sendo punido, além de me dar a certeza dos
motivos.
Além do mais, eu fui um bom garoto durante as últimas semanas, nem dei voz
ao lado brat que ele acha que eu tenho.
Eu continuo com a barriga gorda, mas Jungkook sempre se sentiu atraído por
mim independente do meu peso.
Eu realmente não sei e nem consigo parar de pensar nisso, então decido fazer
algo.
Quando eu ouvi seu carro estacionar em nossa garagem sob a chuva forte que
começou no fim de tarde e não parou até agora, meu coração já começou a
bater descompassado e eu me levantei, trêmulo, para recebê-lo com um
guarda-chuva.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois de passar para o lado de fora e descer os poucos degraus até o jardim,
eu parei ao lado do SUV e esperei Jungkook abrir a porta, mas me surpreendi
ao vê-lo todo molhado mesmo estando dentro do carro.
— Eu precisei correr até uma banca. — Ele explicou, mas isso não esclarece
nada nem mesmo quando ele pega a sacola com uma revista e se abriga
debaixo do guarda-chuva comigo.
— Vem logo tirar essa roupa molhada e tomar um banho quente ou você vai
pegar um resfriado — Avisei depois de deixar a sombrinha na varanda e fechar
a porta, vendo Jungkook com os cabelos completamente molhados.
Eu não acredito que ele correu debaixo da chuva só para comprar isso para
mim...
— Namjoon me disse que eles vendem essas revistas sobre profissões numa
banca lá perto da Bangtan, e realmente vendiam. — Ele explicou, ainda
sorrindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Namjoon também disse que um primo dele prestou vestibular ano passado e
que pode pegar alguns livros e apostilas com ele — Ele continuou. — O que
faltar eu faço questão de comprar
— Você já contou pra quantas pessoas que eu vou tentar fazer isso? —
Perguntei, risonho.
— Eu não contei para ele, só disse que alguém que conheço estava pensando
em fazer. Eu não sabia se você gostaria que eu contasse, então não contei.
Ele assentiu, deixando seus sapatos na entrada antes de me seguir até nosso
quarto, e eu enchi a banheira enquanto ele tira as roupas molhadas, que eu
logo levei para a lavanderia. Depois, eu voltei para checar se a água estava
suficientemente quente — quente o suficiente para não deixá-lo sentir frio, mas
não tão quente para fazê-lo reclamar sobre sua pele derreter ou qualquer coisa
assim. Nossa divergência sobre a temperatura ideal da água é algo que até
hoje não entrou num consenso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você tá tenso... — Eu disse, sentindo os músculos travados sobre minhas
mãos.
— Estou?
Ansioso, eu afastei minhas mãos de seu corpo e as levei à blusa que estou
vestindo, desabotoando-a aos poucos até deixá-la cair na parte seca da
banheira, depois eu me movi cuidadosamente até ficar de pé, já
completamente nu, e caminhar até parar na frente de Jungkook, que me olhou
em silêncio, com a expressão indecifrável.
Eu o senti suspirar arrastado ao apoiar sua boca em nariz em meu ombro, sem
me rejeitar enquanto eu continuo provocando-o, tentando fazer meu homem
me desejar outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Olha, Jungkook... — Eu movi minha virilha contra sua barriga, forçando
minha ereção precoce contra seus músculos para mostrar como estou
necessitado. — Olha como o seu submisso está...
Sua respiração parece mais tensa, um pouco mais ruidosa, e eu gemi em pura
satisfação quando ele segurou minha cintura com mais força, a ponto de
machucar do jeito que eu gosto, antes de empurrar meu quadril para baixo na
direção do seu
— Vai. Rebola.
— Não precisa...
— Você sempre reclama muito mais das dores quando não usamos, meu bem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
contra seu membro, talvez pedindo por uma punição ou por qualquer coisa que
faça meu Jungkook agir como costumava agir antes.
Mas tudo que ele fez foi suspirar, dessa vez em cansaço, e empurrar meu
quadril para longe do seu.
Eu não acho que esse foi o melhor momento para agir como um bratzinho
mimado.
Ele não está disposto agora, mas também não esteve durante quase um mês
inteiro.
— Ei, ei — Ele pareceu nervoso com meus pensamentos. — Não tem nada de
errado em você, anjo, é claro que não tem!
— Então por que? Você pode me dizer, eu não vou ficar chateado, eu só quero
entender...
— Me desculpa, meu bem. Eu sei que você tem suas necessidades, mas
minha cabeça está cheia, tem tanta coisa acontecendo na Bangtan e eu estou
tão cansado... Me perdoa por não conseguir cuidar bem de você, por favor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não precisa se desculpar, Jungkook. Você ainda é o melhor dominador do
mundo e cuida muito bem de mim sempre, eu juro...
Eu não entendi o que ele quis dizer, a princípio, mas isso mudou assim que
senti sua mão envolver meu pênis, prestes a começar a me masturbar.
Jungkook me abraçou ainda mais e deixou um beijo em meu ombro num sinal
que reconheço como agradecimento.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu sei, meu bem. — Ele garantiu, mas não parece estar disposto a falar
sobre isso agora. — Eu realmente sei disso.
— Tá bom. Quando você quiser falar, eu vou estar aqui. — Reforcei, sem
tentar forçá-lo a conversar agora. — E só mais uma coisa? Eu te amo muitão.
Ele sorriu, genuinamente. E se for para fazer esse sorriso lindo aparecer em
seu rosto, eu dou graças aos céus por ter aprendido a ser mais compreensivo e
menos explosivo.
— Mas agora deixa eu fazer uma massagem e lavar suas costas! — Eu disse,
meio mandão. — Meu Jungkook precisa relaxar um pouco.
Ele segurou meu rosto e me deu outro beijo inocente na testa. Dessa vez, eu
não me sinto frustrado por não ser beijado na boca, porque sinto todo seu
carinho nesse gesto.
Agora, eu sei que ele me ama, e não acho que qualquer outra vez em minha
vida vou duvidar disso. Por isso, eu anuncio, calmamente:
— Eu sei, Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
oi espero que esteja todo mundo atento ao presente do Yukwon
mas oi
antes de mais nada quero esclarecer uma coisa que eu percebi que algumas
pessoas não entenderam no capítulo passado: Jimin e JK já praticam age play
desde antes de ter sido explicado aqui. no caso deles< o age play acontece
sempre que o Jimin age daquele jeito mais próximo ao de uma criança. O que
aconteceu no capítulo passado foi só um esclarecimento sobre isso, é normal
que praticantes do age play definam bem o momento em que ele acontece,
inclusive se vestindo a caráter e tudo o mais, mas no caso dessa fanfic e desse
casal, o age play acontece naturalmente sempre que tem essa transição do
Jimin pra uma personalidade mais inocente e infantil.
ah e > o Jungkook É um daddy dom<. ele não vai ser chamado de daddy
pelo Jimin porque não acho que cabe ao relacionamento deles, mas ele não
deixa de ser um. então se vcs amam o JK nessa fanfic, não faz sentido dizer
que odeia daddy pq é exatamente isso que ele é???? kkkkkk me deixaram
MUITO brava na última att por causa disso ó.
vcs sabem que eu sempre faço essas coisinhas pra ilustrar melhor e tudo o
mais, então agora eu trouxe a planta 2D e 3D de duas coisas: da sala onde o
Jimin trabalha (nem sei pq fiz, mas aqui está kkkkkk) e do novo ninho de amor
dos jikook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
essa planta da casa obviamente é como ela vai ficar quando já estiver
toooooda arrumada, mas eu não quis fazer uma planta pra ela atualmente e
outra pra quando ela ficasse pronta pq sou preguiçosa então fiz de uma vez u-u
por enquanto é isso! espero que tenham gostado da att e nos vemos de novo
dia 02/09, até lá <333
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
39 • Pochemuchka
Não sei se é apenas por todo o trabalho acumulado de quando ele precisou se
afastar pela morte de seu pai, ou se tem algo a mais acontecendo.
De qualquer forma, eu o conheço bem o suficiente para entender que ele ainda
não quer falar sobre isso, então tudo que eu faço depois de sairmos da
banheira é secar seu cabelo para que ele não pegue um resfriado e preparar
algo para comermos em nossa nova cozinha ainda bagunçada. Depois, eu
preparei um chá para ele relaxar e vi a forma como pegou no sono rápido
mesmo dizendo quantas coisas precisava fazer antes de dormir.
Eu, por outro lado, continuei acordado, fazendo carinho no meu Jungkook
exausto e velando seu sono necessário.
Quando percebi que ele não acordaria tão facilmente, eu me levantei com
cuidado depois de deixar um beijo em sua bochecha redonda e voltei
silenciosamente à cozinha, onde gastei quase uma hora e meia para deixar
preparado o café da manhã para quando ele acordar amanhã.
— Anjo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você também trabalha amanhã, meu bem. — Ele lembrou, e eu senti seu
beijo preguiçoso quando ele se aproximou, acariciando também minha cintura.
— Vá deitar, eu lavo as panelas.
— Não. Ele foi reticente, e tudo que ganhei foi mais um beijo antes de ser
afastado da pia.
— Quer que eu faça café pra você? — Ofereci. — Se bem que não vai fazer
bem pro seu estômago...
Eu não tentei mais discutir porque sei que não vai resultar em nada, mas ao
invés de voltar para o quarto, eu fui até o cômodo menor que vamos usar como
escritório e o arrumei brevemente, deixando a escrivaninha livre para que ele
possa trabalhar nela. Se vai trabalhar, que pelo menos faça isso num lugar
adequado, e não sentado no sofá.
— Eu achei que tinha sido claro, meu bem. — Ele disse com seu inconfundível
tom de aviso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook umedeceu os lábios antes de se aproximar de mim outra vez, e sorri
fraquinho ao sentir sua mão acariciar minha cabeça num gesto de
parabenização.
— Obrigado, anjo. — Ele disse, então. Mas deixe de ser teimoso e vá dormir.
Eu assenti sem fazer cara feia. Não quero provocar meu Jungkook com minha
malcriação agora.
— Tá bom. Mas não demora muito pra ir deitar... seu Jimin fica com frio quando
você não tá na cama. Tá?
— Certo, coisa linda. — Ele tocou na gola de sua blusa social que estou
vestindo. — Você deveria ter vestido uma mais quente.
Jungkook riu fraco e eu fechei os olhos para receber um último beijo carinhoso
na testa.
Eu não estou tão acostumado a deitar para dormir sem Jungkook ao meu lado.
Normalmente ele deita comigo, me faz carinho e espera até que eu adormeça
antes de sair da cama para voltar a trabalhar, e toda vez que ele não faz isso
eu me sinto um pouquinho carente, mas eu não acho justo pedir que ele perca
ainda mais tempo de sono só para me dar cafuné.
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Mesmo assim, não posso dizer que dormi mal. Eu estava tão cansado que
logo peguei no sono, e não acordei nem mesmo quando Jungkook voltou para
a cama e ocupou o lugar do travesseiro.
Sua expressão confusa se tornou mais intensa até que ele pareceu lembrar do
dia do parque de diversões em que Yukwon e sua agonia nos fizeram correr
feito doidos atrás de um Ônibus.
— Eu sei que fica meio corrido pra você sair da Bangtan no horário pra vir me
buscar, então eu quero começar a voltar sozinho. Eu já vi qual a linha que
tenho que pegar pra descer no ponto perto de casa, então não precisa se
preocupar comigo!
Eu quis fazer uma expressão ofendida, mas sua preocupação parece tão real
que tudo que eu faço é acabar rindo.
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que sou adulto? — Eu questionei, ainda rindo um pouco. — Então você
também precisa lembrar que eu não sou um bebê o tempo todo, poxa.
Sem fazer grande caso disso, eu aproveitei os poucos minutos que ainda tenho
para ligar meu computador e acessar o site que nunca na minha vida imaginei
que buscaria voluntariamente: o do vestibular.
Eu ainda não sei a que universidade vou tentar aplicar a inscrição, mas a prova
é única e eu preciso me preparar para ela, o que me deixa um pouco
assustado já que sempre fui uma negação em assuntos acadêmicos. De
qualquer forma, eu realmente quero fazer isso. Eu quero tentar ser um
enfermeiro, então preciso arcar com os esforços que isso vai exigir de mim.
Por isso, eu abri a ementa dos assuntos cobrados na prova unificada e usei a
impressora da sala para imprimi-la, assim eu posso começar a organizar minha
rotina de estudos usando o material que Jungkook vai dar. Entretanto, eu suei
frio ao começar a ler lista de conteúdos e mal reconhecer o nome de alguns.
Mas eu não posso desanimar tão fácil assim sem nem mesmo tentar, então
resolvi fazer algo e tirei meu celular da mochila, praguejando ao ver que
esqueci de carregá-lo antes de ir dormir e a bateria já vai pela metade.
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Eu guardei o celular ainda sorrindo feito bobo enquanto Lalisa, Jinyoung e
Youngjae entram na sala juntos, conversando animadamente sobre algo.
— Ei, Jimin! — Lalisa foi a primeira a me chamar. — A gente vai sair pra beber
mais tarde! Você vai com a gente, né? Wonsik também vai!
Não tem jeito, depois que eu cismo com uma pessoa, não aguento nem o
nome dela.
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— Eu nunca concordo com ele, mas é verdade. — Lisa disse, sentando em sua
mesa à frente da minha. — Vamos, Jimin, vai ser divertido. Eu tenho cupons
pra um jantar, então também vai ter comida!
— Eu vou pensar mesmo, não é enrolação. — Talvez seja, mas eles não
precisam saber.
Quando eu parei perto, ele mal olhou para mim. Seu olhar continuou mirando a
TV, mas não parece que ele está prestando atenção, até porque o volume está
tão baixo que quase não se ouve.
Ele vagarosamente olhou para mim, parecendo demorar para entender que eu
estava falando com ele, e cada movimento pareceu penoso até que ele
negasse com um gesto trêmulo.
— Claro que pode, mas você acha que alguém se importa? — Ela questionou
baixo, parecendo amargurada sobre isso. Os filhos o internaram
permanentemente porque não querem a responsabilidade de cuidar de um
idoso. É sempre assim.
Eu olhei para o velhinho mais uma vez, me sentindo ainda pior que antes
enquanto o vejo em sua solidão, assistindo a um programa na TV ao qual
sequer consegue escutar.
— Acho que esse é o pior de trabalhar num hospital. — Ela se lamentou com
uma expressão negativa. — A gente se depara com muita coisa triste, todos os
dias.
Ele me olhou outra vez, as mãos ainda tremendo e o rosto evidenciando sua
dor a cada mínimo movimento.
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— Hora do seu remédio, senhor Baek. — O homem disse, alheio à minha
intenção de fazer companhia a ele.
O velhinho assentiu sem energia, com sua cadeira sendo empurrada para
longe de mim pelo enfermeiro. Entretanto, ainda antes de se afastar, eu o vi
olhar em minha direção e levantar sua mão trêmula num aceno de despedida
para mim. Ele sorriu um pouco, também.
Eu o fiz sorrir?
O motivo pelo qual sua expressão de dor sumiu por um instante para dar lugar
a um sorriso que deixou seu rosto ainda mais enrugado... fui eu? Só por ter me
oferecido para assistir televisão ao seu lado?
Com a cabeça longe, pensador, eu demorei para perceber que meus três
colegas e Wonsik estavam reunidos na saída do hospital, e eles gesticularam
em vitória quando me viram.
— Nem quero saber de ouvir você dizendo que não vai! — Foi Youngjae quem
resmungou.
— Eu vou, mas não vou ficar muito. — Avisei, tentando soar convincente.
— Oba! — Lalisa comemorou, dessa vez passando seu braço ao redor do meu
ombro e saltitando energicamente enquanto me guia hospital a fora.
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— Você gosta de pés de galinha, Jimin? — Youngjae perguntou, então,
enquanto caminhamos os cinco juntos.
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— Parece que você namora um cara bem paranoico. — O segurança disse em
tom de deboche assim que eu devolvi seu celular, já depois de enviar a
mensagem.
— Nunca consegui ver direito, o vidro do carro de vocês é muito escuro. — Ela
resmungou com um bico manhoso.
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— Da próxima vez que ele for me buscar eu peço pra ele descer e te
apresento, então!
— Obrigado — Agradeci assim que meu copo foi entregue já cheio, só então
respondendo sua pergunta: — E eu gosto, sim. Só sinto muita falta dos meus
pais e dos meus amigos...
— Não sei se nós vamos ser bons substitutos, mas nós podemos ser seus
amigos agora. Você sabe disso, né? — Foi Youngjae quem questionou,
atencioso.
— Não precisam substituir ninguém, mas eu ficaria muito feliz se pudesse ser
amigo de vocês também. — Eu respondi, um pouco tímido.
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— Diferente do Wonsik... — Lalisa resmungou, dando um soco no ombro do
segurança. — Por que você nem está conversando com a gente? Larga esse
celular!
Wonsik levantou os olhos, depois mirou seu telefone outra vez e pareceu
desliga-lo antes de voltar a arrumar sua postura.
Wonsik olhou para mim, relaxando sobre seu assento enquanto encaixa suas
mãos nos bolsos de sua calça, e é desconfortável o tempo que ele leva nessa
sua análise.
Eu sorri sem jeito, logo desviando meu olhar e tomando o primeiro gole
generoso da minha bebida para sentir a queimação característica substituir o
incômodo que esse Wonsik me provoca desde o primeiro contato.
Felizmente não fui o único a começar a beber, e à medida que o álcool foi
mostrando seus efeitos, as conversas ficaram mais fáceis, mais frouxas e
bobas, como se fossemos melhores amigos há anos.
Eu acho que eles são muito fracos pra álcool, porque eu bebi o mesmo tanto
que eles e me sinto muito mais sóbrio.
— Você está falando isso há três rodadas — Lalisa riu com os olhos
preguiçosos e as bochechas vermelhas.
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Eu senti meu riso frouxo forçar seu caminho para fora, mas ser interrompido
assim que percebi que ao se sentar, dessa vez, Wonsik sentou ao meu lado.
Desconfortavelmente próximo.
Minha risada ébria logo foi substituída por um pigarro incomodado, e eu recuei
um pouco quando antes de servir meu copo, ele segurou meu pulso,
acariciando-o como se tivéssemos intimidade para isso.
— Você ainda vai beber? — Ele perguntou, olhando-me com atenção, quase
como se houvesse apenas uma resposta certa.
— Parece que você já bebeu demais. Eu vou pegar uma água para você, então
não beba mais.
Eu apertei meus olhos, sendo um pouco brusco ao puxar meu braço para longe
dele.
— Eu te acompanho até sua casa. — Wonsik voltou a dizer com esse tom
idiota, como se ele pudesse mesmo tomar decisões por mim.
Não é porque eu sou submisso que sinto prazer com qualquer maluco falando
comigo desse jeito. É completamente desrespeitoso.
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— Eu prefiro ir sozinho. — Disse a ele, mandando ao espaço minhas tentativas
anteriores de ser minimamente civilizado. Eu sou deliberadamente grosseiro,
agora, e sequer me arrependo.
— Vá com cuidado! — Lalisa disse, sem que ela ou os outros dois tenham
percebido meu pequeno momento com o segurança.
— Quando chegar, bote logo seu celular pra carregar e mande mensagem
avisando se chegou bem, ok?
Eu assenti, sorrindo para ela e para os outros dois que não têm nada a ver com
minha cisma com Wonsik, então não merecem minha antipatia. Depois, eu me
certifiquei de que estava saindo sozinho do restaurante e caminhei de volta até
o ponto de ônibus do hospital, porque se eu for para qualquer outro ponto, é
capaz de me perder.
Felizmente, o ônibus não demora a passar e eu logo posso voltar para casa,
porque além de tudo eu estou cansado e tudo que quero é dar um abraço e
uns beijinhos em Jungkook antes de tomar um banho quente para dormir.
Entretanto, quando desço do ônibus e faço e o restante do percurso
preguiçosamente à pé, eu me assusto ao ver um carro familiar estacionado
logo ali em frente antes de ver Seokjin andando de um lado para o outro na
minha varanda enquanto roí furiosamente uma unha.
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— Hm...? — Eu apertei meus olhos ao perceber que, além de tudo, os seus
estão avermelhados, como se ele estivesse prestes a chorar. — Eu tô bem... e
você?
— Meu deus! Que susto! — Ele me puxou com brusquidão, apertando-me num
abraço firme antes de me afastar na mesma velocidade e me segurar pelas
bochechas. — Você está mesmo bem? Inteiro? Ah, droga, deixa eu avisar logo
ao Jungkook que você apareceu!
Seokjin se atrapalhou todo enquanto tenta me manter perto, olhar para mim e
usar seu celular ao mesmo tempo.
— Ele está te procurando feito louco há horas, Jimin! — Foi o que ele
finalmente disse, levando seu celular de encontro à própria orelha.
Eu pisquei, ainda confuso. Eu avisei que demoraria para voltar para casa,
então não entendo o que está acontecendo.
Ele fez um gesto um pouco agitado, me pedido para esperar enquanto tenta
fazer outra ligação para Jungkook, mas nós dois percebemos que não será
preciso quando ouvimos o barulho escandaloso de um carro estacionando
desastrosamente na frente de casa. Logo depois, Jungkook desceu do
automóvel, descalço, usando suas roupas de ficar em casa e caminhando
apressado em minha direção como se nunca mais esperasse me encontrar
vivo.
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Nosso amigo parecia prestes a chorar, mas Jungkook com certeza esteve
chorando.
— Ei... Jun, o que foi? — Eu continuei confuso como o inferno quando ele me
olhou de cima a baixo antes de me puxar contra seu corpo e me abraçar com
muita força, segurando minha cabeça e me enchendo de beijos enquanto eu
ouço suas lufadas de ar desesperadas e sinto seu corpo tremer, mas não
parece ser pelo frio.
— O que aconteceu? — Ele perguntou, com sua voz evidenciando ainda mais
um desespero que eu não compreendo. — Você está bem?
— Mas eu avisei!
— A única coisa que você avisou foi que voltaria sozinho para casa! —
Jungkook disse, muito bravo mesmo. — Você demorou mais de cinco horas
para aparecer, não te passou pela cabeça que eu ficaria preocupado?! Eu
passei horas te procurando pela cidade inteira e tentando falar com você, mas
seu celular nem ligado estava!
— Mas Jungkook, eu avisei! — Insisti, nervoso porque ele não deveria estar
brigando comigo. — Meu celular descarregou, mas eu mandei mensagem do
celular de outra pessoa avisando que ia chegar mais tarde!
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— Ei, — Seokjin se aproximou de forma cuidadosa. — pelo visto foi só um mal
entendido. Vocês não precisam brigar por isso.
Eu, por outro lado, nem consegui dizer nada. Só senti minha garganta queimar
e meus olhos arderem, mas sequer percebi quando funguei, já prestes a
chorar.
Eu vi Jungkook olhar para mim ainda com a expressão amarga e, sem dizer
nada, ele apenas entregou a chave a Seokjin antes de cortar todo o caminho
até a porta de nossa casa, me deixando para trás.
Eu não acredito que isso está acontecendo. Eu sequer entendo por que
aconteceu.
Eu gostaria de conseguir sorrir para ele, mas tudo que fiz foi acenar numa
concordância vaga e fazer o mesmo caminho que Jungkook fez. Já dentro de
casa, eu tirei meus sapatos e calcei minhas pantufas amarelas antes de ir até
nosso quarto, e o vi lavando os pés com a torneira da banheira.
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Eu pensei em reafirmar mais uma vez que, caramba, eu mandei uma
mensagem avisando, mas algo que eu aprendi foi a reconhecer os momentos
em que devo ou não fazer certas coisas nesse relacionamento, e esse
definitivamente não é o momento para tentar me explicar já que ele parece tão
determinado a não me ouvir agora.
E só existe uma coisa que me deixa mais confuso que ver Jungkook, uma
pessoa sempre tão calma, irritado e inflexível desse jeito:
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— Eu não sei. — Foi o que acabei por dizer. — Eu nem sei o que aconteceu
agora, Jin...
Ele suspirou, acariciando meu braço quando parei em sua frente no lado
oposto do balcão.
— Ele ficou muito preocupado mesmo. Parece que ele te esperou por mais de
uma hora depois do fim do seu expediente no trabalho, mas nem conseguia
falar com você, então me ligou desesperado e me pediu para vir para cá te
esperar enquanto ele te procurava. — Ele apertou os lábios num gesto
condescendente. — Ele estava desesperado de verdade, bebê.
Tudo que fiz foi passar as mãos pelo rosto, completamente frustrado.
— Olha... vai descansar. Ok? Depois vocês conversam com calma. Se você
quiser, eu posso passar a noite aqui.
— Não precisa. — Eu neguei, tentando não parecer ingrato. — Pode ir pra sua
casa, tá? E me desculpa por te deixar preocupado também...
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Depois de virar de um lado para o outro tentando dormir, eu desisti e levantei
para tomar um analgésico. Minha surpresa foi, então, passar pelo escritório e
vê-lo vazio logo antes de chegar à sala e encontrar Jungkook ali... dormindo
no sofá.
Minha garganta amargou ainda mais ao vê-lo ali, sem travesseiro ou um lençol,
completamente desprotegido do frio só para não dormir ao meu lado.
Eu precisei respirar muito fundo para não ceder ao impulso de ir até ele e
acordá-lo, porque eu consigo perceber seu cansaço pela forma como seu sono
parece profundo e seu ressonar está mais alto que o normal. Mesmo que me
sinta angustiado, Jungkook precisa desse descanso, então o que faço é tomar
meu remédio rapidamente para depois ir buscar um travesseiro e uma coberta
para ele, e só voltei para a cama depois de me certificar de cobri-lo
apropriadamente e apoiar sua cabeça sobre seu travesseiro favorito, que eu
ainda acho duro demais.
Dessa vez, no entanto, não existiu sequer uma hora completa de bom
descanso. A briga com Jungkook, minha preocupação com seu estresse fora
do comum e a desconfiança sobre Wonsik sugaram minha paz e, quando dei
por mim, o dia amanheceu e eu não dormi nem metade do que deveria. Mas
mesmo cansado, eu precisei levantar para me arrumar para ir ao trabalho, já
que preciso fazer meio expediente aos sábados.
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Entretanto, ele serve apenas a porção para uma pessoa.
E eu não estou triste por achar que essa comida é sua. Estou triste porque eu
sei que é para mim e que ele provavelmente não vai comer por conta de toda a
irritação que está sentindo. Jungkook nunca faria algo como preparar comida
para ele mesmo e me deixar sem nada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Dessa vez a comida está um pouco salgada de novo, mas nunquinha que eu
vou reclamar.
— Tá bom... — Eu respondi, usando toda minha força para não deixar meu riso
ganhar proporções maiores, e eu quase me sinto sufocar.
Ele pareceu confuso sobre minha risada repentina então acabou apertando as
sobrancelhas, mas seus lábios também se contraíram como se ele quisesse
sorrir sem perceber só por me ver rindo também.
Eu o amo tanto, meu deus. Ele consegue ser tão... tão Jungkook, mesmo
bravo.
— Até mais tarde, Jungkook. — Eu disse, enfim, e me inclinei para deixar mais
um beijo em sua bochecha, porque nunca me despeço sem fazer isso.
Ele fez um gesto breve, silencioso, e eu acenei quando desci do carro. Depois,
eu fui diretamente até minha sala e, como sempre, fui o primeiro a chegar.
— Jimin! — Jinyoung gritou assim que entrou na sala de supetão, fazendo uma
pausa dramática enquanto aponta para mim de forma acusatória. Depois, ele
murchou completamente: — Eu nunca mais vou beber na minha vida...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois do susto, eu acabei rindo.
— Ele é estranho, sim. — Confirmou, então. Quer dizer, eu sei que também
sou estranho, mas eu sou um estranho inofensivo. Aquele lá é mais do tipo
sociopata ou sei lá.
— Como é?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— As vezes eu acho que é implicância minha, mas não sei. É só que... a
energia dele é estranha. Eu não me sinto confortável perto dele, e ele tem
umas atitudes muito... sabe?
Jinyoung pode não parecer a melhor referência, já que ele vive cheio de teorias
da conspiração. Mas talvez ele esteja certo. Talvez existam aliens infiltrados
entre nós, talvez o presidente seja um Iluminatti, talvez o onze de setembro
tenha sido planejado pelo governo dos Estados Unidos.
— Mas olha, ele nunca fez nada de muito grave. — Jinyoung pareceu tentar
me tranquilizar. — Que eu saiba.
— Ah, caralho! — Meu colega gritou, de repente, o que me deu um puta susto.
— Minha cabeça vai explodir! Vou ver se alguém me dá um remédio decente!
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— Vai de ônibus hoje? — Ele perguntou quando saímos do prédio principal do
hospital, ainda antes de atravessarmos o estacionamento.
— Vida boa, essa sua. — Ele provocou, arrumando o gorro em sua cabeça. —
Queria eu uma namorada que viesse me buscar todo dia, mas sigo nessa vida
de proletariado solteiro, fazer o que?
Eu dei uma risadinha, só reafirmando como sou sortudo não por namorar, mas
por namorar Jeon Jungkook.
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— Você se machucou? — Ele perguntou, rapidamente se abaixando ao meu
lado e usando suas mãos para me ajudar a ficar numa posição menos
embaraçosa.
— Minha mãozinha...
— Vem, eu vou cuidar disso. — Ele disse, segurando minha outra mão e me
puxando em direção ao carro.
No carro, ele abriu a porta para mim, me ajudou a sentar e colocou meu cinto
de segurança, tudo com tanto cuidado como se eu fosse um paciente terminal,
mas é só uma escoriaçãozinha de nada.
— Está doendo muito? — Ele questionou quando, depois de dar a volta, sentou
no banco do carona.
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Talvez essa mentira inocente não tenha sido a melhor escolha, porque
Jungkook desistiu de colocar seu cinto no meio do caminho e se preparou para
descer do carro outra vez.
Ele passou a mão pela nuca, me olhando com alguma desconfiança antes de
assentir, e só então, depois de mais uma olhadela, ele ligou o carro.
Sem pensar muito, dominado pelo amor que eu sinto por esse homem, eu ergui
minha outra mão até tocar seu rosto, acariciando-o com devoção, o que o fez
erguer o olhar na direção do meu rosto.
Ele parou de massagear minha mão, mas não a soltou ao suspirar e balançar a
cabeça para os lados.
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— Eu não estou chateado com você. — Ele confessou, mesmo que
obviamente esteja chateado com alguma coisa. — Eu estou chateado comigo
por ter agido daquele jeito ontem...
— Então eu só deveria ter sentido alívio ao ver que nada de ruim tinha te
acontecido. — Ele me interrompeu. — Eu não deveria ter ficado irritado
daquele jeito. Me desculpe, anjo...
Jungkook abaixou os olhos e apertou minha mão num gesto um pouco tenso
antes de levantar o rosto outra vez.
Meu deus, eu ainda vou destroçar esses acionistas todinhos! Por que eles não
deixam meu Jungkook em paz de uma vez, hein?!
— É por isso que a negociação com a D-lite é tão importante. Conseguir fechar
um acordo a tempo é a única forma de talvez fazer eles mudarem de ideia, mas
o prazo que eu tenho é tão curto, e negócios assim demoram meses para se
estabelecer... Parece uma luta em vão e tudo isso me deixa tão exausto e
irritado, anjo, mas eu não deveria descarregar em você, então me perdoa...
Ele negou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não acho que vou conseguir, dessa vez, — Ele hesitou, e pareceu doer
no fundo de sua alma dizer o que veio a seguir: — Eu nem sei se quero
continuar tentando...
Eu senti meu corpo travar diante de sua confissão, sem saber exatamente o
que isso quer dizer
— Eles querem me tirar porque acham que eu ainda não estou pronto... e
talvez eles estejam certos. — Jungkook disse, sem qualquer sentimento bom
em sua confissão. — Eu não deveria precisar assumir a Bangtan tão cedo,
anjo. Eu não tenho a experiência, não tenho a confiança e honestamente,
agora, não tenho mais a vontade de continuar insistindo. Eu não sei se vale a
pena.
— Mas se isso acontecer... eles vão te tirar da empresa? Jungkook, ela é tão
importante pra você...
Dessa vez, eu fiquei calado, porque honestamente não sei o que dizer.
— E eu não quero viver assim, anjo... eu quero me sentir capaz de fazer meu
trabalho, quero poder deitar para dormir com você e não precisar levantar no
meio da madrugada para trabalhar e eu quero conseguir fazer sexo com você.
Eu quero tantas coisas, mas eu sinto que não vou ter nada disso se não fizer
uma escolha.
Ele me puxou pelas pernas para mais próximo da borda, então inclinou seu
corpo em minha direção e apoiou sua cabeça contra meu peito ao me abraçar.
— Eu deveria ter contado antes, mas eu confio em você, anjo. Eu já disse isso.
Você é a pessoa em quem eu mais confio.
Eu acariciei sua cabeça enquanto uso a outra mão para segurá-lo perto, mas
ele acabou afastando seu rosto para me olhar outra vez e meu coração
explode mais que os fogos de artifício da virada de ano quando consigo
perceber claramente a admiração que ele sente por mim, só nesse olhar.
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40 • Love List
JUNGKOOK
Eu não gosto de discutir com ele, odeio vero equilíbrio da nossa relação sendo
afetado por qualquer que seja o motivo, então agora me sinto mais tranquilo
por termos esclarecido as coisas.
Mas, ainda além disso, eu me sinto feliz por ter confessado a ele minha
situação atual na Bangtan. Eu não queria preocupá-lo, a princípio, mas sei que
não deveria pensar dessa forma. Principalmente porque conversar com ele,
deixá-lo saber sobre o que se passa em minha vida além da nossa enquanto
casal, é algo que me faz bem. É como ter sempre a certeza de que eu tenho
seu apoio incondicional, sempre me sentir amparado.
— Eu fiz uma lista do que a gente pode fazer hoje e amanhã! — Ele então
anunciou com um sorriso enorme e tão lindo, estendendo para mim um pedaço
de papel preenchido com sua letra bonita.
— Você fez isso? — Perguntei, deixando um beijo em seu ombro, e ele abanou
o papel outra vez.
Sim, é definitivamente assim que eu prefiro. Eu prefiro estar bem com meu
menino.
Por isso, por esse fim de semana, eu não quero mais pensar na Bangtan. Tudo
isso está me desgastando demais, eu mal tenho tempo para ele e isso
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
consequentemente me deixa ainda mais estressado. Então, por esses dois
dias, eu vou me dedicar inteiramente a ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu terminei de ler sua lista cuidadosa, mas sequer sei como consegui chegar
ao final sem me desfazer em mil suspiros rendidos e apaixonados.
Quando eu disse que faríamos o que ele quisesse e Jimin me respondeu que
queria me deixar feliz, eu não imaginei que ele colocaria isso em prática tão
rapidamente, mas agora eu já me sinto preenchido por uma sensação pura de
felicidade ao perceber como ele reconhece facilmente que as coisas simples do
nosso relacionamento são as que eu mais adoro.
— Claro que ficou boa, anjo. — Eu o parabenizei com um beijo, porque sei
como ele ama ser elogiado.
– Então tá bom! A gente não precisa seguir a ordem da lista, tá? — Avisou,
movendo-se sobre meu colo para me olhar melhor. — Quer começar por onde?
Como eu disse, ser um sub manso em tempo integral é incompatível com ele.
Jimin e muito bravo para isso.
— Eu me esforço todinho pra fazer a lista perfeita e é isso que recebo... — Ele
resmungou, tomando o papel de minhas mãos. — Tá bom, Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu tentei não rir abertamente quando o vi fazer o mesmo que eu e apoiar a lista
em sua coxa gostosa antes de tomar a caneta de mim para escrever abaixo do
item riscado:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tá feliz agora?! - Ele perguntou, ainda ofendido.
— Não foi isso que eu quis dizer. — Eu o abracei com mais força, antes de
provocá-lo: -E é bratzinho do caralho, meu bem.
— Da poxa. — Ele insistiu, afastando meus braços pra ficar de pé. — Palavrão
me dá tesão, mas agora eu tô bravo e não quero ficar excitado.
— Eu não acredito que deixei meu Jimin bravo — Murmurei, sendo rápido em
puxá-lo de volta para meu colo.
Felizmente ele é todo desengonçado e não teve força para resistir, logo
desmontando sobre minhas pernas.
— E a culpa é de quem?
Ele me olhou novamente, mais uma vez tentando sustentar a expressão brava
e desconfiada, mas acabou se desfazendo num riso bobo.
— Tá... mas hoje eu também vou mimar você! — Garantiu. — Tem até mais
um item surpresa que eu não coloquei na lista, viu?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então vamos sair para comer. — Foi o que respondi, acariciando-o por cima
do seu uniforme do trabalho, que o deixa lindo. Parece um bebê rechonchudo
vencendo a vida adulta.
Às vezes eu sinto que posso chorar de tanto orgulho só de olhar para ele.
— Deixa eu tomar banho antes, tá? — Ele pediu, apertando minhas bochechas
com as mãos pequenas. — Pode escolher minha roupa?
Meu sorriso mal cabe no rosto toda vez que ele me pede algo assim, e ele vem
pedindo com cada vez mais frequência.
Quando Jimin saiu do banho, eu o ajudei a se vestir com a roupa que escolhi, e
preciso confessar para mim mesmo como me angustia ver seu corpo nu sem
qualquer marca dos meus tapas, mordidas e chupões que antes se faziam
presentes depois de cada encontro nosso.
Agora que estamos sempre juntos, e por mais que eu ainda o deseje como um
louco, toda essa preocupação enraizada em minha mente não deixa meu corpo
responder aos seus estímulos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O que foi, Jungkook? — Ele perguntou, confuso ao me ver olhando-o com a
culpa estampada no rosto.
— Eu só te acho tão lindo que não consigo ficar sem te admirar. — Foi o que
disse, enfim, e nem é uma mentira.
Ele sorriu, sem dizer mais nada, e apenas levantou os braços num pedido
silencioso para que eu o vista com sua blusa.
Depois de deixá-lo pronto e garantir que está agasalhado o suficiente para não
sentir frio quando estivermos na rua, eu vesti meu próprio sobretudo, peguei a
chave do carro, a lista que meu Jimin fez e o guiei até o lado de fora.
— Onde a gente vai comer? — Ele perguntou, com a mão esticada para
acariciar minha nuca enquanto me preparo para dirigir.
Mas hoje eu quero que ele esteja inteiramente sóbrio para aproveitar o tempo
que vamos finalmente ter juntos, então não volto atrás em minha resposta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Pode pedir todas do cardápio, se quiser. — Finalmente uma resposta que
me deixa confortável, embora não completamente já que Jimin é bem capaz de
pedir, sim, todas as sobremesas disponíveis no menu e acabar passando mal.
Quando chegamos e fizemos nossos pedidos, nós tivemos que pedir dois
pratos completamente diferentes porque Jimin não conseguiu se decidir entre
eles e eu não o deixaria passar vontade de comer algo que ele queira.
Me deixa feliz vê-lo livre de toda a culpa enquanto ele come até se sentir
satisfeito. É melhor que quando ele se privava de comer bem por achar que
precisava emagrecer. Agora, eu o vejo sorrir alegremente a cada refeição
mesmo sabendo que engordou alguns quilos.
Essa me parece uma evolução tão grande e tudo isso me deixa tão aliviado e
ainda mais orgulhoso.
— Fazia tempo desde a última vez que a gente saiu num encontro assim, né?
— Ele perguntou, esperando paciente enquanto eu sirvo sua comida.
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— Vamos fazer compras. — Anunciei, usando meu polegar para limpar o caldo
que escorreu por seu lábio. — Vou comprar um carro para você.
— Porque eu quero que você vá para o trabalho e volte para casa sempre em
segurança. — Expliquei, acariciando suas costas enquanto ele massageia o
próprio peito. — Mas você anda dizendo que não quer que eu vá te buscar
porque acha que me prejudica, então eu vou comprar seu próprio carro.
— Eu acho que fica mesmo corrido pra você, por isso eu posso começar a
voltar de ônibus. Não é pra você me dar um carro, pelo amor de deus,
Jungkook, é muito dinheiro!
Eu mexi no bolso da minha calça até pegar minha carteira e, ali dentro, achar a
lista que ele mesmo fez mais cedo. Então apoiei o papel na mesa e apontei
para o item um. Deixar ele comprar o que quiser para mim.
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— Então me deixe continuar indo te buscar depois do seu expediente. —
Finalmente cheguei aonde queria.
— Promete. — Ele exigiu, esticando seu dedo curto e gordo em minha direção.
- Promete de mindinho que não vai ter mesmo.
Eu sorri sem muita força, então segurei sua mão e o puxei para perto. Como foi
pego desprevenido, ele veio fácil em minha direção e então eu usei minha
outra mão para segurar seu rosto, pressionando as laterais das suas
bochechas para que ele continue olhando bem para mim.
— Tudo bem. — Eu acariciei seu rosto uma última vez antes de soltá-lo. —
Vamos comer antes que a comida esfrie.
Jimin assentiu outra vez, e eu o vi puxar a mão para seu colo e seu olhar pairar
distraído sobre a mesa quando ele colocou mais uma porção de comida na
boca. Seu corpo está encolhido, agora, e ele parece distante. Qualquer um que
não o conheça poderia dizer que ele está desconfortável ou chateado, mas não
é isso.
Eu sorri diante disso, embora sem qualquer alegria genuína. Não que me
desagrade ver suas reações a quando me imponho, porque saber que ele se
submete a mim quando assim exijo e saber que isso o excita é o que me enche
de prazer. Entretanto, agora ele anda mais sensível que o normal por conta de
todo o tempo sem sexo e sem qualquer auxílio de seu dominador para aliviar
sua tensão sexual, e é isso que me deixa insatisfeito.
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Eu estou falhando há tempo demais em satisfazer as necessidades do meu
menino, mas agora já chega.
— Sim, senhor. — Ele retirou uma do bolso de seu avental, entregando-a para
mim. — Aqui está.
Ele olhou curioso quando me viu escrever, mas não tentou bisbilhotar. Jimin
sempre fica mais comportado depois de uma repreensão, embora os efeitos
não sejam duradouros.
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— Esse é o meu item surpresa. — Anunciei, dobrando o papel e guardando-o
de volta na carteira. Depois, me inclinei para deixar um beijo em sua testa. —
Termine de comer.
Jimin concordou, apesar de sua curiosidade ser tão óbvia. Ele ainda deve
passar mais alguns vinte ou trinta minutos como um submisso perfeitamente
obediente antes de esquecer de sua última repreensão e voltar a agir como o
menino mimado que é.
— Compras. — Respondi sem sequer precisar pensar, mas logo percebi seu
olhar assustado parar sobre mim e o tranquilizei antes de ouvir sua
desconfiança: — Não, anjo, não vamos comprar um carro.
— Ah... — Ele suspirou, até colocou a mão sobre o peito. — Vamos comprar o
que, então?
— Qualquer coisa que você queira. E toda e qualquer coisa que eu queira te
dar.
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Quando chegamos ao Doota Mall, deixamos o carro no estacionamento
subterrâneo e subimos pelo elevador até o térreo, eu descobri qual sua
primeira necessidade assim que meus olhos se atentaram a uma loja de
brinquedos
Assim que entramos na loja, eu parei e esperei Jimin superar sua confusão.
Quando isso aconteceu, ele olhou distraidamente ao redor e eu percebi sua
atenção se demorar um pouco mais sobre um coelho de pelúcia
particularmente grande.
— Mas quer ter esse também? — Insisti, atento à forma como ele deslizou os
olhos de forma inocente e apertou os lábios de forma adorável.
— Ele é fofo...
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— Jimin... — Eu o chamei em tom de repreensão, e basta isso para que ele se
despeça da postura resistente.
Eu respondi com um aceno, um pouco surpreso porque não esperava por esse
pedido.
— Escolha um para ele, então. — Cedi facilmente, usando meu braço livre para
puxá-lo para perto e deixar um beijo de adoração no topo da sua cabeça. Meu
menino merece mil coelhos de pelúcia e todas as coisas boas desse mundo.
Yerin é capaz de tentar matar o próprio irmão se descobrir que eu comprei algo
para ele e nada para ela.
— Pra Yerin a gente devia ter comprado um manual pra aprender a deixar de
ser chata e grudenta — Jimin resmungou, implicante.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é meu dom, mas não pode me obrigar a nada! — Ele lembrou,
ultrajado. — Me obrigue a dar um abraço naquela chata pra ver se eu não saio
gritando minha safeword feito um doido, vai, obrigue!
— Vocês dois poderiam ser melhores amigos, anjo. São duas crianças
mimadas e bravas.
Sua entonação foi brava, mas sua declaração foi tão adorável para mim que eu
quase joguei todas as compras no chão só para esmagá-lo num novo abraço,
mas arranjei forças para seguir em frente sem nos constranger diante de todas
as outras pessoas.
— A gente pode comprar meus livros? — Ele perguntou, sem muito jeito. —
Pra estudar pro vestibular...
Eu sorri cheio de alegria por vê-lo cedendo um pouco, mas também por
percebê-lo ainda determinado a ir atrás do que descobriu querer para sua vida.
Jimin sorriu ainda um pouco tímido, sem estar completamente confortável com
isso tudo, mas me acompanhou sem pestanejar.
Ali, nós compramos alguns livros, cadernos e tudo de que ele vai precisar para
estudar. Depois, com ainda mais compras nas mãos, acompanhei Jimin em
nossa busca pela próxima aquisição do dia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A gente pode comprar um sorvete agora? — Ele pediu, me acompanhando
com suas passadas atrapalhadas.
— Sorvete, anjo? — O olhei, sem ter certeza sobre essa ser a melhor ideia. -
Ainda está muito frio, você não prefere um chocolate quente?
Jimin levantou o rosto, exibindo para mim o sorriso que me faz querer mimá-lo
tanto.
Eu poderia responder algo, mas minha mente se distraiu muito antes que eu
pensasse numa resposta quando meus olhos encontraram dois rostos
conhecidos logo adiante.
Jimin deve ter percebido minha reação imediata, já que logo olhou na mesma
direção que eu e pareceu falhar em conter um palavrão baixo assim que os
outros dois também pareceram nos perceber.
Eu sei que Jimin não gosta de Taehyung já que por um tempo, anos atrás, eu
estive num relacionamento com ele. Apesar de não achar necessário, eu não
posso dizer que não o entendo. Até hoje eu não me sinto completamente
confortável com toda sua proximidade com aquele seu amigo, Jeonghan, pelo
que aconteceu entre os dois. Mas, no fundo, sei que é um incômodo irracional
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
e injustificável, e eu espero que Jimin perceba isso em relação a Taehyung,
também.
Eu realmente não vou saber lidar com outro ataque de almofadas ou com
qualquer cena semelhante à de meses atrás.
— Ai, eles estão vindo falar com a gente... — Meu menino se encolheu,
parecendo querer se esconder do mundo.
— Jin hyung foi a única pessoa em quem pensei. — Foi Taehyung quem
completou, também desconfortável. — Eu não quis criar nenhuma situação
incômoda, eu só... realmente não tinha mais ninguém.
Meu amigo sorriu logo depois de suavizar sua expressão, e ele respirou fundo
antes de olhar para Jimin.
— E você, bebê? — Ele disse, tentando soar mais descontraído. — Está sendo
muito mimado pelo seu dom, pelo visto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin assentiu timidamente, ainda encolhido perto de mim. Depois, ficamos
todos em silêncio por algum tempo e até mesmo eu me senti sufocado pela
atmosfera estranha.
— Obrigado por ter atacado com a almofada. Se fosse com outra coisa, o
estrago seria pior — Taehyung riu constrangido. — Desculpa também por ter te
chamado de bratzinho...
— Tudo bem, até Jungkook diz que eu sou um. — Jimin tomou coragem para
olhá-lo. — E me desculpa por ter dito que eu sou um submisso melhor que
você... foi bobo da minha parte...
Eu e Seokjin nos entreolhamos, não sei quem mais surpreso pela inesperada
sessão de lamúrias.
— Os dois estão arrependidos. — Meu amigo disse. — Vamos parar com isso,
ok? Ninguém precisa se sentir culpado a partir de agora. — Seu olhar vagou de
Jimin para Taehyung. — Certo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
rápido que eu e sua própria expressão empalideceu quando ele afastou o
braço que envolvia o ombro de Taehyung em velocidade quase recorde.
— Me desculpa, me desculpa! — Meu amigo pediu, dessa vez sendo ele a ficar
com o rosto avermelhado.
— É que... eu e ele não somos tão próximos assim e... — Ambos tentaram se
explicar de uma vez, o que transformou tudo numa bagunça ainda mais
incompreensível.
Jimin expressou toda sua confusão através de seus olhos comprimidos, mas
eu apenas analisei tudo por mais um instante antes de falhar em conter um
sorriso, percebendo algo que nenhum dos três parece ter notado apesar de ser
tão óbvio
— Nos vemos depois, então — Anunciei para os outros dois, que ainda
parecem nervosos de alguma forma. — Aproveitem o dia juntos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Por que o Seokjin tava esquisito daquele jeito? — Foi a primeira coisa que
ele perguntou ao me alcançar, com sorvete escorrendo pela casquinha e quase
chegando à sua mão.
Jimin viu a sujeira que estava fazendo e se atrapalhou todo, até esquecendo de
sua curiosidade anterior. Assim, caminhamos em silêncio por mais algum
tempo e, depois de não encontrarmos mais nada para comprar, voltamos para
o carro, onde deixei todas as compras no bagageiro.
— Obrigado.— Ele disse, sentando em seu banco ainda com as pernas para
fora. — Príncipe.
Eu sorri para ele antes de me agachar em sua frente, entre suas pernas, sem
me importar com meu sobretudo arrastando no chão.
— Gostei muito! Mas posso pedir mais uma coisa?- Ele perguntou, já ciente da
minha resposta. Então seguiu em frente sem esperar: — Eu me comportei
direitinho... Já posso ganhar um beijo do meu Jungkook, agora?
Como dizer não a ele? De verdade, como é possível negar qualquer coisa a
Park Jimin?
Levado por seu pedido implícito, eu empurrei minha língua para fora, roçando-a
contra os lábios de Jimin até que ele os entreabriu e deixou sua própria língua
encontrar a minha. O gosto de baunilha e chocolate do seu sorvete ainda está
impregnado em sua boca, e essa deve ser a única maneira em que gosto de
sentir sabores doces.
— Tem mais um presente que quero te dar antes de voltarmos para casa — Eu
interrompi nosso beijo para dizer, cuidadosamente.
Eu sequer preciso olhar para seu rosto para visualizar sua expressão surpresa.
A imagem se forma perfeitamente bem em minha mente sem que eu precise
afastar minha boca de seu pescoço, voltando a beijá-lo enquanto solto as alças
jeans de sua roupa. Solta, a parte frontal caiu e eu soltei também os botões na
altura de sua cintura, deixando a peça ainda mais frouxa em seu corpo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você quer, anjo?
Eu sorri contra a pele de seu pescoço e massageei lentamente seu pênis sobre
o jeans antes de começar a descer meus beijos. Ele suspirou sem força e
apertou meus cabelos quando minha boca chegou até seu mamilo e eu o beijei
por cima de sua blusa de mangas longas, sentindo o contorno de seu piercing
através do tecido antes de mordiscá-lo e deixar outra trilha de beijos suaves
por toda sua barriga, até chegar no ponto abaixo de seu umbigo.
Aqui eu sei que ele é especialmente sensível, então fiz questão de usar minha
mão livre para repuxar o casaco para cima, permitindo o contato direto entre
meus lábios, dentes e língua contra sua barriga macia, e a mordi sem muito
cuidado antes de beijar e chupar a pele gostosa.
Seus dedos pressionaram ainda mais meu couro cabeludo, revelando o quanto
ele se afeta com os toques nessa região, mas eu não me demorei nas
provocações. Jimin está necessitado há tempo demais, e eu vou dar o que meu
anjo precisa.
Por isso, eu puxei seu macacão mais para baixo, revelando sua boxer já
marcando o volume de sua ereção, com uma mancha mais escura
denunciando seu pré-gozo.
Vê-lo tão pronto com tão pouco fez meu próprio membro fisgar dentro de minha
calça, mas agora ele é o único que merece atenção. Por isso, eu aproximei
meu rosto, deixei um beijo e logo em seguida deslizei minha língua por todo o
comprimento de seu pênis debaixo da roupa íntima, para só depois segurá-la
pelo elástico e puxá-la para baixo.
Amo sua reações e seus suspiros arrastados a cada vez que o levo mais fundo
em minha boca, a cada vez que pressiono minha língua nos pontos certos
antes de chupá-lo deliciosamente, sem tirar meus olhos dos seus sequer por
um instante.
Eu sorri, já prevendo algo como isso. Jimin sempre goza mais rápido depois de
muito tempo sem sexo.
Eu sinto meu pênis sufocado dentro da minha calça, implorando para receber
um pouco de atenção. Entretanto, minha atenção pertence inteiramente a
Jimin.
Por isso, eu sorri, e disse o que sei que ele ama ouvir:
Ele gemeu manhoso como não gemeu enquanto era chupado, e isso só prova
o quanto ele ama ser elogiado.
Para recompensá-lo por seu bom comportamento e seus pedidos feitos do jeito
certo e na hora certa, eu voltei a levá-lo à boca e o vi cobrir a sua com ambas
as mãos para conter outro gemido surpreso e assustado assim que, puramente
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
para provocá-lo, eu apenas raspei meus dentes contra a pele sensível de seu
pênis. Depois, eu o chupei como merece ser chupado. Com devoção.
Ele arregalou os olhos, mas eu voltei a usar meus dentes sem tanto cuidado da
primeira vez, o que forçou Jimin a gemer alto, dessa vez.
Ele sabe que não deve, mas adoraria ser visto agora.
E por mais que eu também tenha o desejo quase irrefreável de deixar sermos
pegos, eu volto a chupá-lo intensamente para que ele goze o mais rápido
possível, o que acontece instantes depois e eu sinto sua porra encher minha
boca enquanto ele deixa gemidos baixos e manhosos se arrastarem para fora
assim como seu gozo quente.
Dessa vez, Jimin cobriu o rosto inteiro com suas mãos antes de começar a rir,
e eu ergui meu corpo para deixar um beijo suave em sua boca. Ele voltou a
abraçar meus ombros e me devolveu um beijo na ponta do nariz.
Eu sorri e também deixei um beijo na pontinha do seu nariz lindo, o mais lindo
desse mundo, e voltei a prender as alças de sua roupa antes de fazê-lo sentar
com as pernas para dentro e prender seu cinto de segurança.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, eu mesmo fui para meu banco e me sentei quando Jimin pegou o
coelho de pelúcia e o colocou de volta no colo, outra vez apoiando o queixo
sobre a cabeça do bicho enquanto sorri bobo, às vezes até fechando os olhos
propositalmente.
Eu vi seus dentes repuxarem seu lábio num gesto ansioso antes que ele deixe
uma risada baixa escapar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Uma vez é suficiente?
Eu sinto que ainda posso fazê-lo gozar umas tantas outras vezes hoje, para me
redimir.
Ocupado enquanto reflito sobre isso, eu mal percebi quanto tempo demorou
Jimin demorou no quarto. Entretanto, quando ele reapareceu, meu coração
quase parou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu coração continua completamente desritmado pela visão logo diante de
mim, e eu levo poucos segundos para dizer:
Eu juro que parece levar uma eternidade até que ele pare diante de mim e
sente como um gato, à espera da minha próxima ordem.
Me leva muito esforço conseguir recuperar minha voz, mas enfim eu reorganizo
minha mente ao menos em suficiente para relembrar as regras.
— A partir de agora, você não fala nada a não ser que precise dizer sua
safeword. — Anunciei como sempre faço, embora espere que nunca chegue o
dia em que precise ouvi-la. — Lembra qual é?
— Coelho.
Ele piscou lentamente no que vejo como uma confirmação ao meu aviso.
Dentro de minha calça, meu membro voltou a latejar; o desejo se infiltrando por
minhas veias e se espalhando por todo o corpo enquanto vejo meu submisso
no papel de um animal obediente, com a responsabilidade por suas
necessidades completamente em minhas mãos.
Levado pelo instinto que sua nova posição desperta em mim, eu levei uma mão
até sua cabeça e o acariciei suavemente. Com a outra, eu desabotoei minha
calça e desci o zíper.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin voltou a ficar de quatro no chão, a bunda elevada no ar sendo
parcialmente exposta quando a blusa escorregou por seu tronco, e a cabeça
pairando entre minhas pernas abertas, convidando-o.
Com o juízo fritando, ainda sequer sentindo-o me tocar, eu deslizei minha mão
para dentro de minha própria roupa intima e puxei meu falo duro para fora, e
quase gemi ao ver Jimin umedecer os próprios lábios em deleite, com os olhos
atentos ao meu membro. Sem precisar ouvir outra ordem, ele se aproximou
ainda mais e seus lábios envolveram precariamente a ponta de minha glande
quando ele deixou um beijo ali antes de usar o nariz para empurrar minha
ereção para cima logo antes de deslizar a língua da base até o topo.
Ele repetiu o mesmo movimento outras vezes, lambendo toda a extensão sem
usar os lábios ou as mãos enquanto assume perfeitamente o papel de um
animal.
Eu sinto seu lábio inferior cobrindo o rastro de saliva deixado por sua língua a
cada nova lambida e mal me contenho quando, levado pelo desejo de mais,
segurei seu rosto e ordenei:
— Suba no sofá.
— Vai. Continua.
Outra vez, ele obedeceu sem pestanejar. Dobrou os braços sobre o sofá para
poder abaixar o rosto o suficiente, o que fez seu quadril ficar ainda mais
empinado no ar e a blusa em seu corpo escorregar completamente, revelando
de uma vez que ele não está vestindo nada além dela e evidenciando a região
adiposa ao redor de todo seu quadril.
