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A IMPORTÂNCIA DO

SABER SENSÍVEL NO
ENSINO
REFERÊNCIAS

Para comprensão do conteúdo apresentado nesses slides é necessária


a realização das seguintes leituras:

-Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte


http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf

- Diretrizes Curriculares - Arte


http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/
dce_arte.pdf

- A Educação (Do) Sensível - João Francisco Duarte Júnior


Entrevista: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/
4039/2387
Palestra: https://www.youtube.com/watch?v=_tTupSwBRR8

- Educação pelo Sensível – Sılvıa Pıllotto


http://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/683/599
REFERÊNCIAS

- Documentário: A Janela da Alma


João Jardim E Walter Carvalho
https://www.youtube.com/watch?v=56Lsyci_gwg

- Aprender a Pensar é Descobrir o Olhar


Marcia Tiburi
http://www.marciatiburi.com.br/textos/quadro_aprender.htm

- Singularidade do Olhar a partir do Filme “Janela da Alma”


Renata Tavares BENIA
Valéria Cristina BONINI 3
http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2014/resumos/
R42-1863-1.pdf
1. OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO ESCOLAR
1
!  Compreender a importância da cidadania como participação
ativa na vida social e política;

!  Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva;

!  Conhecer e valorizar a pluralidade das características


fundamentais da sociedade nas dimensões sociais, econômicas,
políticas e culturais;
1
!  Fomentar a valorização da construção de identidade e o
sentimento de pertencimento ao seu contexto (casa, bairro,
cidade, País e ao mundo);

!  Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do


ambiente;

!  Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o


sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,
cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção
social;
1
!  Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica,
plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e
comunicar suas idéias,

!  Interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos


públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e
situações de comunicação;
1
!  Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;

!  Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de


resolvê- los, utilizando para isso o pensamento lógico, a
criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica,
selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
1

EDUCAR PARA TRANSFORMAR


2. O PAPEL DA ARTE NO ENSINO ESCOLAR
2
Compreensão da arte como conhecimento:

Manifestação humana, produção cultural de um povo que, por meio da


manipulação intencional de um conjunto de elementos expressivos
disponíveis (cores, texturas, formas, sons, gestos, movimentos, etc), em
diálogo com os fatores tecnológicos, sociais, culturais e econômicos de
seu contexto tem o objetivo de

Divulgar/afirmar/perpetuar/apresentar/provocar/questionar as
faculdades imaginativas (pensar) e as experiências (fazer) do ser
humano e suas vivências no mundo

Revelando os diferentes modos de perceber, sentir, pensar e articular


significados, valores e ideias de um determinado grupo e contexto.

Ampliando e intensificando as relações entre os indivíduos:


•  mundo interior x o mundo exterior
•  O indivíduo em relação a si mesmo
•  O indivíduo em relação ao coletivo
2
Os objetos artísticos em si mesmo (desde os documentos do
processo de criação a apresentação do resultado final) e

Os discursos que acompanham os objetos artísticos (manifestos e


declarações dos artistas, textos de críticos de arte e curadores,
pesquisas de estudiosos da área)

Revelam a natureza e cultura de um determinado contexto ao


apresentar a diversidade de vivências/experiências, de
pensamentos, de ideais e de valores.

Conhecimento importante para o desenvolvimento e formação de


crianças, jovens e adultos.
Ingres
Retrato da Princesa de Broglie, 1853

Neoclassicismo para o Romantismo


Toulouse-LautrecFemme qui
tire son bas, 1894
Pós impressionismo
Man Ray
violino de Ingres
1924
Banksy, Cleaning Up, 2000
Um grupo de ativistas, Barcelona, 2012
2
Arte considerada na sua dimensão de percepção estética
NA APRECIAÇÃO E NA CRIAÇÃO DE OBJETOS ARTÍSTICOS

AÇÕES QUE INTEGRAM DIFERENTES MODOS DE:


!  O PERCEBER
!  O SENTIR
!  O IMAGINAR
!  O QUESTIONAR
!  O RECORDAR/ O RELACIONAR
!  O PENSAR / O INTERPRETAR
!  O EXPRESSAR/ O COMUNICAR
__________________________
CAMPO DO SENTIDO
constante busca pelo reconhecimento e decodificação dos sinais
expressivos
     O  processo  de  percepção  

1.  Input Visual – o sentir: percepção primária,


a imagem é percebida pelos elementos
que mais suscitam a emoção,
como forma e cor.

1.  Insight Representacional – o reagir:


percepção secundária, a imagem é decomposta
em relações, e percebida como mensagem.

