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MANTENHA O ESPÍRITO!
Um Guia Para
Praticar Aquilo Que Você Pregou

Para Ex-missionários

Ralph D. Degn
Tradução: Jeferson Carlos Nogueira da Silva
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Autorização do autor

-----Original Message-----
From: Ralph Degn [mailto:ralphgdegn@yahoo.com]
Sent: Friday, February 29, 2008 8:55 PM
To: SilvaJC@ldsces.org
Subject: Fwd: Keep the Bar Raised! Portuguese Translation

Note: forwarded message attached.

Jeferson,

One of our former misionaries just sent me this


Portuguese traslation of my Keep the Bar Raised!, the
other book you should receive this week.
You have my permission to use these materials for the
RMs of Brasil however you think best.
Although his attached letter has some crazy symbols,
the book attachment of the translation comes out
great!
Please let me know if you received this translation
OK. Also let me know when you receive the two English
books.

All the best, Ralph

_________________________________________________________________________
___________
Be a better friend, newshound, and
know-it-all with Yahoo! Mobile. Try it now.
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ÍNDICE

Introdução ……………………………………............................................................

Vença a Dúvida
O Lobo Mau...............................................................................

Subjugue as Justificativas
Os Três Porquinhos ................................................

Controle os Pensamentos
Além das Barricadas .....................................................

Arrependa-se Continuamente
Vinde a Cristo .........................................................................

Estude o Livro de Mórmon


A Pedra Angular de Sua Religião .........................................................

Seja Limpo
Viva no Mundo “Real”, não Viva “Realmente” no Mundo ....................................................

Honre o Dia do Senhor


A Chave para uma Semana de Sucesso .........................................................................

Observe os Dois T’s


Templo e o Instituto .....................................................................

Trabalhe Duro, Trabalhe de Forma Inteligente, Trabalhe Muito


O Trabalho é Uma Necessidade Espiritual ................................................

Apronte-se para Começar o Dia Direito


Os Cinco Anéis de Ouro .....................................................

Escreva sua Própria Bíblia Branca


Os Quatro P’s ..................................................

Faça Promessas Providentes


Sua Própria Declaração de Independência .........................................................

Mantenha a Visão de sua Missão


Escreva a Declaração de Visão de Sua Missão ..............................................

Escolha e Registre seus Valores


Escreva sua Própria Constituição ........................................................
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Evite a Perda do Controle Espiritual


Conclusão .........................................

Notas Finais ...............................

Índice Remissivo .......................

Sobre o Autor ...........................................


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1
INTRODUÇÃO
“Os homens e mulheres que voltam sua vida para Deus
descobrem que Ele pode fazer mais por ela do que eles próprios.”

Q
- Presidente Ezra Taft Benson

uando eu era um recém chamado presidente de missão, queria dar aos missionários
que estavam retornando para casa, durante minha entrevista final, algumas dicas
eficazes para se alcançar sucesso no “mundo real”, uma vez que aqueles jovens
guerreiros estavam voltando para esse mundo.

Ao longo de minha vida eclesiástica, eu servi por aproximadamente oito anos em


bispados nas alas de adultos solteiros da universidade e fui bispo de uma ala composta
aproximadamente por quase 95% de ex-missionários. Já que eu via muitos desses recém
chegados missionários gozando de felicidade em muitas áreas de suas vidas – estudo,
emprego, vida social – decidi perguntar-lhes quais foram os fatores que lhes trouxeram
sucesso. A lista que estes maravilhosos ex-missionários me deram compõem os assuntos
dos capítulos três ao dezesseis.

Os últimos sete capítulos, do décimo ao décimo sexto, são maiores que os demais.
Isto porque encontrei muitos ex-missionários que decerto negligenciavam esses pontos, no
entanto o conhecimento destes tópicos é essencial para uma vida de sucesso no mundo real.

Eu reuni os tópicos dos capítulos três ao dezesseis, imprimi um pequeno livrinho e


levei comigo para o campo missionário, entregando um para cada missionário em minha
entrevista final. Quando terminei minha missão como presidente, expandi o livrinho, inclui
experiências de nossos maravilhosos missionários da Missão Brasil São Paulo Norte,
sugestões de nossos filhos e filhas ex-missionários, e algumas observações minhas como
presidente de missão.

Os ex-missionários disseram que todas estas idéias que lhes trouxeram sucesso no
“mundo real” poderiam ser resumidas em um único ponto – o mesmo que lhes trouxeram
sucesso no campo missionário – MANTER O ESPÍRITO! Não importa se você está no
campo missionário ou no mundo real, manter o Espírito é essencial à sua excelência. As
idéias aqui contidas são aquelas que os ex-missionários disseram ter ajudado mais a mantê-
los felizes, apropriadamente orientados e afinados quando retornaram aos desafios de uma
vida normal.

Como tantos outros líderes da Igreja de Jesus Cristo, eu ouvi lamentos tristes tais
como os que se seguem, e tantos outros:
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“Bispo, eu não sinto o Espírito.”
“Eu perdi o Espírito que eu tinha na missão e não consigo tê-lo novamente. Você
pode me ajudar, bispo?”
“Como eu posso sentir que estou fazendo algo importante novamente?”
“Como posso ter certeza que esta é a pessoa certa com quem devo casar-me?”
“Parece uma selva na escola; como eu posso competir e ainda manter o Espírito?”
“Eu não posso acreditar nas mentiras. Como eu posso entrar no mundo dos
negócios e ainda manter-me honesto?”

As respostas para os problemas acima de se viver no “mundo real” são as mesmas


que trouxeram sucesso no campo missionário. E todas elas levam à mesma resposta:
MANTER O ESPÍRITO! No entanto, você precisa estar disciplinado o suficiente para
fazer duas coisas:

1. Faça as coisas que farão com que tenha direito ao Espírito.


2. Mantenha distância das coisas que afastam o Espírito.

Simples? Sim. Fácil? Não.

Todos os ex-missionários com quem conversei concordaram que quando eles


retornam têm que estar “no mundo mas não ser do mundo”. Eles normalmente fazem duas
considerações.
(1) É muito fácil voltar aos velhos hábitos, o seu “velho eu” e,
(2) você não pode “adaptar-se” ao “mundo real” quando volta para casa ou
cometerá um suicídio espiritual. O dicionário define a palavra “adaptar” como “ajustar,
acomodar, conformar.” Sim, você precisa adaptar-se, mas não deve acomodar-se ou entrar
em conformidade com o “mundo real”.

Por ser um ex-missionário você deve continuar como uma testemunha de Deus “em
todo o tempo e em todas as coisas, e em todos os lugares onde vos encontreis” (Mosias
18:9). E o Senhor disse que você “continuará levando meu nome diante do mundo e da
igreja. E não deverá supor que possa falar em demasia sobre a minha causa” (D&C 24:10).
Se agir de outra maneira, não pode manter o Espírito e consequentemente perderá a
habilidade de alcançar a excelência.

Até este momento, sua missão provavelmente foi o lugar de maior experiência
espiritual de toda a sua vida. Mas na sua chegada em casa, espero que você não diga apenas
“Estes foram os dois melhores anos de minha vida”, mas acrescente “Até agora”. O
restante de sua vida pode ser tão satisfatório caso vislumbre as várias atividades e os vários
momentos, exatamente como fazia na missão durantes os melhores momentos. Você teve
sucesso – mesmo a excelência – quando tinha a perspectiva de que o que fez foi uma
mordomia da glória de Deus.

Sua vida também é uma mordomia de Deus. Você veio a esta Terra para servir aos
propósitos de Deus. A vida mortal não é um estágio onde você age de acordo com seus
próprios desejos e ambições. Se olhar para todos os aspectos de sua vida – namoro,
casamento, educação, profissão, vida familiar, etc. – como uma mordomia de Deus ou uma
missão, poderá desenvolver a atitude correta para não apenas ter sucesso mas para alcançar
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a excelência. Quando faz com que qualquer aspecto de sua vida torne-se algo para seu
próprio benefício, este torna-se algo espiritualmente insatisfatório.

Lembre-se, há uma grande diferença entre “servir-se” e “sem serviço”. Se ver cada
coisa de sua vida como uma missão para a glória de Deus, você terá recompensas e
experiências muito mais espirituais do que as que teve no campo missionário. Como Steven
Covey disse: “Você não precisará viver das doces memórias e do testemunho ressuscitado
de sua missão como fonte para uma vida espiritual.”1 Você estará recriando os “dois
melhores anos de sua vida” a cada dois anos que viver.

Este livro não é uma lista completa das coisas que tem que fazer, ou que deve
evitar, para se manter o Espírito no mundo real. É uma listagem de idéias que os ex-
missionários compartilharam comigo – idéias que lhes trouxeram sucesso na faculdade,
profissão, na busca pela eleita, e outras áreas do nosso mundo real e muitas vezes “solitário
e triste”. Outras idéias poderiam ser acrescentadas. Por exemplo, muito pouco é dito sobre
oração, mesmo que essa seja algo vital para se manter o Espírito. Mas já que a maioria dos
ex-missionários sabem o que precisam fazer para ter experiências com a oração, não
detive-me neste tópico.

A ordem dos capítulos está seguindo a ordem de importância mostrada pelos ex-
missionários durante minhas perguntas e pesquisas. Minha pesquisa original tinha o
capítulo sobre os “três porquinhos” como o primeiro. Francamente fiquei surpreso quando
os missionários colocaram essas pequenas “indiscrições” em primeiro lugar, mas depois de
refletir, vi a sabedoria e veracidade nisso. Creio que eles o listaram como primeiro item
porque altera a perspectiva depois de muitos meses em casa após a missão. Minha
experiência como presidente de missão também indicou que algo sobre o temor deveria ser
mencionado no início, então inclui o capítulo segundo, “O Lobo Mau”.

Estas sugestões funcionaram com muitos ex-missionários; são testadas e provadas.


Também podem ser utilizadas por qualquer Santo dos Últimos Dias; é aplicável a qualquer
um que queira estar em sintonia com os sussurros divinos dos quais são merecedores de
receber como membros confirmados da Igreja. Você pode fazer uso de tais sugestões não
somente como um guia de sobrevivência espiritual mas para ajudá-lo a ter sucesso e
alcançar a excelência em qualquer campo que requeira empenho no “mundo real”. Elas
certamente o ajudarão a

MANTER O ESPÍRITO!
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2
VENÇA A DÚVIDA
- O LOBO MAU -

“Quem tem medo do lobo mau?”

“Se estiverdes preparados, não temereis” – D&C 38:30

O
“A única coisa a se temer é o próprio temor.” – Franklin Delano Roosevelt

lobo mau é o símbolo de todos os medos que Satanás tentará fazer com que você
sinta quando voltar da missão ou mesmo antes de voltar. O “lobo mau” tentará
“derrubar sua casa” antes que você retorne e, naturalmente, enquanto estiver nela.
Com suas rajadas de ar quente ou, falando segundo as escrituras, com a “fúria de seus
ventos, sim seus dardos no torvelinho” (Helamã 5:12), Satanás, sem dúvida, procurará criar
o medo. Ele “inchará e soprará” ou, de acordo com as escrituras, “sussurrará” (2 Nefi
28:22) para que pense que na missão você vivia numa “casa de tijolos” espiritual, mas ao
retornar para casa viverá numa “casa de palha”. Quando compreender isso e preparar-se,
saberá reconhecer que suas mentiras e meias verdades são apenas “uma tempestade num
copo d’água.”

Ele tentará te convencer que sua casa espiritual é feita de palhas por meio de
mentiras e meias verdades pré-fabricadas por ele, tais como as que seguem:

1. “Você é indigno pois sente a presença do Espírito em menor intensidade agora


que está em casa” (uma meia-verdade).

Fato: Depois que se volta para casa, poderá sentir menos a influência do
Espírito, mas não é por causa da indignidade. Isso pode ser assim pelas seguintes
razões:
Você sentirá que a sensação de paz que sentia durante os últimos dias de sua missão
diminuiu. O Senhor enviou esta paz para dizer, “Bem estás servo bom e fiel, eu
aceitei sua missão.” Mas logo que a mensagem é dada, essa diminuição dela é
natural. Isso não deve ser interpretado como um sinal de indignidade, como Satanás
provavelmente sussurrará que é.
Ao ser desobrigado, o manto de seu chamado é retirado e você sentirá essa
ausência. Novamente Satanás sussurrará, “Se você fosse realmente digno, não
estaria sentido esse vazio,” mas ele está mentido para você.
Ao entrar novamente no “mundo real” depois de servir ao Senhor por tempo
integral, você verá, a princípio, menos oportunidades de servir. O serviço na igreja
fora do campo missionário normalmente é algo de tempo parcial. Menos serviço
significa sentir menos o Espírito; mas não quer dizer um sinal de indignidade.

2. Satanás lhe dirá, “No campo missionário você estava fazendo a diferença, você
estava influenciando a vidas as pessoas, estava fazendo algo de valor eterno. E
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agora o que está fazendo? Há! Só estudando e trabalhando – nada tão
importante.” (Como bispo, vi muitos ex-missionários preocupados com essa
meia verdade).

Fato: Aquilo que fizer em casa é uma das coisas mais importantes pela qual
viemos a esta terra – aprender a esperar no Senhor. Você não pode fazer essas
coisas tão bem quanto no campo missionário porque na missão o tempo e o esforço
é muito concentrado. Sim, as coisas andam mais rápido no campo missionário e os
resultados são mais espetaculares. Mas as coisas que você faz no “mundo solitário e
triste” têm igual valor, só são diferentes. Aqueles que aprendem a esperar no
Senhor possuem uma estrela na constelação de qualidades da caridade: a paciência.
Lembrem-se “quão grandiosas são as coisas que [o Senhor] preparou para aqueles
que esperam ti” (D&C 133:45). Ao esperar no Senhor você está aprendendo algo
que Adão precisava aprender e que Satanás nunca aprendeu (Moisés 5:6).

3. Uma mentira: “Você cairá assim que tiver deixado a proteção do campo
missionário e retornado a sua ‘casa de palha’ no ‘mundo real’, igual a outros
ex-missionários que você já viu”.

Fato: Você viverá numa “casa de tijolos” espiritual no mundo real do mesmo
modo como no campo missionário, se fizer as coisas necessárias para manter o
Espírito.

Sim, é natural temer o retorno ao lar e aquilo que irá encontrar lá. Eu estava tão
temeroso quando fui desobrigado. É natural sentir preocupação, já que trata-se de uma
nova experiência. A maioria das pessoas temem novas experiências, mesmo aqueles mais
fortes e fiéis como os pioneiros. Um orador da BYU fez a seguinte observação: “De acordo
com Parley P. Pratt, os pioneiros que enfrentaram o primeiro inverno em Salt Lake
sofreram mais pelo medo do que pela fome em si. Lembrem-se quão famintos os santos
estavam: ‘As pessoas tentaram comer corvos, brotos de cardo, troncos, raízes e bulbos dos
lírios Sego, qualquer coisa que pudesse oferecer nutrientes ou encher seus estômagos
vazios.’ Mesmo assim, eles sofreram mais pelo medo. Pois ‘o vale era algo novo’, dizia o
irmão Pratt, “nem sabíamos se grãos podiam ser cultivados lá.’”1

Mas a sua volta para casa é na verdade só mais uma transferência, desta vez, para
um área que você ama de verdade, e com pessoas que te amam (mesmo que sua maneira de
falar seja meio estranha a princípio).

Você não tem nada a temer, senão o próprio medo. Lembre-se o que o Senhor disse:
“Portanto, tende bom ânimo e não temais, pois eu, o Senhor, estou convosco e convosco
ficarei” (D&C 68:6). Ele também instruiu os santos que “Se estiverdes preparados, não
temereis” (D&C 38:30). Você não precisa temer pois está preparado para o “mundo real”
por meio das experiências que teve na missão.

“Quem tem medo do lobo mau?” Não você, “nem por um fiozinho de do seu
bigode”, porque você não estará vivendo numa “casa de palha”. Você estará numa “casa de
tijolos” espiritual. Você não só está preparado como alcançará a excelência no “mundo
real”, ao fazer as coisas que o ajudarão a
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MANTER O ESPÍRITO!
3
SUBJUGUE AS JUSTIFICATIVAS
- OS TRÊS PORQUINHOS-

“Cessai de ser ociosos; cessai de ser impuros;


cessai de achar faltas uns nos outros;
cessai de dormir mais do que o necessário;
recolhei-vos cedo, para que não vos canseis;
levantai-vos cedo, para que vosso corpo e vossa mente
sejam fortalecidos.”

J
- D&C 88:124

unto ao medo do “Lobo Mau”, as três coisas que os ex-missionários mais disseram ter
contribuído para o declínio de sua espiritualidade ao retornarem são o que chamaremos
de “Os três porquinhos”. Eles não são, de modo significativo, nenhum dos “pecadões”
tal como parar de orar ou de estudar as escrituras. Parece-me que cada um sabe que
precisamos fazer isso para se ter o Espírito.

“Os três porquinhos” são as pequeninas, quase insignificantes, indiscrições


justificáveis, ou “pecadinhos”. Mas eles trazem quase que imediatamente o lobo à sua
porta, e para sua decepção, sopra e derruba sua espiritualidade.

Minha pesquisa entre os ex-missionários mostrou praticamente a mesma coisa


contra o qual o Senhor advertiu Joseph Smith há mais de 150 anos atrás. “Os três
porquinhos” são, sem coincidências, as três admoestações já citadas, encontradas em D&C
88:124 – ociosidade (“Cessai de ser ociosos”), impureza (“Cessai de ser impuros”) e o
sarcasmo (“Cessai de achar faltas uns nos outros”).

Ociosidade – Este é o problema número um – a soneca! Muitos dos ex-


missionários que entrevistei disseram que essa foi a primeira coisa que os levou ao
caminho da perda do Espírito. A ociosidade é insidiosa, envereda sem que o indivíduo se
dê conta do problema. Parece que todos compreendem que devemos orar e estudar as
escrituras, mas de alguma forma não vemos uma conexão entre o ciclo de chegar tarde em
casa e ficar na cama até tarde e a perda do Espírito. Não me surpreende que o Senhor tenha
nos ordenado a não fazer isso.

Ficar até tarde na cama torna-se algo pior quando permitimos que pensamentos
obscuros vagueiem descontroladamente em nossas mentes enquanto estamos deitados. (Ver
Capítulo Quatro – Controle os Pensamentos).

Impureza – Atualmente em nosso meio, a impureza pode ser chamada de


obscenidade ou grosseria. Por ser tão comum na mídia e nos meios de entretenimento, você
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realmente precisa tomar medidas para não ficar exposto aos seus efeitos tão debilitantes ao
seu Espírito.

Recentemente, uma matéria de jornal trazia o seguinte a respeito do Prêmio de


Música e Vídeo da MTV: “Rock e Grosseria Premiados pela MTV”. Novamente digo,
todos os ex-missionários por mim entrevistados afirmaram que a impureza no falar, nas
imagens de TV, músicas e filmes da MTV tinham endurecido seu espírito (Esta é a palavra
mais utilizada). Como resultado disso, eles tornaram-se impacientes, indelicados, cínicos,
sarcásticos e cometeram uma sucessão de atos egoístas. Eles mencionaram a MTV em
especial, no qual a impureza aparece de forma inesperada, bem como em situações
esperadas), licenciadas como algo livre. Michael Medved, co-apresentador do programa
semanal PBS TV Sneak Previews, disse: “Nada pode ter um efeito tão favorável a perda do
altruísmo e a disciplina (...) do que as fantasias da masturbação que saturam a programação
da MTV vinte e quatro horas por dia.” 1 A melhor maneira de manter-se longe da impureza
é o modo como mantemos nosso próprio quarto (Discutiremos isso no capítulo “Controle
seus pensamentos).

Muitos ex-missionários iniciaram esse declínio de pureza apenas sentando-se e


assistindo a um filme que seu colega de quarto, também um ex-missionário, alugou. “Eu
havia acabado de voltar da missão e não sabia de que tipo de filme se tratava,” eles me
contaram. “Pensei que seria um filme bom. Afinal de contas, ele também é um ex-
missionário e voltou da missão não tem nem um ano. E já que eu havia aceitado, não quis
parecer o tipo “eu sou mais digno que você” e sair. Eu deveria ter saído; agora eu tenho
essas imagens na mente contra as quais eu tenho que lutar. Algumas vezes eu tomei parte
nisso. Eu queria poder nunca tê-las visto.”

Sarcasmo – A ironia, especialmente no que concerne o humor está principalmente


direcionada aos amigos, é sempre inoportuna, e somos ordenados a não utilizá-la. O Senhor
disse: “Cessai de achar faltas uns nos outros” (D&C 88:124).

Sem perceber, nós nos acostumamos com este hábito aparentemente inofensivo e
começamos a utilizar o sarcasmo e o cinismo com nós mesmos. Você pode até ser imune às
ironias, mas o Espírito não. Se utilizar-se de sarcasmo, mesmo nos gestos, ou se há
sarcasmo presente, o Espírito se afasta. Por isso que os shows humorísticos, novelas e
outras formas de entretenimento que utiliza-se de artifícios cômicos baixos e depreciadores
devem ser evitados. Lembre-se que o Senhor aconselhou-nos a “fortalecer teus irmãos em
todas as tuas conversas” (D&C 128:7).

