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Departamento de Estruturas
Concreto II – Especialização em Estruturas
Profa. Eunice Silva Santos
• Introdução
• Conceitos e definições
• Velocidade do Vento
• Força de arrasto
• Exemplo de cálculo
Universidade Federal do Piauí
Departamento de Estruturas
Concreto II – Especialização em Estruturas
Profa. Eunice Silva Santos
Considerações Iniciais
Introdução
Conceitos e definições
• Barlavento:
◦ Região de onde sopra o vento, em relação à edificação.
• Sotavento:
◦ Região oposta àquela de onde sopra o vento, em relação à edificação.
• Sobrepressão:
◦ Pressão efetiva acima da pressão atmosférica de referência (sinal positivo).
• Sucção:
◦ Pressão efetiva abaixo da pressão atmosférica de referência (sinal negativo).
• Velocidade básica 𝑽𝟎
◦ Velocidade de uma rajada de 3 s, com
probabilidade de 63% de ser excedida
pelo menos uma vez em 50 anos,
medida a 10 m acima do terreno, em
campo aberto e sem obstrução.
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Velocidade do Vento
• Fatores que influenciam:
◦ Local da edificação;
◦ Tipo de terreno (plano, aclive, morro);
◦ Altura da Edificação;
◦ Rugosidade do Terreno:
◦ tipo e altura dos obstáculos à passagem do vento;
◦ Dimensões da Edificação;
◦ Tipo de Ocupação.
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Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, - florestas com árvores altas, de copas isoladas;
Categoria V altos e pouco espaçados. A cota média do topo dos - centros de grandes cidades;
obstáculos é considerada igual ou superior a 25 m. - complexos industriais bem desenvolvidos.
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𝐳 𝐩
𝐒𝟐 = 𝐛 𝐅𝐫
𝟏𝟎
onde:
z - altura total da edificação;
b - parâmetro metereológico;
Tabela 1 p - expoente potencial da variação de S2;
Fr - fator de rajada.
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Descrição
OBS: A expressão S2 é aplicável até a altura z𝑔 , que define o contorno superior da camada atmosférica.
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𝐅𝐚 = 𝐂𝐚 𝐪 𝐀𝐞
onde:
𝐂𝐚 Coeficiente de Arrasto
𝐪 Pressão Dinâmica do Vento
𝐀𝐞 Área Frontal Efetiva: área da projeção
ortogonal da edificação, estrutura ou
elemento estrutural sobre um plano
perpendicular à direção do vento ("área
de sombra")
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Turbulência do Vento
• Vento não turbulento ou de baixa turbulência = ocorre em regiões sem (ou poucas)
obstruções
• Vento turbulento ou de alta turbulência = ocorre em regiões com obstruções
(como grandes cidades)
◦ Condições mínimas:
500m, para H até 40m
1000m, para H até 55m
H ≤ 2 hmédia dmin =
2000m, para H até 70m
3000m, para H até 80m
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• Ábacos da NBR
6123/1988
• Vento de baixa
turbulência
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• Ábacos da NBR
6123/1988
• Vento de alta
turbulência
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Túnel de Vento
• Em edifícios com geometria não abordada pela NBR 6123, a avaliação da ação do
vento sobre a edificação deve ser feita através de ensaios em túnel de vento de
modelos reduzidos.
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DESAPRUMO EM EDIFÍCIOS
• Considerações Iniciais
• Imperfeições Geométricas Globais
• Imperfeições Geométricas Locais
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Considerações Iniciais
“Na verificação do estado limite último das estruturas reticuladas, devem ser
consideradas as imperfeições geométricas do eixo dos elementos estruturais da
estrutura descarregada. Essas imperfeições podem ser divididas em dois grupos:
imperfeições globais e imperfeições locais”.
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• A consideração das ações de vento e desaprumo deve ser realizada de acordo com as
seguintes possibilidades:
a) Quando 30 % da ação do vento for maior que a ação do desaprumo, considera-se
somente a ação do vento.
b) Quando a ação do vento for inferior a 30 % da ação do desaprumo, considera-se
somente o desaprumo respeitando a consideração de θ1min .
c) Nos demais casos, combina-se a ação do vento e desaprumo, sem necessidade da
consideração do θ1min . Nessa combinação, admite-se considerar ambas as ações
atuando na mesma direção e sentido como equivalentes a uma ação do vento, portanto
como carga variável, artificialmente amplificada para cobrir a superposição.
