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Chave do correio - QN41 Ramal: 837-2612
SUMÁRIO
5. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 54
ÍNDIÇE DE QUADROS
ÍNDIÇE DE FIGURAS
ÍNDIÇE DE TABELAS
ÍNDIÇE DE GRÁFICOS
A utilização cada vez mais ampla da eletricidade, faz com que também um
número crescente de pessoas menos habilitada tenha contato com a mesma. O objetivo é
aqui destacar quais as condições de perigo.
As investigações mostram que o tempo que a corrente elétrica atua sobre o corpo
humano, é de importância fundamental. Com base em trabalhos realizados, podem ser
traçadas curvas características, a qual delimita a gama de intensidade de corrente II da
gama de intensidade de corrente mortal III. Estas curvas características decorrem,
primeiro, em conformidade com um valor no tempo de corrente de:
Q = I × t = 100mA × s .
As curvas características podem ser obtidas com base em mais de l00ms, com
uma quebra na altura de um valor máximo de 85 mA, correspondente a um valor eficaz
de 60mA, paralelamente ao eixo dos tempos. A fronteira entre as gamas de intensidade
de corrente I e II, pode ser assinalada por uma curva característica corresponde a
Q = I × t = 30mA × s que representa igualmente na gama de l000ms, uma quebra e
decorre durante mais tempo a um valor eficaz de 21 mA, paralelamente ao eixo dos
tempos.
A maioria das investigações foram até agora efetuadas com corrente contínua e
com corrente alternada industrial a 50 ou 60 Hz. Como se verifica por uma comparação
entre os Quadros 1 e 2, o limite da sensibilidade situa-se, para a corrente industrial,
consideravelmente abaixo da corrente contínua.
A resistência elétrica do indivíduo diminui com o aumento da freqüência. O
valor da resistência do ser humano, já mencionado de 1200 ohms, válido para corrente
alternada a 50 Hz, desce continuamente até aproximadamente 550 ohms a 100kHz. Daí,
os valores aqui tabelados serem completamente aceitáveis para freqüência mais
amplamente difundida em nosso país, ou seja, 60Hz.
exposição de corrente mais longo do que uma batida do coração. Para um adulto de
50kg (110 lb), Biegelmeir propôs valores limiares para 500 e 50mA, respectivamente.
A corrente de fibrilação é de fato uma função da massa individual do corpo
conforme ilustrado na figura 2. Esta, mostra a relação entre a corrente crítica e a massa
do corpo para várias espécies de animais (bezerros, cães, ovelhas, carneiros, porcos) e
um limiar comum de 0,5% na região mamífera.
Figura 2: Corrente de fibrilação versus massa do corpo para vários
animais baseado num choque de 3s
água salgada. Valores obtidos usando 60Hz para homens são como segue: a corrente era
9,0 mA; eram voltagens correspondendo mão com mão, 21 V, e mão com pé de 10,2 V.
Consequentemente a resistência Ac para um contato mão a mão é igual a
21,0 10,2
= 2.330Ω e a resistência igual a = 1.130Ω , baseado nesta experiência.
0,009 0,009
Para altas voltagens (acima 1kv) e correntes (acima 5A), a resistência humana
diminui; decresce pelo dano e perfuração da pele no ponto de contato. Por essa razão,
com a mão molhada, a resistência de contato pode ser muito baixa em qualquer
voltagem. A resistência de calcados, é indeterminada, embora possa ser muito baixa
para objetos de couro úmido. Deste modo, para os propósitos de normalização são
considerados:
(1) A resistência de contato de mão e pés como iguais a zero.
(2) O valor R B = 1.000Ω é selecionado pelos cálculos que seguem como
representando a resistência do corpo humano de mão para pé e também de mão para
mão ou de um pé para outro pé.
Circulação de corrente através do corpo: É bom relembrar que a escolha de
uma resistência de valor de 1.000Ω diz respeito ao caminho assim como aqueles entre a
mão e um pé ou ambos os pés, onde uma maior parte da corrente passe através das
partes do corpo contendo órgãos vitais, incluindo o coração. É geralmente aceito que a
corrente circulando de um pé para o outro quando estão próximos é menos perigoso.
Referindo-se a testes feito na Germania, Loucks mencionou que correntes mais elevadas
entre pé-pé e mão-mão tem sido usadas para produzir a mesma corrente na região do
coração, afirmando que a razão é tão grande quanto 25:1.
Baseado nestas conclusões, valores de resistências mais altas do que 1.000Ω
podem ser utilizados, para o percurso de um pé para outro pé. Contudo, os fatores
seguintes seriam considerados.
(1) Uma voltagem entre dois pés, dolorosa mais não fatal, poderia resultar numa
queda no fluxo de corrente através da área do peito. O grau deste perigo dependeria da
duração da falta e da possibilidade de outra sucessiva.
(2) Uma pessoa poderia estar trabalhando numa posição inclinada quando
ocorresse uma falha.
É evidente que os perigos contido de pé para pé são, de longe menores do que
outro tipo. Entretanto desde que mortes tenham ocorridos, é um perigo que não deve ser
ignorado.
