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All content following this page was uploaded by Youssef Youssef on 25 January 2014.
Energias Renováveis
Energia
Eólica
Organizadores
José Baltazar Salgueirinho Osório de Andrade Guerra
Youssef Ahmad Youssef
Consórcio de Universidades
Européias e Latino-Americanas em
Energias Renováveis – JELARE
Copyright © JELARE – 2011
Professor Conteudista
Paulo Roberto Rodrigues
Energias Renováveis
Energia Eólica
Livro Digital
Designer Instrucional
Aline Cassol Daga
Sabrina Bleicher
Parcerias
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Energia Eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Origem do vento e sua classificação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Velocidades médias e fluxos de potência eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Como avaliar a velocidade do vento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Potência gerada por uma turbina eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Sistemas Eólicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Tipos de Rotores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Transmissão e Caixa Multiplicadora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Mecanismo de Controle. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Tipos de geradores empregados na geração eólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Medições da velocidade do vento e perfis do vento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Estimativa de produção de energia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Princípio e tecnologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4. Aplicações dos Sistemas Eólicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Sistemas Isolados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Sistemas Híbridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Sistemas interligados à rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Sistemas Off-Shore - Energia eólica no mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5. Qualidade da Energia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6. A Energia Eólica no Mundo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
7. O Brasil e a Energia Eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
8. Investimentos para aplicações da Energia Eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
9. Vantagens e desvantagens da Energia Eólica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
10. Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Referências de ilustrações e tabelas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
ENERGIA EÓLICA l 7
1. Introdução
E
m um significado amplo, a Física é o estudo da natureza, entendendo como
tal tudo aquilo que existe no universo, independentemente da própria
existência do ser humano. Dentro desse conceito, existem acontecimentos
que são suscetíveis de serem vistos ou sentidos, e que podem ser comparados com
outros de uma forma em que se possa expressar numericamente essa relação, ou
seja, os fenômenos medíveis. Agrupando-se esses fenômenos segundo sua espécie
ou classe, chegamos ao conceito de grandeza.
2. Energia Eólica
O
termo eólico vem do latim aeolicus,
pertencente ou relativo à Eólo, Deus dos
ventos na mitologia grega.
O vento e as influências
A energia eólica pode ser considerada como uma das formas em que se manifesta
a energia proveniente do Sol. As mais diversas formas de energia são, de alguma
maneira, originadas pela influência da luz solar em processos físicos, químicos
ou biológicos, com as poucas exceções de alguns seres microscópicos que vivem
próximos às zonas vulcânicas submersas, delas tirando seu sustento vital.
ENERGIA EÓLICA l 9
A origem da energia que o Sol produz e irradia está nas reações nucleares que se
realizam ininterruptamente em seu interior, a partir da monstruosa pressão existente
em seu núcleo. Nessas reações, os átomos de hidrogênio, que é o elemento mais
abundante do Sol, se combinam para formarem átomos de hélio. Ao mesmo tempo,
uma pequena parte da massa desses átomos se converte em energia, sendo daí
irradiada em todas as direções do espaço. Apesar de o Sol também emitir partículas
materiais, a maior parte da energia irradiada é transportada na forma de ondas
eletromagnéticas (os fótons).
Como o Sol é 334.000 vezes maior do que a Terra e pelo fato de a energia radiante se
dispersar à medida que se afasta de sua fonte de emissão, a Terra acaba por receber
somente dois milionésimos de toda a energia emitida por essa estrela. Mesmo assim,
apenas quatro dias dessa pequena fração podem ser comparados a toda a energia
possível de ser produzida em nosso planeta por todas as fontes de combustíveis
fósseis existentes. E se considerarmos a energia total emitida pelo Sol, no breve
intervalo de um segundo ele irradia muito mais energia do que a que foi consumida
por toda a raça humana, desde o princípio de sua evolução até os nossos dias.
Figura 2 – Sol 2
A radiação solar também induz a formação dos ventos, o que permite a circulação
atmosférica em larga escala por todo o planeta. Os ventos acontecem devido ao
aquecimento diferenciado da atmosfera. A não uniformidade no aquecimento da
atmosfera deve ser creditada, entre outros fatores, à orientação dos raios solares e
aos movimentos da Terra.