Uma outra forma de conversa baixa são as juras, palavras vulgares, expressões
rudes e piadas inapropriadas que todos nós sabemos não serem aceitáveis. O uso de
palavras rudes, mesmo entre os ex-missionários, foi algo que chocou-me mais quando
voltei para casa. A princípio, esses termos não aparecem no falar de um ex-missionário,
mas podem surgir depois, principalmente se você já teve problemas com isso antes da
missão. Abaixo segue o que o Presidente Hinckley disse com respeito a isso: “Em nossas
conversas com os outros devemos ser um exemplo de crentes (...). Não hesito em dizer que
é mau, muito mau, para qualquer homem ordenado ao sacerdócio de Deus estar sob a culpa
de um [linguajar profano]”.2
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Brigham Young fez uma promessa maravilhoso com respeito a controlar a língua.
Ele disse: “Se primeiramente ganhar o poder para controlar suas palavras, então começará a
ter o poder para controlar seus julgamentos.”3 Ao controlar sua língua e evitar os
comentários inapropriados, você será mais receptivo à crescente inspiração e, portanto,
exercitará melhor seu julgamento. Considerando o número de julgamentos e decisões que
fazemos a cada dia, especialmente quando os dois maiores que terá que fazer em toda sua
vida (com quem casar e qual carreira seguir) estão se aproximando, não seria formidável
fazer com que sejam os melhores? Você pode, tomando cuidado com suas palavras!

Falando sobre a pessoa com quem irá casar-se e sobre os resultados de seu modo de
falar e pensamentos, lembre-se: “Aves com o mesmo tipo de penas voam sempre juntas”. E
como uma ex-missionário me disse certa vez, “O seu linguajar o ajudará a encontrar um
ótima esposa, ou uma fubeca?” A esposa que achar será tão boa quanto você mesmo.

Por ser tão bem sucedido com os “Três Porquinhos” entre os ex-missionários,
Satanás o tentará a ser um mole e cair como tantos outros. Entretanto, já o conhecimento é
uma arma, você pode permanecer firme e

MANTER O ESPÍRITO!
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4
CONTROLE SEUS PENSAMENTOS
- ALÉM DAS BARRICADAS-

“Unir-te-ás a nossa cruzada? Quem será forte


e permanecerá ao meu lado? Existe um mundo além das barricadas
que anseias ver? Então una-te à luta que te dará
o direito de ser livre!”
- Lês Miserables, Victor Hugo

“Se não tomardes cuidado (...) com vossos pensamentos, (...) perecereis.”

N
- Mosias 4:30

uma de nossas reuniões de liderança de ala, utilizamos a citação acima, retirada de


uma canção poderosa chamada “Você Está Ouvindo as Pessoas Cantarem” do
musical “Lês Miserables”, como nosso tema. Já que todos os nossos líderes
responderam, você também precisa responder “Quais são os pensamentos que te darão o
direito de ser livre” para que possas fazer parte do mundo “que anseias ver”? Que
pensamentos o ajudarão ou te permitirão ser livre?

Tudo isso tem haver com a palavra “barricadas” da citação de “Lês Miserables”
(Aproveitando, Presidente Kimball falou sobre a grande mensagem do evangelho contida
no livro Lês Miserables)1. Barricadas podem tanto ajudar-nos como impedir-nos. Neste
capítulo falaremos sobre algumas barricadas úteis; e no próximo capítulo, discutiremos
quais delas são perigosas.

O que é uma barricada protetora? É como uma parede protetora que envolve,
mantendo a salvo do perigo externo. A situação parece irônica, mas para “ser livre” você
precisa de uma barricada forte ao seu redor.

De um lado, você é livre para agir. Mas por outro, por estar totalmente livre, não
pode controlar toda a situação; você também recebe a ação. Se descer a barricada e deixar o
perigo entrar, então você não está mais a salvo nem livre. Você precisa manter a barricada
forte para manter-se a salvo dentro dela.

Um barco pode servir de ilustração sobre a importância das barricadas. Você


literalmente afunda se permitir que a água passe através das paredes – que a está barrando –
do barco.

Toda a água do oceano


Nunca poderá entrar, por menor que o barco seja.
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Somente quando ela vai adentrando
Estarás afundando e findando a peleja.

A barricada que você deve construir ao seu redor é o controle de seus pensamentos.
Isso te será como um escudo contra “os dardos do adversário” (1 Nefi 15:24). Com ela,
será livre para agir por si próprio e não para receber a ação (2 Nefi 2:26). A perda do
controle dos pensamentos é geralmente a primeira coisa dita pelos ex-missionários como
uma das causas de sua perda do Espírito e cessão ao “Grande Lobo Mau”. Mas os sintomas
desta perda são o medo e as outras coisas mencionadas no capítulo “Os Três Porquinhos”.
Por isso foram mencionadas em primeiro.

Gostaria de contar sobre um rapaz que perdeu boa parte de sua vida encerrado
dentro de outro tipo de barricada: uma prisão estadual. Ele contou-me algumas coisas
interessantes sobre a barricada do controle dos pensamentos. Disse que embora tivesse
mais ou menos o controle de seus pensamentos, nunca seguira as admoestações de pais
amorosos e dos líderes da igreja para manter-se sempre dentro da segurança das barricadas.
Ao contrário, ele queria ver o que havia do lado de fora das barricadas. Então essa idéia
ficou tão forte em sua mente que ele resolveu segui-la. “Eu queria ter a sensação de como
era viver isso e não ser punido”, ele disse. “O desejo tornou-se um vício”. Ele disse, “Você
não precisa não pensar nas coisas que deve fazer, tampouco nas que não deve fazer”. Ele
simplesmente permitiu-se ficar “mais ou menos” no controle.

Sem um controle forte dos pensamentos, você é tão vulnerável quanto as cidades
antigas sem muralhas fortes. Como diz o provérbio: “Como a cidade derrubada, sem muro,
assim é o homem que não pode conter o seu espírito” (Prov. 25:28).

Matt Barh, o grande jogador dos Giants de Nova York, sabia da necessidade de se
controlar os pensamentos, especialmente nos momentos de pressão. O controle do
pensamento tornou-lhe possível ser “livre para agir” e não “para receber a ação”. Nas
eliminatórias do Super Bowl wm 1991, ele havia feito todos os 15 pontos dos Giants
possibilitando que ganhassem o campeonato nacional. Veja o comentário do jornal sobre o
ocorrido:

“O jogador dos Giants, Matt Bahr, estava pensando alto enquanto


permanecia sentado naquele gramado esburacado. E por que não? Ninguém mais
lhe dirigiria a palavra. Os jogadores de seu próprio time, seus melhores amigos,
viraram o rosto; seus colegas de time, sentados nos bancos de reservas, ajoelharam-
se em oração. Os torcedores do time adversário agitavam a torcida ou gritavam
obscenidades contra ele. “Vocês sabem como é essa situação”, disse Bahr mais
tarde, “Mas você tenta fazer com que isso não te afete.”2

Como?! “Não deixar que isso te afete?!” Não deixar que o grito de milhares de
torcedores e as obscenidades contra você não te atinjam, nem que os milhares de dólares
que serão ganhos ou perdidos dependendo do seu chute não te afetem? Não deixar que a
pressão da situação “não te afete”?! Você deve estar brincando!
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Como alguém pode desenvolver tal auto-controle? Construindo uma barricada ao
redor de si próprio, permitindo-lhe ser “livre para agir” e não “para receber a ação”, não
importa o que aconteça ao redor.

Há duas coisas que realmente ajudam a controlar os pensamentos: (1) o que você
escuta e (2) o que vê. Será muito mais fácil controlar seus pensamentos se controlar isso
primeiro.

O Que Você Escuta – A música é a coisa principal nesse sentido. Uma vez que a
música afeta nossas emoções e que as emoções são a força motriz de suas ações, o que quer
que escutamos exerce uma força poderosa não somente nos pensamentos mas em nossas
ações também. Por ter trabalhado no ramo do entretenimento durante toda a minha vida,
estou bem familiarizado com os efeitos da música nas pessoas.

Depois que voltei da missão tocava no Grand Canyon Lodge. Havia dois momentos
principais quando os clientes estaria se sentando, e eu tocaria uma música mais agitada
para compeli-los a sentarem-se mais rápido. Após seus pedidos serem anotados, eu tocaria
uma música mais calma a fim de que eles não ficassem impacientes ou ansiosos em ser
servidos. Depois que a refeição fosse servida, eu tocaria novamente uma música mais
agitada para que comessem rápido. Caso eu variasse essa rotina, as pessoas agiriam mais
rápida ou lentamente nos momentos errados. E aí eu teria as garçonetes, chefes de cozinha
e o gerente zangados comigo por tê-los feito perder as gorjetas e os clientes.

Por muitos anos eu improvisei algumas músicas de piano para peças teatrais.
Dependendo da música tocada, a mesma cena produziria risos ou lágrimas. A falta de
música ou a música inapropriada pode, literalmente, destruir uma cena. Foi uma
experiência inebriante perceber que eu podia manipular as emoções de 250 pessoas sem
que elas percebessem. Mais estranho é o fato de que a maioria delas nem estavam
percebendo que havia música.

Como presidente de uma companhia de fogos de artifícios por muitos anos, eu era
responsável pelo entretenimento de milhões de pessoas, com nossos shows. Visto que os
fogos de artifício utilizam os quatro elementos da dramatização – som, luz, movimento e
sincronização – nós tínhamos que seguir esse esquema se quiséssemos ter sucesso. Quando
combinávamos nossos shows com música tínhamos que seguir princípios musicais precisos
para obtermos sucesso. Aqui também o ponto culminante, mesmo que acompanhado por
um show espetacular de fogos, poderia ser destruído caso uma música errada fosse tocada.

Minha idéia sobre tudo isso é: seja homem ou mulher, velho ou jovem, goste ou não
de música, mesmo os que não prestam atenção a ela, ela tem efeito poderoso sobre você.
Eu observei isso de camarote por muitos anos.

Aliado a esses três elementos da música está um quarto elemento: o espiritual.


Todas as coisas têm tanto uma criação espiritual e depois uma física (Moisés 3:5). A
criação espiritual é aquela que dá vida a todas as coisas, como seu corpo, e a música não é
uma exceção. E é essa parte que tem essa influência poderosa sobre nós, tanto para o bem
quanto para o mal. É a parte espiritual que leva as intenções do compositor e do músico
para o ouvinte. Os gregos também compreendiam o poder espiritual da música e não
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permitiam que uma pessoa ensinasse ou tocasse algo, sem que esta fosse “alguém íntegro e
bem intencionado”, como explicou Aristóteles em seu clássico tratado de música.

Moroni diz que o método pelo qual se pode julgar todas as coisas é o que elas
“convidam” ou “impelem” você a fazer (Moroni 7:12-19). Portanto, se a música é boa,
como diz Michael Ballam, você sentirá o amor que vem de Deus. Caso seja má, sentirá o
ódio que vem de Satanás. Quando sentimos o amor proveniente de Deus ao escutar uma
música estamos ouvindo a própria voz de Deus. Quando sentimos raiva, estamos ouvindo a
própria voz de Satanás. Até os animais reconhecem a diferença, como mostrada na seguinte
história contada pelo irmão Ballam.

“Em 1985, aproximadamente 3000 baleias da espécie Beluga ficaram presas


no gelo no Estreito de Bering. Os cientistas ficaram preocupados pois elas
pertenciam a uma espécie ameaçada de extinção. Os Estados Unidos, a Rússia,
Inglaterra e os países escandinavos enviaram quebradores de gelo para fazer uma
trilha por entre as placas de gelo. Por orientarem-se pelo som, devido a quantidade
de barulho causado pelos barcos, as baleias ficaram confusas e não sabiam por onde
seguir. As baleias começaram a ficar muito agitadas. Algumas começaram a sufocar
por não conseguir chegar a superfície por causa da água congelante que fechava
constantemente as placas. Já que elas se comunicavam pelo som e música, os
cientistas decidiram tocar uma música debaixo d’água para indicar o caminho para
as baleias. Primeiro tocaram música popular, mas as baleias continuaram muito
agitadas. Tocaram rock e as baleias ficaram agressivas. Finalmente, um dos
cientistas decidiu tocar algumas das sinfonias de Bethoven. As baleias seguiram o
som e nadaram para a liberdade. Os animais reconheceram a voz do Senhor e
seguiram-na.”3

Hoje há uma enorme quantidade de boa música ao nosso redor, muitos estilos
diferentes que podem inspirar-nos. Mas também há muito daquilo que possui um efeito
contrário. A música é algo bem feito – algumas são até um pouco ingênuas. Ninguém
poderia escrever melhor, nem mesmo Mozart. Satanás usaria algo que não fosse do
melhor? Mas é um suicídio espiritual escutar esse tipo de música por causa do grande
poder de Satanás. John Lennon, Mick Jagger e muitos outros vocalistas de grupos de heavy
metal já admitiram que a influência de muitas de suas canções vêm do “lado negro”.4

Satanás odeia a juventude, especialmente os ex-missionários, pois ele sabe que são
vocês, não os membros já de idade, que podem detê-lo. Elder LeGrand Richards disse que
“quando Satanás e seus seguidores foram expulsos, levaram consigo o conhecimento que
tinham na existência pré-mortal e sabiam contra quem eles tinham que lutar”. 5 Portanto,
Satanás sabe que somos os melhores soldados nesta batalha entre o bem e o mal. Então, se
você fosse o comandante chefe dos exércitos de Satanás, quais soldados você quereria
matar primeiro? Isso mesmo! E Satanás está tentando matar espiritualmente os ex-
missionários por meio do poder sombrio da música. Ele conhece você, sabe o quão
corajoso vocês foram e são e o que podem vir a tornar-se. E você sabe?

Ouça músicas inspiradoras, afaste-se de coisas imundas. Dê uma olhada em sua


coleção de músicas e elimine algumas ervas daninhas se necessário. Há apenas dois tipos
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de música: a que edifica e a que deprime. Não há música neutra. Aristóteles, Moroni, John
Sebastian Bach e o Senhor sabiam disso e você também deve compreender.

O Que Você Vê – No relato de Orson Hyde sobre a primeira visão, ele fez uma
observação interessante: “O adversário obscureceu sua mente com dúvidas e trouxe à sua
mente toda a sorte de imagens impróprias.”6 Esta sempre foi uma das mais eficazes
ferramentas utilizadas por Satanás – até com o profetas – para que não sentissem o Espírito.

O que vê em seu quarto afeta grandemente seus pensamentos. Antes de trazer


qualquer coisa para seu quarto, faça as seguintes perguntas: Isto te inspira, te ajuda a ter
pensamentos puros e a manter o Espírito? Ou gera pensamentos de cobiça, egoísmo e
carnalidade?

Eu tive algumas experiências interessantes como bispo ao visitar alguns dos


apartamentos dos estudantes. Um deles me deteria na entrada (do lado de fora) e
conversaria alto na tentativa de fazer com que eu não ouvisse o alvoroço que vinha lá de
dentro, antes de me deixarem entrar.

Espero que aceitem o conselho do Presidente Kimball, de ter uma foto do templo na
parede. 7 Uma foto do Salvador, bem como outras imagens que o inspirarão.

Manter o lugar limpo, organizado e tranqüilo faz com que tenha a sensação de que
pode sobrepujar os problemas que parecem desorganizar suas vidas. Um quarto limpo
também o ajuda a evitar os atalhos para o estudo e trabalho. Aprendi isso com um colega
de trabalho mais velho que eu logo quando comecei. Ele disse: “Pode-se perceber muito
sobre o serviço de alguém pelo local de trabalho desta pessoa. Se ele dá aquele jeitinho e
evita limpar, pode ter certeza que ele dá o mesmo jeitinho na hora de prestar serviços. Não
compre nada de alguém que mantém seu local de trabalho sujo.”

Combinando imagens e sons, os vídeos, TV e filmes podem ajudá-lo a manter


pensamentos limpos ou sujos. Seja extremamente seleto naquilo que escolhe. O Livro de
Mórmon aconselha repetidas vezes os membros da Igreja que por possuírem tamanha “luz
e conhecimento”, não deveriam “dar lugar” a lascívia ou indolência (Alma 45:12; 47:36).
Nós já falamos sobre estas irmãs gêmeas da tentação no capítulo “Os três porquinhos”.

Como um ex-missionário me disse certa vez, “Seu quarto pode ser um templo ou
um covil de ladrões dependendo tão somente do que permito que nele entre.” Ele então
parafraseou o Presidente McKay quando disse: “Aquilo que você é realmente, é o resultado
do que você ouve e vê – e pensa – quando está sozinho em seu quarto.” Lembre-se, assim
como seu corpo físico é grandemente influenciado e composto daquilo que você come ou
bebe, seu corpo espiritual é influenciado e composto daquilo que ouve, vê e pensa.

Pergunte a sim próprio o que Mórmon perguntou em Mórmon 8:38: “Por que
tendes vergonha de tomar sobre vós o nome de Cristo?” Faça do seu quarto uma barricada
espiritual contra imagens e sons (incluindo linguagem) que o levam a entregar-se à
imundície.
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Você pode até achar que não é afetado pela linguagem ruim ou outra forma de
imundície por ela ter tão comum. Você pode até ser imune, mas o Espírito não é e ele não
permanecerá onde sente-se ofendido. Sim, haverá ocasiões em que não poderá fazer nada
para evitar ver ou ouvir certas coisas, mas na maioria das vezes você está no controle.
Quando dá lugar à imundície, o Espírito afasta-se e você é deixado à sua própria sorte.

Os pensamentos seguem a lei da colheita. Isso quer dizer que você não colhe os
frutos dos pensamentos que planta, mas o colhe em abundância. Uma semente não dá
apenas um fruto, mas vários. Quando se planta um feijão, não se colhe apenas um feijão,
mas uma planta capaz de produzir muitas vagens, cada uma delas é uma semente em
potencial.

Aqui está uma sugestão do Dr. Alan McGinnis que realmente ajuda no tocante ao
controle dos pensamentos. Coloque um elástico no pulso e use-o 24 horas por dia. Quando
perceber que está tendo um pensamento impróprio, puxe o elástico e troque o pensamento
negativo por outro positivo. Depois de algumas semanas, você estará ciente do seu modo
pensar.8 Logo será capaz de monitorar e substituir os pensamentos sem a ajuda do elástico
e terá construído uma forte barricada no controle de seus pensamentos.

Para mostrar que você é quem escolhe e controla os seus pensamentos, aqui vai
uma estória do Bispo Clarke sobre dois jogadores profissionais de tênis – Bjorn Borg e
John McEnroe.

“Você provavelmente lembrará de Borg como o jogador sueco que


raramente demonstrava algum tipo de emoção em campeonatos de tênis e que
decidira nunca zangar-se com bandeirinhas e juízes. Mas esse auto-controle foi
conseguido, não nasceu com ele. Borg mostrava na quadra um temperamento
semelhante ao de McEnroe quando ele era um jovem jogador na Suécia e xingava e
quebrava raquetes. Com 13 anos de idade ele foi suspenso do clube de tênis por seis
meses. Seus pais estavam de acordo com a suspensão e trancavam suas raquetes e
proibiram-no de jogar qualquer coisa.
Borg diz que aprendeu com a lição e simplesmente deciciu que daquele dia
em diante ele controlaria seu temperamento – e ele fez. Por outro lado, John
McEnroe disse em uma entrevista ao programa “60 Minutos” que era viciado em
suas explosões de emoção.
No entanto, é interessante notar que McEnroe disse que a única vez em que
ele controlou seu temperamento foi quando jogou contra Borg pois disse que “não
se daria o luxo de desperdiçar forças ao jogar contra Borg.”9

O diagrama abaixo ilustra o lugar preeminente que seus pensamentos ocupam em


sua vida. Sua mente consciente governa as ações, pensamentos e sentimentos do triangulo
externo. Seu subconsciente governa suas habilidades, atitudes e disposição no triângulo
interno. No entanto, todas as suas ações conscientes e subconscientes – hábitos, atitudes,
habilidades, disposição, ações, sentimentos – tudo que tem dentro de si, é governado pelos
seus pensamentos.

Atitude – O hábito de pensar. O dicionário define atitude como: “(1) Um estado da


mente com relação à algum assunto que foi deliberadamente escolhido. (2) Aviação: a
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orientação das asas de uma aeronave em relação ao horizonte.” Seja guiando um avião ou a
vida, o piloto que não tem controle de sua aeronave está caminhando para uma colisão. Sua
atitude literalmente determina a altitude de sua aeronave ou vida. A decisão antecipada de
qual será sua atitude te dará paz de mente para fazer o melhor.

Habilidade – O hábito de agir.

Disposição – O hábito de sentir. Na verdade você escolhe possuir as características


da doçura, amargura, etc. Sua expressão facial em geral – o seu semblante – é governado
pela freqüência de certos sentimentos e pensamentos que você tem.

PENSAMENTOS

Hábitos

ATITUDES

HABILIDADES DISPOSIÇÃO
Hábitos Triângulo Interno: Sub-consciência Hábitos
AÇÕES SENTIMENTOS
Triângulo Externo: Consciência

LIBERTAÇÃO LIBERDADE
Ambiente Externo- Ambiente Interno
Circunstâncias

Você deve aprender a controlar seus pensamentos e a “agir (...) e não receber a
ação” (2 Nefi 2:26). Se não controlar seus pensamentos, você criará um ambiente onde o
Espírito não se sente à vontade, e ele se afastará. Então você será deixado à própria sorte
para receber as bofetadas de Satanás e lutar com sua própria força e “sabedoria”, ou falta
dela.

“Vigiai” ao manter esta forte barricada do controle dos pensamentos para que possa

MANTER O ESPÍRITO!
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5
ARREPENDA-SE CONTINUAMENTE
- VINDE A CRISTO-

“Ó vós todos, que fostes poupados porque éreis mais justos do que eles,
não volvereis a mim agora, arrependendo-vos de vossos pecados
e convertendo-vos, para que eu vos cure?”
- 3 Nefi 9:13

“Sim, vinde a Cristo, sede aperfeiçoados nele e negai-vos a toda iniqüidade.”

S
- Moroni 10:32

e você for além da barricada da segurança espiritual discutida no capítulo anterior,


você precisa ser honesto consigo mesmo e com o Senhor, e precisa vir a Cristo e
arrepender-se. Se falhar nisso, estará na verdade construindo algo perigoso ao seu
redor.
As barricadas perigosas são construídas pelas coisas que você faz e que o impedem
de “cumprir a medida de sua criação”. São compostas pelos seus pecados, transgressões,
indiscrições, decisões erradas e tolices. Se não arrepender-se delas, você se tornará um
prisioneiro e será o seu próprio carcereiro. Mas o arrependimento é a chave “que te dará o
direito de ser livre” e romper com as barricadas perigosas impostas por você mesmo.