Circuito Acidental Equivalente: Usando o valor da corrente tolerável do corpo
0,157 0,116
estabelecida pela equação I k70 = ou I k50 = e as constantes apropriadas dos
ts ts
circuitos é possível determinar a voltagem tolerável entre quaisquer dois pontos críticos
de contato.
Ao circuito acidental equivalente aplicam-se as seguintes notações:
I A = Corrente através do circuito acidental
R A = Resistência total efetiva do circuito acidental
I k = Corrente permissível do corpo
Obviamente I A < I k é sempre exigido para segurança.
Desde que a resistência do corpo é considerada constante, exigir que I A < I k é
equivalente dizer que a fibrilação pode ser prevenida mantendo o total de Watts x
segundos(Ws) da energia absorvida, durante um choque, abaixo de um certo valor. Este
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ρ − ρs
K=
ρ + ρs
Onde:
ρ s = Resistividade da brita em Ω × m
ρ = Resistividade do solo em Ω × m
h
X = X 1 = s para R pé
b
hs
X = X2 = para RMpé
d pé
hs = espessura da camada de brita na superfície em m.
Estas equações poderiam também ser derivadas pela aplicação do método das
imagens pelas equações de Sunde. No entanto, desde que a quantidade F ( X ) é bastante
monótono calcular sem um computador ou calculadora programável, estes valores tem
sido previamente calculado e é feito gráfico para uma larga escala de valores X e fator
K , como mostrado no gráfico 1.
Para simplificar o procedimento acima tendo em visto facilitar a utilização,
podemos negligenciar o termo de resistência mutua e considerar b = 0,08 metros
sempre. Diante disso, podem ser expressadas as equações para a resistências série e
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paralela de dois pés alternativamente de uma forma que é análoga a expressão dada pela
seguinte equação, usada para solo uniforme:
R2 FS = 6,0C s (hs , k )ρ s e R2 FP = 1,5C s (hs , k )ρ s
Onde:
C s = fator de redução para o valor nominal da resistividade da brita na
superfície determinado como segue:
C s = 1 para resistividade da brita igual a resistividade do solo
Caso contrário,
1 ⎡⎢ ⎤
∞ n
CS = 0,96 ⎢1 + 2∑ K 2
⎥
⎣ n =1 1 + (2n hS / 0,08 ) ⎥⎦
Os dois pontos são chamados de Nódulo Sino Atrial (NSA) e Nódulo Átrio
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A pressão arterial cai a zero, isto é, o sangue está parado no corpo. Este estado é
conhecido por MORTE APARENTE. Pensava-se, há pouco tempo atrás, que a corrente
elétrica do choque ao passar pelo coração, mais precisamente pelo NSA e NAV, fazia
com que estes se desregulassem, passando a emitir sinais caóticos e desritmados,
produzindo a fibrilação ventricular. Verificou-se, posteriormente, que os NSA e NAV
não são os responsáveis pela fibrilação ventricular devido ao choque elétrico. Isto
porque:
• Os NSA e NAV são muito pequenos. Em conseqüência, da corrente que passa
pelo corpo, apenas uma densidade menor afeta o coração e desta, somente uma
ínfima parcela passa pelos nódulos.
• Os nódulos têm uma rápida recuperação.
Desfibrilador Elétrico
Seu funcionamento é
simples. A descarga de um
capacitor C é feita de modo
que sua corrente elétrica tenha
a forma da figura 10 e passe
através do coração, no sentido
do átrio ao ventrículo.
A área hachureada é a
região efetiva da corrente, e
corresponde ao tempo de
10ms. A descarga produz uma avalanche de corrente unidirecional forçando as fibras a
ficarem polarizadas. Obtendo-se a polarização, as fibras voltam a obedecer ao sinal
emitido pelo NSA e o coração restabelece o seu ritmo de batimento.
1 2
A energia da carga no capacitor é dada pela fórmula E c = CV0
2
Onde:
E c Î Energia do capacitor (J)
C Î Capacitância (C)
V0 Î Tensão do capacitor (V)
A escala do aparelho vai até 500J, a tensão no capacitor varia de 2 a 9kV, e a
corrente de descarga pelo tórax do paciente na ordem de 1 a 30mA.
A curva Tempo x Corrente (figura 11) é uma das tentativas de mostrar a relação
existente entre a corrente elétrica aplicada por certo tempo e seus efeitos no corpo
humano.
Onde:
Zona 2 - Geralmente nenhum efeito patofisiológico perigoso;
Zona 3 - Zona que produz algum efeito perigoso. O efeito mais importante é o
pulmonar. Já pode haver risco de fibrilação;
Zona 4 – Zona perigosa com probabilidade de fibrilação superior em 50% das pessoas;
Zona S - Curva de segurança com probabilidade de 0,5% de ocorrência de fibrilação
ventricular.
