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ÉVERTON REIS
TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO
Passo Fundo
2011
ÉVERTON REIS
Passo Fundo
2011.
ANÁLISE SÍSMICA DE UM EDIFÍCIO DE
MÚLTIPLOS ANDARES EM AÇO
ÉVERTON REIS
Passo Fundo
2011.
IV
RESUMO
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................................. IV
SUMÁRIO ............................................................................................................................................. V
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
1.1 Considerações Iniciais ............................................................................................................................. 1
1.2 Objetivos ................................................................................................................................................. 2
1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................................... 2
1.2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................................... 2
3 METODOLOGIA................................................................................................................................ 45
3.1 Considerações iniciais ........................................................................................................................... 45
3.2 Apresentação do modelo a ser adotado.................................................................................................. 46
3.3 Procedimento para análise ..................................................................................................................... 46
5 CONCLUSÕES.................................................................................................................................... 57
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Situações típicas de vibrações a que ficam submetidas as edificações urbanas. ........................... 4
Figura 2: Ondas geradas pela ação sísmica .................................................................................................. 9
Figura 3: Tipos de cargas dinâmicas .......................................................................................................... 10
Figura 4: Sistema massa, mola e amortecedor............................................................................................ 11
Figura 5: Vibração livre não amortecida .................................................................................................... 13
Figura 6: Vibração livre amortecida ........................................................................................................... 14
Figura 7: Fator de amplificação dinâmica .................................................................................................. 17
Figura 8: Força com variação arbitrária no tempo ...................................................................................... 18
Figura 9: Exemplo de espectro de resposta ................................................................................................ 21
Figura 10: Modos de um sistema de pórtico de três andares ...................................................................... 24
Figura 11: Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no Brasil para terrenos da Classe
B (“Rocha”) Fonte: ABNT NBR 15421:2006, p.7 ..................................................................................... 33
Figura 12: Variação do espectro de resposta de projeto (/) em função do período...................... 36
Figura 13: Dimensionamento do edifício – Eixo 1 ..................................................................................... 47
Figura 14: Relação de tensões nos pilares, vigas e contraventos – Eixo 1 ................................................. 48
Figura 15: Dimensionamento do edifício – Eixo 1 ..................................................................................... 53
Figura 16: Momentos fletores nos pilares – Estrutura sem cargas sísmicas ............................................... 54
Figura 17: Momentos fletores nos pilares – Estruturas carregadas com sismo .......................................... 54
Figura 18: Espectro de resposta de projeto em função do período ............................................................. 56
57
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
2 REVISÃO DA LITERATURA
log log
I Imperceptível Não sentido. Efeitos marginais e de longo período no caso de grandes sismos.
II Muito fraco Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de edifícios ou favoravelmente colocadas.
Sentido dentro de casa. Os objectos pendentes baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem
III Fraco
de veículos ligeiros. É possível estimar a duração mas pode não ser reconhecido como um sismo.
Os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou
à sensação de pancada de uma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças
IV Moderado
tremem. Os vidros e as loiças chocam e tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de
madeira rangem.
Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direcção do movimento; as pessoas são acordadas; os líquidos
oscilam e alguns extravasam; pequenos objectos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As
V Forte
portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos de relógio param ou
iniciam ou alteram o seu estado de oscilação.
8
Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As pessoas sentem falta de segurança. Os pratos,
as loiças, os vidros das janelas, os copos partem-se. Objectos ornamentais e livros caem das prateleiras. Os
VI Bastante forte quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias de qualidade
inferior (tipo D) fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente
agitadas e ouve-se o respectivo ruído.
É difícil permanecer em pé. É notado pelos condutores de automóveis. Objectos pendurados tremem. As
mobílias partem. Verificam-se danos nas alvenarias de qualidade inferior (tipo D), incluindo fracturas. As
chaminés fracas partem ao nível das coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas,
VII Muito forte parapeitos soltos e ornamentos arquitectónicos. Algumas fracturas nas alvenarias de qualidade intermédia
(tipo C). Ondas nos tanques. Água turva com lodo. Pequenos desmoronamentos e abatimentos ao longo das
margens de areia e de cascalho. Os grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para irrigação são
danificados.