Arrependimento! Quantas vezes você pregou esse princípio essencial no campo


missionário? Então como pode alguém como você, tão familiar com este princípio, precisar
de arrependimento? Esse é o principal argumento que os ex-missionários disseram que
atrapalha no seu processo de arrependimento: “Quem, eu? Eu não preciso de
arrependimento, pelo menos não até fazer algo realmente sério.” Aprenda e lembre-se deste
princípio do evangelho: todos nós, inclusive você, precisamos de arrependimento todo o
tempo. Permita-me parafrasear uma escritura que lhe é muito familiar:

“E [aos ex-missionários] pacificará e acalentará com segurança carnal, de


modo que dirão: Tudo vai bem em Sião; sim, Sião prospera. Tudo vai bem—e
assim o diabo engana suas almas e os conduz cuidadosamente ao inferno.
(...) E assim lhes sussurra aos ouvidos até agarrá-los com suas terríveis
correntes, das quais não há libertação” (2 Nefi 28:21-22).

O outro motivo sério que os ex-missionários deram para não arrepender-se era o
que seus bispos pensariam deles – não necessariamente que eles fossem pessoas ruins, mas
que eram fracos e não confiáveis. Aliado a esta linha de raciocínio está o pensamento de
que eles primeiro precisavam ter a situação sob controle para então procurar o bispo,
alcançando assim alguma credibilidade de que realmente haviam cometido um erro mas
que estavam tentando melhorar. Nossa! Esta é realmente uma “idéia de jerico”! Foi
exatamente contra isso que o Senhor advertiu em D&C 121:37, ao nos aconselhar a não
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“tentar encobrir nossos pecados ou satisfazer o nosso orgulho, nossa vã ambição”. Aqui
estão outras “idéias de jerico” que eu ouvi:
“Bispo, sabia que deveria ter te procurado antes, mas tive medo de ser
desobrigado.”
“Achei que isso destruiria a imagem que você tem de mim, afinal de contas eu sou
um ex-missionário.”
“Eu estava muito envergonhado para falar sobre essas coisas.”

Você não consegue arrepender-se sem que antes você venha a Cristo. Perceba a
ordem das coisas que o Senhor ensinou aos sobreviventes nefitas e o que Moroni utilizou
em seu discurso final. Note que nem o Salvador nem Moroni disseram que deveríamos nos
arrepender ou “negar-vos” (ter as coisas sob controle) em primeiro lugar (Moroni 10:32).
Ao contrário, primeiro nós precisamos vir a Cristo. Primeiro temos que admitir nosso erro
contra ele, e muitas vezes essa confissão envolve o bispo. Então, após a confissão, nos
qualificamos pela Sua graça para que nos ajude a “negar” toda a iniqüidade. Se tentar
colocar as coisas sob controle primeiro, isso não é arrependimento. Isso é “confiar no braço
da carne”. Isso é encobrir os pecados, ou simplesmente deixar de cometer o pecado – isso
não é arrependimento. Para arrepender-se, primeiro você precisa vir a Cristo, o que em
muitos casos pode incluir procurar seu bispo.

Se tentarmos parar de pecar antes de “vir a Cristo” – e ao bispo quando necessário –


estaremos não apenas nos negando a ajuda plena do Salvador, mas também o auxílio do
poder do sacerdócio do bispo. Assim, nós não só carregamos sozinhos o verdadeiro peso de
nossos pecados como também Satanás nos tenta mais facilmente não apenas com relação a
esse pecado, mas com qualquer outro. Adiar a sua vinda a Cristo por meio da confissão, o
que muitas vezes inclui uma conversa com o bispo, é uma das ferramentas mais eficazes de
Satanás para manter o Espírito fora de sua vida e fazê-lo procrastinar o dia do
arrependimento.

Como bispo, eu não sentia nada mais do que amor e admiração pela humildade e
coragem daqueles que vinham em busca do arrependimento. Não podemos ser mais
semelhantes a uma criancinha, como o Salvador nos ordenou que fôssemos, do que quando
nos arrependemos. Os adultos as vezes se acham bons demais, que nunca irão pisar na bola.
As criancinhas, no entanto, rapidamente admitem seus erros e pedem perdão. Precisamos
fazer o mesmo.

Requer coragem para admitir que estava errado e para falar sobre coisas pessoais e
embaraçosas. Mas a maioria dos bispos não sentem nada mais do que o mais alto respeito
pelas pessoas que têm essa coragem. Procure seu bispo imediatamente, se tiver cometido
alguma transgressão que necessite de confissão a ele, para que sua vida e sua consciência
fiquem limpos de forma a poder continuar com sua vida! Quando vamos a Cristo primeiro,
sentimos um alívio e cura imediatos, pois estamos seguindo a ordem as coisas que foram
estabelecidas.

Agora, deixe-me mostrar outro aspecto deste princípio importante:

Perdão. Presidente Kimball ensinou que devemos construir muitos reservatórios e


enchê-los com atributos espirituais para utilizarmos nos momentos de provas e desafios.1
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Se um de nossos reservatórios é o arrependimento, creio que a água deste – na nossa
metáfora – seja o perdão. Você deve perdoar aos outros constantemente se quiser manter o
Espírito. O Senhor é claro quanto ao arrependimento:

“Meus discípulos, nos dias antigos, procuraram pretextos uns contra os


outros e em seu coração não se perdoaram; e por esse mal foram afligidos e
severamente repreendidos. Portanto digo-vos que vos deveis perdoar uns aos
outros; pois aquele que não perdoa a seu irmão suas ofensas está em condenação
diante do Senhor; pois nele permanece o pecado maior. Eu, o Senhor, perdoarei a
quem desejo perdoar, mas de vós é exigido que perdoeis a todos os homens” (D&C
64:8-10).

Creio que essa passagem é tão iluminadora com relação à nossa natureza e ao
homem natural que, de todas as escrituras que eu citei como presidente de missão, a
passagem acima, D&C 64:8-10, foi a que mais utilizei. Quão difícil é para se entender o
conceito de que a pessoa ofendida, quando não se permite perdoar, tem o pecado maior.
Nunca esquecerei de uma ocasião em que um missionário e eu tivemos uma conversa por
meio do Espírito sobre isso.

Um missionário, furioso com uma série de ofensas que ele alegou terem sido
cometidas contra ele pelo seu companheiro, veio a mim em busca de conselho. Como em
todos os desafios de relacionamento, tem sempre as duas partes da história. Após checar
com todas as fontes, incluindo o companheiro dele, descobri que o primeiro elder tinha
motivos para sentir-se ofendido. Quando eu li D&C 64:8-10 para ele e sugeri que
perdoasse seu companheiro, ele disse que o faria – após receber um pedido de desculpas
dele. Afinal, seu companheiro fora quem o ofendera. Sugeri então que todos nós
deveríamos seguir o exemplo do Senhor ao perdoar. Ele não esperou que seus
crucificadores sofressem uma mudança de coração e lhe pedisse perdão; antes disse: “Pai,
perdoai-lhes pois não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). O missionário ficou indignado.
Mas quando li o versículo novamente sobre aquele que não perdoa detêm o pecado maior,
ele desatou-se em lágrimas. “Presidente, porque isso é assim? Como tenho o pecado maior
se ele que me ofendeu? Eu quero fazer o que é certo, mas não consigo compreender isso!”

Sinceramente, nem eu compreendia. Mas, para minha alegria, fiz uma oração
silenciosa pedindo ao Senhor revelação para que eu pudesse explicar esse princípio àquele
poderoso missionário numa maneira que isso efetuasse uma mudança em seu coração. O
Senhor inspirou-me com uma daqueles idéias do tipo “Puxa Vida!” que o Presidente
Marion G. Romney descreveu certa vez ao dizer, “Eu sei que fui inspirado ontem a noite,
pois ensinei coisas que até então não conhecia.”2

Eu disse, “Elder, por favor escute-me com seus ouvidos espirituais e responda com
seu coração sobre o que iremos conversar agora. O que aconteceria se você decidisse tomar
essa grande injustiça perpetrada contra você pelo seu companheiro e, ao invés de buscar
justiça, você simplesmente a esquecesse e verdadeiramente o perdoasse? Como isso
influenciaria em seu companheirismo?” Ele respondeu, “Acho que ficaria melhor.” “O que
isso traria a você pessoalmente?” Perguntei. “Me traria mais paz”, ele falou baixinho, e eu
pude sentir o Espírito na sala. Eu perguntei, “Você lembra de algo semelhante nas
escrituras que tenha acontecido com alguém? Lembra de alguém inocente que tenha sofrido
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injustiças terríveis e que, mesmo assim, perdoou seus agressores?” Ele disse “Sim”,
enquanto nós dois começávamos a lacrimejar, “Foi o Salvador”. “Sim, isto era parte de sua
Expiação, sofrer injustiças. Elder, acredite em mim, a menos que estejamos dispostos a
fazer o mesmo, nunca compreenderemos ou aceitaremos plenamente sua Expiação. Como
resultado, nunca tomaremos parte nela e nos negaremos o seu benefício. Em outras
palavras, se não seguirmos seu exemplo fazendo, dentro de nosso próprio potencial, o que
Ele fez dentro do dele, estamos negando a nós mesmos seu poder e consequentemente a
entrada em Seu reino. Por isso que não perdoar é um grande pecado. Tem a maior das
punições pois nos desvia da capacidade de receber o poder que Ele oferece para “virmos a
Ele”. A pessoa que ofendeu também precisa arrepender-se, mas isso acontece num nível
mais baixo. Ela ainda não recebeu a oportunidade que você, que é poder dar a outra face e
perdoar. Mas ele, também, terá que aprender a perdoar algum dia antes que possa entrar
onde está o Salvador. Você está tendo essa maravilhosa oportunidade hoje.”

Ele perdoou o companheiro. Eles conversaram sobre isso e o missionário acabou


descobrindo que ele não era tão inocente. Eles perdoaram e foram perdoados, e ambos
tornaram-se melhores servos do Senhor. Descobriram que quando perdoamos aquilo que os
outros nos fazem, abandonamos aquilo que as outras pessoas acham ser difícil de se
perdoar em nós mesmos. Eles também sentiram a verdade do que o Elder Marvin J. Ashton
disse: “Aqueles dentre nós que não conseguem perdoar e esquecer, destroem as pontes
sobre as quais temos que andar.”3

Presidente Kimball ensinou: “Assim como o Senhor esquece quando Ele perdoa,
devemos fazer o mesmo. Nenhum rancor de atritos passados pode ser guardado na
memória se tivermos perdoado de todo o coração. Tanto que se estivermos magoados,
sentindo ódio e não nos arrependermos nem perdoamos os outros, como poderemos tomar
o sacramento?4

Você deve arrepender-se constantemente do erros cometidos contra os outros e


perdoar os erros que lhe são cometidos. O arrependimento não é meramente eliminar o que
está errado, mas substituir o algo errado por algo correto. Não é simplesmente uma
disciplina de exclusão, mas da inclusão, aliada à inclusão da graça do Salvador. Sem
arrependimento e perdão você se desqualifica da habilidade de receber e manter o Espírito!
Consequentemente não pode ter “a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas
que se não vêem” (Hebreus 11:1 – Tradução Joseph Smith), ou seja, a fé. Orson Pratt fez
uma observação de que o Senhor provê-nos “provas” para erguer nossa fé, mas se
excluirmos o Espírito Santo de nossas vidas por nossa falta de arrependimento, não
conseguimos discerni-las. Ele disse:

“Freqüentemente neste caso, em que o julgamento torna-se fraco e tão


obscurecido (pela indignidade), que as provas, mesmo que grandiosas, claras e
lúcidas e demonstrativas, não produzem nenhum sensibilidade ou impressão à
mente. Portanto, a fé nem sempre existirá dentro das mentes enfraquecidas ou
corrompidas com intensidade proporcional ao grau ou força da evidência.”5

Assim como você testificava aos seus pesquisadores, testifico disso a você, Jesus
Cristo te curará após você arrepender-se. Sentirá alívio imediato seguindo esse caminho.
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Quando Pedro caminhava nas mesmas águas que o Salvador, mas começou a perder
a fé e a afundar, “ele clamou, dizendo, Senhor, salva-me! E imediatamente Jesus estendeu a
mão e o tomou” (Mateus 14:30-31). Assim como o Salvador fez a Pedro, ele estenderá
imediatamente sua mão para você também. Mas, assim como Pedro, você precisa clamar
primeiro.

Elder Scott disse na Conferência Geral de Outubro de 1992: “Não chegue ao fundo
antes de pedir socorro.” Seja como Pedro: clame por ajuda assim que sentir que está
afundando.

O arrependimento verdadeiramente o levará para “além da barricada”, para um


“mundo que anseias ver”, pois você lutará uma batalha “que te dará o direito de ser livre”.
“Vinde a Cristo” em primeiro lugar e receberás consolo e força por meio do
arrependimento, assim poderá

MANTER O ESPÍRITO!
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6
ESTUDE O
LIVRO DE MÓRMON
- A PEDRA ANGULAR DE SUA RELIGIÃO-

“Banqueteai-vos com as palavras de Cristo.”

P
- 2 Nefi 32:3

residente Benson disse que toda a Igreja, particularmente àqueles de nós que não dão
a devida atenção ao Livro de Mórmon e não banqueteiam-se com suas páginas, estão
sob a condenação do Senhor. Ele fala de quatro bênçãos que receberemos caso o
estudemos regularmente: (1) evitaremos a decepção, (2) resistiremos à tentação, (3) nos
manteremos no caminho estreito e apertado e (4) teremos vida em abundância.1

Como bispo, eu ficava alarmado com o descaso de muitos ex-missionários (que


conhecem muito melhor as coisas) com respeito ao Livro de Mórmon. Isso foi o que minha
pesquisa mostrou. Lembre-se que os resultados mostrados referem-se apenas aos hábitos de
ex-missionários que estavam em casa apenas há apenas dois anos ou menos, ou seja,
aqueles que testificaram não muito tempo atrás da importância do Livro de Mórmon em
suas missões! Tome o termo “diários” como 26 dias ou mais por mês.

2% leu o Livro de Mórmon aproximadamente 30 minutos diários.


5% leu o Livro de Mórmon aproximadamente 20 minutos diários.
20% leu o Livro de Mórmon aproximadamente 15 minutos diários.
70% leu o Livro de Mórmon aproximadamente menos que 15 minutos diários.
5% leu o Livro de Mórmon de maneira não regular.

Você lembra dos “vapores de escuridão” que cobriam o caminho estreito e apertado
no sonho de Leí sobre a árvore da vida? Eles “são as tentações do diabo que cegam os
olhos e endurecem o coração dos filhos dos homens, conduzindo-os a caminhos espaçosos
para que pereçam e se percam” (1 Nefi 12:17). Todas as quatro promessas mencionadas
pelo Presidente Benson fazem com que não nos percamos na névoa de escuridão. O Livro
de Mórmon torna possível manter-se a visão da árvore da vida.

Quão importante é manter a visão daquilo que se deseja e não ser obscurecido pelas
névoas de escuridão? Deixe-me ilustrar isso com uma história de Joel Weldon.

Florence Chadwick, 34 anos de idade, já havia estabelecido o recorde ao


atravessar o Canal Inglês a nado em ambas as direções. Agora ele tentava
estabelecer o recorde de natação indo da Ilha Catalina até a costa. Mas naquele 4 de
Julho o oceano parecia um mar de gelo; a névoa estava tão densa que ela mal
conseguia ver o barco de apoio; tubarões tinham que ser afastados com tiros de
rifles. Hora após hora ela lutava contra a água congelante enquanto milhões
assistiam-na na TV. Sua mãe e treinadora a encorajava do barco, gritando-lhe que
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não faltava muito e que ela não desistisse. Mas após 16 horas sem ver nada, exceto
o nevoeiro pesado a sua frente, e não sabendo que restava apenas metade de uma
milha (das 26 milhas totais), ela pediu para ser retirada da água. Algumas horas
mais tarde, ainda degelando o corpo, ela falou aos repórteres: “Olha, eu não estou
dando desculpas, mas se eu tivesse ao menos visto a terra eu teria conseguido.” Não
foi a fadiga, a água gelada, medo dos tubarões que a derrotara, mas a névoa – o fato
de que ela não conseguia enxergar sua meta. Dois meses mais tarde, num dia claro,
ela tornou-se a primeira mulher a nadar aquele canal, batendo o recorde masculino
em duas horas!2

Estudar o Livro de Mórmon ajuda-nos a manter nosso alvo a vista. A maneira de


transformar o estudo das escrituras num “banquete” está no ato de se fazer uma promessa e
um pedido ao Senhor. Prometa que gastará um número X de minutos diariamente
(Presidente Benson recomenda que sejam 30 minutos) por um número Y de dias, no estudo
do Livro de Mórmon. Por exemplo, prometa que gastará 30 minutos por dia durante 30
dias. Se for muito, prometa algo menor, mas faça uma promessa. Você ganhará não apenas
poder de livre arbítrio e auto-estima ao prometer (mesmo se a promessa for algo bem
pequeno) e cumpri-la, mas o Senhor disse que “vos tornareis instruídos na lei de minha
igreja; e sereis santificados por meio daquilo que recebestes e fareis convênio de que
agireis em toda a santidade diante de mim” (D&C 43:9). O Senhor trabalha por meio de
convênios, e esta é a forma pela qual nos prepara para receber qualquer bênção dele.
Primeiro, você precisa “santificar-se” para fazer aquilo que prometeu ao Senhor e
consequentemente receberá a bênção pedida (se for da vontade Dele).

Peça ao Senhor que o abençoe com duas coisas. Peça-lhe que, como resultado de
seu estudo, possa vir a conhecê-lo melhor – não meramente “saber a respeito”, mas
CONHECÊ-LO. Peça também para abençoá-lo com alguns dos tesouros que são selados
nas páginas do Livro de Mórmon. Não me refiro aos conceitos e idéias que estão lá, mesmo
que sejam incomensuráveis; estes são tesouros intelectuais. Peça que o Senhor possa te
abençoar com os tesouros espirituais. Elas lhes são ensinadas por meio do Espírito Santo. E
o que é ensinado varia de pessoa para pessoa e de tempo em tempo. Quando desafiei os
membros da ala com o programa 30 por 30, desafiei-lhes a escrever uma pequena nota
sobre o que haviam aprendido. Entre outras experiências maravilhosas, todos mencionaram
que receberam as quatro bênçãos do Presidente Benson, e ainda auxílio adicional no
controle dos pensamentos. Pela minha própria experiência e de outras pessoas da ala,
testifico que 30 minutos por dia de estudo das escrituras tem grande poder para fortalecer e
guiar nossas vidas.

O presidente de nossa estaca universitária pediu aos bispos que se certificassem de


que os membros da ala não ficassem sobrecarregados com os afazeres da Igreja a ponto de
negligenciarem o estudo das escrituras. Creio que você consegue gastar 30 minutos por dia
no estudo do Livro de Mórmon e seguir esse conselho. De fato, concordo com o Presidente
Benson, que você você precisa desse equilíbrio.

O resultado de comprometer-se com o Senhor é a qualificação para bênçãos que, de


outra forma, não estariam disponíveis caso apenas trabalhasse descompromissadamente.
Você teria as obras (Ler o Livro de Mórmon), mas não a fé (Pedido de bênçãos). E assim
como a “fé sem obras é morta em si mesma” (Tiago 2:17-20), as obras sem a fé não são tão
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eficientes quanto quando combinadas. Após haver cumprido com sua promessa, faça outra.
Continue fazendo convênios até que tenha desenvolvido um hábito tão forte que você não
consiga mais continuar sem essas promessas.

Presidente Benson disse que precisamos “nos banquetar” com o Livro de Mórmon.
O verbo em português nos lembra a palavra banquete. Um banquete é uma grande festa
realizada num local perfeito, a recepção é antecipada de grande excitação. Você faz
preparativos cuidadosos, chega no horário e usa roupa adequada.

Consegue imaginar o que o anfitrião pensaria caso você aparecesse de pijamas,


calçolas ou só de cuecas?! Pelo mesmo motivo, creio que seu “banquete” deve incluir o uso
de roupa apropriada, já que a roupa utilizada afeta suas ações em qualquer ocasião que seja.
Eu constantemente aconselhei aos meus missionários a estarem completamente vestidos,
como para o proselitismo, ao estudarem. Isso mostra ao Senhor que você valoriza este
momento no qual é ensinado pelo Espírito e recebe revelação pessoal. Você não vai para o
templo vestido de forma casual.

Hayden, Bach e outros grandes nomes da música disseram que só usavam o melhor
quando estavam compondo para que se sentissem confortáveis ao pedir a Deus por
revelação pessoal.3 O produtor do clássico “E o Vento Levou” sabia que o que os atores
vestiam afetava em sua atuação. Entre os detalhes luxuosos do figurino, ele utilizava dois
ou três dos melhores pedaços de couro em cada par dos sapatos personalizados e tinha
anáguas feitas renda, laços e cintas atadas a pequenos botões. Quando interrogado por uma
das atrizes do porque gastara todo esse dinheiro em detalhes que não podia ser vistos nas
câmeras, ele replicou: “Seu pai no filme é o mais rico agricultor da Geórgia e eu quero que
você se sinta como a filha de um rico agricultor.”4 Aquilo que veste afeta sua atuação em
qualquer que seja a atividade.

Quando você vai num banquete, você se satisfaz e não apenas prova. A diferença
entre banquete e degustação é a mesma quando você almoçava na casa de um membros da
igreja e quando era o seu companheiro que fazia o almoço. O mesmo é com o Livro de
Mórmon: banquetar-se (30 minutos) e não provar (alguns minutos).