Quando sua língua voltou a acariciar minha ereção, eu estiquei minha mão,
deslizando-o por suas costas até chegar aos seus quadris, onde enterrei meus
dedos, apertando-o sem cuidado algum. Jimin suspirou baixinho contra meu
membro sem parar de lambê-lo devotamente, e sentir a textura de sua língua
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
contra meu falo enquanto minha mão se enterra em seu corpo, sentindo a
textura macia se moldar ao meu toque, me faz gemer baixo, completamente
entregue às sensações que cada parte de Jimin me proporciona.
Desejando agradá-lo também, eu desci minha mão de seus quadris pela lateral
até alcançar seu membro, que já parece tão duro quanto o meu, e o estimulei
da melhor forma que nossas posições permitem. Ele então moveu seu quadril
para a frente e para trás, esfregando-se contra minha palma enquanto os sons
de nossos suspiros arrastados se misturam ao barulho discreto do sino em sua
coleira remexendo a cada movimento seu.
Por ser um bom menino assim, ele merece ter o segundo orgasmo do dia.
Diferente da primeira vez, Jimin demorou um pouco mais para gozar, sujando
toda minha mão enquanto ele enterra a lateral de sua cabeça no estofado,
gemendo baixinho e ainda movendo seu quadril em reflexo.
— Saia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu gatinho arrastou as pernas até deixar seu corpo parcialmente deitado ao
lado do meu, talvez acreditando que sua parte, Entretanto, eu só precisava de
mais liberdade para me mover e me posicionei no outro extremo do sofá,
deitado, com a cabeça recostada no braço estofado.
Jimin me olhou dali do outro canto, ainda ofegando, mas logo seus olhos se
atentaram ao movimento do meu indicador chamando-o para perto outra vez.
Não era essa minha ideia ao comprar um sofá grande, mas essa decisão cai
bem agora.
— Seu dono também precisa gozar, Jimin — Eu avisei, levando minhas mãos
até as laterais de seu quadril, puxando-o para baixo de encontro ao meu
próprio, até seu pênis, já não tão rígido, encontrar o meu ainda completamente
duro.
Eu sequer me livrei das roupas, nem mesmo o sobretudo tirei, mas não será
necessário.
Com seu peitoral pairando sobre minha cabeça, eu me estiquei um pouco mais
para capturar seu mamilo, sentindo a textura metálica do piercing se misturar à
textura macia de seu corpo. Ao mesmo tempo eu levei minhas duas mãos até
sua bunda e as apertei com vontade, investindo meu quadril junto com o seu
para aumentar a fricção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Caralho, ele faz isso ser ainda mais gostoso que uma foda inteira.
— Jun
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele continuou com os olhos bem abertos, mas sua expressão assustada
vacilou a cada nova fricção entre nossos membros. Quando a campainha tocou
outra vez, Jimin olhou para a porta, mas fechou os olhos e resfolegou baixo,
sem forças para se preocupar novamente.
Eu poderia sentir raiva de quem quer que esteja nos atrapalhando, mas tudo
que eu sinto é meu corpo ser tomado completamente, como se fogo
percorresse minhas veias, e um espasmo conhecido contraiu meu ventre.
Menos de um segundo depois, eu gozei.
Jimin não é adestrado a ponto de gozar apenas porque eu mandei, mas minha
ordem coincidiu com o exato momento em que seu corpo desabou sobre o meu
e ele gemeu forte, me apertando com força enquanto goza pela terceira vez.
Eu deslizei minhas mãos por suas costas, abraçando-o com força enquanto ele
continua estremecendo mesmo depois de gozar.
Ele se remexeu até se aninhar contra meu peito, sem precisar falar para que eu
saiba que está pedindo carinho.
Entretanto, assim que levei minha mão à sua cabeça, o filho da puta que está
do lado de fora pareceu chutar a porta, de tão violento que foi o som.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você vai quebrar a porta deles, seu ogro! — Alguém resmungou
furiosamente, e então toda a impaciência de nossos novos visitantes fez
sentido para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
41 • Lupus In Fabula
Dedicado a whyparkjimin
Uma olhada rápida para Jungkook e eu percebo que ele chegou à mesma
conclusão que eu. Meus amigos estão ali na porta no que parece uma visita
surpresa e, apesar de metade de mim estar explodindo de excitação
Eu gostaria de ser um gatinho manhoso por mais tempo, mas parece que a
sessão de hoje chegou ao fim, então não me impeço de voltar a falar
— Não xinga... — Pedi, agora usando minhas mãos para cobrir sua boca, não
mais a minha. — Vai me deixar duro de novo...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook gargalhou. De verdade mesmo, tão alto que, se Yuta e Yukwon
achavam que a casa estava vazia, tiveram a certeza contrária nesse mesmo
instante.
— Vamos logo antes que ele quebre nossa porta — Ele anunciou, e parece
bastante consciente sobre minha disposição tão firme quanto pudim, porque
ele me manteve em seu colo quando ficou de pé e eu envolvi sua cintura com
minhas pernas e seus ombros com meus braços para me sustentar.
Eu tenho um coelho gigante de pelúcia para dar uma surra neles caso eles
façam piada.
Sem demora, ele girou a chave na maçaneta e depois abriu a porta, revelando
Yukwon e Yuta em nossa varanda. Yuta exibiu um sorriso do tamanho do
mundo enquanto Yukwon parece quase prestes a cometer um assassinato.
Depois de me olharem e perceberem meus acessórios, entretanto, suas
expressões se tornaram equivalentes.
— Que merda é essa? — Meu melhor amigo questionou. — Por que você tá
fazendo cosplay de gato, caralho?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu tentei segurar uma risada, mas falhei e um som um pouco arranhado
escorregou por minha garganta.
Eu tentei esticar meus braços para dar um tapa nele, mas Jungkook me
segurou com mais firmeza em seu colo, impedindo meu ataque furioso.
— Já vai ficar de favor na casa dos outros e ainda acha que pode falar assim?
Animal.
— Yuta deu um tapa na nuca do namorado, mas sorriu quando voltou a olhar
para mim mesmo que obviamente estranhe me ver fantasiado de gato en
quanto sou carregado no colo como um bebê. — Desculpe, a gente veio sem
avisar...
— E ele não tem mão pra se trocar sozinho, não? — Meu melhor amigo
resmungou, puxando a mala para dentro de casa sem mais cerimônias.
Depois que Yuta entrou, ele fechou a porta e deu uma balançadinha no meu
corpo para me equilibrar melhor.
Quando Yuta se aproximou mais da sala de estar, ele o advertiu sem papas na
língua:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu vi Yuta arregalar os olhos, um pouco surpreso. Yukwon, por outro lado, riu
alto, bem alto mesmo, escandaloso do jeito que é.
— Pelo menos vocês sabem se divertir — Meu melhor amigo constatou sem
poupar a voz, mas eu e Jungkook já estávamos entrando no nosso quarto
quando ele o fez.
Depois que ele fechou a porta, eu fui colocado sobre a cama e recebi um
beijinho na ponta do nariz.
— Parece que esse fim de semana não é mais só nosso. - Jungkook constatou,
tirando minhas orelhinhas de gato.
— Eu não sabia que eles vinham... — Murmurei, mas no fundo estou muito feliz
com a visita inesperada. — Você ficou bravo?
— Claro que não. Ele respondeu, agora tirando minha coleira colorida. — Eu
sei que você ficou feliz, então eu estou feliz também.
Eu entenderia caso ele ficasse chateado, porque essa foi a primeira vez em
muito tempo que tínhamos decidido tirar uns dias só para nós dois. Entretanto,
me acalma relembrar o quanto Jungkook é compreensivo.
Jungkook apertou os lábios num sorriso pequeno e, talvez por conhecê-lo tão
bem, isso me parece uma resposta inteira dissecada numa redação de trinta
linhas, com introdução, desenvolvimento e conclusão.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele respirou fundo e se sentiu diante de mim na cama, acariciando minha
cintura.
Eu levei pouco tempo para concordar com um gesto sutil, sem esboçar
espanto, menos ainda decepção. Só apoio.
— Tá bom.
— Tá bom?— Ele repetiu junto a uma risada e seus olhos têm esse brilho de
toda vez que ele quase se derrete por mim. — Coisa linda.
— Então... como vai ser? — Questionei. Eu estou pronto para dar todo o apoio
do mundo a Jungkook, o que não quer dizer que eu entenda todas as
burocracias do seu trabalho. É muito chato para tentar entender.
— Eu vou ter muito mais tempo para você. Vamos poder dormir juntos a noite
toda, sair em encontros e fazer compras mais vezes. Você gosta disso?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Mas você também vai ficar mais pobre, né? — Perguntei, curioso.
Jungkook riu.
Eu fiz uma careta emburrada, porque ainda não o perdoei pelo susto que me
deu.
Jungkook não é tão rico para sair comprando carros assim, mas eu tenho
certeza de que ele daria um jeito se fosse para comprar um para mim. Ele é
meio doido quando o assunto é me mimar.
De qualquer forma, ele poderia ficar pobre de marré e ainda assim eu o amaria
com minha vida inteira.
— Você pode ficar mais pobre, Pode até parar de trabalhar, se quiser —
Garanti quando ele começou a me vestir com roupas limpas. — Agora eu
trabalho, então posso sustentar nós dois.
Jungkook riu de novo e eu não fico ofendido, porque não é risada de deboche.
É a risada que ele dá toda vez que se rende todinho por mim. Acontece com
frequência, então é fácil identificar.
Agora eu estou vestindo calças, apesar de nunca usar calças dentro de casa.
Mas Jungkook me vestiu assim, então não vou me opor, até porque hoje temos
visita.
Parte de mim que deixei para trás quando vim embora para Seul agora estão
por perto outra vez.
— Oiiiii!
— Oi, Chim - Ele respondeu, todo feliz. — Desculpa mesmo aparecer sem
avisar. Foi ideia do Yukwon.
Yuta apertou os lábios para esconder o sorriso, e abaixou o tom de voz para
me confidenciar:
— Eu vou fazer alguma coisa pra gente! — Sugeri de imediato. — Mas vocês
me ajudam, não sou empregada de ninguém!
— Ah, mas vive dizendo como gosta de cozinhar por Jungkook, né, seu pau no
cu? — Yukwon resmungou. — Hora de trocar a Bloom do nosso clube das
winx, Yuta.
— É, sim. Chato igual a ela, mas pelo menos a Bloom valoriza as amizades,
aquela trouxa.
Yukwon riu alto, porque ele conhece com detalhes a história do arroz salgado
que quase me levou à morte.
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— Ok, é válido. — Ele concluiu. — Então bucetão te ajuda. Eu vou assistir TV.
– Depois vem pra cozinha, Jun — O convidei. — É só ficar longe do sal e das
facas!
E essa, na verdade, foi apenas a primeira revelação que arrancou risadas dos
meus amigos. Enquanto preparávamos o jantar, a cozinha virou uma bagunça,
com música tocando, riso em todo canto e sujeira no balcão inteiro.
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— E vai se mudar pro alojamento da universidade. Agora somos só o bucetão
e eu naquele apartamento velho.
Eu não tenho vergonha disso, não tenho mesmo. Além disso, sei que essa sua
atitude de revelar a alguém as coisas que fazemos unicamente a sós está
ligada ao seu desejo de se exibir como meu dominador, a pessoa que é capaz
de cuidar de mim nos mínimos detalhes.
Por isso, eu aceitei tranquilamente quando ele trouxe comida à minha boca, e
até sorri enquanto mastigava.
Yukwon nunca teve uma rotina fixa de descanso. Às vezes ele podia dormir de
madrugada e só acordar na tarde do dia seguinte, ou então deitar na cama às
nove da noite e acordar às cinco da manhã subsequente. Completamente
imprevisível.
— Aham, foda-se. — Ele deu de ombros e seu namorado só fez uma careta de
quem não se sente verdadeiramente ofendido.
— Nós temos quarto de visitas, mas ainda não tem cama. — Foi Jungkook
quem respondeu, preocupado com o conforto deles e eu ri assim que Yukwon
revirou os olhos.
— Porra de cama. O clube das winx dorme junto na sala, é nosso ritual. Só traz
um lençol pra forrar o chão, uns travesseiros e me dá uma toalha pra tomar
banho e tirar a baba do bucetão de mim.
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Jungkook pareceu muito confuso com a revelação de Yukwon, e eu consigo
vero pensamento que passa por sua cabeça: por que dormir no chão quando
temos uma cama e um sofá?
Depois que nós todos nos preparamos para dormir e nos deitamos na bagunça
de lençóis na sala, ainda colocamos um filme na esperança de não sermos
derrotados pelo sono, mas menos de dez minutos depois Yukwon já estava
bocejando de novo a cada minuto.
— Oi? — Respondi, vendo-o puxar a coberta para se cobrir melhor. Yuta está
ao seu lado mexendo no celular e o único ponto de contato entre os dois é o do
dedão dele acariciando o pé descoberto de Yukwon.
Meu melhor amigo bocejou outra vez, e anunciou já com os olhos fechados:
— Hm... — Eu deixei uma risada sem graça escapar, mas não por achar que
Jungkook vai se incomodar com a revelação. — Meio que... deixar ele assistir a
gente fodendo...?
Sério, essa foi sua única reação. Não que eu esperasse qualquer outra, na
verdade, e ele mostrou como o assunto não lhe causa nenhum abalo
emocional quando, deixando-o para trás, segura minha mão e a coloca sobre
seu próprio rosto.
— Me dê carinho, anjo,
Ele sorriu e virou o rosto para deixar um beijo na palma da minha mão.
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— Eu acho que me arrependi de ter dito que estava feliz com as visitas —
Jungkook confessou, apertando as pálpebras.
Se nem Jungkook está disposto a levantar, meu deus, ainda devem ser quatro
da manhã!
— Ninguém vai levantar agora. — Meu dom disse com o mesmo tom que usa
comigo quando eu estou muito ferrado. — E é melhor você fazer silêncio.
Jungkook lançou uma última olhadela mal humorada para Yukwon antes de
jogar as panelas no sofá e voltar a deitar ao meu lado. Eu voltei a me aninhar
contra ele assim que o senti perto, só mostrando minha língua para meu
melhor amigo num gesto implicante antes de fechar os olhos outra vez.
Yukwon pode ser a pessoa mais inconveniente do planeta, mas nem ele
consegue combater Jungkook em seu modo dominador puto da vida.
— Eu hein, que estresse da porra! — Meu amigo ainda resmungou, mas depois
não fez mais nenhum barulho sequer, e a paz reinou novamente por sabe deus
quantas horas.
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— E, pois é, — Yuta suspirou, no meio de uma conversa nostálgica sobre
Nam-gu.- a gente tinha combinado de fazer vídeo chamada com o Jeonghan
quando estivéssemos todos juntos ontem, mas ele tinha um encontro.
— Deve estar nu na cama de alguém até agora — Yukwon ponderou com uma
risada safada.
— Pelo visto. — Meu melhor amigo, por outro lado, deu de ombros.
— Seu traidor! — Yukwon acusou e tudo virou uma bagunça quando ele puxou
o namorado e mordeu suas costas antes de dar um monte de tapas na bunda
dele. — Você tem que me contar essas coisas!
— Kihyun falou alguma coisa com você? — Perguntei, acariciando seu braço.
— A única coisa que ele falou foi algo sobre um cara de vinte anos ter fodido o
juízo dele, mas eu não dei atenção — Jungkook confessou, o que me fez rir
mais.
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— Que amigo ruim... — Acusei, mas não verdadeiramente, porque logo me
arrastei para deixar um beijo em sua boca. Só um selinho, já que ainda não
escovamos os dentes.
— Yukwon, ainda são dez da manhã, olha lá o que você vai falar...
— Quando é que vai rolar? — Perguntou, e apontou para o próprio peito antes
de apontar para mim e para Jungkook. — Eu assistindo vocês.
— Ah, sim — Ele pareceu lembrar de algo e virou o rosto para Yuta. — Você
vai assistir também?
Antes que Jungkook respondesse com um agora mesmo, porque sei que é o
que ele diria, eu tive uma ideia melhor e sorri cúmplice para meu namorado
antes de me sentar como meu amigo.
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— Pode ser amanhã. Se — Enfatizei bem, erguendo meu indicador com toda a
pompa de quem está cheio de moral: — vocês ajudarem hoje a arrumar todas
as coisas da mudança que ainda não arrumamos.
— Menino esperto.
Eu sorri todo orgulhoso, erguendo as sobrancelhas para meu amigo, que deu
de ombros.
Yuta acabou rindo, mas usou a mão para tentar abafar o riso, e se justificou
quando nós três lhe lançamos uma olhadela confusa:
— É que lá em Nam-gu a gente marcava pra, sei lá, ir tomar sorvete? Agora
vocês estão marcando pra fazer sexo uns na frente do outro.
Eu acabei deixando um sorriso escapar também. Por mais que não esteja
decidido a participar do show que Yukwon está tão ansioso para organizar,
Yuta também não parece se opor a que façamos isso, mesmo que seja sem
ele.
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Depois ele ficou de pé, esticando os braços para se espreguiçar.
Nós até ficamos meio chocados quando percebemos que Jungkook adorou as
músicas do Justin Bieber que apresentamos a ele.
Ele só deu um tapinha em minha perna, sem precisar dizer mais nada para que
eu tenha certeza que também sentiu saudades.
Mais tarde, nós voltamos a deitar todos juntos na mesma colcha arrumada
sobre o chão e pela manhã, dessa vez, não foi Yukwon quem me acordou, e
sim Jungkook dizendo que precisávamos nos levantar para ir trabalhar. Ele,
diferente do meu melhor amigo, me acordou com todo o jeitinho do mundo e
ainda me carregou para o banheiro, já que eu estava preguiçoso demais para ir
sozinho.
Espero que nenhum curioso resolva mexer nas minhas coisas hoje, lá no
trabalho.
Mas o mais importante é que eu não interagi com Wonsik também. Eu ainda
não o perdoei por ter causado uma briga entre meu Jungkook e eu, nem acho
que vou perdoar.
— Eu vou ficar por aqui mais um tempo. — Anunciei, arrumando minha mochila
nas costas. — Até amanhã!
Um pouco sem jeito e incerto sobre o que estou fazendo, eu analisei o velhinho
antes de me aproximar. Os tremores parecem especialmente mais intensos
hoje e ele respira muito devagar enquanto os olhos opacos miram a TV, cujo
som é sempre baixo demais para que ele entenda alguma coisa.
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É difícil dizer o quanto me angustia ver uma pessoa nessas condições
completamente abandonada pela própria família, então mesmo que não seja
nada grandioso ou significativo, eu termino de me aproximar e sento ao seu
lado.
Ele desceu o olhar até meu rosto e, depois do que me pareceu uma análise
cuidadosa, acabou por fazer um aceno dificultado por suas dores.
Ele tremeu, observou e ficou em silêncio, tudo de uma vez. Depois de tanto
tempo sem ouvir uma resposta, eu não achei que ouviria uma, mas enfim uma
voz fraca, rouca e trêmula me alcançou:
Ele só disse seu nome, mas isso foi suficiente para um sorriso ainda mais
verdadeiro se abrir em meu rosto.
— Baek Beom Seok. — Repeti, encantado. — Que nome forte. Aposto que o
senhor é forte como ele!
— Senhor Baek Beom Seok, — Eu o chamei, torcendo para que ele goste de
conversar, porque eu pretendo falar muito para que ele não se sinta sozinho. —
o que nós estamos assistindo?
Ele olhou para a televisão. Como parece ser seu comum, demorou algum
tempo antes de balançar a cabeça para os lados, revelando que nem mesmo
ele sabe.
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— Vamos tentar descobrir o que está acontecendo, então. — Eu sugeri e,
incapaz de ouvir o que os personagens do show estão dizendo, usei leitura
labial para tentar reproduzir suas falas. É claro que não deu certo e eu fiquei
parecendo um idiota falando coisas sem sentido, mas a cada sorriso discreto
que isso arrancou do velhinho ao meu lado, eu me importei menos em estar
parecendo tão bobo.
Infelizmente, meu tempo ao lado de Baek Beom Seok não foi longo, porque
meu celular logo vibrou com uma nova mensagem de Yukwon.
Eu movi meus olhos de Wonsik para Yukwon, tentando sorrir outra vez.
— O que foi que você já tá esquisito? Não tá pensando em desistir, não, né?
Wonsik migrou seus olhos de mim para Yukwon, sua expressão demonstrando
a irritação por ser tratado dessa forma,
— Para de olhar, seu esquisito, vai gastar nossa beleza. — Meu amigo disse,
ainda agressivo, e prosseguiu em tom de ameaça: — E eu tô falando sério!
Continua olhando pra ver se eu não te desço o cacete!
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— Vamos logo. — Foi tudo que eu disse, puxando-o junto a Yuta para dentro
do SUV assim que ele estacionou em nossa frente.
Não vou deixar esse maluco estragar nosso dia, não vou mesmo.
— Oi, meu bem. — Ele me tocou suavemente no rosto e me deu mais um beijo
na bochecha. — Ainda quer fazer isso?
Eu assenti, com o lábio preso entre meus dentes. Estou nervoso, não tenho
muita certeza sobre quão estranho vai ser deixar alguém conhecido nos assistir
num momento intimo, mas eu ainda quero tentar.
— Olha pra minha cara de quem vai desistir — Yukwon resmungou em tom
óbvio. — Já tô até de pau duro.
— Eu vou... — Ele respondeu, ainda sem parecer cem por cento decidido.
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Eu me afundei no banco do carona, eventualmente mordendo minhas
bochechas ou tamborilando nervosamente em minhas pernas durante o
percurso.
Quando ele usou a chave eletrônica para abrir a porta, nós ainda ficamos
parados no corredor até que meu dominador mostrou o sorriso safado que eu
já conheço tão bem, sendo o primeiro a entrar.
— Estão com medo, agora? — Ele provocou, dando dois passos de costas
para dentro do quarto antes de virar e caminhar tranquilamente até a cama
forrada.
Eu olhei pra os outros dois e fui o segundo a entrar, com as pernas tão firmes
quanto pudim.
— Eu já volto. — Avisei.
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As cortinas finas estão completamente abertas, o aquecedor está ligado e Yuta
e Yukwon estão sentados em duas das poltronas elegantes enquanto
Jungkook continua sentado na cama, já sem sua gravata, mas ainda com o
terno e a blusa social.
— Não eram vocês que queriam isso? Ele questionou, o tom quase debochado
nos atiçando. — Por que estão tão quietos?
Eu engoli a saliva em minha boca e olhei para Yukwon e Yuta. Meu melhor
amigo está com uma expressão tensa no rosto, mas é Yuta quem parece
verdadeiramente apavorado.
Yuta e Yukwon assentiram, talvez confusos sobre onde Jungkook quer chegar.
Eu, por outro lado, apertei minhas pernas uma contra a outra, quase tremendo
de excitação ao vê-lo tão imponente.
— Ótimo. — Ele disse, antes de prosseguir. — Tudo que eu faço com Jimin,
faço com o prévio consentimento dele. Caso queira parar, ele tem uma palavra
de segurança, e somente vou interromper o que estou fazendo se ele disser
essa palavra ou se eu perceber que não devo continuar antes que ela seja dita.
Não vou parar porque vocês dois podem se sentir incomodados. Se esse for o
caso, saiam do quarto, eu não me importo. Mas não nos interrompam. — Seu
tom continua com o mesmo aspecto intenso, carregado por sua dominância. —
Isso está claro para vocês?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Outra vez, eles dois assentiram. Eu só continuei atento ao meu homem, vendo-
o tão deliciosamente intenso.
Eu me sinto cada vez mais excitado, e ele sequer tocou em mim desde que
chegamos aqui.
— Você quer dizer alguma coisa, meu bem? — Ele questionou e eu só pisquei
lentamente antes de me inclinar em sua direção, necessitado, e beijar sua
boca.
Assim, ficou decidido que nenhuma outra coisa precisa ser dita, e eu não sei se
é pela sensação de estarmos sendo observados desde o início ou se pela
iminência de saber que vou ter Jungkook dentro de mim depois de tanto tempo,
mas eu sinto meu corpo exponencialmente mais quente a cada segundo,
dispensando o trabalho do aquecedor.
Ainda com minha boca na de Jungkook, sentindo sua língua explorar a minha e
seus dentes mordiscarem meus lábios antes de chupá-los, eu me arrastei
sobre os joelhos pelo colchão até passar minha perna para o outro lado de seu
quadril e sentar sobre suas pernas ainda cobertas pela calça social escura.
A sensação me fez suspirar baixo contra nosso beijo cada vez mais intenso, e
ele manteve uma mão massageando bruscamente minha coxa enquanto a
outra se arrastou para fora e voltou a subir até minha nuca, onde me agarrou
com força e separou nossas bocas sem aviso prévio. Depois, Jungkook guiou
minha cabeça em direção ao seu pescoço e eu rapidamente entendi sua ordem
silenciosa, por isso deslizei minha língua por sua pele antes de chupá-la,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
absorvendo o gosto suave e característico de seu corpo mesclado ao salino
sutil de uma camada fina de suor recobrindo-o.
Torcendo para não ser repreendido por isso, eu desci minhas próprias mãos,
antes apoiadas sobre seus ombros, e alcancei o primeiro botão fechado de sua
camisa, desabotoando-o sem parar de beijar seu pescoço.
Jungkook não me impediu, então eu segui toda a trilha de botões até o final.
Com a blusa aberta, eu me afastei o suficiente para poder admirar o trabalho
de meus dedos correndo por sua pele para afastar as abas do tecido fino e
revelar seu corpo, sempre tão adorado por mim mesmo que não tenha mais os
músculos tão definidos como quando nos conhecemos.
— Meu deus, ele tem mesmo uma tatuagem... — Foi Yuta quem constatou,
impressionado.
Imaginá-lo ainda vestindo suas roupas enquanto me entrego a ele faz parecer
que cada mínima parte de juízo em mim está em chamas.
Yuta, por outro lado, está tão vermelho que chega a me preocupar.
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Antes que eu fizesse qualquer outra análise mais minuciosa sobre nossa
plateia, no entanto, Jungkook deslizou ambas as mãos até meu quadril e me
ergueu o suficiente para me segurar pelas nádegas, apertando-as antes de
fazer meu corpo cair deitado sobre o colchão macio.
O roupão correu por minhas pernas dobradas sobre a cama e minha respiração
ficou mais carregada quando Jungkook se ajoelhou entre minhas coxas e virou
o rosto para o lado, para a mesma direção na qual olhei instantes atrás. Agora,
eu percebo que sua escolha para posicionar nossos corpos não foi descuidada.
Ele nos colocou de forma que nos deixa mais exposto aos olhares atentos de
Yuta e Yukwon, assim como os deixa mais expostos para nós, também.
Para completar a sensação deliciosa, Jungkook tocou meu rosto com sua mão
livre num gesto que parece tão carinhoso quanto provocante, até descer seus
dedos por minha bochecha, alcançar meus lábios e contorná-los suavemente
antes de pressionar o inferior com seu polegar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Entregue ao desejo que isso despertou em mim, eu tentei inclinar meu rosto
para cima, para tentar beijá-lo, mas Jungkook me pressionou de volta contra o
colchão. Depois, sua mão desceu ainda mais, até envolver meu pescoço. Seus
dedos longos cobriram a faixa de pele nua, e eu percebo que ele sente falta da
minha coleira assim como eu sinto assim que percebo que não a trouxe.
Talvez como uma punição, ou apenas como sua forma de demonstrar sua
insatisfação pela ausência de algo tão importante para nós, Jungkook me
pressionou um pouco mais, mas pressionando apenas as laterais de meu
pescoço, assim eu não me sinto sufocado.
Entretanto, eu estou curioso para sentir suas mãos me privando de ar, então
levei as minhas até cobrir a sua e as apertei, pedindo para que ele vá em frente
e me dê o que quero.
Por mais que ele não hesite em testar novas coisas pelas quais eu demonstro
interesse já durante nossas sessões, Jungkook parece se opor rigidamente ao
meu último pedido impulsivo, talvez porque se refere a uma prática que
apresenta riscos, diferente das outras que já pedi para testarmos. Assim, ele
empurra minhas mãos para longe, negando.
— Mas eu quero muito, senhor... — Insisti, voltando a usar minhas mãos para
pressionar a sua contra meu pescoço.
Eu ofeguei quando ele voltou a afastar minhas palmas de forma mais arisca por
minha teimosia, e um gemido baixo de satisfação escapou quando, como
punição, ele me deu um tapa no rosto.
Tudo bem. Eu admito que talvez minha insistência tivesse o único objetivo de
provocá-lo para me punir, não para efetivamente convencê-lo a pressionar
minha traqueia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu já disse que não. — Jungkook disse com o tom de voz baixo,
pressionando ambos os lados de meu rosto.
Xingue, por favor. Por favor, por favor, por favor, só um palavrãozinho,
Jungkook.
Eu acho que a expectativa nos meus olhos deixou bem claro meu objetivo de
provocá-lo, porque logo ele mostrou um sorriso sacana no canto dos lábios e
deu mais um tapa em minha bochecha.
— Não sou, senhor... — Ainda tive a pachorra de responder, usando tudo que
existe em mim para não gemer.
— Você quer ser punido na frente dos seus amigos, anjo? — Questionou,
então.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
olhar para Jungkook, percebi que sua pergunta foi completamente retórica,
porque ele já estava desafivelando seu cinto.
E quando Jungkook desafivela seu cinto dessa forma, só existe uma resposta
para o que pode acontecer.
— De quatro. Agora.
Se por algum motivo eu ainda não tivesse certeza sobre a punição que vou
receber, ela me foi dada assim que ouvi seu tom de voz imperativo e vi o cinto
ser dobrado ao meio e segurado por apenas uma de suas mãos enquanto ele
continua com seu terno e blusa social vestidos, mas abertos..
Eu precisei morder minha bochecha com uma força descomunal para não sorrir
diante de minhas expectativas e, finalmente obediente, girei sobre a cama até
ficar do jeito que ele mandou, com a bunda empinada no ar e o roupão frouxo
ainda desleixadamente cobrindo meu corpo, que treme de tesão.
— Yukwon. — Ele chamou, de repente, sempre com o tom contido. Meu amigo
piscou e virou para meu dominador, com a expressão ainda dividida entre
sensações que parecem se completar. — Escolha um número.
— O que?
Meu amigo abaixou os olhos até os meus, ainda sem entender o que lhe foi
pedido, mas acabou por responder, ainda incerto:
— Sete?
Boa, Yukwon.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sete? — Jungkook repetiu e eu consigo sentir o deboche em sua voz antes
de receber um tapa na nádega esquerda. — Parece que seu amigo não gosta
tanto assim de você, não é, meu bem?
— Por mim ele escolhia dez... — Eu disse baixo, mas percebo que não o
suficiente quando Jungkook estalou mais um tapa em minha bunda, bem forte.
Minha pele está ardendo, a dor de cada nova vez que o cinto atinge minha
bunda se torna mais aguda e intensa, mas as lágrimas nos cantos de meus
olhos são provocadas não porque a sensação me incomoda, e sim porque me
enche de uma satisfação quase insuportável.
Eu suspirei mais uma vez quando ele empurrou apenas a ponta de seu dedo
para dentro.
— Sim, senhor. Eu prometo que vou ser um bom menino para o senhor — Eu
disse, talvez gemendo entre uma sílaba e outra, mas não me importo.
Ele afastou ainda mais minhas nádegas e usou seu polegar para me
massagear apenas mais uma vez. Antes que eu pudesse me lamentar,
entretanto, eu senti o rosto de Jungkook pousar entre elas e deixar um beijo
suave na parte interna de ambas. Depois, ele pressionou a língua no meu
períneo e eu quase engasguei com um gemido quando subiu lambendo toda a
região até o lugar onde quero sentir seu pau e empurrou seu músculo úmido e
macio para dentro.
Eu rebolei contra sua mão, a bunda pairando no ar, o rosto esmagado contra o
colchão que abafa meus gemidos e o tecido macio do roupão me fazendo
sentir ainda mais calor enquanto Jungkook começa a meter um segundo dedo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sentindo meus suspiros rendidos escaparem um atrás do outro, eu cometi o
erro de voltar a olhar para meus amigos. Yuta está com as mãos pressionadas
fortemente contra a região de sua virilha, o rosto vermelho ainda entregando
sua timidez. Yukwon, por outro lado, está massageando o que eu consigo
identificar como uma ereção. De repente, sua mão desajeitada buscou a do
namorado, puxando-a até seu próprio pênis.
— Vem, Yuta...
Yuta pareceu sem jeito, perdido sobre o que fazer, mas quando seus dedos
estimularam a ereção de Yukwon, quem gemeu fui eu.
Sem aguentar a intensidade do que sinto, necessitado por dar vazão a tudo
isso, eu estiquei minha mão até a mochila apoiada perto de mim e revirei o
bolso externo até encontrar o lubrificante.
Ele lentamente retirou seus dedos de dentro de mim e ergueu seu corpo,
voltando a ficar de joelhos entre minhas pernas. Entretanto, ele não perdeu a
chance de me provocar quando empurrou sua ereção ainda coberta pela calça
entre minhas nádegas, mais uma vez simulando uma penetração lenta e
tortuosa.
Eu tentei responder com algo além de um aceno de cabeça, mas minha voz
morreu quando Yukwon gemeu ao puxar a mão de Yuta para dentro de sua
calça.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não- Me forcei a dizer, mesmo sabendo que nem Jungkook acredita em sua
acusação. — Eu quero o senhor dentro de mim, por favor, fode...
— Melhor assim, meu bem. — Ele fez questão de dizer, e eu tremi ao ouvir o
som do zíper de sua calça. Entretanto, assim como as outras peças de roupa,
Jungkook não a tirou completamente, apenas abriu o suficiente para puxar seu
falo rijo para fora e pressioná-lo em minha entrada quando se inclinou para
pegar o lubrificante em meus dedos frouxos. — Vire.
Mesmo tremendo, com os músculos firmes como papa, eu fiz o que me foi
ordenado e, quando virei, o vi quebrando a curta distância até a cabeceira da
cama, onde se sentou com as costas apoiadas e as pernas brevemente
flexionadas.
Minha saliva quase escapa quando eu vejo seu pênis ereto tocar a base de sua
barriga exposta pela camisa aberta, com as pernas fortes ainda cobertas pelo
tecido de sua calça.
Sem hesitar, eu engatinhei até ele quando o vi lambuzar o próprio membro com
lubrificante, e deixei uma trilha de beijos do meio de seu abdômen até seu
pescoço antes de sentar em suas pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tomado pelo prazer físico e espiritual de me sentir ser tomado por meu homem
outra vez, eu apertei seus ombros e deixei minha cabeça cair sobre a sua,
completamente rendido.
Quando ouvimos um gemido que não era nosso, entretanto, eu virei meu rosto
para o lado e senti meu corpo estremecer ao ver Yuta de costas para nós,
ajoelhado entre as pernas de Yukwon enquanto o chupa.
Com um tesão que nunca senti antes, eu ignorei o cansaço de minhas pernas
quando continuei sentando em Jungkook, sentindo-o dilatar minhas paredes
internas a cada penetração rápida e desesperada que faz o roupão deslizar por
meus ombros até cair preso em meus braços, revelando meus ombros, costas
e peitoral de uma só vez.
Quando me movi um pouco mais para o lado, meus dedos se enterraram nos
cabelos de Jungkook e os puxaram com força assim como o gemido que me
escapou ao sentir minha próstata ser atingida pela primeira vez.
Ciente sobre a causa do meu grito manhoso, Jungkook envolveu minha cintura
num abraço firme e segurou meu corpo cansado na mesma posição para ele
mesmo começar a mover seu quadril e estocar em busca do mesmo ponto, vez
atrás de vez, enquanto seus lábios deslizam por meus ombros expostos e me
deixam vários beijos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook... — Eu o chamei, sentindo meu corpo mole, cada vez mais
sensível. — Eu... eu quero gozar com o senhor... n-não demora, por favor...
Ele quase rosnou contra minha pele quando meteu mais forte e,
voluntariamente, eu contraí meus músculos para estrangular seu pênis,
desesperado para fazê-lo chegar ao ápice comigo.
— Por favor... — Insisti, utilizando o mesmo golpe baixo a cada investida sua.
— Por favor, Jungkook...
Meu corpo tremeu, sensível, quando ele me beijou no pescoço antes de usar
suas mãos para me fazer levantar. Assim que seu membro saiu de mim, eu
senti o gozo denso e viscoso escorrer para fora, de meu ânus até a parte
interna de minha coxa.
Do outro lado, Yuta está sentado no chão, ao lado das pernas de Yukwon, e
nenhum dos dois sabe o que fazer ou dizer agora.
Sem relutar, eu me deixei ser carregado até o banheiro, onde Jungkook nos
limpou. Como eu esqueci de trazer o hidratante na mochila, ele decidiu que
vamos direto para casa, assim ele pode cuidar melhor de mim e massagear a
região onde fui castigado com o cinto, assim não vai ficar lesionada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook sorriu e, sem parar de enfiar o botão seguinte no espaço
correspondente, se abaixo para me dar um beijo.
A principio, não falamos nada. Ficamos imersos num silêncio sepulcral até que
o elevador chegou ao nosso andar e Yuta deixou uma primeira risada escapar.
— Tudo bem entre a gente? Quer dizer... não vai ser esquisito de agora em
diante, né?
— Por causa disso? — Yukwon perguntou, quase entediado. — Claro que não.
Mas se vocês não me derem comida, eu não posso garantir nada. O único que
comeu bem nesse quarto de hotel foi o Jungkook. Aliás, você tá gostosinho pra
caralho, hein, Jimin?
— Vamos só falar sobre o jantar, por favor! — Yuta pediu tão constrangido
quanto eu, mas sua risada revela que ele não está verdadeiramente
incomodado,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De qualquer forma, nós acatamos seu pedido e, depois de fecharmos as
contas com o hotel, entramos no carro para voltar para casa, percurso durante
o qual discutimos fervorosamente sobre o que deveríamos escolher para
comer.
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42 • Got The Blues
Quem vê, nem pensa que esse homem, instantes atrás, estava me fodendo na
frente dos nossos amigos. Propositalmente.
— Eu só vim trazer o material que tinha prometido antes. Você disse que
conhece alguém que podia precisar das apostilas para o vestibular, não foi?
— Ah, sim. Obrigado por isso. — Ele lançou uma olhadela para o bicho nos
braços do amigo, depois ergueu as sobrancelhas: — E O gato?
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Nós estávamos conversando sobre a possibilidade de ficarmos com o gatinho,
mas com os últimos acontecimentos, acabamos deixando o assunto de lado e
não chegamos a decisão alguma
— Sim. Mas ele não gosta muito de pessoas — O destruidor de frigobar avisou.
Eu não me preocupei por seu aviso e estiquei minhas mãos para pegar o
bichinho e sorri imediatamente quando afundei minhas mãos na barriga
gordinha e peluda antes e abraçar essa coisa fofa
Eu lancei um olhar pidão para Jungkook. Ele nunca me nega nada, não é
possível que resolva negar agora.
— Por favor? — Pedi. Abrir bem meus olhos foi proposital, para comovê-lo. —
Eu cuido direitinho dele, prometo.
— Deixa logo, seu bocal, olha a carinha fofa dessa merda! — Yukwon foi o
terceiro a se unir. Yuta foi o último.
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— Não chama o pobrezinho de merda, seu ogro! Mas ele é fofinho mesmo, eu
quero brincar com ele...
Eu quase gritei e comecei a pular, mas me contive para não estressar meu
novo filho, então me contentei em dar outro beijinho na cabeça de pelinhos
acinzentados.
Yuta e Yukwon já não estão mais dando bola para nós dois, porque estão mais
preocupados em acompanhar nosso Chim caminhando curiosamente pela
casa.
— Tudo bem. Vamos cuidar melhor de você. — Ele voltou a dizer, então me
abraçou por trás. Antes de começar a me guiar até o quarto, ele olhou para
nossos amigos: — Vocês podem pedir nosso jantar, enquanto isso.
— Vocês pagam, né? Nós somos visita, não podemos pagar. É rude da parte
de vocês. — Yukwon disse, deitado de barriga para baixo no chão para ficar
mais próximo do fofinho.
Jungkook nem precisou responder, só deixou uma risada baixa dar as caras
antes de me empurrar delicadamente enquanto caminha com o corpo colado
ao meu e me dá vários beijinhos pelo pescoço.
Jungkook riu porque ele conhece claramente minhas manipulações, mas não
se opôs e logo suas mãos subiram por minha cintura enquanto seus polegares
são pressionados ao longo de minha coluna.
Quando suas mãos subiram todo o percurso duas vezes até minha nuca, ele se
demorou um tanto mais na região, massageando-a com os dedos.
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— Anjo,— Ele me chamou, acariciando as laterais de meu pescoço. — você
quer experimentar?
— Você me pediu para te sufocar mais cedo — Ele lembrou, sem parar o
trabalho de suas mãos. — Quer mesmo tentar?
O assunto é sério, então eu abri meus olhos e me concentrei melhor, mas sem
deixar de me sentir relaxado.
— Quero...
— Eu também quero, mas não podia fazer daquele jeito. Você precisa
conhecer bem todos os riscos — Ele apontou, então usou as mãos para me
ajudar a virar sobre o colchão, depois a sentar. Enquanto me veste com uma
blusa confortável, continuou: — Nós nunca fizemos algo perigoso como isso,
você sabe, não é?
Eu acho que arregalei meus olhos. Agora, pelo menos, eu entendo por que
Jungkook sequer considerou a possibilidade de fazer isso comigo sem
conversarmos bem antes.
É cada vez mais fácil aceitar que Jungkook teve suas experiências antes de me
conhecer, sem perder o juízo por algo que não merece minha preocupação ou
meu ciúme.
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— Foi o máximo de controle que eu já tive em minhas mãos. A sensação é
surreal — Ele disse, sinceramente.
— É algo que requer confiança extrema por parte do submisso e muita prática
por parte do dominador, entende? Eu sei que você confia em mim e talvez
tenha interesse em tentar, mas antes de tudo você precisa conhecer cada um
dos riscos, porque sua vida vai estar literalmente sob meu controle como nunca
antes.
— Um pouco...
— Só para aqueles que tem asfixiofilia, meu bem. Diferente das outras coisas
que fazemos, essa é uma prática muito mais restrita, com muitas chances de
não gerar prazer algum.
Eu não sei se tenho asfixiofilia, ou não. A ideia me atrai, mas eu realmente não
tenho certeza. Fico dividido entre a sensação de agonia por me ter o ar privado
e satisfação por dar tanto poder a Jungkook.
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— Eu quero experimentar, mas não sei se vou gostar...
Mesmo sem entender o intuito de sua ordem, eu voltei a deitar sobre o colchão,
depois deixei que ele posicionasse meu corpo da melhor forma.
— Esse — Ele disse, posicionando sua mão em meu pescoço, mas sem
pressionar. — é o estrangulamento. Se eu apertar sua traqueia, eu começo a
interromper sua oxigenação. É meu método favorito, mas é um dos mais
perigosos. Se você não está confiante, vamos descartar a possibilidade.
Eu levei minha mão até seu pulso, mantendo sua palma na mesma posição.
Isso definitivamente me excita. Não a possibilidade de lesionar minha traqueia,
mas a sensação da mão de Jungkook me envolvendo dessa forma.
— Nós podemos fazer assim. Ele disse, sem efetivamente impedir a passagem
de ar. — Eu mantenho minha mão em seu pescoço, mas sem pressionar, e
faço o controle da oxigenação através de sua boca e nariz. É mais seguro, eu
posso interromper a prática rapidamente a qualquer sinal de desconforto seu e
nós dois aproveitamos a sensação do estrangulamento, mas sem o risco de te
lesionar.
Eu sorri, satisfeito com sua proposta. Me sinto mais seguro assim, e estimulado
também.
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— Vamos conversar melhor sobre isso depois. Seus amigos estão esperando,
nosso gato também.
Quando Jungkook também trocou suas roupas, nós mal tivemos tempo de sair
do quarto antes de ouvirmos a campainha tocar.
— Vim trazer comida saudável pra você e pro Jungkook comerem durante a
semana — Ele apontou para meu namorado, que já está na cozinha com uma
das sacolas recicláveis de Seokjin. — Vocês não devem ter muito tempo para
cozinhar agora que os dois passam o dia trabalhando, então eu vim dar uma
ajudinha,
Eu sorri ainda mais, não só por seu gesto atencioso, mas porque sua comida é
muito boa mesmo.
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— Ué — Yukwon resmungou, agora sentado com a expressão brava. — E
quem é esse aí, Jimin?
Eu juro que vi Yukwon suspirar aliviado quando o mais velho de nós todos
caminhou ainda risonho até a cozinha, e até eu me sinto aliviado.
Meu deus, Jin não sabe que quase me condenou à morte com essa
brincadeira.
— Eu sou Yuta! — Meu outro amigo gritou, sem se levantar do chão.- Jimin
falou de mim também?
— Meu deus, esse apelido não podia ter ficado em Nam-gu? — Yuta
resmungou, e deu um tapa na perna de Yukwon. — Tá vendo o que você fez?!
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— É de vocês? — Ele perguntou, estendendo as mãos para segurar o
bichinho. — Achei que era de seus amigos.
— Não, é nosso, sim! — Eu sorri quando Jungkook voltou para perto de nós
dois e fez um carinho rápido na cabeça do nosso gatinho.
— Tem os olhos do Jimin, você não acha? Ele apontou, sem afastar o dedo
quando Chim tentou mordê-lo.
Acho que estou começando a entender. Chim gosta de seres humanos, só não
gosta dos que trabalham na Bangtan.
— Eu sei, mas não quero que ele se sinta desconfortável. É sobre o Taehyung.
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— Certo. — Seokjin sorriu, quase parecendo orgulhoso. — É que vocês nos
viram juntos no shopping no outro dia e eu queria explicar melhor o que
aconteceu.
— Me escuta primeiro. Eu sei que você é atento, com certeza percebeu alguma
tensão entre nós dois. Taehyung me ligou duas semanas atrás quando voltou
para Seul, porque estava precisando de companhia para beber. Você sabe que
ele não tem amigos aqui, então eu fui, e... acabou ficando meio estranho.
— Seokjin, a única pessoa com quem eu espero que você não se envolva
dessa forma é com Jimin. Se tratando de qualquer outra pessoa, não faz
sentido algum você achar que seria falta de consideração.
— Não seria falta de consideração, mas falta de noção, sim. Meu pai foi o único
que conseguiu fazer aquela mulher ter sentimentos. Mas se quiser tentar... boa
sorte.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Essa é uma escolha sua. — Jungkook concluiu, sem prolongar o assunto. —
Você vai ficar para o jantar? Acho que Yukwon pediu pizza.
— Se não for incômodo, eu gostaria de ficar, sim. Faz tempo desde a última
vez que comi pizza. — Seokjin respondeu, parecendo mesmo ter medo de ser
inconveniente.
— Ah, não, são as coisas do Chim e um material que eu vou usar para estudar
— Respondi, distraído, ainda puxando-o para sentar.
— Estudar?
Droga. Deveria ser segredo, pelo menos até contar aos meus pais.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu suspirei, medindo meticulosamente minhas opções. Não que seja um
grande segredo, mas revelar que encontrei um novo objetivo em me tornar
enfermeiro pode gerar expectativas que, honestamente, não sei se vou
conseguir alcançar. Ao menos não na minha primeira tentativa.
Por outro lado, eu estou tão orgulhoso de mim mesmo por estar tentando, e
eles são tão importantes para mim que eu sinto a vontade crescente de
compartilhar com eles.
Será que eles vão achar estranho? Ou achar que eu não sou capaz?
— É sério, Chim? — Yuta perguntou, seus olhos se abrindo tanto quanto seu
sorriso assim que eu balancei minha cabeça para cima e para baixo. É muito,
muito sério. E, ao perceber isso, Yuta se levantou do chão e quase pulou em
cima de mim e Jungkook para me abraçar. — Eu não acredito nisso! Quer
dizer, eu acredito, e você vai ser um enfermeiro maravilhoso!
Eu deixei uma risada feliz escapar, abraçando-o de volta, feliz por não ser alvo
de perguntas ou críticas, só de apoio.
Ainda em busca da última reação, eu passei meus olhos até Yukwon, que
continua sentado no chão enquanto abraça os joelhos desleixadamente e me
olha com um sorriso miúdo, mas juro que orgulhoso.
— Você vai chorar de orgulho da próxima vez que ficar bêbado. — Yuta
previu. — Eu te conheço.
— Vai se foder!
— Ei, bebê, não precisa chorar — Seokjin apontou com uma risada carinhosa,
alcançando minha perna para me acariciar. E pronto, só ouvir a palavra chorar
dita em voz alta é o suficiente para me desmontar todinho. No instante
seguinte, um soluço mais alto escapa e eu me viro para abraçar Jungkook e
poder esconder meu choro compulsivo.
Ele me abraça de volta e eu percebo seu riso bobo enquanto ele continua me
acariciando na cabeça, sem tentar refrear meu choro.
— Ah, nem começa — Yukwon, por outro lado, não é tão paciente. — Engole o
choro que a gente tem que ter uma conversa séria!
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— Yukwon! Não fala assim com ele, seu ogro!
❆❅❄❅❆
Ter Yukwon e Yuta em casa foi bom, eu diria que revigorante. Mas eles
precisavam voltar para Nam-gu, e o fizeram uma semana depois.
Agora que não os tenho mais aqui, eu estabeleci uma rotina que se adequa
melhor a mim, então durmo normalmente até a hora de me preparar para ir ao
hospital e à noite, depois de uns minutos para relaxar e jantar, me junto a
Jungkook no escritório de casa para estudar até as onze da noite.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Venho te pegar no horário de sempre. — Jungkook avisou depois que eu
deixei um beijo em sua bochecha, antes de descer do carro. — Bom trabalho,
meu bem.
Ele também parece estar percebendo que eu nunca vou embora logo depois do
expediente, já que preciso esperar Jungkook.
O senhor Baek, por outro lado, merece toda minha atenção. Assim, no tempo
em que espero Jungkook vir me buscar e um enfermeiro levar o senhorzinho
para seu quarto para tomar sua medicação, eu faço companhia a ele enquanto
assistimos TV ou enquanto eu falo pelos cotovelos sobre minha vida. Acho que
ele gosta disso.
E quando ele virou para mim, eu analisei bem sua expressão, mastigando mais
um punhado de amendoins.
— Eu já disse que moro com a pessoa que amo? — Questionei. Eu sei que
disse, mas não sei se ele lembra. Quando ele fez que sim, prossegui: — Eu me
refiro a ele como "pessoa" para que o senhor não saiba que é um homem, mas
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
é meio desconfortável não chamá-lo pelo nome. Ele se chama Jungkook. O
apelido dele é Jun, o motivo é muito fofo.
Ele continuou olhando para mim em silêncio. Ele quase nunca fala, são raras
as exceções, mas não me importo. Eu já aprendi a entender o silêncio esse
velhinho adorável.
— Os calados são os mais perigosos... aposto que o senhor Baek tem história
pra dar e vender. — Hyun-soo apontou, brincalhona.
— É, senhor Baek? — Apertei meus olhos para ele, em falsa desconfiança. Ele
riu. É uma risada sempre silenciosa, mas dolorosamente sincera, e eu estou
aprendendo cada vez mais a como fazê-la surgir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Baek Beom Seok mal fala e sequer tem forças para usar as próprias pernas,
mas ele já roubou um pedacinho dos nossos corações.
— Ok, me diga uma coisa de que você gosta. Sua coisa favorita no mundo
todo!
O senhor franzino ponderou, depois ergueu três dedos, o que me diz que ele
tem três coisas favoritas. Quando a resposta dada em sua voz fraca alcança
meus ouvidos, eu entendo o que isso significa:
— M-meus filhos...
A imagem antecipada desse senhorzinho miúdo com uma boina fofa faz meu
coração aquecer inteiro, e eu decido que vou, sim, comprar algo para ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jimin, senhor Baek, hora do remédio — O enfermeiro de sempre surgiu,
sorridente. Agora ele também sempre me avisa quando precisa levar o
velhinho de volta para o quarto. — Hora da dupla dinâmica se despedir.
— Sim! — Entendi o que ele quer dizer. — Falta dizer mais uma coisa favorita!
Ele sorriu, o rosto magro se enrugou todo e os olhos quase sempre opacos
pareceram brilhar um tantinho mais quando ele abaixou o mesmo dedo na
minha direção.
— P-Park Jimin.
Eu sei que logo em seguida ele acenou, o sorriso fraco ali presente, e o
enfermeiro disse alguma coisa quando começou a levá-lo para longe de mim.
Mas eu não consegui fazer absolutamente nada, completamente pego de
surpresa por sua resposta enquanto sinto meu coração expandir para fazer
caber tanto amor.
Eu acho que é isso que sinto por ele. Acho que amo o senhor Baek.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É muito triste. — Eu confessei. — Mas nós estamos fazendo algo por ele.
Nós conseguimos acabar com um pouco da solidão... né?
— Esse é o único contato que temos com ele e já é tão difícil. — Ela disse. —
Eu queria ser médica antes, sabe? Mas eu não teria estômago. Ser médico,
enfermeiro ou qualquer profissional assim exige uma força que eu não tenho,
pra aguentar ver tanta gente abandonada, tanta gente sofrendo todo dia... e
todas as perdas — Ela balançou a cabeça, como se não tolerasse a ideia. —
Eu simplesmente não aguentaria.
Eu sei que não foi sua intenção, já que ela sequer sabe que eu quero tanto ser
um enfermeiro, mas sua afirmação tão certeira me atinge em cheio.
Eu absorvo cada uma de suas palavras, que parecem baldes de água fria
jogados em mim. 55
Até então, eu tinha limitado minha visão aos porquês de querer me tornar um
enfermeiro, mas eu nunca me importei em descobrir se existia algum motivo
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
que me provaria o contrário. Agora, parece que todos eles foram esfregados
diante de meus olhos. E eu não sei se vou aguentar.
Eu estava tão feliz antes, mas agora sequer tenho certeza. Será que eu
realmente sirvo para ser um enfermeiro?
Ele apertou os olhos e eu reafirmo que Jinyoung tem razão. Wonsik é esquisito,
mas não é só isso. Ele intimida.
— Você não gosta de mim. Não foi uma pergunta, mas sim uma afirmação.
— Você tentou ferrar meu namoro. — Acusei, porque para mim isso já se
tornou uma certeza. — O que você esperava, idiota?
1195
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
O melhor? Ele nem tentou negar.
Eu juro que meu queixo quase foi no chão e minha mão quase voou para
acertar a cara desse arrombado com um soco.
— Você ouviu. — Ele não se abalou por minha fúria óbvia. — Eu já tinha dito
que te acho muito bonito, Jimin.
— Ok, eu realmente não sei qual é a sua ou o que se passa nessa sua cabeça,
mas fica longe de mim, entendeu? — Eu disse, arisco, com a expressão
externando todo meu incômodo. Quando me virei para caminhar para longe
dele, entretanto e não pela primeira vez, ele agarrou meu pulso com muita
força.
— Você parece estar incomodando. — Uma voz ainda mais arisca que a minha
substituiu minha resposta, e eu quase chorei de alívio quando olhei por cima do
ombro e vi Jungkook se aproximar, a feição possessa. — Solte.
— Eu vou garantir que você seja expulso desse hospital. — Meu dominador
ameaçou, levado ao seu limite porque ele sabe bem de todas as vezes em que
Wonsik me importunou. — Tome cuidado se não quiser que eu te coloque
preso, também.
— Eu vou lembrar disso quando estiver fodendo essa bunda gostosa do Jimin.
— Eu quem vou foder sua vida se você chegar perto do Jimin outra vez —
Jungkook ameaçou, a voz mais intensa e assustadora que da primeira vez.
Jungkook o olhou em silêncio por mais um instante e deu dois tapas fracos na
bochecha de Wonsik.
— Não queira pagar para ver. — Deixou avisado e, com mais um puxão meu,
me acompanhou para longe do segurança.
No meio do estacionamento, seguindo até o carro que percebo que ele sequer
trancou, Jungkook apertou minha mão com mais força e me fez parar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele te machucou?
Eu neguei com a cabeça, ainda com a cabeça a mil para conseguir falar.
— Eu vou fazer esse cara ser demitido, mas não sei quanto tempo vai levar. É
melhor você procurar outro emprego, anjo. Eu não acho que ele vai te deixar
em paz.
Ele respirou fundo, a contragosto, e puxou minha palma até deixá-la diante de
seus lábios, então a beijou suavemente.
Eu não me opus mais. Não tenho capacidade para isso, agora, então somente
concordei e entrei em nosso carro, onde fizemos a viagem de volta sem trocar
palavras, envolvidos apenas pela música que Jungkook deixou ligada.
Eu, especialmente, não estou bem também com o que aconteceu ainda antes
de Wonsik fazer o que fez
Por isso tudo, depois de semanas seguindo à risca minha rotina de estudos, eu
finalmente me sinto fraquejar e não tenho força para ir ao escritório depois do
jantar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Deitado no sofá com Chim adormecido sobre minha barriga e meus olhos
pairando no teto iluminado apenas pelas luzes da cozinha, eu não me assustei
quando Jungkook apareceu e se agachou na altura do meu rosto, fazendo
carinho em minha bochecha.
— Não tem nenhuma sobremesa para você, anjo — Ele avisou, e só então
percebo as chaves do carro em sua mão. — Eu vou comprar algo
Eu neguei, segurando-o antes que ele se afaste, e me movi com cuidado para
não incomodar nosso gato, mas para deixar claro meu pedido para que
Jungkook se deite comigo.
