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[CFO] Módulo I - Doutrina Militar

ESCOLA PRÁTICA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS ®

INSTRUÇÕES DA CARTILHA

- Após a leitura da cartilha, deverá marcar seu módulo no system;


- Não esqueça que para responder às questões, deverá possuir uma boa
ortografia, caso contrário poderá perder pontos;
- Poderá consultar a cartilha durante o módulo, não podendo consultar o
Regulamento Disciplinar e Estatuto Oficial;
- Após o tempo da questão ser enviada, deverá responder de acordo com o que
está pedindo a questão;
- Respostas idênticas a cartilha serão consideradas erradas;
- O teste será composto por 10 questões, podendo errar apenas 4;
- Não se esqueça de marcar o módulo apenas quando se sentir preparado.

∫ INTRODUÇÃO
Subalterno, este módulo tem como tema a Doutrina Militar e sua importância
nas autoridades policiais, essencial para o bom convívio do regimento de
militares da Polícia DPH.
Esta cartilha está subdividida em 6 tópicos, que separam os temas que serão
abordados, leia com atenção!
Em caso de dúvidas acerca do conteúdo lecionado, você poderá anotá-las e
retirá-las com o seu Instrutor no momento de efetuar o teste prático, antes
que seja iniciado.

∫ Tópico 01:Hierarquia e Disciplina.


No ramo policial é fundamental reconhecer que a Doutrina Militar se ampara
com base no Militarismo, isto é, constitui-se no conjunto de valores, conceitos
básicos, capacidade de entender a maneira de guiar a organização e o
funcionamento do departamento, no qual é baseado em dois grandes pilares: a
Hierarquia e a Disciplina. Vamos explicar cada um:

- A Hierarquia se trata da divisão da nossa corporação em patentes, ou seja,


formando uma espécie de pirâmide, em que há inferiores e superiores.
- A disciplina, em conjunto com a hierarquia, garante que quem esteja acima,
ou seja, superiores, tenha total autonomia sobre aquele que está abaixo
(inferiores) .

O acatamento às ordens superiores deve ser imediato. Espera-se que um oficial


receba ordens e cumpra-as sem questionar. Cabe ao superior hierárquico total
autonomia e responsabilidade sob seus subordinados.

O não cumprimento de uma ordem poderá culminar em uma punição,


independente da ordem, visto que o inferior não possui nenhum direito de
recusar uma ordem vinda de uma superior, visto a se enquadrar como
uma Transgressão Mediana - Grau III.

A doutrina militar, por outro lado, leva consigo benefícios que impactarão no
cotidiano e no funcionamento da polícia, como a organização do QG e o reforço
da autonomia dos superiores sob seus inferiores com o acatamento das normas
e disposições que ocasionam na harmonia dentro do ambiente policial.

∫ Tópico 02:Postura Militar.


Postura é a posição ou atitude que alguém adota em determinado momento, ou
em relação a algum assunto. Atrelado ao âmbito militar, adotamos a Postura
Militar.

Compreende-se que o militar ao carregar em seu benefício a postura militar


demonstrará a capacidade de se portar como um Oficial, visando sempre seguir
os padrões éticos da polícia.

Consideramos características da Postura Militar as seguintes:


• Seguir os padrões de comunicação, utilizando pronome e patente com
superiores e apenas a patente com os inferiores.
• Saber impor o devido respeito enquanto policial, possuindo uma
conduta íntegra e respeitosa e mostrando-se como autoridade.
• Prezar sempre pela excelência de seus subordinados, auxiliando e
orientando de forma ímpar em prol da evolução deles.
• Ter dedicação em seus serviços e atividades, sejam em base ou em
funções.
• Efetuar leituras constantes dos documentos oficiais e ser rigoroso no
acatamento destes, tais como o Estatuto e Regulamento Disciplinar.
• Possuir uma escrita formal, não utilizando gírias dentro do Quartel-
General.

É importante também que o militar saiba impor valores como:


• Empatia: É a capacidade de sentir o que outra pessoa sentiria caso
estivesse na mesma situação dela, se colocando no lugar da outra
pessoa, isso auxilia a forma como ela toma as decisões ou como se
sentiria em certas situações.
• Assertividade: É a capacidade de demonstrar segurança e confiança no
que é dito, não estando “em cima do muro”. O policial assertivo
comunica de forma clara, objetiva, transparente, honesta e respeitosa.
• Cordialidade: É ser gentil, solícito e simpático, demonstrando
consideração, sabendo usar das palavras de maneira educada, como por
exemplo: por favor, obrigado, com licença, bom dia, etc.