• A comparação pode ser feita com os momentos totais na base da construção e em cada
direção e sentido da aplicação da ação do vento, com desaprumo calculado com 𝛉𝐚 , sem a
consideração do 𝛉𝟏𝐦𝐢𝐧 .
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Exemplo
• Determinar os momentos na base de um edifício residencial de múltiplos pavimentos, causados
pelo efeito do vento e do desaprumo, nas duas direções. O edifício situa-se em Teresina em
região plana, tem 14 pavimentos-tipo e cobertura, com diferença de nível de 3,0m, totalizando
42m de altura do edifício, que possui planta quadrada com dimensões 15,80 x 15,80 m. Deve se
considerar: as ações permanentes de peso próprio dos elementos estruturais (lajes, vigas e
pilares), do revestimento (1 kN/m²), sobrecargas de utilização (1,5 kN/m²), zona de baixa
turbulência, categoria IV de rugosidade.
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❑ Na análise de estabilidade global que trata a estrutura como um todo, deve-se utilizar o
valor representativo do módulo de deformação secante, conforme 8.2.8, que pode ser
majorado em 10% (ABNT NBR 6118, item 15.5.1).
• Efeitos de 2ª ordem:
• Efeitos devidos à
deformação/
deslocamento da
estrutura.
• Carga vertical x
deslocamento horizontal.
(associado ao pilares-parede)
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Contraventamento
• É possível identificar, dentro da estrutura, subestruturas que, devido à sua grande rigidez a
ações horizontais, resistem à maior parte dos esforços decorrentes dessas ações.
• Essas subestruturas são chamadas subestruturas de contraventamento. Os elementos que
não participam da subestrutura de contraventamento são chamados elementos
contraventados.
• As subestruturas de contraventamento podem ser de nós fixos ou de nós móveis, de
acordo com as definições de 15.4.2 da NBR 6118:2017.
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𝑁𝑘
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 ∙ ≤ 𝛼1 (“NÓS FIXOS” ou
𝐸𝑐𝑠 ∙ 𝐼𝑐 “INDESLOCÁVEL”)
onde:
0,2 + 0,1 ∙ 𝑛, se 𝑛 ≤ 3
𝛼1 = ቊ
0,6, se 𝑛 ≥ 4
◦ Para edifícios com associações de pilares-parede e pórticos associados a pilares-parede, adotar
𝛼1 = 0,6.
◦ No caso de contraventamento constituído exclusivamente por pilares-parede, adotar 𝛼1 = 0,7.
◦ Quando só houver pórticos, adotar 𝛼1 = 0,5.
𝑛 é o número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação ou de um nível pouco
deslocável do subsolo;
𝐻𝑡𝑜𝑡 é a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível pouco
deslocável do subsolo;
𝑁𝑘 é o somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nível considerado
para o cálculo de 𝐻𝑡𝑜𝑡 ), com seu valor característico;
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𝑁𝑘
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 ∙ ≤ 𝛼1 (“NÓS FIXOS” ou
𝐸𝑐𝑠 ∙ 𝐼𝑐 “INDESLOCÁVEL”)
onde:
O valor de 𝐼𝑐 deve ser calculado considerando as seções brutas dos pilares.
𝐸𝑐𝑠 ∙ 𝐼𝑐 representa o somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na direção considerada. No
caso de estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com pilares de rigidez variável ao longo da
altura, pode ser considerado o valor da expressão 𝐸𝑐𝑠 ∙ 𝐼𝑐 de um pilar equivalente de seção
constante.
• A rigidez do pilar equivalente deve ser determinada da seguinte forma:
o Calcular o deslocamento do topo da estrutura de contraventamento, sob a ação do
carregamento horizontal na direção considerada;
o Calcular a rigidez de um pilar equivalente de seção constante, engastado na base e livre no
topo, de mesma altura 𝐻𝑡𝑜𝑡 , tal que, sob a ação do mesmo carregamento, sofra o mesmo
deslocamento no topo.
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1 a 1 a
L
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Recomendações práticas
• Nos casos em 𝜸𝒛 > 𝟏, 𝟑, as seguintes medidas podem ser tomadas:
• Enrijecer a estrutura (até que z ≤ 1,30)
• Utilizar métodos de cálculo mais rigorosos
Métodos P-D
Bastante empregado em programas de cálculo estrutural
Análise não-linear geométrica rigorosa
De maior abrangência, porém mais complexo.
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Deslocamentos
limite
+ 𝜓2𝑗 ∙ 𝐹𝑞𝑗𝑘
Exemplo
• Verificar a estabilidade global do exemplo anterior.