Ele pensou por muito pouco tempo antes de ceder e se deitar no espaço ao
meu lado, prontamente deixando um beijo em minha bochecha.
— Eu quero isso...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então está decidido. — Jungkook ponderou por um instante. — Não importa
quão ruins as coisas estejam, os domingos à tarde são nossos. Sem trabalho e
sem estudos, tudo bem?
— Isso. E hoje nós vamos descansar. Levante, meu bem. Eu vou te dar banho
e depois vamos dormir.
Depois, não falamos mais nada e acabamos por adormecer ali no sofá, com
Chim sobre minha barriga e minha cabeça recostada no ombro de Jungkook.
Apesar de tudo, foi uma noite tranquila.
— Hoje está quente, — Ele ponderou, abrindo a porta do meu lado do armário
para escolher minha roupa. — então pode vestir isso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por fim, Jungkook apoiou tudo sobre uma das prateleiras, ao lado do meu
desodorante, e parou ao meu lado diante da porta de correr com um espelho
embutido, e desatou a toalha presa ao redor de meu corpo, deixando-me diante
do meu reflexo nu.
- Você é lindo. Ele disse, depois do que pode ter sido um minuto ou cinco, e
isso sempre marca o fim da minha sessão diária.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu namorado sorriu, cedendo facilmente.
— Então eu quero conhecê-lo, anjo. — Ele aproximou seu rosto do meu, então
me roubou um beijo na bochecha e disse, em tom de brincadeira: — Quero
saber quem é esse homem que anda roubando meu namorado.
A risada que eu deixei escapar depois de sua provocação inocente foi só uma
das várias que dei ao longo da tarde que passamos juntos. À noite, nós
conversamos mais um tanto, assistimos TV e quase transamos no sofá, mas foi
esquisito porque Chim ficou nos olhando, então fomos sorrateiramente até o
quarto onde terminamos o que tínhamos começado na sala.
Na segunda pela manhã, eu sai feliz de casa, com a mochila nas costas, o
embrulho prateado com o presente do senhor Baek nas mãos e um sorriso no
rosto.
— É pra uma pessoa muito importante — Foi tudo que respondi, mal
conseguindo conter meu ânimo,
Durante todo meu expediente, então, eu estive ansioso para o meu encontro
diário com Baek Beom Seok. Eu chequei o embrulho que eu mesmo fiz,
embalando o primeiro presente que comprei com meu salário, arrumei o
lacinho colorido e tudo. Mas quando eu finalmente sai de minha sala,
apressado para ir até a recepção do andar onde o senhor Baek sempre fica,
assistindo TV num volume que mal se escuta, ele não estava lá.
Sua cadeira de rodas não está ali, ao lado dos bancos fixos. A televisão sequer
está ligada.
Meu coração deu uma guinada quando ela ergueu o rosto, os olhos sem
lágrimas, mas cheios de dor. Depois, os mesmos olhos doloridos desceram até
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
o embrulho que eu abraço num gesto protetor contra o peito, que dói em
antecipação.
— Ah, Jimin... — Ela se lamentou num murmúrio dolorido. E isso foi tudo. Ela
entende perfeitamente para quem é o presente que carrego, assim como eu
entendo que não vou poder entregá-lo.
Eu apertei ainda mais o embrulho contra meu peito, balançando a cabeça para
os lados e quase tropeçando quando recuei com um passo.
As lágrimas que não estavam em seus olhos se juntaram à tristeza que eu sei
que ela sente, e eu a vi desabar em um choro dolorido bem diante dos meus
olhos assim que minhas próprias lágrimas encontraram seu caminho para fora.
Eu sinto muito. Muita dor, arrependimento nem sei do quê, e a solidão que
esteve com aquele senhor se abater sobre mim quando recuo ainda mais até
cair sentado no banco onde tantas vezes me sentei ao seu lado.
Ele morreu. Sozinho. Enquanto eu estava sorrindo, fazendo amor com meu
homem, Baek Beom Seok estava sem ninguém, sentindo nada além da vida
deixar seu corpo frágil num quarto solitário de hospital.
Mas eu não consigo erguer meu rosto, então eu não percebo o momento em
que as portas do elevador se abrem e Jungkook passa por elas. Não percebo o
momento em que ele me vê desolado no chão e sua curiosidade para conhecer
o senhor Baek se transforma em desespero. Sequer consigo perceber o som
de seus passos se aproximando com pressa, mas finalmente percebo quando
meu corpo é puxado para um abraço seu.
Não é surpresa que eu não consiga responder, mas aceito seu abraço protetor
quando o seguro com força e escondo meu rosto contra seu pescoço,
molhando-o com minhas incontáveis lágrimas.
Eu não sei quanto tempo me leva até que o choro perca força, mas meu
coração continua apertado, doendo da saudade que sei que vou sentir do
sorriso frágil que nunca mais vou poder ver.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
um olá triste pra vcs
porém não tão triste pq pelo menos nós jikookas estamos muito bem
alimentadas com tantas selcas e tantas interações do casal do milênio *_*
mas ok, pra quem me acompanha pelo twitter e não conseguiu desvendar os
asteriscos do spoiler, eles significavam o que vocês viram aí): "baek beom seok
morre"
enfim, tenho boas notícias pro que vai acontecer no próximo capítulo, mas sem
spoiler por enquanto :x se bem que com uma das cenas dessa att aqui vcs já
podem imaginar o que é eu gostaria de informar a quem está acompanhando o
processo pra ela virar físico que diante do cenário atual do nosso país, eu não
me sinto mais segura em publicar e vender um livro que contém práticas bdsm
entre dois homens. acho que vocês conseguem entender o pq. MAS isso não
quer dizer que não vai ter mais livro, eu ainda estou estudando as
possibilidades. vamos conversando sobre isso com calma!
seguimos na reta final da princesinha sub e, por conta das eleições, a próxima
att vai acontecer excepcionalmente num sábado, dia 27/10. se cuidem
direitinho e até lá <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
43 • Keep Breathing
Sem conversas, sem música, sem minha mão na coxa de Jungkook enquanto
ele dirige.
Assim que ele abriu a porta, Chim veio nos recepcionar, mas eu só me encolhi
mais contra Jungkook, deixando que ele me carregue até nosso quarto, onde
fui deixado sobre a cama e permaneci sentado ao ver Jungkook ir até o
banheiro. Instantes depois, com o som da água enchendo a banheira, ele
voltou para mim e me despiu cuidadosa e silenciosamente, ainda sem me
cobrar explicações sobre o que aconteceu,
Nos instantes seguintes, ele tirou a própria roupa, deixou cada peça sobre a
cama e segurou minha mão, agora me guiando até nosso banheiro. Por fim, ele
me ajudou a entrar na banheira já cheia, se recostou na borda e me puxou para
ficar entre suas pernas, com minhas costas apoiadas em seu peito.
A porta ficou aberta, então Chim logo entrou e se deitou sobre o tapete felpudo,
cabisbaixo como se pudesse sentir minha tristeza.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Shh... — Ele soprou, talvez percebendo a inconsistência em minha voz, e
me abraçou com força. — Não precisa falar, meu bem...
— Ele morreu...
O anúncio escapa por minha garganta, mesmo com seu pedido cuidadoso, e
dizer isso em voz alta parece dilacerar algo mais dentro de mim.
— O senhor Baek, ele... — Tentei dizer mais algo, mas não tenho voz, força ou
coragem.
Dessa vez, Jungkook não tentou me conter, mas seu abraço continua firme ao
seu redor. Sei que ele quer me proteger das coisas ruins que estou sentindo,
mas agora ele não pode. Nem você consegue, Jungkook.
— Eu não vou conseguir... — Consigo dizer em voz alta, depois. — Passar por
isso de novo... fazer disso uma profissão... eu não vou conseguir ser um
enfermeiro, Jungkook, e isso também dói muito...
Eu estou de luto por Baek Beom Seok e estou de luto por meu sonho mais
recente, talvez o único que tive.
— Uma pessoa egoísta nunca faria o que você fez por ele, Jimin — Ele me diz,
paciente. — E você tem todo o direito de se lamentar e se sentir triste. Nada
disso anula o quanto você sente pela morte dele, entendeu?
Eu continuei calado. Não assenti, porque eu sei que ele tem razão, mas é tão
difícil não me sentir culpado agora.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu só estou pedindo para não pensar em desistir do que você quer. Não
pense em seguir em frente com isso também. Só se dê o direito de sentir o que
está sentindo. No resto, pensamos depois.
E então eu fiz o que ele me pediu. Me dei o direito de sentir toda a tristeza que
estou sentindo sem pensar em mais nada, e existe algo de libertador em me
permitir sentir tudo isso sem lutar contra.
Talvez seja injusto dizer que acordei sozinho, porque Jungkook teve o cuidado
de encaixar minha pelúcia de coelho em meu abraço, para que eu não me
sentisse carente, e Chim está deitado ao lado da minha cabeça como um
guardião.
Pela manhã, foi difícil ir trabalhar. Difícil demais saber que eu não encontraria o
senhor Baek lá no hospital, depois do meu expediente, nem veria seu sorriso
ou o importunaria com minhas infinitas histórias sem graça.
Mas durante toda a semana, foi assim que me senti. Jungkook deitava comigo
até que eu caísse no sono, então saía da cama depois de me deixar sob os
cuidados das nossas pelúcias e de Chim, que fez um bom trabalho em estar
sempre ao meu lado sempre que estou em casa.
Pela manhã, então, eu ia trabalhar. Um dia foi se tornando menos difícil que o
outro, mas não deixou de ser triste.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você parece tão pra baixo ultimamente... — Foi Jinyoung quem apontou
quando, no sábado, ficamos sozinhos na sala. — É por causa daquele paciente
com quem você assistia TV?
Eu abaixei meus olhos até a tela do computador, com o jogo Paciência pela
metade.
Foi assim que eu percebi que não ter um sonho pode ser algo difícil, mas
precisar abrir mão do que você tem... é incomparável.
— Você soube o que aconteceu com ele? — Eu finalmente disse algo, meus
olhos voltados para Jinyoung.
Eu voltei meus olhos para a tela do computador, onde o jogo segue incompleto.
O problema é que eu ainda não consigo falar sobre o senhor Baek sem sentir
vontade de chorar, e agora meu colega foi diretamente no meu ponto mais
fraco, mas sei que sua intenção foi a melhor,
— Eu tenho até vergonha de dizer que não dava muita bola pro meus avós —
Mesmo assim, ele foi em frente, rolando sua cadeira de rodinhas mais para
trás. — Sabe? Eu os amo, mas não fazia esforço de verdade para estar com
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
eles há uns bons anos. Depois de te ver com aquele velhinho, de ver como ele
ficava feliz só de ter sua companhia, eu me senti mal por isso e fui visitá-los.
Estou fazendo isso duas vezes por semana, agora, e eles ficam muito felizes.
Eu também fico feliz. Acho que na vida a gente acaba se acomodando e para
de dar valor a essas coisas, mas você me ajudou a lembrar de como
simplesmente estar lá por alguém é importante. Então... sei que não era seu
objetivo, mas eu preciso agradecer mesmo assim.
— Eu sei que não tenho muita credibilidade porque vivo cheio de teorias da
conspiração e tudo o mais, — Jinyoung voltou a falar, agora de pé diante do
bebedouro da nossa sala. Quando encheu minha caneca, ele a colocou em
minha mesa e sorriu: — mas acredite em mim quando eu digo que você é uma
pessoa muito boa, Jimin, e inspiradora.
Eu sequei uma lágrima teimosa que escapou e sorri, aceitando a água e sua
afirmação tão confiante.
— Obrigado, Jinyoung.
Ele piscou um olho para mim e voltou a se sentar, então chocou uma palma
contra a outra num gesto motivacional:
Me sentindo um pouco melhor, eu fiz o mesmo que ele e fechei a aba do jogo
mesmo que o sistema não esteja notificando nenhum pedido a ser feito agora.
Ainda relutante, então, eu abri minha mochila, onde meus cartões de estudo
estão esquecidos já há algum tempo. Eu os fazia sempre que acabava de
estudar algum conteúdo que não assimilava muito bem, então anotava os
pontos mais importantes para relembrar nos meus minutos livres no trabalho.
Foi uma dica que Jungkook me deu, do tempo em que ele estava na escola.
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Eu passei os cartões, um por um, cada um carregando o esforço que tive, e eu
me surpreendo ao perceber que ainda lembro bem do que estudei.
Enquanto lembro das noites em que estive ao lado dele no nosso escritório, tão
dedicado aos meus estudos, me sinto dividido entre a vontade de continuar
tentando e o medo de não ter forças para suportar tudo que um enfermeiro
suporta.
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Sozinho, eu me recostei na parede e puxei meu celular só para ver se
Jungkook avisou alguma coisa, e me tranquiliza ainda mais encontrar uma
mensagem sua.
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Antes que eu guardasse o celular depois de enviar sua resposta, uma nova
mensagem chegou. Dessa vez, eu revirei os olhos porque é uma mensagem
do fórum sobre BDSM no qual ainda tenho cadastro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ah, não... — Eu resmunguei sozinho, mas mal tive tempo para me esconder
porque, assim que levantei o rosto, vi Min Yoongi se aproximando.
Ele está com o braço preso por uma tipoia, mas parece bem sorridente apesar
de ter uma parte do corpo aparentemente desmontada.
— Oi, dom Min Yoongi. Foi um tempo maravilhoso sem você para me atazanar.
— Não aja como um bratzinho comigo, Jimin. Fica difícil resistir a você.
— Não estou agindo como um bratzinho porque você não é meu dominador,
seu sem noção. — Resmunguei.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Infelizmente você tem razão. — Ele torceu os lábios, então olhou para minha
coleira social. — Pelo visto você ainda continua com aquele lá.
— Você defende tanto esse cara que eu já estou até perdendo as esperanças.
Tenha piedade de mim.
— Caguei. — Devolvo.
Min Yoongi, a despeito do que eu esperava, riu bem alto. Ele tem esse sorriso
com dentes pequenos e gengiva avantajada, mas é um sorriso bem bonito.
— Não quer saber o que aconteceu com meu braço? — Ele perguntou, se
apoiando ao meu lado, na mesma parede.
— Alguém não aguentou o quão chato você pode ser e te deu uma surra
merecida? — Provoquei. Ele riu de novo.
Dom Min Yoongi, agora, não parece má pessoa. Mas me irrita a forma como
ele desrespeita meu dominador e minha óbvia falta de interesse em
corresponder às suas investidas.
— Quase isso. Ele respondeu, usando a mão boa pra tocar na tipoia. —
Precisei interferir numa sessão, ontem, na Paradise lost. Como fui mais rápido
que os seguranças, acabei sofrendo as consequências.
— Vocês não têm tanto controle sobre quem entra lá? Como isso ainda pode
acontecer? — Perguntei, sem atacá-lo. Só estou verdadeiramente curioso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nós temos controle de quem entra, não do que se passa na mente dessas
pessoas. — Min Yoongi pareceu se lamentar. — Mas nós fazemos o que
podemos. Por isso novatos têm tantas restrições. Nós precisamos que eles
conheçam bem o ambiente e os riscos que ele apresenta antes de se
aventurar, levado pela euforia inicial, com qualquer um que se diga praticante.
Isso parece algo que Jungkook já me disse uma vez, e eu fico pensativo por
um instante.
Eu assinto sem hesitar, porque isso parece algo óbvio. Mesmo assim, fico
agradecido por sua boa vontade em me alertar, dessa vez, sem provocações
baratas,
Eu me ponho prestes a amaldiçoá-lo até ficar rouco, mas sua suposição de que
eu não sou mesmo completamente submisso me faz lembrar de algo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Já... — Ele pareceu confuso com toda minha agitação. — Por quê?
Eu suspirei. Meu quebra cabeças se desfez inteiro, assim como eu, Jungkook e
Seokjin destruímos o de Jaehyo, tempos atrás.
— Por que ele foi banido? — Perguntei, ignorando sua pergunta, por ora.
— Muitas coisas, mas o motivo principal foi porque ele começou a perseguir
um dos nossos clientes. O pior? Depois que ele foi banido, nós descobrimos
que ele perseguiu vários outros submissos também. Um verdadeiro stalker.
Enfim, as possibilidades são tantas que não me surpreenderia por esse cara
em questão ter aparentemente se afastado da comunidade como um todo por
conta de seu noivado. Mas existe um detalhe que me perturba nisso tudo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Dongsun... — Ele repetiu e, depois de ponderar por alguns instantes, anuiu.
— Sim, Dongsun. Isso mesmo.
— Eu quero saber de você... Você acha que Wonsik pode ter alguma culpa
nisso?
— Eu posso tentar descobrir. Com as outras pessoas que disseram ter sido
perseguidas por ele também, no caso. Tentar mapear o comportamento dele e
te dizer se sua preocupação é válida.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu assenti e, em seguida, o carro de Jungkook surgiu no meu campo de visão,
aproximando-se lentamente.
— Eu realmente gostaria que você fizesse isso por mim, Yoongi. — Confessei.
— Eu preciso ir, mas obrigado. Você não é tão mau quanto pensei.
Ele deu uma piscadinha para mim, mas apenas ignorei esse gesto e acenei em
despedida antes de caminhar até o SUV. Quando entrei no carro, percebi
Jungkook perdendo alguns segundos para observar Min Yoongi do lado de
fora, provavelmente reconhecendo-o. Mesmo assim, incomodado ou não, ele
não fez qualquer comentário ou represália, só sorriu para mim e me deu o
selinho que sempre recebo quando ele vem me buscar.
— Como foi o trabalho, meu bem? — Foi tudo que ele perguntou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook riu, e eu poderia ronronar, se fosse um gatinho de verdade, quando
ele acariciou minha nuca.
— Como você está, meu bem? — Ele perguntou, já que nos últimos dias estive
tão para baixo. — Parece mais feliz, hoje.
— Que Wonsik frequentava a Paradise lost, mas foi banido. E sabe o cara que
trabalhava na minha vaga e sofreu o acidente? Agora eu acho que aquele
doido pode ter alguma culpa nisso... — Eu disse tudo como uma metralhadora,
sem pausar sequer para respirar.
Jungkook manteve os olhos atentos à pista, mas eu percebo que ele prestou
atenção quando sua expressão assume uma característica mais tensa. E, bom,
porque ele sempre presta atenção no que falo.
— Eu não quero. — Fui firme, porque não quero mesmo. Não por enquanto. —
É a primeira experiência de verdade que eu tô tendo, Jungkook, já tive muita
sorte de conseguir esse emprego com aquele currículo vazio. E eu não quero
abrir mão da oportunidade.
— Mas Wonsik vai continuar lá, também. — Ele retrucou. — Eu falei com
Siyeon, mas ela disse que não pode demitir alguém assim, sem provas para
justa causa. O departamento de RH vai barrar o pedido.
— Eu vou continuar longe dele, então ele não vai poder fazer nada de ruim
comigo. — Me opus.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu sei que você é protetor e gosta de cuidar de mim, mas eu não gosto
quando você age assim. — Confessei, incomodado. — Parece que você acha
que sou incapaz de me cuidar sozinho.
— Você me diz que uma pessoa pode estar em coma por culpa de um homem
que está te perseguindo, mas eu não tenho o direito de me preocupar?
— Não foi isso que eu disse. Você pode ficar preocupado, eu também tô, mas
para de agir como se eu fosse completamente indefeso.
— Eu vou tomar cuidado, tá? — Garanti, — Então não vamos brigar por isso.
Eu não quero brigar com você, Jun.
— Tudo bem. — Ele cedeu, ainda me fazendo carinho. — Eu sei que exagero
às vezes. Você faz um bom trabalho em separar sua personalidade little de sua
vida adulta, mas acho que eu ando falhando em saber quando devo ser um
daddy dom, ou não. — Agora, ele parece frustrado consigo mesmo, e suspirou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A última vez que você disse foi hoje, durante o café. Então... cinco horas?
Jungkook sorriu um pouco, até parece mais relaxado, e eu aceito o último beijo
que ele dá em minha mão antes de voltar a dirigir. Quando chegamos em casa
e abrimos a porta, fomos imediatamente recepcionados por Chim e dessa vez
eu o peguei para deixar o beijinho no topo de sua cabeça peluda.
Agora, eu tenho certeza de que meu gatinho consegue sentir quando estou
triste, porque ele passou a semana inteira colado em mim sempre que eu
estava em casa. E, assim como ele cuidou de mim, mesmo tão cabisbaixo eu
lembrei de cuidar muito bem dele, como prometi que o faria.
Nós somos uma boa dupla, é o que Jungkook diz meio enciumado porque
Chim tem uma preferência óbvia entre nós dois.
Ainda com meu filhinho nos braços, sentindo seu ronronar acariciar minha pele
à medida que o acaricio, eu vi Jungkook caminhar de volta até o carro antes de
voltar com uma maleta em mãos.
— Almoço primeiro, presentes depois. — Ele avisou no tom de ordem que faz
meu lado mimado querer bater o pé e insistir.
Eu bufei, meio contrariado, e fui resmungando baixinho até o quarto com Chim
em meu encalço.
Sem esperar que ele me estimule a fazer isso, eu passo direto até o espelho de
corpo inteiro embutido na porta do armário e desato a toalha, deixando-a de
lado para confrontar minha nudez mais uma vez. Eu passo meus olhos por
minhas coxas grossas, pelas gordurinhas acumuladas em meu quadril e
barriga, pelo meu piercing destacado em meu peitoral pouco trabalhado e por
fim em cada mínimo detalhe do meu rosto.
— Você é lindo. — Ele fez questão de dizer, antes de abotoar a blusa em meu
corpo.
— Se você me acha lindo mesmo, então me diz o que tem naquela maleta! Se
não disser, é porque me acha feio.
– Jimin...
Eu cruzei minhas pernas e apertei meus lábios um tanto mais, acho que até
fazer um bico.
— Sempre me pergunto onde foi que errei tanto para te deixar malcriado assim.
— Tudo começou em dois mil e quinze quando você me deixou duro pela
primeira vez no hotel dos meus pais... — Eu comecei, em tom de narrador
dramático.
Jungkook manteve o sorriso quando soprou o ar, mas logo fez menção de se
levantar da cama e levar a maleta junto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vamos deixar para ter essa conversa quando você estiver mais
concentrado. — Avisou.
— Não, Jun! — Eu o segurei rapidamente pelo braço. — Eu juro, juro, juro que
vou ficar quietinho dessa vez!
— Certo. — Ele cedeu, e puxou a caixa até deixá-la em minha frente. Eu fui
rápido em tentar abri-la, mas Jungkook manteve a mão sobre a tampa. —
Antes, quero confirmar algo que você já sabe. Eu não estou te forçando a
nada, menos ainda quero que você se sinta pressionado. O que está dentro
dessa caixa pode ser usado como decoração, então sequer vai ser
desperdício. Eu quero que você seja sincero como sempre é, entendeu?
— Isso é só algo que eu quero experimentar. Eu nunca fiz antes, mas é claro
que tomei o cuidado de estudar bem antes de vir sugerir para você. Se não
quiser, podemos fazer qualquer outra coisa que te deixe mais confortável.
É a primeira vez que Jungkook sugere fazermos algo que ele nunca fez antes e
a curiosidade se torna ainda maior para descobrir o que é.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu abaixei meus olhos imediatamente e ainda levei alguns segundos antes de
levar minhas mãos à tampa do caixote para abri-la, e me deixa surpreso ver o
que está ali dentro.
— Eu quero tentar. — Anunciei antes que ele me faça a pergunta, porque sei
que vai fazer.
— Tem certeza?
— De cera de soja, meu bem. Ela derrete em temperaturas mais baixas que
outras velas, então é mais seguro já que nunca fiz isso, e você também não.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Essa era a última informação de que eu precisava para garantir minha
resposta.
Nós já tivemos muitas conversas sobre isso ao longo das últimas semanas, as
dúvidas que me restaram foram esclarecidas e eu até mesmo busquei, na
internet, relatos de outros submissos que tentaram a prática. Tudo isso
aumentou em mim a curiosidade e o desejo de tentar, embora eu reconheça
que essa vontade só existe porque eu tenho total confiança em meu
dominador.
Eu nunca seria capaz de deixar outra pessoa fazer isso comigo, a não ser que
ela me desse provas do quanto entende e respeita a responsabilidade que tem
em mãos, assim como Jungkook vem fazendo pelos últimos três anos.
— Vamos fazer como combinamos, então. — Ele não se opôs, porque sabe
que tive tempo para amadurecer a ideia.
— E agora?
Quando voltou para perto de mim, eu analisei o que ele pegou. As cordas, meu
vibrador e uma de suas gravatas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu preciso deixar seu pescoço livre, meu bem. — Jungkook explicou,
ajoelhando-se sobre o colchão quando colocou os itens sobre a cama,
amontoados com o pacote de balas. A caixa com as velas e o canivete, no
entanto, foram deixadas sobre a mesinha ao lado, onde tem mais apoio.
Eu continuei deitado quando ele se moveu e deitou parte de seu corpo ao meu
lado, então acariciou minha bochecha antes de beijá-la. Depois, Jungkook
arrastou seus lábios até minha boca, selando-a suavemente. Quando fechei os
olhos para aproveitar melhor a sensação, levei minhas mãos até sua nuca e
permiti que o beijo se torne mais intenso, pouco a pouco, até que seja
interrompido para que ele apoie sua testa em mim, ainda acariciando minha
bochecha com seu polegar.
Ele me deu mais um beijo, dessa vez no canto dos lábios, e disse:
Eu sorri com expectativa, aceitando seu último selinho antes que ele volte a
ficar sentado ao meu lado. Sem que qualquer outra coisa precise ser dita,
Jungkook desabotoa minha blusa sem pressa, sem precisar tirá-la
completamente para exibir meu corpo nu. Com minha pele exposta, então, ele
desceu as pontas de seus dedos de meu pescoço, passando por meu peitoral
e barriga até chegar em meu membro ainda flácido, tocando-o com uma
suavidade deliciosa.
Depois, sua mesma mão abandonou meu corpo para capturar a corda enrolada
ao meu lado, e Jungkook desatou o nó que a mantinha presa antes de segurar
minhas mãos e colocá-la acima da cabeça.
— O canivete vai ficar por perto, para o caso de precisar de livrar das cordas
com mais rapidez — Ele me avisou, trançando pacientemente a corda negra ao
redor de meus pulsos, depois prendendo-os à cabeceira da cama. Sua voz foi
ainda mais suave quando ele prosseguiu: — Até lá, o controle é meu e eu não
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
quero que você pense em absolutamente nada além do que está acontecendo
em nosso quarto.
— Sim, senhor.
Jungkook acariciou minha bochecha outra vez e seu olhar paciente e carinhoso
me domina por completo.
Depois, ele esticou sua mão e pegou, dentro do caixote das velas, o que
reconheço como uma caixa de fósforos, e acendeu um deles antes de queimar
os pavios de cada um de nossos novos brinquedos coloridos.
Depois, ele abriu a gaveta onde guarda minha loção hidratante e derramou um
pouco na própria mão antes de massagear minha barriga, cobrindo minha pele
com uma camada fina de loção.
— Eu vou testar em você agora, anjo. Preciso que você me diga o que sente,
certo?
— Sim, senhor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
razoável enquanto sua outra mão cobre meus olhos como se tentasse protegê-
los. No instante seguinte, eu senti a primeira gota de cera derretida pingar em
minha barriga, próximo ao umbigo.
— Eu vou diminuir a distância. Quanto mais perto a vela estiver de seu corpo,
menos tempo a cera vai ter para resfriar, então me diga se ficar desconfortável.
Eu assenti silenciosamente e, mais uma vez, senti a textura quente cair sobre
minha pele.
— Certo, meu bem. — Ele acariciou minha cabeça, paciente, e com a outra
mão alcançou sua gravata deixada de lado. — Você sabe que quando alguém
é privado de um dos sentidos, isso tende a aguçar os outros quatro, não sabe?
— Sim...
— Eu quero que você aproveite a sensação da cera quente tocando sua pele o
máximo que puder, — Ele voltou a falar. — então vou te privar de sua visão,
anjo.
— Se quiser parar...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Coelho. — Eu lembro, sem conseguir reprimir um sorriso. — Eu sei.
Eu não pude ver a reação de Jungkook, mas senti quando ele se mexeu na
cama, depois ouvi atentamente o barulho de uma embalagem plástica e fui
pego de surpresa quando suas mãos seguraram meu rosto e ele me beijou
intensamente, sem que eu esperasse por isso. O que eu definitivamente não
esperava, também, era que ele passasse uma bala de morango para minha
boca durante o beijo, antes de finalizá-lo.
— Agora eu cuido de você, meu bem — Ele disse com a voz baixa, depois
beijou minha bochecha uma última vez. — E você só aproveita.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
medos, as incertezas... todas elas parecem se tornar lembranças distantes
enquanto eu abro voluntariamente mão de todo o controle e deixo-o nas mãos
de meu dominador.
— Veja, meu bem — Eu ouvi sua voz baixa, que parece tomada por satisfação
pura. Em seguida, ele afastou a venda improvisada sobre meus olhos, e eu
pude ver seu rosto iluminado por um sorriso pequeno, mas tão sincero.
Seguindo o rastro de seu olhar, eu movi o meu até encontrar meu abdômen.
Antes, era como uma tela em branco, agora é como uma pintura abstrata e
intensa, com as cores das velas se mesclando sobre minha pele sensível pelo
estímulo térmico.
Eu sorri de verdade, me sentindo tão leve que mal me dei conta de quando
meu sorriso se transformou num riso feliz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook parece satisfeito com minha resposta e eu não consigo me livrar do
sorriso quando ele pouco a pouco desliza as mãos por minha cintura e deita
seu corpo sobre o meu, entrelaçando nossas pernas quando sua boca alcança
a minha outra vez e seus dedos contornam a linha de minha mandíbula durante
o beijo.
Minhas mãos continuam presas à cabeceira pela corda, então ele é o único
que pode me tocar livremente, mas não me importo.
Quando Jungkook apoiou se peso sobre um cotovelo, ele usou uma mão para
acariciar meu pescoço e aproximou a outra de nossas bocas, então
interrompeu nosso beijo para pressionar seu indicador e médio em meu lábio
antes de empurrá-los para dentro.
A mão em meu pescoço, antes tímida, deslizou até cobrir minha garganta sem
pressioná-la ao mesmo tempo em que Jungkook retirou e empurrou seus
dedos para dentro de mim outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele gemeu contra minha boca ao se deparar com a resistência natural de meu
corpo sufocando seu indicador e médio, e eu fui ao céu quando ele investiu seu
quadril contra o meu num gesto que pareceu involuntário.
Eu movi minhas pernas até abraçar seu quadril e aproveitei a posição para
fazer meu tornozelo acariciar sua panturrilha, pressionando-a quando, logo
depois, ele voltou a apertar sua ereção contra minha barriga.
Ele ainda está completamente vestido, mas é tão fácil perceber como já está
duro por mim.
— Você... — Eu gaguejei, inclinando meu rosto para roubar mais um beijo seu
que acabou ecoando pelo quarto. — Você que é tão gostoso, senhor... Você
me deixa tão duro...
Jungkook sorriu contra minha boca como se seu ponto fraco fosse fatalmente
atingido e eu gemi quando seus dentes e lábios capturaram a pele de meu
queixo num chupão dolorido.
Mãezinha, eu te amo tanto. Por favor, me perdoe por sentir tanto tesão com um
xingamento assim!
De qualquer forma, não existe espaço algum para pensar em minha mãe nesse
exato momento, então o que faço é voltar a me concentrar em Jungkook com
uma ereção sendo friccionada contra minha barriga enquanto tento alcançar
sua boca outra vez,
Jungkook acatou meu pedido, sua boca voltou à minha e ele retirou seus dedos
de dentro de mim para sua mão agarrar minha coxa, arranhando-a com suas
unhas curtas quando eu movi meu quadril contra o seu.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu não sei quanto tempo passamos nos beijando assim, mas quando paramos,
eu juro que sinto meus lábios inchados e a pele de minha perna arder com os
arranhões constantes, assim como meus pulsos doem um pouco por eu tanto
tentar livrá-los da corda para poder tocar em Jungkook.
— Quer tentar agora? — Ele perguntou, ainda respirando com dificuldade. Sua
mão envolvendo meu pescoço me faz entender sobre o que ele está falando.
— Sim, senhor...
— Falar pode ser difícil, então você pode não conseguir dizer sua safeword,
caso queira — Ele avisou, ainda me fodendo com o vibrador desligado. —
Pense numa forma de me deixar saber caso queira parar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Aquilo... — Eu disse, apontando com o queixo já que minhas mãos estão
presas. — Coloque na minha mão. Se eu quiser parar, solto o frasco.
— Essa porcaria não é nada comparada ao seu pau me fodendo com força,
senhor...
Eu sou mesmo um subzinho que não resiste a uma degradação verbal, não é?
Estimulado por minha ousadia, Jungkook não demorou para cobrir minha boca
com sua mão e, mantendo a outra em meu pescoço, voltou a se mover sobre
minha ereção.
Senti-lo me provocar assim enquanto o dildo vibra como louco dentro de mim
me faz resfolegar baixo repetidamente, até que Jungkook move sua mão sobre
minha boca para que seu mindinho seja posicionado diante de minhas narinas,
limitando o fluxo de ar para meus pulmões, mas não restringindo-o
completamente.
Enquanto o faz, ele alterna sua atenção entre meu rosto e minha mão que
ainda segura o frasco do lubrificante com força, e seu olhar parece cada vez
mais intenso à medida que suas mãos continuam com o poder de controlar
minha respiração.
E isso é covardia. É uma puta covardia ver meu dominador tão satisfeito assim,
porque isso me deixa com ainda mais tesão. Mas o que realmente me faz
perder o controle é quando ele rebola contra meu pau para me estimular ainda
mais.
Ele rebolou.
Eu acho que isso derrete o resto de juízo que eu ainda tinha, porque eu logo
me vejo tentando soltar minhas mãos como um louco para poder tocar em
Jungkook ou em meu próprio pênis, vai saber. Mas é claro que meu desespero
não provocou nada além de um sorriso sádico nos lábios do meu dominador,
que percebeu meus dedos ainda agarrando fortemente o frasco do lubrificante.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você me deixa tão duro, porra... — Jungkook praguejou.
Seu pênis continua sem receber qualquer estímulo, mas eu posso jurar que
nunca o vi com tanto tesão quanto agora.
E com violenta eu quero dizer violenta mesmo, porque logo Jungkook foi além
e cobriu completamente minha boca e nariz e investiu tão forte contra meu
quadril que a cama fez um barulho que me fez acreditar que se partiria no
meio.
— Você não vai respirar até gozar, anjo — Jungkook alertou, suas mãos me
dominando completamente.
Mais uma vez, eu tentei respirar por puro reflexo. A sensação do sufocamento
se tornou mais intensa, e eu me senti um pouco tonto, mas honestamente não
sei se a causa foi isso, o desejo incontrolável de gozar ou uma combinação de
ambos. De qualquer forma, meu peito queima com a falta de ar na mesma
intensidade em que a região de minha virilha parece ser tomada por fogo
quando, ainda sendo estimulado por Jungkook, minha visão é manchada por
pontinhos coloridos pairando no ar na mesma proporção em que o gozo
começa a ser expelido por minha glande.
Eu estou gozando contra a roupa de Jungkook, mas ele não se importa e sua
única preocupação é afastar suas mãos para me permitir respirar novamente, o
que faço com muita força ao mesmo tempo em que deixo escapar um último
gemido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Os olhos dele parecem estar completamente concentrados enquanto ele
analisa cada reação minha ao desligar e tirar o vibrador de mim, depois sai de
meu colo e começa a desatar os nós bem trabalhados que prenderam minhas
mãos por todo esse tempo.
Eu ainda estou respirando com dificuldade quando meus pulsos ficam livres e
eu viro meu rosto para Jungkook. Sua expressão não entrega mais nenhum
sinal além de atenção, mas o volume em sua calça deixa óbvio o quanto ele
ainda está excitado. Por isso, eu não hesito antes de me mover para levar
minha mão à sua ereção.
Ele parece relaxar um pouco, mas ainda não me deixar ajudar a aliviar sua
ereção.
— Eu não sei dizer muito bem, Jun... O geral foi muito bom. Quando você só
estava limitando minha respiração foi gostoso, mas quando eu fiquei sem
respirar... não sei, foi rápido demais. Eu não consigo dizer se gostei ou não...
mas se eu quisesse parar, eu não pensaria duas vezes antes de soltar o
lubrificante, então não se preocupe, tá?
— E... — Murmurei, pensativo. — Eu quero tentar de novo, por mais tempo, pra
tirar a dúvida. A gente pode?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim, meu bem. Se você realmente quiser, podemos tentar outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu engoli tudo, felizmente sem sentir ânsia de vômito pelo gosto ruinzinho, e
limpei minha boca com as costas da mão antes de me sentar de frente para ele
com um sorriso pequeno.
— Me dá mais carinho antes — Pedi, segurando seu pulso para estimular sua
mão a me acariciar
— Gatinho manhoso...
— O meu pedido para você — Ele respondeu, mas isso não explica muita
coisa.
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— Não entendi...
Ele me segurou pela mão, então me fez sentar entre suas pernas outra vez,
agora apoiando minhas costas em seu peitoral, e me entregou os cartões, mas
eu me surpreendi ao vê-los preenchidos, embora não com minha letra. Todos
eles estão com a letra de Jungkook.
— Eu quis isso porque eu sei que a última semana foi difícil para você. Eu sei
que você está confuso e com medo de continuar a tentar se tornar um
enfermeiro, mas também não quer desistir. Então... eu só queria tirar essas
preocupações de sua cabeça por um momento.
— É o meu pedido para que você não se preocupe demais. — Ele respondeu,
paciente.
— Você não estudou durante a última semana, então eu fiz os cartões para te
ajudar caso você decida voltar a estudar.
— Eu só quero que você saiba que pode ter dúvidas, meu bem. Você pode ter
medo, pode desistir ou pode resolver continuar tentando. E você não precisa
ter pressa para decidir ou para lidar com seus sentimentos, porque mesmo
enquanto você estiver confuso, eu vou fazer o que for possível para te ajudar.
Eu abaixei meus olhos novamente até os cartões, que devem ter sido feitos
durante as horas que Jungkook passa no escritório trabalhando. Sempre tão
cheio de coisas e conflitos próprios, mas também sempre se dedicando tanto a
me apoiar.
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— Não me entenda mal, por favor. — Ele pediu, diante do meu silêncio. — Eu
não fiz isso para te pressionar a voltar a estudar, porque essa decisão é
inteiramente sua. E eu acredito na sua força, Jimin. Eu sei que você seria
capaz de superar isso tudo sozinho, não importa que decisão tome no fim. Mas
você também tem o direito de fraquejar, e eu quero estar aqui por você do
mesmo jeito que você sempre está ao meu lado quando as coisas ficam
difíceis.
Eu continuei sem reação por algum tempo, lendo um dos cartões que Jungkook
fez com tanto cuidado. E foi assim, lendo anotações sobre metabolismo basal,
que eu chorei.
Deve ser o milésimo choro da semana, mas dessa vez é diferente. É tão, tão,
tão diferente.
— Eu vou estar aqui por você, meu bem. — Ele repetiu, me deixando encaixar
a cabeça em seu pescoço quentinho. — Não importa o que decida fazer, eu
vou estar aqui acreditando em você.
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44 • Expergefacio
Dedicado a ggukiu
O sol de primavera ainda brilhava forte lá fora, mas nós continuamos ali até
escurecer.
Quando dou por mim, já anoiteceu e eu e Jungkook ainda estávamos ali. Até
Chim já tinha se enchido de nós dois e foi vagar pela casa, então nós
aproveitamos a privacidade para trocar mais alguns beijos e repetir
incessantemente o quanto nos amamos.
Ah, Jungkook também disse que eu tenho que amá-lo por dois, já que nosso
filho o detesta.
— Acho que não posso mais esconder. — Ele disse, sério de verdade. — Meu
trabalho na Bangtan é só fachada. Na verdade eu sou um mafioso.
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— Balela. Você é muito bonzinho pra ser mafioso. — Resmungo, puxando-o
para se deitar comigo, mas ele resiste e acaba rindo,
— Então nosso gato está com defeito. — Jungkook constatou. — Não sei por
que ele não gosta de mim
— Vou ver como resolvo isso. — Ele garantiu, e revidou quando me segurou
pelos pulsos e me fez sentar novamente, totalmente indisposto. — Levante.
Precisamos jantar,
— Vou ver o que temos na cozinha. Você tem dois minutos para vir. — Avisou,
se inclinando somente para deixar um beijo em minha testa antes de se
afastar.
— Eu posso ser seu jantar! — Gritei, mas foi em vão. Jungkook não parou de
caminhar quarto afora, mesmo que eu tenha escutado sua risada.
Depois de jantarmos juntos, eu fiquei responsável por lavar a louça para que
Jungkook pudesse trabalhar. A primeira reunião de negociação da Bangtan
com a D-lite está se aproximando, então ele precisa continuar se dedicando por
mais um tempo.
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— Venho te buscar no horário de sempre — Jungkook disse quando nos
despedimos, na segunda de manhã. E então ele fez o aviso que se tornou
comum: — Tome cuidado.
Eu assenti, porque sei que tenho tempo livre. Jungkook sempre me deixa aqui
no mínimo vinte minutos antes do meu expediente, então logo a acompanho
até a lanchonete.
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— As dicas que me deram, que são. Me disseram que era um funcionário novo,
com umas bochechas gordas e uma aura bonita. Pensei logo em você.
— Como você está? — Ela perguntou, então. Fez uma pausa para bebericar o
café, então apoiou a xícara na mesa e me olhou de forma condescendente. —
Sente falta dele?
— Eu tô triste... mas tento me convencer que fiz o meu melhor por ele... —
Confesso.
— Com a morte?
Eu abaixei meus olhos outra vez, agora pensativo, e escolhi bem a forma para
me justificar. Quando tomei uma decisão, voltei a olhá-la.
A mulher em minha frente digeriu cada uma de minhas palavras e não teve
pressa. Tomou mais um pouco da bebida quente, depois manteve as duas
mãos envolvendo a xícara e levantou os olhos, pensativa.
— Eu entendo o que você quer dizer, mas parece que você está errado sobre
uma coisa. — Ela ponderou, então concluiu: — Um bom enfermeiro nunca
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deixa de se importar com as pessoas sob seus cuidados, menino. O
sentimento de querer o bem do próximo é justamente o que nos faz seguir
adiante.
— Eu não vou te dizer que é fácil. Quando eu perdi meu primeiro paciente, eu
ainda estava na universidade, estagiando, e chorei por uma semana inteira.
Quase desisti do curso, nessa época, mas eu ainda sentia que era a profissão
que queria para mim e me recompus. Quando o segundo paciente morreu, eu
já não fui pega tão desprevenida. Chorei de novo, mas era como se eu
estivesse um por cento mais preparada para lidar com aquilo. Com o tempo, fui
aprendendo a lidar, mas nunca deixei de me importar com as pessoas que
precisam de meus cuidados.
— Você tem o direito de tentar e desistir depois, menino. Sei que é fácil falar,
mas se quer tentar, tente. Deixar o medo te impedir de fazer algo que quer
pode ser mais doloroso que tentar e não conseguir.
Eu vim sozinho para uma cidade completamente nova assim que completei
dezenove, aprendi a me virar num trabalho sem experiência quase nenhuma e
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agora tenho uma casa e uma família linda. Isso depois de falhar várias vezes
como filho, amigo ou parceiro. De ter reprovado na escola e de ter precisado
aprender na marra a lidar com coisas com as quais não acreditei que precisaria
lidar. Depois de tudo, eu cheguei aqui.
Agora, eu sei que covardia e fraqueza não são coisas que combinam comigo.
Eu cometo erros e sinto medo, mas não posso deixar nenhuma dessas duas
coisas me guiarem, nunca.
Os olhos dela se comprimiram um tanto mais quando ela sorriu, talvez sem
entender verdadeiramente como me ajudou, mas espero que meu sorriso seja
capaz de deixar isso claro.
— Jimin. — Ela repetiu, então sorriu mais. — Então boa sorte, Jimin.
Eu só deixei minha mochila em cima da minha cadeira antes de dar a volta até
a mesa dela, e fui cumprimentado por Jinyoung com uma bagunçadinha em
meus cabelos quando parei ao lado dele, o que me fez rir um pouco.
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deu play em um vídeo que mostrou uma mulher muito bonita sendo
recepcionada por vários convidados cantando parabéns.
— Ai, cala a boca. Olha o sorriso dela! — Lisa resmungou de volta, sem tirar os
olhos do próprio telefone. Daqui a pouco ela baba. — Tão linda, minha
princesa...
Esse ano, vai ser o quarto aniversário de Jungkook desde que nos
conhecemos, e talvez o primeiro em que vou poder fazer algo de verdade para
comemorar com ele.
Mesmo que ainda faltem quatro meses para setembro, eu fico tão empolgado
com a ideia que no primeiro momento livre, faço uma lista de convidados.
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Eu analiso a lista curta, porém cuidadosa, incerto sobre dois detalhes:
Ele e Jungkook não são tão próximos quando Yukwon e Yuta, mas eu gostaria
de aproveitar a oportunidade para ter o clube das winx reunido novamente.
No entanto, isso ainda vem com outro problema: seria estranho ter Jeonghan e
Kihyun juntos, agora que eles terminaram?
Parece exagero já estar pensando nisso, mas nós somos todos adultos, agora,
e preciso decidir o mais rápido possível para que todo mundo tenha tempo para
se organizar com seus respectivos trabalhos e estarem livres e em Seul no dia
do aniversário de Jungkook.
Sem pensar muito mais, eu resolvo pedir depois a ajuda de Seokjin sobre
essas dúvidas e volto ao meu trabalho, me mantendo concentrado nele até o
fim do expediente. Quando, invariavelmente, tomo um cuidado extra;
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Ficar longe de Wonsik.
Como Jungkook sempre demora um pouquinho para vir me pegar por conta do
próprio trabalho e agora não tenho mais a companhia do senhor Baek, eu
sento na recepção principal, que é sempre muito movimentada, perto de um
dos seguranças - que parece mais equilibrado que Wonsik.
Hoje, não muito diferente dos outros dias, eu aproveitei para falar com Yukwon,
porque nós sempre damos um jeito de manter contato.
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Eu ri vergonhosamente alto ao receber a mensagem de bloqueio assim que
tentei respondê-lo, mas nem me desesperei porque ele sempre faz isso e me
desbloqueia quinze minutos depois.
— Boa noite, meu bem. Como foi seu dia? — Ele me recebeu com um sorriso e
um beijo rápido, como sempre faz, e perguntou sobre meu dia, também como
sempre. E se eu começar a narrar todos os detalhes necessários e
desnecessários na minha rotina no hospital, sei que ele vai prestar atenção a
cada segundo, porque Jungkook é assim.
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Por isso, eu só me sinto ainda mais motivado a fazer algo realmente especial
para seu aniversário desse ano. Ele merece receber todo o amor e atenção do
mundo, e eu vou proporcionar isso.
Eu tentei segurar o riso quando vi, mas foi bem difícil e, quinze segundos
depois, estava sem ar de tanto gargalhar.
— Me chame quando for deitar, anjo. Eu deito com você até você dormir.
Antes de respondê-lo, eu olhei para nossa estante, com metade das prateleiras
preenchidas com meu material e, depois de respirar fundo para juntar coragem,
dou uma olhada no planejamento preso à parede. Hoje é dia de estudar
química e história, então pego os livros, os cadernos de anotações e me sento
na minha cadeira, tudo sob o olhar curioso de Jungkook. Com um sorriso, eu
anuncio:
— Vai?
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— Sim! — Digo, orgulhosamente. — Eu ainda não sei se vou conseguir
mesmo, mas quero tentar, então vou fazer isso!
Eu dou de ombros, num gesto muito mais feliz que desleixado, e volto a me
sentar apropriadamente antes de responder, risonho:
— Eu sei.
❆❅❄❅❆
Mas, apesar disso, ainda não tive coragem de visitar seu túmulo.
Hyun-soo me disse que ele foi cremado e eu ainda não estou pronto para me
deparar com a imagem que mostra que Baek Beom Seok, seu sorriso, seu
corpo franzino e seu coração de ouro se reduziram a cinzas.
Por outro lado, ainda tenho a insegurança sobre minha aptidão para realizar
meu sonho de cuidar das pessoas, como um enfermeiro. Para essa pergunta,
eu ainda não tenho a resposta. Não sei se vou mesmo conseguir, mas eu me
convenço dia após dia que devo sempre me orgulhar por tentar, independente
de qual seja o resultado.
Quando pelo meu celular para checar as horas, entretanto, vejo que recebi
uma mensagem de Jungkook já há algum tempo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Um pequeno contratempo não é nada demais, então eu termino de preparar a
carne e arrumo duas marmitinhas, uma para mim e outra para Jun. Depois, eu
só troco de roupa e visto um macacão, que é mais rápido, checo se tem água
suficiente para Chim até que eu volte e saio de casa com o almoço fresquinho
em mãos.
Como estou com pressa, eu deixo de ser mão de vaca e resolvo pegar um táxi,
mesmo que o preço da passagem de ônibus seja muito mais atrativo. E, pouco
tempo depois, desembarco diante da Bangtan.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Oi, Sunhee — Eu cumprimento a secretária, que sorri ao me ver, então
aponto para a porta fechada. — Já posso entrar?
— Oi, Jimin. Quer bala de café? Pode entrar, sim, ele deixou a entrada liberada
para você.
Eu sorri um tantinho mais e enfiei a mão na travessa onde ela sempre tem
balinha de café. Depois, com a mão cheia delas, curvei meu corpo rapidamente
e me adiantei até a sala de Jungkook, só dando duas batidinhas antes de
entrar.
Eu ri ainda mais, com pena, e deitei minha bochecha em sua cabeça apenas
por um instante, depois dei mais um beijinho nele e me estiquei para colocar o
almoço em nossa frente.
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caldo não ter derramado. Depois, sem mais enrolação, nós comemos. Sem me
dar comida na boca, dessa vez, para não perdermos tempo.
Apesar de só tê-la encontrado uma vez, eu lembro bem de Lee Eunbyul ser
uma mulher comedida, confiante, até um pouco soberba.
— Por que seu nome não está aqui?- Ele questionou. — As propostas
deveriam ser apresentadas por nós dois.
— Meu pai resolveu que deve ser ele a representar nossa empresa, porque
uma mulher não teria firmeza suficiente para convencer os acionistas de
ambas. - Eunbyul disse, ainda furiosa, mas dessa vez com uma risada amarga.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook se recostou em sua cadeira com a expressão concentrada e tensa,
então massageou a própria nuca.
— Isso não está certo. Foi você quem trabalhou comigo desde o início, não
ele.
— Jungkook — Uma terceira voz se fez presente, e nós todos olhamos para a
porta já aberta a tempo de ver Namjoon entrando, apressado.
— Não me diga que temos outro problema, pelo amor de deus — Jungkook
pediu quando Namjoon parou ao lado de Eunbyul, que agora passa as mãos
pelos cabelos, agitada.
— Então vamos precisar convencê-lo. Uma hora vai ter que ser tempo o
suficiente para isso — Jungkook constatou, ficando de pé e puxando seu terno
pendurado no encosto de sua cadeira. — Namjoon, confirme com os acionistas
que eu e Eunbyul seremos os representantes, mas não divulgue a pauta para o
outro lado até que tenhamos falado com ele.
— Espero que você saiba onde encontrar seu pai — Ele disse para ela, que
ainda me olhou com uma curiosidade sutil antes de começar a segui-lo para
fora.
Quando cheguei em casa, preciso confessar que estudar não foi a tarefa mais
fácil do mundo. Eu fiquei agitado com toda a situação de Jungkook e, depois de
tanto tempo evitando fazer hora extra no escritório, hoje pela primeira vez ele
chegou em casa às oito e meia da noite, o que me fez sentir um pouco
taquicardíaco enquanto esperava.
— Ai, meu deus, finalmente! — Eu levantei do sofá num pulo, e quase tropecei
em Chim quando corri até a porta ao ouvir o carro de Jungkook na garagem.
Assim que o vi, ainda descendo do nosso SUV, eu gritei: — Como foi? 340
Jungkook parece exausto como nunca antes e isso me deixa com uma
sensação péssima. No entanto, quando para em minha frente, ele tira forças do
quinto dos infernos e me abraça enquanto me levanta no ar.
— Conseguimos, meu bem. — Ele diz, a voz cansada apesar de sua vitória.
— Então banho, jantar e massagem? Ofereço, afastando meu rosto para olhá-
lo.
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— É tudo que quero agora.
— Peça bulgogi. — Ele disse, já recostado na borda com a água cobrindo-o até
o ombro.
Jungkook se moveu até deitar a lateral de seu rosto em meus braços dobrados,
e eu aproveitei para fazer carinho em seus cabelos ainda secos.
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— Você vai poder descansar agora? — Pergunto, preocupado. — Já se
esforçou tanto nos últimos meses... você deveria tirar férias, agora.
— Ainda não, meu bem. Na verdade, — Ele voltou a erguer o rosto para poder
olhar para mim. — vai depender de um fator.
— Qual?
Eu acho que sei para onde essa explicação de Jungkook está indo, mas espero
que Jungkook confirme, e ele o faz em seguida:
— Eu vou abdicar o cargo de CEO, meu bem. E nós vamos tentar colocar
Eunbyul no meu lugar.
Sem saber muito bem como reagir, eu continuei calado por algum tempo, até
conseguir perguntar:
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Eu acabei sorrindo. Apesar de tudo, de ser um pouco triste ver Jungkook
precisar recuar em sua carreira mesmo com todos os seus esforços
ininterruptos, acredito que vai ser o melhor para ele.
— Eu acho que nós deveríamos sair pra beber hoje de novo — Lisa disse,
depois do nosso horário de almoço no hospital. — Cadê o Jinyoung? Vamos
falar com ele e Wonsik pra ver se querem vir! Você vem, né, Jimin?
A questão é que continuar com desculpas como "hoje não", "talvez na próxima"
ou qualquer coisa assim não vai fazer Lalisa parar de me chamar, então eu
prefiro usar uma mentira inocente.
Porque, agora, a lista de regras do universo está completa: água e óleo não se
misturam, McDonald's é melhor que Burger king e se Kim Wonsik vai, Park
Jimin não vai.
Simples e claro.
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— Poxa. — Lalisa se lamentou, consternada, e eu apertei meus lábios e olhos
e suspirei falsamente, supostamente compartilhando de sua frustração.
— Pois é.
Mesmo insatisfeita, ela virou para falar com Youngjae e eu fui impedido de
prestar atenção em sua conversa quando olhei para meu telefone sobre a
mesa e vi a tela acesa com novas mensagens de Yoongi.
— Será que seu dominador vai ficar com ciúmes por você estar falando no
telefone com outro dom?
— Vai se arrombar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Mais tarde, talvez. Por enquanto deixe eu te dizer. — Yoongi avisou, sem
mais provocações. - Ela disse que algumas semanas antes do acidente e do
coma, Dongsun estava estranho, mais... tenso. Ela não sabe exatamente o
porquê, mas a família acha que era algo relacionado ao trabalho já que pouco
tempo depois ele se acidentou ai.
— Ela não sabe nada além disso? — Perguntei, porque até aí nenhuma
informação é realmente nova.
— Então. Ninguém da família desconfiou de Wonsik, porque parece até que ele
era padrinho convidado por Dongsun, mas a noiva disse que na noite anterior
ao acidente, ele discutiu com alguém no telefone e descobriu recentemente
que a discussão foi com Wonsik.
— Talvez. Ela me disse isso, mas não parece desconfiar de Wonsik. Acha que
a briga não teve relação com o acidente.
— Acho que não vamos ter certeza... o único que pode saber é o próprio... —
Eu me contenho antes de dizer o nome, para que Lisa e Youngjae não saibam
sobre o que estou falando. — Você sabe quem.
— É, acho que vamos ficar no escuro até Dongsun acordar do coma e revelar o
que aconteceu.
— Ei! — Ele grita para todos nós. — Ele acordou! Dongsun acordou!
— Como ele tá? — Lalisa gritou por cima de mim, agitada. — Quer dizer, ele
acordou de um coma, mas... sabe?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— A equipe médica está fazendo os exames agora. Ele estava atordoado, não
sabia onde estava, ficou bem assustado mesmo.
— Espera! — Lisa voltou a falar alto. — Wonsik já sabe? Ele precisa saber!
— Não falei, mas nem adianta. Dongsun não vai poder receber visitas agora,
de qualquer forma — Ele disse, seu tom visivelmente menos receptivo para
falar de Wonsik.
É, Jinyoung, eu te entendo.
— Mesmo assim! Ele vai ficar feliz só por saber! — Lisa ficou de pé, feliz
demais para perceber a relutância de nosso colega. — Vou avisar a ele!
Quer dizer, não até chegar à ala onde descobri estar o quarto de Dongsun e
vê-lo ali no corredor, caminhando de um lado para o outro diante da porta
fechada como quem está prestes a ter uma crise nervosa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Seguindo meu padrão comportamental mais recente, eu deveria virar as costas
e ir embora depois de encontrá-lo, mas uma súbita coragem unida a uma falta
de noção inesperada me fizeram seguir em frente, pisando fundo a cada
passada.
— Você não parece feliz por seu amigo ter acordado — Eu já chego acusando.
Mas, em minha defesa, eu posso afirmar que ver Wonsik mais incomodado e
desesperado diante da recuperação de alguém de quem era tão próximo só o
torna ainda mais suspeito.