É essencial que você, como um Pré-Oficial, jamais deixe de exercer a postura


militar dentro do âmbito militar. Impondo respeito, você demonstra ter Postura
Militar, e para que você consiga impor respeito, deverá passar confiança aos
seus inferiores e jamais demonstrar fraqueza ou vulnerabilidade. Você deve
ser visto como um Líder por seus subordinados, sendo sério e íntegro, da
maneira que o departamento espera que você seja.
É necessário ressalvar que é proibido dirigir-se aos seus inferiores com
expressões ou gírias que não representem o militarismo seguido pela DPH. Veja
alguns exemplos corretos e incorretos abaixo:

- “Gente? Prestem o comando.” - NÃO segue a Postura Militar.


- “Executem o comando, militares!” - SEGUE a Postura Militar.

- “Vá para a recepção, ok.” - NÃO segue a Postura Militar.


- “Sargento, vá à recepção.” - SEGUE a Postura Militar.

- “ok ok.” - NÃO segue a Postura Militar.


- “Sim, senhor.” / “Certamente.” - SEGUE a Postura Militar.

É crucial demonstrar integridade em suas falas e ações prezando


pela honestidade em sua conduta para que seus inferiores sigam esse exemplo
e compreendam como proceder.

∫ Tópico 03: Aplicação no Quartel-General.


Conforme foi aprendido em cursos anteriores, há vários comandos na base do
departamento, são esses o O.G, o O.C e o O.B. Estes comandos têm autoridade
sobre os policiais presentes nos postos de sua responsabilidade, mesmo que
sejam superiores.

Entretanto, isso não torna o comandante superior a este policial com base na
hierarquia. Ou seja, o policial pode definir como as coisas ocorrem pelo posto,
todavia, não poderá se dirigir a um superior da mesma forma que ele se dirigiria
a um inferior.

Claro que o policial deverá obrigatoriamente utilizar as formas de tratamento


com seus superiores e inferiores, mas neste caso, uma outra questão entra em
pauta: a diferença entre se dirigir entre um superior e um inferior fora o
pronome de tratamento e demais formalidades.

Observe os exemplos abaixo:

Um Capitão é o Oficial de Comando e se dirige a um ASPIRANTE:


“Aspirante, aplique a aula.”

Um Capitão é o Oficial de Comando e se dirige a um CORONEL:


“Senhor Coronel, poderia aplicar a aula?”

Observe que, mesmo que o Capitão esteja em uma posição de autoridade, nesse
caso o Oficial de Comando, ele impôs seu pedido de uma maneira diferente. Ao
se dirigir ao Aspirante, foi imposta uma ordem, já ao se dirigir ao
Coronel, efetuou apenas uma solicitação, um pedido, como pode ser visto no
“poderia”, elemento da frase.
De modo geral, caso você esteja em algum posto de autoridade em base, saiba
se dirigir da maneira correta, jamais impondo ordens aos seus superiores,
apenas efetuando solicitações.

A condição de comandante de algum posto no Quartel-General não deve


sobrepor de maneira alguma a hierarquia do departamento. Atente-se ao fato
de que dirigir-se a um superior de forma equivocada, estando ou não em um
comando, irá resultar em punições ao policial.

∫ Tópico 04:O outro lado da Doutrina Militar.


A Doutrina Militar cuja é empregada pelo departamento é direcionada também
aos inferiores, de modo que seja inadmissível que um militar da polícia seja
cego às transgressões disciplinares (erros) cometidas por seus inferiores.

Os inferiores são o futuro do departamento. Mostrar indiferença com a


excelência destes permite de certo modo que a polícia se torne cada vez pior,
com policiais despreparados e desinformados, não é isso que um Oficial deve
esperar de nossa organização.

É exigido que o superior hierárquico esteja sempre atento e vise


sempre corrigir os erros de seus subordinadosde maneira correta e justa. É
essencial que os membros do Oficialato tenham isso em mente e sempre ajam
assim, de modo que todos possam evoluir como policiais, conforme erros são
corrigidos.

Deste mesmo modo, corrigir um erro cometido poderá significar na adoção de


uma medida punitiva. Você jamais deverá pensar que ao não punir um
subordinado estará o ajudando, totalmente pelo contrário, não puní-lo fará que
ele pense que sua atitude foi certa e continuará com tal hábito. A punição
mostrará ao policial que sua atitude foi incorreta e que voltar a praticá-la,
resultará em sanções.

Não adotar uma medida punitiva te torna, além de errado, omisso, que
também configura uma transgressão, o que pode ocasionar uma punição a você,
conforme consta no art. 1º do Regulamento Disciplinar do DPH.

Por isso, lembre-se que prezar pela excelência de seus subordinados vaialém
de ser educado e cordial ou até mesmo atribuir elogios, inclui também a
correção de erros cometidos pelo policial, sendo um dever seu como superior e
futuro Oficial do departamento.

∫ Tópico 05:Gestão de tempo e produtividade.