Origem do vento
Altas pressões
polares
Baixas pressões
subpolares
Altas pressões
subtropicais
Baixas pressões
equatoriais
Altas pressões
subtropicais
Baixas pressões
subpolares
Altas pressões
polares
Na região sul do Brasil, por exemplo, estão os planaltos do sul, que se estendem
aproximadamente de 24o S (São Paulo) até os limites ao sul do Rio Grande do Sul. O
escoamento geral atmosférico nessa área é controlado pela depressão do nordeste da
Argentina, uma área quase permanente de baixas pressões, geralmente estacionárias
ao leste dos Andes sobre planícies secas e o anticiclone subtropical Atlântico. A
posição média da depressão do nordeste da Argentina é de aproximadamente 29o S
e 66o W, sendo criada pelo bloqueio da circulação atmosférica geral pelos Andes e
por intenso aquecimento da superfície na região.
300 100%
85% 90%
150 50%
50% 65%
30%
Com esse esquema, podemos perceber que regiões que possuem construções
elevadas como prédios só atingem velocidades razoáveis de vento após uma elevada
altura. Já nas áreas em que só existem casas e pequenas construções, essa taxa
ENERGIA EÓLICA l 13
P= W
∆t
mas o trabalho realizado pelo vento, que neste caso é igual a sua energia
cinética, é:
W = Ec = mV
2
Substituindo na primeira equação temos:
mV
P= 2
= mV
∆t 2∆t
mas como, temos:
m = p ·V ·A P = pV A
∆t 2
Onde:
η - eficiência do conjunto gerador/transmissão
Cp - coeficiente aerodinâmico de potência do rotor
ENERGIA EÓLICA l 15
3. Sistemas Eólicos
U
m sistema eólico é constituído por vários componentes que devem
trabalhar em harmonia, de forma a propiciar um maior rendimento final.
Para efeito de estudo global da conversão eólica devem ser considerados
os seguintes componentes:
Tipos de Rotores
Os aerogeradores costumam ser classificados pela posição do eixo do seu rotor, que
pode ser vertical ou horizontal. A seguir, mencionaremos os principais modelos
relativos aos tipos de classificação mencionados.
ENERGIA EÓLICA l 17
Eixo Horizontal
Esta disposição necessita de um mecanismo
que permita o posicionamento do eixo
do rotor em relação à direção do vento,
para um melhor aproveitamento global,
principalmente onde tem muita mudança na
direção dos ventos. Os principais modelos
diferem quanto às características que definem
o uso mais indicado, sendo eles: Figura 6 – Gerador eólico 2Mva 8
Eixo Vertical
A principal vantagem das turbinas de eixo vertical é não necessitar de mecanismo
de direcionamento, sendo evidenciada nos aerogeradores por simplificar bastante os
meios de transmissão de potência.
Vantagens e desvantagens
Mecanismo de Controle
Os mecanismos de controle destinam-se à orientação do rotor, ao controle de
velocidade, ao controle de carga etc. Pela variedade de controles, existe uma enorme
variedade de mecanismos que podem ser mecânicos (velocidade, passo, freio),
aerodinâmicos (posicionamento do rotor) ou eletrônicos (controle da carga). Devido
à atuação das forças aerodinâmicas nas pás do rotor, uma turbina eólica converte a
energia cinética do vento em energia mecânica rotacional. Essas forças aerodinâmicas
são geradas ao longo das pás do rotor que necessitam de perfis especialmente
projetados e que são muito similares àqueles usados para asas de aviões.
Controle aerodinâmico
Sob todas as condições de vento, o fluxo em torno dos perfis da pá do rotor é bem
aderente à superfície, produzindo, portanto, sustentação aerodinâmica a pequenas
forças de arrasto.
Controle Stall
Controle Stall é um sistema passivo que reage à velocidade do vento. As pás do
rotor são fixas em seu ângulo de passo e não podem girar em torno de seu eixo
longitudinal. O ângulo de passo é escolhido de forma que, para velocidades de vento
superiores à velocidade nominal, o escoamento em torno do perfil da pá do rotor
descola da superfície da pá (Stall), reduzindo as forças de sustentação e aumentando
as forças de arrasto. Sob todas as condições de ventos, superiores à velocidade
nominal, o escoamento em torno dos perfis das pás do rotor é, pelo menos
parcialmente, descolado da superfície produzindo menores forças de sustentação
e elevadas forças de arrasto. Menores sustentações e maiores arrastos atuam contra
um aumento da potência do rotor.