Assim como a localização do banquete, o lugar onde você está banqueteando-se


com o Livro de Mórmon também é importante. Você precisa estar num local onde possa
dar total atenção, e ler com “um coração sincero e real intenção” (Moroni 10:4). Deve estar
sentado numa cadeira, se possível, não na cama, nem durante as refeições ou enquanto
viaja. Você pode ler nessas ocasiões também, mas não conte nos seus 30 minutos de
banquete.

O horário do banquete também é planejado cuidadosamente de forma que todos


possam participar. Da mesma forma, quando você estuda é importante. Se possível, estude
de forma a oferecer ao Senhor as “primícias” de seu dia. (Falarei mais sobre isso no
capítulo 11 “Os Cinco Anéis de Ouro”.)

Stephen Covey que as escrituras são uma entrevista divina, como um “check list de
sua espiritualidade”.5 Se você começa a dormir e as escrituras começam a perder aquela
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magia para você, cinja a tua mente e por obrigação (para começar) retome a leitura
regularmente. Mesmo ao fazer por obrigação seu desejo de ler será restaurado.
Para manter o desejo de ler, você deve viver de forma a ter o Espírito em perfeita
sintonia com você. Sua compreensão das escrituras será direcionado proporcionalmente a
sua habilidade de receber o Espírito. Se não tiver o Espírito, as escrituras não terão
nenhuma magia natural para você. Você preferirá ler outras coisas que sejam mais
“interessantes” ou “estimulantes”. O Senhor então se tornará um estranho para você pois
seus pensamentos e sentimentos começaram a mudar.

É muito fácil ficar confuso com as pressões e aspirações do “mundo real”. Assim
como o Urim e Tumim ajudaram o Profeta Joseph Smith a interpretar o correto significado
dos registro antigos, o Livro de Mórmon será como um Urim e Tumim, ajudando-o a
entender as reais necessidades de sua alma, ajudando-o a

MANTER O ESPÍRITO!
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7
SEJA LIMPO
VIVA NO MUNDO “REAL”,
- NÃO VIVA “REALMENTE” NO MUNDO-

“Não ... cometerás adultério nem ... coisa alguma semelhante.”

P
- Dutrina e Convênios 59:6

or mais que acreditassem piamente na castidade tanto nas ações quanto nos
pensamentos quando deixaram o campo missionário, os problemas relacionados à
castidade ainda constituem o principal motivo pelo qual os ex-missionários procuram
o bispo para serem entrevistados.

A pureza sexual tem um efeito tremendo no recebimento e manutenção do Espírito.


Mas é grandemente mal compreendida pela juventude e é a menina dos olhos de Satanás
contra eles.

Presidente Benson falou duramente contra a quebra da castidade:

“Uma das declarações mais audaciosas contra a falta de castidade é aquela


de Alma para seu filho Corianton: ‘Não sabes, meu filho, que essas coisas são uma
abominação à vista do Senhor? Sim, mais abomináveis que todos os pecados, salvo
derramar sangue inocente ou negar o Espírito Santo?’ (Alma 39:5). Poucos de nós
seremos acusados de assassinatos ou pecado contra o Espírito Santo. Mas a lei da
castidade é frequentemente quebrada, mesmo que ela esteja bem próxima aos outros
dois na lista dos pecados mais graves aos olhos do Senhor.”1

Em Jacó 4:13 diz que a verdade é “as coisas como realmente são”. Ou, como os
economistas gostam de dize, as coisas como são no mundo real, não no imaginário. O que é
verdade sobre a conduta sexual? Primeiro, deixe-me discorrer sobre os conceitos telestiais
de “viver realmente no mundo” tal como defendidos por Hollywood, para então falar sobre
o “mundo real” dos padrões do evangelho. Se parecer que estou sendo muito duro, é
porque estou tentando ser realmente duro, ou no mínimo, mortalmente duro quanto ao
assunto. O que trataremos aqui significa literalmente a diferença entre a morte e a vida
espiritual.

Aqui vão algumas justificativas de desvios morais comentadas por ex-missionários.


Típico daquilo que nos é pregado por Hollywood como uma representação do “mundo
real”. Portanto, são coisas que “realmente parecem” e não as coisas como “realmente são”.
Infelizmente há muitos ex-missionários que são enganados e pacificados ao aceitar esses
engodos (2 Nefi 28:8, 21):

“Qual o problema em tocar-se um pouquinho enquanto namora?”


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“Por que duas pessoas que se amam e planejam casar-se não podem expressar seu
amor e compromisso por meio de beijos e carícias, já que não passa disso? Afinal não se
está ferindo ninguém.”

“Contanto que estejamos vestidos e não coloquemos as mãos onde não devemos, o
resto pode, né?”

Estes são conceitos tipicamente dos que “vivem realmente no mundo”, falsas idéias
do “mundo real”.

Aqui está o padrão do evangelho para coisas “como realmente são”. “Não
cometerás adultério ... nem coisa alguma semelhante” (D&C 59:6). O Presidente Kimball
definiu “coisa alguma semelhante” como “carícias” – ou pior – e ele disse que os
pensamentos e sentimentos que têm dentro de si quanto estão sendo indulgentes constitui-
se nada mais nada menos que um “adultério mental”.2 Meu conselho aos ex-missionários é
o mesmo dado pelo Elder Gene R. Cook: “Vocês não têm o direito de acender o desejo
sexual em ninguém, nem em você mesmo, exceto em seu cônjuge.”3 Portanto, se sua
intenção é excitar sexualmente a você mesmo ou a outra pessoa que não seja seu cônjuge,
você já cruzou a barreira da pureza sexual. Isto inclui não somente atos, mas seu modo de
vestir-se, sua linguagem corporal, suas conversas, suas cartas ou qualquer outra coisas cuja
intenção seja excitar-se sexualmente ou a alguém que não seja seu cônjuge. Óbvio que há
diferentes níveis de gravidade, mas todos são inadequados. Todos desqualificam-no para
ter o Espírito em algum nível e requerem arrependimento.

Elder Gene R. Cook advertiu desta forma:

“Vocês não têm direito de estimular sexualmente uma mulher de nenhuma


forma, meio e maneira, exceto se esta for sua esposa. Deixem-me dizer isso mais
uma vez. Vocês não têm direito de estimular sexualmente uma mulher seja de
qualquer forma, meio e maneira que seja, exceto se esta for sua esposa. Isso inclui
coisas como conversas, olhares, toques e qualquer coisa semelhante a isso. Pela
minha compreensão, você está em cima da linha se começar a violar esse princípio
ao excitar sexualmente alguém [fora dos laços do matrimônio]”.4

Todos nós sabemos a diferença entre um beijo de amor e um beijo de desejo. Um


beijo de amor diz: “Eu te amo e me importo com você, eu te respeito”. Ao contrário,
quando você dá um beijo de desejo, você está dizendo, “Eu desejo você”. Na verdade, você
está dizendo mais do que isso. Você na verdade está querendo dizer: “Eu desejo
fisicamente teu corpo a tal ponto que não me importo com o que aconteça com seu espírito
no processo. Contanto que eu possa satisfazer meu desejo, não me importo com o que eu
faça com o meu corpo.”

Uma conduta sexual apropriada não é algo solo; tem que ser um dueto e somente
com seu cônjuge. Lembre-se que no templo você fez um convênio de não ter “relações
sexuais”, não apenas de não chegar ao ato em si, exceto com seu cônjuge.

Há algo contra o qual eu gostaria de adverti-los, pois foi o que os ex-missionários


de minha ala alegaram ser uma armadilha, uma arapuca bem camuflada. Antes, quando as
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escrituras falam sobre as armadilhas de Satanás, elas utilizam normalmente as palavras
“armadilha” ao invés de “trap” – palavra em inglês para arapuca. Quando a palavra “trap” é
utilizada, normalmente vem combinada com a palavra “armadilha”. Uma arapuca é algo
armado para pegar algo. Uma armadilha também é, mas ela tem algo a mais – uma isca –
para induzir a caça a chegar o mais perto possível daquilo que pode prendê-la. Alma,
enquanto contendia contra Zeezron, advertiu-nos contra as armadilhas de Satanás desta
forma:

“E eis que vos digo, a vós todos, que foi uma armadilha do adversário, que
ele preparou para pegar este povo a fim de poder subjugar-vos e amarrar-vos com
suas correntes, para arrastar-vos à destruição eterna segundo o poder de seu
cativeiro” (Alma 12:6).

A armadilha a qual os ex-missionários se referiam, o qual aumenta o desejo sexual,


são os vídeos e filmes impróprios. E a isca desta armadilha em que tantos ex-missionários
têm caído é: “Mas só tem uma cenazinha ruim no filme. Não dá nem para perceber.” Esta é
uma versão dos anos 90 daquilo que Nefi falou em 550 a.C., quando descreveu essa isca
utilizada por Satanás: “...não há inferno; e diz: Eu não sou o diabo, porque ele não existe”
(2 Nefi 28:22). Conheci diversos ex-missionários que contaram-me que cenas de sexo de
filmes que eles nunca imaginaram que assistiriam lhes vinham à mente, mesmo quando
estavam dentro do templo.

O Presidente N. Eldon Tanner advertiu contra este perigo:

“Estamos rodeados por literatura que promove as relações sexuais ilícitas


nas primeiras páginas ou nas telas. Para seu próprio bem, evite isso. Estórias e
figuras pornográficas ou eróticas são algo pior do que a comida imunda e
contaminada. O corpo tem defesas para livrar-se da comida não saudável, mas o
cérebro não consegue vomitar a imundície. Uma vez gravado na mente, sempre
poderá voltar a sua lembrança, como flashes de imundície que cruzam sua mente,
desviando-o das coisas sadias da vida.”5

Randall A. Wright fez uma pesquisa interessante com alunos solteiros de faculdades
e escolas secundárias.6 Ele descobriu uma relação entre os filmes impróprios e o desejo
pelo sexo. Os resultados mostram que proporcionalmente ao aumento do número de filmes
impróprios vistos está o aumento pelo desejo por sexo. Ele dividiu os alunos em quatro
grupos parecidos, de acordo com o número de filmes impróprios que estes assistiram em
1992: o grupo 1 viu de 0 a 5; grupo 2 viu de 6 a 15; o grupo 3, de 16 a 25 e o grupo 4 viu
26 filmes impróprios ou mais. Aqui estão suas conclusões.

Perceba na tabela abaixo a relação existente entre o número de filmes impróprios


vistos e o quão permissiva são as ações sexuais dos alunos. A porcentagem mais alta
encontrada entre o grupo dos não membros é 3,5 vezes mais suscetível ao sexo antes do
casamento do que o do grupo menos exposto. Mais os jovens SUDs são muito
influenciados também. A taxa de suscetibilidade ao sexo antes do casamento dos que
assistiram a 25 filmes impróprios ou mais é 7,5 vezes maior do que aqueles que viram de 0-
5 filmes.
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Porcentagem de Jovens Suscetíveis ao Sexo Pré-marital


Número de Filmes Impróprios Vistos

de 0-5 19%
4%

de 06-15 49%
6%

de 16-25 61%
13%

26 - Mais 70%
30%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

SUD Ñ-SUDS

Creio que este aumento no nível de tentação é devido a um princípio ensinado por
Alma em Alma 24:30:

“E assim podemos compreender claramente que, se depois de haver sido


iluminado uma vez pelo Espírito de Deus e ter tido grande conhecimento das coisas
referentes à retidão, um povo cai em pecado e transgressão, torna-se ainda mais
endurecido e assim seu estado se torna pior do que se nunca tivesse conhecido essas
coisas.”

É óbvio que os filmes e vídeos impróprios aumentam o desejo pelo sexo. Também é
verdade que a música imprópria, especialmente os vídeo clipes fazem o mesmo. Elder
Gene R. Cook contou sobre certa vez quando voltava do México e sentou-se ao lado do
cantor Mick Jagger, dos Rolling Stones. Entre as muitas coisas que conversaram por três
horas e meia de vôo, Elder Cook prestou seu testemunho do Livro de Mórmon e Mick
Jagger prestou seu testemunho dizendo que, “nossa música é feita para levar os jovens ao
sexo. Não é culpa minha o que eles fazem; é mais forte do que eles. Eu só estou ganhando
dinheiro.”7

Ao permitir envolver-se com filmes impróprios, você naturalmente aumente os


desejos carnais do homem natural, como o Papa Alexandre frisou alguns anos atrás em
Uma Dissertação sobre o Homem (Epístola i, 1.217):8

O vício é um monstro de aspecto tão assombroso,


Que para ser odiado precisa tão somente ser visto;
E ainda que, muitas vezes, familiarizados com seu rosto estejamos,
Primeiro resistimos, depois temos pena e então o abraçamos.

Presidente Benson advertiu claramente sobre a decisão de assistir a filmes


impróprios:

“O espelho dos olhos.” Em nossos dias o que essa expressão significa?


Filmes, programas de televisão e gravações de vídeo que são tanto sugestivas
quanto indecentes. Revistas e livros que sejam obscenos e pornográficos.
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Aconselhamos vocês, rapazes (isso inclui as moças também) a não poluírem
suas mentes com esse material degradante, pois a mente pela qual passa essa
imundície nunca será a mesma. Não vejam filmes impróprios ou vulgares nem
participem de qualquer forma de entretenimento imoral, sugestivo ou
pornográfico.”9

Lembrem-se, as escolhas morais incorretas raramente são feitas de forma não


intencionada, mas seguem um padrão. A melhor maneira de corrigi-las é com uma
promessa providente. (Ver capítulo 13).

Também sugiro ler dois dos melhores discursos sobre pureza sexual já dados. São
eles, “Sobre Almas, Símbolos e Sacramentos” de Jeffrey R. Holland10 e “O Evangelho e o
Amor Romântico” de Bruce C. Hafen.11

Você precisa viver no mundo real e não enganado nem ludibriado a seguir as idéias
decaídas de Satanás que o farão “relar” num mundo telestial, o qual ele tomou para si como
seu:

“E muitos também dirão: Comei, bebei e diverti-vos; não obstante, temei a


Deus—ele justificará a prática de pequenos pecados (...) não há mal nisso. E fazei
todas estas coisas, porque amanhã morreremos; e se acontecer de sermos culpados
[se ainda estiver vivo no dia seguinte], Deus nos castigará com uns poucos açoites
e, ao fim, seremos salvos no reino de Deus.”

Viva no mundo real para que você possa

MANTER O ESPÍRITO!
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8
HONRE O DIA DO SENHOR
- A CHAVE PARA UMA SEMANA DE SUCESSO-

“Chamarás o Sábado de deleitoso...”

P
- Isaías 58:13

orque é tão importante guardar o dia do Senhor? O que eu ganho com isso? Minha
experiência tem mostrado que muitos ex-missionários param de considerar o dia do
Senhor como deleitoso e acabam fazendo comentários como esse que se segue:

Tenho tido muitas dificuldades com minha falta de progresso espiritual


desde que voltei da missão e atribuo isso, em parte, por não guardar o dia do Senhor
como deveria. Tenho certeza que há muitos membros para quem o dia do Senhor
significa apenas ir para as reuniões da Igreja por três horas, não ir a supermercados,
não trabalhar e, nos domingos de jejum, deixar de tomar o café-da-manhã. Sinto
que há muita desinformação sobre o modo como observar o Sábado
apropriadamente.1

Aqui vai uma rápida explicação sobre “Os Cinco Rs”, algumas técnicas que o
ajudará a guardar o dia do Senhor para que torne-se um dia “deleitoso” para os ex-
missionários.

Relembre. É muito significativo que o Senhor tenha usado o verbo “lembrar-se”


nos versículos sobre os dez mandamentos: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”
(Êxodo 20:8). Todos nós precisamos de lembretes constantes para nos manter no caminho
certo, mas parece-me que o Senhor sabia que é necessário usar um dia inteiro dentre os sete
outros para nos ajudar a lembrarmos dele. Lembramos dele ao lembrarmos de seus
mandamentos, suas bênçãos, seu sacrifício. Lembramos do Dia do Senhor por meio de
nossas oblações (oblações significa “ofertas”, seja de talentos ou meios em serviço de Deus
e seus seguidores.” Veja D&C 59:12, notas de rodapé b). “Lembra-te, porém, de que no dia
do Senhor oferecerás tuas oblações e teus sacramentos ao Altíssimo (...)” (D&C 59:12).
Partilhar o sacramento dignamente não apenas nos ajuda a relembrar o convênio batismal,
mas renová-lo, bem como a todos os convênios que fizemos com o Senhor.

aRrependimento. Em D&C 59:12 o Senhor continua: “(...)confessando teus


pecados a teus irmãos e perante o Senhor.” Durante o dia do Senhor, antes da reunião
sacramental, é um tempo ideal para avaliar sua semana. Decida do que precisa arrepender-
se. Então, durante o serviço sacramental, junto à lembrança do sacrifício expiatório, ofereça
o seu sacrifício a ele, “um coração quebrantado e um espírito contrito” (3 Nefi 9:20) e peça
perdão ao Senhor pelos seus pecados. Refaça o convênio de não cometer esses erros e
pecados novamente.
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Repouso. “Porque em verdade este é um dia designado para descansares de teus
labores (...)” (D&C 59:10). Dê descanso à sua mente e corpo dos cuidados do mundo. Todo
o seu ser – corpo, mente, emoções e espírito – serão renovados caso este dia seja observado
apropriadamente. “Deposita teu fardo sobre o Senhor e ele te sustentará.”2

Na Conferência geral de 1991, Elder James E. Faust aconselhou os alunos a não


estudarem aos domingos.3 Muitos já descobriram que esse é um conselho sábio.
Reorganize sua agenda de forma a conseguir isso também, então peça ao Senhor para
abençoá-lo com melhor entendimento e notas. Quando se combina a fé (oração por uma
bênção) e obras (estudar em outros dias que não sejam o domingo), a bênção é recebida.
Muitos ex-missionários me disseram isso.

O princípio é fazer do dia do Senhor um dia de descanso. Se você usar a sexta feira
a noite e todo o seu sábado para diversão e recreação ao invés de fazer seus trabalhos
escolares e utilizar o domingo para recapitular as matérias, você estará trabalhando no dia
do Senhor.

Com certeza não é errado estudar e aprender no domingo. Com certeza não é algo
inapropriado estudar as escrituras aos domingos. Mas o que é errado é você perder o caráter
de repouso e regeneração que o dia do Senhor tem e permitir que os fardos da preparação
escolar sobrepujem os aspectos espirituais da observância a este dia. Com certeza não é
aprazível ao Senhor que você fique acordado até tarde na noite anterior e então ficar
cansado e caindo de sono pelos cantos durante as reuniões da Igreja.

Comprometa-se a ir a todas as três reuniões dominicais que você tem. Fico surpreso
e triste de ver que alguns ex-missionários adotam o costume de assistir apenas à reunião
sacramental, utilizando o restante do dia para estudar ou divertir-se. Aí eles ficam se
perguntando porque perderam o Espírito. Além de utilizar o dia do Senhor para assistir às
reuniões, use-o para o serviço ao próximo, para ganhar um maior conhecimento dos
princípios do evangelho, para o descanso, leitura, para escrever cartas e no seu diário. Não
utilize este dia para os assuntos seculares ou designações escolares de colégio ou faculdade,
trabalho ou entretenimento (Isaías 58:13-14). Lembre-se também de jejuar com um
propósito, exatamente como fazia no campo missionário durante os domingos de jejum.

Renovação. Leia e pondere sobre sua bênção patriarcal, especialmente no dia do


Senhor. Isso o ajudará a renovar os olhos de sua mente – ou como Alma chama, os olhos de
sua fé (Alma 5:15) – o seu eu real. Por meio da renovação da visão que tinha na missão
(Veja capítulo 14), você terá maiores chances de alcançar seu potencial. Para ajudá-lo com
isso, faça uma revisão de sua semana anterior. O que foi bom, e o que foi mal? Decida
quais mudanças precisam ser feitas. Isso colocará sua vida novamente no rumo. Planeje
para a próxima semana. Planeje sua semana principalmente no que concerne as coisas que
melhorarão o seu relacionamento consigo próprio, com o Pai e com os outros (família,
colegas, etc.). Isso geralmente não é algo difícil nem requer muito tempo, mas “por meio
das coisas pequenas o Senhor realiza as grandes” (1 Nefi 16:29). Tais coisas serão deixadas
de lado ou se perderão se não acrescentá-las no seu planejamento semanal. Essa ênfase
naquilo “que mais importa” no Dia do Senhor te dará poder para verdadeiramente colocar
as “primeiras coisas em primeiro lugar” durante a semana. Ao fazer isso, na verdade você
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estará criando espiritualmente sua vida, uma semana de cada vez, antes que vivê-la na
realidade. Estará portanto cumprindo a medida de sua criação.