Afecta a condução dos automóveis. Danos nas alvenarias de qualidade intermédia (tipo C) com colapso
parcial. Alguns danos na alvenaria de boa qualidade (tipo B) e nenhuns na alvenaria de qualidade superior
(tipo A). Quedas de estuque e de algumas paredes de alvenaria. Torção e queda de chaminés, monumentos,
VIII Ruinoso torres e reservatórios elevados. As estruturas movem-se sobre as fundações, se não estão ligadas
inferiormente. Os painéis soltos no enchimento de paredes são projectados. As estacarias enfraquecidas
partem. Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e dos poços. Fracturas no chão húmido e nas
vertentes escarpadas.
Pânico geral. Alvenaria de qualidade inferior (tipo D) destruída; alvenaria de qualidade intermédia (tipo C)
grandemente danificada, às vezes com completo colapso; as alvenarias de boa qualidade (tipo B) seriamente
IX Desastroso danificadas. Danos gerais nas fundações. As estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As
estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de
areia e lama; formam-se nascentes e crateras arenosas.
A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com as suas fundações. Algumas estruturas de
madeira bem construídas e pontes são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros. Grandes
X Destruidor desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas contra as muralhas que marginam os canais, rios e
lagos; lodos são dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias-férreas
levemente deformadas.
XI Catastrófico Vias-férreas grandemente deformadas. Canalizações subterrâneas completamente avariadas.
Grandes massas rochosas deslocadas. Conformação topográfica distorcida. Objectos atirados ao ar. Jamais
XII Cataclismo
registado no período histórico
Tabela 1: Escala de Mercalli Modificada – Graus de intensidade sísmica
Podemos identificar as ondas de propagação dos sismos como sendo ondas “P”
(primárias) e ondas “S” (secundárias). As ondas “P”, cujas partículas se movem na
direção de propagação induzem uma alternância entre tensões de tração e de
compressão. Já as ondas “S”, as partículas se movem na direção perpendicular caminho
de propagação, induzindo deformações por cisalhamento.
Quando a energia de vibração da onda se propaga perto da superfície do solo,
ocorre a formação de duas outras ondas: as de RayLeigh e as de Love. As ondas de
RayLeigh são ondas de tração e compressão, similares as ondas “P” e as ondas de Love
são ondas cisalhantes. São mais lentas que as ondas primárias e secundárias e
amortecem rapidamente (CLOUGH; PENZIEN, 1993).
9
! 0
cosω% &'(ω%
ω%
Nota-se que o movimento uma vez iniciado permanecera indefinidamente, sendo
movimento harmônico, pois e composto de seno e coseno com a mesma freqüência,
sendo:
!
ω%
)
2π
de período natural dado por:
*%
ω%
A freqüência natural e o inverso do período natural, expressa em hertz (Hz) ou
ciclos por segundos, dada por:
13
1
,%
ω%
*% 2π
O valor do deslocamento nos instantes em que a velocidade se anula
corresponde a amplitude do movimento. No caso da vibração não amortecida a
amplitude e constante conforme Figura 5.
! 1
ω-
) . 0
ω% 21 ξ1
2.
por:
ξ
34
2π
amortecimento critico (Cr) dado por:
*-
ω-
14
x ξω? x
xt
e 89: ; <x cosωD t senωD tA
ωD
x(t)
x0
TD
x rF F
xt
x cosω? t F H senω t senωt
ω? k1 r 1 ?
k1 r 1
Onde:
r
ω
ω?
F
xt
e ξω: ; LA cosωD t B senωD tO senωt
kP1 r 1 1 2ξr1
2ξr
arctan F H
1 r1
16
F
xRS;
k
1
AD
P1 r 1 1 2ξr1
F
deformação estática.
X
AD
k
ξ=0
2 ξ = 0,2
ξ = 0,5
ξ = 0,7
1
ξ=1
0
0 1 2 3 4
r = ω/ωn
1
ADVáW
2ξ
F
fB t
A Lk senωt Z 2ξmω? ω cosωt ZO
k D
fB\á] F AD P1 2ξr1
1 2ξr1
T_
)
1 r 1 1 2ξr1
F(t)
I F = F(t )dt
t
t dt
Figura 8: Força com variação arbitrária no tempo
19
;
1
xt
` Fτ senLω? t τOdτ
mω?
;
1
xt
` Fτe 89:; b senLωD t τOdτ
mωD
senLωD t τO
senωD t cosωD τ cosωD t senωD τ, temos, para fins de
experimentais ou medições de campo, como no caso de terremotos. A partir de
implementação numérica:
e 89: ;
xt
LAt senωD t Bt cosωD tO
mωD
Onde:
;
As cargas gravitacionais que atuam sobre a estrutura são forças estáticas, que são
independentes do tempo, mas as forças sísmicas que atuam sobre a estrutura devido à
vibração variável do solo causam uma resposta variável ao longo do tempo.