— Sai daqui, porra — Ele nem me olhou, nem parou de andar de um lado para
o outro.
Wonsik olhou em minha direção e toda sua fúria foi subitamente destinada a
nada além de mim.
— Assim que descobrir por que você parece tão furioso quando deveria estar
feliz. — Minha coragem atacou outra vez, me impedindo de recuar. — Por um
acaso você tá com medo?
— Como é? — Sua voz fica cada vez mais baixa, mas cada vez mais cheia de
ódio.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu olhei para trás, me certificando de que existem outras pessoas no corredor.
Quando vejo dois enfermeiros, eu me sinto seguro para finalmente dar voz à
minha desconfiança:
— Eu vou te matar se você disser isso de novo! — Ele grunhiu e a forma como
seus olhos estão injetados com sangue me faz acreditar sinceramente em sua
ameaça.
— Eu não vou ficar calado. Vou dizer à família do Dongsun e você vai ser
preso - Avisei, olhando-o temerosa e ameaçadoramente uma última vez.
Mas, seja lá qual eu imaginei que seria a reação de Wonsik, fui completamente
pego de surpresa quando ele me segurou pelo braço, me impedindo de me
afastar. E, quando eu tentei me soltar num gesto afobado, a mão dele
escorregou até meu pulso, na altura das minhas pulseiras, tentou me agarrar
de novo e eu tentei me soltar outra vez.
E então aconteceu.
Ele destruiu minha pulseira. A pulseira que Yuta fez para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Desesperado, dolorosamente triste e enraivado, eu senti cada um dos
sentimentos ruins tomar forma em meu corpo e então empurrei Wonsik com
toda minha raiva e gritei alguma coisa que nem sei o que foi.
— Ei! — Alguém gritou e correu em nossa direção, mas eu perdi a força e o ar,
escorregando com as costas na parede até cair sentado no chão, com a mão
pressionando o lugar que foi subitamente golpeado.
— Eu queria te foder, mas agora só quero te socar até você morrer, seu porra
— Wonsik disse para mim, mas o enfermeiro nos alcançou antes e conseguiu
segurá-lo antes que eu apanhasse outra vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não... minha pulseira — Eu consegui dizer ao recuperar um único fio de
raciocínio, e vi as miçangas espalhadas pelo chão, desfeitas numa bagunça
que me faz encher os olhos de lágrimas.
— Eu pego para você, mas primeiro saia daqui, por favor -0 enfermeiro disse,
sobrepondo a voz de Wonsik cuspindo novas ameaças para mim.
Jungkook.
– Meu bem, já estou aqui. Cadê você? — Ele perguntou assim que atendi a
ligação, sem precisar olhar no visor para saber que era ele me ligando.
Jungkook não disse mais nada, e percebi que é porque a ligação foi finalizada.
Eu sei que ele está correndo para vir me ver.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
parou perto, e ver algo tão importante para mim destruído desse jeito me faz
finalmente começar a chorar.
Não pela dor de ser socado, porque a dor de ver uma lembrança tão bonita
reduzida a partes soltas doeu muito mais que ser golpeado.
Quando o vi, meus olhos se abriram bem e eu fiquei de pé tão rápido que
quase caí, depois me adiantei até ele, abraçando-o com força assim que fui
capturado por seus braços cuidadosos e protetores.
— Anjo, seu rosto... — Ele disse quando me segurou pelas bochechas para
poder me olhar melhor, quase como se o soco estivesse sendo dado nele
também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ao ouvir isso, Jungkook moveu seus olhos até encontrar o grupo de três
seguranças ao lado, dos quais um é conhecido seu e está contido pelos outros
dois, e sua expressão se tornou um poço inteiro de ódio, ressentimento e
preocupação.
Me choca ver uma cena como essa porque, três anos e muitas situações
difíceis depois, eu nunca vi Jungkook perder o controle assim. Nunca. Ele
sempre teve uma forma mais diplomática de resolver as coisas, mas agora está
literalmente agredindo alguém
— Eu disse que ia foder sua vida se você machucasse o Jimin - Ele disse para
Wonsik e os outros dois tentaram impedi-lo, mas falharam e, mal a última
palavra deixou sua garganta, ele avançou outra vez, socando o rosto já
golpeado do infeliz que me atacou.
Com a possibilidade de que Jungkook se prejudique por fazer algo assim, mas
também assustado com uma infinidade de outras coisas, eu resolvi intervir
outra vez e me aproximei novamente. Na tentativa seguinte eu o puxo pelo
braço outra vez, com toda minha força, e peço com a voz marcada pelo choro:
Talvez o desespero em minha voz tenha comovido o homem, porque ele fez
uma análise silenciosa antes de soltar Jungkook, mas sua expressão não se
suavizou.
— É melhor virem logo. — Foi a última coisa que ele disse, ajudando o outro
funcionário a segurar Wonsik, que é o problema primário, e então arrastando-o
trabalhosamente em direção ao elevador.
Ele continuou respirando com dificuldade, sei que está com o sangue fervendo,
mas ele apenas me abraça de volta, com força, como eu sei que faria.
— Eu não acredito que deixei ele fazer isso com você... — Ele se lamentou, e
eu consigo sentir seu coração doer só pelo seu tom de voz. — Eu devia ter
insistido para você procurar outro emprego, meu deus...
— Não foi culpa sua, Jungkook — Eu preciso dizer, porque ele não tem mesmo
nem um por cento de culpa. — Eu que.. eu que perdi a noção e provoquei ele...
— Não importa. A culpa também não é sua — Ele garantiu, passando a mão
por minha cabeça, ainda aflito, e o brilho em seus olhos entrega todo seu
desespero.
Minhas ações desencadearam isso tudo, então tenho parte do problema como
consequência delas. No entanto, culpa por ter sido agredido é algo que não
quero carregar, tampouco quero que Jungkook o faça.
— Nós vamos dar um jeito nisso, meu bem. Eu prometo. Mas não vou deixar
ele chegar perto de você de novo, e não é mais seguro te deixar onde ele
possa te encontrar.
Eu assinto, confiando nele, mas é o que ele diz a seguir que faz meu coração
ficar ainda mais apertado:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
OIIII
e o Jimin vai voltar pra nam-gu... teríamos namoro jikook à distância outra vez?
ainda tem outra coisa boa (que, de novo, quase todo mundo já sabe): esses
dias eu comecei e finalizei uma shortfic especial de halloween. o nome dela é
pump-a-kim, tá no meu perfil e, como eu disse, tem 8 capítulos e já tá
concluída! quem quiser ler, vai ser muito bem vindo <3
acho que é isso??? não sei eu tô toda atordoada de tanta saudade que senti de
atualizar minha filha e ver os comentários de vcs e aaaaaaaaaa eu não vivo
sem submissive, é isto):
o atraso dessa semana não vai interferir na próxima, então a att sai dia 25/11!
no que depender de mim, sem mais atrasos. beijos beijos beijos e até lá, amo
vcsss <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
45 • Reliability
Dedicado a CarolLock2511
A essa altura, já gastamos mais de uma hora no RH e por pouco a polícia não
foi chamada, mas graças às testemunhas, Wonsik foi declarado culpado por
me agredir e isso se aplicou como justa causa para o afastamento temporário
dele.
Afastamento. Temporário.
— E eu já disse que não vou! — Insisto, irritado como há muito tempo não
ficava com ele.
É claro que ela, como diretora do hospital, ficou sabendo sobre toda a confusão
e, por ser cunhada de Jungkook, se sentiu ainda mais motivada a nos chamar
na sala dela assim que saímos do recursos humanos. Por isso, agora, estamos
aqui, tendo essa discussão na frente da esposa de Junghyun, enquanto ela
tenta ajudar de alguma forma e eu pressiono uma bolsa térmica em minha
bochecha machucada.
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— O afastamento temporário é a primeira medida, Jungkook. Ele
provavelmente vai ser desvinculado assim que toda a burocracia for cumprida.
— Siyeon se manteve calma. — Eu vou garantir que isso aconteça.
— Certo. E então? Ele vai ser preso ou vai continuar livre por aí depois de ser
demitido?
— O ponto é que é exagero mandar Jimin para outra cidade, Jungkook. Se ele
ao menos quisesse, tudo bem, mas ele não quer.
— E eu sempre respeito as vontades dele, mas dessa vez vai ser do meu jeito.
É a segurança dele que está em risco e eu não vou brincar com a sorte.
— Também não foi justo que ele tenha sentido medo dentro do próprio trabalho
durante as últimas semanas. Eu falei com você, tentei evitar que as coisas
chegassem a esse ponto, mas tudo que você me disse foi que não poderia
fazer nada porque não tinha provas! Mas eu tive provas, Siyeon, porque Jimin
tinha que escolher a dedo todo santo dia o lugar onde me esperar depois do
expediente e eu vinha da Bangtan até aqui com o coração na mão com medo
de que ele tivesse cometido algum deslize e aquele maluco fizesse algo com
ele!
Ele agrediu minha liberdade desde antes de me dar um soco e eu sequer tinha
me dado conta disso.
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— E também não é justo que seja ainda mais inseguro ele continuar a vir para
o trabalho ou a frequentar qualquer lugar onde Wonsik possa encontrá-lo,
Siyeon — Jungkook completou, acariciando minha bochecha livre. — Mas já
ficou bem claro que não é Jimin quem vai ser defendido por você, ou pela
justiça. E o agressor dele.
— Agora você está sendo injusto comigo, Jungkook. — Siyeon disse, afetada.
— Eu não podia demitir alguém sem provas de que ele merecia isso. Não é
assim que o mundo funciona.
— Eu sei. E é justamente pelo mundo funcionar do jeito que funciona que Jimin
foi agredido, não só fisicamente. Foi por isso que ele precisou adaptar a vida
dele para conviver com um stalker, e é por isso que agora vai precisar adaptar
ainda mais para que algo pior não aconteça. Porque não adianta se a gente
levar isso para a polícia, Siyeon, eles vão dizer exatamente a mesma coisa.
Nós não temos provas das ameaças feitas, e sabe quando vamos ter essas
provas? Quando algo pior acontecer. Porque é exatamente assim que o mundo
funciona. Eu sei disso.
— Eu já disse, não é justo que as coisas precisem ser assim, mas não vou
arriscar a segurança dele.
Siyeon ficou calada, assim como eu, e acho que só agora eu percebo de
verdade a situação em que estou, e isso me assusta.
— Então por favor, Jimin — Jungkook olha para mim, quase suplicando. — Eu
vou tentar resolver tudo, mas até lá fique um tempo na casa dos seus pais. Só
assim eu sinto que você vai estar seguro de verdade.
Não é justo. Jungkook tem razão. Enquanto estou aqui pensando na melhor
forma de me proteger, Wonsik foi embora para sua casa, tranquilamente, sem
se preocupar.
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Não deveria ser assim e eu espero que um dia deixe de ser, porque eu não sou
o único a passar por isso.
— Certo. Eu vou.
❆❅❄❅❆
— Seus pais vão te buscar no aeroporto, não é? — Ele perguntou, acho que
pela quarta vez.
Eu sei que ele não está feliz com tudo isso. Na verdade, o tremor em sua voz e
em seu toque mostra o completo oposto.
Agora, eu entendo como era difícil para Jungkook conseguir ir me ver quando
namorávamos à distância, porque meus pais são das pessoas mais
importantes para mim e nem assim consegui arranjar um único fim de semana
para passar com eles.
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Então, apesar de tudo, eu consigo enxergar o lado bom dessa situação. Eu vou
ver meus pais, vou ver meus amigos, comer pés de galinha com Hyelin e
lembrar da minha cidade, que é tão pequena e pacata comparada a Seul.
O lado ruim é que eu estou sendo obrigado a fazer isso para não me machucar
ainda mais.
Essa última decisão foi unânime. Nós dois reconhecemos que nosso gatinho é
mais apegado a mim e, como não sei quanto tempo vou precisar ficar longe de
casa, achamos melhor que ele venha comigo. Por isso tratamos de levá-lo num
veterinário e seguimos todas as recomendações para que o vôo não seja
estressante para ele.
— Boa viagem, anjo. — Ele desejou, deixando um último beijo em minha testa,
e olhou para a caixa de Chim, onde ele está adormecido. — Cuidem bem um
do outro.
— Sim. Vou esperar por isso. — Ele garante e me dá mais dois beijos
demorados na testa. — Nos vemos depois.
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Durante o vôo, eu me senti esquisito. Não consegui infernizar os comissários
de bordo pedindo balinhas, porque estava perdido demais entre euforia por
rever minha família e amigos e tristeza por todo o resto.
Eu deixei uma risada baixa escapar enquanto sinto suas mãos esmagarem
meu rosto, até machucando um pouco o local ainda um pouco dolorido, mas
não reclamo.
— Jungkook já deu uma surra nele, não precisa se preocupar. — Aviso, então.
— Não estou aplaudindo. Achei merecido, mas vou repreender Jeon assim que
ele ligar da próxima vez.
— Bom. — Eu digo, com os olhos apertados. — Mas a gente pode ir pra casa?
Eu tô com fome e Chim também precisa se instalar logo em algum lugar pra
não ficar mais estressado...
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Minha mãe olhou para a caixa de viagem do meu filho e suspirou.
— Mas é um gato tão fofo. — Digo, sincero. E esperto, além de dar menos
trabalho que uma criança!
— Eu deveria ter pensado assim quando você nasceu, porque pensa numa
criança endemoniada! — Ela relembrou, o que me fez cair na risada. — Mas
vamos logo, não vou te deixar com fome, nem deixar meu único neto
estressado.
Assim que entramos no carro, então, eu sou rápido em pegar meu celular para
mandar uma mensagem para Jungkook e outra para Seokjin.
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Eu respirei fundo, mais aliviado pela resposta de Seokjin, e voltei a guardar
meu celular para dar mais atenção aos meus pais.
Normalmente, são eles que me metralham com perguntas sobre tudo e nada,
mas hoje esse papel fica em minhas mãos e eu pergunto sobre desde a
reforma na entrada do hotel até sobre a cueca da sorte velha de meu pai que
minha mãe vive ameaçando jogar fora (mas acabei de descobrir que ainda não
jogou).
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explicando quando eu finalmente perguntei sobre quando eles iriam conhecer
minha casa em Seul.
— Por isso nós ainda não fomos, mas assim que ela casar e voltar da lua de
mel, nós vamos tirar férias e vamos conhecer sua casa, príncipe.
— Tudo bem, mas... Hyelin noivou? Eu só fiquei fora por três meses!
— Noivou, sim, com aquele rapaz que tinha uma barraca de pés de galinha lá
perto de casa, lembra? Agora é um restaurante, nós sempre vamos comer lá!
— Aliás, falando nisso — Meu pai voltou a dizer. — Você não pretende voltar
para Nam-gu, Jimin?
— Acho que não, pai... eu ainda acredito que Seul tem mais oportunidades pra
mim...
— Nós não vamos te recriminar sobre isso, mas precisamos pensar no futuro
do hotel. Eu e sua mãe não vamos poder cuidar dele para sempre, então
estamos pensando em vender quando chegar a hora já que você não vai
querer assumir as contas.
— Ou associar com Hyelin. Eu e sua mãe pensamos sobre isso. Se ela tiver
interesse, vai ser nossa única sócia e assumir aos poucos toda a gerência. E
quando nós morrermos, o hotel passa para o nome dela.
Eu penso que sou apressado por já estar planejando uma festa surpresa para
daqui a quase quatro meses, mas meus pais já estão pensando na morte.
— Você teria algum problema com isso, filho? — Minha mãe perguntou,
cuidadosa. — Você nasceu e cresceu lá, então...
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— Acho que não tem outra opção, né? — Eu digo, por mais que seja, sim,
estranho pensar nisso.
— A não ser que você esteja em dúvida. Se quiser pensar melhor sobre isso,
nós esperamos antes de falar com Hyelin, príncipe. Você é prioridade.
Minha mãe olhou para mim, dali do banco da frente, e eu percebi meu pai me
olhando brevemente pelo retrovisor interno.
Ao ouvir a notícia que segurei por tanto tempo, minha mãe passou por uma
sequência de reações entre espanto e alegria, até cobrir a boca com as mãos.
— É claro que sempre vamos torcer por você, filho. Não é, querido?
— Claro que sim. — Meu pai concordou, e eu vejo seu sorriso enquanto ele
continua dirigindo. — Nós só queremos ver você feliz, Jimin.
Meu sorriso aumentou e, como sempre, ficou tudo meio escuro por conta dos
meus olhos.
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Eu realmente tenho os melhores pais do mundo.
É claro que eu avisei que estava vindo, mas eles não disseram que viriam me
receber, então eu fico surpreso ao vê-los. E, é, eu grito de alegria enquanto
corro para abraçá-los, e eles gritam também, sei lá por que, antes de nos
embrenharmos num abraço coletivo que foi violentamente rejeitado por
Yukwon.
— Eu não acredito que você demorou tanto pra voltar — Jeonghan contrapôs,
e eu só fiz uma caretinha antes de abraçá-lo individualmente, porque foi quem
fiquei mais tempo sem ver.
— Você deveria ter ido pra Seul quando Yukwon e Yuta foram... —
Choraminguei, ainda abraçando-o.- Aconteceu um monte de coisa quando eles
estavam lá...
— É... — Jeonghan olhou para os outros dois, e seus olhos ficaram ainda
menores quando ele sorriu. — Fiquei sabendo.
Nós meio que olhamos ao redor, porque meus pais ainda estão na recepção e
nós não podemos ser explícitos, além de Hyelin estar atrás do balcão me
olhando com os braços cruzados.
— Ok, vou levar Jimin pra dormir lá em casa. Precisamos repor todas as festas
do pijama que não fizemos.
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— O que? — Minha mãe parece inconformada. — Por que todo mundo quer
roubar meu bebê? Não vai, não, ele vai dormir em casa!
— Por favor, tia... ele vai dormir em casa nos outros dias todos...
— Por favor, mãezinha. — Eu interrompo Yukwon antes que ele fale algo que
me faça querer morrer.
Ela suspirou e acabou cedendo depois de trocar um olhar com meu pai:
— Ele tá mal humorado! — Avisei, mas meu amigo nem me deu bola.
Yuta e Jeonghan riram, e mesmo tanto tempo depois, eles não perdem a
liberdade de caminhar para dentro de casa sem me esperar, o que acaba me
deixando sozinho na recepção com Hyelin, que ainda me olha inquisitivamente,
então eu a olho de volta da mesma forma antes de nos acusarmos em
conjunto:
— Eu não acredito que você vai casar com o cara dos pés de galinha!
Depois de nos olharmos em silêncio por mais algum tempo, acabamos caindo
na risada, então eu perguntei:
— Você tá feliz?
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— Muito.
— Ok, então sai daqui. Eu tenho serviço pra fazer. Sou uma mulher
trabalhadora agora.
— Aposto que vai fazer teste online pra adivinhar qual o tipo de bolo de
casamento ideal pra você — Devolvi.
— Claro que não, palhaço. Esse teste eu fiz antes de encomendar o bolo!
Eu deixei mais uma risada escapar e fiz um gesto de negação antes de pegar
minha mala (que ninguém teve a boa vontade de carregar para mim, e ir para
dentro da casa de meus pais.
A casa deles. É estranho chamar de minha, agora, porque sinto que estou
traindo minha casa em Seul.
Meu deus, eu tenho uns pensamentos tão esquisitos que agradeço por
ninguém ao meu redor poder ler mentes.
— Hm... acho que é porque ele pegou na barriga do Chim... — Yuta contrapôs.
Ou isso. Mas eu não abro mão completamente da teoria que Chim odeia
qualquer um ligado à Bangtan.
Primeiro fui até meu antigo quarto, e foi muito esquisito entrar aqui e ser
atingido por cada lembrança que as coisas que deixei para trás carregam.
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A cama onde dormi com Jungkook pela primeira vez, o lugar onde Yuta
confessou que tinha medo de seu pai, onde eu e Yukwon já fizemos bagunças
incontáveis e onde chorei sozinho depois de tantas coisas que deram errado
em minha vida, ainda sem saber que não era o fim do mundo como parecia
ser.
Entrar ali foi como confrontar o Jimin de dezesseis anos que finalmente se
descobriu gay, que tinha medo de ser visto perto de Kim Yukwon na escola e
que era completamente inseguro sobre tudo na própria vida.
E agora que vejo onde estou e tudo que aprendi com cada uma das minhas
falhas, eu me sinto orgulhoso. E, mais ainda, sinto que não posso voltar a
chamar esse quarto de meu, porque o Jimin de dezenove anos precisa de
muito mais do que ele e Nam-gu oferecem.
— Tá, Jimin, mas vem cá... por que você voltou do nada? Brigou com o
gostosão, foi?
Eu olhei para Yukwon com tédio, me juntando a eles na sala depois de deixar
as coisas no quarto e pegar apenas o lenço onde estão as miçangas da minha
pulseira destruída.
— Aquele segurança do hospital... que ficou olhando pra gente quando você foi
lá...
— Aquele esquisito das tatuagens? Ele bateu em você? Que filho da puta! Eu
sabia que devia ter quebrado aquele esquisito naquele dia!
— Jungkook já deu uma surra nele, até chute teve — Apesar de estar
afirmando isso pela segunda vez no dia, eu não me orgulho do que aconteceu.
— Ele me deu um soco e doeu, mas isso não foi o pior — Eu apontei para o
que Yuta tem em mãos, e meu coração ainda dói por lembrar. — Ele estragou
nossa pulseira da amizade...
Yuta viu as miçangas soltas, depois voltou a envolvê-las com o lenço para não
perdê-las e ergueu os olhos até encontrar os meus, então sorriu.
— Eu vou arrumar e fazer com tanto carinho quanto da primeira vez, então
você nem vai perceber a diferença, Chim.
— Só com a situação e pelo que você teve que passar, mas nunca com você.
Não é culpa sua. — Ele disse, me abraçando de volta, e eu deitei minha
cabeça contra a sua.
— Eu também sinto muito por você passar por algo assim... — Jeonghan disse,
acariciando minha perna.
— Eu sinto muito é pelo otário que triscou no Jimin, porque eu vou destroçar
aquele filho da puta!
— Cala a boca, Yukwon. Não se resolve nada com mais violência. — Yuta o
repreende.
— Vamos ver se não resolve depois que eu descer o sarrafo nele — Deu de
ombros.
Eu ri um pouco mais, e olhei para Yukwon ainda sem soltar seu namorado.
Yuta acariciou minhas costas, depois me abraçou com mais força, e então
ficamos em silêncio por um tempo.
Depois, meus pais nos chamaram para almoçar, e nós fomos servidos com um
verdadeiro banquete antes de sairmos da casa deles e rumarmos ao
apartamento de Yuta e Yukwon.
E, meu deus, entrar aqui foi ainda mais nostálgico que voltar para meu antigo
quarto.
— Aqui, Chim... quer dizer, Jimin — Yuta riu lançando uma olhadela para meu
gatinho, que Yukwon insistiu em trazer junto, o insuportável.
— Eu acho que também preciso agradecer por vocês não terem mudado,
mesmo com a distância — Ele diz, então. — É bom saber que tanta coisa
muda em nossa vida, mas o clube das winx, não.
— Não muda entre aspas, né, porque Kihyun meio que fazia parte do clubinho
e agora...
— Nem vem, Jimin, eu quero saber e você quer também, que eu sei — Meu
melhor amigo resmungou. — Desembucha, Jeonghan. Kihyun já era mesmo,
ou não?
Nosso amigo mais pacífico respirou fundo, depois deixou a cabeça tombar para
trás.
— Como assim? — Yuta parece chocado. — Você disse que vocês transaram
recentemente...
— Foi um erro. Nós terminamos, então nada disso devia ter acontecido. Só vai
nos deixar mais confusos.
— Porque Kihyun não conseguia tirar da cabeça a loucura de que eu ainda sou
apaixonado pelo Jimin e o ciúme era cansativo.
— Mas vocês estão se dando bem? Deve ser esquisito já que você estagia
onde ele trabalha...
— Festa surpresa. — Expliquei. — Vou fazer uma pro Jun lá em Seul, e eu não
posso deixar de chamar o Kihyun porque eles são amigos, mas também não
queria deixar de chamar você...
— Nós não vamos nos matar se ficarmos no mesmo lugar, nem acabar com a
festa do Jungkook. Não precisa se preocupar, Chim... quer dizer, Jimin. — Ele
riu, todo atrapalhado. Isso é confuso.
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— Depende do dia... — Yuta disse com um sorriso amarelo, e eu olhei para
Jeonghan em busca de apoio, mas ele só encolheu os ombros e disse:
— As vezes você fica meio bravo por pouca coisa... mas eu entendo! Cada um
tem um jeito de lidar com as coisas da vida e é normal ficar estressado...
— Corre que ele ficou puto e vai jogar o tijolão na gente! — Yukwon provocou,
escandaloso como sempre.
Não sei como os vizinhos aguentam. Ele transando com Yuta deve ser mais
barulhento que uma multidão gritando um fanchant de Red Velvet.
Meu queixo quase foi no chão. Ao meu redor, no entanto, meus amigos
gargalharam muito alto. Yukwon literalmente rolou no chão.
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— Você está com seus amigos? Diz um oi para eles. — Ele disse, muito
provável que depois de perceber as risadas.
— Jimin... — Ele me repreendeu, rindo. — Você sabe que eu não sou assim.
— Sei, sim. Então tá bom, já vou mandar — Respondo, apesar do que ele fez
com Wonsik. Jungkook foi levado ao limite do próprio juízo pra agir daquele
jeito. Mas de resto, sua natureza é muito pacífica.
— Oi, Jun.
— Eu te amo. Aproveite o tempo com seus pais e seus amigos. Vou cuidar de
tudo para que você possa voltar para casa sem medo.
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— Viram como meu Jungkook é um anjo? — Eu pergunto, todo bobo. — Eu
preciso fazer uma festa pra ele ver como é amado, e não só por mim!
Eu acho que ele nem estava interessado de verdade em saber, mas eu gastei
uns vinte minutos tagarelando sobre isso de qualquer jeito.
— Ah, a gente deveria ir, sim! — Concordei, empolgado, comendo uma barra
de chocolate como café da manhã.
— Mas então, — Meu melhor amigo não se preocupou nadinha comigo. — foi
show de bola. O Jimin e o Jungkook ainda não tinham transado, daí tinha uma
tensão sexual maluca entre os dois, e o gostoso ficou com ciúmes do
Jeonghan, teve que correr atrás de um ônibus enquanto eu carregava o Jimin
nos braços e depois ele a gente fez ele comer um hambúrguer do McDonald's
pela primeira vez, mas o bocal não gostou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Já recuperado de minha tosse recente, eu sorri fraco ao perceber como
Yukwon ainda lembra de tantos detalhes. Acho que esse dia foi tão especial
para ele quanto para mim, tanto que assim como eu, ele tem a foto turva que
tiramos nós quatro num porta retrato no móvel da TV.
Não importa quanto tempo passe, essa sempre vai ser minha foto favorita.
— Foi logo depois que o Taeil bateu no Jimin — Jeonghan lembrou, então. —
Nós ainda não éramos próximos
— Eita, merda...
— Ninguém vai me dizer nada? — Ele exigiu, irritado com nosso silêncio. — O
bucetão ruim bateu no Jimin e vocês esconderam isso de mim até hoje?! Qual
a porra do problema de vocês?!
— Yukwon, senta — Yuta resmungou, puxando-o pela calça para fazê-lo voltar
a sentar.
Eles travaram uma batalha silenciosa com o olhar. Quando vencedor nenhum
parecia estar sendo nomeado, Yuta suspirou:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele nem mora mais em Nam-gu, Yukwon. A gente não faz ideia de onde ele
foi parar, então senta.
Meu melhor amigo deixou um som mal humorado escapar, mas acabou por
sentar a contragosto.
— Eu não acredito que vocês nunca me contaram. Eu podia ter socado aquele
cara muito tempo atrás! — Disse, in conformado.
— Essa... — Eu tentei dizer, mas precisei controlar o riso antes. — Essa foi a
declaração mais bonita que você já me fez...
— Tá. Solta.
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Eu ri um pouco mais e me arrisquei a deixar um beijo em sua bochecha antes
de soltá-lo.
Mais tarde, nós todos fomos para a casa de meus pais, onde passamos mais
uma noite juntos, jogando um jogo de tabuleiro que nos fez negar no sono
antes das onze da noite, juntos na sala.
No domingo à noite, Jeonghan precisou voltar para Gwangsan-gu, mas foi com
a promessa de voltar no fim de semana seguinte para irmos juntos ao parque
de diversões, e nós fomos. Dessa vez, com Yuta, mas sem Jungkook, e eu não
fui o único a sentir que estava faltando algo.
— Vocês dois precisam vir juntos da próxima vez, Jimin... pra virmos os cinco
aqui. — Yuta disse e eu não fiz nada além de concordar.
Não quero pensar muito nisso para não ficar triste e deixar de aproveitar o dia
com meus amigos, mas eu estou com saudades de Jungkook. À noite, é
quando tudo fica pior. Eu sinto falta de ter ele ao meu lado, me abraçando e
fazendo carinho até que eu caia no sono, mesmo que depois saísse de fininho
para trabalhar.
Eu sinto falta do carinho com o dedão que ele fazia em meus pés por debaixo
da mesa do escritório, e estudar sem ele por perto é ainda mais chato, mas eu
continuo estudando todos os dias porque estou decidido a tentar a entrar na
universidade.
Nós namoramos à distância por muito mais tempo do que estamos morando
juntos, mas ainda é estranho, desconfortável e triste precisar lembrar de como
as coisas eram antes da minha mudança para Seul.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E o pior é que não sou o único. Chim também está cabisbaixo durante toda a
semana, acho que com saudades de casa também.
Eu fiquei envergonhado em precisar dizer que sim, mas não quis mentir.
— Não é que eu não goste de estar aqui com vocês, porque eu gosto, mas...
toda a situação é tão complicada e foi tão repentina...
— A gente entende, Chim... — Jeonghan disse, dessa vez sem corrigir o uso
de meu antigo apelido. — Acho que, apesar de tudo, deve ser desconfortável
precisar estar aqui...
Eu concordei, aliviado por Jeonghan nunca ter mudado. Ele é sempre tão
compreensível, e existem poucas coisas tão boas nessa vida quanto se sentir
entendido e acolhido.
— O que?— Eu ri, mas Yukwon parece levar a própria ideia a sério e levanta
num pulo.
— Liga logo! — Ele insistiu, nos puxando para que ficássemos de pé e nós
todos o fizemos, então eu abri o aplicativo de video call e chamei Jungkook,
torcendo para que ele não esteja ocupado.
— Anjo — Jungkook disse quando atendeu a chamada, com seu rosto lindo
aparecendo na tela para mim.
Meu deus, que saudade de ouvir ele me chamando de anjo no meu ouvido,
antes de me beijar do jeito que até hoje me deixa arrepiado...
— E aí, gostoso? — Yukwon gritou por cima de mim, o que fez Jungkook rir.
— Não é a mesma coisa sem você com essa pose toda séria e destoando do
resto do parque, cara... — Yukwon confessou, então, e os olhos de Jungkook
ficaram cercados de ruguinhas quando ele riu ainda mais.
— Para. Ele só foi num parque uma vez, deixa ele — Pedi, meio ressentido.
Jun não tem culpa por não ter vivido experiências como essa antes.
Mas enquanto eu me chateio por isso, ele não parece fazer grande caso da
provocação de Yukwon e até ri, mas quando anunciamos que estamos indo
para a fila do barco viking, ele me chama:
Eu gesticulei para que nossos amigos vão na frente, e voltei a olhar para a tela
do celular assim que eles entenderam meu pedido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sério? — Questiono, agora surpreso.
— Sim. Então a denúncia já foi feita. Com sua denúncia, o depoimento das
testemunhas que estavam por perto quando ele te agrediu e com o depoimento
das pessoas com quem Yoongi entrou em contato, nós temos evidências mais
concretas para conseguir ao menos uma prisão preventiva.
Oh, então era para isso que ele queria entrar em contato com Yoongi, para
conseguir formalizar o depoimento das pessoas que já foram perseguidas por
Wonsik.
— Não vai demorar para você poder voltar, meu bem. — Ele garantiu.
— Sim, anjo. Eu juro. Seokjin passa em casa a cada dois dias, age como se eu
fosse um bebê. — Ele se mostra irritado com isso, mas não de verdade.
Eu ri, agora também com saudade de ser tratado e de poder agir como o bebê
do Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sorri, e finalmente me juntei a Jeonghan, Yuta e Yukwon na fila, mantendo a
chamada com Jungkook ativa até que chegou nossa vez e sentamos em
nossos lugares. No fim, saímos os quatro passando mal. Jungkook foi o único
que continuou pleno, é claro.
Mas, durante a semana seguinte, não acho que ele se divertiu tanto assim.
— Faça isso. Me dói o coração ver uma coisinha desse tamanho tão tristinha...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Não parece ser nada grave, mas...
Ela ficou de pé e eu quase fiz o mesmo, mas travei quando Chim se arrastou
até deitar no meu colo.
Eu acabei concordando, porque não tenho emocional para deixar Chim sozinho
do jeito que ele está agora.
— Diga que eu vou visitar ela amanhã! — Peço, e recebo mais um beijo de
minha mãe antes que ela se adiante até seu quarto.
Quando ela e meu pai saem de casa no meio da noite para irem visitar minha
avó, eu deito no sofá cuidadosamente para não mexer muito em Chim e
mantenho minha atenção dividida entre ele e a TV, até que meu celular vibra e
eu vejo uma nova mensagem de Jinyoung.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meus olhos quase saltaram de minha cara e eu quase saltei do sofá. A única
coisa que me conteve minimamente foi meu gatinho ainda deitado sobre meu
corpo, mas no momento em que disquei o número de Jungkook para saber se
isso é mesmo verdade, Chim moveu as orelhas para a frente e, parecendo
mais atento, ficou de pé, depois saltou do sofá e foi em direção à porta, onde
começou a miar.
Mas eu nem fui o mais rápido, apesar do desespero. Assim que abri a porta,
Chim escapou e esfregou a cabeça e o corpo peludo contra a perna de
Jungkook, carinhoso como nunca foi com o outro papai.
— Desculpa por vir sem avisar, anjo — Jun pediu, segurando meu rosto para
deixar vários beijos em minha testa e pálpebras.
Ele deixou uma risada escapar e eu suspirei quando recebi um beijo singelo no
pescoço.
— Eu também senti sua falta, meu bem. Nossa casa fica muito vazia sem meus
gatinhos.
Eu mordi meu lábio ao sorrir e abaixei meu rosto quando afrouxamos o abraço,
nós dois olhando para Chim que ainda insiste em chamar a atenção de
Jungkook, então ele se abaixa apenas para pegar nosso filho e deixar um
cheirinho carinhoso no pescoço dele, sem receber sequer um arranhão ou
mordida por isso.
Chim não estava com saudades de casa, nem doente. Ele estava com
saudades do outro pai dele.
Mas eu não reclamo, Jungkook muito menos, que apoia Chim em seu ombro e
com o braço livre volta a me abraçar e a me dar um selinho demorado.
— Cadê seus pais, anjo? — Ele perguntou, então, percebendo a casa vazia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Foram no hospital. — Respondi, grudado nele. — Parece que minha avó
passou mal, mas eu tive que ficar em casa porque o Chim tava muito pra
baixo... e sabe o que era? Saudade de você!
Jungkook sorriu, sentindo nosso gatinho esfregar a cabeça sob seu queixo,
carente como nunca.
Eu cruzei os braços, vendo-o colocar Chim no chão para poder pegar sua
mala, então a colocou para dentro, depois me empurrou pela cintura para
podermos fechar a porta.
— Eu não preciso ouvir você dizer pra saber que é exatamente isso que tá
dizendo - Resmungo, ainda de braços cruzados, e ele me abraçou mesmo
assim, acariciando minha nuca antes de me dar um beijo demorado e
provocante na bochecha.
— Não disse. Você é o melhor menino do mundo, anjo — Garantiu, então selou
minha boca.
Eu sinto seu sorriso contra minha boca, depois o deslizar de seus lábios até
alcançar minha orelha:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu senti tanto a sua falta, anjo... — Ele repetiu, e me arrepio inteiro quando
sinto sua língua tocar meu lóbulo, antes de mordiscá-lo. — Senti falta de você
em nossa cama...
Todo afetado por isso, e não de um jeito ruim, eu acabo sorrindo, e o sorriso de
Jungkook encontra o meu quando ele arrasta sua boca de volta para a minha,
nos dando apenas mais um segundo antes de me beijar, dessa vez com muito
mais desejo.
Eu acho que estamos com tesão acumulado e eu sequer tinha me dado conta
disso, mas nas últimas semanas nem mesmo me masturbei.
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Ele riu, novamente sem se opor. Quando veio me beijar, no entanto, fomos
interrompidos novamente, dessa vez por meu celular, e eu só atendi a
chamada porque vi que é minha mãe, talvez com notícias sobre minha vó.
E eu estava certo. Era mesmo ela, com boas notícias que me aliviaram, mas
me fizeram rir no mesmo tanto.
Eu joguei meu celular para o sofá e voltei a abraçá-lo, então só anunciei antes
de beijá-lo novamente:
— Eram gases.
Jungkook tentou me beijar de volta. Eu sei que tentou. No entanto, ele mesmo
pareceu ser capturado por uma crise de riso violenta, e então nosso beijo se
transformou numa bagunça.
— Quarto.
Sem me opor, eu insisti em voltar a beijá-lo, e fui fácil quando ele fez o caminho
já conhecido até meu antigo quarto, onde fechamos a porta assim que
entramos e ele arrancou minha blusa, então eu fiz o mesmo com a dele,
desabotoando-a com pressa até jogá-la no chão para evidenciar minha
tatuagem favorita do mundo inteiro.
Por um momento sem pressa, eu abaixei meu rosto para beijar a serpente
negra cravada em sua pele, e acabei deixando um grito surpreso escapar
quando Jungkook me girou pela cintura e me empurrou até a cama. Quando
cai sentado, eu mostrei um sorriso satisfeito e me arrastei pelo colchão,
deitando meu corpo à medida em que Jungkook subiu em mim e me guiou até
me fazer descansar a cabeça num travesseiro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Quando ele empurrou meu queixo para expor meu pescoço e beijá-lo, eu
suspirei audivelmente, tocando sem pudor em suas costas, até que ele subiu
sua boca até a minha outra vez e deslizou sua mão por meu braço até envolver
minha garganta com ela.
— Quer tentar de novo? — Ele perguntou, e sei que está se referindo ao breath
play. — Menos moderado que da última vez.
Eu concordei, porque desde nossa primeira tentativa eu fiquei curioso. Sei que
Jungkook não me privou o ar como se pressupõe fazer, desde então eu quero
saber como é se ele o fizer
Eu gosto tanto dessa dinâmica, onde o cuidado se faz presente até mesmo e
principalmente em situações em que pessoas que veem de fora acreditam que
não existe nenhum
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vamos improvisar — Ele decidiu, então, e dessa vez meu gemido foi de
satisfação ao sentir ele empurrar seu quadril contra o meu, nos estimulando
através de nossas calças.
De início, sua mão só estava ali cobrindo minha boca e nariz, parcialmente me
privando de ar, até que ele aumentou a pressão gradativamente, tornando o
processo de respiração cada vez mais difícil, até que o interrompeu por
completo.
Dessa vez, Jungkook mais para me permitir uma pequena dose de oxigenação,
sei que para fazer uma transição gradual até um estado mais avançado. Então
eu respirei e gemi, menos satisfeito que da primeira.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Reconheço que, afinal, a privação de ar não me gera prazer como eu acreditei
que faria depois de experimentar uma pequena dose disso.
E é a primeira vez que acontece. É a primeira vez que algo que faço com
Jungkook na cama não me agrada, mas eu não hesito sobre o que fazer
quanto a isso.
— Jungkook... coelho.
Eu disse. Pela primeira vez. E, diferente de como achei que seria caso o dia
chegasse, eu não estou assustado, nem magoado. Estou... bem, com
nenhuma sensação ruim além da chateação de perder o tesão que estava
sentindo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Tudo bem? — Ele perguntou, segurando meu rosto para me olhar nos olhos,
completamente dedicado a analisar cada mínima reação minha. — Você ficou
assustado?
— Você derrubou assim que percebeu que não queria continuar? — Insistiu, e
sei o que ele está fazendo. Sei que quer garantir que eu não me forcei além do
meu limite nem por um segundo.
E o melhor? Eu se que não é da boca para fora, porque até eu mesmo estou
orgulhoso de ter sido tão sincero comigo, com meu próprio prazer e tão fiel à
confiança de Jungkook em mim, enquanto seu submisso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com a porta aberta, Chim não demorou para aparecer e pular na cadeira de
estudo, que já está cheia de pelos deles, para deitar.
Instantes depois, Jungkook voltou com um copo cheio de água e sua mala
pequena em mãos.
Minha resposta vem na forma como eu giro meu corpo até ficar de bruços, todo
embolado na coberta, o que faz Jungkook rir baixo e entender que sim, é claro
que quero massagem,
Quando ele me aperta os ombros pela primeira vez, eu apenas o olho por um
instante antes de aproveitar meu aftercare estendido, e garanto para ele:
— Deu errado agora... mas da próxima vez, a gente vai foder muito. Tá?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Primeiro: a questão apresentada na primeira parte da att. Uma leitora (tosti_95)
fez uma thread no twitter falando sobre essa questão de, quando existe
assédio de qualquer tipo, a vítima ser também a pessoa que precisa fugir e se
adaptar pra viver numa realidade onde existe um abusador (quando deveria ser
justamente o oposto!!), então achei válido frisar isso no capítulo porque, sério,
a quantidade de casos assim é assustadora.
Porém, eu tentei deixar a cena leve. No contexto da relação deles, não vejo
como a utilização da safeword poderia enfraquecer o relacionamento ou a
confiança. Pelo contrário, na verdade, acho que foi mais um motivo pro JK
confiar no Jimin como sub, e pro Jimin reforçar a confiança no JK enquanto
dom!
Caramba, já falei demais :x vou deixar os outros avisos que tinha que dar pra
próxima att, mas por enquanto deixo avisado que estamos mesmo em reta
final. Agora, faltam 5 capítulos e o epílogo pro fim definitivo de sub!
e, ah, o próximo smut que tivermos aqui vai ser o último. a última transa
selvagem desse jikook grudentinho): mas vai ser num lugar... "especial"
por enquanto é isso. obrigada por estarem comigo há tanto tempo, tantos
capítulos e tantas dores de cabeça! nos vemos de novo dia 09/12! <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
46 • Made In Heaven
Dedicado a gukkienochu_
JUNGKOOK
Dessa vez, no entanto, sinto que me superei. E nós nem chegamos a transar,
honestamente.
Assim, ele foi o menino mais mimado do mundo inteiro pela hora que demorou
até seus pais retornarem para casa. Pediu água? Fui buscar. Massagem? Fiz a
melhor do mundo. Quis fazer um lanchinho pós-janta? Preparei o cup noodles
que ele pediu e o levei até o quarto. E dei na boca. Pediu para deitar de
conchinha comigo? Deitei, e fiz carinho em sua barriga estufada de macarrão
instantâneo enquanto lhe dei também vários beijos.
Por isso, pelos sorrisos bobos e pelas brincadeiras leves, eu tive a mais
absoluta certeza de que o uso da safeword não foi uma experiência traumática,
para ele. Nem antes, nem durante, menos ainda depois.
Só aconteceu de, pela primeira vez, eu não ter conseguido interpretá-lo como
sempre me empenho para fazer. E está tudo bem, porque Jimin foi muito capaz
de impor seu limite, sem depender de minhas suposições.
Então, confesso que não tenho certeza se todo o mimo que lhe foi concedido
veio como aftercare puro, ou também como a demonstração do orgulho que
sinto de meu menino.
De qualquer forma, sei que ele amou. Realmente nada nessa vida o deixa mais
feliz que ser bem mimado, como ele merece.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Príncipe? — De repente, enquanto brinco com seus dedos pequenos e
rechonchudos, eu escuto a voz de sua mãe.
Quer dizer, nós moramos juntos, então saber que deitamos abraçados na cama
não deve ser nenhuma surpresa para ela,
Quando sua mãe entra no quarto, então, eu olho para ela sem muito alarde, e
ela parece surpresa por me ver aqui.
— Jeon! — Ela disse, espantada. — Eu não sabia que você estava aqui!
— Desculpe, vim sem avisar. Espero que não seja um problema - Eu digo e,
diferente da minha vontade, desfiz o abraço com Jimin para sair da cama e
cumprimentá-la apropriadamente, mas fui completamente pego de surpresa
quando ela me recepcionou com um abraço caloroso.
Jimin tem mesmo uma mãe maravilhosa. Eu, por outro lado...
— Mas mantenham a cama de casal. É bom ter espaço extra para quando
brigarem e quiserem dormir com as costas viradas um para o outro. — Avisou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
A única vez em que uma discussão nos impediu de dormir abraçados, foi
quando Wonsik apagou a mensagem que Jimin enviou para mim e eu fiquei tão
chateado que fui dormir no sofá.
De resto, nunca fomos dormir brigados. Nós sempre nos resolvemos antes,
quando temos algum atrito.
— Boa noite, senhora. — Eu digo, e juro que é a primeira vez em muito tempo
que me sinto gaguejar.
Alheia a isso, ela somente acenou e mandou um beijo no ar para Jimin, antes
de sair, nos deixando sozinhos outra vez.
— Vem pra cama, príncipe lindo — Jimin provoca, risonho, e eu coço a nuca
ainda sem muito jeito.
— Não gostou? Eu posso falar com ela, pra não te chamar mais assim —
Sugeriu, agora parecendo preocupado.
Jimin sorri todo bobo, e eu deixo nosso filho livre em cima da cama para que
ele decida onde se deitar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu não acredito... ele sempre deita do lado da minha cabeça. Não acredito
que tô sendo trocado só porque ele ficou um tempinho sem te ver! — Jimin
resmunga, inconformado.
— Até parece. Ele não vai me bater, nem arranhar ou morder. Isso foi só com
você mesmo.
Jimin ficou meio sem reação, a princípio, depois acabou caindo na risada.
— Fiquei assim depois que te conheci. — Rebati, sem parar de fazer carinho
em nosso filho, e então dei a meu pequeno outro beijo. — Agora eu preciso
dormir um pouco, meu bem.
Eu gostaria de ter essa certeza, mas algo me diz que não é assim tão simples.
Toda a situação é inconsistente demais, e não sei se a prisão preventiva do
filho da puta que machucou Jimin será definitiva.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Em resposta, ele me mostrou um sorriso miúdo, então deitou de lado e puxou
minha cabeça até encostá-la em seu peito, e começou a fazer carinho em meu
rosto.
— Vou fazer cafuné no meu homem dedicado até você dormir, tá?
Em resposta, eu estico minha mão até acariciar sua nuca, que está ocupada
com o fecho de sua coleira social. A mesma que, durante todo esse tempo, ele
nunca deixou de usar e que me faz perguntar se ele aceitaria de bom grado
uma nova coleira.
Uma mais... especial, que há muito desejo ver envolvendo sua pele.
Por muito tempo, estar sozinho não foi um problema para mim. Eu vivia bem
em meu apartamento pequeno, sem ninguém deixando bagunças que não
combinam com minha organização. Agora, no entanto, eu estou dolorosamente
acostumado a ter Jimin em casa, andando apressado de um lado para o outro
com os pés e as pernas nuas, vestindo minhas blusas, e nosso filho
preguiçosamente vagando em busca do lugar ideal para tirar mais um cochilo.
Por isso, assim que recebi do advogado a notícia de que uma ordem foi emitida
contra Wonsik, eu comprei a primeira passagem de avião que encontrei para
vir ver meu menino e nosso filho, mesmo sem esperar uma recepção tão
calorosa deste último.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, é exatamente como a mãe de Jimin assumiu. Nossa família está
matando a saudade que nos acompanhou durante os últimos dias.
E, por mais que durante parte de minha vida não tenha imaginado que as
coisas se desenrolariam dessa forma, eu não poderia desejar fazer parte de
qualquer outra família além dessa.
Por isso, nós três passamos a noite inteira juntos na antiga cama de Jimin, até
que pela manhã me percebo somente em companhia de Chim.
Me faz lembrar de como ele gemeu incontido ao ser chupado pela primeira vez
e de como eu deixei minha relutância de lado para dar a ele sensações fortes o
suficiente para que esquecesse das manchas em seu corpo, provocadas por
alguém que se dizia ser seu amigo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Bom dia, meu anjo — Eu digo, percebendo a forma como seu corpo cede
facilmente ao meu abraço.
— Bom dia, Jun... — Ele responde, manhoso como o gatinho que é, e relaxa
suas costas contra meu peito. — Você dormiu bem?
Eu sorri contra sua pele, depois usei toda minha força de vontade para
conseguir afastá-lo, e olhei ao redor, em busca de alguma função para ajudá-lo
a preparar o café.
— E na banheira!
— No sofá.
— No carro.
— Nós ainda não fodemos no carro, meu bem. — Lembro e não resisto, então
volto a puxá-lo para abraçá-lo outra vez.
— A gente deveria mudar isso, então... — Ele ponderou, com o mesmo sorriso
travesso nos lábios enquanto usa os indicadores para brincar de forma
manhosa com minha blusa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Nessa casa, quero distância mínima de um metro entre os dois — Senhor
Park diz.
Um verdadeiro brat.
— Bom dia, Jeon — Ele responde, então suspira. — Agora solte meu filho.
— Não vou soltar mesmo — Jimin quase cantarola, intensificando seu abraço
ainda mais, e juro que ouço algo estalar. No entanto, a panela elétrica dispara
quando o contador do timer chega ao zero, e meu menino dá um salto para
longe de mim. — O arroz tá pronto!
— Parece que ele se importa mais com o arroz que com você — O pai dele
constatou, então, e eu apenas concordei com um gesto resignado.
— Nós quatro vamos tomar café juntos pela primeira vez! — Ele anuncia o
motivo de sua felicidade.
E se algo poderia ser algo completamente banal para outras pessoas, eu sei
que sua felicidade é genuína, e agradeço aos céus por Jimin precisar de tão
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
pouco para se sentir feliz, porque assim posso constantemente apreciar a
forma como seus olhos inchados se fecham com seu sorriso moldado pelos
lábios cheios.
Mais uma vez rendido, sabendo que ainda sou apaixonado na mesma
intensidade em que o amo, eu o abraço apertado e dou um beijo demorado em
sua bochecha rechonchuda.
— Coisa linda — Eu digo, então o beijo outra vez, agora nos lábios, e rio
quando percebo que ele os enrijece para não deixar que vá além de um
selinho.
Depois de me entregar um pouco mais a todo esse amor que sinto por ele, eu
finalmente o soltei e servi a mesa enquanto Jimin coloca a ração e troca a água
de Chim.
— É nosso primeiro café da manhã juntos, tem que ser especial — Jimin
anunciou, ainda lindamente feliz, e me puxou pelo braço para me fazer sentar
na cadeira ao lado da sua.
— Meu bebê parece bem mais feliz e aliviado agora — Ela constata, sentando
ao lado do marido, e então sorri para mim. — Que bom que você ainda tem
esse efeito sobre ele, Jungkook
Só então nós começamos a nos servir para provar a comida de nosso Jimin, e
acho que todos concordamos que ele se empenhou além do normal nessa
refeição, porque está mais deliciosa que nunca.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Muito mesmo. — Sua mãe concorda, também parecendo sincera. — Você já
cozinha melhor que seu pai, príncipe.
— Não sei se eu iria tão longe para elogiá-lo, mas você está quase lá, Jimin —
Seu pai ponderou, o que fez meu menino esconder as mãos entre as pernas e
encolher os ombros ao rir, extasiado por tantos comentários bons sobre algo
que ele fez.
E só assim, com seu ego amaciado, é que ele também começa a comer.
Durante o tempo que gastei nessa tarefa, Jimin tomou um banho e arrumou o
quarto, e Chim se arrastou preguiçosamente até o pote da ração para tomar
seu café da manhã.
Depois, foi minha vez de tomar um banho, e eu apenas vesti um jeans claro e
confortável junto a uma blusa branca e fresca antes de encontrar Jimin na sala,
com nosso filho nos braços, à minha espera.
— Minha mãe disse que só tem um quarto disponível, né? — Ele perguntou,
caminhando ao meu lado. — Adivinha qual é!
Sem precisar pensar muito, meus olhos vagaram pelas portas fechadas até
pousarem na correspondente ao quarto onde me hospedei na primeira vez que
vim até Nam-gu, e Jimin sorriu ainda maior quando percebeu isso, adiantando
seus passos até lá.
O gatinho pouco deu atenção à sua voz e caminhou para dentro, curioso como
sempre. Sem ressentir por isso, Jimin voltou a olhar para mim e estendeu a
mão.
— É impossível esquecer do dia que mudou minha vida inteira, meu bem — Eu
confesso para ele, agachado em sua frente.
Jimin então se apoiou nos joelhos e se inclinou para a frente, usando as mãos
para se equilibrar, então beijou minha boca de surpresa.
— Foi isso que eu quis fazer naquela hora — Ele confessou, então, travesso.
— Isso também. — Riu mais um pouco, então apoiou suas mãos em meus
ombros e me beijou mais uma vez, carinhosamente. — Eu posso te confessar
mais uma coisa, Jungkook?
— Eu acho que te amo desde que te vi pela primeira vez, aqui nesse quarto.
Eu sorri para ele, sem forças para resistir ao impulso de deitar minha cabeça
contra a sua e acariciar sua nuca.
— Eu sei que a gente passou por muita coisa de lá pra cá, Jungkook, e sei
também que você se esforça muito, muito, muito por mim. Quer dizer, tem que
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ter muita paciência pra me aguentar, e isso você sempre tem, e é sempre
carinhoso e compreensivo e me dá muito apoio em tudo... e eu não sei se
consigo retribuir tudo isso, nem se você sabe o quanto eu agradeço todos os
dias por ser seu, mas eu juro que me esforço muito pra ser bom pra você do
mesmo jeito que você se esforça pra ser bom pra mim.
— Eu não minto ou exagero quando digo que você é o melhor do mundo, meu
bem... — Eu digo para ele, porque assim como ele sabe o quanto meu esforço
é contínuo, eu sei que a recíproca é verdadeira.
— Sabe do que isso tudo me faz lembrar? — Eu pergunto para ele, e logo
percebo seus olhos curiosos.
— De que?
Abraçados, eu pretendia continuar assim por mais algum tempo, mas fui
simultaneamente interrompido pelo toque de meu celular e por Chim correndo
até pular num ataque feroz e brincalhão contra minha perna. Por sorte, ele
ainda é miúdo e suas investidas não são muito eficazes.
— Um minuto, meu bem — Eu peço para Jimin quando, com uma mão
acariciando Chim, uso a outra para pegar meu celular, mas franzo meu cenho
ao ver que quem está me ligando é Min Yoongi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O que foi? — Jimin questionou, atento à minha estranheza.
— Min Yoongi está ligando.— Eu aviso, parcialmente nervoso por receber uma
ligação sua. Será que algo deu errado na prisão de Wonsik?
— Ei, Jeon — Ele diz assim que atendo a chamada, com o tom
despreocupado. — Tem uma promoção de algemas de couro lá na masmorra
de Sera, duas por uma! Quer comprar comigo?
Eu fechei os olhos em impaciência, mas ao mesmo tempo aliviado por não ser
o que estava imaginando.
— Claro que não. Já viu aquela sovina fazer promoção? — Ele respondeu, o
que só me deixou ainda mais impaciente.
— Eu vou desligar.
— O universo foi bom comigo quando fez Jimin se apaixonar por mim, mas
parece que está cobrando o preço agora que te colocou em meu caminho. —
Resmungo, então anuncio outra vez: — Vou desligar.
Agora, sob os olhos atentos de Jimin depois de ouvir seu nome, eu ouço
Yoongi dizer:
— Vou levar, sim, e vou fazer questão de colocar uma almofada nas mãos dele
quando você chegar por perto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Que? — Questionou, confuso, mas então caiu na gargalhada ao lembrar da
conversa quase casual que tivemos entre nossos encontros para tratar sobre o
caso de Wonsik, onde eu ingenuamente confessei algumas das peripécias de
Jimin, enquanto me gabava do submisso que tenho ao meu lado. — Ok,
lembrei.
— Parece um disco arranhado. Deixe de ser sem graça, Jeon. Vamos sair,
deixe eu me divertir um pouco com sua antipatia!
— Estou na cidade do Jimin. E mesmo que não estivesse, não sairia com você.
— Oh, você está com o Jimin? Manda um beijo para ele e diz que eu dou esse
beijo pessoalmente quando ele voltar.
Antes que eu possa dizer algo, Jimin me cutuca na barriga e sussurra um "o
que foi?" para mim.
— Se algum deus existir, ele que me livre de uma desgraça como essa.
Diante de minha postura tão contrariada, Jimin riu ainda mais, então voltou a
cutucar minha barriga como uma criança malcriada.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Dom Jeon e Dom Min Yoongi são amiguinhos. Que fofo!
Eu o olhei em repreensão, mas tudo que ele fez foi rir mais e me cutucar mais
uma vez. Sem deixar barato, eu o puxei com rapidez, o que o fez tombar em
meu corpo e deixar a bunda elevada no ar, então lhe dei um tapa na nádega
esquerda.
Como eu disse uma vez e se mantém verdade incontestável até hoje, repito:
Ele me mostrou uma expressão tristonha, mas sem que é fingimento porque
Jimin não cansa de manipular.