Receber. Ao lembrar-se de honrar o Dia do Senhor e guardá-lo como sagrado, você


torna-se elegível para o recebimento de algumas bênçãos. Uma delas é a proteção divina
contra o mal. Isso foi dissertado num artigo da Ensign:

“Em nossos dias, o Senhor nos disse que guardar o Sábado ajudará a nos
proteger contra os males de um mundo que tem degenerado espiritualmente. Em
uma revelação dada a Joseph Smith, ele parafraseou o quarto mandamento desta
forma: ‘E para que mais plenamente te conserves limpo das manchas do mundo,
irás à casa de oração e oferecerás teus sacramentos no meu dia santificado’ (D&C
50:9 – Negrito pelo autor).
Aqui está um plano divinamente inspirado contra a imoralidade, rebelião
(...) e outros males espirituais que nos afligem.”4

A outra bênção é que a “plenitude da terra” te será oferecida. “Em verdade eu digo
que, se isso fizerdes, a plenitude da Terra será vossa (...)” (D&C 59:16). E tem mais, se
olharmos o hino “Depõe Teu Fardo sobre o Senhor”5, do hinário em inglês, veremos que
“O Senhor nunca deixará que o justo caia”. O que a plenitude da terra significa? Aqui está
um exemplo:

Aos domingos, em Utah, os estacionamentos das lojas de doces estão


congestionadas com os carros dos clientes, mas não no Macey’s Food Stores. Lá,
tudo está quieto, o alvoroço da semana cessou. Tudo começou em 1962 quando
Walt Macey e um sócio compraram o Save-a-Nickel Markets no centro de Salt
Lake. Certo dia, enquanto Walt trabalhava no balcão do setor de carnes, Presidente
Joseph Fielding Smith, que era um cliente assíduo do lugar, veio até ele dizendo:
“Irmão Macey, não sabia que vocês abriam no Dia do Senhor. Gostaria que
soubesse que não poderei mais ser seu cliente até que você comece a fechar aos
domingos.” Sem rodeios e nem chance de uma resposta, o Presidente Smith deu
meia volta e foi embora.
Em um minuto – disse Ken Macey, filho de Walt e proprietário do Macey’s
– ele chamou a todos. Logo depois, meu pai abraçou seu sócio dizendo que não
poderiam abrir o estabelecimento aos domingos. Já que os dois discordavam quanto
a isso, quebraram a sociedade e dividiram tudo, sendo que o sócio de Walt o
advertiu, “Você estará quebrado em seis meses.’”
A loja do Walt tornou-se o Macey’s e seu sócio acabou falindo e fechando
suas lojas. Joseph Fielding Smith lhe telefonou e disse: “Agora vejo que está
fechando aos domingos. Voltarei a comprar lá”.
Ao longo dos anos – admite Ken – temos enfrentado tempos difíceis uma
vez ou outra. Certa vez o banco disse que pulariam fora caso não abríssemos aos
domingos, mas enfrentamos isso. Meu pai dizia, “Se você fizer as coisas certas, as
outras entrarão no eixo. E tem sido assim sempre. Suponho que se abríssemos aos
domingos, seria possível ter mais dinheiro, mas quanto você precisa para ter o
bastante?6

Elder Charles Didier, citando o Elder Mark E. Petersen, disse:


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A observância ao Dia do Senhor é um sinal da solidez de nossa conversão.


Nossa observância ou não observância deste dia é uma medida inequívoca de nossa
atitude pessoal com relação ao Senhor e seu sofrimento no Getsêmane. É um sinal
se somos cristãos, no próprio sentido da palavra, ou se nossa conversão é algo tão
superficial que a lembrança do sacrifício expiatório significa muito pouco ou nada
para nós.7

Stephen Covey ensina:

Se você partilhar do sacramento em retidão, sua alma ficará satisfeita e não


ansiará pelas coisas e apelos do mundo, e sua perspectiva de vida e seu propósito
será renovado.
O Sábado é verdadeiramente a chave para se manter uma espiritualidade
consistente e profunda, e cada um dos outros seis dias serão enriquecidos e mais
produtivos por estar honrando o Dia do Senhor. Se tiver perguntas sobre o que pode
e o que não pode ser feito no Sábado, pergunte e sinceramente responda: é
possível.8

Honrar o Sábado o ajudará em muito a

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9
OBSERVE OS DOIS ‘T’s
“Frequentarás os dois ‘T’s e terás mais plenamente o Espírito
e acharás mais facilmente teu eleito ou eleita.”

O
- 1Degneronômio 2:3

s dois “T”s que precisa observar são o Templo e o instituto.

O Templo

O Presidente Benson ensinou o seguinte concernente ao templo:

Sob a paz destes adoráveis templos, as vezes encontramos respostas para os


maiores problemas da vida. Lá, sob a influência do Espírito, as vezes o puro
conhecimento flui para nós. Os templos são lugares de revelação pessoal.
Quando estive sobrecarregado com um problema ou desafio, fui à Casa do
Senhor com um oração em meu coração. As respostas vieram de maneira clara e
inconfundível.1

O relato de Nefi se quando ele “levantou-se e foi a montanha e clamou ao Senhor”


(! Nefi 17:7) é um exemplo que todos nós devemos seguir. Podemos seguir esse padrão
para recebermos respostas do Senhor no templo mesmo para os problemas mais
aterradores. Nefi, um homem no deserto, que não tinha nenhuma experiência em
construção de navios, recebeu a ordem de construir uma embarcação marítima que pudesse
navegar meio mundo, numa viagem que duraria mais de um ano sem parar em nenhum
porto para fazer reparos ou pegar suprimentos. Ele ainda tinha que confiar no Senhor para
que lhe mostrasse onde e como fazer até as ferramentas! Mas o Senhor o ajudou a resolver
estes problemas.

Também testifico que todos nós podemos receber revelação pessoal com respostas
aos nossos problemas por meio da freqüência ao templo. Encontrei respostas para muitos
problemas de ordem familiar, pessoal, profissional e outros. Acredito que tive uma
experiência como a de Nefi ao construir o navio. Alguns dos detalhes para nossos shows de
fogos de artifício vieram-me à mente enquanto estava no templo. Nossa idéia singular,
completamente diferente de tudo o que foi-me ensinado com relação a fabricação de fogos
de artifício e a qualquer um dos outros fabricantes, trouxe muito sucesso a nossa empresa.
Isso não teria acontecido se não fosse por essa idéia única. A princípio, os fabricantes
veteranos zombaram de nossa idéia dizendo que nunca funcionaria, que era muito
perigosos e que nunca compraria nossas engenhocas malucas. Agora eles crêem, embora
ainda admirados que nossa idéia funcione tão bem! Eles ficaram admirados principalmente
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porque ninguém de nossa empresa descendera de gerações de fabricantes de fogos de
artifícios como eles.

Deixe-me parafrasear a experiência de Nefi ao construir o navio e como ela se


assemelha à minha experiência no ramo de fogos de artifício quando fui ao templo e “o
puro conhecimento fluiu” e “respostas vieram de forma clara e inconfundíveis.”

“Ora, se o Senhor possui tão grande poder e fez tantos milagres entre os
filhos dos homens, por que não pode ensinar-me a construir um modelo novo de
fogos de artifícios?
Ora, nós não trabalhamos os fogos de artificío pelo método que os homens
(...). conheciam nem construímos os modelos pelo método dos homens; mas
construímos pelo método que o Senhor me havia mostrado; não foi, portanto, igual
ao dos homens (...).
E aconteceu que depois de havermos terminado os fogos de artifício de
acordo com a palavra do Senhor, meus irmãos viram que estava bom e que o
trabalho fora muito bem executado (...)” (1 Nefi 17:51; 18:2,4 – Mais ou menos
assim).

Como Nefi, eu creio que o Senhor pode revelar a qualquer pessoa como construir
um barco ou qualquer objeto (mesmo coisinhas comuns como fogos de artifício), e chegar
à terra prometida, se tivermos fé o suficiente para pedir por ajuda no templo e caso seja a
vontade Dele.

O InsTituto

Elder Boyd K. Packer aconselhou os estudantes a freqüentarem as aulas do


instituto:

“No instituto há diversão e jogos, e um ambiente para a paquera e o


casamento. Nessa fase, a busca entre os rapazes e moças torna-se mais animada
pois eles começam a se interessar uns pelos outros. A porcentagem de casamentos
no templo entre os alunos graduados de Seminário e Instituto é mais que o dobro da
média em toda a Igreja. Precisam de um endosso melhor do que este? (...).
Pais e líderes do sacerdócio, acompanhem seus jovens. Vejam se eles estão
freqüentando o instituto.
Anos atrás eu estava no Arizona com o Elder. Kimball. Ele deu um
poderoso endosso do Seminário e Instituto aos membros da estaca dele. Depois eue
falei-lhe: ‘Eu vou citar suas palavras em toda a Igreja.’ E ele replicou, “Faça isso. E
se pensar em algo melhor para dizer, dia e me conte.”2

Assistir as aulas do instituto a cada semestre te trará o equilíbrio e perspectiva


necessários. O Presidente Kimball ensinou que o conhecimento secular comparado ao
espiritual é como comparar o soro do leite com o próprio leite. Ele disse que precisamos ter
os dois, mas o espiritual é muito mais importante, e freqüentar o instituto o ajudará a ter
esse conhecimento.3

O Presidente Benson ensinou sobre onde ganhar esse tipo de conhecimento:


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“Parece estar havendo uma queda na fé – fé em Deus como o criador dos


céus e terra, como o Pai de nossos espíritos. Há uma queda na fé em Jesus Cristo
como nosso Redentor e Salvador da humanidade, não apenas como nosso maior
mestre, nosso irmão espiritual mais velho, mas como o Redentor do mundo. E esse
lugar será onde homens e mulheres poderão vir e aprender o mais essencial de todos
os conhecimentos disponíveis aos homens e mulheres do mundo” (Dedicação da
Sede de Instituto em Seattle, Washington, 29 de outubro de 1961).4

A sociabilidade, atividades e bailes do instituto lhe trarão o relaxamento necessário


para manter-se de pé enquanto seus estudos e trabalho o fatigarem. A sociabilidade do
instituto tem a atmosfera propícia ao Espírito. Ao contrário, muitos eventos sociais que
você será convidado a freqüentar não trarão a presença do Espírito. Na verdade, eles o
afastam.

Observar os dois “T”s o ajudará a

MANTER O ESPÍRITO!
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10
TRABALHE DURO,
TRABALHE DE FORMA INTELIGENTE,
TRABALHE MUITO
“O trabalho diário, mesmo do mais humilde, é nossa responsabilidade, e fazendo-o da
forma correta, torna-se parte de nossa adoração diária.”
- Brigham Young

“O trabalho é uma necessidade espiritual assim como nossas necessidades financeiras.”

T
- Spencer W. Kimball

rabalhar duro = trabalho duro; trabalhar de forma inteligente = trabalho inteligente;


trabalhar duro e de forma inteligente = trabalho árduo. Portanto, para se trabalhar
duro, de forma inteligente e árduamente você tem que trabalhar.

Quando trabalhar – trabalhe; quando for brincar – brinque, mas não dá para
misturar os dois. Quando estudar – estude, mas não deixe a TV ligada, nem escute música e
não se permita um monte de distrações. Claro, estudar requer alguns intervalos, mas depois
dê 100% de sua atenção aos livros. Compreenda que você está competindo com outros que
estão dispostos a pagar o preço, especialmente em níveis mais avançados e graduações e no
mundo dos negócios.
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Adoro o simbolismo que esta foto mostra, a de um velho cavalo negro cego que
verdadeiramente está trabalhando duro, de maneira inteligente e muito. Ele não está apenas
puxando contra as rédeas, mas também o cabresto; ele está sendo guiado. E ele tem feito
isso por muitas horas – ou talvez anos – como trabalho. Você, também deve trabalhar
assim, usando sua razão (como um cavalo) e especialmente a direção do Senhor para ter
sucesso na vida real.

Aqui vai uma declaração maravilhosa de Hermain Cain, CEO da Pizzaria


Godfather, sobre o trabalho árduo, inteligente e constante:

Certa vez um repórter perguntou-me como uma pessoa conseguia viver


trabalhando uma média de 40 horas semanais. “Meu pai nunca trabalhou só 40
horas semanais, nem eu.” Respondi então, que se ele estava trabalhando apenas 40
horas semanais, talvez não queria fazer algo realmente melhor do que o que já fazia.
1

As pessoas de sucesso estão dispostas a fazer coisas que as pessoas fracassadas não
gostam nem querem fazer. As pessoas bem sucedidas não gostam de fazê-las também, mas
se sacrificam durante um curto período de desconforto para alcançar aquilo que realmente
querem a longo prazo, por isso elas trabalham arduamente, de maneira inteligente e muito.

Eu não compreendia este fato da vida até estar na faculdade de medicina da


Universidade George Washington. Eu pensava que havia recebido um pesado treinamento
para a competição devido às regras da missão. Mas meu bom colega de quarto judeu, da
Filadélfia, contou-me que ele precisava acordar todas as manhãs às 4:30 para praticar
violino, estudar o Torah e completar seus estudos escolares regulares, tudo isso antes de ir
para a escola. Depois da aula, ele trabalhava na loja da família. Sua agenda era assim desde
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que tinha apenas oito anos de idade! Ele sempre tirava nota 10 e era a pessoa mais
disciplinada que eu já vi. Ele contou-me, “Vocês caipiras do oeste não fazem a menor idéia
do que seja o trabalho!” Mesmo que caras como ele sejam uma exceção, você estará
competindo contra pessoas iguais a ele.

No primeiro ano da faculdade de medicina eu fui reprovado, não havia aprendido a


lição de trabalhar árduo, de forma inteligente e muito. Ao invés de estudar, eu escolhi
manter minha vida social, ganhando o apelido de Palminhas por buscar a adulação e
diversão quando tocava piano para as festas da alta sociedade promovidas pelo meu chefe
que era sócio majoritário em um proeminente escritório de advocacia em Washington.
Quando lhe contei que não retornaria no semestre seguinte por ter sido reprovado, sendo
um homem sem papas na língua e um juiz de paz duro como era, ele me deu alguns
conselhos gratuitos. Ainda lembro de seu olhar exasperado quando suas palavras e sua
expressão facial queimaram-me dentro da minha própria alma. Ele disse: “Palminhas, você
precisa aprender que existe muito mais na vida do que ficar sorrindo bonitinho e tocando
piano.”

O Senhor o abençoará com a capacidade de competir, e melhor – para vencer – mas


somente se você “trabalhar como se tudo dependesse de você e orar como se tudo
dependesse do Senhor.” Não seja tolo, como eu fui, pensando que será abençoado só
porque é um ex-missionário e membro da Igreja. Você tem que trabalhar duro.

Você tem sucesso na vida do mesmo jeito que no campo missionário. Lembre do
famoso ditado que diz que “a mente vazia é oficina do diabo”. Presidente Faust disse: “O
trabalho é outro remédio contra o mal (...). Satanás recruta discípulos entre os que estão
ociosos; Jesus recruta os seus entre os que estão ocupados com os trabalhos, mesmo se
estiverem remendando as redes ou atirando-as ao mar.”2

Uma das chaves para o trabalho árduo, inteligente e constante é o princípio do


“mais um”. Muitos de vocês já o ouviram ao se prepararem para diversos eventos
esportivos levantando pesos, correndo, fazendo polichinelos ou correndo para cima e para
baixo nas arquibancadas de um estádio. Quando a quantidade certa de exercício é atingida,
o treinador sempre grita “mais um”. Geralmente você pensa que não consegue mais, que já
atingiu o limite, e as vezes você está certo. Mas o treinador insiste, “mais um, mais um”.
Ele não tem a intenção de chamá-lo de perdedor ao dizer isso, ou que não acredita que você
já tenha atingido o seu limite, nem se diverte ao ver seu sofrimento. Ele insiste para que
faça “mais um” porque ele sabe – como você também – que o maior crescimento alcançado
vem quando tentamos fazer “mais um” quando você já não tem mais forças nem fôlego
para nada. Mesmo que não consiga completar o “mais um”, a própria tentativa quando se
está exausto é o que traz o crescimento maior. Se fizer apenas o que é possível, você só
estará conversando a força que já tem. Seu crescimento será pouco ou inexistente.

Para ter excelência no mundo real, deve fazer mais do que o possível – deve
trabalhar com o seu potencial. O que é possível não é o seu potencial pleno. Se fizer apenas
o que dá para fazer, nunca receberá o crescimento que o Senhor pode dar ao seu potencial.
Na pior das situações, você ficará na média.
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Se Beethoven tivesse composto apenas quando estivesse sentindo-se bem e não
durante os sofrimentos com suas dores de ouvido, talvez nunca teríamos algumas de suas
maravilhosas obras primas. Não foi até estar totalmente surdo que ele compôs sua maior
obra prima – a 9ª Sinfonia. De fato, imagine como seria nosso mundo se todos os poetas,
escritores, inventores, artistas – ou nossos pais – só trabalhassem quando estivessem 100%
bem. Aqui está um trecho poderoso de uma carta de uma de nossas missionárias:

Meu professor de canto ensinou-me duas lições importantes sobre ser um


profissional. (1) para ter sucesso naquilo que faz deve entregar-se de corpo e alma.
(2) Encontre um oportunidade de aprender em tudo o que fizer. Um dia eu voltei de
uma aula muito exausta e tensa, e contei a minha professora como me sentia. Ela
disse, “Você raramente irá encontrar-se em perfeitas condições para cantar.
Aproveite e faça disso uma oportunidade para aprender o que você pode fazer, não
importa suas limitações. Eu sempre tudo na vida como uma oportunidade.3

Com isso em mente, siga este conselho. Não se compare aos outros. Trabalhe para
desenvolver seus dons, talentos e ritmo, sob a direção do Senhor. É extremamente
necessário que você os desenvolva no seu próprio ritmo e seqüência. “Uma excelência
compassada” é o que ganhará ao trabalhar árduo, com inteligência e muito, não mais rápido
do que suas forças o possam suportar (Mosias 4:27).
Irmãs, naturalmente vocês tentam ser mais diligentes do que os irmãos. Precisam
ser cuidadosas para não correr mais do que suas forças o permitam, e não tentem ser a
“Miss Perfeição”.

Parte importante do trabalho inteligente é a decisão concernente a qual carreira


seguir. Faça perguntas como estas a si próprio quando estiver decidindo qual será sua
carreira. Elas foram propostas por Dean Burch:

1. O que eu gosto de fazer?


2. Isso paga o suficiente para que possa sustentar uma família do tamanho da que
eu quero ter?
3. Onde terei que morar?
4. Que requisitos eu precisarei: faculdade, escola técnica, experiência de trabalho?
5. Esta é uma carreira ascendente ou tende a sumir?
6. Com que tipo de pessoas estarei envolvido?
7. Que habilidades eu preciso?

Aqui estão alguns macetes para te ajudar na busca pelo trabalho certo:

1. O tipo de pessoas com as quais estará associado afetam grandemente sua


filosofia de vida. Eles podem ajudar ou te derrubar.
2. Todo sucesso tem seu preço. Esteja disposto a pagá-lo.
3. Todas as carreiras têm pontos negativos. Se não gosta da posição em que está,
vislumbre o futuro e veja se as coisas mudarão em quatro anos. Se não
conseguir ver mudanças em sua posição em quatro anos, faça alguma coisa para
mudar a situação. Você não é uma árvore – mexa-se!
4. Esteja disposto a tomar suas próprias decisões. Pague o preço de cada uma delas
e colha as recompensas que vêm.
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5. Ponha o sentimento de culpa onde ele deve estar. O problema não é que o carro
custa caro, mas que você não tem o dinheiro suficiente para comprá-lo. Não
culpe as outras pessoas por seus problemas. Aceita total responsabilidade pela
sua situação.
6. Produza com qualidade. Faça isso cada mês, dia, hora, minuto. A maneira de se
ter sucesso anual é ter sucesso nos minutos. Tudo o que você faz conta ao final
de mais um ano ou da vida.
7. Você sempre terá aquilo que merece, só espere.
8. Dinheiro é o resultado de um bom planejamento e da execução deste, mas sua
motivação principal não deve ser o dinheiro. Deve ser apenas uma recompensa
ou uma ferramenta.
9. O dinheiro é um subproduto de um serviço prestado. Se quer muito dinheiro,
preste muito serviço.
10. Valha mais do que aquilo que eles te pagam. Em tempos difíceis, os primeiros a
serem demitidos ou dispensados são aqueles que não vale o salário que lhes são
pagos.
11. Não gaste muito tempo em coisas insignificantes.
12. Melhor do que ter um milhão de dólares é ser alguém que vale um milhão de
dólares. Você perderá um milhão de dólares rapidinho se não souber como
comportar-se como um milionário.
13. Não tenha medo de entrar em algo com risco calculado. A vida é um grande
risco. Não entre em negócios estúpidamente arriscados. O risco pode ser um
melhor ou o pio inimigo. Tome cuidado mas não fique assustado.
14. Não tenha medo de errar, mas de errar por não ter tentado. Não há nada mais
patético do que um adulto que não tenta.
15. Estas as minhas opiniões baseadas em minha própria experiência. Busque outras
e compare-as com as minhas. Então crie sua própria filosofia de carreira e
competição no mundo real.

Lembre-se, você pode trabalhar duro, de forma inteligente e muito, alcançando


assim um sucesso gradual, só ao

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11
APRONTE-SE PARA COMEÇAR
O DIA DIREITO
- OS CINCO ANÉIS DE OURO -
“As primeiras horas da manhã são o leme do dia.”

U
- Pascoal

m dos maiores problemas nos shows pirotécnicos é que alguns dos melhores efeitos
são extremamente difíceis de serem iniciados. Para solucionar tais problemas nós
cobrimos os fogos de artifício com uma mistura facilmente inflamável de
“propulsor de incêndio” ou “primeiro fogo”. Esse, por sua vez, é capaz de incendiar as
misturas mais difíceis. É muito semelhante a uma fogueira comum. Um fósforo não é capaz
de acender um monte de troncos, mas pode acender papéis amassados. O papel não pode
tocar fogo nos troncos, mas o pode em pequenos gravetos, que por sua vez queimam
galhos; estes podem atear fogo nos troncos.

A idéia de realizar uma atividade que demande baixa energia, cuja reação pode
ativar outra com alto consumo de energia, funciona muito bem em situações de muita
pressão como com os esportes profissionais. Primeiro se leva um atleta a esse “ponto”, de
forma que ele esteja tão concentrado numa tarefa que torna-se inerte às distrações. Quicar a
bola antes de sacar no tênis ou fazer alguns arremessos, ou girar o taco enquanto se espera
pela jogada, são alguns exemplos de trampolins que levam o atleta a uma atividade de alta
energia por meio da realização de coisas que requerem baixo consumo de energia. Esse
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tipo de ignição funciona bem porque “liga” a mente do atleta para aquilo que precisa ser
feito e que precisará de muita energia.