1.  Output Comunicacional – o pensar


percepção final, onde a leitura é simbólica,
num contexto amplo de significações.
Contexto
|
Emissor – MENSAGEM – Receptor
|
Códigos
2
JOÃO FRANCISCO DUARTE JÚNIOR

SILVIA PILLOTTO
2
Ressalta a importância de se trabalhar no ensino não apenas o
conhecimento inteligível (objetivo) mas também com o
conhecimento sensível (subjetivo): sendo importante trabalhar
nossa capacidade de saber sensível, na medida em que o verbo
saber tem a ver etimologicamente com saborear – por meio dos
o mundo é saboreado, seus sons, cores, odores, texturas e
sabores.
2
Dor

Posso ler teorias e reflexões oriundas da psicologia e da


sociologia que me ensinam intelectualmente acerca da dor,
mas uma obra de arte me faz sentir na pele o desespero da
dor.
DOR (dicionário)
1 Sensação mais ou menos aguda mas que incomoda.
2 Sensação emocional ou psicológica que causa
sofrimento.
3 Conjunto de sensações físicas dolorosas, geralmente
intermitentes.
5 problema ou preocupação.
.
Portinari
Criança
Morta,
1944
Edvard Munch
O Grito, 1893
Frida Kahlo
A Coluna Partida, 1944
Marina Abramović
Barroco Balcã, 1997
2
A experiência estética que se tem frente a uma obra de arte (ou
experiência artística) cria no espectador uma experiência de
“como se”: frente a ela é como se eu estivesse vivenciando a
situação que ela me propõe, com todas as maravilhas, dores e
prazeres que isto me desperta.

A arte me faz vivenciar, ainda que no modo do “como se”,


acontecimentos e experiências de vida de outras pessoas, de
outras latitudes, de outras realidades, ou mesmo da minha e que
me eram desconhecidas.

Portanto, a arte é capaz de nos abrir os olhos para maravilhas e


espantos inusitados, a partir dos quais sempre se pode depois,
evidentemente, refletir e elaborar conceitualmente.
2
Para se pensar sobre a vida e o mundo é fundamental que se os sinta
e que nos maravilhemos com eles.
Mito da Caverna de Platão.
https://www.youtube.com/watch?v=Rft3s0bGi78

Necessidade de sair da caverna.


2
Contudo, para que isto ocorra (sair da caverna), para que a arte
nos abra um mundo, é necessária sempre uma aprendizagem,
uma aprendizagem de seus códigos. Mas, atenção: aprende-se a
ter experiências estéticas frente à arte, aprendem-se os seus
códigos, não a partir de teorias, da filosofia ou da história da arte,
mas sim no modo sensível, vivencial, tendo-se contínuo contato
com ela..
2
EDUCAR E EDUCAR-SE PARA TRANSFORMAR.

EDUCAR E EDUCAR-SE PELA VIA DO SENSÍVEL, destacando


aspectos que contribuem para esse fim: intuição, emoção,
criação, percepção, sensibilidade.

VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

Exemplo de proposta

http://artenaescola.org.br/premio/projeto.php?
id=71769&id_projeto=71772
2

É necessário educar os nossos sentidos para que eles nos


permitam mais e mais saborear as sutilezas do mundo creio ser
o primeiro passo para uma vida mais feliz e autocentrada.
3. O SENTIDO DOS SENTIDOS
3
•  O que é sentido (DUARTE, JR. págs.13-14, 2000)?

- Consciência “Eu perdi os sentidos”


- Lógica “Qual o sentido disso?”
- Orientação/Direção “Em que sentido devo ir?”
- Órgãos dos sentidos
- Verbo Sentir no particípio do passado. “Eu tinha sentido
algo estranho”
3
•  O que é sentido (DUARTE, JR. págs.13-14, 2000)?

Capacidade humana de apreender a realidade de modo


consciente, sensível, organizado e direcionado.

Tudo aquilo que é imediatamente acessível a nós através dos


órgãos dos sentidos, tudo aquilo que foi capturado de maneira
sensível pelo corpo.
3
Sociedade contemporânea em crise:

-  Racionalização, objetividade
-  busca do lucro com o menor gasto material e de tempo
-  critério da eficácia
-  Quantidade substitui qualidade
- Excesso de informações
- Excesso de atividades desenvolvidas simultaneamente
- A cobrança do imediatismo exige ações objetivas.
- Rotinas e cotidiano automatiza a percepção.
-  Não há espaço e tempo de surgir emoção
-  Camuflagens e ocultamentos.