ENERGIA EÓLICA l 23
Turbinas com Controle Stall são mais simples do que as de Controle de Passo
porque elas não necessitam de um sistema de mudança de passo.
Rotor
Vento
Cx. Velocidade Gerador Transformador
MIRG
Stall
Anenômetro
Sensor Controlador
de direção
Rotor Excitação
Vento
Transformador
MS
Gerador
Velocidade
Pitch
Anenômetro
Sensor Controlador
de direção
No final dessa mesma década (anos 1990) foram instalados geradores eólicos
equipados com máquinas de indução com rotor bobinado (MIDA), em que existia
a possibilidade de variar uma resistência colocada em série com o rotor da máquina
e, consequentemente, a gama de variação de velocidade do rotor. As turbinas que
equipam esses aerogeradores são do tipo “Pitch”, sendo a adaptação da velocidade
do rotor da turbina ao rotor da máquina de indução realizada por meio de uma caixa
de velocidades.
Diagrama Gerador Eólico máquinas ind. rotor bobinado
Rotor Excitação
Vento Cx. Velocidade
Transformador
MIDA
Gerador
Pitch
Anenômetro
Sensor Controlador
de direção
140
120
100
80
altura / m
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10
velocidade vento / m/s
Gráfico 2 – Velocidade/Altura 22
Sensor de direção
O sensor de direção é um instrumento
utilizado para medir a direção do vento. A
direção dos ventos é importante para o cálculo
da energia gerada por determinada usina eólica,
e também para a otimização da escolha dos
locais e da direção que ficarão alinhados os
aerogeradores.
Figura 20 – Sensor de direção 23
ENERGIA EÓLICA l 27
Assim sendo, a produção anual total de energia (PAE) pode ser calculada por meio
da fórmula:
E = ∑ P[i] * h[i].
500
400
tempo [h]
300
t (i) = 275 h Vm: 7.0 m/s
R distribuição de Rayleigh
200
total:
100 8760 horas
0
0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0
velocidade do vento na altura do eixo (m/s)
Gráfico 3 – Exemplo de histograma de velocidade de vento medida 24
28 l ENERGIA EÓLICA
600
500
potência/ [kW]
400
P (i)
300
v (i)
220
100
0
0 5 10 15 20 25
velocidade do vento na altura do eixo (m/s)
100
80 E (i) = 95 MW h
AEP [MWh]
60
40
20
total: 1440 MW h
0
0 5 10 15 20 25
velocidade do vento na altura do eixo (m/s)
A quantidade de energia que pode ser gerada depende dos seguintes fatores:
» » diâmetro da hélice;
» » dimensão do gerador;
» » altura da máquina;
Princípio e tecnologia
A absorção de energia cinética reduz a velocidade do vento a jusante do disco
rotor, gradualmente essa velocidade recupera-se ao misturar-se com as massas de
ar predominantes do escoamento livre. Das forças de sustentação aerodinâmica nas
pás do rotor resulta uma esteira helicoidal de vértices a qual também gradualmente
dissipa-se. Após alguma distância a jusante da turbina, o escoamento recupera
as condições de velocidade originais e turbinas adicionais podem ser instaladas,
minimizando as perdas de desempenho causadas pela interferência das turbinas
anteriores. Na prática, essa distância varia com a velocidade do vento, as condições
da turbina, a rugosidade do terreno e a estabilidade térmica vertical da atmosfera.
De modo geral, uma distância considerada segura para a instalação de novas
turbinas é da ordem de 10 vezes o diâmetro D, se instalada ao lado em relação ao
vento predominante.
RPM = 1150 / D
p = 1,225 kg/m²
5 10 15 20 25 30
Velocidade do vento na altura do rotor m/s
U
m sistema eólico pode ser utilizado em quatro aplicações distintas:
sistemas isolados, sistemas híbridos, sistemas interligados à rede e
sistemas Off-Shore. Os sistemas obedecem a uma configuração básica,
necessitam de uma unidade de controle de potência e, em determinados casos, de
uma unidade de armazenamento.