Um destes trampolins é o anel do CTR. Só ao meramente olhá-lo, você é lembrado


de todas as “escolhas corretas” que comprometeu-se a seguir. (Ver Capítulo 12 –
Promessas Providentes).

Eu gosto de cobrir o escudo que circunda o anel, abaixo das letras do CTR com
uma pasta feita com pólvora e água. Imediatamente isso faz com que o escudo torne-se
negro e o enxofre da pólvora transforma quimicamente o prateado do escudo do anel em
sulfato de prata negro, isso ocorre em um dia ou dois. Ele permanece assim a menos que
você o branqueie com algum polidor de prata.

Eu gosto do simbolismo do “Conserva tua Rota”, mesmo quando está circundado


pelos “vapores da escuridão” (1 Nefi 8:24). Eu também uso o meu anel do CTR com as
letras voltadas para mim, no dedo mínimo da minha mão direita. Assim ele está na mão
direta e o mais próximo possível do meu lado direito – bom simbolismo para as escolhas
apropriadas quem fazemos.

Elder L. Tom Perry deu o seguinte conselho com respeito às molas propulsoras:
Sugiro que cada um de vocês encontrem ou criem lembretes que possa
ajudá-los, bem como aos seus entes queridos, a escolher o que é certo quando a
oportunidade estiver diante de vocês. Há poder num prendedor de gravata, um anel
do CTR ou uma camisa branca pendurada no guarda-roupas se associarmos sua
imagem ao nosso desejo por pureza e retidão.1

Assim como um atleta se aquece e apronta-se de forma a não entrar numa


competição com corpo frio, os “Cinco Anéis de Ouro” são ótimas fontes de propulsão já
que o aquecem para um dia bem sucedido com o fogo do Espírito. Parte do motivo pelo
qual as pessoas procrastinam é o fato de não compreenderem que o aquecimento deve
sempre preceder um grande projeto ou atuação importante.

A propósito, uma outra fonte de propulsão é desenhar os cinco anéis do logo dos
Jogos Olímpicos no topo da sua folha de planejamento diário. Isso o ajudará a lembrar-se e
aquecer-se para fazer as coisas certas. Aqui estão os “Cinco Anéis de Ouro” que, creio eu,
o impulsionarão e o “aquecerão” de forma a conquistar uma atuação digna de medalha de
ouro olímpica, durante todo o dia.

1. Levante- se cedo. Não só fique acordado na cama. Afinal, isso é um mandamento


(D&C 88:124). Perceba que o versículo 124 disse “levante-se” e não “acorde”. Fazer com
que a primeira coisa do dia seja uma vitória te dará certa vantagem no jogo pelo resto do
dia. “Há uma relação íntima entre levantar-se no mundo e levantar de manhã”.2 Se tiver
que dormir mais um pouco, tire uma soneca pela tarde. Lembre-se que dormir demais é o
primeiro dos “Três Porquinhos”.

2. Estude as escrituras. Estude especialmente O Livro de Mórmon. Novamente


repito que o Presidente Benson disse que cada um de nós deve gastar “30 minutos toda
manhã, antes de iniciar os labores diários, estudando O Livro de Mórmon.”3
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3 Aconselhe-se com o Senhor. (Alma 37:37). Faça isso ajoelhando-se e oferecendo


um oração significativa pelo menos duas vezes por dia.

4. Pondere, planeje e avalie. Provérbios 4:26 diz: “Pondera a vereda de teus pés, e
todos os teus caminhos sejam bem ordenados.” Duas maneiras muito poderosas de se
ponderar e “ordenar” são (1) fazer planos escritos e (2) avaliar seus planos, ações e
conquistas com o Senhor.

Planeje sua semana durante meia hora todo sábado ou domingo, organize e escreva
(ordene) as atividades mais importantes que podem ser realizadas na semana subseqüente
para ajudá-lo a progredir nos três mais importantes relacionamentos que você tem – com
Deus, consigo próprio e com sua família. Então, gaste alguns minutos cada manhã para
confirmar essas atividades e planejar o resto do seu dia. Peça ajuda do Senhor para
planejar-se para suas atividades semanais e diárias, e Ele te dará direção e orientação.

Avalie, ou como o Rei Benjamim diria, “observe” (Mosias 4:30), seu dia com o
Senhor em suas orações diárias. Certa vez eu ouvi o Presidente N. Eldon Tanner dizer que
a maioria de suas orações matinais eram destinadas à avaliação do que fora bem, do que
fora mau, porque e como ele poderia ser melhor com relação aos seus pensamentos,
palavras e ações naquele dia.4 Ele é um grande exemplo a ser seguido.

A avaliação é também de grande ajuda para manter-se focalizado e ter orações de


melhor qualidade, mesmo quando se está cansado no final do dia. No próximo domingo,
antes de planejar sua semana que está por vir, também avalie a semana que se passou e
peça ajuda ao Senhor para fazer os ajustes necessários.

5. Faça convênios com o Senhor. Comprometa-se a agir em toda santidade perante


o Senhor (D&C 43:9) por meio de convênios com Ele e com seus planejamentos escritos.
“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” (Salmos 37:5). Leia
novamente o capítulo 6 sobre ligar-se ao Senhor por meio de convênios.

Quero enfatizar a grande diferença que a avaliação com o Senhor e o


comprometimento com Ele faz na sua busca por excelência. Aqui está um estudo feito por
uma das mais conceituadas universidades, mostrando o incrível poder que é adquirido por
meio destes dois processos.5

Porcentagem
Ação de Probabilidade
de que Aconteça
Ouvir uma idéia que gosta. 10
Adotar conscientemente uma idéia. 25
Decidir quando executará. 40
Planejar como fará. 50
Comprometer-se com alguém que fará. 65
Comprometer-se com alguém que fará e ter
uma data específica em que relatará os 95
resultados alcançados ao Senhor.
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Como podem ver na tabela, quando se “compromete” (convênio) com o Senhor que
planejará e avaliará com Ele em datas específicas, você garante quase 100% de que algo
terá sucesso. O comprometimento e a avaliação com o Senhor são duas incríveis – mas
muito negligenciadas – chaves da excelência.

Mas onde você consegue a injeção de adrenalina espiritual necessária para levá-lo a
utilizar estes dois anéis de ouro? Creio que o anel central é o Livro de Mórmon. O estudo
com fé traz essa adrenalina espiritual. O Profeta Joseph Smith ponderou sobre as escrituras
antes de orar, da mesma forma o estudo do Livro de Mórmon o levará a orar com mais
eficácia e a utilizar os outros “Anéis de Ouro” que, por sua vez, o levarão a ter a melhor
atuação possível durante seu dia.

A utilização dos “Cinco Anéis de Ouro” como a primeira coisa a ser feita de manhã,
fará com que você ofereça ao Senhor as “primícias” de seu dia e siga o conselho de Jacó
antes de mergulhar nas atividades do mundo cotidiano: “Mas antes de buscardes riquezas,
buscai o reino de Deus” (Jacó 2:18). Utilizar os “Cinco Anéis de Ouro” fará com que se
preocupe menos e se concentre mais no cumprimento de seus convênios e a ficar no rumo
certo.
Quão importante é estar bem o suficiente para poder concentrar-se em suas metas e
nos deveres imediatos? Qualquer pessoa que assistiu ao Campeonato de Futebol
Americano de 1993 pode responder isso. O zagueiro do Dallas Cowboys, Leon Lett, pegou
a bola do lançador do Buffalo Bills quando este a deixou cair na frente dele. Lett foi na
direção do gol, uns 60 metros de distância. Não tinha ninguém entre ele e a trave e ele
nunca tinha feito um gol antes! Faltando nove metros, Lett levantou os braços para cima
vibrando, segurando a bola em uma das mãos é claro. Ele não tinha visto que o jogador
Don Beebe, do Buffalo Bills, vinha logo atrás dele. Faltando apenas noventa centímetros,
Beeb bateu na bola nas mãos de Lett, encerrando assim a sua comemoração antecipada! Os
“Cinto Anéis de Ouro” o preparam para que você possa manter melhor a concentração.

Eles fazem parte das “coisas pequenas e simples pelas quais as grandes se realizam”
(Alma 37:6). Fazer pequenas alterações nas coisas corretas faz uma grande diferença ao
longo do tempo.

Aqui está um exemplo de Joel Weldom. No beisebol profissional, um jogador que


rebate uma média de 250 jogadas, acerta aproximadamente 3 em cada 12 tentativas e ganha
o equivalente à $ 50.000 ao ano. Um jogador que rebate em média 333 lances, acerta 4 de
12 tentativas, mas ganha $ 500.000 por ano! Será que o segundo jogador ganha dez vezes
mais porque rebate mais? De jeito nenhum. Durante um jogo normal, geralmente cada
rebatedor tem quatro chances de pegar no taco. A diferença entre o primeiro e o segundo
rebatedor é de apenas uma batida a mais a cada três jogos. É isso! Uma batida a mais a
cada três jogos faz uma enorme diferença – meio milhão de dólares!6

O mesmo princípio aplica-se a suas ações e atuação. Fazer as “pequenas coisas” faz
uma grande diferença no decorrer do tempo, levando a efeito um crescimento espiritual
inigualável.
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E mesmo que não haja um progresso visível, “não vos canseis de fazer o bem”
(D&C 64:33). O progresso está acontecendo. Talvez não consiga ver ainda, mas verá. O
que está acontecendo dentro de você é semelhante o processo de crescimento do bambu.
Ainda que a maioria das plantas brotem rapidamente no Brasil, quando a semente do
bambu começa a germinar, ela pode permanecer debaixo da terra por mais de cinco anos
até que um broto surja! E então, cuidado! Ele pode crescer até um metro em 24 horas,
alcançar alturas de 35 metros e tornar-se tão forte quanto aço maciço. O que ocorre durante
aqueles cinco anos é que a semente está espalhando quilômetros de raízes para suportar o
rápido crescimento que virá mais tarde.

Isso é o que você está fazendo também. Está preparando sua mente e espírito e
desenvolvendo seu próprio sistema de raízes espirituais como um alicerce necessário ao seu
crescimento espiritual futuro. “Portanto, não vos canseis de fazer o bem, pois estais
construindo o alicerce de um grande trabalho. E de pequenas coisas provêm as grandes”
(D&C 64:33), mas precisa “ser paciente até que a realizes” (D&C 11:19).

Você lançou “a fundação de uma grande obra” no campo missionário, tanto para o
Senhor como para si próprio. Agora, construa sobre essa fundação e continue a erguer seu
futuro miraculoso com os “Cinco Anéis de Ouro” que o ajudarão a
MANTER O ESPÍRITO!
12
ESCREVA SUA PRÓPRIA
BÍBLIA BRANCA
- OS QUATRO ‘P’S -
“Siga estes padrões. Eles vão ajudá-lo a magnificar
seu chamado e o protegerão tanto física
quanto espiritualmente. Use este manual regularmente.
Busque entendê-lo e siga os princípios e padrões aqui ensinados.”

A
- Manual Missionário, Intellectual Reserve, Inc. 2006, p.1

h! O Manual Missionário, ou como você normalmente chamava, a “Bíblia


Branca”! Escrita e distribuída pelo Quorum dos Doze Apóstolos e pela Primeira
Presidência, este livrinho cabe no bolso de sua camisa e contém as regras e padrões
de conduta missionária. Mesmo que a “Bíblia Branca” seja pequena, ela é uma ferramenta
poderosa, já que dá direção e disciplina. Os que a utilizam são, sem dúvida, missionários
melhores do que os que não a utilizam. Mas ao retornar para o “mundo real”, você não tem
este guia valioso.

Mas para alcançar a excelência no “mundo real” você precisa de um guia tanto
quanto precisava no campo missionário. De fato, você precisa ainda mais. Pelo menos, no
campo missionário, a maior parte das pessoas estava caminhando no rumo certo a maioria
das vezes. No “mundo real” há muitas pessoas que não possuem um “senso” real de
direção. As névoas da escuridão as encobrem, ou aqueles no grande e espaçoso edifício as
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distraem, ou elas largam a barra de ferro e se perdem. Uma “Bíblia Branca” para o “mundo
real” impediria que isso acontecesse. Aqui está um trecho de uma carta de um de nossos
missionários, comentando sobre a sensação de estar em casa:

Descobri que quando alguém está no campo missionário e é obediente, não


há nada que o possa deter. Ele sabe quando tudo está indo bem. Do mesmo modo,
aqui no mundo real os mesmos princípios são verdadeiros, embora haja muito mais
forças que possuam a habilidade de confundi-lo. Aqui tenho aprendido o quão
importante é estar próximo do Senhor, pois sinto que o poder do inimigo é mais
forte e astuto. É estranho, ainda que eu pense que os missionários estão de alguma
forma protegidos, sejam eles obediente ou não, só porque são missionários, (sem
contar que há algumas figuras complicadas).
À medida que eu luto para adaptar-me à minha nova circunstância, sinto
mais e mais que alguém que não possua um conjunto de padrões denifidos e
estruturados com os quais esteja comprometido, certamente falhará.1

Pelo resto de sua vida, a maioria dos problemas e confusões que você enfrentará
serão resultado da não aplicação dos conselhos e disciplina que você aprendeu no campo
missionário em sua “vida real”. Quando você já não é mais obrigado a fazer algo é o
momento em que precisa exercitar sua autodisciplina e fazer aquilo do mesmo jeito. Se
não, você não alcançará excelência em nada, e verá outros que aprenderam a exercitar
autodisciplina conquistarem aquilo que você sempre quis. Uma “Bíblia Branca”
personalizada ao “mundo real” o ajudará dando-lhe força e direção para fazer isso.

Existem quatro “P”s que devem integrar sua nova “Bíblia Branca”:
1. Portar uma bênção patriarcal;
2. Promessas Providentes (Lista);
3. Princípios Prioritários;
4. Poderosa declaração pessoal para o propósito de sua vida ou missão – uma
“Visão de Sua Missão”.

Primeiro, escreva uma lista de suas promessas providentes porque é extremamente


importante que a tenha logo que chegar em casa e é algo fácil e rápido de ser feito. Depois
pode investir algum tempo em sua lista de “Princípios” e na “Visão de Sua Missão”.

Sua Bíblia Branca te dará a direção que precisa, mas a força para vivê-la vem do
seu estudo freqüente. Assim com no campo missionário, revise sua Bíblia Branca
semanalmente, no mínimo. A menos que você tenha “ter seus mandamentos sempre diante
dos [seus] olhos” você degenerará e cairá na incredulidade (Mosias 1:5), e se você não
escrever sua própria “Bíblia Branca”, jamais poderá estudá-la. Aqui está um outro
testemunho da importância vital de se escrever aquilo que se pretende viver.

Brain Tracy fala sobre um estudo feito na Universidade de Ivy League sobre o
efeito de se ter metas escritas. Foi perguntado à classe de 1952 quem costumava escrever
suas metas. 3% deles responderam que sempre faziam, e o restante, 97% faziam-no
frequentemente ou não faziam. Em 1972, a mesma pesquisa foi realizada e descobriu-se
que os mesmos 3% ainda escreviam suas metas. Mas suas notas eram maiores do que a
soma das notas dos outros 97%! 2
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Infelizmente, tenho visto que a maioria dos ex-missionários perdem rapidamente o


costume e disciplina de escrever as coisas importantes. Quando eu servi como presidente
de missão sempre tinha uma entrevista final com cada missionário, e sempre os pedia para
me enviarem uma cópia de suas “promessas providentes” dentro de 30 dias após terem
retornado para casa. 100% deles prometiam que fariam, mas adivinhe qual a porcentagem
daqueles que realmente o faziam? Aproximadamente 7%! Interessante, e creio que não seja
coincidência; você perceberá que estes 7% é a mesma porcentagem daqueles que lêem
diligentemente O Livro de Mórmon vinte minutos diários.

Se as coisas escritas são tão importante no “mundo real” dos negócios, como
poderia você fazer menos pelo tão e mais importante “mundo real” da verdade, das “coisas
como realmente são e como realmente serão” (Jacó 4:13)?

O Salvador respondeu a esta pergunta com a parábola do mordomo infiel (Lucas


16:1-12). Elder James E. Talmage disse o seguinte sobre esta parábola: “O propósito do
Senhor foi o de mostrar o contraste que existe entre o cuidado, a consideração e a devoção
de homens que estão engajados nos assuntos da terra relacionados à ganhar dinheiro, e a
devoção e o modo indiferente de muitos que professam estar lutando pelas riquezas
eternas”.3 E Elder Bruce R. McConkie completou dizendo, “Vós, santos de Deus, sede tão
sábios e prudentes com as coisas espirituais como o mordomo infiel era com as coisas do
mundo.”4

Sugiro que você faça sua própria “Bíblia Branca”, seguindo mesmo padrão de
tamanho e estilo que a missionária. É fácil, divertido e dará um significado todo especial ao
seu conteúdo. Mas se não quiser ter esse esforço extra, tudo bem. Ao menos, comece a
escrevê-la numa folha de papel! Portá-la durante seu planejamento, de forma que possa
sempre tê-la perto de você e revisá-la é alto excelente também.

Agora vamos discorrer brevemente sobre o que poderiam ser os quatro “P”s de sua
“Bíblia Branca”:

Portar Bênção Patriarcal. Tire uma cópia de sua bênção. Reduza-a o máximo
possível para que caiba dentro de um livrinho ou agenda. Leia o parágrafo no capítulo 14
sobre a bênção patriarcal e inclua as sugestões em sua Bíblia Branca.

Promessas Providentes. Esta lista consiste de pequenos convênios ao qual se


comprometeu cumprir. Ela poderia conter todas as coisas as quais conscientemente você já
sabe que deve fazer ou evitar para MANTER O ESPÍRITO! São coisas que você pode
rascunhar em questão de minutos. São as coisas que sua consciência o pressiona a fazer ou
deixar de fazer. Eu diria aos meus missionários que levaria uns 20 minutinhos para
escrever a maior parte de sua lista. Você já se conhece o suficiente para saber o que deve
fazer ou deixar de fazer para MANTER O ESPÍRITO! O próximo capítulo falará mais
sobre as promessas providentes.

Poderosa Declaração da Visão de sua Missão. Esta é a sua declaração pessoal de


sua missão descrevendo aquilo que você percebe e conscientemente detecta que seja o seu
ou seus propósitos da vida, a sua “incumbência do Senhor”. Provavelmente você terá que
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pensar nisso por semanas ou meses; tomar nota das coisas à medida em que acontecem
antes de realmente descrever aquilo que sente pode ser primeiro esboço. Então, um dia,
num despontar de energia e resolução, você rapidamente criará uma declaração básica a ser
utilizada como guia para suas ações ou estabelecimento de metas. Então provavelmente
você estará bem sintonizado com sua declaração de missão pelo resto de sua vida. Isso será
uma divertida aventura de descoberta, algo que certamente você vai amar! Falaremos mais
sobre isso no capítulo 14.

Princípios Prioritários. Isso será também uma divertida viagem de descobertas. Os


princípios trabalham aliados à sua declaração de visão de missão a fim de dar significado a
sua vida. Nas áreas da vida onde sua declaração de visão de missão lhe dá direção, os
princípios darão a sua vida a fundação adequada para se trabalhar. Os princípios que você
deveria listar são os mesmos que você seguia na sua vida pré-mortal e que lhes são
ensinados nesta vida pelo evangelho. Falaremos mais sobre isso no capítulo 15.

Escrever e revisar a sua Bíblia Branca pessoal é de vital importância para se

MANTER O ESPÍRITO!

13
FAÇA PROMESSAS PROVIDENTES
SUA PRÓPRIA
- DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA -
“A floresta é linda, escura e profunda
Mas tenho promessas para cumprir.
E muitas milhas a viajar antes de dormir,
E muitas milhas a viajar antes de dormir.”

V
- Robert Frost

ocê descobriu que na missão você era muito mais eficaz em ajudar as pessoas a
mudar suas vidas sobre a influência do Espírito quando utilizava o “padrão de
compromisso”. No “mundo real” você também precisa fazer “promessas para
cumprir” porque você ainda, tem “muitas milhas a viajar antes de dormir”. Fazer
compromissos consigo mesmo e com o Senhor é a melhor maneira de se conseguir alguma
coisa.

Há algumas promessas que são mais eficazes do que outras. Para exemplificá-las,
deixe-me contar sobre uma guerra de bolas de neve na qual eu tomei parte quando ainda
jovem. Nós construímos fortificações elaboradas para nossa defesa, e uma enorme
quantidade de bolas de neve foram empilhadas para acabar com qualquer adversário. Nós
jogávamos uma espécie de “bandeirante” no qual nós utilizávamos a guerra de bolas de
neve mas também tentávamos pegar a bandeira do time adversário. Isso é muito legal!
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A competição era intensa. Para lutar eficientemente, você precisa de uma sentinela
para ficar dando uma olhada. Sua obrigação era ver de onde o inimigo estava realmente
vindo, diferenciando um ataque simulado de um real e ficar de olho mesmo sob um ataque
pesado. Se a sentinela desse o alarme a tempo, a investida sempre podia ser rechaçada, mas
somente com uma chuva de bolas de neve facilmente disponíveis. Você portanto tinha que
ter um monte de bolas feitas de vantagem e tê-las facilmente à mão (não debaixo de uma
caixa).

Ambos os times estabeleciam novas táticas e padrões de ataque para vencer as


batalhas. No entanto, nenhuma nova arma era criada. Nenhum, ou melhor, até o dia em que
eu desenvolvi a maior tecnologia no que diz respeito a armas para uma guerra de neve: um
canhão de bolas de neve. Mesmo que fosse lento em relação à quantidade de tiros, era algo
muito legal já que era movido por gás acetileno. Ele conseguia atirar bolas de 5 cm a uma
distância de 100 metros e podia destruir completamente as fortificações, deixando nosso
time adversário totalmente expostos à saraiva de bolas.