...nossa civilização está dominada pela quantidade, tendo acabado


por nos parecer que o único real é o quantificável, sendo tudo o mais
pura e enganosa ilusão de nossos sentidos. (Ernesto Sabato)
3
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

...o fato é que a racionalização e a eficiência, fundamentos de


nossa civilização, não podem existir sem a repressão ao corpo. Para
que um homem se torne uma função do sistema ele tem de reprimir
todos os ritmos naturais de seu corpo e começar a operar no ritmo
estabelecido pelo próprio sistema. O jogo e a eficiência não
caminham juntos. Enquanto você olha o relógio, enquanto corre
para tomar um ônibus ou o metrô, entra na fábrica ou no asséptico
mundo da burocracia, todas as coisas repetem o mesmo refrão: “o
corpo deve ser vencido”. (Rubem Alves)
3
VER-OLHAR

- Documentário: A Janela da Alma


João Jardim E Walter Carvalho
https://www.youtube.com/watch?v=56Lsyci_gwg

- Aprender a Pensar é Descobrir o Olhar


Marcia Tiburi
http://www.marciatiburi.com.br/textos/quadro_aprender.htm

- Singularidade do Olhar a partir do Filme “Janela da Alma”


Renata Tavares BENIA
Valéria Cristina BONINI 3
http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2014/resumos/
R42-1863-1.pdf
3
A JANELA DA ALMA – Apresenta 19 pessoas entrevistadas acerca
da visão e seus problema na dificuldade física e metafórica de
enxergar:
Necessidade de usar óculos ou lentes de contato, cegueira,
estrabismo.
A maioria dos entrevistados são profissionais da área das artes
(CINEMA FOTOGRAFIA, ARTES PLASTICAS, LITERATURA).

•  O QUE É VISÃO?
•  QUAL A RELAÇÃO ENTRE A VISÃO E A EMOÇÃO?
•  QUAL É O PAPEL DA IMAGINAÇÃO?
•  O QUE É O OLHAR?
•  QUAL A IMPORTÂNCIA DA IMAGEM?

QUESTIONAMENTOS A CERCA DA OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE


DA VISÃO
3

VER É ALGO QUE SE DÁ COM OS OLHOS, MAS NÃO TOTALMENTE.


3
VER-OLHAR

! Ver está implicado ao sentido físico e fisiológico da


visão.
! Olhar exige uma atenção estética, demorada e
contemplativa.
! Ver é reto, olhar é sinuoso.
! Ver é sintético, olhar é analítico.
! Ver é imediato, olhar é mediado, reflexivo.
! A lentidão é do olhar, a rapidez é própria ao ver.
! Vemos televisão, enquanto olhamos uma
paisagem, uma pintura.
Ver depende da capacidade fisiológica de
funcionamento do sentido da visão e da ação física da
incidência e reflexão da luz sobre um determinado
objeto.

FISIOLOGICO FÍSICO
3
•  olhar traz uma história, uma lembrança, uma dúvida, uma presença
que declara e vela o seu verdadeiro sentido. O olhar é particular, é
singular àquele que vê e/ou sente.

Depende das vivências do indivíduo, dos fatores psicológicos e


culturais.

CEGO que não pode ver mas consegue olhar.


Pessoas que podem ver mas não conseguem olhar.

Não são apenas os olhos os responsáveis pelo olhar, mas e também


os outros sentidos inclusos nestes a percepção do indivíduo.

A SENSIBILIDADE E A DISPOSIÇÃO PARA OLHAR.


OLHAR EXIGE ENVOLVIMENTO.
DESAUTOMIZAR A PERCEPÇÃO

O que nós vemos das coisas são as coisas.


Por que veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver,


Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma seqüestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
Sendo nada, o que serei?

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXIV"


Heterónimo de Fernando Pessoa
3
A sensibilidade que descreve a maneira de olhar, vai muito além do
que os olhos veem, e ultrapassam a imaginação, indo muito além do
que se pode ver claramente, muito além do que se sente.

Hoje é que estamos a viver de fato na caverna do Platão, porque as


próprias imagens que nos mostram a realidade, de alguma maneira
substituem a realidade. Nós estamos no mundo audiovisual, nós
estamos efetivamente a repetir a situação das pessoas aprisionadas
ou atadas na caverna do Platão, olhando em frente, vendo sombras e
acreditando que essas sombras são a realidade. Foi preciso passar
todos esses séculos para que a caverna do Platão aparecesse
finalmente em um momento na história da humanidade, que é hoje, e
vai ser cada vez mais (JANELA da alma, 2001).
3
• a sensibilidade é uma espécie de fator que direciona o
espírito do homem a ser afetado por objetos
considerados como sensíveis, e que através dessa
relação acontece uma receptividade íntima.