A gestão de tempo é necessária para administrar o seu tempo obtendo um
bom resultado em suas funções, até mesmo em base, cumprindo suas
obrigações sem se prejudicar ou ao departamento.

Devemos priorizar nossa realidade e compreender que não podemos passar 24


horas nos dedicando à Polícia, sendo de extrema importância definir prioridades
e redigir um bom planejamento. Dessa forma, torna-se mais produtivo ficar
apenas 3 horas no departamento - nas quais você consegue cumprir suas metas
- do que 12 horas em frente ao computador obtendo um rendimento nulo.

Com o planejamento de todas as suas tarefas e gerenciamento de tempo, sua


produtividade nos deveres será notória. Lembre-se que para sermos produtivos
precisamos estar onde nos sentimos bem, realizando as tarefas sem deixá-las
pela metade.

Você, como um pré-oficial, não deve focar apenas em assumir apenas um posto
- como o Oficial de Guarda ou comando da Sala de Controles. Não encontrar
setores vagos e refugiar-se na sala de ausências sem produzir nada não é um
ato louvável, visto que há a possibilidade de ir ao centro observar, orientar ou
punir seus subalternos. Além disso, após a aprovação no CFO, novas autonomias
poderão ser exploradas, como a realização de testes de
conhecimento ou palestras, compartilhando conhecimento com seus
inferiores.

Depois de saber como fazer um planejamento de todas as suas atividades, deve-


se ter ciência que é extremamente importante ter um equilíbrio em todas as
atividades básicas do dia a dia. Lembre-se de cumprir com as metas propostas
tanto nas funções extras quanto obrigatórias, não deixando de ter uma boa
presença em base, auxiliando seus inferiores e ajudando os setores
necessitados.

Sendo superior, possuímos uma grande responsabilidade de passar o exemplo


bom para os inferiores, ou seja, caso não cumpra com suas obrigações e
prejudique a sua carreira, será um policial incompleto e passará essa visão a
todos aqueles que se espelham em você.

∫ Tópico 06:Funções.
A polícia possui nove funções e dois órgãos, cada um com suas
responsabilidades perante o departamento. Tendo em vista que algumas
funções possuem uma dedicação maior com relação ao tempo, é necessário
que saiba escolher corretamente aquela que se encaixe melhor fazendo o
gerenciamento de tempo com sua vida real.

Ao entrar em uma função, você deverá permanecer nela por pelo menos 30 dias
obrigatórios para poder sair isento de “punições”, caso saia antes desse prazo,
tomará advertência escrita, exceto em casos justificáveis para os líderes das
funções.

No departamento diferem-se as funções obrigatórias, extras e órgãos.

Afunção obrigatóriaexige o ingresso de todos os militares, privando-os do poder


de escolha. Constitui-se apenas pelos Guias, identificados pela sigla[G].

Asfunções extraspossuem o ingresso opcional, feito pela escolha do militar. No


departamento, encontramos 7 delas, sendo:
• [Sp] - Supervisores;
• [Trn] - Treinadores;
• [Mr] - Rondas;
• [Pd] - Produtores;
• [Pf] - Professores;
• [Ins] - Escola Prática de Formação de Oficiais;
• [AMFE] - Academia Militar de Formação Executiva;

Na função facultativa denominada Comissão [Mc], o ingresso é feito apenas


por convite da liderança para os membros Oficiais Superiores (Alto comando).

Já os órgãos são representados pelo Comando de Operações Especiais


[COE] e Estado-Maior [E.M]. Ambos são responsáveis por manter a ordem e
justiça no departamento.

Obs: A função obrigatória e os órgãos NÃO são contabilizados como funções


extras.

Cada policial detém um limite de funções que pode participar, somando sua
ocupação, que é definida através do peso de cada cargo das funções. A função
obrigatória (Guias), para quem não é Coordenador acima, e a Comissão não
entram no somatório de pesos permitidos.

• Praças possuem o limite 3,0 de ocupação;


• Oficiais possuem o limite 4,0 de ocupação;
• Oficiais Generais acima possuem o limite 5,0 de ocupação.

Os pesos são definidos da seguinte forma:

1. Membro de função não obrigatória – 1,0


2. Coordenador de função (obrigatória ou não) – 1,5
3. Auxiliar de função (obrigatória ou não) – 2,0
4. Vice-líder de função (obrigatória ou não) – 2,5
5. Líder de função (obrigatória ou não) – 3,0

Selecione apenas a quantidade de funções que você sabe que dará conta de
fazer sem se prejudicar em lugar nenhum.
Uma má gestão de tempo poderá fazer com que metas não sejam cumpridas,
podendo culminar em punições internas às funções. A má gestão poderá
também causar baixo rendimento, previsto no Regulamento Disciplinar, onde
a punição é o rebaixamento, portanto, saiba gerir corretamente o seu tempo
disponível.

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