da Guia Nacional de Acolhimento - CNACA pela autoridade judiciária, antes do encaminhamento da criança ou do adolescente aos programas de acolhimento institucionais, governamentais ou não, nas comarcas Estado de Minas Gerais, e torna sem efeito a Recomendação Conjunta da Corregedoria- Geral de Justiça nº 3, de 18 de julho de 2019.
O CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS e
a SUPERINTENDENTE DA COORDENADORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das atribuições que lhes conferem, respectivamente, o art. 23 da Lei Complementar estadual nº 59, de 18 de janeiro de 2001, e os incisos I e XIV do art. 32 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e os incisos VIII e X do art. 3º da Resolução da Corte Superior nº 640, de 24 de junho de 2010,
CONSIDERANDO a necessidade de consolidar dados referentes a crianças e a
adolescentes em regime de acolhimento institucional ou familiar das comarcas do Estado de Minas Gerais;
CONSIDERANDO que a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a qual “dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”, no § 3º do seu art. 101, determina que crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que executam programas de acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio de uma guia de acolhimento, expedida pela autoridade judiciária;
CONSIDERANDO a Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 289, de 14 de
agosto de 2019, que “dispõe sobre a implantação e funcionamento do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento - SNA e dá outras providências”;
CONSIDERANDO que a Instrução Normativa da Corregedoria Nacional de Justiça
nº 3, de 3 de novembro de 2009, “institui a guia única de acolhimento, familiar ou institucional, de crianças e adolescentes, e a de desligamento, fixa regras para o armazenamento permanente dos dados disponíveis em procedimentos de destituição ou suspensão do poder familiar”;
CONSIDERANDO que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG se
encontra tecnologicamente aparelhado para armazenar e transmitir informações em mídia magnética, permitindo que se instale um conjunto de dados estaduais centralizados, na Corregedoria-Geral de Justiça e no Conselho Nacional de Justiça - CNJ;
CONSIDERANDO a Recomendação Conjunta da Corregedoria-Geral de Justiça nº
3, de 18 de julho de 2019, que “recomenda sobre a obrigatoriedade da expedição da Guia Nacional de Acolhimento - CNACA pela autoridade judiciária, antes do encaminhamento da criança ou do adolescente às instituições de acolhimento institucionais, governamentais ou não, nas comarcas Estado de Minas Gerais”;
CONSIDERANDO a necessidade de atualizar a Recomendação Conjunta da CGJ nº
3, de 2019, a fim de possibilitar a adoção de novas medidas para o aperfeiçoamento dos procedimentos de encaminhamento de crianças e adolescentes, nos casos de acolhimento emergencial promovido em períodos de plantão, com fulcro do art. 93 e nos seguintes da Lei nº 8.069, de 1990;
CONSIDERANDO o que ficou consignado no processo do Sistema Eletrônico de
Informações - SEI nº 0066841-76.2019.8.13.0000,
RECOMENDAM aos juízes de direito da Justiça Comum estadual do Estado de
Minas Gerais, com competência na área da infância e da juventude, que expeçam previamente a Guia Nacional de Acolhimento - CNACA, ao encaminhar crianças ou adolescentes para programas de acolhimento institucional, governamentais ou não, observado o inteiro teor disposto no § 3º do art. 101 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”.
Esta Recomendação Conjunta não se aplica à hipótese de acolhimento institucional,
em caráter excepcional e de urgência, amparado pela regra do art. 93 e seguintes da Lei nº 8.069, de 1990. Nessa situação, a entidade que mantenha programa de acolhimento institucional deverá comunicar o fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, o qual deverá providenciar a imediata expedição da CNACA.
Fica sem efeito a Recomendação Conjunta da Corregedoria-Geral de Justiça nº 3,
de 18 de julho de 2019.
Belo Horizonte, 25 de outubro de 2019.
Desembargador JOSÉ GERALDO SALDANHA DA FONSECA
Corregedor-Geral de Justiça
Desembargadora VALERIA RODRIGUES QUEIROZ
Superintendente da Coordenadoria da Infância e Juventude-COINJ/TJMG