• Criar relações – criar afetividade – se permitir envolver


3
• a sensibilidade, o modo como se percebe e analisa as
imagens, é o que diferencia o ser humano em um
cenário repleto de conteúdo visual, o qual vê a
mensagem, mas não se atenta a ela, nem tampouco a
guarda para si. Por vezes, pode-se dizer, que o indivíduo
encontra-se cego, até mais que um indivíduo que
apresente deficiência visual, pois, muitos que enxergam,
não sentem e não se permitem olhar a particularidade
dos mínimos detalhes presentes no seu mundo.

• VER E OLHAR NO MUNDO DE Amelie Poulin


• https://www.youtube.com/watch?v=Tg812AGUYDM
3

! Olhar
! Sem pré-conceito / Sem julgamento
! Permitir conhecer
! Dar o tempo
! Como uma criança admirada com tudo e
qualquer experiência
Vamos resumir: um coelho branco é tirado de dentro de uma
cartola. E porque se trata de um coelho muito grande, este truque
leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem
bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se
encantar com a impossibilidade do número de mágica a que
assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando
cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá.
Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a
ponta dosfinos pêlos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se
lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência.
Alguns deles não chegam a concluí-la, mas outros se agarram com
força aos pêlos do coelho e berram para as pessoas que estão lá
embaixo, no conforto da pelagem, enchendo a barriga de comida
e bebida: — Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos
flutuando no espaço! Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se
interessa pela gritaria dos filósofos. — Deus do céu! Que caras mais
barulhentos! — elas dizem. E continuam a conversar: será que você
poderia me passar a manteiga? Qual a cotação das ações hoje?
Qual o preço do tomate? Você ouviu dizer que a Lady Di está
grávida de novo? (Jostein Gaarder)
3
…em suma o sensível não é apenas um
momento que se poderia ou deveria superar, no
quadro de um saber que progressivamente se
depura, é preciso considerá-lo como elemento
central no ato de conhecimento.
Michel Maffesoli.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4
• O que é necessário para não cair dos pêlos do coelho
branco?

Dedicar-se a prestar atenção, explorar, desenvolver e


refinar nossos sentidos, pois são eles que nos colocam
face a face com os estímulos do mundo.

A busca pelo sabor que fala aos sentidos, agrada ao


corpo, integrando-se, feito um alimento, à nossa
existência.
•  Como explorar a intuição, emoção, criação,
percepção, sensibilidade no ensino de arte?
4
•  CRIAÇÃO
4
•  Entender a criação como uma abertura permanente de entrada
de sensações.

•  O ato criador envolve aspectos teóricos e práticos, ou seja,


ativamos pensamento, corpo, espaço, movimento e ação.

•  Todos os processos de criação começam em estado de profunda


inquietação e tensão – na região da pura sensibilidade. É quase
uma busca que se inicia com um tatear no escuro. Não por nossas
indecisões, ao contrário, requer de nós, imensa coragem para
entregar-mos verdadeiramente a incertezas e questionamentos,
para os quais não existem perguntas ou respostas prontas ou
definitivas.
4
•  O fazer criativo sempre se desdobra numa simultânea
exteriorização e interiorização da experiência da vida, numa
compreensão maior de si própria e numa constante abertura de
novas perspectivas do ser. Cada um de nós só pode falar em
nome de suas próprias experiências e a partir de sua própria visão
de mundo. E em sendo cada pessoa um indivíduo único, suas
formas expressivas também o serão,

•  O saber sensível desencadeia um processo de enfrentamento do


mundo e relações no limiar do racional e do emocional.
•  Neste contexto, a fotografia se estabelece enquanto forma
de expressão e, sobretudo, de retratação da realidade. Posto
em noção que o indivíduo, a partir dessa forma de exibição
da realidade, passa a desencadear diferentes sentimentos e
interpretações.

•  fotografia trata-se de um ato comunicacional, esta em si,


precisa do empenho do leitor. Em outras palavras, o leitor faz
a leitura da imagem de modo a compartilhar os códigos
necessários para decodificar a mensagem contida, a
entendê-la, a interpretá-la. Assim destaca-se o repertório, a
sensibilidade, e o olhar, individual e particular do indivíduo.

•  Cabe ao indivíduo tornar sua capacidade interpretativa e


visual mais sofisticada, aprimorada. Mais sensivel

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