Eu imaginava que meu canhão fosse o que havia de mais moderno em arma durante
todo o inverno. Foi assim por aproximadamente 22 horas – até que o time adversário
começou a borrifar água sobre seu forte de neve, deixando-o congelar durante a noite,
criando assim o que havia de mais moderno em defesa: um forte de gelo. Uma fortificação
feita de gelo podia defendê-los contra qualquer ataque que meu canhão pudesse deferir.

Então, descobrimos que para se vencer uma batalha precisávamos de cinco coisas:
(1) um forte de gelo, (2) uma sentinela 100% eficiente, (3) um vasto suprimento de bolas
de neve, (4) ter fácil acesso às bolas de neve e (5) uma equipe grande e de confiança.

Agora, como toda essa analogia da guerra de bolas de neve se aplica às “promessas
providentes” e ao “padrão de compromisso”? Veremos como ao discorrer sobre os itens 3 e
4. Eles são o assunto deste capítulo. Mas primeiro as primeiras coisas. Nós já discorremos
sobre o primeiro item no capítulo 1, “Controle seus Pensamentos”. Essa é a peça chave
para seu forte de gelo.

A respeito do item dois, a sentinela, que em nossa vida atual é o único vigia 100%
eficaz? Certíssimo, nosso profeta vivo! Assim como nossa sentinela na guerra de bolas de
neve, nosso profeta vivo pode mostrar-nos de onde o ataque está partindo (Alma 43:23).

Com respeito ao quinto item, uma equipe grande e de confiança, para se manter o
Espírito, você terá que ficar na equipe do Senhor; você não achará equipe mais forte ou de
mais confiança (2 Reis 6:16-17).

Agora, vamos discutir os itens três e quatro. Espiritualmente falando, o que poderia
ser o estoque de bolas de neve? Para ser eficiente, as bolas de neve não devem estar apenas
feitas, mas devem estar perto – fáceis de serem pegadas e utilizadas. Se não, o time inimigo
entrará em nosso campo e pegará nossa bandeira.

Esta é a parte divertida! Irei propor um método para dar vantagem às suas escolhas
morais, antes que as tentações relacionadas a elas o confrontem. Este método pode ser
utilizado em qualquer idéia de modo que esta faça parte de você. Você já a ensinou e
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utilizou durante sua missão, e as autoridades gerais a utilizam. Robert Frost chama isso de
“convites”. Você conhece isso como “padrão de compromisso”.

Compromissos antecipados, ou “convites” para se cumprir, baseados em verdades


das escrituras, são as bolas de neve espirituais que você deve estocar. Cada promessa é uma
bola. Já que você aprendeu isso na missão, agora é sua vez de transformar o “Eu vou
tentar” em “Eu vou fazer”. O modo como faz isso transforma seus desejos em conquistas.
É assim que se evita a tentação. É estar ciente de uma situação mas não deixá-la lhe afetar
em nada. “(Lembra-se de Matt Barh no capítulo 4?).

Os compromissos que você precisa fazer são as escolhas entre o certo e o errado
(morais). São as escolhas que o permitirão “guardar os mandamentos”. Elas o ajudarão a
sempre “lembrar-se Dele” e qualificá-lo para “ter Seu Espírito” contigo.

Aqui está um exemplo retirado das escrituras de como os compromissos fazem uma
grande diferença quando você se depara com a adversidade e tenta não deixar que ela o
afete. É a parábola das Dez Virgens, encontrada em Mateus 25:1-13. O versículo dois diz:
“E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas”. A tradução em grego diz “sábias” no
sentido de “prudentes” e “tolas” no sentido de descuidadas.
Ser providente significa estar preparado, pensar antecipadamente no que pode ser
feito em diferentes situações. As virgens sábias, providentes pensaram mais a frente e
prepararam óleo extra para suas lâmpadas, caso o noivo demorasse. As tolas eram
descuidadas e não preparam-se para esta possibilidade. Elder Bruce R. McConkie ensinou
que “as lâmpadas cheias de óleo são um símbolo do Espírito Santo e que as virgens sábias
haviam tomado o Espírito Santo como seu guia”1 (Ver D&C 45:57). Mesmo que essa
parábola fale apenas sobre ficar atento aos sinais da Segunda Vinda do Salvador, ela pode
mostrar como podemos cuidar de nossa vida a cada dia e ser providente.

Uma das razões principais para o sucesso de muitas pessoas é que essas pessoas de
sucesso eram providentes – elas estão atentas e tomam decisões antes de enfrentar a
adversidade ou tentação.

A melhor maneira de fazer promessa para tornar-se super eficaz, ou providente, é


escrever e revisar suas decisões. Quanto mais formal você for com a ocasião, quanto mais
clássico for o papel onde você as escreve, quanto mais você pensar nisso e quanto mais
você revisá-las, mais poder suas promessas te darão para fazer aquilo que você prometeu.
Como sugerido no capítulo anterior, você pode colocar uma cópia disso em sua nova
“Bíblia Branca”.

Pode haver algumas coisas com as quais você pensa estar comprometido que não
passam no teste de pressão, ou darão margem à racionalização caso você não escreva nem
revise suas promessas. Se não tomar certas decisões morais com antecipação, de forma
detalhada, e preferencialmente de maneira escrita, talvez não consiga tomar as decisões
corretas quando as tentações o confrontarem.

Sua promessas te dão mais ímpeto quando você as escreve no tempo presente – não
no tempo futuro. Exemplo: “Eu estudo o Livro de Mórmon 30 minutos diários.” E não: “Eu
estudarei o Livro de Mórmon, ..., etc.”
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E para que tais promessas se tornem parte de seu caráter, você precisa praticá-las
consigo dia após dia. Assim como um ator não é convincente com seu personagem até que
tenha praticado suas falas muitas vezes, você não terá tais promessas amalgamadas em seu
caráter até que as tenha praticado muitas vezes.

Lembre-se, o time adversário “sempre pode ser rechaçado, mas somente com uma
pesada saraiva de bolas de neves”. Cada vez que você recita uma de suas promessas para
você mesmo, você está colocando mais uma bola de neve em seu estoque, e tornando-as
bem acessíveis. Não escrever suas promessas é como ir para uma guerra de bolas de neve
sem as bolas de neve. E não praticá-las é como colocar suas bolas de neve dentro de uma
caixa de onde não pode retirá-las facilmente. Pratique suas promessas pelo menos uma vez
por semana – isso pode ser uma excelente atividade para o Dia do Senhor!

Escolhas imorais raramente são tomadas intencionalmente, mas por negligência.


Em outras palavras, se não tinha a intenção de fazer nada errado, você também não tinha a
intenção de fazer algo certo. A fábula de Esôpo, sobre a “Cigarra e a Formiga” serve como
ilustração disso. A cigarra não tinha tomado a decisão de passar fome e definhar até morrer
naquele inverno; ela só tinha decidido ficar à toa fazendo qualquer coisa ao invés de
estocar alimento. A formiga, por outro lado, claramente escolheu estocar alimento no verão
para ter suprimento no inverno.

Faça escolhas morais antecipadas, enquanto o bom senso está presente. Se você
esperar pelos tempos de crise, pelos momentos de grande tentação quando o bom senso
estiver confuso por causa da emoção, pressão ou adversidade, seus pensamentos ficarão
confusos. Aquilo que você realmente deseja se tornará algo obscuro. Escrever aquilo que
deseja seguir e revisar frequentemente o ajuda a ver claramente, mesmo nos momentos de
grande estresse. E por terem sido escritas com antecedência, você literalmente economiza o
esforço de ter de tomar decisões a todo momento de sua vida.

Eu chamo isso de lista de “promessas providentes” porque

1. você utiliza o Espírito Santo como guia para fazer essa lista;
2. ela o ajuda a estar preparado para quaisquer surpresas ou pressões que o possam
influenciar a fazer algo que você não quer realmente fazer; e
3. você tem a ajuda da Divida Providência para cumprir suas promessas.

Mantenha essa lista em seu diário, ou em algum outro lugar particular como sua
Bíblia Branca. Adicione cada promessa só após ter imaginado e praticado mentalmente,
considerando as mais difíceis e variadas condições que você poderia enfrentar para poder
cumprir com o prometido. Depois, revise-as frequentemente. Ela é um contrato consigo
próprio e um documento de liberdade. É a sua declaração pessoal de independência ou
“Estandarte de Liberdade” da pressão que advém das repetidas lutas contra a tentação e da
necessidade constante de se tomar decisões.

Sua lista de promessas pode ser um seguro de saúde e de vida espiritual. Ela o
protege de decisões morais incorretas que possam vir a ter tal impacto de deixarem-no
como um aleijado por um bom tempo, tal como aconteceu com o Rei Davi. Existem
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algumas situações nas quais não importa quanta força se empregue, ou quão boas sejam
suas intenções; uma vez envolvido, é quase impossível escapar. Este é um exemplo de
caminhada:

Existe uma área espetacular no sudeste de Utah chamada Paria Cânion. Existem
caminhos, alguns com 6 ou 7 quilômetros de extensão e apenas 10 metros de largura, com
muralhas que se elevam a 100 metros ou mais. Já que o Rio Paria corre pelo cânion, só se
pode caminhar por ele quando as águas estão baixas. De fato, um panfleto do Bureau of
Land Management, alerta:

Tome as precauções necessárias quanto a estar certo do nível da água e das


condições climáticas antes de entrar no cânion. Pois uma vez que estiver dentro dos
desfiladeiros, é impossível tomar tais precauções.2

Exatamente como se corre um risco enorme de morrer nas correntezas ao colocar-se


dentro dos desfiladeiros sob tais condições, você pode colocar-se em situação de grande
risco em momentos que se requer uma decisão moral. Os desejos, apetites e paixões do
homem natural são poderosas demais para serem sobrepujadas a menos que certas
escolhas tenham sido feitas. “Promessa Providentes” feitas e praticadas de antemão são as
precauções que você toma antes de entrar no cânion do mundo real. Há alguns cânions nos
quais você simplesmente nunca deverá entrar.

Fazer escolhas morais corretas não é algo fácil. Mas se não estiver disposto a
despender sua energia para escrever e revisar tais escolhas nos momentos de calmaria,
exatamente como no exemplo citado previamente, é quase garantido que você não terá a
força para decidir frente às situações sedutoras, com os hormônios em alta e a resistência
tão vulnerável. Nos negócios, já vi pessoas trocando sua honestidade pela “isca” do dólar
ou do momento.

Quando eu servia como bispo, todo casal que eu aconselhava, que escrevia e
revisava uma lista de situações as quais evitar e uma lista de coisas a se fazer, mantinham-
se sexualmente puros. Mas outros que não faziam, caiam. O poder de uma caneta é
enorme!

Que tipo de promessas você deve escrever? Qualquer uma que necessite que você
faça uma escolha entre o bem e o mal. Elas estão listadas nas escrituras. Tais escolhas o
ajudam a MANTER O ESPÍRITO! e portanto a dar o seu melhor e viver a vida
plenamente.!

Algumas áreas em particular que são muito úteis para os ex-missionários são o
namoro, entretenimento e estudos. Aqui vão algumas sugestões:

 Prometa que a pessoa para quem você diz “tchau” ao terminar um namoro
será um pessoa melhor do que quando você disse “oi” no início dele.

 Prometa que quando as luz for baixa e seus pensamentos mais ainda, você será
como José e fugirá rapidamente (Gênesis 39:12). (Como bispo já ouvi muitas histórias
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tristes e assustadoras sobre noite do pijama, festas na praia, massagens nas costas onde a
pessoa sentiu-se mal mas não quis causar nenhum constrangimento com sua saída.

 Prometa que não namorará ninguém que não esteja digno hoje de portar uma
recomendação para o templo.

 Prometa que não assistirá a filmes ou vídeos proibidos para menores. (O


motivo para eu pedir isso é que muitos ex-missionários me disseram que pensavam que os
filmes impróprios e MTV não eram assim “tão maus”. Mas perceberam que o Espírito
imediatamente afastou-se deles.)

 Prometa que substituirá os pensamentos maus por bons. (Isso é semelhante a


tapar um buraco no fundo do quintal. Se não substituir o lixo retirado por outra coisa, tal
como cimento, na primeira chuva a água enche o buraco todo com lixo novamente.)

Siga o conselho do Elder Packer e substitua os maus pensamentos cantando um


hino. Certa vez meu companheiro e eu tivemos que caminhar pela Prai de Ipanema, no Rio
de Janeiro. Quando todo aquele cenário começou a distrair-nos, disse-lhe para cantar um
hino. Então ele começou a cantar “Tudo é Belo em Derredor, com amor...” e eu sugeri que
ele cantasse outro hino ao invés daquele.

Certa vez uma garota veio a mim por causa de um problema com pensamentos
inapropriados. Quando eu a sugeri que pensasse num hino, ela replicou, “Mas bispo, esse é
o problema. Eu não consigo parar de pensar nele!”

 Prometa que vai dizer não à diversão ou lazer quando tiver que estudar ou
trabalhar um, duas ou dez horas extras.

 Prometa que não contrairá dívida por causa de um carro novo. Os carros são
apenas um meio de transporte – economize o suficiente até que tenha o bastante para
comprar um. E nunca contraia dívidas para conseguir itens de consumo tais como
computadores, televisões, bicicletas, cd players, viagens, etc.

 Prometa que ouvirá e dará atenção às “sentinelas”.

 Prometa que nunca deixará que as pressões da situação tomem decisões morais
vitais por você.

 Faça promessas individuais específicas de que nunca cometerá atos


impróprios. Por exemplo, Eu nunca beberei bebidas alcoólicas, café nem chá preto; nunca
fumarei cigarros ou charutos; nunca fumarei, cheirarei ou usarei drogas. Eu nunca colarei
nos meus trabalhos escolares. Eu nunca me permitirei a ter intimidades, carícias ou iniciar
minha vida sexual até que seja casado, e após isso, apenas com meu cônjuge com quem sou
legalmente casado. Eu nunca falharei no meu pagamento de dízimo.

 Faça promessas individuais muito específicas de que você alcançará algumas


metas significativas. Por exemplo, Eu obterei um recomendação para o templo atualizada e
nunca deixarei que ela expire por toda a minha vida. Tome suas decisões morais enquanto
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pode, em segurança e de antemão, decidir seus padrões de conduta, e registre e revise tais
decisões. Pergunte a si mesmo, “Quais são minhas prioridades, e é por elas que estou
vivendo?” Não pense que suas preocupações e problemas irão se resolver sozinhos com o
tempo.

Ao fazer isso você estará caminhando para o sucesso quando estiver em frente à
adversidade durante toda a sua vida. Você faz “promessas para cumprir” por que tem
“muitas milhas a viajar antes de dormir”. Não pense que escrever e revisar promessas ou
convênios seja algo redundante, insignificante ou simplório demais para ter algum efeito
em seu estilo ou em sua vida. Convênios previamente determinados que o direcionem a um
curso pré-determinado é a chave para o sucesso. Os atletas olímpicos, como prova,
certamente tiveram que fazer e seguir tais promessas. O mesmo aconteceu com aqueles que
alcançaram sucesso em assuntos comerciais e acadêmicos. O que estou aconselhando é que
o sucesso moral requer um tipo semelhante de comprometimento antecipado.

As Autoridades Gerais fizeram esse tipo de compromisso moral, ou “Promessas


Providentes”, pois eles sabem que “pelas coisas pequenas que as grandes se realizam”
(Alma 37:6). Como o Presidente Kimball ensinou:

Não tenha que decidir e refazer sua decisão sobre o que fará toda vez que
estiver confrontando a mesma tentação. Algumas coisas você só precisa decidir
uma única vez. Quão maravilhosa é a bênção de estar livre da agonia de uma
tentação constante. Fazer isso é algo que consome o tempo e é muito arriscado e
cada equívoco pode resultar em erros. Há coisas que os Santos dos Últimos Dias
fazem e outras que simplesmente não fazemos.3

Uma maneira de fazer com que sua lista de promessas providentes torne-se ainda
mais eficiente é fazer um convênio com o Pai Celestial. Esse convênio envolve um pedido
e duas promessas.

Peça que Ele te oriente, numa maneira tão singular que não haja chance de errar,
toda vez que for tentado a quebrar uma de suas promessas.

Em troca, você primeiro promete a Ele, exatamente como já prometeu a si mesmo,


que se desviará imediatamente daquela tentação e “o evitará; não passará por ela; desviar-
se-á dela e passará de largo” (Provérbios 4:15). Você nem pode imaginar quanta ajuda
extra você receberá quando pedir ao Pai Celestial, com essa promessa, por esta bênção!

A segunda promessa que fará é esta: “Se eu cair, falarei contigo no mesmo dia que
isso ocorrer”. Se não fizer esta segunda promessa, você provavelmente será tentado a parar
com suas orações pois sentirá que falhou por quebrar uma promessa. Não há maior
momento de necessidade de se falar com o Pai, ou que Ele queira conversar contigo, do que
quando você está doente e precisando de ajuda. O próprio Jesus disse que fora enviado para
os que estavam doentes, e não para os que estavam “sãos” (Marcos 2:17).

Fazer uma promessa, mesmo que seja algo muito pequeno, para você mesmo e
especialmente para o Senhor, e então cumpri-la; depois fazer mais uma promessa e cumpri-
la; então continuar fazendo ainda mais outra promessa e cumpri-la, ajuda a criar um
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tremendo poder de livre-arbítrio dentro de você. No futuro você será então capaz de usar
este poder para melhor manter suas promessas e servir o Senhor, mesmo sob pressão. Diz
Stephen Coveys:

Resista e sobrepuje a tentação, e você absorverá em seu caráter a força e


fúria dessas tentações e se tornará mais forte a cada vez (...). Você [portanto] terá
um reservatório de poder, força e paz interior de forma a não ser mais controlado
pelas opiniões alheias, nem pelo seu próprio medo da rejeição ou desejo de
aceitação dos homens.4

Por que fazer uma lista de “Promessas Providentes”? Por que você ainda tem
“muitas milhas a viajar antes de dormir.” Você precisa disso para guiá-lo por toda a vida.
Com o passar dos anos, à medida que as situações mudarem, uma enorme variedade de
tentações o confrontarão. Suas escolhas morais pré-determinadas – suas “promessas
providentes” – o protegerão delas. Elas serão sua base para um viver reto. Elas são as
coisas “pequenas pelas quais as grandes se realizam.” Elas são o estoque de bolas neve. Ao
revisá-las, você fará com que elas se tornem facilmente disponíveis, ajudando-o assim a

MANTER O ESPÍRITO!
14
MANTENHA A VISÃO
DE SUA MISSÃO
Escreva A Declaração de
- Visão de Sua Missão -

“Para que teu próprio eu seja livre”


– Shakespeare

“Certo dia Alice chegou a uma bifurcação no caminho


e viu o gato de Cheschire numa árvore.
‘Que caminho devo tomar?’ ela perguntou.
Sua resposta foi uma pergunta: ‘Para onde desejas ir?’
‘Não sei,’ respondeu Alice. ‘Então’,
disse o gato, ‘Então não importa qual caminho tomar’.”
– Lewis Carroll

“De que serve correr se você não estiver no caminho certo?”


– Provérbio Alemão

“Se você não sabe para onde está indo, vai acabar tomando o lugar de alguém.”
– Yogi Berra

“Um caminho para qualquer lugar é um caminho para lugar nenhum, e um caminho para
lugar nenhum leva a sonhos sacrificados, oportunidades perdidas e uma vida não vivida.”
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– Thomas S. Monson

C
ada um de nós é único. Cada um tem certos dons, atributos, desafios, oportunidades
e uma missão a cumprir nesta vida. Tal idéia é expressa por Blaine M; Yorgason no
seu poema “O Monumento”.1

Deus,
Antes de enviar Seus filhos a terra
Deu a cada um deles
Um pacote, cuidadosamente selecionado,
De problemas.

Estes aqui,
Ele prometeu, sorrindo,
São só seus. Ninguém mais
Poderá ter as bênçãos
Que estes problemas lhe proporcionarão.

E só você
Tem os talentos e habilidades
Necessárias
Para transformar esses problemas ao seu favor.

Agora, vá para seu nascimento


E para seu esquecimento. Saiba
Que amo você sem medidas.
Estes problemas que te dei
São um símbolo desse amor.

O monumento que fizer de sua vida,


Com a ajuda destes problemas,
Será um símbolo
Do teu amor por mim,
Seu Pai.

O Profeta Joseph Smith ensinou Dan Jones que eles tinha uma “missão específica”
para realizar. Na última noite em Carthage, o Profeta respondeu a uma pergunta de Dan
com a última profecia dele que se tem conhecimento: “Tu ainda verás Wales e cumprirás a
missão que te foi designada antes que morras”.2

Dan Jones tinha uma “missão” a cumprir. Será que isso quer dizer que cada um de
nós também tem, ou que isso é algo reservado apenas aos líderes da Igreja? George Q.
Cannon respondeu essa pergunta ao ensinar:
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Fomos escolhidos e pré-ordenados para nossas missões individuais antes do
mundo existir. E nos foi entregue nossa parte deste estado mortal da mesma forma
que o Salvador recebeu a Dele.3

E o Elder H. Burke Peterson disse:

Vocês já chegaram a pensar que o Pai Celestial teria mandado um de Seus


filhos a esta terra por acidente, sem a possibilidade de algo significante a ser
realizado? Não apenas para alguns, mas para todos vocês, há coisas para fazer que
ninguém pode fazer tão bem quanto vocês. Se não se prepararem para elas, nunca
serão concretizadas. Sua missão é única e específica para você. Por favor, não
deixem que outro tenha que tomar seu lugar. Ele ou ela não conseguirá fazer tão
bem quanto você. Se permitirem-nO, testifico que nosso Pai Celestial o inspirará no
conhecimento de seu propósito aqui.4

Viktor Frankl, autor de “A Busca do Homem por um Propósito” e sobrevivente dos


campos de concentração nazistas, reconheceu o conceito de que há uma missão específica
para cada pessoa nesta vida. Ele escreveu:

Cada um tem sua própria vocação ou missão na vida; cada pessoa deve
carregar consigo um objetivo concreto que requeria comprometimento. Nisso ele
não pode ser substituído, nem pode sua vida voltar atrás. Portanto, o dever de
alguém é único e é dele a oportunidade de realizá-lo.5

Frankl crê que sua missão não é algo inventado por ele próprio, mas “detectada”6 de
maneira introspectiva. Portanto, por causa da luz de Cristo, nossa consciência, cada um de
nós tem um profundo conhecimento de nossa singularidade, de nossa missão particular. Os
versos “Minha vida tem um plano, minha tem um propósito”, da canção da Primária Eu
Seguirei o Plano de Deus, dá-nos a mesma idéia.7

A fim de ajudá-lo a compreender melhor a sua missão, vamos comparar a vida a um


jogo de futebol. O objetivo no jogo da vida não era nem conhecido antes do Profeta Joseph
Smith ter concretizado a Restauração! Os jogadores caminhavam pelo gramado, sem saber
qual o objetivo do jogo, completamente perdidos sobre o que fazer com a bola. Consegue
imaginar-se sendo um jogador num jogo como esse?!