— Tá, mas... — Ele muda de assunto, manhoso. — Quer sair com o clube das
winx hoje? Yukwon tá quase definhando de saudade de você...
Eu sei que ele está exagerando, por isso acabo rindo. Isso, no entanto, não
quer dizer que seu jeito exagerado não faz falta. Aliás, gosto de tê-lo por perto,
porque ele faz Jimin rir feito um louco.
— Eu gostaria, meu bem. Gostaria mesmo, mas preciso voltar para Seul. Eu só
vim matar a saudade de você.
Ele deixou os ombros caírem num gesto derrotado, mas acabou por assentir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Claro? Que pergunta é essa, Jun?
Eu sorrio, mais aliviado porque, apesar de querer com toda minha vida que
Jimin esteja sempre por perto, eu desejo com a mesma intensidade que ele
esteja feliz.
— E... hm... — Ele volta a falar. - Tem um bocado de gente de quem você
gosta lá em Seul, né? Não quer fazer uma listinha com os nomes dessas
pessoas?
— Mesmo? Não seria uma lista muito extensa, então.— Aviso, com o cenho
levemente franzido em desconfiança.
Três anos depois, eu conheço esse menino bem o suficiente para saber que
sua justificativa sobre ser somente curiosidade é uma desculpa deslavada. Ele
está armando alguma coisa, e nem sei se devo me preocupar, ou não.
Ao menos eu posso dizer que estar num relacionamento com ele nunca se
torna monótono.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, quando mais tarde no mesmo dia me despeço dele e de seus pais, eu
tenho a mais absoluta certeza de que o equivalente figurativo a um desenho
horrendo na parede estará me esperando em algum futuro próximo.
❆❅❄❅❆
Três dias depois de voltei sozinho para Seul, foi a vez de Jimin e nosso gatinho
retornarem à nossa casa, que fica dolorosamente vazia sem eles.
Quando mais novo, ainda morando na casa de meus pais, nossa residência
tinha mais cômodos que o necessário para quatro pessoas. Era grande
demais, e as vezes tanto espaço vazio me dava a sensação de solidão. Por
isso, independente de minhas conquistas no trabalho e independente de meu
patrimônio, eu nunca me importei em morar num lugar com mais que um
quarto.
Agora, no entanto, minha casa e de Jimin parece ter a medida exata para nós
três.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu? Nada, não.
Não que eu me importe que ele mexa livremente em meu celular, porque não
tenho absolutamente nada para esconder. No entanto, em nosso
relacionamento existe um acordo mutual de não mexermos no telefone um do
outro, para preservarmos nossa privacidade. E eu sei que Jimin confia em mim
e respeita nosso combinado. Por isso, é estranho.
— Nem tô.
Eu apenas lancei mais uma olhadela, antes de abrir nosso armário e pegar
uma calça de ficar em casa, vestindo-a calmamente antes de jogar a toalha em
meu ombro e caminhar para fora do quarto, em direção ao escritório.
Ele me olhou como quem pondera algo, até que sua feição subitamente
metamorfoseou para um sorriso sugestivo, enquanto ele desliza o indicador por
meu peitoral.
— Jimin...
Ao ouvir seu nome inteiro deslizar por minha garganta, seu corpo enrijeceu e
ele arrumou a postura, antes de piscar lentamente e escorrer para fora de meu
abraço como uma amoeba.
— Eu preciso fazer cocô — Ele avisou, então, antes de correr de volta para
nosso quarto, só para fugir de mim.
Ele não quer defecar, e isso é óbvio. Jimin sempre passa uns cinco minutos
fazendo careta, tentando adivinhar se está mesmo com dor de barriga antes de
efetivamente ir ao banheiro, e dessa vez tudo que ele fez foi esquivar de minha
pergunta.
Manipulador e rebelde.
Nunca imaginei que aquele menino com uma natureza submissa tão aflorada
se transformaria nisso. Pior, não imaginei que eu amaria cada traço desse
somente por pertencer a ele.
Por isso, não me resta outra opção que não aceitar seu voto de silêncio e me
concentrar em meu trabalho trazido para casa.
Se tudo der certo, uma das últimas vezes em que vou precisar fazer isso,
porque o andamento da proposta de fazer Eunbyul assumir o posto de CEO
interina está indo melhor do que imaginava. Quer dizer, é uma prática comum
entre empresas que assumem parcerias como a Bangtan e a D-lite, no entanto,
não tão comum nas conjunturas nas quais nossas empresas se encontram.
— Está tarde. — Comento, só então olho para ele. Normalmente, Jimin vai
deitar às onze e meia. — Vá descansar.
— Sim. Parece que estou mesmo ficando velho — É o que respondo, ainda
sem fazer grande caso
— A gente tá junto há tanto tempo, e é a primeira vez que tô do seu lado pra
aproveitar esse dia de verdade...
— E só por isso esse vai ser o melhor aniversário de todos, meu bem. -
Garanto para ele, e ele sorri, antes de levantar de sua cadeira e caminhar até
sentar em meu colo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Parabéns pelos vinte e cinco anos, Jungkook. — Ele deseja, encolhido
contra meu corpo.
— Vou fazer pra sempre! — Ele garante, então recebo um beijo demorado na
bochecha. — Quer ir pra cama comigo? Mas é só pra dormir mesmo...
Fazemos, ainda com boa frequência. As vezes, sem grandes empenhos, mas
em outras... ficamos com marcas por dias.
Se for para comparar, eu diria que nossas transas às vezes são boas, mas
comuns, como almoçar no refeitório da Bangtan. Em outros momentos, no
entanto, é delicioso e incomparável como um banquete preparado por Jimin.
Nessa noite, quando deitamos, já estamos de barriga cheia, então apenas nos
entregamos a um abraço desajeitado e gradativamente caímos no sono juntos,
com Chim preguiçosamente deitado no travesseiro de Jimin. E diante da
simplicidade de nossa rotina, sei que esse será o melhor aniversário que já
tive.
Pela manhã, então, tomamos café juntos. Jimin agendou a entrega de uma
cesta de café-da-manhã enorme, então sequer nos preocupamos em cozinhar.
De brinde, ganhei também vários balões com a frase eu te amo em idiomas
diferentes.
Mesmo sem esperar que ele fizesse isso tudo, eu sorri verdadeiramente e
segurei sua cintura, por onde corri minhas mãos até apertar a região de seu
quadril, que é o lugar em que há mais gordura acumulada.
1340
@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Gostoso do caralho.
— Você não sabe o quanto. - Ainda com esse jeito meio provocador, ele me
mostrou um sorriso bonito, mas depois deixou uma risada escapar ao me
analisar silenciosamente, e acusou, certeiro: — Você tá pensando em
safadeza...
— Talvez eu esteja pensando em tirar essa sua roupa e passar o dia inteiro te
fodendo em todos os cantos da casa. — Confesso casualmente.
— Parece um bom jeito de comemorar seus vinte e cinco anos - Ele concordou,
com esse rubor que entrega a forma como meu desejo o afeta.
— Melhor assim, então. — Finjo que caio em sua desculpa orgulhosa, e rio
quando ele vai pisando fundo em direção ao quarto.
No entanto, assim como nas últimas, Jimin não me deixa vesti-lo, então tudo
que faz é pegar as peças e se trancar no banheiro.
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Isso me frustra, honestamente. Escolher suas roupas e vesti-lo é um dos
detalhes de nossa rotina que mais me dão prazer, então não me deixa feliz ver
isso ser tirado de mim tão bruscamente.
E, quando questionei o porquê uns dias atrás, Jimin apenas disse que não quer
mais que eu o vista, porque está começando a se sentir desconfortável com
isso.
Doeu mais que o inferno das agulhas trucidando minha pele quando fiz minha
tatuagem, mas apenas aceitei e respeitei seus limites, como é minha
obrigação.
Depois, nós saímos de casa, eu o deixei no trabalho e fui para o meu, onde me
ocupei com todo o serviço que não para de acumular e esqueci a tortura que é
não poder vestir meu submisso.
— É, parabéns. — Namjoon disse, também, mas sem fazer grande caso disso.
Não me importo, porque também não faço. — Sua mãe pediu para você passar
na sala dela, quando puder.
— Sim. Farei isso. — É o que digo, e ele apenas assente, enquanto Hoseok
nos olha com um sorriso mal contido, o que me faz questionar: — Algum
problema?
— Ahh... que presentão, hein? — Ele riu. E mesmo que ele sempre seja
bastante sorridente, definitivamente tem algo errado acontecendo.
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— Hoseok. Come. — Namjoon diz, empurrando a tigela de arroz contra
nosso colega do departamento de marketing.
Tudo bem. É oficial. Meu namorado, meus colegas e minha mãe estão todos
estranhos.
— Falar? Aquele animal selvagem não sabe falar. Ele me ameaçou mesmo,
falou algo sobre descer o cacete e almofadas caso eu não te desse parabéns.
Pois aí está, agora controle aquele seu...
— Um selvagem, é isso que ele é. Seu pai teria vergonha de ver você abrindo
mão da Bangtan por alguém como aquele garoto.
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Ela realmente sabe tocar em meu ponto mais fraco. No entanto, de uma coisa
eu tenho certeza, agora.
— Eu não estou abrindo mão da Bangtan, só estou assumindo que não posso
ocupar o cargo de CEO agora, mas vou continuar me esforçando para fazê-lo,
depois. Então acredite, mãe, meu pai teria orgulho de saber que minha
ambição não me faz perder o bom senso. E caso você não saiba, ele adorava o
Jimin.
— Mais uma vez, obrigado pelo presente. — E é tudo que digo antes de deixá-
la para trás.
Quando chego em minha sala, eu abro o embrulho, sem esperar algo muito
melhor que uma bomba ali dentro. Mas, para minha surpresa, me deparo com
um porta retrato ocupado por uma foto antiga. Uma de meu pai me segurando
nos braços, ainda na época em que falar meu próprio nome era uma tarefa
impossível.
— Você é mesmo uma bruxa, mãe. — Eu digo aos ares, ainda sorrindo. —
Jogou a culpa em meu Jimin, mas aposto que planejou esse presente antes de
ser ameaçada.
Sempre fria, distante, sem filtro em suas palavras acusatórias. Mas, no fundo,
ela é mais que isso.
E o que sempre me deu essa certeza é que, no fim, foi por essa mulher que
meu pai se apaixonou.
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Feliz, eu olhei uma última vez para a foto antiga antes de voltar a trabalhar,
sendo interrompido apenas ao fim do expediente, quando recebo uma nova
mensagem de Jimin.
Como essa é uma tarefa difícil, Namjoon bate em minha porta antes que
cumpra minha missão, e eu o olho assustado quando percebo sua expressão
cabisbaixa.
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— Eu quebrei o frigobar da área de descanso. — Confessou, de repente. —
Por que eu sou assim, Jun? Por que eu quebro tudo?!
Eu abri a boca para dizer algo, mas minha voz morre no meio do caminho
porque... que?
— Você não quebra tudo, Namjoon. Só faz isso com uma frequência um pouco
maior que as outras pessoas - Tento consolá-lo, mas não me saio muito bem, e
comprovo isso quando ele se lamenta ainda mais, com as mãos escondendo o
rosto.
— Eu sou um desastre! Um desastre! Por isso o gato não gostava de mim, ele
tinha medo de ser destruído também!
Santo cristo.
— Não é assim, Namjoon... Chim também foi cruel comigo por meses.
Certo. Eu sou horrível em consolar qualquer um que não seja Jimin, e está
comprovado porque eu passo quase uma hora inteira tentando acalmar meu
amigo, reafirmando desesperadamente que ele não é um desastre, e não
funciona.
Namjoon pareceu prestes a se lamentar ainda mais, mas então ele viu algo em
seu celular e pigarreou, instantaneamente se recuperando de sua crise para
ficar de pé, agora constrangido.
Só então eu decido deixar isso tudo de lado e arrumo minhas coisas para voltar
para casa e aproveitar o fim do meu aniversário com Jimin, então durante o
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
percurso deixo ligada uma playlist que ele montou especialmente para mim e
cantarolo baixo as que já decorei a letra.
E eu gosto dele. Gosto mesmo, mas gosto muito mais de Jimin, então assim
que estaciono em casa, eu não hesito antes de desligar o som e fazer o curto
percurso entre a garagem aberta e a porta principal. Então, eu a abro
distraidamente e passo minha mão pelo interruptor, então as luzes se acendem
e...
— SURPRESA!
— Larga o tio Jun! — A voz inconfundível de Yerin se faz ouvir quando ela
emerge e também corre em minha direção, até abraçar minha cintura enquanto
simultaneamente tenta empurrar Jimin.
— Chamei essa peste só por sua causa — Jimin disse baixinho contra meu
ouvido, o que me faz rir.
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Junghyun com Siyeon, Jaehyo e Kyung. Seokjin, Namjoon e Hoseok. Yukwon,
Yuta, Jeonghan e Kihyun também estão aqui, e até Eunbyul e Min Yoongi.
Eu abaixei meus olhos, e peguei Yerin no colo antes que ela tenha uma
síncope de tanto desespero para chamar minha atenção.
— Ah, vocês estão super amigos. Ele te liga quase todo dia!
— Ele é tipo seu Yukwon, então. Mas vem, você tem que cumprimentar seus
convidados! 569
Eu me deixei ir, lutando para Yerin voltar para o chão, e cumprimentei um por
um.
Siyeon foi a próxima, e nós nos cumprimentamos com um abraço que também
selou nossa paz, que ficou abalada desde toda a confusão no hospital. Agora
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que tudo se resolveu, não há espaço para ressentimento — Feliz aniversário,
gato — Kihyun é o próximo, e eu reviro os olhos ao ouvir seu cumprimento,
mas aceito seu abraço também.
Eu sorri para ele, e então faltam os dois convidados mais improváveis. Eunbyul
e Yoongi.
— Vim pela comida e pelo Jimin — Yoongi diz rapidamente, mas acaba por me
dar um abraço. — Parabéns, dom meia-boca.
— Seu namorado achou que seria uma boa ideia me convidar. Não sei se
concordo, mas parabéns.
Eu olho para Jimin, que está saltitando com alguma coisa junto a Yukwon, e
acabo rindo.
Então foi para isso que ele mexeu no meu celular? Para pegar os números que
ainda não tinha?
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— Fico feliz por ter vindo. — Confesso, sincero. — Não imaginei que isso
aconteceria, mas gosto de você, Eunbyul.
— Definitivamente.
— Por que não conversam um pouco? Sobre algo além de negócios, quero
dizer. - Sugiro, então gesticulo brevemente e, por fim, me afasto.
Ok.
— O que?
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Eu apenas dei de ombros. Não me incomodo, de forma alguma, e Jimin pensa
por pouco tempo antes de mover os lábios num gesto indeciso.
— Pode - Meu anjo respondeu, então seu melhor amigo assoviou para os
outros dois, depois gesticulou em direção aos quartos, e Jimin me segurou pela
mão, me puxando no mesmo sentido.
Não precisavam se preocupar com isso, mas obrigado. — Eu digo, ainda antes
de descobrir o que me foi presenteado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vê logo, porra! — Yukwon bradou, o que faz Jimin lhe dar um soco no
braço.
Antes que eles comecem uma briga, eu deixo uma risada baixa escapar e abro
a tampa da caixa pequena, e imediatamente a atenção de Jimin volta para o
que tenho em mãos, enquanto nós dois vemos que seus amigos me
presentearam com uma pulseira da amizade, igual a que eles todos usam.
Eu olhei para todos eles, depois deixei meus olhos recaírem no punhado de
miçangas num tom vivo de amarelo, alinhadas num círculo.
Eu, por outro lado, continuei calado, honestamente sem saber como reagir a
isso, a essa sensação que preenche meu peito como nunca antes.
— Eu não sei o que dizer. — Confesso, então. — Mas obrigado por isso. Por
me aceitarem assim... eu realmente não esperava.
Eu acabei rindo mais alto, e não hesitei em colocar a pulseira em meu braço,
enquanto vejo os pulsos de cada um deles adornados com suas próprias
pulseiras de cores diferentes.
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— A gente é meio desajeitado, mas todo mundo aqui gosta de verdade de você
e não é só por você ser bom pro Jimin, então espero que nossa presença ajude
seu dia a ser pelo menos um pouquinho especial.
Ainda mais sem jeito, eu deixei minha cabeça tombar para a frente,
escondendo minha expressão, e massageei minha nuca antes de voltar a olhá-
los, sendo sincero do fundo do coração quando confesso:
— Viu quanta gente ama e se importa com você, Jungkook? — Ele perguntou,
e eu pisquei rapidamente para tentar afastar as lágrimas que começam a se
acumular.
— Quer privacidade pra chorar? — Yukwon perguntou, e acho que Yuta meteu-
lhe um tapa para calá-lo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Então... você gostou? — Jimin perguntou, ansioso.
— Mais?
Uma tatuagem.
Mais surpreso que com qualquer revelação dessa noite, meus olhos se
atentam à imagem cravada na perna de Jimin. Uma cobra negra, na lateral
externa, enrolada a uma representação colorida do globo terrestre.
É... lindo.
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Sem conseguir dizer qualquer coisa, eu assenti, então ele se aproximou e
sentou em minha perna outra vez, depois pegou minha mão e a guiou
suavemente até a marca de tinta em sua pele.
Eu continuei calado, hipnotizado pelo homem que meu Jimin se tornou, e logo
me deparei com seu sorriso.
— Ele completou. — Meu presente é poder mostrar a você que ainda é difícil,
mas eu estou aprendendo a confiar em mim e a me amar.
Ele voltou a acariciar minha cabeça, então me deu um outro beijo, e voltou a
dizer:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olá! mais um capítulo narrado pelo Jungkook (dessa vez não foi planejado,
precisei mudar porque não tava fluindo pela visão do Jimin :/), espero que não
se importem! o lado do JK sempre aborda um pouco da questão da bangtan e
tudo o mais, mas tento não deixar tão maçante, espero que funcione!!
Todo mundo tinha esquecido que o solzinho já tinha aparecido aqui em sub,
né?? ele apareceu lááá no capítulo da punição psicológica como funcionário da
bangtan, mas realmente não teve um personagem de destaque aqui )))):
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
só mais duas coisas: um, a tatuagem é de henna só pq não me senti
confortável pra meter uma tatuagem definitiva "do nada", mas essa cobra com
o globo terrestre é, sim, a tatuagem do Jimin!
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47 • Before The Storm
Dedicado a euphjour
O ronronar de Chim.
Entender tudo que Yukwon está pensando apenas com o olhar, e saber que ele
entende tudo que quero dizer em resposta apenas por me olhar de volta.
A lista é extensa, mas nunca exaustiva. Mesmo assim, existe algo que está no
topo do ranking imaginário de coisas que me fazem bem: a minha cura nos
dias ruins e o ponto alto dos dias bons. A risada de Jungkook.
Ouvir esse homem rir é, muito provavelmente, uma das minhas coisas favoritas
do mundo. Eu poderia ouvir sua risada por horas ininterruptas e, ao final, vou
desejar ouvir mais um pouco.
Por isso, meu dia que já estava sendo bom se torna ainda melhor quando eu o
faço rir por minutos seguidos.
A pele ao redor de seus olhos tão franzida quanto seu nariz e os dentes todos
expostos num sorriso que deixa sua gargalhada ainda mais gostosa
Enquanto isso, meu astral ultrapassa a camada de ozônio por saber que eu
sou o responsável por cada uma dessas marcas de felicidade em seu rosto
lindo.
Realmente, não existe nada tão bom quanto fazer feliz quem nós amamos.
— Mal posso esperar, meu bem. — Ele sorriu, então me abraçou pela cintura e
beijou meu ombro. — Acho que agora entendo a adoração que você tem por
minha serpente.
Jungkook apertou os olhos, enquanto eu rio sozinho de minha piada boba, mas
também não tive tempo de explicar porque logo em seguida a campainha de
casa toca, e nós dois sabemos quem é.
Taehyung
Foi isso. Foi exatamente isso que me impulsionou a passar tantas semanas
organizando cuidadosamente essa surpresa, Foi saber que isso o faria feliz e
saber que o faria perceber o quanto importa para todos nós.
— Vai ser difícil me dar um presente de aniversário à altura disso tudo, hein?
— Eu provoco, o que o faz rir mais um pouco.
— Vou me esforçar. Ele garantiu, e foi com total naturalidade que se abaixou
para pegar meu macacão no chão e logo depois me vestiu cuidadosa e
calmamente.
— Por que tem um rato em nossa sala? — Jungkook perguntou, com o cenho
franzido.
— Ogro tá bravo porque Chim nem deu bola pra ele hoje — Yuta explicou,
enquanto Seokjin se derrete brincando com o cachorrinho miúdo. — Mas os
dois são lindos!
Espera aí, Ele acabou de dizer que o filho de Taehyung é mais fofo que o meu?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Hm... oi — Enquanto eu e Jungkook conversamos silenciosamente através
de olhadelas consternadas, mal percebemos quando Taehyung se aproximou
timidamente, com um embrulho nas mãos.
— Desculpa por trazer o Yeontan, mas ele ainda é novinho chora muito quando
fica sozinho em casa...
— Não tem problema. Só não o deixe perto de Chim -Jungkook avisou, com
um sorriso receptivo.
— Ah, tudo bem. Mas Yeontan é manso, ele não vai fazer nada com o gato.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Agora? — Ele inclina brevemente o rosto, parecendo não aprovar a ideia. -
Você ainda não jantou, meu bem.
— Não coma muito! — Jun ordenou, mas eu não vou prometer nada.
— O que vocês estão fazendo aí? Vão comer bolo? Olha, Yuta, nem chamou a
gente! - Yukwon gritou lá da sala e eu gesticulei para que ele cale a boca,
depois para que ele se aproxime, e ele veio arrastando junto Yuta, que arrastou
Jeonghan.
— Sejam discretos ou a gente vai ter que dividir com todo mundo e vai sobrar
menos pra cada! — Eu aviso num sussurro bravo assim que os três se
aproximam, e Yuta arregala os olhos.
Taehyung riu ainda mais de nossa reação exagerada, então pegou um dos
garfinhos e o colocou no prato junto à primeira fatia cortada, então a ofereceu
para mim.
— Espero que isso possa selar de vez a paz entre nós dois, Jimin — Ele disse,
oferecendo um sorriso pequeno.
Mas, agora, isso não me irrita ou intimida mais. Ok, na verdade ainda intimida
um pouco, mas antes eu ficava com raiva por ele ser tão bonito porque ele já
esteve com Jungkook, e isso me deixava tão, tão inseguro. Agora, por outro
lado, eu estou tão seguro sobre minha relação com Jun que isso não me afeta
mais.
Por isso, não me restam sentimentos ruins por Taehyung e eu sorrio, aceitando
sua oferta de paz. Até porque ela parece bem gostosa.
— Ele te bateu com uma almofada, né? — Relembrou, o que me faz revirar os
olhos. — Como um quase-irmão-mais-velho do Jimin, eu me sinto na obrigação
de dizer que não tenho culpa por ele ser assim, ok? Quando eu conheci, ele já
não batia muito bem da cabeça, não.
— Mas é verdade, todo mundo do clube das Winx já vacilou, até o Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você pode entrar no nosso — Meu melhor amigo deu de ombros. — Mas
não é fácil, ok? Pra começar você pode adiantar e cortar logo meu pedaço de
bolo, né?
Taehyung olhou para o homem lá do outro lado da casa e abaixou o rosto com
um sorriso envergonhado.
— Ele se preocupa bastante. Eu não tenho muitos amigos, então ele deve
estar feliz por me ver aqui com vocês... Seokjin é um bom amigo.
— Só amigo?
Tae brincou com a espátula, em silêncio. Como só falta seu próprio pedaço ser
servido, meus outros três amigos estão ocupados gemendo de prazer pelo
bolo, então só temos nós dois atentos a essa conversa.
Eu mordi meu lábio, lembrando da conversa que eu e Jun tivemos com Seokjin,
tempos atrás.
Se nada mudou de lá para cá, a única coisa que o impede de ir em frente com
Taehyung é sua relutância por ele ser ex de seu amigo, o que já foi
comprovadamente descartado como motivo válido pelo próprio Jungkook.
— Tudo bem. Não é tão ruim, porque somente ser amigo de Seokjin já é
incrível. Ele é incrível.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É difícil ver Jaehyo rir assim com alguém que acabou de conhecer -O irmão
de Jungkook apontou, surpreso, mas feliz.
— Final de dezembro
— Acho que sim — Meu melhor amigo respondeu, então finalmente levantou o
rosto e apoiou o queixo sobre a palma da mão. — Tem que pagar pelo serviço,
pelo transporte e hospedagem
Inconformado, eu busquei Jungkook com o olhar e percebi que até mesmo ele
está segurando o riso.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Todo mundo debaixo do meu teto, comendo da minha comida e sujando
meu chão... agora rindo de mim. — Murmuro, ofendido. — Vocês são uns
monstros.
Com o coração de pedra que têm, eles riram ainda mais, e eu ainda tentei fazer
manha quando Jungkook se aproximou e sentou ao meu lado, no chão, para
me abraçar e me consolar.
— Sério? — Seus olhos se arregalaram. — Meu deus, parece que você é meu
irmão gêmeo perdido...
Mas tudo bem. Jeonghan e Kihyun parecem estar tranquilos sobre isso, então
eu também estou. Além do mais, nem mesmo Yerin chamando o tio Jun para lá
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
e para cá ou Namjoon e Eunbyul falando sobre negócios a noite toda afetou
meu humor, porque essa é uma noite que eu esperei por muito tempo.
Seokjin sorriu cheio de orgulho para Tae, e seu sorriso só aumentou quando eu
disse, entusiasmado:
— Tudo bem. Yeontan também não deveria ter mexido na ração dos outros. —
Taehyung riu. — Então... hm... boa noite.
— Você não deu presente nenhum pro Jungkook, seu sonso! - Resmungo,
incrédulo com a cara de pau.
— Dei, vocês que não sabem ainda. — Ele sorriu, com a lateral do corpo
desleixadamente apoiada no batente da porta, com os braços cruzados sobre o
peito. Então, anunciou: — A sala de exibicionismo está liberada para vocês na
Paradise Lost.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De costas para nós, descendo os degraus da nossa varandinha, Yoongi
apenas continuou caminhando e ergueu o dedo do meio para nós. Aí,
Jungkook riu.
Eu sorri e me inclinei para devolver seu beijo, então alguém jogou alguma coisa
em nós dois. Por alguém, eu quero dizer Yukwon, e tive essa certeza sem
sequer precisar olhar para confirmar.
❆❅❄❅❆
— Anjo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Esqueci de arrumar a mochila ontem — Avisei, ofegante ao passar direto
para a cozinha, apressado, onde subi no balcão da pia para alcançar o pacote
de chocolates no armário de cima, então peguei dois para levar para o
trabalho.
— Não vamos — Ele garantiu, deixando sua maleta no banco de trás antes de
ocupar o lugar do motorista. Então, ainda antes de ligar o carro e enquanto eu
me contorço todo para colocar o cinto, Jungkook me segurou pelo queixo e se
inclinou para me dar um beijo na boca. - Você não me deu o beijo de bom dia.
Eu apertei meus lábios num sorriso pequeno e acariciei seu rostinho lindo
antes de devolver um selinho.
— Bom dia, Jun — Eu digo, mas logo depois arregalo os olhos e bato a mão na
testa, ao lembrar: — A água de Chim!
Eu suspirei e meu corpo imediatamente relaxou sobre o banco, meu rosto foi
tomado por um sorriso orgulhoso do desempenho de meu Jungkook como
papai de gato e eu me livrei (em partes) da agonia pelo atraso de hoje, então
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
liguei o som do carro e em seguida aproveitei o percurso até o hospital para
conversar com Jun, como sempre fazemos.
Ultimamente, inclusive, ele vem tendo mais participação ativa nas conversas
que eu, coisa que pouco aconteceu nos últimos três anos já que sempre sou eu
quem fala pelos cotovelos. Agora, no entanto, com a transferência do posto de
CEO marcada para daqui a alguns dias, Jungkook vem falando bastante sobre
todos os detalhes que, de tão frequentemente narrados, até já aprendi a
entender.
— Isso não é algo que aconteceu antes na história da Bangtan e por enquanto
ainda sou CEO, então preciso garantir que a plena maioria de todos que
colaboram com a empresa se sintam confortáveis com a troca.
— Quando você voltar a assumir a direção daqui a alguns anos, vai ser o
melhor CEO do mundo — Eu disse, massageando sua perna direita.
Jungkook riu. Ao mesmo tempo, percebi o carro perder velocidade, até parar
no meu ponto usual de desembarque, então peguei minha mochila apoiada em
meus pés e me inclinei para beijar a bochecha de meu amor.
— Até mais tarde. Bom trabalho! — Eu digo, antes de saltar para fora do SUV e
seguir para dentro do hospital.
Agora, não é mais desconfortável andar por aqui. Eu não sinto mais medo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Desde que Wonsik foi preso, as coisas mudaram significativamente por aqui.
Lalisa, Youngjae e Jinyoung ficaram sabendo do que aconteceu - aliás, todo o
hospital soube - e eles se sentiram mal por não terem percebido antes o perigo
que o ex-segurança representava, mas eu realmente não quis que se
sentissem assim.
— Certo, então seu aniversário está chegando! — Lalisa disse quando nos
reunimos no refeitório, no horário de almoço. — Teremos festa?
Além disso, eu não abro mão dos pequenos prazeres da vida. Nunca me privo
de sentar tranquilamente para fazer uma refeição com Jungkook, nunca faltei o
compromisso com nossos almoços de quinta, nem com as tardes de domingo
do Jimin e do Jun nas quais vamos ao cinema, fazemos compras juntos ou
simplesmente ficamos em casa descansando. Também não deixo de aproveitar
bons minutos com Chim, e diariamente dou a ele uma dose de carinho logo
antes de encher a memória de meu celular com mais fotos suas.
E enquanto faço cada uma dessas coisinhas que me fazem feliz, eu continuo
equilibrando minha rotina de trabalho e estudo.
Por isso, quando saio de mais um dia no setor logístico do hospital, eu saio
com um sorriso no rosto, que perde força assim que entro no carro de
Jungkook e o percebo levemente incomodado com algo. No entanto, ele não
diz nada até que cheguemos em casa.
— Vem cá, anjo. Preciso te falar uma coisa — Ele diz, me puxando pela mão
assim que fechamos a porta e Chim nos recepciona com um olhar preguiçoso,
sem se dar ao trabalho de levantar do sofá.
Eu pisquei lentamente, até entender por que ele vê isso como algo negativo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Meu aniversário. — Eu aponto, mas acabo por dar de ombros levemente. —
Não tem problema, Jungkook. Eu também trabalho no sábado, de qualquer
jeito.
Eu puxei minhas pernas para cima do sofá, deixando a lateral de meu corpo se
apoiar preguiçosamente no encosto, e logo senti o corpo peludo de Chim
raspando por minha cintura até que ele alcance o colo de Jungkook para deitar
outra vez.
— A reunião é pela manhã? — Questionei. Ele fez que sim. — Então quando
sair do trabalho, eu posso te encontrar na Bangtan! E quando sua reunião
acabar, nós aproveitamos o resto do dia pra comemorar o aniversário do
subzinho mais gracinha do mundo.
— Não sabia que conhecemos outro sub além de você que faz aniversário
nesse sábado — Jungkook comentou, com uma seriedade que faz meu queixo
ir no chão.
— Jungkook!
Imediatamente ele riu e eu acabei rindo também quando fui puxado pelo pulso
e desabei contra seu corpo antes de receber um beijo no topo da cabeça.
— Você sabe que é brincadeira, meu bem. Não existe ninguém mais lindo que
você.
— Só você.
Ele negou com um gesto suave e logo em seguida nós poderíamos entrar
numa longa discussão sobre ele me achar o homem mais bonito do mundo e a
recíproca ser verdadeira, mas nossa fome falou mais alto e rapidamente
desistimos de discutir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E assim são nossos dias, ultimamente. Calmos, apesar de tudo.
Até que o dia do meu aniversário chegou e, junto com ele, o dia que deve
definir o futuro de Jungkook dentro da Bangtan.
— Vai dar tudo certo, Jun... — Eu digo, tentando tranquilizá-lo quando ele para
na área de desembarque do hospital e o percebo ainda nervoso. -Se não der
certo do jeito que a gente espera... a gente dá um jeito. Tá?
Não é que eu não goste de Lisa e Youngjae. Eu gosto deles, gosto mesmo,
mas confesso que me sinto muito mais próximo do doido das teorias da
conspiração, então estar somente com ele acaba sendo mais confortável.
— Olha o aniversariante! — O dito cujo diz assim que entro na sala, o que é
estranho porque ele nunca chega antes de mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Perfeito. Vou jogar no setor farmacêutico porque não aguento mais eles
bagunçando a ordem dos pedidos.
— Oh, então uma bomba seria mesmo um bom presente. Que vacilo. — Ele
resmunga, então rimos juntos, mas ele acaba por me dar o embrulho. — Feliz
aniversário, Jimin.
E eu devo estar andando muito com ele, porque esse me parece um presente
maravilhoso.
— Isso vai dar um upgrade nas nossas conversas — Ele avisou, depois riu. —
Desculpa por não ter um presente melhor para dar.
Ele sorriu miúdo e ergueu os dois polegares, depois caminhou até seu lugar
novamente e tirou seu chapeuzinho, deixando-o sobre sua mesa.
Em nosso relacionamento, uma derrota para ele é como uma derrota para mim,
bem como sei que também se vale o contrário, e eu espero do fundo do meu
coração que, hoje, sejamos vitoriosos.
Ela sorriu ainda mais e gesticulou na direção da porta fechada, num incentivo
silencioso para que eu vá em frente. E eu vou. Assim que giro a maçaneta
pesada e empurro a porta para que se abra, meus olhos se arregalam e meu
corpo inteiro parece perder as forças.
Jungkook está aqui com Eunbyul e Namjoon, e eles estão servindo taças com
champanhe enquanto os três compartilham sorrisos enormes.
— Anjo! — Meu namorado me chama assim que me vê, e eu ainda estou sem
força de tanto alívio quando ele se aproxima e ergue meu corpo no ar junto a
uma gargalhada gostosa. —Deu tudo certo!
— Sabia que vocês iam conseguir — Eu digo para cada um deles, porque sei
que os três perderam horas de sono e descanso por meses para alcançarem
os resultados de hoje. — Parabéns!
Acho que Eunbyul tentou me mostrar um sorriso, mas ela não parece ir muito
com minha cara. De acordo com Jungkook, ela só não está acostumada a lidar
com pessoas mais espontâneas, mas eu acho que dá no mesmo.
Namjoon, por outro lado, parece ter finalmente superado os receios que tinha
sobre mim, e seu sorriso é grande e sincero, com covinhas profundas e
adoráveis.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por último, eu volto a olhar para o sorriso de Jungkook. Meu sorriso favorito.
— Eu tô mesmo muito feliz por vocês Comento, do fundo do meu coração, mas
então aponto para a terceira taça cheia de champanhe. — Mas... você vai
beber, Jun?
— Meu deus... quem vê nem pensa que bebe assim — Eu ouço Eunbyul dizer,
o que me faz rir um pouco constrangido.,
— Quem vê não imagina metade das coisas que esse menino faz- Jungkook
complementa e eu escondo meu sorriso malicioso quando cubro a boca com a
taça, bebendo mais um pouco em seguida.
— Você sabe que não fiz isso para compensar as atitudes de seu pai. —
Jungkook responde, acariciando meu braço suavemente. — Só calhou de ser a
melhor opção, por agora.
— Eu não sou idiota — Ela sorriu, provocativa. — Sei muito bem que você vai
tentar recuperar o poder depois. Vamos ver se consegue.
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Coisa de doido.
Eunbyul virou o resto de seu champanhe, e Namjoon deixou sua taça já vazia
sobre a mesa. Quando pegou seu terno apoiado no encosto de uma das
poltronas, ele pareceu pensativo por um segundo e depois olhou para Eunbyul,
sorridente.
A nova CEO interina da Bangtan abandonou sua taça também, e pegou sua
maleta de couro antes de assentir suavemente.
É engraçado porque eles falam um com o outro sobre coisas casuais como se
estivessem sempre discutindo negócios.
Eu ri ao perceber que até Jungkook pensa o mesmo que eu, mas não é sobre
eles que quero falar agora, então eu deixo minha taça vazia de lado e paro em
sua frente para abraçá-lo pelo pescoço, depois fiquei na pontinha do pé para
beijar seu nariz.
— Parabéns por ter sido rebaixado no trabalho, Jun — Eu digo, contendo uma
risadinha.
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— Essa é provavelmente a última vez em que você vai me ver trabalhar nessa
sala, por um bom tempo — Ele avisou, e eu acariciei seu rosto quando o vi
olhar ao redor com sentimentos conflitantes nos olhos escuros.
Sei que para ele não é a melhor sensação do mundo perceber que ainda não
está preparado para fazer o que planejou por toda sua vida, mas ele ainda é
tão novo, e sua efetivação a CEO foi tão brusca, diante de circunstâncias tão
ruins... então Jungkook merece isso. Ele merece respeitar o próprio ritmo.
— Segunda eu recolho minhas coisas — Ele diz, com o tom leve. — Agora nós
precisamos focar em você, não é?
Sem se opor à minha ideia, Jungkook puxou minha mão até deixar um beijo em
minha palma, e fez cócegas quando ele subiu beijando meu braço inteirinho,
até me arrepiar com um beijo rápido no pescoço, e enfim voltar a tocar sua
boca na minha.
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Eu sorri com seus lábios nos meus e encaixei minhas duas mãos em sua nuca
ao aceitar seu beijo, com o gosto da bala de café misturada ao champanhe
dando sabor à forma como nossas línguas se tocam repetidamente, sempre
guiadas pelo comando natural de Jungkook, e acompanhadas de meu desejo
natural de segui-lo.
Sem pressa, nós aproveitamos os últimos instantes em que essa sala ainda
pode ser chamada de sua, e um suspiro escapa quando a mão dele sobe por
minha coxa até apertá-la próximo à virilha. Simultaneamente, sua outra mão
desliza em direção ao meu pescoço e repousa sobre minha coleira social,
cobrindo minha garganta do jeito que ainda gosto de sentir.
Em resposta, nós dois acabamos rindo e Jungkook finca seus pés no chão,
depois afasta uma mão até segurar em sua mesa para manter a cadeira
parada. Por último, ele separa nossas bocas e sua única mão livre alcança a
parte de trás de minha cabeça, guiando-a até fazer meus lábios tocarem seu
pescoço.
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Minha aprovação veio de forma sonora e, em resposta, Jungkook voltou sua
mão para me segurar pelos cabelos e afastar minha cabeça para me olhar nos
olhos. Então, disse:
Com um sorriso incontido e atento ao que ele quer dizer, eu pergunto apenas
para ouvi-lo falar em voz alta:
— Como, senhor?
Com um sorriso igualmente obliquo, dessa vez Jungkook desceu sua mão até
segurar meu pulso, e então guiou minha palma até sua virilha, posicionando-a
sobre seu pênis que ainda não está tão duro, e isso soa quase como uma
ofensa.
— Me toque.
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Com nosso apoio reafirmado, ele colocou sua mão sobre a minha em seu pênis
e começou a guiá-la para cima e para baixo, aplicando a pressão certa, na
velocidade certa, enquanto sua mão livre voltou a me agarrar pelos cabelos e
puxou minha cabeça para trás, expondo todo meu pescoço e deixando-o livre
para, no instante seguinte, aproximar sua boca e beijá-lo como eu fazia com o
seu minutos atrás.
Ainda mais estimulado pela forma deliciosa como sua boca consegue provocar
minha pele, eu mantive minha mão masturbando-o lentamente enquanto a
outra pousou em sua nádega, apertando-a e puxando-o mais para mim.
— Você sabe que eu gosto mais forte, anjo — Ele disse entre um suspiro e
outro, estocando suavemente contra minha palma envolvendo sua ereção.
Eu sei. Sei exatamente como Jungkook gosta, então eu abraço seu quadril com
minhas pernas e aumento a pressão de meus dedos ao redor de seu falo rijo,
dedicando atenção especial à glande. No entanto, o atrito torna tudo mais
dificultoso, então eu levo minha mão até minha boca apenas para umedecê-la
generosamente com minha própria saliva antes de voltar a estimulá-lo, agora
com mais facilidade.
Junto à voz, escutamos batidas suaves na porta, e logo percebo que é Sunhee.
Levado pelo chamado, Jungkook afastou sua boca de minha pele, mas não
interrompeu o que estamos fazendo. Na verdade, foi exatamente o contrário.
Ele segurou minha cintura com as mãos firmes, depois deslizou seu toque até
erguer brevemente meu corpo ainda sobre a mesa e apertar minha bunda.
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— Estou ocupado, Sunhee. — Foi o que ele respondeu, então, com essa
entonação ofegante.
Mais um pouco disso, por mais alguns minutos, e eu sinto Jungkook parar de
me beijar, mas não afastar sua boca da minha quando resfolega violentamente
e seu corpo estremece quando ele começa a ejacular, com seus dedos se
enterrando em minha pele e minha mão estimulando-o por todo o caminho até
o fim.
— É tão gostoso quando meu senhor goza assim pra mim... — Eu digo,
puxando minha mão para fora de sua calça sem pressa.
Com uma risadinha manhosa, eu o abracei com ainda mais força e devolvi
seus beijos carinhosos por todo seu rostinho cansado, mas feliz antes de
anunciar:
Jungkook sabe o quanto me faz feliz dar prazer a ele na mesma intensidade
em que ele me dá, então ele também sabe que não estou brincando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ainda faltam dois, então. — Ele diz, acariciando meu rosto cuidadosamente.
Em seguida, recebo um último beijo antes de ser colocado de pé no chão.
— Tchau, sala bonita. — Eu digo, porque sei que não voltarei aqui por bons
anos. - Até a próxima vez.
Quando passamos pela bancada de Sunhee, então, percebemos que ela não
está aqui, mas deixou um post-it bastante visível, ocupado por sua caligrafia
bonita.
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Eu li o bilhete junto a Jungkook, o que me faz sorrir e dizer:
— Seu novo secretário ou secretária nunca vai ser tão legal quanto ela.
— Eu sei.
Por fim, nós saímos daqui. Jungkook entrelaça seus dedos aos meus e me
guia até os elevadores, em direção à garagem.
Quando chegamos ao nosso carro, ele abre a porta para mim e me faz sentar
no banco do carona, depois senta em seu lugar e, sem dizermos mais nada, eu
apenas apoio minha mão em sua coxa enquanto ele começa a dirigir.
— Meus presentes?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook sorriu carinhoso e me guiou até me colocar sentado em nosso sofá
cheio de pelos acinzentados de Chim. Com um beijo na testa, ele recuou com
um passo,
— O grande!
Eu fiz uma caretinha contrariada, mas a curiosidade foi maior. Por isso, eu
desfiz o lacinho delicado que enfeita a caixinha. Quando retirei o que está
dentro dela, vi que é uma caixa ainda menor, de veludo, como as que guardam
joias.
— Veja o fundo, meu bem. Ele instruiu com a voz mansa, acariciando-me sem
parar enquanto eu admiro meu presente lindo. E, sem desobedecê-lo, eu viro o
pingente para ver o fundo, e mordo meu lábio quando vejo minhas iniciais
gravadas ali.
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— Jun... é lindo — Eu digo, admirando-o sinceramente, e sorrio ainda mais
quando Jungkook tira a pulseira de meu pulso e tira o pingente de mim, apenas
para colocá-lo no cordão de prata junto ao berloque do globo terrestre. Depois,
ele voltou a fechar a pulseira ao redor de minha pele, e disse:
— Para você sempre lembrar que o mundo é seu, anjo, e que pode realizar
todos os sonhos que tiver.
Eu ergui meu pulso no ar, vendo os pingentes lado a lado e minha pulseira de
prata ao lado da minha insubstituível pulseira de miçangas coloridas.
— Esse foi o presente sobre algo que você sonha — Jungkook voltou a dizer e
pegou a caixa maior, colocando-a em meu colo. — Agora, algo que eu quero te
dar há muito tempo.
Eu movi meus olhos até observá-lo, depois mirei a caixa sobre minhas pernas
e suspirei alegremente, porque Jungkook é o melhor em escolher meus
presentes. Então sei que, o que quer que esteja dentro dessa caixa, eu vou
amar.
Curioso para descobrir o que ele tanto desejava me dar, então, eu observo
atentamente quando ele usa suas mãos para desfazer o embrulho e finalmente
abre a tampa do caixote de madeira, revelando o interior completamente
coberto por um pano branco que é cuidadosamente removido por seus dedos
longos. Quando as pontas do tecido macio são puxadas uma para cada canto,
então, é finalmente revelado.
Uma nova coleira. Não tão diferente da minha primeira, com tiras grossas e
resistentes de couro unidas a uma argola metálica central que prende também
um pingente com as iniciais de Jungkook.
Ele então deslizou seus dedos pelas próprias iniciais, enquanto me olha, e
explica:
— Quando você usar sua coleira, eu não quero que saibam somente que você
é submisso de alguém. Eu quero que olhem e vejam que você é meu, assim
como eu sou inteiramente seu, anjo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Agora, foi minha vez de tocar nas iniciais de meu dominador, e sinto um desejo
arrebatador de sustentá-las e exibi-las em meu pescoço para que todos saibam
que Park Jimin e Jeon Jungkook pertencem um ao outro.
— Então vamos sair. — Eu sugiro, sem me preocupar em exibi-la por aí, não
importa o que vão pensar.
— Vamos. — Ele cede, mas percebo que ele tem planos um tanto diferentes
quando pergunta: — O que acha de inaugurarmos a sala de exibicionismo na
Paradise lost?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Olá! Como vocês estão hoje? Preparados pra mais uma nota final
quilométrica?
(porém jeju não será esquecida. a ilha vai ter o que merece, também!)
ok, fora isso... no momento em que estou escrevendo isso, sub está com
3.96M de visualizações, e isso é muito surreal????? eu nunca de verdade
esperei que essa história chegasse a isso tudo, nunca imaginei que fosse atrair
tanto carinho e coisas boas também (sim, atrai umas dores de cabeça aqui e
acolá, mas nada que estrague a experiência), e eu gostaria de agradecer por
isso, pelo carinho, pelo apoio, por me ajudarem a sentir orgulho de algo que eu
mesma fiz, obrigada por fazerem essa experiência ser tão incrível pra mim e
espero que também esteja sendo boa pra vocês que chegaram aqui!! <333
e aliás, falando sobre isso, existem inúmeras fanfics aqui que merecem muito
mais reconhecimento do que têm e existe um perfil (@/fanfjikook, lá no twitter)
que tem o objetivo de divulgar essas obras que ainda não foram descobertas,
mas mereciam! então quem quiser encontrar novas e boas leituras, aconselho
que sigam lá (ah, vocês também podem recomendar histórias que acham que
merecem mais reconhecimento!)
por último, não nos vemos antes do natal e do reveillon reveinhom enfim, do
ano novo. então espero que esse finalzinho de ano seja maravilhoso pra cada
um de vocês, e que a chegada de 2019, apesar de tudo, traga esperanças e
coisas boas a todos nós!
então é isso. essa é a última att do ano! agora, faltam 3 capítulos e o epílogo.
nos vemos dia 06/01/19 <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
48 • Paradise Here
Dedicado a favjikookie
— Vou avisar a Min Yoongi. — Ele avisou, entre um beijo e outro, antes de
pegar seu celular.
— Da próxima vez que você disser que eu e Yoongi somos amigos, eu vou te
meter no pior castigo de sua vida - Ele avisou e tem um quê de brincadeira em
sua voz, mas eu aperto meus lábios num biquinho insatisfeito mesmo assim.
— Bratzinho. — Retalia, movendo os olhos de seu celular para mim, com esse
ar provocador.
Ele acabou por deixar uma risada nasal escapar, depois gastou os segundos
seguintes enviando a mensagem para seu melhor inimigo, Dom Min Yoongi.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook ergueu a mão, aproximando-a de mim. Quando achei que ia ganhar
um carinho gostoso, o que ele fez foi acariciar Chim,.
Oh, poxa.
— Várias... quantas?
— Então vamos arrumar nossas coisas — Ele disse, entrelaçando sua mão à
minha antes de me puxar em direção ao nosso quarto. Depois de me colocar
sentado na cama, ele caminhou até o armário, e me olhou por cima do ombro:
— Das coisas que já fizemos, tem algo que não queira fazer hoje?
— Breath play não é mais uma opção, anjo. — Ele me garantiu, o que me fez
apertar meus ombros.
Diante de tudo isso, ele pega uma maleta e calmamente começa a guardar
vários de nossos brinquedos, sem me deixar ver quais estão sendo
selecionados, utilizando-se da minha garantia de que estou confortável com
qualquer um deles para criar algum mistério.
— Parece que esse aniversário vai ser melhor que o que passamos em Jeju...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu apertei meus lábios e rolei meus olhos num gesto pensativo, quase
convencido, antes de revelar num muxoxo:
Mesmo que tenha sido um tempo difícil, cheio de saudade provocada pela
distância e pela falta de tempo, eu sempre vou ter muito carinho por essa
época, porque ela foi fundamental para nos moldar até sermos o que somos
hoje, individualmente e como parceiros, amigos, dominador e submisso.
Honestamente, o que nos moldou como a família que somos. A família que eu
não trocaria por nada nesse mundo.
— Eu prometi que vamos voltar lá, e eu não quebro minhas promessas. Logo
vamos matar a saudade de nossa ilha favorita — Ele garantiu, o que me faz
sorrir e abraçá-lo pelo pescoço para ficar na ponta do pé e beijar sua boca com
um selinho demorado.
— Eu vou ficar esperando. Eu amo Jeju tanto, tanto, só não mais do que amo
você, Jun.
Eu mordisquei meu lábio para tentar conter a risada, mas falhei. Então disse:
Jungkook deixou um riso dar as caras, e foi minha vez de rir ainda mais quando
ele ponderou:
— Falando nele, é melhor que ele nunca saiba que vamos ter plateia hoje e
não o convidamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele me deu uma resposta um tanto desleixada, para logo em seguida correr
suas mãos por minha barriga, por baixo da blusa, até apertar meus culotinhos
que, hoje, não me incomodam tanto quanto antes, nem mesmo quando ficam
marcados por minhas calças apertadas.
— Isso aqui... — Ele disse, então, agora correndo as palmas por outras partes
de meu corpo. - Você não sabe como agradeço todos os dias por ser meu.
Eu neguei, porque na verdade acho que sei sim. Eu também agradeço todos os
dias por Jungkook ser meu.
Assim, nós entramos na área do banho e nos lavamos juntos, sem qualquer
intenção sexual, até sairmos enrolados em nossas toalhas e pararmos diante
de nosso armário, onde Jungkook logo se ocupou primeiramente de escolher
minha roupa.
Paciente e obediente como as vezes sou, eu esperei sem dar nenhum pitaco
sequer até que ele separou a combinação escolhida.
Eu sorri satisfeito, mantendo minhas mãos apoiadas em seus ombros para não
perder o equilíbrio.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Depois, então, ele ficou de pé e me vestiu com uma regata preta e tão justa
quanto a calça. Por cima, ele ajudou meu harness favorito, e por último os
cobriu com um suéter com umas mangas longas que quase engolem minhas
mãos.
Ao ver que ele escolheu a calça de couro que quase nunca usa, meu coração
já deu uma palpitada. Quando além disso ele vestiu uma jaqueta de couro
pesada sobre a camisa preta de botões, eu quase parei de respirar, e minha
situação só se agravou ao vê-lo calçar as botas de combate.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você todo de couro assim fica meio intimidante... — Eu disse,
impressionado, calçando meus próprios sapatos de couro. E é verdade.
Intimida um pouco, me passa ainda mais autoridade que suas roupas sociais
sérias, e existe apenas uma reação natural à figura de meu Jungkook tão
dominante até em suas vestes: — Eu já tô com tesão...
Em resposta, ele curvou o canto dos lábios num sorriso meio convencido e
Jeon Jungkook convencido é minha perdição.
No entanto, eu sei que minha empolgação vai precisar aguentar até mais tarde,
então eu procuro Chim para me despedir dele, mas encontro-o dormindo em
uma das cadeiras de jantar e desisto, porque ele fica ainda mais mal humorado
que eu quando é arrancado do sono.
Por isso, dessa vez nos saímos sem dar a ele o beijinho de despedida de
sempre, e eu anuncio seriamente assim que fechamos a porta de casa:
— Quando a gente voltar, vai ter que dar dois beijinhos cada ou ele vai achar
que a gente tá bravo.
— Não duvido. Eu amo nosso filho, mas ele é esquisito e cismado demais.
Chim que me perdoe, mas o coitadinho é esquisito mesmo. O que não importa
muito, porque nós realmente o amamos desse jeitinho meio doido e
inconstante, sem saber quando vamos receber um afaguinho gostoso ou um
arranhão feroz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sentados no carro, então, nós entramos em consenso que nosso filhinho não é
lá o gato mais fácil de entender, mas nosso debate sobre a inconstância felina
é interrompido quando, no meio do caminho, eu recebo uma mensagem de
meu mais novo amigo, com quem converso quase todos os dias.
Eu sorri empolgado, e Jungkook me olhou pelo canto dos olhos enquanto dirige
em direção ao cinema que mais gostamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Claro que não, meu bem. — Ele me mostrou um sorriso pequeno, mas
sincero. — Nós passamos em algum lugar no caminho para comprar alguns
lanches para vocês.
Eu acho que mostrei meus dentes todinhos quando meu sorriso aumentou e
assenti, feliz da vida.
— Você sabe como agradar a gente — Comento, então aperto meus olhos
num gesto meio consternado, mas é de brincadeira. — Deve ser porque já
namorou os dois...
Surpreso, Jungkook me olhou pelo canto dos olhos, mas acabou por rir.
— Você está fazendo piada sobre ser amigo de meu ex, anjo? — Questionou,
verdadeiramente curioso.
— Parece que sim. Uma pena. Parece que não temos mais um motivo para
você me desafiar, desrespeitar enquanto dominador e me morder —
Comentou, lembrando do trágico acontecido de meses atrás. Então sem
motivos para te dar uma punição de verdade, não os tapas e chicotadas que te
deixam duro.
— Jun, punição psicológica é tão frustrante pra mim quanto pra você... —
Aponto, só para mostrar que sei que ele não está falando sério.
E, para ser sincero, eu não falo isso apenas porque o conheço bem.
Desde que conversamos sobre age play pela primeira vez, eu me dediquei a
me aprofundar nos detalhes que não poderiam ser abordados numa única
conversa, e no meio de todas as informações que vez ou outra se embaralham
em minha mente e tornam a compreensão sobre tudo isso um tanto mais
complexa, eu absorvi bem o relato de um daddy dom, onde ele explanou que
personalidades dominantes que se identificam com esse papel, como
Jungkook, costumam ser muito mais pacientes que outros dominadores. Além
de existir, dependendo do relacionamento, obviamente, uma tolerância maior
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
aos erros e deslizes do submisso, quase como acontece numa situação onde
se educa uma criança.
Por isso, eu sei que salvo raras ocasiões onde meu comportamento rebelde e
impulsivo pede por uma disciplina mais rígida (coisa que acaba por gerar um
pouco de frustração em ambas as partes, mas que sempre é acompanhada, no
fim em que se obtém resultado, de uma satisfação emocional tão intensa
quanto as punições físicas provocam em meu corpo guiado por um
temperamento quase brat), todos aqueles castigos que envolvem tapas,
palavras de baixo calão e todas essas coisas que fazem meu sangue ferver de
desejo, são puramente por busca de prazer direta, não para efetivamente
disciplinar a longo prazo.
Por isso, nós vamos ao cinema, mas o filme estava tão ruim e a sala tão vazia
que acabamos passando metade da sessão jogando um joguinho idiota em
meu celular.
— Só um pequeno, Jun...
Eu apertei meus lábios num gesto inconformado, mas recebi um beijinho para
amenizar minha chateação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mesmo assim, resmunguei:
— Desculpe, anjo, mas acho que ouvi você reclamar como se não fosse
mimado o bastante.
Por fim, ele riu quase em provocação e cuidadosamente arrastou sua cadeira
no chão para ficar em pé.
— Vamos logo. — Chamou, então. — Antes que você pareça ainda mais mal
agradecido.
— Tire sua coleira social, meu bem — Ele ordenou, suave, e eu limpei o sal
das batatas em meu suéter, o que foi meio nojento, antes de retirar minha
gargantilha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem nem pensar, eu respondi num muxoxo:
— Um mimadinho do caralho...
Um pouco lento, eu demorei até rir do que ele disse, e ele também continuou
sorrindo quando aproximou seu rosto para me dar um selinho. Depois, eu o vi
fechar minha porta para caminhar até o banco do motorista, onde se acomodou
pacientemente e finalmente ligou o carro em direção ao nosso último destino
da noite.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
mínimo, mas satisfeito, e encaixar o puxador em seu pulso, com as mãos nos
bolsos de sua calça quando voltou a caminhar, puxando-me suavemente.
— Por deus, eu não acredito que você vai mesmo resistir a mim por conta de
um cara que sequer consegue falar meu nome sem o sobrenome junto.
Abismado, eu resmungo:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— E vocês ainda têm a cara de pau de dizer que não são amigos...
— Fale por esse velho rabugento de oitenta e sete anos que você chama de
dominador. Eu mesmo já saio dizendo aos quatro ventos como tenho bom
coração por ser amigo de um porre como ele.
Deus, ainda bem que ele não foi tão chato e resistente assim para se envolver
comigo.
— Você sabe que te comer o juízo é minha função nessa vida. — Yoongi disse,
mas apontou na direção de onde veio. - Infelizmente ainda preciso trabalhar,
então se me dão licença...