Sistemas Isolados
Gerador Eólico
Controlador de Carga das Baterias
Baterias
Inversor
Eletrodomésticos
Sistemas Híbridos
Os sistemas híbridos são aqueles que, desconectados da rede convencional,
apresentam várias fontes de geração de energia como, por exemplo, turbinas eólicas,
geração diesel, módulos fotovoltaicos, entre outras. A utilização de várias formas de
geração de energia elétrica aumenta a complexidade do sistema e exige a otimização
do uso de cada uma das fontes. Nesses casos, é necessário realizar um controle de
todas as fontes para que haja máxima eficiência na entrega da energia para o usuário.
Unidade de Controle e
Condicionamento de Potência
Armazenamento Carga
5. Qualidade da Energia
A
qualidade da energia no contexto da geração eólica descreve o desempenho
elétrico do sistema de geração de eletricidade do aerogerador, em que
quaisquer perturbações sobre a rede elétrica devem ser mantidas dentro de
limites técnicos estabelecidos conforme o nível de exigência imposto pelo gerente
de operações da rede.
Para a maior parte das aplicações de unidades eólicas, a rede pode ser considerada
como um componente capaz de absorver toda a potência gerada por essas unidades,
com tensão e frequência constantes. No caso, por exemplo, de sistemas isolados de
pequeno porte, podem ser encontradas situações em que a potência elétrica fornecida
pelo aerogerador alcance valores compatíveis com a capacidade da rede. Onde a rede é
fraca, a qualidade da energia deve ser uma das principais questões a serem observadas
sobre a utilização de aerogeradores (tamanho, tipo de controle etc.)
Distúrbios Causa
A
energia eólica foi a responsável pela instalação de 16GW em novas usinas
em todo o mundo no primeiro semestre de 2010. O desempenho foi
considerado pela Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA) como
“um crescimento robusto” e teve como principal destaque, novamente, a China. O
pais adicionou 7.800MW em potência instalada durante esses seis meses, fazendo
com que a fonte passasse a responder por quase 34GW em seu sistema elétrico.
ENERGIA EÓLICA l 37
A capacidade eólica total do globo alcançou 175GW até o final de julho, contra
159GW totalizados em dezembro de 2009. A WWEA afirma que espera que o
mercado para novas turbinas cresça entre 35 e 40GW neste ano. Nos cálculos da
associação, a potência eólica no mundo deve chegar a 200GW ao final de 2010.
Com isso a China deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a líder mundial em
potência eólica.
Energias renováveis
Rankin Eólico
Capacidade Instalada (MW)
25.000
22.247
22.500
20.000
16.819
17.500
15.145
15.000
12.500
10.000
7.850
7.500
5.939
5.000
3.125 2.726 2.455 2.389 2.130 1.846 1.747 1.538
2.500
247
0
nha a rca l il
anh
a EUA Índia Chin ama Itália ça
Fran ino Unid
o uga adá olanda Japã
o
Bras
Alem Espa Din Port Can H
Re
Alemanha (20.622 MW), Estados Unidos da América (11.603 MW), Índia (6.270
MW) e Dinamarca (3.136 MW) são os maiores produtores e os responsáveis por
mais de 70% da geração de energia eólica do mundo.
220.000
200.000
170.000
180.000
160.000
140.000
140.000
120.000 115.000
93.849
100.000
74.153
80.000
59.033
60.000
47.693
31.164 39.290
40.000
24.320
13.696 10.039
20.000
7.475 9.663
0
1997 1998 1999 2000 2001 2001 2003 200
4 2005 2006 2007 ão 2008 ão 2009 ão 2010 ão 2012
is is is is
prev prev prev prev
O
potencial eólico brasileiro para aproveitamento tem sido objeto de
estudos e inventários desde os anos de 1970 e seu histórico revela o lento,
mas progressivo descortinamento de um potencial energético natural de
relevante magnitude existente no país. O Ministério de Minas e Energia (MME),
por exemplo, coordena atualmente o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia (Proinfa), que é um importante instrumento para diversificação da
matriz energética brasileira.