A resposta gerada depende da magnitude e duração da excitação, das
propriedades dinâmicas da estrutura e das características do solo no local. A vibração do
solo se amplifica na estrutura dependendo de seu período natural. O efeito da resistência
de amortecimento da estrutura na vibração imposta influi na magnitude e duração do
de 5% (ξ
0,05).
movimento induzido, e geralmente assumi-se para edifícios normais um amortecimento
Período ou freqüência
Sg ω? 1 Sh
Si ω? Sh
para outro movimento do solo registrado no mesmo local durante um sismo diferente
também é arbitrária, porém, os pontos máximos e mínimos não necessariamente nos
mesmos períodos. Não é possível prever o espectro de resposta com todos os seus
detalhes para um movimento do solo que possa ocorrer no futuro. Assim, o espectro de
projeto deve ser composto de um conjunto de curvas e retas definidas para cada nível de
amortecimento.
O espectro de projeto deve representar movimentos do solo registrados no local
em sismos passados, caso não exista registros sísmicos neste local, o espectro de projeto
deve ser baseado em registros de outros locais com condições semelhantes e baseia-se
em critérios estatísticos a partir de um conjunto de espectros de respostas. Os fatores
que influenciam esta escolha são: a magnitude do sismo, a distância do local até a falha
sísmica, mecanismo da falha, a geologia da trajetória das ondas sísmicas e o tipo de solo
do local.
fI
m · d
fI1
m1 · d1
fIl
ml · dl
Em forma matricial:
fI m 0 0 d
nfI1 o
p 0 m1 0 q · rd1 s
fIl 0 0 ml d l
25
tFI u LO · vwx
Em forma matricial:
Ou em forma compacta:
Onde tFK u é o vetor das forças elásticas, LzO é a matriz de rigidez e twu é
o vetor de deslocamento.
Por analogia, as forças de amortecimento podem ser expressas por:
E equivale a:
}~ e 1
|LzO %1 · LO| 0
, ,
LΦO
, ,
0 %
1
0
LλO
%
1
0 0 %
1
LMOLΦOLλO LKOLΦO
v x · LO · t u
0
¤
sido normalizados em relação à matriz de massa, onde LIO é uma matriz identidade, tem-
pelas referidas equações não são nulos. Somente para i=j. Caso os autovalores tenham
se:
§§§§§§x
v
v x
¦
§§§§§§x¤ LOv
2v §§§§§§x
¦ ¦
transposição.
LΦO¤ LMOt1u
L¨O
LΦO¤ LMOLΦO
L©O
LΦOLPOLDO
L©O
LΦOLPOLVOLλO
L©O
LΦOLPOLOLλ1 O
L"O LKOLUO
L®O
LFOt1u
32
Todas as estruturas devem ser projetadas e construídas para resistir aos efeitos
das ações sísmicas. No projeto das estruturas devem ser considerados os estados limites
últimos. Devem também ser verificados os estados limites de serviço caracterizados por
deslocamentos excessivos. As cargas sísmicas definidas na Norma consideram a
capacidade de dissipação de energia no regime inelástico das estruturas.
Conforme o item 5.1.3.3 da ABNT NBR 8681:2003, as ações sísmicas devem
ser consideradas ações excepcionais, sendo que os coeficientes de ponderação a
´°µ
{~ · ´°
´°µ
{¶ · ´°
Ca Cv
Classe do terreno
ag ≤ 0,10g ag = 0,15g ag ≤ 0,10g ag = 0,15g
A 0,8 0,8 0,8 0,8
B 1,0 1,0 1,0 1,0
C 1,2 1,2 1,7 1,7
D 1,6 1,5 2,4 2,2
E 2,5 2,1 3,5 3,4
Tabela 4: Definição dos fatores Ca e Cv de amplificação sísmica no solo.
Fonte: ABNT NBR 15421:2006, p.9
Figura 12: Variação do espectro de resposta de projeto ( / ) em função do período
Fonte: ABNT NBR 15421:2006, p.10
Para cada estrutura deve ser definida uma categoria de utilização e um fator de
importância de utilização, conforme mostrado resumidamente na Tabela 5.