Mas com a Restauração, você consegue compreender que está no campo por duas
razões: Primeira, todos os jogadores no campo têm o objetivo geral de aprender a jogar
futebol de acordo com a regras e a tocar o jogo bem o suficiente para marcar pontos, tudo
isso enquanto se aprende a ajustar-se aos seus novos uniformes e capacetes. Em outras
palavras, todos os jogadores do jogo da vida têm o mesmo objetivo geral de aprender a
viver a vida prestando obediência a Deus enquanto estiverem num corpo físico para que
possam herdar a “imortalidade e a vida eterna”. Segundo, cada jogador tem o objetivo
específico de aprender qual a sua posição no jogo, para atingir um certo nível de atuação
que corresponda às expectativas do treinador.

Você, individualmente, e o time como um todo, não conseguiriam ter sucesso em


marcar pontos – que é o objetivo do jogo – caso não soubessem qual o propósito do jogo.
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Sua posição no time é a sua missão pré-ordenada e pré-designada. Jamais poderá ter
sucesso em sua missão na terra enquanto não souber qual é.

Seu desafio é o de descobrir qual sua posição específica, determinar o que é


esperado de você nessa posição, e então começar a atuar no jogo o quanto antes melhor. Se
não descobrir qual seu papel, você se sentirá muito envergonhado e inútil caso venha a ser
substituído durante o jogo, ou se nunca aprender a jogar em sua posição eficazmente de
forma que nunca será convidado para as festas de comemoração pós jogos. Como Whittier
disse, “De todas as palavras mais tristes saídas da língua ou da caneta, a mais triste de
todas são estas: ‘Poderia ter sido’”.8 Afinal de contas, você concordou em fazer isso no
vestiário antes do jogo. Presidente Kimball ensinou:

... naquele mundo antes de virmos aqui, certas designação foram dadas às
mulheres fiéis enquanto os homens fiéis foram pré-ordenados para certos deveres
do sacerdócio. Mesmo que não nos lembremos dos detalhes, isso não altera a
gloriosa realidade daquilo que outrora aceitamos.9

Orson Hyde disse,

Então, se for verdade que entramos num convênio com os poderes celestiais,
antes de deixamos nosso primeiro lar, de que viríamos aqui e obedeceríamos a voz
do Senhor, não importando para quem Ele falasse . . . não seria impossível que nós
tivéssemos assinado esse contrato com nossas próprias mãos, cujas cláusulas podem
estar guardadas nos arquivos lá no alto, para nos ser mostrados quando tivermos
ressuscitado, a fim de que sejamos julgados pelas nossas próprias palavras de
acordo com aquilo que está escrito nos livros.10

Você precisa saber para qual posição O Treinador reservou para você no seu “livro
de estratégias”. O Treinador pode te falar qual é, mas somente se você estiver disposto a
buscar diligentemente. Buscar ou detectar sua missão específica nesta vida abrirá sua
mente, será uma atividade divertida e uma aventura estimulante! Presidente Benson disse o
seguinte com respeito à importância do cumprimento de sua missão pré-ordenada nestes
últimos dias:

Por aproximadamente seis mil anos, Deus os reservou para nascerem nestes
últimos dias antes da Segunda Vinda do Senhor. Deus guardou para estes
momentos finais alguns de seus filhos mais fortes. Nunca foi exigido tanto dos fiéis
em um curto período de tempo como nos é exigido agora. A cada dia nós tomamos
decisões que demonstram a quem nós apoiaremos. O que ainda falta é ver onde
cada um de nós pessoalmente, agora e no futuro, entrará nessa batalha – e quanta
coragem demonstraremos. Seremos fiéis a nossa missão pré-ordenada para estes
últimos dias?11

Cada um de nós, assim como a Rainha Ester da Bíblia, tem uma missão especial, “e
quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Ester 4:14).

Todos nós sabemos que o objetivo geral de nossa vida é preparar-nos para receber a
imortalidade e a vida eterna (Moisés 1:39). Mas qual o seu objetivo específico, seu
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propósito especial aqui? A maneira mais simples de descobrir o que está escrito no “livro
de estratégias do Treinador” é escrever uma declaração pessoal de missão, ou como eu
prefiro chamar, “o propósito de minha missão”, ou “visão da missão”.

Entre as melhores fontes de consulta sobre como escrever uma declaração de


missão estão os dois melhores livros de Stephen R. Covey: Os 7 Hábitos das Pessoas
Altamente Eficazes,12 e As Primeiras Coisas Primeiro13. Para ter alguns pensamentos
maravilhosos sobre a arte de escrever declarações de missão, leia os dois.

Stephen Covey ensina que as declaração de missão te dão segurança, direção e


poder: segurança, porque você não será ameaçado pelas comparações, mudanças ou
críticas; direção para ajudá-lo a tomar decisões sábias; poder para comunicar-se e
colaborar eficazmente, mesmo sob as condições de pressão e fadiga, bem como o poder e
habilidade para tomar decisões difíceis.

Uma vez que tiver descoberto seu propósito – sua missão – agarre-a. Passar por esta
vida sem um propósito é como tentar resolver um quebra-cabeças sem um desenho no qual
se basear. “Não havendo profecia, o povo perece” (Proverbios 29:18). Um propósito o
ajuda a ver e organizar todas as atividades de forma que eles o ajudem a cumprir com sua
missão. É como olhar anúncios de sobretudos quando se está precisando de um; os
anúncios sempre estiveram lá, mas você os percebe agora porque está procurando por um
sobretudo. Portanto, conhecer qual é sua missão traz “serendipismos” (acontecimentos do
acaso) e você tira vantagens destes acontecimentos.

Shakespeare compreendia esse conceito quando fez com que Brutos dissesse, em
Julius Caesar (IV, 3):

Há um percurso nos caminhos dos homens,


O qual, levado pelas torrentes, conduz à sorte;
Oculta, toda a viagem de suas vidas
Está presa às margens e às misérias.
Em tal oceano cheio cá estamos, flutuando,
E precisamos seguir a corrente enquanto ela serve,
Ou perder nossas aventuras

A visão da missão é como um credo, escrito em duas partes básicas:

1. O que você quer ser: que força de caráter você quer desenvolver, quais virtudes
ou qualidades quer ter.
2. O que você quer fazer: o que você quer conquistar, o que sente que deveria estar
fazendo nesta vida.

A busca pelo propósito é algo que tem existido há muito tempo. A mais famosa
delas para nós, Santos dos Últimos Dias, é Moisés 1:39. Outra bem conhecida de todos nós
foi proferida pelo Presidente Kimball ao dizer que a missão da Igreja compreendia três
áreas: pregar o evangelho, aperfeiçoar o santos e redimir os mortos. A Constituição dos
Estados Unidos da América é outro exemplo. De fato, Thomas Jefferson disse, “Nossa
maior segurança está em possuirmos uma constituição escrita.”
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Isso não é algo para ser escrito da noite para o dia. Requer oração, meditação,
introspecção e auto-avaliação para produzir a forma final. Pode levar semanas, até meses,
antes que você sinta que está pronta. É como uma bússola pelo qual edifica sua vida e
fundamenta suas decisões principais. Ela te dá um senso de identidade única. A declaração
de sua missão deve ser o foco daquilo que você deseja alcançar e ser. Mas isso não é um
esquema de como conseguir isso. Isso já faz parte de outro projeto.

Escrever, ou mesmo tentar escrever (não apenas ficar pensando), faz com que duas
coisas aconteçam: (1) ela clareia os seus objetivos porque você é forçado a pensar naquilo
que realmente é importante para você, e (2) te dá um senso real de comprometimento para
então conduzir seu comportamento de acordo com suas crenças. Ao fazer isso, os outros
perceberão que você não é simplesmente levado pelas coisas que acontecem. Você tem a
visão de sua missão, e está animado com relação a isso. Ao viver de acordo com sua
missão, você se sente em “sincronia”, sente que tem todas as “atitudes coesas” e que “todas
as peças do quebra-cabeças se encaixam”. Ao ter sua missão e seu comprometimento
clareados, você também começa a mudar. Em muitos casos você na verdade cria suas
próprias circunstâncias.

O processo de escrita é tão importante quanto o produto final.

Cada pessoa viverá sua vida segundo a organização ou o descuido. A vida não vem
para você, ela vem de você. Muitas pessoas desistem de suas escolhas pois são
influenciadas por aqueles que já as fizeram. Eles toma o caminho com menos resistência,
ou aquele que seja mais conhecido ou menos ameaçador naquele momento.

Você precisa começar de onde você está, com aquilo que você é – incluindo suas
fraquezas – e então ter a coragem de correr os riscos mostrados por Robert Frost no seu
poema “O Caminho Não Trilhado”. Aqui estão transcritas as três últimas linhas.

Na floresta, dois caminhos se separam, e Eu –


Eu segui aquele menos trilhado,
E isso fez toda a diferença.

Eis algumas idéias para trazer à tona algumas das coisas que ainda estão dentro de
você. Planeje-se para poder tirar algumas horas para a primeira sessão, e subsequentemente
mais algumas horas nas semanas seguintes. Isso não é algo fácil. É uma ótima atividade
para o Domingo.

1. Encontre seu próprio “Bosque Sagrado”. Não precisa ser algo ao ar livre,
mesmo que isso seja muito bom, mas um lugar para onde possa ir, ficar sozinho e ponderar.
Lá você pode ouvir seus pensamentos. De todas as criaturas viventes, apenas o homem
consegue ouvir seus pensamentos. No entanto, você é maior do que seus pensamentos e
hábitos. Você é capaz de deixar seus hábitos de lado e olhar para dentro de si. Você pode
acompanhar e planejar, com a ajuda do Senhor, quais as mudanças que quer efetuar em sua
vida a fim de tornar-se capaz de discernir e cumprir com seu propósito. Você deve escutar
sua consciência a fim de discernir quais valores são importantes e como eles podem dirigir
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sua vida. Medite, e estude as escrituras. Banqueteie-se com as palavras de Cristo, pois “elas
vos dirão todas as coisas que deveis fazer” (2 Nefi 32:3).

2. Fala uso de sua Benção Patriarcal. Ela é sua escrituras pessoal sobre sua pré-
ordenação e o propósito de sua vida. Leia-a semanalmente. Tenha-a consigo tanto quanto
puder. E mais, faça uma cópia para tê-la consigo junto às escrituras.

Analize-a, disseque-a. Uma excelente forma de fazer isso é pegando uma folha de
papel e traçando uma linha no meio. No topo de uma das colunas escreva as palavras
“Bênçãos”, e na outra coluna escreva “Admoestações”. Relacione as bênçãos e as
admoestações em suas respectiva coluna à medida que forem encontrando. Numa outra
folha de papel, aliste seus dons, pontos fortes, e talentos caso sejam mencionados; escreva
o que ela fala sobre seu papel, vocação, chamados, responsabilidades ou liderança; escreva
tudo que fale sobre sua família.

Sua Bênção irá revelar gradualmente o seu significado pleno, pouco a pouco, “linha
sobre linha, preceito sobre preceito”. Mas você precisa pedir, buscar, bater, olhar e
ponderar com persistência e paciência para mergulhar profunda e plenamente no
significado de sua Bênção Patriarcal.

3. Expanda sua perspectiva, como Stephen Covey diz, exercitando sua imaginação
e não sua memória.14 A melhor maneira de predizer seu futuro é criando-o. Faça uso do
estrondoso poder de visualização de seu cérebro. Olhe para seu futuro com os olhos da
mente, ou como Alma chama, os “olhos da fé” (Alma 5:15-18). Pergunte a si mesmo o que
desejará ter conseguido quando fizer seu aniversário de 10, 25 e 50 anos. Como gostará de
ser reconhecido pela sua família, vizinhos, comunidade e pelos colegas de trabalho?

Antes do Senhor executar a criação física do mundo, Ele o criara espiritualmente. O


que você está fazendo aqui é criar espiritualmente o seu futuro. Nada acontece na esfera
física sem que antes aconteça na espiritual. Se estiver fazendo as coisas de acordo com a
vontade do Senhor, se tornará realidade.

4. Faça uma lista de dons. Todos nós, como a maioria das pessoas, estamos na
média em muitas áreas, mas cada um foi abençoado com a excelência em muitos atributos.
Elas são só nossas. Se desenvolvermos esses dons, nos tornaremos exímios, bem acima da
média. As pessoas realmente felizes são aquelas que descobrem quais seus pontos fortes.
Elas concentram e põem toda a sua energia no desenvolvimento dessas habilidades
especiais. Creio que tal desenvolvimento seja crucial para a realização plena de seu
propósito na terra, e consequentemente para sua exaltação.

O seu próprio nicho de excelência está bem dentro de você ou bem próximo. As
vezes pode ser como um diamante – que não pode ser reconhecido imediatamente até que
esteja polido, processado e refinado. Busque por seus diamantes perguntando-se: Em que
eu sou bom? Quais coisas são de fácil realização para mim? O que eu mais gosto de fazer?
Em quais coisas eu sou mais competente e confiante? Quais são meus dons físicos, sociais,
intelectuais e espirituais? Deixa de lado as dúvidas e faça uma lista!
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5. Aconselhe-se com o Senhor. O Treinador te conhece muito bem. Ele sabe qual
sua posição no time, qual seu propósito e como pode realizá-lo. Mas Ele sabe que a única
maneira que pode crescer é ao achar qual sua missão por meio de muitas perguntas e busca.
Afinal, Ele disse e prometeu, “Pedi e recebereis” (D&C 4:7).

6. Aconselhe-se com outras pessoas. Shakespeare descreve esta idéia por meio de
um diálogo interessante em Julius Caesar (I,2):

Cassius: Conta-me, bom Brutus, consegues ver tua face?


Brutus: Não, Cassius; pois os olhos não vêem a si próprios
Se não pelo reflexo, ou por outras formas.
Cassius: Isso... É lamentável, Brutus,
Que tu não tenhas tais espelhos
para que devolvessem
tua dignidade escondida aos teus olhos...
E já que sabes que não podes ver
tão bem pelo reflexo, Eu,
teu espelho
modestamente te revelarei
aquilo que de ti
é desconhecido.

Muitas vezes os outros conseguem ver suas características e dons, os quais “de ti, é
desconhecido”. É necessário, portanto, achar espelhos que sejam certos e verdadeiros.
Espelhos carnavalescos, tortos e deformados, refletirão uma imagem mentirosa ou mesmo
prejudicial de você mesmo. Não aceite qualquer conselho que te é dado; pese-o com aquilo
que você já acredita sobre você mesmo.

Sim, você pode vir a conhecer o conteúdo do “Livro de Estratégias”. O Senhor o


mostrará a você, mas tal conhecimento vem com esforço e depois que escrever tudo que
tiver aprendido sobre a pessoa que você é e sua missão especial. Você deve lutar para
conhecer a si próprio tanto quanto Deus o conhece – um pessoa única, um de Seus filhos,
com contribuições únicas a serem dadas à humanidade.

Se não estiver disposto a gastar nenhuma energia para escrever suas impressões, na
verdade você não tem desejo o suficiente para descobrir o que está escrito no “Livro de
Estratégias”. Emerson advertiu que muitas pessoas estão “sempre prontas para viver, mas
nunca vivem”.15 E como um hino diz, “Que todo homem aprenda por si próprio; para
alcançar este conhecimento, que trabalhe.”16 Paulo disse “operai a vossa salvação”
(Filipenses 2:12). Você precisa trabalhar para encontrar seu lugar.

Um poema de Joel Weldon expressa essa singularidade:17

Cada folhinha de grama nos quintais


E cada floco de neve
Um dos outros levemente difere,
Sabes que não há dois iguais.
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Desde algo pequenino com um grão de areia
Às gigantes estrelas da imensidão,
Cada um foi feito com um propósito que os permeia,
Para ser exatamente como são.

Quão tolo é imitar,


Quanto inútil é mentir,
Quando todos vivemos do mesmo lugar,
De uma mente cujas idéias nunca vão se extinguir.

Só haverá um de mim
Para mostrar o que posso fazer,
Deverias pois, igualmente, sentir orgulho sem fim,
Pois só há um de você.

Colombo é um exemplo de alguém que fez aquilo que sentiu-se inspirado a fazer e
ser, especialmente no tocante a viver pela imaginação e não pela memória, e a aconselhar-
se com o Senhor. Ele escreveu:

Desde minha tenra juventude fui marinheiro e o tenho sido até hoje. O
Senhor agradou-se com meu desejo e concedeu-me coragem, compreensão e
conhecimento dos assuntos marítimos. Ele deu-me conhecimento abundante em
geometria e astronomia. Além disso, deu-me alegria e facilidade de desenhar mapas
e neles as cidades, montanhas, rios, ilhas e baías, cada qual em seu lugar. Eu li e
verdadeiramente estudei todos os livros e cosmografias, histórias e cronologias para
os quais o Senhor, com sua mão providente, destrancou-me a mente, enviou-me
pelos oceanos e deu-me força para tal façanha. Aqueles que ouviram minhas
aventuras chamaram-na de tola, zombaram de mim e riram, mas quem pode duvidar
que o Espírito Santo não me tenha inspirado.18

Descobrir sua missão na vida e criar uma visão espiritual desta também aplica-se às
principais atividades em muitos momentos de sua vida. Você também deve escrever uma
versão menor de sua visão de missão para cada projeto de grande importância ao longo de
sua vida. Você deve escrever uma em especial para sua profissão(ões). Depois relacione os
valores que precisa desenvolver e as metas que gostaria de alcançar em cada uma destas
áreas, baseado na visão de sua missão. Assim você terá uma visão de missão abrangente,
uma para sua profissão(ões), e diversas mini-missiões.

Presidente Benson ensinou que uma ou mais de uma de nossas visões de missão é
(são) a(s) profissão(ões) que temos:

Foi dito que ninguém vem a este mundo sem que nasça com isso. Trazemos
de nosso estado de pré-existência talentos e habilidades variadas. É nossa
responsabilidade trabalhar para descobrir onde podemos dar nossa contribuição aos
nossos irmãos – uma área onde tenhamos interessa ou habilidades e onde possamos,
ao mesmo tempo, prover nosso sustento.19
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Aqueles que conseguem criar um objetivo relacionado a uma certa carreira, mas
então acabaram fazendo outra coisa, não desperdiçaram seus esforços. O processo de
perseguir uma meta inicial dá experiência e exposição à diferentes opções, oportunidades e
crescimento.

É melhor continuar caminhando, corrigindo a direção se necessário, mesmo


falhando ao tentar, do que não fazer nada. O valor de algo não está representado por aquilo
que você lucrou com aquilo, mas no quanto aquilo te custou. Frase sábia que diz, “Bem
melhor ousar buscar coisas grandiosas, obter triunfos gloriosos, mesmo que pontilhados de
erros, do que estar nas fileiras entre os pobres de espírito que nem se regozijam o suficiente
nem sofrem o suficiente, por viverem no crepúsculo cinzento dos que não conhecem a
vitória nem a derrota.”20

Um relato de Emmett Smith ilustra o conceito acima. Um jovem rapaz é um


superdotado em tocar piano. Ao nove anos de idade, ele decidiu que seu objetivo de vida
seria ser um renomado pianista. Muitos tocam piano, mas existem poucos considerados
pianistas internacionalmente conhecidos. Muitas pessoas zombaram dizendo ser
“impossível”, mas ele persistiu. Sua mãe, uma viúva, conseguiu um segundo emprego; ele
iria trabalhar entregando jornais, e houve muito sacrifício de ambas as partes para que ele
pudesse receber aulas particulares. Ele treinava muito, ele e sua mãe sacrificaram muito ao
longo dos anos por aquela meta.

Quando tinha 17 anos, pronto para fazer sua primeira apresentação, sua mãe
morreu. Foi necessário que ele desistisse das aulas e arranjasse um emprego para poder
sustentar-se. Ele teve que desistir de seu sonho. Todas aqueles aulas, sacrifício e esforço
extra tinham sido em vão, muito disseram. “Veja, não estabeleça metas como esta; não
estabeleça metas que sejam tão irreais a ponto de nunca alcançá-las e desperdiçar toda a
energia e dinheiro, só para ficar desapontado”.

Este homem não tornou-se um pianista internacional; ele fracassou. Ao contrário,


ele tornou-se presidente dos Estados Unidos. Ele era Harry S. Truman. E ele usou toda a
diligência e disciplina que aprendeu com as aulas de piano naquelas longas horas, naqueles
longos anos; ele utilizou todo aquele hábito para o trabalho e habilidade para sacrificar-se
que adquiriu do esforço extra para tornar-se um grande estadista e presidente.21 Algumas
vezes, o “fracasso” pode levar-nos a outros caminhos que nos farão ter mais sucesso do que
imaginávamos originalmente.

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