Que bonitinho ver meu Jun todo metido a bravo assim. Quem vê, nem imagina
que é o dominador mais carinhoso do mundo inteiro.
— Nos vemos em breve — Yoongi avisou, sem se ofender. — Não vou perder
a sessão de vocês por nada.
Comprovando que não odeia Min Yoongi de verdade e que também é safado,
Jungkook umedeceu o lábio antes de sorrir e gesticular para mim com a
cabeça.
— Vamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem dizer nada, eu continuo olhando distraidamente ao redor enquanto sou
guiado por Jungkook até a chapelaria, onde deixamos meu suéter branco. Em
seguida, ele me posicionou em sua frente, me observando sob os flashes de
luz de cores fortes e quentes enquanto acaricia meu rosto.
— Só uma última vez, — Ele se aproxima para dizer em meu ouvido. — você
quer mesmo fazer isso?
Eu esperei ele voltar a afastar seu rosto para me ver balançar a cabeça numa
concordância confiante, silenciosa. Convencido, ele piscou suavemente e me
acariciou uma última vez antes de voltar a caminhar, me guiando entre todas
as pessoas em direção a uma segunda passagem que leva aos quartos
privados e às salas de exibicionismo.
Quando paramos ao lado de uma das entradas, ele observou uma pequena
tela eletrônica ao lado da porta de vidro, e gesticulou para que eu me aproxime.
— Veja aqui — Ele diz, então, mostrando a pequena lista exibida no visor. —
Essa é nossa lista, tudo que as pessoas podem encontrar ao entrarem na sala
quando estivermos em cena, e ela vai ficar aqui, exibida até o final.
— A gente com certeza teria público recorde se colocassem uma foto sua aí
nessa telinha mixuruca — Eu digo, brincalhão. Mas é meio sério também.
— Se esse fosse o caso, seria melhor colocar uma foto sua — Ele ponderou,
recostando-se à parede.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu cruzei meus braços, negando.
Jungkook riu e enrolou a mão na guia da coleira para me puxar, até fazer meu
corpo chocar contra o seu. Então ele me abraçou apertadinho e me deu um
beijo na cabeça.
— Certo, mas... agora fiquei curioso. A gente vai mesmo poder transar? Ou
não pode?
Jungkook sorriu e deslizou uma de suas mãos por minhas costas até pousá-la
inocentemente em minha bunda, ainda me abraçando. As vezes ele faz isso,
toca em minha nádega quando estamos abraçados, mas sem qualquer nuance
sexual. É como se ele só estivesse descansando a mão mesmo, e eu gosto.
No entanto, não tivemos muito tempo para aproveitar a posição, porque logo a
porta da sala foi aberta e um homem com o uniforme dos seguranças (que é
meio bizarro, aliás) nos olhou curiosamente, até perguntar:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vocês são os próximos?
Sem pressa, Jungkook assentiu, afastando meu corpo com cuidado para poder
desencostar da parede.
Eu olhei para Jungkook pelo canto dos olhos, porque o jeito como ele falou
pareceu quase uma ameaça. No entanto, Jun não se incomodou e gesticulou
tranquilamente antes de me puxar para dentro.
— Isso é tão estranho, parece que a gente vai apresentar uma peça... — Eu
comento, olhando curiosamente ao redor.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Aqui, a luz é mais forte que no restante da sala, as paredes são vermelhas e
tem um punhado de coisas espalhadas pelo palco. Um divã de couro na lateral,
ganchos na parede, uma enorme cruz em X e algemas de madeira, para as
mãos e cabeça, na extremidade oposta.
Eu sorri ainda sentindo sua boca na minha, mas não me atrevi a parar de beijá-
lo, e carinhosamente toquei em seu maxilar com as pontas dos dedos.
Antes que eu escute um sincero "amo você" de volta, no entanto, nós dois nos
atentamos ao barulho crescente além da cortina, e ele move rapidamente os
olhos na direção do tecido avermelhado antes de olhar para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Então, anunciou:
— Está na hora.
Eu fiz que sim, nervosamente, e a última coisa que Jungkook fez antes de
levantar foi tirar a guia de minha coleira. Em seguida, ele ficou de pé e
estendeu a mão para mim, me ajudando a levantar também quando apoiei
minha palma sobre a sua.
Quer dizer, é sem dúvidas uma plateia maior que qualquer uma que já tivemos
até então, mas nem todas as poltronas estão ocupadas e as poucas pessoas
que estão em pé parecem fazê-lo para saírem a qualquer minuto.
Isso me toca um pouco o orgulho e eu quase me sinto ofendido, então viro meu
rosto para observar Jungkook, que não parece compartilhar de minha
sensação.
— Tudo bem? — Ele pergunta ao parar na minha frente, segurando minha mão
suavemente. Apesar de já estarmos expostos, ele não começou a encenar,
talvez por perceber meu desconforto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Ele não gostaram da gente? — Eu pergunto, verdadeiramente curioso sobre
isso.
— Nós temos quatorze pessoas prestes a nos assistir e você está achando
pouco, meu bem?
— Não é isso...
— Nós já vamos começar. Antes, avise ao segurança qual sua safeword. — Foi
sua ordem seguinte, seguida de um beijo na testa. — Ele vai interferir de muito
bom grado caso eu não a respeite.
— Bom grado é pouco. Ele parece doidinho pra você cometer um deslize e ele
ter um motivo pra te quebrar inteiro — Eu disse em mais um murmúrio, o que
fez Jungkook rir.
— É o trabalho dele, meu bem. — Explicou, ainda sem se sentir ofendido pela
postura do homem. — Ele está aqui para garantir sua segurança.
Se Jungkook não se ofende, acho que não tenho muito o que reclamar, então
caminho com os pés nus até a extremidade do palco, onde paro no segundo
degrau e gesticulo para que o segurança se aproxime. Quando ele está perto o
suficiente, eu me inclino e faço uma concha com as mãos ao redor da boca. 83
Ele assentiu brevemente e eu percebo que sua postura comigo é menos rígida
que a que foi oferecida ao meu dominador, então eu curvo meu corpo em
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agradecimento antes de me apressar de volta para onde meu Jungkook está,
retirando mais coisas de nossa bolsa.
— Me fodi... — Eu constato em voz baixa ao descobrir que ele trouxe meu anel
peniano.
Agora que percebo que toda essa gente vai me ouvir implorando para gozar,
não parece mais tão pouca plateia.
Mas tudo bem. Não é como se a ideia de chorar enquanto imploro para poder
ejacular me causasse incômodo. Aliás...
— Venha.
Sem reclamar, no entanto, eu rapidamente fui até ele. Ao invés de ficar com o
cinto em mãos, ele o pendurou num dos ganchos, ao lado dos chicotes. Ao
começar a tirar sua jaqueta de couro, ele me olhou pelo canto dos olhos e
ordenou, sem precisar aumentar o tom de voz:
Meus olhos rapidamente foram até a plateia, onde eu avaliei cada mínima
reação quando eu levo as mãos ao cós de minha calça e começo a desabotoa-
la. Diferente das outras vezes em que tivemos espectadores, agora nenhum
deles parece prestes a desmaiar pelo nervosismo, a não ser por um rapaz que
está de pé ao lado de uma mulher que, pela postura, é dominadora, talvez a
domme dele. E, pela expressão, o garoto é inexperiente.
Deve ser a primeira vez dele assistindo uma sessão, assim como é minha
primeira vez fazendo uma sessão nessas circunstâncias.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, eu o escolho como meu ponto de segurança no meio da plateia e
deslizo o tecido grosso de minha calça por minhas coxas avantajadas até tirá-la
completamente Timidamente, eu a peguei no chão e dobrei cuidadosamente
antes de colocá-la sobre o divã.
Eu mordisquei meu lábio e assenti uma única vez, num movimento cerceado
por todo o nervosismo que corre em mim.
— Sim, senhor.
Minha respiração está pesada e eu estou ansioso pelo que virá a seguir, mas
eu percebo a naturalidade de Jungkook quando noto seus lábios se movendo
tranquilamente enquanto ele canta uma das músicas que, muito tempo atrás,
apresentei para ele.
Ele está prestes a me algemar, açoitar, fazer implorar por um orgasmo... e está
cantando uma música do Justin Bieber
Isso é estranhamente excitante, mas não deixa de ter sua graça. Então, eu rio.
Jungkook umedeceu os lábios mais uma vez e a forma como ele balança a
cabeça num gesto negativo de desaprovação é uma punição muito mais efetiva
que quando eu sou castigado com tapas ou chicotadas.
Ele se lamentou num tom de voz tão baixo que eu murchei todinho, porque
especialmente hoje eu quero ser um bom menino.
Mas sem tempo para lamentações, eu logo senti Jungkook se aproximar para,
num gesto firme, porém não brusco, puxar meu pulso para encaixá-lo
apropriadamente na algema. Em seguida, ele a fechou ao redor de minha pele
e fez o mesmo com o pulso livre.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com os braços quase imobilizados, eu vi Jungkook seguir o caminho de suas
mãos até minha cueca, por baixo da blusa, e retirá-la de mim sem pressa.
Quando a peça chegou aos meus joelhos, ele escondeu as mãos nos bolsos
de sua calça e ergueu a perna dobrada, usando seu pé para empurrar minha
boxer por todo o caminho até o chão, quando eu mesmo usei meus pés para
tirá-la completamente e chutá-la para o lado.
Agora meu corpo está coberto somente por minha camiseta, que cobre
parcialmente meu membro ainda flácido, e meu harness. 280
Diante disso, Jungkook recuou com um passo, as mãos ainda nos bolsos, e me
olhou de cima a baixo, demorando-se um pouco mais quando seus olhos
encontraram a coleira.
— Vamos fazer assim: - Ele ponderou quando seus olhos alcançaram os meus.
— Eu vou deixar seus pés livres. — Então, ele esticou sua própria perna e
bateu o coturno contra as algemas inferiores, que não estão sendo utilizadas.
— Como agradecimento, você vai mantê-los apoiados no chão até que eu diga
o contrário. Pode se contorcer, pode gritar... aliás, nossa plateia espera isso.
Mas não tire seus pés do chão — Finalizou, dizendo cada última palavra
pausadamente como numa ameaça deliciosa.
— Sim, senhor.
Agora, ela lhe acaricia a parte interna da coxa, talvez para tranquilizá-lo? Se
fosse Jungkook, eu afirmaria com certeza que esse é o intuito, mas não posso
dizer o mesmo de uma dominadora que sequer conheço, que talvez seja muito
mais sádica que o dom a quem me entreguei.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De qualquer forma, o rapaz não parece repelir o toque e o aceita de bom
grado, e algo na cena me faz sorrir. Talvez o equilíbrio da dinâmica entre
personalidades tão opostas, talvez outra coisa que não consigo identificar. Mas
eu sorrio sinceramente e o outro submisso, ao perceber, abaixa brevemente o
rosto, mas não o suficiente para esconder seu próprio sorriso.
Oh. Ok. Então ela é um tanto mais intolerante e autoritária que Jungkook, ou
talvez o submisso já tenha se comportado mal ao longo da noite e agora está
sendo colocado em regime de tolerância zero.
Então ele deslizou a ponta de couro pescoço abaixo, descendo por todo meu
abdômen coberto. Quando chegou ao ponto abaixo de meu umbigo, ele parou
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
exatamente a minha frente e desceu mais, desviando de meu pênis para
alcançar a parte interna de minha coxa.
Novamente, ele apenas tocou all. Rosto, barriga e parte interna da coxa são
lugares que Jungkook nunca castiga com qualquer coisa além de suas mãos
ou boca, para evitar traumas físicos. O mesmo vale para minha lombar e
articulações, com a exceção de que nunca fazem parte de minhas punições,
independente do método utilizado.
Por isso, não foi surpresa quando ele deslizou a ponta do chicote sem punir a
parte interna de minha perna. Quando saiu da área de risco, por outro lado, ele
afastou o objeto por alguns centímetros para, em seguida, chocá-lo contra
minha coxa.
Um choque suave, quase inaudível sob os sons da música que vem da boate,
mas que me faz fechar os olhos em satisfação.
Eu apertei meus punhos fechados não por não suportar a dor, mas porque
percebo que ele está me testando para ver quanto tempo continuo com os pés
no chão. E eu sei que, gradativamente, o teste vai se tornar mais difícil.
Prestar atenção a quando ele entrou aconteceu por puro acaso, mas é claro
que, nessa situação, Jungkook não perderia a chance de me repreender por
isso. Então, recebi outra chicotada próxima ao tornozelo, dessa vez mais forte.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu prendi a respiração quando percebi que, por reflexo, quase puxei meu pé
para cima.
Entretanto, consegui pensar mais rápido e o firmei com ainda mais força no
chão.
O olhar que recebi de Jungkook em resposta a isso não carregou nenhum tom
de parabenização, e ele moveu a cabeça para um lado e para o outro,
lentamente, ao tentar estalar o pescoço.
Jungkook sabe que é atraente. Ele sabe que, além disso, é irresistível, e ele
tem orgulho de seu corpo. Então, agora, ele está exibindo-o para Yoongi como
numa provocação.
Incapaz de olhar para seu amigo, eu continuo atento a Jungkook enquanto ele
caminha sem pressa até deixar sua blusa dobrada sobre o divã, vestido apenas
com sua calça de couro e suas botas pesadas, com a serpente exposta,
destacando-se sobre a luz focalizada do palco.
Ao vê-lo assim, ciente de que isso tudo é meu e me fará dele na frente de
todas essas pessoas, eu me encho de uma satisfação inigualável e suspiro só
de vê-lo voltar para perto de mim, pegando o chicote outra vez.
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— Ele pergunta, caminhando ao meu redor como um predador que cerca a
presa.
Quando ele ressurge do meu outro lado ao finalizar a volta, eu vejo seu sorriso
cheio de autoconfiança, e resfolego mais uma vez ao sentir a ponta do chicote
deslizar por minha coxa, em direção à minha virilha.
Ansioso por algo a mais, eu quase prendo a respiração, e eu travo meu maxilar
de tanta excitação quando Jungkook volta a tocar em meu rosto com o chicote,
dessa vez sujando minha bochecha com o fluido denso de meu próprio pênis.
Depois, ele voltou a se afastar. Sempre sem pressa, sempre elegante, com a
pose altiva reafirmada quando o chicote de ponta única foi deixado sobre o
gancho para que ele pegue o de linguetas, segurando-o pela haste rígida.
— Me diz, anjo... — Ele pede, deslizando as pontas trançadas por sua própria
mão. Em seguida, o objeto foi aproximado de mim e utilizado para chicotear
minha coxa.
Sabendo que há apenas uma resposta certa para isso, eu me concentro para
conseguir dizer:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Como recompensa, eu ganhei um sorriso e outra chicotada.
Uma e outra vez, eu senti as franjas do chicote açoitando minha pele, a cada
golpe com um pouco mais de força. Nada sequer perto do meu limite, no
entanto.
Não sendo o único atento a ela, Jungkook se aproximou ainda mais, até estar
ameaçadoramente próximo, e manteve os olhos nos meus quando sua mão
livre alcançou meu pênis e ele subiu raspando as unhas da base até a cabeça,
onde circundou seu indicador antes de dar duas batidas suaves e trazer seu
dedo manchado de pré-gozo até meu lábio inferior, tocando-o apenas para
distribuir o líquido sutilmente.
— Sabe, anjo... — Ele disse, voltando a raspar suas unhas por minha ereção, o
que provoca uma sensação tão desesperadora quanto boa, de alguma forma.
— É tão fácil perceber quando você mente...
Eu continuei calado, sem saber o que ele quer dizer, então Jungkook fez o
favor de explicar, agora agarrando meu membro e masturbando-o suavemente,
como uma breve amostra.
— Nós dois sabemos qual seu brinquedo favorito e isso não depende do que
eu prefiro, ou não — Ele apontou, ainda me estimulando devagar. — Diga o
que você prefere.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
em qualquer sessão. Então, eu voltei a olhar para Jungkook, e fiz o que me foi
ordenado:
— Estou tirando de você o direito de dizer que eu não faço o que me pede —
Ele avisa, pendurando o chicote num gancho para pegar o cinto logo em
seguida, dobrando-o ao meio e segurando-o numa única mão.
Novamente outra pessoa entrou na sala, e meu olhar foi automaticamente até a
porta quando deveria estar mantido unicamente em Jungkook. Mas, distraído
como sou, foi impossível conter o impulso. Por isso, em retaliação, ele estalou
o cinto contra a madeira exposta da cruz e o som ultrapassou facilmente o
barulho da música.
— Estou, senhor...
Sério, eu devo ser muito doido ou muito brat para gostar tanto assim de ser
punido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Desculpa, senhor. — É o que respondo, no entanto. — Vou me concentrar
somente em nossa sessão, eu prometo, senhor.
— Ah, sim, você vai — Ele disse com uma certeza inabalável, e eu entendo o
que ele quis dizer quando sou pego de surpresa e ele faz o cinto encaixar em
minha ereção, com sua mão apertando as pontas para fixá-lo enquanto o move
para cima e para baixo.
Então, ele o empurrou para dentro, sem mais cerimônias. Seus olhos, por outro
lado, reafirmaram o cuidado por trás da brusquidão quando eu o vi analisar
minha reação e identificá-la como positiva antes de começar a mover seu dedo
enquanto continua a me masturbar com a ajuda do cinto, que desliza com a
ajuda do meu pré-gozo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
para envolver a cintura de Jungkook, e eu fecho os olhos em desespero,
lutando para mantê-los no lugar, os no lugar.
A seguir eu vejo Jungkook recuar com um passo enquanto mantém seu olhar
intenso sobre o meu, o que atiça diretamente minha natureza majoritariamente
submissa e me intimida de uma maneira deliciosa, até que eu instintivamente
abaixo meu rosto para olhá-lo sob os cílios, sem dar a impressão de que estou
tentando desafiá-lo.
Seu olhar continua mirado em mim sem que qualquer outra coisa seja feita. Ele
apenas fica ali, sentado na ponta do divã, com as pernas entreabertas, o corpo
levemente curvado para a frente e os braços apoiados sobre os joelhos
enquanto eu sou constantemente observado pelo olhar traiçoeiro e predador de
meu homem.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E enquanto a sensação de ameaça iminente me atiça, me ver com o corpo
completamente vulnerável a ele para atiçá-lo na mesma proporção.
Se não havia certeza, ela foi dada assim que ele ergueu o tronco para arrumar
postura e ele deslizou os braços pela própria perna até tocá-la com a mão. Eu
o vi suspirar quando apertou a própria coxa, depois correu a palma caminho
acima, em direção à própria virilha, e apalpou o volume deliciosamente visível
sob sua calça de couro enquanto a outra mão continuou segurando o cinto
dobrado ao meio.
Esse simples gesto me faz respirar fundo, devagar, e meus olhos seguem
devotamente cada mínimo movimento de sua mão até que Jungkook respira
fundo e desliza seus dedos pelo próprio abdômen exposto, até chegar em sua
nuca e massageá-la lentamente.
Traiçoeiramente, entretanto, sua outra mão se esticou até a mala, ali deixou o
cinto e buscou outra coisa.
Alternando meus olhares, eu percebi quando ele pegou nosso lubrificante junto
ao anel peniano, segurando-os habilmente antes de ficar de pé num movimento
calmo, comedido, para caminhar de volta para mim.
Inocente, eu aceitei seu beijo com muito mais que satisfação, lutando para não
ceder ao impulso de agarrar seu quadril com minhas pernas para puxá-lo para
mim.
Sinceramente, manter os pés nos chão nunca foi tão difícil quanto agora.
No entanto, eu percebo que o beijo foi apenas uma distração quando sinto o
toque gelado do anel peniano lubrificado deslizando por meu pênis, pronto
para me torturar.
Em resposta ao meu gemido surpreso por ter me deixado enganar tão fácil,
Jungkook riu contra minha boca e, que merda, isso me excita.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é tão fácil, anjo...
O problema é que essa verdade me faz passar por situações difíceis. Como
quando, em seguida, Jungkook desliza as mãos por minhas coxas, subindo
suavemente até o quadril, por onde passou suas palmas para minhas costas e
desceu novamente, até apertar minha bunda enquanto empurra sua ereção
contra a base de minha barriga.
— Pés no chão, anjo — Ele lembrou, apertando minha bunda com mais força e
fazendo seu hálito quente se chocar contra a umidade da saliva na
extremidade sensível de minha orelha.
— Bom menino... — Ele diz junto a uma risada atravessada, que me faz perder
o juízo ainda mais.
Já com o sangue a ponto de ferver, eu sinto quando ele puxa sua ereção para
fora, sem abaixar sua calça de couro, e volta a me apertar a bunda enquanto
empurra seu membro já lubrificado diretamente contra minha barriga,
estocando lenta e repetidamente enquanto sua boca volta à minha e me beija
de um jeito enlouquecedor. Mais alguns instantes disso e eu assumidamente
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
chego ao meu limite. Eu não aguento mais e já estou choramingando entre o
beijo quando ele finalmente libera:
Ainda com meus braços presos à cruz, todo meu desejo de ter Jungkook
repetidamente dentro de mim foi expresso por minhas pernas apertando-o sem
parar e por meus gemidos cada vez mais alto, a cada vez que ele vai fundo.
Por último, eu passo pelo submisso de antes, que agora parece ainda mais
hipnotizado pela cena, e depois finalmente meus olhos encontram Yoongi, que
sequer olha diretamente para meu rosto, mas para a cena como um todo
enquanto desliza a língua pelo lábio num gesto tão discreto que quase me
passa despercebido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E eu o conheço tão bem que não poderia estar errado sobre isso.
Pouco tempo depois, ele gemeu rouco contra minha boca e gozou dentro de
mim enquanto meu corpo ainda continua necessitado. No entanto, eu percebo
que sua intenção nunca foi deixar as coisas acabarem assim, porque ele
continua se movendo, estocando devagar com o acréscimo da sensação de
gozo em seu pênis enquanto ele entra e sai de mim.
Aos poucos, a cada movimento, eu vou percebendo que Jungkook está ficando
duro novamente, e a sensação é indescritível.
Sentir o estímulo direto em minha ereção quando estou tão desesperado para
gozar, mas não posso, é a pior de todas as torturas, mas Jungkook me
masturba cada vez mais intensamente enquanto continua estocando fundo em
mim.
Mas Jungkook não alivia para mim. Meu corpo continua pressionado contra a
parede, subindo e descendo a cada nova estocada, tremendo a cada novo
espasmo, por um tempo tão longo que meu choro de excitação se torna audível
e eu perco a capacidade de implorar. Mas nem mesmo ele consegue negar o
próprio limite e suas unhas se enterram em minha carne quando, tanto tempo
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
depois, eu o sinto gozar mais uma vez junto a um suspiro alto, desesperado,
cheio de tesão.
— Deixe essa gente ver como meu submisso é lindo quando chora de tesão
por mim e goza em minha mão, anjo...
Já totalmente no limite, basta sua voz me dizendo essas coisas e sua mão me
estimulando mais algumas vezes para que eu sinta mais uma lágrima escapar
quando aperto meus olhos com força e ejaculo, perdendo as forças nas pernas
por um momento que poderia me levar ao chão se não fosse o braço de
Jungkook me mantendo firme no lugar.
Tremendo, com o rosto molhado por lágrimas e com meu pênis dolorido
mesmo depois de gozar, eu lentamente ergo minhas pálpebras e vejo as
expressões diante de mim, todas satisfeitas, e isso eleva minha alma ainda
mais, a ponto de me fazer sentir como se estivesse flutuando.
No entanto, existe algo que me satisfaz ainda mais, que é quando Jungkook
beija minha bochecha demoradamente, sobre as lágrimas salgadas, e diz:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
ok, tivemos o último smut da história e eu gostaria de me desculpar por
qualquer coisa, por ter ficado abaixo das expectativas ou enfim... não é de hoje
que escrever smut tá ficando mais penoso pra mim, então esse capítulo inteiro
foi bem difícil de escrever, mas juro que dei meu melhor):
mas aviso importante: lembram que na att passada eu disse que ia conseguir
encaixar o smut aqui sem precisar aumentar o número de capítulos? é... não
deu o número de capítulos foi forçado a aumentar kkkkkkkkkkk PORÉM, para
não estender o cronograma (e como o capítulo seguinte, que na verdade seria
a continuação desse aqui, já tá pronto) amanhã mesmo teremos outra
atualização, ok?
precisei fazer isso porque acabou ficando bem maior do que eu imaginava e, o
pior, o conteúdo da parte que ficou pra amanhã tem uma carga bem diferente
do que foi postado hoje, então achei melhor dividir mesmo, pra todo mundo
conseguir ler com atenção porque... é importante
certo, esse recado dado, tá na hora da bronca (faz um tempão que não dou
bronca, então com licença)
gente... será que vocês poderiam por favor POOOOR FAVOR não
citar sub, eros ou qualquer fanfic minha nas fanfics dos outros??? é claro que
obra >minha< em outra obra >minhas, mas não façam isso nas fanfics dos
outros!!!! não é a primeira vez que peço isso e poxa, é muito chato e
desestimula pra caramba quem gasta um tempão criando uma história, pra
abrir os comentários e ver os leitores falando sobre outra fanfic. por favor, não
façam mais isso, tenham um pouquinho mais de consideração pelos escritores,
tá? por favor mesmo
:/
ok,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
49 • Romanticide
Dedicado a mangaegguk
Sozinho com ele, meu dominador me abraçou com mais força e me deu um
monte de beijos na bochecha antes de me fazer ficar de frente para ele e secar
as lágrimas em meu rosto.
— Nesse caso, vale ainda mais que te fazer chorar de tesão — Constatou, o
que me fez sorrir e abraçá-lo preguiçosamente,
Já com sua calça fechada outra vez, Jungkook se agachou em minha frente e
procurou mais algo em nossa mala. Dessa vez, nenhum instrumento de tortura
que adoro, mas sim o hidratante que sempre temos em casa para usarmos
depois de sessões que possam causar lesões em minha pele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu suspirei fraquinho ao apreciar a massagem sempre tão gostosa de
Jungkook, e o olhei meio anuviado.
— De que?
— Sobre isso não tenho dúvidas. — Ele garante, brincando com os dedos de
minha mão esquerda. — Mais alguma coisa?
— Não, anjo — Jungkook riu, espontâneo. — Sobre a sessão. Quer falar mais
algo?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu apertei meus lábios, condescendente. Depois de alguns segundos, o
chamei novamente.
— Nenhum, é que a domme dele parecia bem autoritária, daí eu pensei como
tenho sorte de ter você como dom. Eu sou muito sensível, poxa, se meu
dominador fosse desses mais malvados eu estaria perdido e traumatizado pro
resto da vida...
Jungkook riu diante de minha confissão repentina e puxou minha mão até sua
boca para beijá-la cuidadosamente.
— Tudo bem por aqui? — Ele perguntou, ainda sem subir no palco.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Sim. Não vamos demorar muito mais — Jungkook quem respondeu,
acariciando-me o braço.
— Não precisam ter pressa, nós reservamos todo o direito para que os
praticantes tenham o tempo necessário de aftercare depois de uma sessão -
Ele explicou, olhando brevemente para mim.
Talvez tendo o mesmo pensamento que eu, Jungkook puxou minha blusa para
me cobrir melhor, mas Yoongi acabou rindo.
— Não vim com essas intenções — Garantiu. — Vim trazer isso — Então,
passou o chocolate para Jungkook, que o aceitou sem me tirar de seu colo. —
Não estou dando isso como um dominador oferecendo algo ao submisso de
outro, é só um gesto de boa fé — Completou, então, com um gesto displicente.
Pidão, eu logo olhei para Jungkook com meu melhor olhar de submisso
necessitado e ele riu ao me dar um selinho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você não é mais tão chato, Min Yoongi — Eu digo, lambendo as pontas dos
dedos entre uma frase e outra. — Mas eu tenho uma reclamação a fazer.
Eu ignorei seu tom zombeteiro e fui em frente, enquanto meu dom continua
preocupado em manter minha blusa bem posicionada para não revelar mais
nada para Yoongi.
— Jun — Ele repetiu antes de cair na risada. — E, sim, imagino. Ele não está
aqui para ser simpático com qualquer um que se diga dominador, Jimin. Está
aqui justamente para evitar que pessoas que não mereçam a alcunha
continuem metidos na comunidade que temos na Paradise Lost.
— Você não sabe as coisas que já vimos acontecer aqui, nem quantas
pessoas já bateram no peito dizendo que são dominadoras, quando na verdade
só são uns irresponsáveis que acham que dominar é fazer alguém de gato e
sapato. Então acredite em mim, a desconfiança dele não é nada perto das
barbaridades que acontecem por aí.
Isso me deixa meio irritado, acho que por minha mente ainda estar
parcialmente presa aos efeitos da sessão, então outro dominador agindo assim
faz sentir que meu espaço está sendo invadido.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você deu sorte, sabe? — Yoongi continua. — Por ter conhecido nossa
comunidade da forma que conheceu, sem traumas. A maioria das pessoas
passa por muitos perrengues, conhece uns metidos a praticante que não são
praticantes coisa nenhuma e mais uma série de possibilidades desanimadoras.
Então pelo menos aqui dentro, nós fazemos o possível para evitar situações
como essa. E se o preço a pagar for um segurança mal encarado, que seja.
— Não use esse tom de voz — Jungkook alertou ao perceber meu desconforto,
lançando uma olhadela de aviso para o outro. — Ele ainda não se recuperou
totalmente da sessão.
— Eu não quero ser mais inconveniente logo agora, mas eu voltei também
porque queria avisar algo a vocês.
— Falta pouco tempo para a sentença de Wonsik ser anunciada de uma vez, e
isso me fez pensar sobre uma conversa que tivemos... Jimin, você me disse
que ele sabia algumas coisas sobre você, que nunca foram compartilhadas
com ele, não foi? Então eu pensei tanto sobre isso que, quando descobri, me
senti burro.
Yoongi puxou o celular para fora do bolso, desbloqueou a tela e o passou para
mim, que aceito apressadamente, quase provocando um desastre.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ao meu lado, Jungkook observa comigo enquanto deslizo o dedo pela tela,
captando as informações do perfil selecionado cuja foto principal é de um
pescoço com tatuagens e o nome de usuário é Dom_Ravi.
— As tatuagens no pescoço são iguais às dele e Dom Ravi era o nome que ele
usava para se apresentar antes de ser banido daqui. — Explicou, dessa vez
mais calmo. - É ele. O Wonsik
Nas atividades, eu descobri que ele me seguiu há quase um ano, antes mesmo
que eu sequer o conhecesse, e quando eu ainda usava uma foto do rosto no
perfil (o que foi uma das maiores burrices da minha vida).
— Por isso ele sabia que você se identifica como submisso — Jungkook
ponderou, em seguida, tão atento quanto eu.
— E por isso ele pareceu tão obcecado por mim assim que nos conhecemos...
ele já me stalkeava antes? — Questionei, apavorado.
— Pelo que ouvi dos depoimentos das pessoas que depuseram contra ele, não
seria surpresa — Yoongi comentou.
— Meu deus... então as coisas poderiam ter sido piores do que foram? —
Murmurei, verdadeiramente assustado.
— Sim, não pense nisso. — Min Yoongi se manifestou outra vez. — Se ele não
for condenado a uma pena maior, pelo menos a medida restritiva você tem. Ele
não pode, por lei, se aproximar de você.
Eu sei que o intuito era me acalmar, mas parte disso só me desespera mais.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Existe a possibilidade de que ele não fique preso?
— Meu bem, — Jungkook me puxou contra seu peito e me deu vários beijos.
— tenha calma.
— Esse não é o melhor momento para falar sobre isso, Yoongi. — Jungkook
apontou, ainda me abraçando para tentar me proteger.
Dois, a intensidade do prazer durante a sessão não foi a única foi que
aumentou. Os efeitos que se seguem também estão mais intensos, por isso me
sinto mais sensível que o comum.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ainda assustado com a possibilidade que descobri existir, eu sequer consegui
me divertir com a interação caótica entre os dois dominadores em minha
companhia, e Jun pareceu perceber isso.
— Vou avisar à limpeza — Yoongi disse, mas antes de se virar, ele ainda olhou
para mim uma última vez e garantiu: — Não precisa se preocupar, Jimin. Nada
ruim vai acontecer a você por causa daquele louco.
Depois de se arrumar e guardar todos os nossos itens, ele ainda limpou o que
foi possível, para não deixar tudo por conta do funcionário responsável pela
limpeza.
Dessa vez, minha guia não foi presa à coleira, porque Jungkook me abraçou
pelo ombro e me manteve colado a ele por todo o caminho até a chapelaria e,
em seguida, até nosso carro.
— Obrigado, Jun.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ele sorriu e me segurou o rosto para beijar minha boca, depois meu nariz e por
último, a testa.
— Sobre aquilo, não se preocupe. Eu vou cuidar de você e nunca vou deixar
nada de ruim te acontecer. Eu juro, anjo.
— Agora venha. Vamos nos lavar, porque amanhã vamos precisar dar atenção
não só a ele, mas a Taehyung também.
Eu sorrio ao lembrar que meu mais novo amigo em Seul vem me ver pelo meu
aniversário e assinto, finalmente me sentindo um pouco mais relaxado.
Então eu deixo que Jungkook me leve até nosso banheiro, onde tomamos um
banho demorado de banheira e conversamos um pouco mais sobre tudo e
sobre nada, até começarmos a ficar com os dedos enrugados.
Quer dizer, mais ou menos, porque ele abriu um pouco os olhos, mas mais
parece dormir que estar acordado.
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Sonolento, ele assentiu quase sem força e eu dei um beijo em sua bochecha
antes de sair da cama e fazer todo meu processo matinal antes de me trancar
no escritório.
Pouco depois de ter começado a estudar, ouvi batidas na porta, que logo foi
aberta para exibir Jungkook ainda todo amassadinho de sono com uma
bandeja de café da manhã nas mãos.
— Sabia que você ia me esperar para comer — Ele disse com a voz ainda
indisposta, e eu ri um tanto.
— Você vai trabalhar hoje, Jun? — Questiono pegando minha tigela de arroz
com ovo frito.
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— Você pode ficar comigo e com o Taehyung!
— Jun! Chama ele pra vir pra cá pra casa! Dai ficamos os quatro juntos e talvez
a gente consiga fazer Seokjin deixar de ser bobo em relação ao Tae!
— Desculpe. Que?
— Taehyung disse que o Jin não cede... mas a gente sabe que ele se sente
atraído pelo Tae e só não faz nada por sua causa. A gente pode agir como
cupido deles hoje!
— Entendo. Achei que você estava sugerindo sexo matinal — Ele disse, rindo
sinceramente enquanto se recosta de forma relaxada em sua cadeira.
— Não seria surpresa, mas hoje não... ontem foi meio bruto, minha bundinha tá
doendo.
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— Não tô reclamando, não... — Eu digo, enfiando mais comida na boca para
esconder meu sorriso.
Jungkook abaixou o rosto ao rir também, e eu amo essa visão de nós dois
relaxados em nosso escritório, compartilhando um café da manhã preparado
por ele enquanto ainda estamos sonolentos, descabelados e com nossas
roupas de dormir.
— Vamos ver. Caso eu chame e isso não termine bem, saiba que a
responsabilidade é sua.
Jungkook mais uma vez arqueou as sobrancelhas para mim, o que me faz rir
com um restinho de comida na boca.
— Melhor assim — Ele comenta, sem tirar os olhos de mim quando leva mais
comida à boca.
Eu ri ainda mais, sem interromper o riso mesmo quando meu celular vibra e eu
o pego para ler a mensagem recente de Taehyung.
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— Que horas você disse para Seokjin vir? — Eu pergunto assim que envio a
resposta de Tae.
— Vasos condutores. Diz pra ele vir umas nove e meia? Por favorzinho...
— Tomara...
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— Vai dar tudo certo, anjo. De um jeito ou de outro. — Ele garantiu. — Vamos
parar agora.
— Abraço, Jun...
Como está de folga, Jungkook me deixa tomando banho e vai lavar a louça do
café da manhã. E, quando saio do banheiro, vejo que ele já separou minha
roupa para receber as visitas, o que me faz sorrir e me vestir rapidinho para
esperar Taehyung chegar.
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no pet shop quando fui levar Yeontan pra tomar a vacina e lembrei do seu
fofinho.
Ok, eu não tenho muita certeza disso, porque da última vez que comprei um
brinquedo para Chim, ele nem deu bola e só quis brincar com a embalagem do
negócio.
Eu sorri meio traiçoeiro, mas Taehyung não percebeu porque estava ocupado
pegando Yeontan no colo quando Chim começou a se aproximar de um jeito
meio arisco.
Será que foi desse jeito que Jungkook se sentiu quando eu avancei em
Taehyung com uma almofada?
— Toma, filho — Eu digo, jogando a bolinha no chão, torcendo para que seja
suficiente para distraí-lo.
— Desculpa por isso — Eu peço com uma risada sem graça. Taehyung, por
outro lado, ri sinceramente, e eu gesticulo para que ele sente no sofá. Quando
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sento ao seu lado, eu coloco o embrulho do meu presente no colo e anuncio:
— Vou abrir, ok?
— Espero que goste — Ele diz com um sorriso enorme e, ao ver o que é, eu
dou um grito tão alto que assusto meu filho e o de Taehyung de uma vez
Jungkook está segurando a toalha firmemente com uma mão, enquanto usa a
outra para continuar se apoiando na parede e seu peito sobe e desce devagar
quando ele pisca na mesma velocidade.
Eu percebo que Taehyung até tenta ficar sério para concordar comigo, mas só
acaba rindo mais.
Mas mau humor não é algo que eu quero preservar agora, então até me
permito rir um pouco da tragicidade dessa situação, também.
Tanto tempo depois e ainda não me acostumei com sua risada engraçada.
Ele pergunta coisas desse tipo tantas vezes que eu nem dou mais tanta bola,
então somente rio em resposta e o puxo para dentro de casa.
— Ah...
Antes que Seokjin responda, Jungkook reaparece na sala. Vestido, dessa vez.
— A ideia foi de Jimin. — Ele anunciou como quem diz bom dia, caminhando
até sentar no sofá.
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— E você não consegue dizer não a Jimin — Seokjin pondera, sentando
comigo no chão.
— Olhe para ele e me diga se você conseguiria — Jun desafia, o que faz
Seokjin mover seus olhos em minha direção. Imediatamente, eu abro bem
meus olhos, usando o mesmo truque que quase nunca falha com Jungkook.
Então, Seokjin desviou seu olhar, mas eu o ouvi resmungar algo como que
inferno de menino fofo, não pela primeira vez.
Então, silêncio.
Constrangedor.
– Não sabem o que tão perdendo... — Eu digo, sem perder a motivação para
levantar e pegar um pedaço para mim. Enquanto o faço, eu percebo que os
três continuam calados na sala e vejo Chim caminhando em direção ao quarto,
como se nem o pobrezinho aguentasse a atmosfera.
Certo. Talvez dar uma de cupido não tenha sido a melhor ideia da minha vida,
mas não custa tentar.
— Quer, Jun? — Eu ofereço quando volto com meu pedaço de bolo servido e
enfio os dentes do garfo no morango que peguei especialmente para ele. — Eu
limpei o glacê pra você.
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Tae parece passar por um breve sufoco enquanto Yeontan se agita em seu
colo, querendo correr de um lado para o outro no sofá, e Seokjin parece muito
confuso. Jungkook continua mastigando em silêncio.
— Certo — Jun suspirou, usando o polegar para limpar o canto dos lábios. —
Vamos simplificar isso, anjo.
Eu o olho assustado sobre o que ele vai fazer, mas Jungkook não recua. Em
seguida, ele se recosta relaxadamente no sofá e alterna seu olhar entre
Taehyung e Seokjin. Então, pergunta:
— Jimin está tentando fazer vocês admitirem isso, mas a sutileza dele está
gerando uma situação muito incômoda. Nem nosso gato aguentou e, por deus,
eu não vou me submeter a um jogo só para perguntar a vocês algo que posso
perguntar diretamente. — Jungkook não para. — Então: quando?
— Eu só queria jogar. Não faço ideia do que ele tá falando — Eu digo, fingindo
surpresa logo antes de enfiar um pedação de bolo na boca.
— Eu não interfiro na vida amorosa dos outros e você sabe disso, Seokjin, mas
você continua me colocando como obstáculo quando eu não sou um. Então
que fique claro, se quiserem ser amigos ou qualquer coisa além disso, eu não
tenho qualquer oposição, sequer me reservo o direito de ter. Está claro?
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— Olha... eu realmente, realmente não tive nada a ver com isso — Digo com a
maior cara lavada. — Mas já que entramos no assunto... a gente só quer que
vocês estejam bem resolvidos um sobre o outro. Se estiverem bem resolvidos
do jeito que as coisas estão agora, ok, não vamos ficar insistindo, mas se não...
Nós três olhamos para ele, que brincou nervosamente com os próprios dedos
antes de juntar coragem para olhar para Seokjin.
— Jin, eu... amo ser seu amigo. Amo mesmo, e sou muito grato por tudo que
você faz por mim, mas às vezes eu sinto que isso não é suficiente e o
problema é que também, às vezes, não parece suficiente para você...
— Anjo, vem comigo — Jungkook chamou ao ficar de pé, mas eu apertei meus
lábios, consternado.
— Jimin. — Ele insiste quando vê que eu não faço menção alguma de atender
seu chamado.
— Eles precisam de privacidade. Discutir isso em nossa frente não vai fazer
bem nenhum a eles — Jungkook explicou quando encostou a porta e eu
assenti, porque sei que ele tem razão.
— Coma seu bolo antes que eu te amarre na cama — Ele ameaçou, dando um
tapinha em minha bunda para que eu me afaste da porta.
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Trancados aqui dentro com Chim, eu vejo Jungkook sentado no chão para
brincar com nosso bebê enquanto eu, emburrado, como o resto da minha fatia
de bolo.
Honestamente, eu não sei quanto tempo se passa até que ouço batidas na
porta, em seguida a voz de Seokjin:
— Estão transando?
Já estamos tão acostumados a apanhar para ele que nem ligamos mais.
Ainda sem que a dinâmica aqui dentro do quarto mude, a porta é aberta por
Seokjin, que está com Tae e Yeontan ao lado e eles parecem prestes a irem
embora.
Novamente, eu arregalei meus olhos. Dessa vez, feliz, mas ainda surpreso.
— O que?
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— Obrigado pela intervenção — Seokjin diz então, olhando de mim para
Jungkook. - Acho que precisávamos de um estímulo.
— Então marcamos nossa reunião para depois. Espero que não se importem.
❆❅❄❅❆
Um mês pode ser muito tempo para uns. Para outros, pode passar em um
piscar de olhos.
O dia do vestibular.
Durante as últimas cinco semanas, eu acreditei que estava dando meu melhor.
Eu tive orgulho de mim.
Jungkook está dormindo ao meu lado, Chim está deitado nos pés dele e eu
estou aqui, com os olhos abertos, a cabeça doendo, o coração acelerado e
uma sensação angustiante que me sobe pela garganta enquanto não consigo
pegar no sono outra vez.
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Tentando aliviar pelo menos uma dessas sensações ruins, eu me movo com
cuidado para não acordar nenhum dos dois e pego um analgésico na gaveta ao
lado da cama, usando o resto de água em meu copo para engoli-lo.
— Quando foi sua vez... você ficou nervoso assim, Jun? — Eu perguntei
quando ele me carregou de volta ao quarto e me ajudou a sentar na cama.
— Sim, meu bem. — Ele respondeu enquanto eu vejo Chim cambalear pelo
colchão até esfregar a cabeça em meu braço.
— É normal ficar nervoso quando se deseja muito alguma coisa. Mas lembra
do que eu te disse muitos anos atrás? — Ele continuou, me fazendo recostar
na cabeceira e em seguida puxando o lençol para cobrir minhas pernas.
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Eu assenti com cuidado, instintivamente tocando no pingente em minha
pulseira.
— Então não se preocupe tanto, anjo. O que acontecer amanhã não vai mudar
isso.
E no meio de tanto amor e tanto cuidado que meu homem e nosso filho
dedicam a mim, eu consigo pouco a pouco me acalmar e finalmente aproveito
as horas de sono que me restam ao lado da minha família.
Eu assinto, ficando na ponta dos pés para agradecer seu apoio incondicional
com um beijo rápido, que logo é interrompido para que eu não me atrase.
Mal sentamos no carro, então, e eu percebo que meu celular está vibrando
feito louco na mochila. Quando o pego e vejo o motivo, eu rio sinceramente.
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Eu ri tanto das mensagens, narrando-as também para Jungkook (que está no
grupo, mas eu prefiro que ele não interaja com suas tentativas fracassadas de
usar emojis), que sequer tive espaço para ter outra crise de nervosismo até
chegarmos à frente da escola onde vou fazer a prova.
Ele riu um pouco, massageando minha nuca enquanto não desço do carro.
— Certo.- Eu respiro fundo e me inclino para beijar sua boca. — Até mais
tarde!
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Eu sorri para ele e ainda dei mais dois beijinhos antes de descer do carro e
fazer o caminho que pode me levar a realizar meu sonho, ou me levar a tentar
mais uma vez.
Desistir, não.
Mas apesar do meu nervosismo, eu percebo que meus esforços não foram em
vão. Eu me saio tão bem na prova de biológicas e até na de cálculo eu consigo
resolver várias questões enquanto lembro das aulas por video chamada que
Jeonghan me deu, ou de quando Jungkook me ajudou a solucionar aquelas
que eu não conseguia de primeira.
Ela é imprevisível.
Essa constatação pode ser algo tão bom quanto ruim. As vezes, somos
surpreendidos com algo que nos deixa felizes.
As vezes, é o oposto.
Talvez o que acontece agora não seja de todo uma surpresa, apesar de ser
necessária uma parcela enorme de participação do acaso para que essa
pessoa esteja aqui, hoje, agora.
Ele deveria estar preso, mas a justiça encontra caminhos que, por vezes, não
são os que julgamos justos, não importa quão incoerente isso pareça.
E Yoongi me alertou. Ele disse que existia a possibilidade. Bem, Yoongi estava
certo.
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Kim Wonsik.
Com as lembranças de tudo que aconteceu, eu sinto meu corpo retesar e travo
por um instante ao perceber que ele me viu, me reconheceu e não parece feliz
com isso.
Nervoso, eu juntei minha coragem e resolvi fazer o que pareceu mais seguro,
então agarrei as alças da minha mochila com mais força e segui meu caminho.
— Você é tão nojento que vai me ignorar depois de quase ter acabado com
minha vida? — Ele pergunta com esse tom que faz meu sangue gelar.
— Você não vai fugir agora, caralho! — Wonsik ameaça, segurando meu braço
com força.
Assustado, eu olho ao redor em busca de alguém, mas não vejo sequer uma
alma viva no andar.
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— Eu perdi meses da minha vida preso até me liberarem e agora tenho um
emprego de merda, nessa escola de merda, porque foi a única coisa que
consegui. E a culpa é de quem? Ele perguntou, e eu fiz uma careta de dor e
medo quando apertou meu braço ainda mais, me encarando com esses olhos
assustadores. — Hein, Jimin?
Os olhos dele sequer conseguem se focar. As íris se movem sem rumo dentro
das órbitas, oscilando como se ele sequer tivesse controle do próprio corpo.
Eu vou sair daqui, entrar no carro de Jungkook e chegar em casa para ser
recepcionado por Chim e seu ronronar gostoso
— As coisas vão piorar, Jimin. Você acha que eu vou te deixar em paz depois
de ter passado meses preso por sua culpa?!
— Eu tenho uma ordem de restrição contra você. Não importa se você está
livre, você não pode chegar perto de mim, então me solta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Antes de virar, eu vi a mesma coisa. O monitor olhando com suspeita para a
cena que protagonizo, os olhos loucos de Wonsik e, por último, a mesma
expressão de ódio descontrolado que Dongsun deve ter visto antes de ser
empurrado escada abaixo, lá no hospital.
Nos últimos segundos antes de bater a cabeça com força, eu lembro de tudo
que me faz feliz.
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pois é matei o Jimin
(é óbvio que não matei, eu já disse que sub não é death fic kkkkkkkkkkk)
desabafo: sabem o que foi mais desconfortável dessa última cena? quando
descrevi o olhar de Wonsik aqui nesse capítulo, eu me baseei no olhar de uma
pessoa muito próxima a mim e é sempre meio esquisito usar minhas
experiências ruins na hora de escrever, mas é meio libertador também
mas ok, entenderam porque eu fiquei tão relutante de postar essa parte junto
com o capítulo de ontem? achei que ficaria bem confuso abordar tantas coisas
de naturezas tão distintas num capítulo só (e sei que isso acontece com
frequência em sub, mas nunca da forma como aconteceu com esse capítulo,
inclusive em relação ao tamanho)
um aviso importante: o próximo capítulo não será narrado nem pelo Jimin, nem
pelo Jungkook (nem em terceira pessoa)
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50 • Wet Weekend
Dedicado a natanikse
YUKWON
— Eu não acredito que você mordeu a criança. — Yuta reclama com essa pose
de namorado chato, mas eu nem sei qual a surpresa, então dei de ombros.
— Para de revirar os olhos pra mim! — Ele mete um peteleco na minha testa e
eu quase rosno de tanta raiva.
Uma coisa sobre Yuta: ele perde o foco muito rápido sempre que alguém cita
alguma coisa que ele gosta muito, como filmes de super heróis ou qualquer
coisa relacionada às obras do Stephen King.
— Será que ele acha que não foi bem? — Yuta supôs, nervoso.
Nós estávamos tão ansiosos para a prova dele que, de ontem para hoje, nem
dormimos direito.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tipo, nem é a gente quem está tentando entrar na universidade, mas Jimin se
esforçou tanto para isso e nós torcemos tanto para ele que sofremos de insônia
coletiva.
Mas nós todos acreditamos que ele vai conseguir, então fomos otimistas,
embora nenhum dos puritanos tenha aceitado minha ideia de fazer uma
comemoração com temática sexual.
Quando estou prestes a bloquear a tela do meu celular velho, eu quase cuspo
o coração de susto com o toque estridente de uma nova ligação, e é estranho
ver o número da mãe de Jimin na tela.
Não que eu não me dê bem com ela, porque ela me trata quase como um
segundo filho e eu e Yuta frequentemente vamos visitá-la, mesmo que Jimin
não esteja lá.
E é justamente por isso, por me conhecer bem, que ela sabe que eu não gosto
de falar no telefone, então nunca me liga a não ser que seja uma emergência
(a última foi um bolo que ela fez que estava tão, mas tão bom que eu e meu
namorado fomos intimados a ir até lá para comer).
No fim nem estava tão gostoso assim, mas a gente fingiu que estava, meu
deus, espetacular!
— Será que ela fez outro bolo comum que jura estar divino? — Eu jogo no ar,
torcendo para que seja isso, e deslizo o dedo pela tela para aceitar a chamada.
— Oi, tia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu queria que fosse uma emergência culinária. Um bolo superestimado, ou um
rato que nem ela, nem o pai de Jimin conseguem colocar para fora. Mas pelos
soluços que escuto, não é nada disso.
— Tia?
— Yukwon... — Ela diz, a voz parece meio abafada por conta do choro.—
Yukwon, meu bebê...
As vezes ela me chama de bebê. Aliás, todo mundo que é amigo de Jimin, para
ela é um bebê, mas eu não acho que nenhum de nós seja o motivo de seu
desespero agora, então só me resta uma alternativa na qual acreditar.
— Acho que aconteceu alguma coisa com o Jimin — Eu explico o máximo que
posso, o que desperta nele o mesmo temor que despertou em mim, e nós
corremos o mais rápido que podemos até o ponto de ônibus.
E nós fizemos esse percurso várias vezes. A casa dos pais de Jimin não é
longe, então a viagem nunca é longa, mas dessa vez parece levar uma
eternidade até que chegamos ao hotel e atravessamos a recepção até a
entrada da residência deles.
Eu meio que esmurro a porta e a mãe de Jimin aparece assim que nos ouve,
como se já estivesse ali nos esperando, com o rosto marcado pelo choro
compulsivo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Assim como o filho, os olhos dela sempre ficam inchados e o nariz fica
completamente vermelho quando ela chora, então sequer consegue disfarçar.
— Meu bebê tá no hospital... — Ela diz, caindo num soluço repetitivo assim que
termina de dizer.
Eu vou destroçar esse filho da puta. Vou enforcá-lo com as próprias tripas,
como Jimin sempre diz que eu sou capaz de fazer.
Eu vou, assim que me certificar que uma das pessoas mais importantes de
minha vida vai ficar bem
— Eu vou também — Anuncio num impulso, o que faz Yuta me olhar surpreso.
Mas, diferente do que costuma fazer sempre que eu ajo de forma impulsiva, ele
não me repreende, talvez por entender que, apesar de Jimin ser especial para
ele, para mim é muito mais.
Quando eu estava sufocando em solidão, Jimin foi minha primeira lufada de ar.
E por causa dele, eu pude conhecer Yuta, Jeonghan, Kihyun, Jungkook e
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
tantas outras pessoas que, hoje, me ajudam a esquecer do tempo em que não
pude respirar.
E apesar de estar ciente há tempos sobre quão intensa é minha ligação com
aquele cara que chora por tudo e ri por tudo e um pouco mais, Yuta entende.
Ele entende que, no nosso dicionário, Yukmin é sinônimo de amizade pura.
Como irmãos de alma.
A mãe de Jimin assentiu, ainda trêmula, e gesticulou para que passemos para
o lado de fora. Quando chegamos à pequena sala da administração, meu
namorado entrou no site de cada empresa aérea em busca das passagens
mais próximas para Seul.
— Ele está em Busan agora — Ela responde, tensa. — Eu já avisei que estou
indo para Seul e ele vai voltar para cuidar das coisas por aqui. Só eu vou.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Vão vocês dois na frente. Estejam lá com ele. Eu vou no próximo vôo ou
trem.
Eu inclino minha cabeça para a frente, com uma mão espalmada na mesa do
escritório e a outra bagunçando meus cabelos num gesto ansioso porque sei
que Yuta também quer ir tão rápido quanto seja possível.
Então nós compramos as passagens, que são uma facada de tão caras, e
depois voltamos para casa para que eu arrume minha mala.
— Você não está indo pra Seul pra cometer um crime não, né?
Eu nem respondi, mas o puxei pelo braço até fazê-lo sentar em minha frente,
sobre minhas pernas, enquanto ele afaga minha cabeça.
— Vai ficar tudo bem com o Jimin, você vai ver — Ele garante, também
tentando se convencer.
Eu sempre mordo quando estou chateado ou entediado e Yuta odeia isso, mas
agora ele nem reclama.
Eu ri de sua resposta mesmo que não tenha espaço para bom humor e beijei o
lugar onde depositei a mordida. Depois o afastei, já me sentindo um pouco
menos agoniado para terminar de arrumar minhas coisas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Esse é o efeito de Yuta em mim.
Ele me acalma quando nada nem ninguém parecem capazes de fazê-lo. Ele é
o equilíbrio da minha natureza sempre tão turbulenta, por vezes arredia.
E eu o amo por isso. Mas o amo por muitas outras coisas, também.
Mas nada disso é verbalizado nem enquanto termino de arrumar, nem quando
saio de casa para ir ao aeroporto, porque eu sempre tive, ainda tenho, esse
bloqueio que torna tão difícil dizer às pessoas o que sinto por elas.
Não muito diferente é minha incapacidade de consolar com palavras, por isso
talvez não tenha sido a melhor ideia de, no avião, pedir para trocar de lugar
com a mulher no assento ao lado da mãe de Jimin.
Eu acho que ela fez isso para que eu não a visse desmoronando, mas nunca
tive uma confirmação.
O outro motivo é que a mãe de Jimin está inconsolável. As mãos dela não
pararam de tremer e seu rosto inchado prova que ela chorou muitas vezes
além daquela quando eu e Yuta estávamos em sua casa.
— O homem chamado Yoongi ligou novamente para dizer que iam fazer alguns
exames - Ela disse, quebrando o silêncio desconfortável que se estendeu por
longos minutos. — Se foi ele quem ligou, é porque Jungkook ainda não
conseguiu se acalmar, o que quer dizer que a situação não é boa...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu não sei o que dizer, então fico em silêncio enquanto vejo a mulher ao meu
lado lutar contra uma nova onda de lágrimas.
— Eu não entendo, Yukwon... eu sei que Jimin tem uma personalidade difícil,
mas ele é uma boa pessoa. Eu o criei dentro de mim, depois o vi crescer. Eu vi
aquele bebê agitado se tornar um homem, acompanhei todas as dificuldades
dele e sofri o dobro a cada lágrima que ele derramou. — Ela já não é mais
capaz de conter o choro, e sua voz tremula constantemente. — Eu o conheço
como se fosse uma parte de mim, por isso eu sei, eu sei, que apesar de tudo,
ele tem o coração mais puro que eu já conheci. Meu Jimin é uma boa pessoa,
então eu não entendo por que continuam machucando e fazendo coisas ruins
com meu filho. Ele não merece. Meu príncipe não merece.
Não é algo que acontece com tanta frequência, mas eu mesmo me sinto quase
desabar em lágrimas quando escuto o desabafo angustiado de sua mãe,
porque eu entendo.
Jimin é a pessoa que ficou do meu lado quando todos me odiavam. É a pessoa
que ficou ao lado de Yuta quando ele mais precisou. É a pessoa que chora
quando algo dá errado para ele, mas que sofre muito mais quando algo dá
errado para as pessoas com quem ele se importa. É a pessoa que, mesmo
morando a mil quilômetros de mim, me faz lembrar todos os dias que eu ainda
sou seu melhor amigo, porque sabe que isso é importante para mim.