O Brasil se tornou a bola da vez em energia eólica na visão das empresas que atuam
no setor, posição detida pela Argentina no final dos anos 1990. Essa é a razão do
desembarque das grandes empresas do segmento para disputar os leilões que vêm
sendo promovidos pelo governo federal desde o final de 2009 (ROCCO, 2011).
“Todos querem encontrar a nova China e o Brasil está no topo da lista”, diz Steve
Sawyer, secretário-geral da Global Wind Energy Council (GWEC).
40 l ENERGIA EÓLICA
Pelas razões expostas, grande atenção tem sido dirigida para o Estado do Ceará, pelo
fato de ter sido um dos primeiros locais a realizar um programa de levantamento
do potencial eólico por meio de medidas de vento com modernos anemógrafos
computadorizados. Entretanto, não foi apenas na costa do Nordeste que áreas de
grande potencial eólico foram identificadas. Em Minas Gerais, por exemplo, uma
central eólica está em funcionamento, desde 1994, em um local (afastado mais de
1000 km da costa) com excelentes condições de vento, como pode ser observado
nas manchas coloridas da Figura 28, onde a cor mais avermelhada indica maior
potencial eólico. Baseado no Atlas Eólico do Nordeste, o Centro Brasileiro de
Energia Eólica (CBEE) estima que o potencial eólico existente no Nordeste é de
6.000MW.
ENERGIA EÓLICA l 41
247 MW
237 MW
29 MW 29 MW 29 MW
22 MW
8. Investimentos para
aplicações da Energia Eólica
A
energia eólica pode ser
considerada como uma das
formas em que se manifesta a
energia proveniente do Sol, isso porque
os ventos são causados pelo aquecimento
diferenciado da atmosfera. Essa não
uniformidade no aquecimento da
atmosfera deve ser creditada, entre outros
fatores, à orientação dos raios solares e aos
movimentos da Terra.
Por outro lado, como em qualquer outra forma de geração de energia elétrica, não
há um aproveitamento total do recurso utilizado, ou seja, não se pode converter toda
a energia dos ventos em energia elétrica. Isso ocorre devido às perdas mecânicas e
elétricas.
9. Vantagens e desvantagens
da Energia Eólica
A
partir de todo o exposto até aqui, destaca-se no quadro a seguir as
principais vantagens e desvantagens apontadas na utilização da energia
eólica.
Vantagens
• É uma fonte de energia segura e renovável.
• Não causa danos ao meio ambiente, quando comparado com as outras
fontes de geração de energia.
• Ocupa pequenas áreas.
• Gera grande quantidade de energia elétrica.
• A área pode ser utilizada para agricultura e pecuária.
• Tempo rápido de construção.
Desvantagens
• Poluição sonora.
• Interferência em sistemas de telecomunicações (interferências eletromagnéticas).
• Considerável efeito visual e paisagístico.
• Efeito de sombras em movimento e mortalidade de aves em zonas de
imigração causada pelas pás em movimento.
ENERGIA EÓLICA l 45
R
ecentemente, a preocupação com as emissões de gases de efeito estufa
provenientes da queima de combustíveis fósseis vem mobilizando a
comunidade e os governos mundiais no sentido de mudar o perfil de suas
matrizes energéticas, com maior participação das energias renováveis.
Energia Eólica
O uso de sistemas eólicos é uma opção energética que se torna cada vez
mais competitiva à medida que seus custos de investimento diminuem, os
custos dos combustíveis fósseis aumentam e o impacto ambiental é cada
vez mais relevante para a sociedade.
A energia eólica se apresenta como uma solução adequada para a energização rural
por meio da instalação de pequenas unidades, naturalmente em locais com ventos
consistentes, combinado, ou não, com outras fontes locais de energia. Ela pode
ser usufruída, também, em pequenas concentrações urbanas, como apresentado
na Figura 31, onde um aerogerador atende à demanda de aproximadamente
1500 estabelecimentos, entre residências e comércios. Isso contribuiria para a
conservação dos recursos naturais, reduziria custos com a geração e transmissão
de energia e aumentaria a eficiência da relação entre geração e consumo, levando
em consideração que o gerador elétrico seria instalado junto ao ponto de consumo
evitando perdas com a transmissão.
ENERGIA EÓLICA l 49
Referências bibliográficas
Referências de ilustrações
e tabelas