POTENCIAIS DE CHOQUE
Potencial de Toque
⎛ R ⎞
Vtoque = ⎜ Rch + c ⎟ × I k
⎝ 2⎠
O potencial de toque máximo permissível entre a mão e o pé, para não causar
fibrilação ventricular, é o produzido pela corrente limite de Dalziel. Assim, obtém-se:
0,116 116 + 0,174 ρ s
Vtoque máximo = (1.000 + 1,5 ρ s ) =
t t
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Potencial de Passo
R1 , R2 , R3 Îsão as
resistências dos
trechos de terra considerados
Como a área da subestação é a mais perigosa, o solo é revestido por uma camada
de brita. Esta confere maior qualidade no nível de isolamento dos contatos dos pés com
o solo. Esta camada representa uma estratificação adicional com a camada superficial
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3. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
INTRODUÇAO
Sistema TN
Z s × I at ≤ V fn Equação 1
Z s = Rt + Rc + R p + j (X t + X c + X p )(Ω ) Equação 2
A tensão presumida de contato a que pode ficar submetida uma pessoa que está
tocando uma carcaça energizada acidentalmente pode ser dada pela .
V fn × R p
Vc = Equação 3
Zs
Observando a Figura 14, a corrente de choque pode ser determinada pela Equação
(4).
Vc
I ch = Equação 4
Rch + Rco
Rch - resistência do corpo humano, normalmente igual a 1.000Ω;
Rco - resistência de contato com o solo, em Ω.
Outra condição prevista pela NBR 5410 refere-se a uma falta direta entre um
condutor de fase e a terra, tal como ocorre nas redes aéreas, ou com os condutores
isolados que eventualmente tenham a sua isolação danificado no interior de uma
canaleta condutora, ou instalados diretamente enterrados. Para que o condutor de
proteção e as massas que lhe são ligadas não atinjam um potencial em relação à terra
superior à tensão de contato limite, deve-se ter a seguinte relação:
Rte Vl
≤ Equação 5
Rco V fn − Vl
SISTEMA TN-S
SISTEMA TN-C
Devido aos riscos inerentes ao sistema TN-C, somente é permitido o uso deste
sistema nas instalações cujos condutores tenham seções iguais ou superiores a 10 mm²
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SISTEMA TN-C-S
SISTEMA TT
A tensão de contato a que pode ficar submetida uma pessoa que está tocando uma
carcaça energizada acidentalmente num sistema TT pode ser dada pela equação
V fn R
= 1 + te .
Vc Ram
Já a figura 24 esclarece a situação de contato do indivíduo com o sistema.
41
SISTEMA IT
4. APLICAÇÕES PRÁTICAS
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 1
6.000
Pcu = = 2.000W
3
• Corrente nominal do transformador
500
Il = = 20,91A
3 × 13,8
• Resistência equivalente do transformador referida ao seu primário, em Ω
P 2000
Req = cu2 = = 4,57Ω
Il 20,912
• Tensão de curto-circuito
13.800
Vcc = 0,045 × = 358,53V
3
• Impedância equivalente do transformador
Z p = 4,5% = 0,045 pu (impedância nominal do transformador - valor de placa)
Vcc 358,53
Z eq = = = 17,14Ω
Il 20,91
• Reatância equivalente do transformador
0,1868 × 20 0,4450 × 40
Rc = Rc1 + Rc 2 = + = 0,02153Ω
1.000 1.000
0,1076 × 20 0,1127 × 40
X c = X c1 + X c 2 = + = 0,00666Ω
1.000 1.000
Z c = 0,2153 + j 0,00666Ω
0,1096 × 20 0,1164 × 40
X p = X p1 + X p 2 = + = 0,00684Ω
1.000 1.000
Z p = 0,04193 + j 0,00684Ω
380 × 0,04193
V fn × R p 3
Vc = = = 128V
Zs 0,07179
I at = N × I a = 4 × 800 = 3.200A
Z s × I at ≤ V fn ∴ 0,07179 × 3.200 = 229 > 220
Nesse caso, o disjuntor não está protegendo o indivíduo contra contatos indiretos.
Há necessidade de reduzir o ajuste da unidade temporizada.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 2
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 3
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 4
Qual a corrente de choque segura que um individuo de massa 70kg pode suportar
durante um tempo de 2,5s sem a ocorrência da perigosa fibrilação ventricular?
Solução:
0,157
I k70 = = 99,3mA
2,5
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 4
Qual a tensão de toque e passo máxima suportavel por um indivíduo de massa 50kg
durante um tempo de 3s em uma superficie de resistividade de 3.000Ωm?
Solução:
51
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 5
Quais os parâmetros da corrente elétrica que devem ser analizados para se estudar os
efeitos da corrente elétrica no corpo humano?
Solução:
• Intensidade
• Duração
• Percurso
• Frequência
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 6
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 7
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 8
O ser humano poderá suportar uma corrente de 200mA sem haver o risco de fibrilação?
Porque?
Solução:
52
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 9
De acordo com o conhecimento atual, um corpo com massa de 50kg suporta uma
corrente maior ou menor que um corpo de 70kg?
Solução:
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 10
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 11
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 12
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 13
5. BIBLIOGRAFIA
ABNT - NBR - 5410 .Instalações elétricas em baixa tensão. 1997