E não importa se ele faz voz de bebê quando quer algo, se é grudento como
chiclete ou se deu seus vacilos. Ele é a melhor pessoa desse mundo e não
merece nada de ruim que façam contra ele.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
É Seokjin, com os olhos tristes, diferente da aura sempre tão alegre em todas
as vezes que o vi.
— Ah, já ouvi muitas coisas boas sobre você. — Ela sorriu sem muito
entusiasmo, mas não é como se pudéssemos julgá-la. — Obrigado por sempre
cuidar tão bem deles dois. Eu sou Shin-ae, mãe do Jimin.
— Eu vou deixar vocês dois no hospital, depois vou para a casa deles. Eu
preciso trocar a comida e a água de Chim e preparar algo para Jungkook e
vocês comerem... então posso pedir que façam uma coisa para mim quando
chegarem lá?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Seokjin não respondeu com mais que um novo sorriso sem felicidade, e nós
demos a conversa por encerrada aqui, trocando poucas palavras no caminho
dali até o carro e em seguida até o hospital, onde recebemos nossos adesivos
de visitantes e fomos guiados ao quarto de número vinte e três.
Quando paramos diante da porta fechada, eu não fui o único a sentir meu
corpo perder a força, porque a mãe de Jimin também pareceu subitamente sem
coragem de sequer olhar pela placa de vidro que dá a visão do interior. E
quando eu tomo a frente e venço o receio, girando a maçaneta lentamente
antes de abrir a porta, eu vejo meu melhor amigo deitado numa maca,
desacordado, com um cateter enfiado na veia e o monitor cardíaco ao lado
acompanhando seus batimentos.
Jungkook está sentado ao lado, com o corpo tão curvado para a frente que ele
sequer nos nota. Os ombros estão caídos e os cotovelos apoiados nas coxas,
com as mãos escondendo seu rosto como se ele tivesse medo de olhar para a
frente.
Então ele me viu e viu Shin-ae parada no mesmo lugar, voltando a se derramar
em lágrimas enquanto olha para o próprio filho covardemente desacordado.
Por outro lado, eu percebo a reação de Jungkook ao ouvi-la. Ele se retrai ainda
mais, encolhe o próprio corpo como quem sente também vergonha, e eu acho
que consigo ouvir algum murmúrio de lamentação.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Também atento a isso e ainda calado, Yoongi o tocou na cabeça, tentando
acalmá-lo mesmo que provavelmente saiba que nada disso vai surtir efeito.
Mesmo com a distância, existe um motivo para Jungkook ter sido aceito como
parte oficial do meu grupo de amigos, então eu o conheço bem
Por isso, eu sei que ele está se culpando e nada além de ver Jimin abrindo os
olhos vai ser capaz de consolá-lo.
— Você sempre cuida tão bem do meu filho... eu sou muito grata por isso,
Jungkook. Mas você precisa cuidar de você também.
O boçal, que nem parece um boçal agora, não levanta o rosto, mas eu percebo
que ele respira alto, tenso, e pela primeira vez nos deixa ouvir sua voz:
Ele não a abraça de volta, sequer diz algo, mas se deixa ser envolvido pelo
abraço da mulher bondosa que é Shin-ae. Que, passado algum tempo, se
afasta e o segura com as duas mãos no rosto, o que finalmente nos permite ver
a expressão completamente abatida e angustiada de Jungkook.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você realmente precisa se cuidar. Vá para casa e descanse um pouco,
coma alguma coisa também. Depois você volta. Os médicos disseram quanto
tempo demora para ele acordar?
Mais uma vez, o ar parece ficar ainda mais carregado quando Yoongi desvia o
olhar e Jungkook volta a curvar o corpo.
A mãe de Jimin parece ficar ainda mais tensa, mas apenas assente e, em
silêncio, se levanta para ocupar a outra poltrona do quarto, onde permanece
até que Yoongi retorna ao quarto em companhia do homem que carrega
semelhanças inconfundíveis com Jungkook.
— Bom dia — O homem de jaleco diz com esse sorriso que antecede péssimas
notícias. - Meu nome é Jeon Junghyun.
— E... você sabe dizer que horas meu Jimin acorda? — Pergunta, ainda tensa.
Junghyun desviou os olhos até Jungkook, depois trocou olhares com Yoongi e
por último me analisou brevemente antes de voltar a olhar para a mulher aflita.
Então ele respirou fundo, e parece tentar ser suave quando começa a explicar:
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— Foram detectados alguns danos. Nenhum tão grave, o que é um bom sinal,
e um anticoagulante está sendo administrado para evitar a formação de
coágulos no cérebro, então prevenimos riscos maiores. Mas... — Ele ajeitou a
armação dos óculos sobre e ponte do nariz, antes de finalizar: — nós ainda não
sabemos da extensão dos danos além dos físicos. Não podemos saber se o
trauma vai gerar sequelas, nem quais, até que Jimin acorde. E nós não
sabemos quando ele vai acordar
Quando uma pessoa que chora por tudo de repente não chora diante de uma
situação que arrancaria lágrimas facilmente até do ser humano mais frio... é
preocupante.
Eu não vou aguentar ver o irmão e a mãe que a vida me deu destruídos ao
mesmo tempo.
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Entretanto, ela ergueu a cabeça e passou as mãos pelo rosto inchado antes de
olhar para Junghyun e assentir, com essa determinação que somente mães
têm quando seus filhos estão em risco.
Mesmo que anos tenham se passado, me lembra minha própria mãe, antes
que a efemeridade da vida a tenha tirado de mim.
— Música ajuda? Meu filho gosta muito de música... eu posso cantar para ele,
ou colocar as bandas esquisitas que ele gosta.
— Aposto que vai fazer muito bem a ele — O irmão de Jungkook respondeu,
mas então seu celular tocou e ele se desculpou: - Sinto muito. Preciso atender.
Meus filhos estão de férias e a babá está passando por momentos difíceis com
eles, então preciso ter certeza de que aquelas crianças não mataram a mulher.
Isso faz meu sangue ferver. Porque eu não posso fazer nada para acorda-lo,
mas posso fazer algo sobre quem o colocou nesse estado. Por isso, eu entrego
minha energia à raiva e olho para Jungkook.
— A polícia está atrás dele. — Jungkook responde com a voz arranhada, fraca,
com as mangas de sua blusa repuxadas até os cotovelos para combinar com
toda sua aura fragilizada.
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que Yoongi está tentando nos consolar. — Dessa vez, nós teremos muita
vantagem no tribunal.
— Jungkook, escute...
Pelas expressões, eu não sou o único a não entender sobre o que ele está
falando, mas qualquer pergunta que poderia ser feita foi interrompida quando
um toque cafona de celular ecoou pelo quarto.
Saber que aquele arrombado não está mais solto por aí, podendo se aproximar
de Jimin a qualquer instante, já é um alívio.
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— Eu também vou. — Avisei de imediato. Ele que não pense em me dizer o
contrário.
— Você dirige? — Yoongi perguntou para mim, mas é claro que eu neguei.
Quando Jungkook pareceu incerto sobre isso e seus olhos pousaram em Jimin,
sua sogra pareceu entender qual sua preocupação.
— Eu não vou sair do lado dele. — Ela garantiu. — Por favor, garanta que
aquele homem nunca mais possa chegar perto do Jimin.
Eu olhei uma última vez para meu amigo, gravando bem as consequências do
que aconteceu com ele para não deixar meu ódio desvanecer antes que eu
esteja cara a cara com o tal Wonsik.
E só então nós deixamos o quarto para trás. Yoongi à frente com as chaves do
carro em mãos, Jungkook em seguida com as mangas ainda repuxadas até os
cotovelos e as mãos passeando por seu rosto para tentar se recompor. E eu
atrás de ambos, com os punhos previamente fechados fortemente.
Na verdade, acho que todo o clube das winx é assim e só eu sei o quanto sou
grato por cada um dos meus amigos.
Jungkook incluso.
Mas agora não é o melhor momento para sentir gratidão. Ao menos, não é o
que predomina em mim, e isso fica claro quando Yoongi estaciona ao lado da
delegacia e eu sou o primeiro a pular para fora da SUV e correr prédio adentro.
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Alguém grita meu nome, mas a voz soa muito distante. Então outra pessoa
grita, dizendo para me segurarem, mas eu sou mais ágil que qualquer um deles
e quando dou por mim já estou sentindo meu punho se chocar contra o maxilar
do maldito que machucou meu amigo.
Quando me preparo para o terceiro, meus braços são agarrados e meu corpo é
puxado para trás, enquanto Wonsik, com as mãos algemadas à cadeira, cospe
sangue no chão e me olha como se quisesse me matar.
— Acredite, eu também gostaria de fazer isso, mas agressão não vai resolver
nada por aqui
— Um dos homens que me segura diz baixo para mim, e só então percebo que
é Yoongi.
Por um momento eu acreditei que a outra pessoa era Jungkook, mas percebo
que é um dos policiais quando, ainda com a visão comprometida, eu vejo Jeon
parado um pouco mais distante, paralisado enquanto olha para Wonsik.
Eu me sinto tonto, meus olhos ainda têm essa camada turva e minha voz
estremece quando eu volto a olhar para o criminoso em quem gostaria de dar
mais mil socos e pontapés.
— Ele está em coma por sua culpa! — Acuso, então, e é nesse exato momento
que me dou conta.
Minha visão está turva desse jeito porque meus olhos estão cheios de
lágrimas.
Quando eu perco a força e quase caio no chão para sufocar em meu choro
compulsivo, as mãos segurando meus braços são as únicas coisas que me
mantém de pé.
Depois de pensar um pouco, enquanto eu não dou uma foda sobre o que vão
fazer comigo, o delegado gesticula um pouco a contragosto.
Yoongi suspira muito mais aliviado que eu e me solta quando o policial que me
segura dá um solavanco em meu corpo para me fazer voltar para a entrada. E
por mais que eu queira me debater só para externar tudo de ruim que estou
sentindo, não tenho mais força.
Por isso, me deixo ser levado e quando meu corpo da meia volta, eu percebo o
instante em que o olhar de Jungkook encontra o meu e nós compartilhamos
toda a nossa dor e todo o nosso medo, antes que ele vire para Wonsik e diga,
entredentes:
— Quando você faz algo contra Park Jimin, você faz algo contra todas as
pessoas que se importam com ele. E eu te juro que dessa vez nós todos
vamos dar nem que seja nossa vida para que você pague pelo que fez.
Talvez não seja sua intenção, mas a promessa de Jungkook me alivia mesmo
que somente um pouco, tão pouco que quase não se sente, mas eu me prendo
a elas quando sou bruscamente jogado numa das cadeiras de espera e
mantido sob o olhar atento do policial.
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No entanto, eu não estou verdadeiramente detido, então nada me impede de
pegar meu celular quando recebo uma nova mensagem de Yuta.
— É claro que vai — Yoongi rebateu, gesticulando para que eu os siga quando
eles passam por mim.
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Bruscamente, Jungkook parou de andar e quase provocou um acidente entre
nós três, então disse:
— Eu vou atrás da advogada. Depois, vou voltar para o hospital para ficar com
Jimin.
Yoongi suspirou com cansaço e nós dois apressamos o passo quando, tão
bruscamente quanto parou de andar, Jeon retomou suas passadas.
— Minha mãe.
Apesar de tudo, pelas coisas que ouvi, tenho lá minha admiração pela mulher.
Eu não posso evitar esse meu fraco por pessoas amargas com a vida. É um
lance de compatibilidade, até.
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— Se quer se vingar, é melhor fazer outra coisa que não bater a porta como
um adolescente revoltado, até porque o carro não é meu. É seu. — O outro
disse, descendo do carro junto comigo, mas sem abrir mão das chaves.
— Me dê a chave.
— Anda. Eu não menti. Eu vou te levar até sua mãe e depois de volta para o
hospital, mas antes você precisa se cuidar um pouco. Lembra do que seu
irmão disse? Jimin precisa de boas energias, então tente melhorar as suas
antes de voltar lá.
Do lado de dentro, então, eu vejo Seokjin na cozinha. Mas eu já sabia que ele
estaria aqui, então a verdadeira surpresa é vê-lo com Taehyung.
— Não com minha aprovação. — Jungkook fez questão de deixar claro e ainda
azedo se distanciou de todos nós, indo em direção ao seu quarto, mas então
parou e apontou para nós quatro, um de cada vez. — E desde quando minha
casa é espaço aberto para qualquer um entrar quando bem entender?!
Sem energia para discutir, ou vai saber qual o motivo, Jungkook novamente
deu as costas num gesto raivoso e nós todos tivemos um sobressalto leve
quando ele bateu a porta do quarto.
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— Ótimo. Agora ele é um adolescente rebelde. — Yoongi suspirou, recostando
o quadril no encosto do sofá.
— Ele não comeu... — Taehyung disse quando me viu com o bichano no colo. -
Eu vim ajudar a deixar comida pronta pra vocês e tentei dar um pouco de ração
a ele, mas ele recusou quase tudo...
Eu levantei o corpinho peludo até posicioná-lo de forma que eu possa ver seu
rosto, e ele já está abatido como estava quando Jimin foi forçado a ir para
Nam-gu.
— Gatos sentem. Ele deve saber que as coisas não estão bem — Yoongi
ponderou, olhando para Chim.
— Digam para Jungkook dar atenção a ele depois. — Seokjin avisou, apoiando
uma mão nas costas de Taehyung para guiá-lo em nossa direção. — Nós já
deixamos comida pronta para agora e algumas porções congeladas para
depois, então vamos para o hospital ver Jimin. Taehyung ainda não foi visitá-lo.
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Em seguida, Seokjin e Taehyung se despediram e me deixaram sozinho com
Yoongi e com um pai e filho ambos angustiados demais para conseguirem
comer.
Assim, voltei para a sala e apenas fiz um gesto negativo para Yoongi, que
parece entender o que quero dizer e respira fundo.
— Então sim. — Ele decidiu por mim, procurando as coisas pelos armários da
cozinha, e acho que tentou conversar para aliviar a sensação sufocante: —
Você é amigo do Jimin há muito tempo?
— Não sei se eu diria isso. Ele me odeia. Mas nos conhecemos há um bom
tempo, sim.
E eu estou tão bosta que sequer consigo fazer um comentário sobre o quanto
ele é gostoso ou alguma piada maliciosa sobre a tatuagem de cobra, e
somente fico em silêncio até que ele se aproxima, também calado, e senta num
dos bancos.
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Enquanto nos três continuamos imersos nesse silêncio desagradável, Chim se
move em agonia nos meus braços e eu acho que entendo o que ele quer
quando o coloco no chão e ele imediatamente corre até as pernas de
Jungkook, que olha para o bichano, sem reação por um instante, até pegá-lo e
apoiá-lo em seu ombro antes de beijar a cabeça miúda.
Como se isso nos devolvesse a capacidade de agir, eu fui lavar minhas mãos
na lavanderia e Yoongi serviu a comida de Jungkook, todos em silêncio até
mesmo quando nos sentamos os três juntos para comer
— Oi, mãe.
Mas como não podemos fazer nada agora que ela já chegou, apenas
observamos quando a mulher entra, elegante como nunca vi ninguém na minha
vida.
Satisfeita ou não com a resposta, a mulher foi até o lugar indicado, mas recuou
antes de sentar.
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Sorte dela que não tem gozo.
— O homem que fez isso com Jimin... não foi a primeira vez. Ele já fez antes,
mas sequer conseguimos mantê-lo preso e mesmo que agora tenhamos uma
testemunha ocular... eu preciso garantir que ele vai receber a maior pena
possível.
— Entendo. Foi tudo que ela disse, o que deixou Jungkook um pouco mais
agitado.
— Eu sei que você não gosta de Jimin. Eu sei que não aprova nosso namoro,
sequer apoia minhas escolhas fora do relacionamento. Mas a senhora é a
melhor advogada que eu conheço. Eu já te vi vencer casos impossíveis para a
Bangtan e eu sei que essa área não é sua especialidade, mas ainda assim eu
confio mais na senhora que em qualquer outra pessoa. Então por favor, eu
pago quanto for necessário, só... só me ajuda a garantir que aquele homem
não vai machucar meu Jimin novamente. Por favor, mãe.
A mulher continuou em silêncio por algum tempo, até que ficou de pé e bateu
na saia lápis para tirar os pelos de gato.
— Você poderia ter me dito isso por telefone. — Ela comentou, então, e lançou
uma olhadela para Chim, que ficou desleixadamente deitado no banco onde
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Jungkook estava. — E acho que está na hora de levar esse gato a um
veterinário. Ele solta pelos demais.
Ela me olhou dali da sala e tombou a cabeça levemente para o lado, com as
sobrancelhas erguidas.
Jungkook parece surpreso. Pelo pouco que conheço dessa mulher, até eu
estou surpreso, acho que Yoongi também.
E foi isso. Foi exatamente isso. Sequer dando chance para que Jungkook
responda, agradeça ou faça seja lá o que ele queira fazer, ela caminha de volta
até a porta e, sem qualquer despedida, vai embora.
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Puta mulherão.
— Essas são boas noticias... certo? — Depois de algum tempo, Yoongi quebra
o silêncio, e eu acho que Jungkook seria capaz de sorrir caso a situação não
fosse tão trágica.
— Você pode ficar com Chim?- Ele pergunta, olhando para mim. — Ele não
parece bem, então preciso que alguém mantenha um olho nele.
— Obrigado. — Jungkook disse. Pareceu querer dizer mais algo, mas apenas
massageou a nuca sem muito jeito, o que fez a pulseira amarela chacoalhar
em seu pulso. Só então percebo que ele ainda está usando.
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Quando Yuta decidiu que estava na hora de aceitar Jungkook oficialmente
como parte de nosso grupo de amigos, eu imaginei que ele acharia besteira
essa coisa das pulseiras, mas Jeon realmente aceitou nosso gesto como se
nem fosse bocal.
E sem dizer o que parecia querer falar, Jungkook suspira e apenas avisa que
vai terminar de se vestir. Quando reaparece já pronto, ele e Yoongi deixam a
casa depois que Jeon acariciou Chim e disse algo para o gato, tão baixo que
eu não entendi.
Então, sozinho com o único filho dos meus amigos, eu tentei fazê-lo comer,
mas ele recusou toda a comida e passou o dia inteiro mais preguiçoso que o
normal.
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— Passei primeiro no hospital para ver Jimin antes que o horário de visita
acabasse. Agora só a mãe dele e o Jungkook podem continuar lá.
— Como eles estavam? — Pergunto, abraçando-o de volta para que ele não
ouse se afastar de mim.
— Nem posso fingir surpresa... Chim também está mal. — Anuncio junto a um
suspiro derrotado. — Eu não entendo, Yuta... como alguém consegue
machucar o Jimin? Ele é tão...
— Sim. Ele é.
Depois disso, não falamos mais nada. Ficamos em silêncio juntos, deitados
juntos até dormirmos juntos.
Jimin não dá qualquer sinal de que vai acordar e nós todos estamos
constantemente nos revezando para nunca deixá-lo sozinho. Sempre ficam ao
menos duas pessoas no hospital, enquanto as outras cuidam das coisas aqui
fora.
Seokjin e Taehyung preparam refeições para todo mundo, Yoongi levou Chim
ao veterinário e se disponibiliza a nos levar para o hospital sempre que um de
nós precisa ir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Namjoon e Eunbyul seguram as pontas na empresa da família de Jungkook
para que ele não precise se preocupar, e constantemente visitam Jimin para
levar flores e garantir a Jeon que está tudo bem na Bangtan.
Por último, Shin-ae e Jungkook dormem no hospital todos o dias. São quase
uma constante naquele lugar e só saem quando extremamente necessário.
Mas Shin-ae só sai se Jungkook ficar e Jungkook só sai se a mãe de Jimin
continuar lá.
Ontem foi a primeira vez em mais de uma semana que conseguimos convencer
Shin-ae a dormir em casa. Hoje, Yuta convenceu Jungkook a fazer o mesmo,
porque o coitado já está cheio de dores de tanto dormir na poltrona
desconfortável do quarto de internação
À noite, Yoongi os trouxe para casa e nós quatro jantamos juntos, sem muitas
conversas animadas.
Depois que Yoongi foi embora, Yuta preparou a comida de Chim e eu tentei
fazê-lo comer, mas até a papinha ele está começando a rejeitar.
— Come um pouco, filho... por favor... — Ele pediu em desespero, ainda sem
me perceber.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Daqui, eu ouço o miado baixo de Chim quando ele continuou esquivando a
cabeça em movimentos frágeis, recusando o pedido angustiado de seu pai.
Coisas assim só comprovam que, sem Park Jimin, o mundo se torna um lugar
mais triste.
Então, ficamos lado a lado em silêncio, coisa que se tornou bastante comum
nos últimos dez dias.
Jungkook não responde, mas levo isso como uma confirmação e encho meus
pulmões de ar antes de começar minha confissão,
— Quando Jimin decidiu vir morar com você, eu te odiei com toda a minha
força. Yuta me viu chorar de raiva e me viu socar todas as almofadas e
travesseiros de casa mais de uma vez. Eu realmente te odiei, Jungkook,
porque só conseguia pensar que você estava tirando o Jimin de mim
Ele continua calado, mas pressuponho que está me ouvindo, então sigo:
— Eu nunca disse isso em voz alta nem mesmo a ele, mas eu amo o Jimin
como se fosse minha própria família. Para ele eu posso ser só um melhor
amigo, ponto, mas pra mim... aquele menino implicante, meio besta e viciado
em doces e carinho foi minha primeira certeza em muito tempo de que o
mundo pode ser um lugar bom. Jimin sempre foi minha personificação de
esperança e se ele não estiver mais aqui...
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu nem consigo completar, porque me dá medo verbalizar a simples
possibilidade de que Jimin não vai acordar e ficar bem.
— Eu sei. — Jungkook finalmente diz algo mesmo que seja com a voz frágil,
ainda acariciando seu gato. — Eu também me sinto assim. Jimin é o amor da
minha vida, mas também é tão, tão mais que isso...
Park Jimin é muito mais que meu melhor amigo ou namorado de alguém. Ele
é... Jimin. Tão simples e complexo quanto possa ser, a única coisa nesse
mundo que é capaz de carregar o peso da sua existência é ele mesmo. Palavra
nenhuma basta para descrevê-lo.
— É isso. Eu me sinto assim. — Confesso, então. Por isso, eu aceitei que não
poderia privá-lo de qualquer coisa só para ter meu amigo sempre por perto. Ele
merece explorar tudo que a vida oferece, merece ser feliz e você o faz feliz,
Jungkook. Eu acompanho a história de vocês desde o começo, desde quando
ele ainda não entendia a própria sexualidade, e eu sei que ele é feliz com você.
Jungkook assentiu, talvez sem entender onde quero chegar. Então, tento ser
mais claro.
— Eu estou dizendo que você não tem culpa do que está acontecendo agora.
Sua única culpa é em ter feito Jimin ficar ainda mais mimado do que já era e
meio tarado também. De resto... Você só é culpado por coisas boas na vida
dele.
Jungkook mostrou o que pode ser o primeiro sorriso dos últimos dias, mesmo
que seja um sorriso quase sem força. E disse:
— Tudo bem. Eu posso aceitar metade da culpa. Na verdade, eu acho que sou
culpado por quase tudo de errado que existe nele. Foi mal por isso, mas todo
mundo avisou que eu era má influência.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu amo cada mínima parte de Park Jimin, Yukwon. Eu não mudaria
absolutamente nada naquele homem e você é uma parte fundamental do que
ele é hoje, então não precisa se desculpar por nada. Eu que preciso agradecer.
Eu respiro fundo, aliviado por percebê-lo um pouco mais tranquilo, mas acabo
por dar de ombros.
— Isso aí. Enfim. Vocês têm minha benção irrevogável. Quando Jimin acordar,
é melhor que você o leve diretamente para uma cerimônia de casamento.
— E só pra você saber... — Eu aponto para ele, depois para meu próprio peito.
— É melhor ninguém nunca saber que tivemos essa conversa.
Então eu voltei para o quarto. Horas depois, descobri que Jungkook não
obedeceu minha ordem, porque passou a madrugada em claro com Chim (que,
diferente dele, deve ter dormido e muito. Mas não comeu).
— Jungkook, você precisa descansar. Seu corpo daqui a pouco vai colapsar.
— Yuta tentou aconselhá-lo quando meus gritos e palavrões repreendendo-o
se mostraram ineficientes.
Jungkook respira fundo para claramente insistir em sua própria vontade, mas
Yuta bate o pé com firmeza no chão e aponta para o sofá como uma mãezona
chata.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você vai sentar ali, vai esperar eu servir seu café-da-manhã e depois vai
tomar um chá para dormir. Na cama.
— É reciproco.
Sem ligar para Yoongi dessa vez, porque ele também merece descansar, eu
saio da casa e vou até o ponto de ônibus.
De tanto cuidarmos de Jimin e uns dos outros, isso acabou virando algo natural
com o passar dos dias, então um pensamento como Oh, vou pensar no bem de
outra pessoa que mal conheço antes de pensar no meu se tornou
estranhamente comum até para mim.
E eu gosto daqui. Gosto mesmo, tanto que até ponderei a possibilidade de,
assim como Jimin, deixar o ritmo tedioso de Nam-gu para trás e me arriscar por
aqui.
Mas isso é assunto para outra hora porque, quando desço no ponto do hospital
e caminho para seu interior com as mãos nos bolsos do casaco para me
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
aquecer, a única coisa que penso é em chegar logo ao quarto vinte e três, onde
Jimin está internado por todo esse tempo.
Eu não acredito.
Sem força, eu quase caio sentado ali mesmo, na porta do quarto. Quase caio,
mas é de alívio.
— Por que minha mãe tá chorando? Ele pergunta, sem verbalizar, apenas
desenhando as palavras no ar com seus lábios ressecados. — E por que eu tô
com tanta fome?
E então eu realmente caio e começo a rir como fui incapaz de fazer durante
dias.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jimin acordou. Jimin está bem, então nós todos vamos ficar bem também.
(e que a mente de Yukwon tem muito menos palavrão que as falas dele)
enfim, era esse nosso narrador secreto! Yukmin é quase tão forte quanto
jikook, então já fazia um tempo que eu queria explorar um pouco mais a
relação deles dois pelo ponto de vista do Yukwon e é isto, ele é uma cadelinha
por Park Jimin. espero que tenham gostado <3
então... nós estamos mesmo em reta final. tipo. mesmo, e é estranho pensar
que sub vai acabar porque aconteceu TANTA coisa desde que comecei a
postar essa história que ela literalmente parece parte essencial de minha vida,
vai ser esquisito demais precisar me despedir, não ter mais o compromisso de
domingo, de programar minhas semanas pra escrever a att sem atrasos, não
ter a cobrinha feia no início dos capítulos... ): sou uma mãe em processo de
aceitação, com licença
assim que sub for finalizada, então, eu vou liberar uma nova história e ela é um
pouco diferente do que já escrevi, maaas tô gostando bastante de desenvolver.
spoiler 1: Jimin e Jungkook são tatuados, muito tatuados.
por último, tô pensando em criar uma... corrente (?) pro fim de sub. nada
diretamente relacionado a fanfics, mas algo pra tentar estimular vocês a
fazerem uma boa ação que pode parecer pequena, mas significa muito. me
avisem se tiverem interesse <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
e é isto. mais um capítulo e o epílogo e dizemos adeus a sub. vejo vcs dia
03/02, até lá <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
51 • Over The Moon
Dedicado a YoungXoo
Yukwon está caído no chão enquanto ri de algo que não entendo, minha mãe
me abraça enquanto chora por algo que não entendo e meu corpo parece
esquisito.
E eu estou com uma fome estranha, mas acho que ninguém por aqui tem um
chocolate para me dar.
Eu olho para ele, mas olho para minha mãe antes de respondê-lo, e vejo
quando ela se afasta um pouco para me olhar com o rosto molhado de
lágrimas, parecendo cheia de expectativa e medo.
— Jimin, — Outra vez, sou chamado. — você pode me dizer seu nome
completo e sua idade?
— Certo. Ótimo. — Ele diz. Minha mãe parece completamente aliviada. Nunca
imaginei que acertar meu nome e idade me dariam algum mérito. — Pode me
dizer que dia é hoje?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— É... o dia do vestibular?
— Você consegue imaginar por que está aqui, Jimin? — O médico muda a
abordagem, ainda sem se alterar.
Minha mãe está aqui. Yukwon está aqui. Mas eu reconheço o brasão bordado
na manga do jaleco do médico e é do hospital onde trabalho, então estamos
em Seul. Minha mãe e Yukwon estão em Seul, por minha causa, então talvez
tenha sido mais grave do que imagino.
— Pelo amor de deus... — Yukwon resmunga, pela primeira vez, desde que
acordei, me deixando ouvir sua voz. — Você e ele são impossíveis! Se
merecem mesmo!
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Que tipo de dor, mãe? Ele se alimentou durante esses dias? Jungkook já
teve problema com imunidade baixa por não se alimentar bem, então ele
precisa comer direito!
— Nas costas, príncipe. — Ela disse com uma pequena risada, secando as
lágrimas em seu rosto. Ele dormia na poltrona, então acabou dando um
jeitinho. Mas ele comeu bem. Vocês dois têm amigos muito atenciosos e
alguns meio brutos que quase enfiavam comida na boca dele quando ele não
queria comer.
Eu olhei para Yukwon novamente. Ele com certeza tem participação nisso.
Saber que Jungkook não colapsou enquanto eu estava aqui me alivia, então eu
volto a olhar para o médico que espera pacientemente, enquanto a enfermeira
regula algo no meu soro, o que me faz perceber que, durante o tempo em que
estive aqui, esse foi meu único alimento.
Eu ouço a risada de minha mãe ao lado e sinto sua mão acariciar meu rosto
antes de ser beijado na testa.
— Eu tive tanto medo... — Ela disse. — Que bom que você voltou do mesmo
jeitinho, príncipe.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Onze dias... — Minha mãe revelou. — Os piores onze dias de minha vida.
Onze dias.
Me sentindo culpado por algo que não controlo realmente, eu encolho meus
ombros num gesto acuado.
— Sua recuperação foi ótima, Jimin. Você deveria estar orgulhoso — O médico
volta a falar. — Sei que várias pessoas estão ansiosas para te ver, então
podemos fazer alguns exames para garantir que você vai ficar bem de agora
em diante, antes que elas cheguem?
Minha mãe puxou minha mão até sua boca e beijou o dorso pálido de minha
pele antes de assentir em meu lugar.
— Por favor, não demore. Tem alguém que vai precisar ver Jimin o mais rápido
possível.
— E eu também não quero ficar muito tempo longe do meu bebê... — Ela
complementa, voltando a alisar meu rosto.
— Por enquanto. Ainda tenho que fazer um monte de exame, mas não tem
muito risco, não, eu acho — Explico, fazendo uma pausa para agradecer com
um sorriso à mulher.
Espero que também chegue minha vez de poder cuidar das pessoas usando
um uniforme de enfermeiro,
Quando ela me serve um pouco de água para aliviar a sensação ruim na boca,
eu olho para Yukwon, e pergunto:
— Tem chocolate?
— Só quero dar um susto no Jungkook. Imagina se quando ele entra aqui você
olha pra ele e pergunta Quem é você? igual nas novelas? Vai ser show!
Mal meu melhor amigo biruta revira os olhos para mim, a porta do quarto se
abre com urgência e eu me assusto, mas só por um momento. Porque assim
que olho na direção da porta, eu o vejo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Meu Jungkook vestindo suas roupas de ficar dentro de casa e aquecido por um
moletom de corrida enquanto seus olhos cansados brilham com algo além das
lágrimas quando ele olha para mim e me vê acordado.
— Anjo...
Eu quero sorrir ao olhá-lo, ao saber que ele finalmente vai poder parar de se
preocupar, mas antes disso percebo como sua voz treme, como seu rosto está
cansado e como suas olheiras estão fundas.
Meu deus, deve ter sido tão difícil para meu Jungkook.
Deve ter sido tão difícil para minha mãe e para Yukwon também.
Eu queria não ter preocupado tanto todos eles, mas não tenho tempo de me
lamentar porque logo Jungkook quebra a distância entre nós dois. Caminha da
porta em minha direção com passadas largas, desajeitadas, apressadas, e
então me alcança e seus braços tremem quando ele me envolve com força e
meu corpo dolorido dói um pouco mais, mas reclamação nenhuma é feita.
Ele ainda parece não acreditar que isso é real e eu sinto suas mãos tocando
meu corpo desesperada ao mesmo tempo em que cuidadosamente. E me
assusta como, ao finalmente acreditar que eu estou mesmo acordado, meu
Jungkook perde as forças e eu o vejo lentamente se ajoelhar no chão, com sua
testa apoiada em minhas pernas e sua boca deixando beijos devotos em minha
coxa.
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— Nunca mais faça isso comigo — Ele pede, me olhando em súplica. — Nunca
mais me deixe assim, anjo...
Eu sorrio suavemente, com todo meu carinho e amor no olhar quando acaricio
a cabeça do homem que tanto me ama, e é amado de volta na mesma
intensidade.
Ele riu em meio ao choro, como se me ouvir pedir por chocolate fizesse seu
peito explodir de alegria em meio a todo o desespero.
— Eu quase esqueci antes de sair de casa — Eu o ouvi dizer ainda com a voz
fragilizada, e o ajudei a se levantar. De pé em minha frente, ele colocou a mão
no bolso do seu casaco de corrida e eu sei que meus olhos brilharam quando vi
Jungkook tirar uma choco pie dali. - Sabia que você ia pedir algo assim.
Eu sorrio porque sei que é verdade, meu deus, como sei. Mas então eu percebi
sua boca se aproximando da minha, então me beijando suavemente, e logo
fiquei tenso ao apertar meus lábios com força.
— Puta merda... agora vocês vão ficar mais grudentos que nunca... — Yukwon
reclama, ali do canto.
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Eu mostro a língua para ele e sequer considero a possibilidade de soltar
Jungkook, mas então eu percebi duas novas pessoas entrando no quarto.
Yuta?
Parecendo tenso, ele olha para trás e corre para fechar a porta do quarto antes
de voltar para perto de mim.
O que?
— Eu fiz uma coisa que não deveria fazer — Meu amigo anuncia, ainda
nervoso, e então ele coloca a bolsa sobre a maca. E a bolsa que mia cai
deitada, com a abertura voltada para mim, e eu recebo que não é ela quem
está miando. É um gato. O meu gato. Meu filho.
— Bebê lindo! — Eu o chamo, quase explodindo de uma vez ao ver meu Chim
correr para fora da bolsa onde estava escondido e então pular em mim, já
esfregando sua cabeça fofa em meu braço, constantemente miando.
— Ele sentiu falta do pai dele, anjo... — Jungkook revela, ainda me acariciando
enquanto olha para nosso filhinho, que logo é capturado por minhas mãos
ansiosas por dar todo o carinho que ele merece.
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— Desculpa, paizinho... — Eu peço, deixando-o na altura do rosto para poder
beijar seu pescoço coberto de pelos brancos e acinzentados, e olho assustado
para Jungkook ao perceber: — Ele tá magro...
— Ele não queria comer — Yuta disse, chateado. — A gente tinha que dar
papinha na boca dele...
— Você deu trabalho, né? — Eu pergunto, outra vez olhando para meu bebê.
— Mas eu já vou voltar pra casa e vou cuidar de você.
— Vai mesmo? — Yuta pergunta, como se eu anunciasse que vou para Marte.
Então, ele levou as mãos à cabeça e empurrou os cabelos para trás ao mesmo
tempo em que começou a rir. — Meu deus... Você tá bem!
Eu faço que sim, mesmo que ainda me faltem alguns exames para comprovar
que está tudo bem, na medida do possível. Diante disso, Yuta se lançou em
minha direção e eu aceitei seu abraço junto a uma risada, mas sem soltar
Chim.
— Você não sabe como a gente torceu por isso, Jimin... Todo mundo queria
tanto te ver bom de novo!
Isso me fez sorrir mais um pouco, até que lancei uma olhadela ressentida para
Yukwon.
Ele e Yuta não têm lá muitas facilidades financeiras e mesmo assim os dois
estão aqui em Seul, sem poder trabalhar, por mim. E essa é só uma das
inúmeras provas do quanto eles se importam comigo, então mesmo que não
diga com todas as letras, eu sei que meu melhor amigo me ama, sim, e muito.
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E sei que ele não é o único. Minha mãe, meu pai, Jungkook, Chim, meus
amigos... todos eles devem ter passado por momentos difíceis enquanto estive
aqui desacordado.
No entanto, eu percebo que isso engloba mais pessoas que pude imaginar,
porque assim que minha mãe retorna para o quarto depois de conversar com o
médico, ela nem pode voltar a fechar a porta porque logo o cômodo é invadido
por mais três pessoas.
Até Yoongi?
— Minie, a gente ficou tão preocupado com você! — Tae anuncia, sem timidez
ao se aproximar de mim e lutar contra meu namorado e meu filho para
conseguir me dar um abraço também.
O quarto já virou um furdunço, com muito mais gente que o que as regras
permitem, mas ainda tem espaço para as quatro pessoas que entram em
seguida.
Três delas são muito pequenas, então acho que nem juntas contam como uma
pessoa inteira.
— Tio Jun! — Yerin grita ao ignorar o desespero do pai para segurá-la junto
aos seus irmãos, já correndo em direção a Jungkook para abraçar suas pernas,
mas meu namorado mal dá atenção a ela porque não consegue me soltar.
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— Eu vim o mais rápido que consegui! — O irmão de Jungkook disse,
parecendo agitado enquanto luta para manter Kyung no colo e segurar Jaehyo
ao mesmo tempo. Eu acho que tem baba de bebê no jaleco dele, mas o que
realmente o apavora é perceber o estado do quarto onde estou internado. —
Meu deus. Não podem ficar mais que quatro visitantes de uma vez! — Ele
alertou, mas sua verdadeira síncope quase aconteceu a seguir, quando ele viu
Chim e resfolegou audivelmente, apavorado. — Vocês trouxeram o gato para o
hospital!
— Abraça ela, Jun... — Eu peço baixinho, só então ele parece se dar conta da
criança esperando ansiosamente por um pouco de atenção e sorri para ela,
abraçando-a como a diferença de altura permite.
Ela me olhou desconfiada, olhou para o tio, depois me olhou de novo e pareceu
envergonhada quando perguntou:
— Você tá doente?
— De verdade, eu estou muito feliz por Jimin ter acordado e por minha filha
agir civilizadamente na frente de um homem que não seja o tio Jun — Eu
nunca vou superar a voz que ele faz ao dizer isso. — Mas tem um gato no
hospital. Um gato!
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— Ele precisava ver o pai! — Yuta defendeu sua própria atitude, mas não que
isso realmente acalme o médico horrorizado e cheio de baba de neném.
Jaehyo se encolhe e abaixa o olhar por um instante antes de voltar a olhar para
Yukwon.
Eu ouvi uns suspiros comovidos pelo quarto e de repente todo mundo parece
mais interessado em Yukwon com a criança que na pessoa que acabou de
acordar de um coma. Eu, no caso.
Menos Jungkook e Chim. Eles não saem de perto de mim nem por decreto e
eu já ganhei tantos beijinhos de Jungkook no topo da cabeça que perdi as
contas,
— Jimin acabou de acordar de um coma e você acha que vou sair daqui pra
cuidar dos seus filhos só porque você vai pagar por isso? — Ele disse. Quando
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penso que vai rejeitar a proposta, ele anuncia: — Pois é melhor que pague
muito bem.
— Sim... agora que ele acordou acho que nós podemos relaxar um pouco e
voltamos para visitar com mais calma depois? — Taehyung sugeriu em tom de
dúvida, lançando uma olhadela para o mais velho.
— Você não sabe como é bom te ver bem, bebezinho. — Ele me diz,
acariciando o topo de minha cabeça. — Descansa, ok? Você não deveria fazer
muito esforço logo depois de acordar...
— Ele dormiu por onze dias e você manda ele descansar mais?
— Yukwon!
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— Vocês fazem muito barulho! — Junghyun resmungou.
Eu esperei a menina fazer birra e me odiar um pouco mais por estar sendo o
motivo de Jungkook para não dar atenção a ela agora, mas tudo que ela fez foi
assentir num gesto chateado.
Poxa, até que ela é adorável quando não está sendo insuportável.
— Quase tudo resolvido. Agora só precisam tirar o gato daqui, pelo amor de
deus,
Junghyun pareceu prestes a negar meu pedido, mas diante de todos os olhares
que corroboravam com meu pedido, ele acabou cedendo com um suspiro
insatisfeito.
— Isso! — Eu comemoro, mas com cuidado para não agitar meu filhinho.
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— Tá bom. Tragam chocolate!
— Yukwon fica com as crianças e... Yuta? Vai querer carona? — Yoongi
perguntou.
— Eu vou ficar mais um pouco, depois levo Chim para casa comigo. — Yuta
disse, parecendo completamente confortável para conversar com Min Yoongi.
Com quase todos prestes a irem embora, o último a falar foi Junghyun.
— Fico feliz que tenha acordado, Jimin. Então, ele olhou para meu gatinho. —
Mas por favor, nunca mais se interne nesse hospital. Sério. De verdade. Nunca
mais fique internado em hospital nenhum. Seus amigos são... meu deus.
Yukwon resmungou, Yuta mandou ele falar baixo e Seokjin e Taehyung riram
enquanto Yoongi os segue. Eu? Também acabei rindo.
E quando todos eles saem e ficam apenas Jungkook, minha mãe, Yuta e Chim,
meu namorado me toca cuidadosamente no rosto.
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— Como você está se sentindo? — Ele pergunta, cuidadoso.
Eu fiz que sim, suspirando quando meu corpo deitou na maca e eu puxei Chim
para meu peito.
— E vocês? — Eu pergunto, então, porque sei o quanto deve ter sido difícil. —
Como estão se sentindo?
Eles não me deram respostas imediatas, então eu estiquei minhas mãos para
segurar uma de cada, carinhosamente, e sorri.
— É melhor ficarem bem. Eu não vou ficar bem se vocês não estiverem
também.
— Nós todos vamos ficar bem. — Minha mãe garantiu. — O homem que te fez
isso vai ficar preso e...
— Sim, anjo. Dessa vez minha mãe está no caso. Ele não tem mais chances
de sair da prisão em qualquer futuro próximo.
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— Não só isso. Ela tá processando a cidade inteira! — Yuta quem disse,
impressionado.
Quando perceberam meu olhar confuso, minha mãe riu e Jungkook quem
tomou a iniciativa de me explicar:
— A contratação de Wonsik como segurança naquela escola foi feita por baixo
dos panos. Ele conhecia o diretor, que fez a contratação sem passar as
informações para o setor financeiro. Minha mãe descobriu e agora o diretor
também está sendo processado. Daqui até o final do processo ela deve
encontrar mais quatro ou dez irregularidades que nem estavam diretamente
ligadas ao caso.
— O processo não vai interferir em nada na sua prova, anjo. Acredite, minha
mãe se certificou disso antes de levar as informações à promotoria.
— Gostei muito! Eu lembrei de um monte de coisa que estudei com você e com
o Jeonghan e das que estudei sozinho também!
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Preocupado por isso, eu tento encontrar uma forma de continuar
tranquilizando-o, de dar a certeza ao meu homem de que vai tudo ficar bem
agora, mas ele age mais rápido quando se atenta ao pacotinho fechado de
choco pie, que acabei esquecendo de comer no meio de toda a agitação
Eu quero todo, mas sei que Jungkook especialmente agora vai sofrer para
conseguir me dizer um não, então não insisto. Não quero torturar o pobrezinho.
Ainda com a cabeça confusa demais, eu não posso afirmar que isso vai me
gerar alguma consequência emocional, mas eu sei que o risco existe e acabo
por assentir também, porque não vou deixar Wonsik me causar ainda mais
danos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
É. Aquele cara machucou muito além do meu corpo. E é por saber que ele
machucou também as pessoas que amo que não consigo perdoá-lo.
Por isso, nós todos passamos as horas seguintes tentando confortar uns aos
outros diante dos olhos atentos e pacientes de Yuta.
Apesar de saber que meu amigo também sofreu, é visível até nos rostos
cansados que minha mãe e Jungkook foram os mais afetados. Yukwon
também. Eu percebi nas olheiras dele e em algo mais que não consigo
explicar. Acho que é coisa de melhores amigos, mas eu simplesmente sei que
ele também passou por momentos muito difíceis.
E ele tem seu próprio jeito de lidar com as coisas, então é normal que não
esteja mais aqui comigo. Tudo bem por mim. Eu o conheço bem o suficiente
para saber que isso não significa que ele não se importa.
— Tchau, mãe — Eu digo, aceitando o beijo que ela me dá, e beijo meu bebê
antes que ele seja tirado de mim. — Tchau, filho. Coma quando chegar em
casa, tá?
— Eu cuido dele — Yuta garantiu com seu sorriso suave, que sempre me
acalma tanto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Pelo menos eu não tenho dúvidas do porquê de ser tão chorão, assim como
não tenho dúvidas da fonte de minha força, porque minha mãe chora por tudo,
mas já aguentou e ainda aguenta firme vários trancos da vida.
Por isso, eu sei que eu e ela vamos superar o que aconteceu. Agora, só
preciso garantir que o homem que amo também vai.
— Quero fazer xixi de novo — Eu aviso assim que fico sozinho com ele, e
Jungkook levanta tão rápido quanto em todas as outras vezes.
No banheiro, eu fiz xixi na frente dele (mas nós já fazemos xixi um na frente do
outro há muito tempo, então não foi nada demais), e dessa vez meus olhos
repousaram na área de banho.
Apesar de já ter feito xixi e cocô (isso eu fiz sozinho e ri quando usei a
duchinha para me lavar, porque me lembrou da chuca) e de ter escovado os
dentes depois do jantar, eu ainda não tomei um banho de verdade, então olho
esperançoso para Jungkook.
— Eu vou te dar banho. — Ele avisa ao entender meu pedido silencioso, o que
me faz sorrir do tamanho do mundo.
Ali, não trocamos palavras enquanto ele usa o chuveiro móvel para lavar meu
corpo, sempre tomando o cuidado de não molhar meu cabelo e sempre
tomando cuidado ainda maior de aproveitar esse momento para retomar a
familiaridade de todos os banhos que já me deu, de todas as vezes em que
cuidou de mim. E eu espero que isso acalme seu coração mais um pouquinho.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ao fim, quando ele me enrola na toalha para me secar, eu sinto meu corpo
ainda molhado quando ele perde o ímpeto e me olha em silêncio antes de me
abraçar cuidadosamente, suspirando contra minha pele.
Como estou todo embrulhado dentro da toalha, eu não consigo retribuir, mas
dou um beijinho em seu pescoço para mostrar como aprecio seu toque, seu
corpo perto do meu.
— Eu amo você, Jimin — Ele volta a dizer à medida que sinto seu abraço
ganhar força. — Eu amo você mais que tudo nessa vida e em qualquer outra
que eu possa viver.
Eu sinto seu suspiro contra minha tez sensível e continuo encaixado em seus
braços. Como sempre, eu ainda sou um tanto menor que ele, mas assim como
em tantas outras vezes eu o protegi seja ameaçando jogar almofadas contra
alguém ou dando a ele o suporte emocional que precisou, nesse instante eu
faço o mesmo. Agora, encolhidinho em seu abraço, eu o protejo dos últimos
sentimentos de preocupação e medo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Por isso, quando ele me ajuda a deitar e logo depois se acomoda na poltrona
que não parece lá tão confortável, eu só penso por alguns segundos antes de
afastar o lençol e passar minhas pernas para fora.
— Sim... — murmuro, pousando meus pés nus no chão antes de dar o único
passo que me separa de Jungkook. Então cuidadosamente tomo lugar em seu
colo, já encolhendo minhas pernas sobre o assento limitado enquanto uso
minhas mãos para fazer carinho em seu pescoço. Só depois ofereço: — Quer
carinho?
Apesar de tudo, Jungkook é tão viciado em receber carinho quanto eu. Quando
seu emocional está abalado, ele se torna ainda mais necessitado. Por isso, sua
resposta vem num sim fraco, mas sem hesitação.
E eu gosto disso. Durante muito tempo, ele pareceu acreditar que sua posição
como dominador deveria impossibilitá-lo de viver momentos de fraqueza,
principalmente em minha frente, mas eu não minto quando digo que nossa
relação vai muito além de uma dinâmica entre alguém que domina e alguém
que se submete. E mesmo que se limitasse a isso, ele ainda é humano e título
nenhum no mundo deveria impedi-lo de sentir.
Agora ele parece esclarecido sobre isso, porque já faz algum tempo que não
vejo Jungkook tentando esconder suas inseguranças e fraquezas de mim,
mesmo que esse tenha sido um processo difícil. E eu me orgulho dele por isso.
— Era melhor que voltar para casa. Jungkook responde com seu queixo
apoiado no topo da minha cabeça e seus braços me envolvendo.
Por seu tom, eu me vejo curioso e levanto meus olhos mesmo que ele não
possa ver.
— Por que?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jungkook suspirou, em seguida seu abraço se tornou um pouco mais forte.
— Aquele é nosso lugar. E voltar para lá sabendo que você continuaria aqui
era doloroso. Ver nossas coisas, a cama que dividimos, nossas pelúcias e
minhas blusas que você sempre usa... cada canto dali me fazia pensar em
você e então eu só queria voltar e não sair do seu lado até saber que você
poderia ir comigo. — Ele pausou brevemente, então completou: — Aquele é
nosso lar, mas sem você é só... uma casa.
Eu acho que não consigo entender na totalidade o que ele diz, mas assinto
mesmo assim, e Jungkook continua:
— Eu mal consegui cuidar de nosso filho. Eu não conseguia fazer nada. Fui um
peso morto por todos esses dias e se não fossem nossos amigos...
Mas mesmo depois de um coma de onze dias, eu ainda sou eu, então não
perco a chance:
— Você fica chamando todos de amigos e Min Yoongi veio aqui quando
acordei... quer dizer que você finalmente aceitou que são melhores amigos pra
sempre?
Jungkook riu e meu braço foi esmagado por um abraço mais forte, então recebi
um beijo na bochecha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu afastei meu rosto para olhá-lo melhor. Aproveitador, perguntei:
— Você sempre faz isso tudo mesmo que eu não permita, meu bem.
Eu sorri mais um pouco antes de abraçar seu pescoço e aproximar meu rosto
do seu com cuidado. Finalmente, eu toco sua boca num selar leve antes de
sentir sua mão em minha nuca e seus lábios se unindo aos meus com mais
intensidade, mas sempre com cuidado.
Quando ele interrompe nosso beijo, vários outros são dados por minhas
bochechas e por cada partezinha do meu rosto, e eu retribuo com um na
pontinha do seu nariz.
Jungkook sorriu e mais um selinho me foi dado antes de sua resposta chegar.
Ah, finalmente...
O mundo também é um lugar muito ruim sem o som de sua risada, Jeon
Jungkook.
Eu ri um pouco mais, ao mesmo tempo fazendo uma nota mental para lembrar
de massagear as costas de Jungkook quando voltarmos para casa.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E isso acontece depois de mais alguns dias. Os médicos me mantém sob
observação antes de me darem alta e eu sou submetido a um monte de
exames e a uma readaptação cuidadosa (e insossa) para voltar a me alimentar
normalmente,
E como resultado de todos os dias em que não me alimentei com nada além da
solução injetada em minhas veias, eu percebo que perdi alguns quilos, coisa
que poderia me deixar feliz em outro tempo. Agora, eu sei que logo retomarei
meu peso normal e estou bem com isso.
Mas, principalmente, estou feliz por voltar para minha casa. Para meu cantinho,
para meu homem e nosso filho.
Quando o faço, eu vejo que Yuta e Yukwon não são os únicos aqui. Taehyung,
Seokjin e Yoongi também vieram me recepcionar, a mesa está servida com um
almoço fresquinho e Tae tem até balões roxos de ar nas mãos enquanto sorri
abertamente para mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Um tempo atrás, se me dissessem que esse seria meu ciclo de amigos, eu não
acreditaria. Agora, fico imensamente feliz ao vê-los aqui por mim, mesmo que
durante os últimos dias eles e vários outros amigos, como Jinyoung, Lalisa e
Youngjae, até Namjoon e Eunbyul, tenham ido me visitar.
Eunbyul ainda parece não gostar muito de mim, mas eu estou cada vez mais
convencido de que é mesmo porque ela não sabe lidar com pessoas adoráveis
como eu.
E além de todas essas pessoas aqui em Seul, ainda fiz chamadas de vídeo
com Jeonghan e Kihyun e, claro, meu pai. Todos torceram para que eu
voltasse bem para casa.
E com fome, louco para comer algo que não seja a comida sem graça do
hospital.
Sem objeções a isso, eu recebo seu abraço pelas costas e o beijo que ele dá
em meu pescoço antes de se inclinar para beijar a cabeça de Chim e nos guiar
ao nosso quarto.
Obediente, eu fiz como Jungkook mandou e logo vi Chim sair de meu colo e
caminhar até deitar entre minha pelúcia de coelho e a pelúcia de gatinho de
Jun, o que é tão fofo que quase me faz chorar de tanto amor.
Por isso, quando Jungkook segura minhas mãos e as leva até sua boca para
beijá-las demoradamente, eu sorrio cheio de felicidade.
Com o passar dos dias, eu me percebi inserido numa rotina um pouco diferente
da habitual. Minha mãe continuou em Seul, a pedidos meus, para matarmos
um pouco mais da saudade e para ela poder conhecer bem a cidade onde vivo
agora.
Não convidados, mas igualmente bem vindos, são Yuta e Yukwon. Eles
também continuam aqui por todos esses dias já que Yukwon virou oficialmente
babá da creche de Junghyun, então a casa está bem cheia desde que voltei do
hospital.
Depois de acertar todos os detalhes para deixar o hotel inteiramente nas mãos
de Hyelin por três dias, meu pai também está vindo me ver.
Eu assinto nervosamente.
Por algum motivo sádico, a universidade para a qual estou concorrendo a uma
vaga do curso de enfermagem achou que seria bacana liberar a lista de
aprovados na véspera da véspera do natal.
Ótimo presente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Se eu for aprovado, a ironia em meu pensamento pode e deve ser anulada.
Mas é claro que eu não sou estragar a possível surpresa, então fico calado e
apenas sorrio e concordo.
As primeiras em anos.
Mas ele finalmente pode levar as coisas no seu ritmo. Com umas correrias
aqui, outras dores de cabeça ali... mas sem se sobrecarregar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas tudo bem. Jungkook também está feliz e orgulhoso do desempenho dela,
e ela foi muito compreensiva e prestativa quando ele precisou se afastar por
conta de meu acidente.
Por isso, agora ele pode estar aqui comigo sem se afundar em
autodepreciação.
O estúdio de tatuagem.
Eu estou um pouco nervoso, mas realmente pensei bem antes de vir aqui.
Quer dizer, até tatuagem de henna eu fiz para garantir que realmente gostaria
do resultado,
Por isso, eu faço que sim sem hesitar, olhando para a pequena construção de
vidros pretos e com letras tribais brancas indicando seu nome.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Durante todo o tempo em que as agulhas eternizaram a tinta preta e colorida
em minha coxa, Jungkook continuou ao meu lado.
E doeu.
Não o tipo de dor que me deixa excitado, também não do tipo intolerável. Mas
se estendeu por horas, durante as quais fiz várias caretas que foram filmadas
por Jungkook enquanto eu pedia para ele não compartilhar os vídeos com
ninguém.
— Ficou linda, anjo... — Jungkook disse quando, ao fim das longas horas, saí
da maca de couro e parei diante do espelho comprido na sala do tatuador.
Eu mantive meus olhos atentos à nova marca permanente que carrego em meu
corpo. A serpente negra envolvendo o globo terrestre na lateral de minha coxa.
É exatamente como a tatuagem de henna que fiz. Mas agora, me parece ainda
mais bonita. Talvez porque dessa vez seja pra valer.
O tatuador continua na sala, mas isso não me impede de virar para Jungkook e
desabotoar os primeiros botões de sua blusa, enquanto ele me olha com
curiosidade.
— Quero ver uma coisa... — Respondo, sem parar de tirar botão por botão, até
conseguir abrir sua camisa e evidenciar a serpente cravada em seu peito. Em
seguida, virei para o espelho novamente e viajei meus olhos de minha
tatuagem para a sua repetidamente,
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Jun é alguém que tem esse ar de predador. Ele intimida e exala poder à
primeira vista, mesmo que na verdade seja um doce de homem, com o coração
mais puro que já conheci. Mesmo assim, ele mantém a aparência predadora
para não evidenciar suas fraquezas a quem não tem sua confiança.
Eu já pareço mais inofensivo, até fraco e bobo, como uma cobra sem presas.
Sensível e manhoso como sou, eu sei que passo essa imagem de fraqueza a
quem não me conhece. Mas assim como uma serpente não precisa de veneno
para conquistar sua presa, eu não preciso agir como uma pessoa sem
sentimentos para ser forte.
Com um sorriso satisfeito, eu olho para ele e não preciso verbalizar nada disso.
— É nosso animal favorito. Depois de gatos. Talvez um dia a gente volte aqui
pra tatuar uma representação da patinha do nosso.
O homem riu, mas não disse nada. Ao fim, já com minha primeira tatuagem
protegida por plástico filme, eu terminei de me vestir e acertei as contas na
recepção.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Para decidir vir a esse, precisei de muito mais trabalho emocional que para
decidir tatuar uma serpente em minha pele. Um lugar que evitei por meses,
mas que preciso visitar. Só não tinha estômago para isso antes.