Categorias
Natureza da ocupação Fator I
de utilização
Todas as estruturas não classificadas como de cate-
I 1,00
goria II ou III.
Estruturas de importância substancial para a preser-
II 1,25
vação da vida humana no caso de ruptura.
" 0,01»
¼ {µ . »
´°µ ⁄½
{µ
*¾ ⁄¿
*~ {Â . Ã%
Coeficiente de limitação do
Zona Sísmica
período (Cup)
Zona 2 1,7
39
Zona 3 1,6
Zona 4 1,5
Tabela 6: Coeficiente de limitação do período
Fonte ABNT NBR 15421:2006, p.20
elevações da estrutura, de forma que cada elevação x, seja aplicada uma força " ,
A força horizontal total na base H é distribuída verticalmente entre as várias
" {¶ . ¼
Sendo que {¶ é o coeficiente de distribuição vertical onde seu valor é calculado
conforme item 9.3 da Norma.
O projeto deve incluir um momento de torção inerente (Mt) nos pisos, causado
pela excentricidade dos centros de massa relativamente aos centros de rigidez, acrescido
de um momento torsional acidental (Mta), determinado considerando-se um
deslocamento do centro de massa em cada direção igual a 5% da dimensão da estrutura
paralela ao eixo perpendicular à direção de aplicação das forças horizontais. Quando
houver aplicação simultânea de forças horizontais nas duas direções, basta considerar o
momento acidental obtido na direção mais crítica.
elementos de concreto devem levar em conta a redução de rigidez pela fissuração. Para
{Æ . Dz
δ]
¿
¨ . Δ
θ
¼ õ {Æ
Outro método dinâmico que pode ser aplicado segundo a Norma é a análise com
histórico de acelerações no tempo e deverá consistir da análise dinâmica de um modelo
42
das forças horizontais equivalentes usando o valor Cµ
0,01. Caso a força horizontal
A força horizontal total na base da estrutura H deve ser determinada pelo método
máxima na base Ht, obtida com um determinado acelerograma, seja inferior a H, todas
as forças elásticas obtidas nesta direção devem ser multiplicadas por H/Ht.
Os efeitos finais obtidos na análise correspondem à envoltória dos efeitos
máximos obtidos com cada um dos conjuntos de acelerogramas considerados.
¶ 0,5´°µ /½. Ì
∑% "
"Á
% Î
∑ Î
3 METODOLOGIA
aproximado da estrutura Ta, conforme item 2.6.4.2 deste trabalho, porém encontram-se
valores mais conservadores.
¼ {µ . »
" {¶ . ¼
Sendo que {¶ é o coeficiente de distribuição vertical onde seu valor é calculado
conforme item 9.3 da ABNT NBR 15421.
Deslocamento Deslocamentos
Andar Δx(m)
total (m) relativos Limite (m)
Deslocamento Deslocamentos
Andar Δx(m)
total (m) relativos Limite (m)
Figura 16: Momentos fletores nos pilares – Estrutura sem cargas sísmicas
Figura 17: Momentos fletores nos pilares – Estruturas carregadas com sismo
55
Este trabalho não tem como objetivo analisar o comportamento da estrutura por
métodos dinâmicos, porém com base nos conhecimentos adquiridos, podemos
introduzir alguns dados para eventuais trabalhos futuros.
De acordo com a localização, o solo e as características da edificação podemos
definir o espectro de resposta de projeto a ser considerado conforme item 2.6.3.3, e
mostrado na Figura 18.
56
5 CONCLUSÕES
Neste trabalho foi apresentada uma revisão bibliográfica sobre análise dinâmica com
ênfase nas ações sísmicas, e sua aplicação a um edifício em aço.
Através dos estudos realizados, percebeu-se a necessidade da consideração dessas
ações em edificações, conforme referências da norma ABNT NBR 15421. Da mesma forma é
preciso desenvolver a engenharia sísmica no Brasil, capacitando os engenheiros estruturais no
projeto de estruturas sismos-resistentes.
Neste contexto as universidades têm um papel extremamente importante, no
desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e de extensão visando à avaliação mais profunda do
risco sísmico em nosso país e a definição de soluções técnicas que sejam compatíveis com
nossa realidade econômica.
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KIM, D.S., Lee, J.S., Propagation and Attenuation Characteristics of Varios Ground
Vibrations, Soil Dynamics and Earthquake Engineering, Vol.19, pp 115-126, 2000
60