Desde sua morte, eu senti que precisava vir aqui, já que não tive a chance de
me despedir como gostaria e como ele merecia, No entanto, a tristeza de
precisar me deparar com a prova real de que seu corpo perdeu a vida e se
transformou em cinzas me impedia de vir.
Paciente, Jungkook não me apressou. Ele esperou meu tempo para retomar
força e caminhar passo a passo, lentamente, em busca do cubículo que guarda
tudo que Baek Beom Seok foi.
— É esse aqui... — Eu digo, quase sem fôlego quando vejo através do vidro a
porcelana com suas cinzas ao lado de um porta retrato do velhinho franzino e
adorável ao lado das três pessoas que pressuponho serem seus filhos.
Ao lado de suas cinzas, junto aos objetos de sua memória e legado na Terra,
está algo que o mantém ligado a mim.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Siyeon falou comigo... os funcionários do hospital queriam colocar algo seu
aqui e você deixou a boina lá quando descobriu que ele faleceu. Eu permiti que
eles entregassem à família... achei que faria bem a vocês dois.
Eu assenti com um sorriso que se mancha pela primeira lágrima que escorre e
espalha o sabor salgado por meu lábio ao atingi-lo.
Jungkook acariciou minhas costas e eu usei minhas mãos para tentar espantar
as lágrimas, mas elas continuam caindo sem parar. Mesmo assim, eu sorrio
ainda mais e afasto minha mão da pequena barreira de vidro.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu sorrio ao ver que Jun, mesmo tão cético, respeita minha conversa com
alguém que não está mais aqui.
Eu ainda me sinto triste por sua morte, mas acho que isso me alivia mais um
pouco. Mesmo assim, o ambiente não me faz muito bem, então acho melhor ir
com calma, aos poucos, e gesticulo em despedida para o homem na foto.
— Eu volto depois pra gente conversar mais. Tchau, senhor Baek. Obrigado
por ter sido meu amigo.
Sem dizer nada, nós continuamos no abraço durante o tempo que me foi
necessário para cessar as lágrimas de uma vez, então sequei cada uma delas
e sorri vitoriosamente para Jungkook. Antes de dizer em voz alta que estou
bem, no entanto, eu vejo uma mulher caminhando em direção a um dos
cubículos no outro lado.
— Menino... — Ela diz, surpresa, mas logo se corrige ao lembrar meu nome. —
Jimin. Já faz um tempo.
— Jun, foi ela quem despertou em mim o interesse pela enfermagem! — Digo
orgulhosamente. — Ela é a...
A...?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Só agora, tanto tempo depois, percebo que não sei seu nome, porque sempre
me contentei em chamá-la somente por senhora.
— Eu sabia que você viria, hora ou outra. Mas eu vim visitar meu marido.
— Ah, eu não sabia que... — Aos poucos, meu sorriso bobo morre. — Sinto
muito...
— já faz muito tempo. Não precisa ficar assim — Garante, mas logo muda o
rumo da conversa: — E o vestibular? Na última vez que conversamos, lembro
que você estava em dúvida.
— Acredito em você, Jimin. — Ela diz com o sorriso suave, o que me faz sorrir
também.
— Obrigado! Agora... vou deixar a senhora ir visitar seu marido. Nos vemos no
hospital?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Assim espero. Me diga o resultado quando nos encontrarmos da próxima
vez.
Ela gesticula para nós dois, Jungkook se curva brevemente para ela e em
seguida nós caminhamos para fora do cemitério, de volta para nosso carro.
— Voltamos para casa. — Jungkook diz o que eu queria evitar, porque voltar
para casa significa sentir os nervos à flor da pele à espera da lista de
aprovados. Aliás, só de pensar já estou mil vezes mais nervoso.
Mas de nada adianta fugir, então eu assinto e ele logo retoma a condução do
carro para nos guiar todo o caminho de volta. Quando chegamos, eu percebo
algo incomum.
Todo mundo mesmo. Até meu pai, Jeonghan e Kihyun. Namjoon e Eunbyul
também estão aqui, conversando com Seokjin, e Taehyung Yukwon e Yuta
estão cercando Yeontan enquanto minha mãe parece mimar Chim. Yoongi está
conversando com Siyeon e Junghyun pede desesperado a ajuda de Yukwon
para cuidar de seus três filhos, mas meu melhor amigo facilmente o ignora.
Meu deus, até Jinyoung está aqui, aposto que contando sua teoria da
conspiração favorita para alguém.
— Meu deus... — Eu digo, rindo porque realmente não esperava por isso. —
Eu não acredito em vocês...
— Era uma chance para te ver e nos reunir Jeonghan quem diz, aproximando-
se para me encaixar num de seus abraços calorosos. Tudo bem?
— Minha casa está cheio de pessoas que amo. É claro que está tudo bem!
Ok. Nós não nos amamos e acho que nunca vai acontecer, mas até que
convivemos pacificamente (pelo menos até brigarmos pela sobremesa, porque
a menina também é viciada em doces).
— Oi, Yerin. — Eu digo, mas ela já virou a cara para mim e está falando
animadamente com Jungkook, o que me faz rir, no fim das contas.
Então, meu pai também se aproximou de mim, e ele mal disse algo antes de
me abraçar. É a primeira vez que nos vemos depois de meu acidente, e sei que
ele esteve tão preocupado quanto minha mãe, mas sequer teve a chance de vir
me ver antes.
Agora, pela primeira vez, Hyelin ficou sozinha na administração do hotel para
que ele e minha mãe possam aproveitar mais uns dias em Seul, comigo.
Diferente de minha mãe, meu pai não é tão aberto com as palavras, mas eu
vejo seu alívio em me reencontrar quando seus olhos se tornam avermelhados
com as lágrimas.
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Eu ri e fiz que sim, logo voltando a abraçá-lo. Depois, cumprimentei todos os
outros, me diverti quando vi Yoongi provocando Jungkook sobre algo bobo e
me surpreendi ao parar diante de Jeonghan novamente, que já voltou ao lado
de Kihyun.
O que me surpreende nem é vê-los lado a lado, mas ver meu amigo tocando
Kihyun carinhosamente nas costas enquanto eles riem de algo.
— Sério. O que é isso? Vocês voltaram? — Insisto, porque nada disso me foi
dito antes.
Eu arregalo meus olhos e meu queixo quase vai no chão, então Jeonghan
esclarece.
— Nós nos reaproximamos muito quando você estava em coma, porque íamos
visitar seu pai com frequência e... enfim. Eu preferi te contar pessoalmente.
Imaginei que você ficaria feliz com isso.
— Nós também não pensávamos mais na possibilidade. Acho que por isso
tivemos a chance de recomeçar de verdade.
Eu assinto feliz, prestes a fazer um comentário ácido para Kihyun não sentir
mais ciúmes de mim, mas quase caio para trás quando Yukwon agarra minha
blusa e me puxa para sentar no chão com ele, Yuta, Taehyung e, agora,
Jinyoung.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Você é doido! — Resmungo.
— Certo, certo. Tanto faz. Te chamei pra dizer outra coisa — Se puxar e quase
me fazer cair é "chamar", ok, não vou discutir. — Cadê o Jungkook? Quero
dizer pra ele também.
Eu passo os olhos pela sala e vejo Jun conversando com Namjoon, Yoongi e
Seokjin, enquanto Eunbyul agora conversa com Siyeon.
Mas voltando ao meu foco inicial, eu aceno para Jun, chamando-o, e ele diz
uma última coisa que faz seu clube do bolinha rir antes de se aproximar ainda
com o sorriso e se ajoelhar ao meu lado.
– Diga, anjo.
Atento, Jungkook moveu seu olhar até meu melhor amigo e nós dois
esperamos em silêncio, até que ele disse:
— A gente concordou que um namoro å distância não daria certo pra gente.
Isso ai é coisa que só gente como você e o Jungkook aguentam.
— Mas... — Minha alegria quase inteira vai embora. — Vocês são meu casal
favorito...
— Eu quis dizer que Yuta também vem morar em Seul. Você perdeu os
neurônios depois do coma, foi?
— Mas vocês ainda vão continuar hospedados aqui em casa por muito tempo,
não é? — Jungkook questionou, quase conformado.
Ah, sim. Seokjin e Taehyung também estão se dando bem. Ainda não
oficializaram nenhum relacionamento, mas eles parecem muito felizes da forma
que as coisas estão.
— Tudo bem. Mas se Chim bater nele, a culpa não é minha — Aviso logo.
— Aliás, isso me fez lembrar de uma coisa. — Ele confirma minha teoria. — Já
ouviram falar naquela história que...
— No entanto, eu nem posso ouvir o que ele está dizendo porque a campainha
de casa toca e eu e Jungkook nos olhamos confusos.
— Quase todos os nossos conhecidos em Seul estão aqui. Quem mais pode
ser?
Eu repasso uma lista quando me levanto para ir abrir a porta, até Wonsik é
uma opção, mas certamente não considerei a possibilidade de ser ela.
Minha sogra.
— Não sabia que tinham visita. — Ela diz, parecendo desconfortável ao ver a
casa tão cheia.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ela olha para seu filho e pigarreia antes de retomar sua pose altiva,
estendendo para ele um envelope amarelado.
— O processo foi encerrado. Kim Wonsik e duas outras pessoas foram presas.
Realmente, a mulher é boa. Nós só precisávamos prender um, e ela meteu três
na cadeia.
— Depois explico a situação, mas podem ficar tranquilos. — Ela diz, olha mais
uma vez para a sala cheia e parece prestes a se despedir, mas algo acontece
antes disso e é
abraçá-la.
— Vó! — Ela diz, agarrada às pernas da avó, que parece não saber reagir a
isso.
— Ah, não, Yerin... eu só vim falar sobre trabalho, mas já vou. — A mãe de
Jungkook diz, e é engraçado ver essa mulher desconfortável.
— O resultado saiu!
Em seguida, ele vai até nosso escritório e volta com o notebook, colocando-o
em meu colo enquanto, ao redor, todo mundo continua calado.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com os dedos tremendo pelo nervosismo, eu abro o navegador, busco o site
da Yonsei University, em seguida vou até o link do resultado e busco a lista do
curso de enfermagem Quando a página carrega, o cabeçalho com
recomendações aos aprovados ocupa quase toda a página e então só um
nome fica visível. E não é o meu.
Tudo bem que é por ordem alfabética e existem outros quarenta e nove nomes
na lista, mas o nervosismo toma conta de mim e eu fecho os olhos, negando
furiosamente.
— Não consigo.
— Relaxa. Se você não passar, a gente finge que nada aconteceu e que tá
todo mundo aqui pra comemorar que eu vou vir pra Seul.
— Claro que a pérola vem de Yukwon. Não suficiente, ele ainda aumenta o tom
de voz:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Em seguida, eu sinto uma mão me tocar no ombro, acho que é minha mãe, e
todo mundo fica em silêncio, até as crianças e os animais. Até a mãe de
Jungkook.
Aqui dentro, meu coração bate tão forte que eu consigo ouvir suas batidas
ecoando em meus ouvidos, minha boca fica seca e meu peito queima a cada
lufada de ar que absorvo.
Então, ele me abraça. A principio, penso que está me consolando, mas então
ele diz, com felicidade inundando em sua voz:
— Sim. Park Jimin. Meu Park Jimin, futuro enfermeiro. — Jungkook garante,
ainda rindo de felicidade.
Eu rio, sem a chance de dizer qualquer coisa a ela porque logo outra pessoa
me puxa, então Yukwon grita:
No instante seguinte, Seokjin fotografa nosso abraço, o que nos faz rir, e o
silêncio de antes de torna algo distante quando todo mundo começa a falar,
transformando isso tudo num perfeito caos de alegria.
E olhando ao redor, eu tomo meu momento para deixar meu peito se encher de
gratidão, porque essas pessoas que estão aqui significam tudo para mim.
Afinal, os tesouros dessa vida não são os bens materiais que conquistamos,
mas as pessoas que caminham ao nosso lado, as que caminham em nossa
frente, ajudando a guiar nosso caminho quando estamos perdidos, ou que vêm
um passo atrás, para nos proteger.
Eu posso ter o mundo em minhas mãos. Ele cabe bem aqui, nas minhas
palmas pequenas e também cabe na minha sala de estar,
Tanto tempo depois, para o Park Jimin de dezesseis anos, eu deixo aqui minha
mensagem: você conseguiu.
Você ama e é amado por um namorado incrível. Por amigos insubstituíveis. Por
um gatinho adorável e meio cismado. Por pais zelosos e por pessoas que jurou
odiar, mas hoje fazem parte fundamental da sua vida.
Você é feliz.
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nem um exército de memes consegue expressar como me sinto agora
ainda falta o epílogo, mas esse foi definitivamente o último capítulo bíblia de
submissive e eu tô me sentindo muito esquisita, ainda não é tristeza, é mais
negação mesmo, sabem?):
eu sei que sub é importante pra muitos de vocês, mas pra mim é uma coisa
que nem dá pra descrever, ela literalmente fez parte da minha rotina por mais
de um ano e meu deus eu não tô em condições.
mas ok, deixa eu fingir que me recompus pra falar umas coisinhas importantes:
primeiro, pra quem não sabe, existe um spin-off que conta a história do Yuta
com o Yukwon aqui em submissive, é uma história de dezessete capítulos
curtos, chamada safe harbor e tá postada no meu perfil mesmo, já finalizada.
o que eu proponho aqui não é algo com uma meta a ser atingida nem nada
disso. eu só quero mesmo convidar vocês a escolherem um livro que tenham
em casa e dar a alguém pra que aquela pessoa tenha a oportunidade de
aprender algo com uma história que te tocou também, eu sei que é difícil
desapegar, tive que fazer isso durante meu projeto, mas no fim a sensação
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
compensa o esforço, eu juro. então quem tiver condições e interesse, tenta
exercitar um pouquinho essa coisa de compartilhar coisas boas com o mundo.
eu sei que é pouco, mas é com ações pequenas assim que a gente tem a
chance de melhorar um pouco o lugar em que vive):
seguindo... de amanhã até sexta eu vou liberar umas coisinhas pra vocês no
twitter (porque pelo wattpad não dá), são coisas bobas, mas espero que
gostem. A programação é:
Sábado - tem att de Eros, então só vai até sexta mesmo, caso não tenham
entendido o que vai acontecer em cada dia, não se preocupem que eu explico
antes de postar lá (mas acho que desde já tá claro que o de sexta vai ser mais
voltado pra quem leu fated)
ok... tô quase acabando: no capítulo passado tb falei de uma nova fanfic que
vou começar quando finalizar sub e prometi trazer outro spoiler. o primeiro foi
que Jimin e JK são cheios de tatuagens. o segundo é que ela envolve uma
coisinha meio sobrenatural
o próximo spoiler vai ser dado no próprio epilogo de submissive e vocês já vão
ter a história liberada aqui no wattpad <3
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Epílogo • Fated To Be
JUNGKOOK
Eu tinha vinte e um anos quando conheci Jimin naquele verão. Ele tinha
dezesseis.
Desde então, quatro anos se passaram, assim como as incontáveis coisas que
vivemos juntos.
Certamente, foi uma experiência confusa para mim. Foi o primeiro beijo que me
fez sentir tão eufórico, mas também me despertou intenso desespero.
Porque foi por ele, por tocar Jimin pela primeira vez, que eu percebi que estava
inteiramente rendido por aquele garoto inexperiente. Foi por ele que eu percebi
que a distância não seria suficiente para me afastar de Jimin.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas ela ainda existia e a breve lembrança de sua existência machucava, e
machucou quando, naquele dia, tivemos que nos despedir.
Então eu fui pego de surpresa quando, depois de colocá-lo dentro do carro que
o levaria de volta e em segurança para sua cidade, minha lamentação solitária
foi interrompida por seu retorno inesperado depois que ele desceu do sedã e
correu todo o caminho de volta e me abraçou com tanto desespero quanto eu
desejava tê-lo em meus braços mais uma vez.
Foi desesperador me sentir assim por alguém que mal conhecia, mas acho que
sempre foi isso, afinal. Eu sempre fui dele, desde o primeiro vislumbre de
minha existência, e meu caminho estava predestinado a cruzar o seu.
E então nós dormimos juntos na mesma cama pela primeira vez. Saímos com
seus amigos pela primeira vez. Brigamos pela primeira vez. Muito tempo
depois, fizemos amor pela primeira vez. E tomamos banho juntos, também pela
primeira vez.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Cada primeira vez, assim como as segundas, terceiras, quartas e quantos-
números-ordinais de vezes possam existir, estão marcadas em minha
memória.
Lembro de cada narrativa sobre suas crises de riso até a barriga doer
ocasionadas por minhas tentativas até hoje frustradas de aprender a usar
emojis.
Eu lembro, com o peito cheio de amor, de quando viajamos para Jeju pela
primeira vez. Lembro de como estive nervoso em nossa primeira conversa
sobre algo que até hoje é um elemento importante, mas não o único, de nosso
relacionamento. E lembro de como experienciei a sensação mais pura de
felicidade quando ele aceitou ser meu submisso.
Ainda hoje lembro de quando ele veio para Seul pela primeira vez.
Lembro de quando pedi que ele viesse morar comigo e lembro de quando ele
aceitou.
Por isso, por cada lembrança que carrego, eu sei. Esses quatro anos foram
incríveis. Foram mais que incríveis, porque cada dia ao lado de Jimin é mais
que vinte e quatro horas. Cada dia com ele é uma experiência única, um
sorriso novo, uma lágrima de felicidade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ou de tesão.
Estar com Park Jimin é o melhor presente que a vida poderia me dar.
Mas tudo bem, porque ele sabe a hora em que pode ser mimado, apesar de
certos deslizes aqui e ali.
Ele é a beleza pura de alguém que aprendeu a abraçar, aceitar e ser feliz com
cada pequena parte de sua natureza.
E ser o Jeon Jungkook de Park Jimin é ser alguém que se permite errar,
Alguém que cai e levanta, sempre com uma mão estendida para mim, um
sorriso acolhedor e uma compreensão que me aquece cada mínima célula de
minha existência.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Assim como amo a tatuagem em sua perna, a cor de seu cabelo e a maciez da
região adiposa ao redor de seu quadril.
Eu arrumo as alças jeans, depois subo minhas mãos até seu pescoço e
seguro-o antes de beijar sua boca com um selinho demorado.
— Até pelado.
Quatro anos depois e ainda não parei de me derreter inteiro por seu narizinho
lindo.
Eu não discordo de sua colocação, mas não tenho tempo de dizer isso em voz
alta porque logo a porta do quarto é aberta sem um resquício qualquer de
delicadeza.
— Vocês vão perder o voo — Ele diz, sem esconder a choco pie que roubou de
nosso armário, enquanto lambe os dedos cheios de chocolate.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Isso é meu. — Meu anjo diz, enraivado como fica sempre que alguém mexe
em seus doces.
Eu consigo ver a situação evoluindo para o momento em que Jimin corre até a
cama e pega um travesseiro para atacar nosso amigo, mas o contenho antes
que isso aconteça.
Ele ainda lançou uma olhadela contrariada para Yukwon, que continua
olhando-nos com tédio inabalável, e acabou bufando ao fim.
Assim como eu, ele sabe que nossa cozinha estará com saldo negativo quando
voltarmos, porque Yuta e Yukwon ficarão aqui em casa para cuidar de Chim.
Viajar sem nosso filho foi uma decisão difícil de se tomar. Jimin quase desistiu
da ideia em cima da hora, porque ele sabe que nosso gato é muito sensível a
mudanças e fica muito cabisbaixo quando não estamos os dois por perto, mas
nós conversamos com ele durante uma semana inteira. Mesmo que não
entenda as palavras, esperamos que isso acalme nosso pequeno e o faça
entender que está tudo bem e que logo voltamos.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
gosta de dormir na nossa cama. E não tire as pelúcias. Ele dorme entre elas se
ficar com saudades.
— E não deixe meu filho com fome. — Jimin alertou. v Bote a pastinha de
carne na ração se ele ficar enjoado pra comer. E a água tem que estar sempre
fresquinha. Ele precisa beber mais água no verão.
— Ah, não deixe a porta aberta. Ele pode fugir. Se acontecer alguma tragédia e
a tela de alguma das janelas sair, Seokjin tem o número da empresa que faz o
serviço.
— Como caralho a tela vai sair? — Yukwon pergunta, entediado com todas as
recomendações sendo repetidas.
— Nunca se sabe. — Jimin respondeu por mim e apontou o dedo para nosso
amigo: - E se ele dormir no seu colo, não acorde. ele. Mesmo que você precise
ir fazer xixi ou cocô ou a casa esteja em chamas. Entendeu?
— Puta merda, vocês já disseram tudo isso mil vezes. Pelo amor de deus, vão
embora logo, o caralhinho fofo vai ficar bem!
Hoje, ele veio (sem convite, que isso fique claro) para almoçar e acabou se
oferecendo para nos levar no aeroporto, então ficou aqui durante parte da tarde
também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Tão naturalizado com sua presença quanto eu, Jimin caminha até onde nosso
filho está e o pega cuidadosamente. Como Chim estava brincando, ele acaba
levando uma mordida brincalhona na mão, mas isso também é tão habitual que
ele sequer se assusta.
— Bebê lindo, papai Jimin e papai Jun vão ficar longe por uns dias, tá? — Ele
relembra para nosso gatinho. — Mas tá tudo bem! Nós só vamos namorar um
pouquinho na praia.
— Não deixe Yukwon dar comida demais a ele. Tem que ser a quantidade
certa. — Ele pediu, sem recusar as mordidas manhosas que recebe na
mandíbula.
— Pode deixar. — Yuta garante, mesmo que também já tenha escutado isso
diversas vezes e até tenha a lista de recomendações salva em seu celular,
graças a Jimin.
— E não deixem a caixinha de areia suja, senão ele começa a fazer cocô pela
casa. É um horror.
— Vão logo trepar na beira do mar, pelo amor de deus... — Yukwon pede,
revirando os olhos furiosamente.
Talvez não seja Chim quem precisa de tantos cuidados assim para sobreviver
à saudade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Mas nós realmente precisamos ir, então nos despedimos de nossos amigos e
eu espero pacientemente enquanto Yuta e Jimin se abraçam
— Boa sorte — Eu ouço Yuta dizer baixo para meu anjo, mas não entendo o
motivo.
Um pouco irritado, ele resmunga baixo e se arruma sobre o banco para prender
o cinto de segurança, então eu vejo Yoongi rir e olhá-lo pelo retrovisor,
— Eu não acredito que é ele quem vai pedir... — Min Yoongi diz, o que me faz
franzir as sobrancelhas até quase darem cambalhotas uma na direção da
outra.
— Pedir o que?
Da última vez que agiram estranho assim, eu ganhei uma festa de aniversário
surpresa. Agora, como na anterior, eu nem sei o que esperar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
De qualquer forma, eu não tento questionar, por enquanto. E, mesmo que
quisesse, seria interrompido quando Jimin riu sozinho ali do banco de trás ao
ver Yoongi se certificar do funcionamento do ar condicionado do carro.
— Ei, Yoongi — Ele chama. — Você bem que poderia virar motorista de uber.
Vive dando carona a todo mundo e tem um atendimento ótimo. Só faltam as
balinhas...
Ao meu lado, Yoongi negou embora tenha esse sorriso pequeno que eu
reconheço bem como o que ele exibe toda vez que pensa no quanto Jimin
gosta de azucrinar os outros.
E não sendo a única vítima do dia, eu mesmo sou provocado por seu tom
traquina quando chegamos ao aeroporto. Com a mala ao nosso lado, Yoongi
deixa o carro em ponto morto e desce, então se despede de Jimin com um
abraço que vem acompanhado de uma risada dos dois depois que dizem
alguma coisa e, por fim. ele vem até mim.
— Caramba, Jimin. — Ele olha em alerta para meu namorado. — Acho que
Jungkook descobriu nosso caso.
Eu ainda lanço uma olhadela irritadiça para ele, mas acabo por me conformar e
o empurro pelo peito para que me largue, porque está até agora me abraçando.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
No entanto, quando percebe meu movimento, Yoongi gargalha e estala um
beijo em minha bochecha. Novamente, só para me tirar a paciência.
Por fim, eu afasto Yoongi e ele pisca para mim antes que eu segure a mão de
Jimin, a guia da nossa mala e nos guie aeroporto adentro. Já de costas, eu o
ouço dizer alto para qualquer um ouvir:
Na fila para fazer nosso check-in, eu o vejo ainda emburrado com o próprio
jeito desastrado e sinto vontade de dizer que sou apaixonado até mesmo por
seus tropeços, mas me impeço de dizer qualquer coisa quando se aproxima
nossa vez de sermos atendidos e preciso pegar nossos documentos em minha
carteira.
Com sua identidade ao lado da minha, eu percebo algo que não tinha
percebido até então.
Quatro anos depois, ainda temos nossas primeiras vezes. E isso me faz sorrir
quase sem perceber.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sem me controlar, eu volto a rir abertamente e solto sua mão para segurar sua
nuca e puxar sua testa de encontro aos meus lábios, então deixo ali um beijo
bem sobre uma das pintinhas.
— E... — Ele pondera. — Dessa vez a gente pode tomar banho de mar, né?
— Podemos, meu bem. — Garanto, realizado como sempre fico por vê-lo tão
feliz.
— Finalmente uma folguinha com meu amorzinho... — Ele diz, com os olhos
fechados.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Além disso, ainda precisa estudar os conteúdos que não assimila bem, então
nos piores dias ele chega a chorar de cansaço.
Como minha situação na Bangtan está mais estável - ainda tenho muito
trabalho a fazer, mas não chego a me sobrecarregar diariamente, apenas
durante eventos específicos , agora sou eu quem preciso incentivá-lo a não se
forçar demais.
Eu sei que moramos juntos, mas a correria da vida às vezes mal nos permite
conversar em casa nem mesmo quando deitamos juntos para dormir, porque
ele rapidamente pega no sono. E eu amo conversar com Jimin. Amo ouvir
quando ele fala pelos cotovelos sobre tudo e sobre nada, então aproveito o
tempo que temos juntos no carro para não perder algo que nos faz tão felizes.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Criador do grupo: Yukwon
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Anjo, — Eu o chamo, ainda concentrado enquanto olho para a tela do
celular.- que emoji eu uso para expressar que estou me sentindo ansioso e
desconfiado, mas feliz?
Isso não é de grande ajuda, então eu faço o melhor que posso em tempo hábil.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Razoavelmente satisfeito com minha escolha, eu já deixo o celular em modo
avião e finalmente seguro novamente a mão de Jimin para puxá-lo comigo até
a fila.
— É a primeira vez que a gente viaja junto de avião — Ele percebe o que eu
mesmo percebi instantes atrás.
Acomodado ao seu lado, eu sorrio e aceito de bom grado quando ele se inclina
e segura meu rosto antes de dar um beijo demorado na bochecha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
E ele não disse mentira alguma. Eu realmente entendo por que Jimin é um
passageiro inconveniente, já que ele não para de pedir balas aos funcionários,
mas nada é pior que o bebê chorando
Nós voltamos.
Foram apenas dois dias, mas Jeju ainda guarda várias das minhas melhores
memórias.
E por saber que nossa ilha tem o mesmo significado para Jimin, eu fiz algo
para ele. Algo pequeno, mas são as coisas singelas do dia-a-dia que o fazem
feliz.
— Sim, senhor
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Com o cartão chave, eu destravo a porta do mesmo quarto em que ficamos da
última vez, e Jimin saltita empolgado ao meu lado enquanto aguarda seu
reencontro com o mar.
Depois, ele vira para mim com esse sorriso lindo que faz seus olhos sumirem
dentro das pálpebras.
Não parece querer dizer nada, apenas chamar minha atenção para o seu
sorriso e para sua alegria que contagia.
— Você nem viu o que eu pedi para deixarem na cama - Ainda abraçando-o,
eu finalmente digo, embora longe de me sentir magoado.
Se Park Jimin sorri desse jeito para você, a última coisa que se pode sentir é
mágoa.
Mas depois de meu aviso, ele finalmente mirou os olhos curiosos na cama de
casal simples e sua alegria pareceu duplicar quando ele percebeu os
hambúrgueres embalados sobre uma bandeja cuidadosamente posicionada no
centro do colchão. Claro que estão acompanhados de batata frita e de um copo
generoso de refrigerante. E de duas tortinhas de maçã, porque sei que uma só
não o satisfaz.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— O hambúrguer é de camarão? — Ele pergunta, ansioso.
Jimin pulou em meu pescoço, tão forte e repentino que quase me puxou para o
chão, e sua gargalhada gostosa preencheu o quarto quando percebeu o
desastre que quase causou.
Eu, por outro lado, faço tudo com calma. Mordo o primeiro pedaço do meu
hambúrguer sem pressa, cuidadosamente pausando para limpar os cantos dos
lábios de Jimin quando ele os suja de molho.
Quando acabamos, depois que Jimin rouba toda e cada batata frita e seca o
refrigerante como se não houvesse amanhã, ele joga o corpo para trás e cai
deitado na cama, com as mãos repousadas em sua barriga e um sorriso
satisfeito.
— Eu amo Jeju... — Ele diz, preguiçoso, e eu me curvo para beijar suas mãos
apoiadas em seu corpo, depois sigo com os beijos até seu pescoço, mas sem
malícia.
— E eu amo você.
Ele sorri ainda desse jeito distraído e envolve meu pescoço com seus braços
antes de me beijar cada lado do rosto, carinhosamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Sua confissão repentina me faz sorrir até sem perceber, e logo me vejo deitado
ao seu lado, puxando-o para abraçá-lo.
— Minha vez? — Pergunto, infiltrando minha mão pela fenda de seu macacão,
até pousá-la diretamente sobre sua barriga, por baixo da blusa colorida.
— Eu sei. Me desculpe por isso. E obrigado por me fazer perceber que não
precisava ser assim. Eu sempre acreditei que compartilhar meus momentos de
fraqueza com alguém me faria vulnerável, mas agora que posso dividir meus
medos com você, eu me sinto mais seguro que em qualquer outro momento da
minha vida.
Jimin deixa seu sorriso se abrir aos poucos, até que ele aperta os lábios e se
lança num abraço ainda mais intenso.
Com muito mais carregando meu coração, eu não me dou por satisfeito e vou
em frente:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Porque eu pareço um. — Ele responde, até meio convencido.
— Não posso negar. Você inteiro é como imagino qualquer criatura celeste.
— A principio, era isso. Você me pareceu um anjo desde a primeira vez que te
peguei me espionando, mas depois... eu percebi que era muito mais. Como se
eu soubesse, em minha alma, que você seria a pessoa mais forte que já
conheci. E eu tive certeza disso a cada vez que você me protegeu, fosse me
consolando ou ameaçando dar almofadadas em alguém.
Jimin riu e o som de sua risada é tão gostoso que eu não resisto em abraçá-lo
ainda mais forte, antes de finalizar:
— Eu sei que eu era mais experiente quando nos conhecemos, mas fui eu
quem mais aprendi com você, anjo...
— De nada... — Ele diz, ainda com uma risada boba. — E obrigado por me
ajudar a confiar em mim mesmo a ponto de ouvir tudo isso e acreditar, Jun.
Afinal, é isso. O amor nunca deve ser uma via de mão única. Ele precisa de
equilíbrio, de trocas equivalentes. De confiança e da sabedoria que podemos
estender nossa mão e ajudar a pessoa que amamos a se erguer, mas nunca
devemos ser o que a mantem de pé. Amor é sobre liberdade. Sobre estar com
alguém porque assim se deseja, não porque precisamos.
E depois de tropeços ao longo do caminho, sei que é assim para mim e para
Jimin também. Ele me ajudou a encontrar minha força, assim como fiz o
mesmo por ele, mas sabemos que não precisamos um do outro para
seguirmos enfrentando a vida. Nós continuamos juntos porque queremos.
Porque mesmo tendo a liberdade de separar nossos caminhos, escolhemos
caminhar lado a lado.
Ainda bem. Porque nós sofreríamos para decidir quem ficaria com Chim.
— Jun... — Ele me chama, então, saindo de cima de meu corpo para sentar na
cama, em seguida puxando-me pelo braço para me fazer sentar também.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Diga, anjo.
— Tanto que uma vida só não é suficiente para que eu dê todo meu amor a
você.
— Eu faria você perceber que é muito melhor que isso, meu bem.
— Então o universo inteiro vai colapsar, porque não é natural que eu te odeie.
— E se fossemos irmãos?
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Esta me pega de surpresa. Me faz lembrar de um sonho confuso que tive, mas
que foi capa de me ensinar algo. Por isso, depois de algum choque inicial, eu
respondo:
— Se fossemos irmãos... eu faria o mundo inteiro aceitar que nosso amor não
é errado.
Jimin sorriu ainda mais, como se essa resposta final fosse a de maior
significado para ele, e então se inclinou para mim, com as mãos apoiadas na
cama, e me beijou. Ainda com a boca próxima à minha, pediu:
Eu devolvo seu beijo com um pouco mais de intensidade, antes de pegá-lo nos
braços até sair da cama e colocá-lo de pé no chão. Quando entrelacei minha
mão à sua para puxá-lo para fora comigo, ele parou no lugar e me mostrou um
sorriso pequeno, mas significativo.
Algo no seu sorriso me faz assentir sem questionar e não entendo por que
sinto meu coração acelerar tão rapidamente, assim, sem motivo.
Parado do lado de fora, próximo à escada que leva à areia da praia, eu espero
até que Jimin volte, escondendo algo no bolso do macacão antes de estender
sua mão pequena para mim, com suas pulseiras chacoalhando no braço.
Jimin sorriu ainda mais, como se essa resposta final fosse a de maior
significado para ele, e então se inclinou para mim, com as mãos apoiadas na
cama, e me beijou. Ainda com a boca próxima à minha, pediu:
Eu devolvo seu beijo com um pouco mais de intensidade, antes de pegá-lo nos
braços até sair da cama e colocá-lo de pé no chão. Quando entrelacei minha
mão à sua para puxá-lo para fora comigo, ele parou no lugar e me mostrou um
sorriso pequeno, mas significativo.
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Algo no seu sorriso me faz assentir sem questionar e não entendo por que
sinto meu coração acelerar tão rapidamente, assim, sem motivo.
Parado do lado de fora, próximo à escada que leva à areia da praia, eu espero
até que Jimin volte, escondendo algo no bolso do macacão antes de estender
sua mão pequena para mim, com suas pulseiras chacoalhando no braço.
Seguindo seu exemplo, eu mesmo tiro meus sapatos, deixando-os ao lado dos
seus e aproveitando para dobrar a barra da calça de seu macacão para não
arrastar na areia. Em seguida, nós damos as mãos novamente e caminhamos
de pés nus em direção ao mar, que abraça o horizonte para onde quer que
olhemos.
Quando paramos rente aos limites das ondas rasas, Jimin fecha os olhos e
respira fundo, com um sorriso persistente.
— Você lembra, Jungkook? Foi aqui que eu disse que te amava pela primeira
vez...
Ele sorriu ainda mais e voltou a abrir os olhos lentamente. Agora, ele parece
compartilhar da minha ansiedade infundada, mas não para de sorrir.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Cada vez mais ansioso, mas sem entender de onde vem esse sentimento, eu
pergunto:
— Por que?
— Quero que você escute com atenção. Com os ouvidos e com o coração.
Fecha, por favor?
Sem relutar, mas ainda afetado por tudo isso, eu lentamente fecho minhas
pálpebras e sinto Jimin tocar meu rosto carinhosamente, sem dizer qualquer
outra coisa até que cuidadosamente quebra nosso abraço e eu não sinto mais
seu corpo contra o meu.
— Jungkook... — Ele chama, então, sua voz ainda soando próxima. -O que eu
quero dizer é algo que já te disse antes. Eu amo você. De várias formas
possíveis. Você é meu namorado, meu melhor amigo e meu dominador. Eu sei
que não existe um rótulo que expresse tudo que você significa pra mim, mas
uma vez você falou sobre isso e agora eu gostaria de te chamar de algo a
mais, Jun...
Eu não preciso ouvir seu pedido para abrir os olhos, porque sinto que devo
fazê-lo agora. Ao abri-los, não encontro Jimin em minha frente, então giro
sobre meus pés e o vejo atrás de mim, ajoelhado sobre a areia, com as mãos
trêmulas segurando uma caixa de veludo aberta no ar.
Meu peito sobe e desce tão devagar que sinto doer, enquanto Jimin espera
minha resposta.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Eu não verbalizo. Não preciso. Jimin entende, porque assim que a resposta
ecoa em minha mente, ele deixa sua risada se juntar ao som das ondas do mar
atrás de nós.
— Eu sabia que você aceitaria, mas me deu tanto nervoso de fazer isso... —
Ele confessou, ainda rindo, quando mantive minhas mãos segurando seu rosto
e descansei minha testa sobre a sua.
— Eu queria fazer. Eu queria me ajoelhar e pedir, mas agora que você pediu...
eu sou incapaz de desejar que acontecesse de outra forma, anjo...
Feliz como nunca estive em minha vida, eu seguro sua mão livre e trago-a até
minha boca, beijando-a no dorso antes de cuidadosamente tirar a aliança
menor da caixinha de veludo e deslizá-la por seu dedo. Então entrego outro
beijo, agora sobre a aliança.
Agora, é Jimin quem repete meu gesto. Ele deixa a pequena caixa na areia,
retira a aliança restante e desliza por meu anelar, beijando-a ao fim.
Como dois bobos, eu rio e sinto meus olhos pesarem com lágrimas de
felicidade genuína quando vejo nossas mãos unidas e as alianças marcando
mais um dos inúmeros significados que temos um para o outro.
— Tem mais uma coisa — Ele me diz, voltando a olhar em meus olhos. — Mas
antes... como vai ser? Jeon Jimin ou Park Jungkook?
Eu faço que sim, e me surpreendo quando Jimin apoia ambos os joelhos sobre
a areia fina e, separando suas mãos das minhas, cuidadosamente retira uma
das pulseiras em seu braço. A de prata, com o pingente do globo, que nunca
me arrependo de ter dado.
— Então eu, Park Jimin, namorado, melhor amigo, submisso e marido de Jeon
Jungkook, entrego isso a você — Ele anuncia, envolvendo meu pulso com a
pulseira, até fazer o globo terrestre repousar contra minha palma. — Esse
sempre foi meu presente favorito. Foi o que me ajudou a confiar em mim
mesmo. Agora, eu quero que ele faça o mesmo por você. Eu sei que você tem
medo de não ser capaz de guiar a Bangtan e sei que isso te faz sentir
pequeno, as vezes, mas eu quero que você lembre todos os dias do que me
disse. E só quando acreditar de verdade, você me devolve a pulseira. Eu só
estou emprestando
Frente a frente com o homem que mais amo nessa vida, ele me diz:
[Submissive: FIM]
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
se eu pudesse colocar em palavras o quanto tá me doendo fazer isso, eu
colocaria, mas ao invés disso, vamos falar de coisas boas!
primeiro: o spoiler sobre a próxima fanfic, como eu disse, está aí pelo meio do
epilogo. ela será postada terça-feira, pra que eu termine de arrumar uns
detalhes com calma. mas já adianto o nome dela: cem chances. então quem
tiver interesse, já fica de olho.eu aviso no twitter, também <3
(mas vou tentar não ser tão baixo astral, então vou mostrar as coisas das
quais sentirei falta de um jeito mais alegre):
Jimin: a Vocês: puta que pariu que vergonha alheia CALA A BOCA JIMIN
Yukwon: a
(vocês criaram um hábito incurável de gritar meu nome nos comentários, mas
isso não é uma reclamação)
Mãe do Jungkook: a
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Vocês: bruxa
Jungkook: anjo
existem uma infinidade de outras coisas das quais vou sentir falta. sub inteira
criou uma atmosfera muito familiar e acolhedora para mim, como se eu fizesse
parte da família que foi construída aqui além dos laços sanguíneos): eu
realmente não sairia daqui hoje se fosse enumerar cada item
seguindo, eu resolvi trazer algumas das fanarts para quem não teve a chance
de ver no twitter, todas são maravilhosas, mas como o wattpad tem um limite
de mídia por capítulo, eu peguei só as que representam alguns detalhes da
fanfic pra ajudar a imaginação de vocês. São: a tatuagem de Jungkook, o
desenho da tatuagem de Jimin, a família jikook e a coleira nova do Jimin (essas
duas são da mesma pessoa e tem a assinatura dela, mas eu não lembrei o
user pra editar na imagem ): quem fez, se manifeste, por favor!!!), as pulseiras
de miçangas dos jikook e uma fanart bônus que eu não poderia deixar de fora
huahauahua
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
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Spin Off • Experimentalist
⸢ jungkook!powerbottom ⸥
Power bottom: pessoa que assume de forma dominante o papel como a parte
que será penetrada no sexo.
Por ser mais velho, mas também por morarmos em lados opostos do país, eu
lembro bem de sua relutância em me deixar me aproximar no início, mas minha
lembrança favorita é de quando ele desistiu de resistir e finalmente nos deu a
liberdade de construir o que, hoje, chamamos orgulhosamente de nós dois .
E acho que existe um consenso sobre qual a maior das dificuldades que nos foi
e ainda nos é imposta.
A distância.
Entretanto, nós vamos mudar isso. Nós vamos finalmente acabar com ela,
porque decidimos morar juntos .
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Dois anos e meio depois, nós finalmente tomamos a maior decisão de nossas
vidas e mesmo que eu saiba que não vai ser um caminho sem dificuldades,
não posso deixar de me sentir imensamente feliz.
Eu vou morar com o homem que amo, dormir e acordar ao seu lado, poder
receber seus carinhos dia após dia e cuidar dele quando as coisas ficarem
difíceis em sua vida. É uma mudança e tanto, por isso eu realmente acredito
que precisamos comemorar de alguma forma.
Com sexo.
E eu gosto de ser fodido por ele. Gosto de sentir seu pau dentro de mim
quando ele me fode com força ou quando faz amor comigo, mas já faz um
tempo que me pergunto como seria se mudássemos isso pelo menos uma
vezinha.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu… quero transar.
Bem… é. Nós também tivemos nossa última transa não faz muito tempo,
dentro do banheiro de uma boate. Há uma hora, para ser mais preciso. E foi
depois disso, depois de perceber o que estar ao seu lado me proporciona, que
eu tomei a grande decisão.
— Eu queria estrear meu pau... — Eu disparei, sem chance para voltar atrás.
Tudo bem, não é vergonhoso. Nós temos intimidade o suficiente para falarmos
sobre isso abertamente.
— Estrear seu pau? — Ele repetiu, puxando seu lábio com os dentes antes de
me mostrar um sorriso oblíquo. — Você está dizendo que quer me foder, anjo?
Ele sorriu um pouco mais, tocando minha bochecha num gesto tão carinhoso
quanto provocante. — Achei que você nunca fosse pedir.
— Então…
— Eu nunca costumei desejar ser o passivo, meu bem, — Ele começou, ainda
me tocando suavemente. — mas eu sempre quis te ver implorando para me
foder enquanto eu te domino.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Ah, meus brinquedos. Eu posso ser um bebezinho na maior parte do tempo,
mas esses brinquedos definitivamente não são para crianças.
Chocado com a facilidade com a qual meu pedido foi acatado, eu só agitei
minha cabeça numa confirmação, ansioso como nunca.
— Tire toda sua roupa — Ele continuou a instruir, retirando seu próprio casaco.
— Me espere somente com seu harness e sua coleira, nada a mais.
Eu apertei meu lábio com meus dentes, antes de ceder a uma risada
empolgada.
Jungkook voltou a me tocar, dessa vez segurando meu queixo. — Eu faço tudo
por você, anjo.
Quando ele apareceu no quarto algum tempo depois, eu o vi com uma toalha
enrolada em seu quadril e seu cinto dobrado em uma das mãos, deixando-o no
criado mudo junto com as outras coisas.
— Você sabe como vai funcionar, não é? — Ele questionou depois de deixar
também um beijo em minha bochecha. — Eu mando, você obedece.
Graças a deus.
Jungkook deve ter me disciplinado muito bem, porque é cada vez mais fácil
perceber os momentos em que devo me referir a ele como senhor sem esperar
que ele me instrua a fazê-lo.
— Deite. — Ele ordenou, então. — Barriga para cima, cabeça nos travesseiros.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Consegue ver, anjo? — Ele questionou ao subir na cama, com seu pênis
balançando suavemente de um lado para o outro quando ele se moveu sobre o
colchão, até sentar sobre meu quadril com um joelho de cada lado do meu
corpo, logo investindo sua ereção contra a minha, pele com pele. — Consegue
ver como eu fico duro só de imaginar você dentro de mim?
Levado pelo desejo de mais, eu subi minhas mãos por suas coxas grossas até
chegar em seu quadril, puxando-o mais contra mim numa súplica silenciosa
que logo foi respondida quando ele agarrou meus pulsos com uma só mão e os
prendeu acima da minha cabeça se debruçando mais sobre mim, ainda
esfregando nossos membros juntos.
— Bom garoto.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
nádega. Por último, ele voltou a subir com os beijos por minha coluna, até estar
com o corpo deitado sobre o meu, seu peitoral pressionando minhas costas e
sua cabeça na altura da minha.
— Sabe, meu bem… existem tantas coisas que nós ainda não experimentamos
juntos — Ele anunciou, falando baixo contra minha orelha enquanto esfrega
sua ereção entre minhas nádegas, bem devagar.
Talvez eu esteja a ponto de pedir que ele me foda, porque não é justo sentir
seu membro tão duro assim contra minha bunda.
Foco, Jimin.
— Claro que não, anjo. — Ele respondeu, se afastando outra vez para voltar a
virar meu corpo, deixando-me deitado com as costas sobre o colchão
novamente. — Você acha mesmo que vai ter tanto controle assim?
Eu o olhei, desesperadamente ansioso por entender o que ele vai fazer quando
ele segurou minhas pernas e me arrastou um pouco sobre a cama, tirando
minha cabeça de cima dos travesseiros e deixando meu corpo completamente
na horizontal.
Depois, ele sentou sobre meu peitoral, depositando seu peso sobre seus
joelhos apoiados um de cada lado.
Dessa vez, ele se moveu até girar e voltar a sentar, agora mais próximo de
meu rosto e com a parte frontal de seu corpo na direção dos meus pés.
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Eu tenho certeza de que meu coração está completamente frenético, sem
conseguir me recuperar quando a bunda de Jungkook pairou logo acima da
minha boca, antes de sentar com cuidado sobre ela limitando um pouco minha
respiração, mas não impedindo-a.
Perdido como nunca, mas desesperado para fazer o que me foi proposto, eu
tentei lembrar como Jungkook faz quando me beija nesse lugar e a primeira
coisa que fiz foi usar minhas mãos para afastar suas nádegas, ainda incerto.
Depois de não ouvir nenhuma correção, eu fui um pouco mais adiante e inclinei
minha cabeça um pouco mais para cima, esticando minha língua para fora
antes de deslizá-la pelo espaço exposto por minhas mãos.
Eu repeti o movimento, ainda inseguro, depois tentei fazer como Jungkook faz
comigo e chupei a pele ao redor de sua entrada e algo dentro de mim explodiu
quando ouvi seu gemido baixo em resposta a isso.
Sem objeções a isso, eu aceitei de bom grado deixar todo o controle em suas
mãos, sentindo meu pênis endurecer ainda mais a cada gemido que Jungkook
deixa escapar, parecendo fazê-lo de propósito para levantar meu ego.
Ele sabe que nada me deixa mais excitado que agradá-lo dessa forma.
Depois de muito tempo assim, Jungkook se inclinou ainda mais para a frente e
eu quase me engasguei com um gemido violento e surpreso ao senti-lo
segurando meu membro antes de começar a me chupar, sem cerimônia.
Entretanto, eu sei que não devo parar o que comecei, então continuo
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
lambendo-o, beijando-o e penetrando-o com minha língua enquanto recebo um
boquete enlouquecedor.
Nesse ritmo, eu sei que não vou demorar a gozar e Jungkook parece perceber
o mesmo quando um gemido mais alto sobe por minha garganta, anunciando
que eu já estou perdendo o controle, e sei que ele não quer isso agora. Então,
conhecendo bem cada resposta do meu corpo, ele soltou meu pênis com uma
última lambida antes de também sair de cima de mim.
O anel peniano.
— Você não quer me deixar na mão, não é, meu bem? — Ele disse com um
sorriso oblíquo, pegando também o lubrificante e espalhando-o no anel antes
de deslizá-lo por meu pênis, até a base, estrangulando-o para impedir o gozo
de jorrar para fora.
— Então você não vai se importar se eu prender suas mãos — Ele presumiu,
certeiro, já buscando também o cinto. — Coloque-as acima de sua cabeça —
Instruiu, então, e eu estiquei meus braços para trás o quanto foi possível,
apoiando minhas mãos nos travesseiros logo acima da minha cabeça.
Agora eu sinto meu peito subir e descer violentamente a cada lufada de ar que
puxo e expulso de forma desesperada, com a virilha queimando de ansiedade
e desejo quando vejo Jungkook pegar também meu vibrador e lubrificá-lo.
Entretanto, diferente do que imaginei, ele o guia até minha própria entrada,
penetrando devagar enquanto se diverte com minhas expressões afetadas,
deliciosamente desesperadas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Para você não esquecer como é me ter dentro de você — Ele avisou, então,
e eu mordi meu lábio com força assim que o vi segurar o controle do vibrador,
ligando-o na velocidade máxima de uma vez.
Eu gemi alto, manhoso, mas outra vez Jungkook não me deu tempo para me
recuperar do estímulo repentino, porque logo sua mão agarrou meu pênis,
massageando-o antes de tocar a glande com seu indicador quase num gesto
de deboche, exibindo um fio viscoso de pré-gozo ligado ao seu dedo quando o
afastou da fenda em meu membro.
— Você já está tão pronto, anjo — Ele disse, com um sorriso enviesado,
lentamente ficando de quatro sobre mim.
Depois, ele se apoiou somente em um braço e subiu com a outra mão por meu
peitoral e pescoço, até alcançar meu queixo e puxar meu lábio para baixo
antes de colocar dois dedos dentro da minha boca.
Ele ainda moveu sua mão, simulando uma penetração com seu indicador e
médio em minha boca até considerá-los lubrificados o suficiente para, ainda
com o corpo sobre o meu e seu quadril pairando no ar, sustentado por seus
joelhos e seu cotovelo, levar seus dedos até o próprio ânus, pelo meio de suas
pernas.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook… Senhor, por favor… — Eu o chamei, desesperado, sentindo
meu pênis sufocar com o anel e o vibrador me estimular cada vez com mais
facilidade, porque eu me torno mais sensível a cada segundo.
— Por favor o que, meu bem? — Ele perguntou, provocativo, ainda usando
seus dedos para se preparar para mim.
Poxa, meu pauzinho não é tão grande, não precisa se preparar tanto assim!
Eu pareço ter dito exatamente o que Jungkook queria ouvir, porque basta mais
um suspiro arrastado seu para que ele tire seus dedos de seu interior e apoie
sua mão em meu peito, arranhando-o quando sentou sobre minha virilha,
esmagando meu pênis com sua bunda, mas ainda sem me deixar penetrá-lo.
Entretanto, meu membro está completamente sensível, muito mais que o
normal, e somente isso já me faz quase gritar de desespero.
Mas, caramba, é realmente difícil me importar com o que eles vão pensar
agora. Eu sinto meu membro inchado, as veias quase explodindo, a pele mais
suscetível a qualquer mínimo estímulo e as nádegas de Jungkook
massageando-o enquanto ele move seu quadril para a frente e para trás,
repetidamente.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Desculpa, senhor… — Eu pedi, ainda mais estimulado por seu tom severo e
dominante.
Sentir sua mão me segurando assim logo arrasta uma memória perdida para a
superfície da minha consciência, de quando eu assisti um pornô caseiro e um
homem deu tapas no rosto do parceiro de forma erótica, e o bottomzinho
parece ter gostado bastante. Agora estou curioso para tentar.
Normalmente nós temos essas conversas antes ou depois do sexo, mas outras
vezes é necessário ter esses diálogos durante a prática para tudo ocorrer da
melhor forma possível e sem me deixar na vontade.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Eu vou aprender, senhor — Garanti, movendo a cabeça numa concordância
suave para dar a permissão final para que ele me bata dessa forma.
Agora, com a certeza de que quero isso, ele volta a me dar mais um tapa que
força meu rosto suavemente para o lado e me faz controlar um sorriso
delicioso, porque definitivamente gosto disso, mas essa ainda é minha punição
e eu não devo sorrir.
Enquanto isso, eu me contorço inteiro de excitação por seu tom áspero, suas
palavras rudes, pelo vibrador me estimulando continuamente e por sua bunda
ainda esmagando minha ereção dolorida.
— Eu vou sentar tão forte e tão gostoso em você, — Ele disse, com um último
tapa. — e você vai querer tanto gozar, anjo, mas eu não vou deixar. Sabe por
que?
— Isso, meu bem. — Ele se debruçou sobre mim, me beijando uma única vez
antes de voltar a se posicionar sobre minha virilha, dessa vez erguendo
brevemente seu quadril para poder guiar meu membro já lubrificado pelo anel à
sua entrada, masturbando-o devagar antes de fazê-lo.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
— Jungkook… Meu deus… — Eu gemi no ar, sequer conseguindo deixar meus
olhos abertos quando um espasmo sem igual tomou conta de meu corpo ao me
sentir inteiramente dentro dele.
Depois, ele fez de novo. E de novo. Quando eu achei que não podia melhorar,
ele moveu seu quadril num círculo suave, rebolando enquanto ainda me tem
dentro de seu corpo, e eu finalmente me obriguei a levantar minhas pálpebras
pesadas para poder ver meu homem rebolar em mim, antes de sentar com
força outra vez.
Eu senti um ardor característico se espalhar por meu rosto, pelo nariz e olhos,
e não me surpreendi ao sentir lágrimas se acumulando, prestes a se derramar
por tanto prazer.
Não suficiente, Jungkook voltou a deslizar suas unhas por meu peito,
marcando-o com linhas avermelhadas, e continuou sentando, rebolando e me
arranhando enquanto eu literalmente começo a chorar de tesão, sentindo o
gozo tentando forçar seu caminho para fora, mas impedido pelo anel, que me
impede de chegar de uma vez ao meu limite.
Ensandecido, eu chamei por ele, chamei por deus, devo ter chamado até o
nome do presidente e do Papa, implorando para que qualquer um intervenha a
meu favor e me deixe gozar.
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Já com os cabelos úmidos, o corpo de Jungkook brilhando de suor sobre o
meu e as pontinhas dos meus dedos começando a ficar dormentes, ele não
parou de rebolar em meu corpo quando se inclinou e puxou meus pulsos,
sendo ágil em afrouxar o cinto e liberá-los logo antes de segurar minha mão e
guiá-la até seu próprio pênis para ser masturbado.
Eu senti meu cabelo ser puxado, senti meu rosto ser deliciosamente estapeado
mais uma vez e senti Jungkook se mover cada vez mais rápido em meu pênis,
usando uma de suas mãos para me ajudar a masturbá-lo com mais força, até
ele grunhiu com os lábios contra os meus e eu senti seu gozo jorrando entre
nossas barrigas.
Eu, entretanto, ainda não consigo gozar e seguro Jungkook com força,
implorando, já quase sem voz.
— Por favor, por favor, por favor, me deixa gozar — Eu pedi, sentindo meu
pênis ainda dentro de Jungkook enquanto ele estremece sobre minhas pernas.
Depois, quase sem conseguir respirar, ele afastou seu corpo o suficiente para
levar sua mão ao meu membro e deslizar o anel peniano para fora, o que por si
só quase me faz jorrar violentamente, mas Jungkook foi mais rápido e voltou a
sentar em mim, bastando rebolar mais duas vezes para me fazer gozar dentro
dele, dentro do meu homem, pela primeira vez.
Meu corpo inteiro está banhado em suor e sujo de porra quando Jungkook
reúne o restante de sua força para se mover, liberando meu pênis já flácido e
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
puxando o vibrador para fora de mim, o que me faz gemer uma última vez ao
sentir as ondinhas deslizando por minha entrada sensível, uma a uma.
Depois, Jungkook se arrastou até deitar ao meu lado, também com suor
pingando, a respiração descontrolada e sua mão fraca quando ele tentou me
puxar para deitar mais perto dele.
Mesmo sem força, eu acabei deixando uma risada escapar, porque eu nunca vi
Jungkook tão acabado depois de uma foda.
Por isso, eu resolvi colaborar e usei uma energia que sequer sabia que tinha
para fazer o que ele não conseguiu, e me deitei ao seu ladinho, deixando meu
braço cair como um peso morto sobre seu abdômen, sem força até mesmo
para abraçá-lo.
— Eu vou cuidar de você, — Ele garantiu, ofegando entre uma palavra e outra.
— só me dê mais um minuto, anjo.
E então nós ficamos em silêncio tentando nos recuperar dessa transa surreal, o
que levou um tempo absurdo.
Minha nossa. É tão bom ter um homem que me faz sentir que fode comigo na
mesma intensidade louca em que me ama.
Eu senti seu sorriso quando ele me beijou no topo da cabeça e acariciou meu
braço, me fazendo arrepiar com seu carinho desproposital, e então me
respondeu:
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy
Oi gente,
Nós fizemos esse pdf com muito amor e carinho para poder ler, reler, e
compartilhar a amada SUBMISSIVE. Esperamos que todos tenham gostado do
resultado final e que tenham conseguido reviver (ou viver pela primeira vez pra
quem não tinha lido ainda) os sentimentos que essa fanfic causa.
@Lan_Lee_e_Deb
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@Ray_of_SunShy, @LeeSuppasit_1005 e @Debyy